SOLAR EM RESIDÊNCIAS
RIO DE JANEIRO
Abril de 2016
METODOLOGIA DE APLICAÇÃO EFICIENTE DE ENERGIA
SOLAR EM RESIDÊNCIAS
Examinado por:
_____________________________________
Prof. Jorge Luiz do Nascimento, Dr. Eng.
_____________________________________
Prof. João Pedro Lopes Salvador, M. Sc.
_____________________________________
Prof. Júlio César de Carvalho Ferreira, M. Sc.
RIO DE JANEIRO
Abril de 2016
Ferreira, Ricardo Duque Estrada.
Metodologia de Aplicação Eficiente de Energia Solar em
Residências/ Ricardo Duque Estrada Ferreira – Rio de Janeiro:
UFRJ/Escola Politécnica, 2016.
XIV, 126p.; il.: 29,7cm.
Orientador: Jorge Luiz do Nascimento
Projeto de Graduação – UFRJ/Escola Politécnica/Curso de
Engenharia Elétrica, 2016.
Referências Bibliográficas: p. 114-116
1. Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede. 2. Geração
Fotovoltaica Residencial. 3. Eficiência Energética. 4. Métodos de
Dimensionamento. 5. Metodologias de Aplicação de Energia Solar em
Residências. I. Nascimento, Jorge Luiz do. II. Universidade Federal do Rio
de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia Elétrica. III. Título
iii
AGRADECIMENTOS
Primeiramente eu gostaria de agradecer à força maior que rege esse universo por
tornar possível a realização de um grande sonho, me formar um engenheiro eletricista
pela UFRJ.
À minha querida mãe Laura, por confiar em mim, por ser minha inspiração e
incondicionalmente ter me incentivado a conquistar esse objetivo, acompanhando cada
etapa dessa caminhada.
Ao meu pai Paulo, por ter confiado em mim, sempre ter me dado garra para vencer
etapas que pareciam insuperáveis, pelo gosto de buscar o conhecimento e o
empreendedorismo.
Aos meus irmãos Pedro e Fernanda que acreditaram junto comigo que um dia eu
seria um engenheiro eletricista da UFRJ, obrigado por todo apoio.
À minha avó Glória, por ser puramente minha fonte inspiração em todos os
sentidos da vida.
À Carolina, por ter sido um dos meus pilares durante toda essa caminhada, por ter
sido meu porto seguro, me apoiando e me fortalecendo todos os dias.
Ao meu querido mestre Jorge Luiz do Nascimento, que sempre teve paciência,
compaixão e disponibilidade para seus alunos. Seu caráter e humildade foram
fundamentais para o desenvolvimento deste projeto.
iv
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/UFRJ como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Eletricista.
Abril 2016
v
Abstract of the Undergraduate Project, presented to POLI/UFRJ as a partial
fulfillment of the necessary requirements to obtain the degree of Electrical Engineer.
April 2016
vi
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS ............................................................................................................................ iv
SUMÁRIO .......................................................................................................................................... vii
LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................................. xi
LISTA DE TABELAS ............................................................................................................................ xiii
LISTA DE SIGLAS ............................................................................................................................... xiv
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 1
vii
2.4.3. Para Concentração (CPV) .................................................................................................... 21
viii
5.3.3. Aquecimento de Água......................................................................................................... 49
5.4. MÉTODOS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA.............................................................................................. 50
5.4.1. Hábitos Inteligentes ............................................................................................................ 50
5.4.2. Iluminação .......................................................................................................................... 50
5.4.3. Equipamentos Eficientes ..................................................................................................... 50
5.4.4. Aquecimento de Água......................................................................................................... 50
5.4.5. Ar Condicionado.................................................................................................................. 51
5.4.6. Refrigeradores .................................................................................................................... 51
5.5. PROPOSTA I DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA............................................................................................ 51
5.6. PROPOSTA II DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA........................................................................................... 52
ix
7.5.1. Método CRESESB ................................................................................................................ 83
7.5.1.1. Proposta I de Eficiência Energética ......................................................................................... 83
7.5.1.2. Proposta II de Eficiência Energética ........................................................................................ 89
7.5.2. Método Alternativo Conservador ....................................................................................... 94
7.5.2.1. Proposta I de Eficiência Energética ......................................................................................... 94
7.5.2.2. Proposta II de Eficiência Energética ...................................................................................... 100
7.6. INVESTIMENTO INICIAL ................................................................................................................ 106
7.7. ANÁLISE DOS RESULTADOS ........................................................................................................... 107
x
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1.1 - EVOLUÇÃO DA CAPACIDADE DE POTÊNCIA INSTALADA FOTOVOLTAICA NO MUNDO. FONTE [4] ....................... 2
FIGURA 1.2 - RELAÇÃO DA PRODUÇÃO, CONSUMO E PERDAS (VARIAÇÃO DE ESTOQUE, PERDAS DO SISTEMA E AJUSTES) DA
ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL. FONTE [5] ..................................................................................................... 3
FIGURA 2.1 - PANORAMA DA CAPACIDADE INSTALADA DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS NO MUNDO. FONTE [7] ..................... 7
FIGURA 2.2 - IRRADIAÇÃO GLOBAL HORIZONTAL ANUAL E DIÁRIA EM KWH/M². FONTE [20] ........................................... 7
FIGURA 2.3 - IRRADIAÇÃO HORIZONTAL GLOBAL DO MAPA DO BRASIL. FONTE [20]....................................................... 8
FIGURA 2.4 - REPRESENTAÇÃO DAS RADIAÇÕES DIFUSA, DIRETA E ALBEDO. FONTE [9] .................................................... 9
FIGURA 2.5 - MOVIMENTO DE TRANSLAÇÃO DA TERRA EM TORNO DO SOL. FONTE [21] ............................................... 11
FIGURA 2.6 - ÂNGULOS QUE REPRESENTAM A POSIÇÃO DO SOL EM RELAÇÃO AO PLANO. FONTE [3]................................ 12
FIGURA 2.7 - ÂNGULOS DA SUPERFÍCIE INCLINADA EM RELAÇÃO A POSIÇÃO DO SOL. FONTE [3] ...................................... 13
FIGURA 2.8 - FUNCIONAMENTO DE UMA CÉLULA FOTOVOLTAICA. ............................................................................. 15
FIGURA 2.9 - CÉLULA FOTOVOLTAICA MONOCRISTALINA (M-SI). FONTE [8]............................................................... 16
FIGURA 2.10 - CÉLULA FOTOVOLTAICA POLICRISTALINA. FONTE [8].......................................................................... 17
FIGURA 2.11 - CÉLULA FOTOVOLTAICA AMORFO (A-SI). FONTE [12] ........................................................................ 18
FIGURA 2.12 - – CÉLULA FOTOVOLTAICA DE TELURETO E CÁDMIO (CDTE). FONTE [9] ................................................. 19
FIGURA 2.13 - – CÉLULA FOTOVOLTAICA DE DISSELENETO DE COBRE E ÍNDIO. FONTE [12] ........................................... 19
FIGURA 2.14 - CÉLULA FOTOVOLTAICA ORGÂNICA. FONTE [9] ................................................................................. 20
FIGURA 2.15 - CÉLULAS FOTOVOLTAICAS DE CONCENTRAÇÃO MÉDIA E ALTA. FONTE [22] ............................................. 21
FIGURA 3.1 - SÍMBOLO DO MÓDULO OU ARRANJO FOTOVOLTAICO. ........................................................................... 22
FIGURA 3.2 - GRÁFICO IXV DE UM PAINEL SOLAR CANADIAN SOLAR MODELO CS6X-320P. .......................................... 24
FIGURA 3.3 - GRÁFICO PXV DE UM PAINEL SOLAR CANADIAN SOLAR MODELO CS6X-320P. ......................................... 25
FIGURA 3.4 - GRÁFICO IXV COM A ASSOCIAÇÃO DE MÓDULOS EM SÉRIE..................................................................... 26
FIGURA 3.5 - GRÁFICO PXV COM A ASSOCIAÇÃO DE MÓDULOS EM SÉRIE.................................................................... 26
FIGURA 3.6 - GRÁFICO IXV COM A ASSOCIAÇÃO DE MÓDULOS EM PARALELO. ............................................................. 27
FIGURA 3.7 - GRÁFICO PXV COM A ASSOCIAÇÃO DE MÓDULOS EM PARALELO. ............................................................ 27
FIGURA 3.8 - GRÁFICO IXV COM A ASSOCIAÇÃO DE MÓDULOS EM SÉRIE E PARALELO. ................................................... 28
FIGURA 3.9 - GRÁFICO IXV COM A ASSOCIAÇÃO DE MÓDULOS EM SÉRIE E PARALELO. ................................................... 28
FIGURA 3.10 - INFLUÊNCIA DA VARIAÇÃO DE IRRADIÂNCIA NO GRÁFICO IXV DOS MÓDULOS. .......................................... 29
FIGURA 3.11 - - INFLUÊNCIA DA VARIAÇÃO DE IRRADIÂNCIA NO GRÁFICO PXV DOS MÓDULOS. ....................................... 30
FIGURA 3.12 - INFLUÊNCIA DA VARIAÇÃO DA TEMPERATURA NO GRÁFICO IXV DOS MÓDULOS. ....................................... 30
FIGURA 3.13 - INFLUÊNCIA DA VARIAÇÃO DA TEMPERATURA NO GRÁFICO PXV DOS MÓDULOS. ..................................... 31
FIGURA 3.14 - SOMBREAMENTO PARCIAL DE UM ARRANJO 3X3. .............................................................................. 32
FIGURA 3.15 - REPRESENTAÇÃO DO DIODO DE DESVIO E DIODO DE BLOQUEIO. .......................................................... 33
FIGURA 4.1 - CONFIGURAÇÃO DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO ISOLADO. .................................................................. 38
FIGURA 4.2 - CONFIGURAÇÃO DE UM SISTEMA FOTOVOLTAICO CONECTADO À REDE. ................................................... 39
xi
FIGURA 5.1 - ETIQUETAGEM DE UM REFRIGERADOR. FONTE [25]............................................................................. 41
FIGURA 5.2 - SELO PARA LÂMPADAS FLUORESCENTES COMPACTAS. FONTE [25] .......................................................... 42
FIGURA 5.3 - SELO PARA LÂMPADAS LED. FONTE [26]........................................................................................... 42
FIGURA 5.4 - SELO PROCEL. FONTE [26] ........................................................................................................... 43
FIGURA 5.5 - SELO PROCEL PARA EDIFICAÇÕES. FONTE PROCEL EDIFICA. FONTE [26] ................................................ 44
FIGURA 5.6 - SELO CONPET PARA AQUECEDOR A GÁS. FONTE [27] ......................................................................... 45
FIGURA 5.7 – CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA POR SETOR EM 2014. FONTE [13]...................................................... 46
FIGURA 5.8 - CONSUMO RESIDENCIAL DE ENERGIA ELÉTRICA POR REGIÃO. FONTE [5]................................................... 47
FIGURA 5.9 - CARACTERÍSTICAS DO CONSUMO RESIDENCIAL NO BRASIL. FONTE [14].................................................... 47
FIGURA 6.1 - ROTEIRO DE PROJETO DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS. ........................................................................... 53
FIGURA 7.1 - LOCAL DO PROJETO FOTOVOLTAICO. FONTE [30] ................................................................................ 71
FIGURA 7.2 - TRAJETÓRIA DO SOL NAS DIFERENTES ÉPOCAS DO ANO NO HEMISFÉRIO SUL. FONTE [30] ............................ 71
FIGURA 7.3 - VISTA AÉREA DO LOCAL DO PROJETO E ÁREA DISPONÍVEL PARA O PROJETO. FONTE [30] .............................. 72
FIGURA 7.4 - PLANTA BAIXA DA RESIDÊNCIA. ........................................................................................................ 73
FIGURA 7.5 - CARACTERÍSTICAS DO CONSUMO RESIDENCIAL DO PROJETO. .................................................................. 75
FIGURA 7.6 - REDUÇÃO DO CONSUMO DE ENERGIA APÓS AS MEDIDAS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA. .................................. 80
FIGURA 7.7 - DADOS OBTIDOS PELO SUNDATA. FONTE [3] ..................................................................................... 81
FIGURA 7.8 - DADOS OBTIDOS PELO PVSYST. FONTE [PVSYST] ................................................................................ 81
FIGURA 7.9 - CONFIGURAÇÃO DO ARRANJO DE ACORDO COM AS RESTRIÇÕES DE PROJETO. ............................................ 86
FIGURA 7.10 - CONFIGURAÇÃO DO ARRANJO DE ACORDO COM AS RESTRIÇÕES DE PROJETO. .......................................... 91
FIGURA 7.11 - CONFIGURAÇÃO DO ARRANJO DE ACORDO COM AS RESTRIÇÕES DE PROJETO ........................................... 97
FIGURA 7.12 - CONFIGURAÇÃO DO ARRANJO DE ACORDO COM AS RESTRIÇÕES DE PROJETO. ........................................ 103
FIGURA 7.13 - CUSTO DOS PRINCIPAIS COMPONENTES ESCOLHIDOS NOS PROJETOS DESENVOLVIDOS. ............................ 107
FIGURA 7.14 - RESULTADO DO DIMENSIONAMENTO DA GERAÇÃO PELOS DOIS MÉTODOS EM FUNÇÃO DO CONSUMO. ....... 108
FIGURA 7.15 - DIFERENCIAÇÃO ENTRE CONSUMO E GERAÇÃO. ............................................................................... 109
xii
LISTA DE TABELAS
TABELA 3.1 - DADOS DO FABRICANTE CANADIAN SOLAR. FONTE [DADOS DO FABRICANTE] ........................................... 23
TABELA 3.2 - TABELA DE INVERSORES PARA SFIS. .................................................................................................. 35
TABELA 3.3 - PROTEÇÕES MÍNIMAS DE ACORDO COM A POTÊNCIA INSTALADA. FONTE [23] ........................................... 36
TABELA 6.1 - TABELA PARA ESTIMATIVA DO CONSUMO MÉDIO MENSAL DE ENERGIA. FONTE [3] ..................................... 55
TABELA 6.2 - DADOS DO INVERSOR FRONIUS 2,5 KW. FONTE [DADOS DO FABRICANTE] ............................................... 58
TABELA 6.3 - - DADOS DO INVERSOR FRONIUS 2,0 KW. FONTE [DADOS DO FABRICANTE] ............................................. 62
TABELA 7.1 – PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NA RESIDÊNCIA DO PROJETO. .................................................... 74
TABELA 7.2 - PROPOSTA DE SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS E ADEQUAÇÃO DA ILUMINAÇÃO. FONTE [25] .................... 76
TABELA 7.3 - ANÁLISE DO CHUVEIRO ELÉTRICO PRINCIPAL APÓS O AQUECEDOR SOLAR. ................................................. 76
TABELA 7.4 - ANÁLISE DO CHUVEIRO ELÉTRICO DE SERVIÇO APÓS O AQUECEDOR SOLAR................................................. 77
TABELA 7.5 - PROPOSTA I DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA. ............................................................................................ 78
TABELA 7.6 - PROPOSTA II DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA. .......................................................................................... 79
TABELA 7.7 - DADOS DO PAINEL NECESSÁRIOS PARA ESTE MÉTODO. FONTE [PSCAD 4.5]............................................. 84
TABELA 7.8 - CARACTERÍSTICAS DO INVERSOR ABB PVI5000-TL-OUTD. FONTE [DADOS DO FABRICANTE] .................... 85
TABELA 7.9- CARACTERÍSTICAS DO INVERSOR ABB PVI3.6-TL-OUTD. FONTE [DADOS DO FABRICANTE] ........................ 90
TABELA 7.10 - CARACTERÍSTICAS DO INVERSOR ABB PVI3.0-TL-OUTD. FONTE [DADOS DO FABRICANTE] ................... 101
TABELA 7.11 - CUSTO DOS EQUIPAMENTOS MAIS REPRESENTATIVOS. FONTE [SITE DOS FABRICANTES]........................... 106
TABELA 7.12 - CONSUMO X GERAÇÃO DOS MÉTODOS. ......................................................................................... 108
TABELA 7.13 - RELAÇÃO DOS MÉTODOS DE GERAÇÃO COM O CONSUMO.................................................................. 109
xiii
LISTA DE SIGLAS
SF Sistema Fotovoltaico
xiv
1. INTRODUÇÃO
1.1. Contexto
Durante o século XIX, o petróleo foi a principal matriz energética mundial que
por sua vez tinha sua hegemonia limitada as suas reservas naturais não renováveis. O
petróleo, como combustível fóssil, esbarrava em outro problema, o alto índice de poluição
liberado para a atmosfera através da queima dos seus derivados, cerca de 32.190 Mt de
CO2 foram lançados na atmosfera em 2013 [1]. As consequências das emissões
descontroladas de gases poluentes afetaram ao longo dos anos o planeta Terra cujas
mudanças climáticas e o aquecimento global provocaram diversas alterações no globo
terrestre notadamente sentidas por nós. Devido à grande crise de 1973, causada pela
elevação significativa dos preços do barril de petróleo e a diminuição da produção pelos
detentores da maior parcela de produção de petróleo do mundo, a OPEP - Organização
dos Países Exportadores de Petróleo - impulsionou a busca pela diversificação da matriz
energética mundial e por fontes limpas e renováveis de energia.
1
Figura 1.1 - Evolução da capacidade de potência instalada fotovoltaica no mundo. Fonte [4]
2
1.2. Motivação e Relevância
Produção x Consumo
700
600
Consumo em TWh
500
400
300
200
100
0
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Anos
Figura 1.2 - Relação da produção, consumo e perdas (variação de estoque, perdas do sistema e
ajustes) da energia elétrica no Brasil. Fonte [5]
3
1.3. Objetivo
4
Capítulo 5 – É feita uma análise do consumo de energia elétrica residencial,
especificidades da geração residencial e propõe métodos de eficiência energética de forma
a atuar em conjunto com a implementação da geração fotovoltaica.
5
2. ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA
2.1.1. No Mundo
6
Figura 2.1 - Panorama da capacidade instalada de sistemas fotovoltaicos no mundo. Fonte [7]
Figura 2.2 - Irradiação Global Horizontal anual e diária em kWh/m². Fonte [20]
7
2.1.2. No Brasil
8
2.2. Recurso Solar
Figura 2.4 - Representação das radiações difusa, direta e albedo. Fonte [9]
9
2.2.1.1. Radiação Global Horizontal
O planeta Terra descreve uma trajetória elíptica em torno do Sol e seu eixo em
relação ao plano normal à elipse tem um inclinação de aproximadamente 23,45°,
denominado Declinação Solar (δ), este ângulo é positivo ao Norte e negativo ao Sul da
linha do Equador, como pode ser visto na Figura 2.5.
10
Figura 2.5 - Movimento de translação da Terra em torno do Sol. Fonte [21]
360 (2.1)
𝑠𝑒𝑛(𝛿) = −𝑠𝑒𝑛(23,45)𝑐𝑜𝑠 [( ) (𝑛 + 10)]
365,25
Onde n representa o dia juliano contado de 1 até 365 a partir de primeiro de janeiro.
O ângulo zenital (𝜃𝑍 ) é formado entre os raios do Sol e a vertical do local (zênite).
11
2.2.2.2. Altura ou Elevação Solar
A altura solar (α) é o ângulo compreendido entre os raios do sol e a projeção dos
mesmo no plano horizontal.
O ângulo azimutal do sol (𝛾𝑆 ) é o ângulo compreendido entre a projeção dos raios
solares no plano horizontal e a direção Norte-Sul, esse deslocamento iniciado em 0° a
partir do Norte, para à direita do Sul é positivo e negativo caso contrário, fazendo com
que o ângulo varie de -180° até 180°. Os ângulos citados são apresentados na Figura 2.6.
Figura 2.6 - Ângulos que representam a posição do Sol em relação ao plano. Fonte [3]
12
2.2.2.5. Inclinação da Superfície de Captação
Figura 2.7 - Ângulos da superfície inclinada em relação a posição do sol. Fonte [3]
13
A partir do ângulo horário (w) podemos calcular o ângulo zenital (𝜃𝑍 ) sabendo a
latitude do local (ϕ) e a declinação solar (𝛿), utilizando a Equação 2.3 [3].
Podemos obter o ângulo de incidência (θ) entre os raios solares e a superfície com
orientação (γ) e inclinação de captação (β) é obtida utilizando a Equação 2.4 [3].
Existem diversos softwares com bases de dados de incidência solar voltados para
a geração fotovoltaica que fornecem diversos parâmetros para auxiliar o engenheiro na
execução do projeto como, coordenadas do local, valores médios de irradiância global
horizontal e inclinada, simulação do dimensionamento da geração fotovoltaica e a
viabilidade econômica do projeto. Podemos citar alguns deles: PVsyst, SAM, PVSol,
Retscan, HOMER, SunData, etc.
14
acréscimo de outros elementos ao material com finalidade de manipular as suas
características elétricas.
Se ao Silício for inserido por exemplo um Boro que possui 3 elétrons de valência,
teremos uma lacuna vazia para completar a ligação covalente fazendo com que o material
fique carregado positivamente, neste caso o semicondutor é do tipo P.
15
2.4. Células Fotovoltaicas
16
2.4.1.2. Policristalinos (m-Si)
A célula de silício amorfo não apresenta uma estrutura cristalina e possui um alto
grau de desordem dos cristais. Seu processo de fabricação requer menor quantidade de
material e pode ser empregado em substratos rígidos ou flexíveis, ampliando sua forma
17
de aplicação. O uso do silício amorfo apresenta algumas vantagens em relação às células
cristalinas, podem ser flexíveis, leves e semitransparentes, tem baixo custo por metro
quadrado porém possui baixa eficiência, da ordem de 5% a 9%. A Figura 2.11 apresenta
a célula amorfa (a-Si).
18
Figura 2.12 - – Célula Fotovoltaica de Telureto e Cádmio (CdTe). Fonte [9]
19
2.4.2.4. Orgânicas (OPV)
Uma célula solar orgânica é um tipo de célula solar de polímero que utiliza a
eletrônica orgânica que lida com polímeros orgânicos condutores. Utilizam processo
industrial de impressão de células fotovoltaicas em substrato leve, flexível e transparente.
A eficiência das células orgânicas variam. A Figura 2.14 apresenta a célula fotovoltaica
orgânica.
20
2.4.3. Para Concentração (CPV)
21
3. COMPONENTES DO SISTEMA FOTOVOLTAICO
3.1.1. Simbologia
Pela norma NBR 10899, os módulos fotovoltaicos são representados pelo símbolo
mostrado na Figura 3.1. O mesmo pode representar uma célula, um arranjo ou somente
um módulo fotovoltaico.
22
3.1.2. Características Elétricas
Tabela 3.1 - Dados do painel CS6X-320P Canadian Solar. Fonte [Dados do fabricante]
23
3.1.2.3. Curva IxV
Uma característica interessante dos painéis solares pode ser observado na curva
IxV. Podemos observar que seu funcionamento se assemelha com uma fonte de tensão
CC (fornece tensão constante independente da variação de corrente) e com uma fonte de
corrente CC (fornece corrente constante independente da variação de tensão) dependendo
do seu carregamento. Na Figura 3.2 podemos observar o que foi dito.
Figura 3.2 - Gráfico IxV de um painel solar Canadian Solar modelo CS6X-320P.
24
3.1.2.4. Curva PxV
Figura 3.3 - Gráfico PxV de um painel solar Canadian Solar modelo CS6X-320P.
Para demonstrar o que acontece com as tensões, correntes e potência dos módulos
fotovoltaicos quando os associamos em conexões série, paralela ou mista, as simulações
se basearam nas condições padrão de teste (STC) citadas anteriormente. Analisamos
através de gráficos obtidos no software PSCAD 4.5 algumas conexões possíveis.
25
3.1.3.1. Conexão em Série
26
3.1.3.2. Conexão em Paralelo
27
3.1.3.3. Conexão Mista
28
3.1.4. Influências Externas
3.1.4.1. Irradiância
29
Figura 3.11 - - Influência da variação de irradiância no gráfico PxV.
3.1.4.2. Temperatura
30
Figura 3.13 - Influência da variação da temperatura no gráfico PxV.
3.1.5. Sombreamento
Uma célula solar parcialmente sombreada pode vir a atuar como uma carga,
levando a um aquecimento excessivo da célula e possivelmente à danificação do módulo.
Este efeito é conhecido como ponto quente (hot spot) e pode ser evitado com a instalação
de diodos de desvios (by-pass).
31
Figura 3.14 - Sombreamento parcial de um arranjo 3x3.
32
Os diodos de bloqueio apresentam alto índice de falhas e podem ser substituídos
por fusíveis de fileira que devem ser instalados na saída de cada string, tanto no polo
positivo como no polo negativo. [3] O componente pode ser visto na Figura 3.15.
3.2. Baterias
33
primárias), que ao descarregar completamente a sua vida útil é encerrada. Dentre os tipos
de baterias recarregáveis, a mais comum em aplicações fotovoltaicas é a bateria de
Chumbo-ácido (Pb-ácido). Existem outras tecnologias como Níquel-Cádmio (NiCd),
Níquel-hidreto metálico (NiMH), íon de Lítio (Li-ion) que apresentam maior eficiência e
vida útil porém são economicamente inviáveis. [3]
34
3.4. Inversores
São conhecidos com inversores grid-tie e são capazes de fornecer uma forma de
onda senoidal pura, utilizam de um sistema de controle para sincronizar com a frequência
da rede. Para a extração da potência máxima os inversores utilizam SPPM, possuem
diversos sistemas de proteção como anti-ilhamento, transformador de acoplamento,
monitoramento de frequência e tensão, etc.
35
3.5. Seguidor do Ponto de Potência Máxima (SPPM)
3.6. Proteção
Tabela 3.3 - Proteções mínimas de acordo com a potência instalada. Fonte [23]
Potência Instalada
Maior que 75 kW Maior que 500
EQUIPAMENTO Menor ou
e menor ou igual kW e menor ou
igual a 75 kW
a 500 kW igual a 5 MW
Elemento de Desconexão sim sim sim
Elemento de Interrupção sim sim sim
Transformador de Acoplamento não sim sim
Proteção de sub e sobretensão sim sim sim
Proteção de sub e sobre
sim sim sim
frequência
Proteção contra Desequilíbrio de
não não sim
Corrente
Proteção contra desbalanço de
não não sim
Tensão
Sobrecorrente Direcional não sim sim
Sobrecorrente com restrição de
não não sim
tensão
Relé de Sincronismo sim sim sim
Anti-Ilhamento sim sim sim
Medição Bidirecional 4 Quadrantes 4 Quadrantes
36
4. APLICAÇÃO DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS
Sistemas puros são aquele que utilizam somente o gerador fotovoltaico como
fonte geradora de energia elétrica.
37
4.3. Sistemas Fotovoltaicos Isolados (SFI)
Os sistemas fotovoltaicos isolados são aqueles que não possuem conexão com a
rede pública de fornecimento de energia e possuem sistema de armazenamento de energia.
Este sistema pode suprir energia de forma individual ou em minirede. A Figura 4.1
apresenta a configuração dos SFIs.
38
4.4. Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede (SFCR)
39
5. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
40
Através de ensaio em laboratórios certificados, os produtos recebem etiquetas de
cores diferentes que permitem avaliar a eficiência energética do produto, a classificação
vai da mais eficiente (A) até menos eficientes (de C até G dependendo do equipamento).
41
Figura 5.2 - Selo para lâmpadas fluorescentes compactas. Fonte [25]
42
Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica – PROCEL – 1985
43
Programa Nacional de Eficiência Energética em Edificações – PROCEL
EDIFICA – 2003
Figura 5.5 - Selo PROCEL para Edificações. Fonte Procel Edifica. Fonte [26]
44
Programa Nacional de Conservação de Petróleo e Derivados – CONCEPT -
1991
45
5.2. Características do Consumo no Brasil
11%
39%
25%
25%
Figura 5.7 – Consumo de energia elétrica por setor em 2014. Fonte [13]
46
Consumo Residencial por Região
70000
60000
50000
Norte
40000 Nordeste
GWh
Sudeste
30000
Sul
20000
Centro-Oeste
10000
0
2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Figura 5.8 - Consumo Residencial de energia elétrica por região. Fonte [5]
Máquinas de
Lavar Roupas
2%
47
5.3. Tecnologias para Eficiência Energética
5.3.1. Iluminação
Sensor de Presença
Fotocélulas
Dimmers
48
5.3.2. Ar Condicionado
Aquecedor Solar
Coletor Solar
O aquecimento da água é feita por coletores que possuem fluidos específicos que
captam a energia solar e transformam em energia térmica. Desta forma é possível aquecer
outros fluidos.
49
5.4. Métodos de Eficiência Energética
5.4.2. Iluminação
50
5.4.5. Ar Condicionado
5.4.6. Refrigeradores
Esta é uma proposta de eficiência energética formulada para este trabalho, sem
custo e baseada nos hábitos inteligentes de consumo, já que há duas alternativas de
redução de consumo, ou seja, a redução da potência dos equipamentos ou o tempo de
utilização dos mesmos, dessa forma é possível adotar as seguintes medidas básicas para
aumentarmos a eficiência energética:
51
5.6. Proposta II de Eficiência Energética
Esta proposta também formulada para este trabalho que requer um médio a alto
investimento inicial, porém o retorno em termos de eficiência energética são mais
significativos do que na Proposta I.
52
6. METODOLOGIA DE APLICAÇÃO DE SISTEMAS
FOTOVOLTAICOS EM RESIDÊNCIAS
53
6.1.1. Levantamento do Consumo de Energia Elétrica
Podemos citar alguns programas como Homer, PVsyst, SAM, PV-Sol e SunData
(CRESESB).
Como vamos ver no estudo de caso, o método CRESEB fará uso de ferramenta
computacional (PSCAD 4.5) para obtenção de alguns parâmetros do arranjo necessários.
Já no método Alternativo Conservador fará uso de cálculo analítico.
54
6.1.4. Dimensionamento do Gerador Fotovoltaico
Tabela 6.1 - Tabela para estimativa do consumo médio mensal de energia. Fonte [3]
Lâmpada 60 8 30 14400
55
Após a estimativa do consumo obtido através da Tabela 6.1 com valores
hipotéticos, obtivemos um total de 300,2 kWh/mês e 10006,6 Wh/dia e podemos
exemplificar os dois métodos aplicando o resultado às respectivas fórmulas. Através do
item 2.2.3 o recurso solar foi obtido com valor de 4,475 kWh/m² por dia.
(𝐸 ⁄𝑇𝐷) (6.1)
𝑃𝐹𝑉 (𝑊𝑃 ) =
𝐻𝑆𝑃
0,9 𝑥 10006,6
0,8
𝑃𝐹𝑉 (𝑊𝑃 ) = = 2515,64 𝑊𝑝
4,475
𝑂𝑛𝑑𝑒,
𝐻𝑆𝑃 (ℎ) − 𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑎 𝑎𝑛𝑢𝑎𝑙 𝑑𝑎𝑠 𝐻𝑆𝑃 𝑖𝑛𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑛𝑜 𝑝𝑙𝑎𝑛𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑖𝑛𝑒𝑙
56
Após escolher a potência do painel solar, corrigimos a potência do arranjo e de acordo
com a Tabela 3.1 temos:
2515,64
𝑁° 𝑝𝑎𝑖𝑛é𝑖𝑠 = = 7,86 ≅ 8 𝑝𝑎𝑖𝑛é𝑖𝑠
320
𝑂𝑛𝑑𝑒,
57
Através da potência do arranjo fotovoltaico foi escolhido no catálogo do
INMETRO um inversor Fronius 2,5 kW com as principais características apresentados
na Tabela 6.2 retiradas da folha de dados do fabricante que se encontra no Anexo 2.
Tabela 6.2 - Dados do inversor Fronius 2,5 kW. Fonte [Dados do fabricante]
2500
𝐹𝐷𝐼 = = 0,976
2560
550
𝑁º 𝑝𝑎𝑖𝑛é𝑖𝑠 𝑒𝑚 𝑠é𝑟𝑖𝑒 < = 13,98
39,32
𝑂𝑛𝑑𝑒,
58
A associação em série dos módulos deve levar em consideração a faixa de tensão
operação do rastreador de máxima potência do inversor, para que sua eficiência não fique
comprometida. O número de módulos em série também deve respeitar a Equação (6.4).
165 440
< 𝑁º 𝑝𝑎𝑖𝑛é𝑖𝑠 𝑒𝑚 𝑠é𝑟𝑖𝑒 <
33,12 39,32
𝑂𝑛𝑑𝑒,
𝐼𝑖𝑚𝑎𝑥 (6.5)
𝑁º 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 <
𝐼𝑠𝑐
16,6
𝑁º 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠 𝑒𝑚 𝑝𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 < = 1,64
10,07
59
𝑂𝑛𝑑𝑒,
6.2.1.4. Cabeamento CC
𝑑 .𝐼 (6.6)
𝑆(𝑚𝑚2 ) = 𝜌.
𝛥𝑉
𝑂𝑛𝑑𝑒,
𝑚𝑚2
𝜌 (Ω. ) − 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟
𝑚
60
6.2.2. Método Alternativo Conservador
Este método foi baseado em duas teses de Mestrado, uma do Instituto Nacional de
Coimbra [19] e outra pelo Instituto Politécnico de Bragança [18], com alterações
sugeridas neste trabalho.
61
sistema. Inicialmente adota-se a eficiência igual a 0,9 para escolher os componentes e
repete-se o cálculo (6.8) e (6.7) com os respectivos parâmetros dos modelos escolhidos.
𝐸 (6.7)
𝑃𝑃𝑃 (𝑊𝑝) = 𝜂 ×
𝐺
10006,6
𝑃𝑝𝑝 (𝑊𝑝 ) = 0,9 × = 2012,5 𝑊𝑝
4,475
𝑂𝑛𝑑𝑒,
Tabela 6.3 - - Dados do inversor Fronius 2,0 kW. Fonte [Dados do fabricante]
62
𝑃𝑀𝑃𝑃𝑇 (70°) = 𝑃𝑀𝑃𝑃𝑇 (25°) − 45 × (𝑇𝑃 × 𝑃𝑀𝑃𝑃𝑇 (25°)) (6.8)
𝜂𝑃𝑉 =
𝑃𝑚á𝑥 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙
𝑇𝑝 = −0,41%/°𝐶
260,96
𝜂𝑃𝑉 = = 0,8155
320
𝑂𝑛𝑑𝑒,
𝜂𝑃𝑉
− é 𝑜 𝑟𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑎𝑖𝑛𝑒𝑙 𝑡𝑒𝑛𝑑𝑜 𝑒𝑚 𝑣𝑖𝑠𝑡𝑎 𝑞𝑢𝑒 𝑛ã𝑜 𝑒𝑠𝑡á 𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑛𝑜 𝑝𝑜𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒
10006,6
𝑃𝑃𝑃 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 = 0,766 × = 1712,86 𝑊𝑃
4,475
63
𝑃𝑃𝑃 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 (6.10)
𝑁° 𝑑𝑒 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠 =
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑝𝑖𝑐𝑜 𝑑𝑜 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠 𝑒𝑠𝑐𝑜𝑙ℎ𝑖𝑑𝑜
1712,86
𝑁° 𝑑𝑒 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠 = = 5,35 ≅ 6 𝑝𝑎𝑖𝑛é𝑖𝑠
320
𝑂𝑛𝑑𝑒,
64
6.2.2.3. Dimensionamento do Inversor
120 335
< 𝑁º 𝑑𝑒 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠 𝑠é𝑟𝑖𝑒 <
31,66 40,8
Para garantir que o valor máximo de tensão 𝑉𝐶𝐴 de entrada do inversor não seja
excedido, o número máximo de módulos por fileira deve seguir a Equação (6.15).
420
𝑁º 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑑𝑒 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠 𝑠é𝑟𝑖𝑒 < = 8,36
50,21
𝑁º 𝑑𝑒 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠 𝑠é𝑟𝑖𝑒 = 6
65
𝑁º 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠 (6.16)
𝑁º 𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑙𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 =
𝑁º 𝑑𝑒 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑟 𝑓𝑖𝑙𝑒𝑖𝑟𝑎
6
𝑁º 𝑑𝑒 𝑓𝑖𝑙𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠 = =1
6
6.3. Cabeamento CC
O dimensionamento dos cabos CC pode ser feitos pelo auxílio de tabelas, porém
podemos obter a seção mínima através da Equação (6.17). Este método será utilizado em
todos os cálculos do estudo de caso. Para exemplificar o cálculo do comprimento do cabo
CC considera-se a quantidade, o maior comprimento do painel, mais uma folga de 30% e
uma queda de tensão máxima de 1%.
66
2 × 15,6 × 1,25 × 9,26
𝐴𝐷𝐶 = > 3,4 𝑚𝑚2 → 4 𝑚𝑚²
0,01 × 6 × 31,66 × 56
𝑂𝑛𝑑𝑒,
𝑚𝑚2
𝜌 (Ω. ) − 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟
𝑚
6.4. Cabeamento CA
O dimensionamento dos cabos CA pode ser feitos com auxílio de tabelas, porém
podemos determinar a seção mínima dos cabos através da Equação (6.19). Para isso
vamos relacionar a potência de saída do inversor (VA), um fator de potência unitário e a
tensão da rede para obter a corrente nominal CA, Equação (6.18). Este método será usado
no estudo de caso. Considerando os valores da Tabela 6.3 e um comprimento de 10 metros
para conexão do inversor com o quadro de distribuição.
𝑃𝐶𝐴 𝑖𝑛𝑣
𝐼𝑁 𝐴𝐶 =
𝑉𝑁 𝑟𝑒𝑑𝑒 × 𝑐𝑜𝑠𝜃
(6.18)
2000
𝐼𝑁 𝐴𝐶 = = 9,1 𝐴
220 × 1
67
2 × 10 × 9,1 × 1
𝐴𝐴𝐶 = > 1,47 𝑚𝑚2 → 2,5 𝑚𝑚²
0,01 × 220 × 56
𝑂𝑛𝑑𝑒,
𝑚𝑚2
𝜌 (Ω. ) − 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 𝑐𝑜𝑛𝑑𝑢𝑡𝑜𝑟
𝑚
6.5. Proteção
6.5.1. Disjuntores CA
Os disjuntores CA podem ser dimensionados de acordo com a Norma 5410 [28] pela
Equação (6.20).
68
6.5.2. Fusível CC
69
7. ESTUDO DE CASO
70
Figura 7.1 - Local do projeto fotovoltaico. Fonte [30]
Apesar de existir uma edificação mais alta junto ao local do projeto, podemos
analisar o ótimo posicionamento do telhado em relação ao movimento de translação da
Terra ao redor do Sol e as trajetórias de nascer e pôr do sol nas diferentes épocas do ano,
apresentados na Figura 7.2, o que proporciona áreas com baixo sombreamento somente
no verão onde temos dias mais longos, nos levando a desprezar a condição de
sombreamento neste estudo de caso.
Verão Inverno
S N
Figura 7.2 - Trajetória do Sol nas diferentes épocas do ano no hemisfério Sul. Fonte [30]
71
Para que possamos analisar a real mudança do consumo de energia elétrica vamos
nos basear em equipamentos utilizados atualmente na residência, a partir deste ponto
vamos propor dois métodos de eficiência energética, o primeiro somente pela mudança
nos hábitos de consumo e o segundo adotando as mesmas medidas propostas inicialmente
e a adequação e/ou substituição dos aparelhos domésticos.
Figura 7.3 - Vista aérea do local do projeto e área disponível para o projeto. Fonte [30]
72
7.1. Planta Baixa
73
7.2. Balanço de Carga
74
O consumo total médio calculado através da Tabela 6.1 é aproximadamente
717,29 kWh por mês, sendo os equipamentos de condicionamento de ar, chuveiro
elétrico, iluminação, geladeira e televisores os principais consumidores.
75
A Tabela 7.2 sugere a substituição de alguns equipamentos domésticos, a
adequação da iluminação de acordo com as Norma 5410 e 5413, adotando a mais eficiente
e a implementação de aquecedor solar para aquecimento de água cujas mudanças no
consumo são apresentadas nas Tabelas 7.3 e 7.4.
N°
Horas dias Novo Antigo
Chuveiro Consumo
Potência de de Meses consumo consumo
Elétrico anual Economia
(W) uso uso equivalentes mensal mensal
Principal (Wh/ano)
(h) no Wh/mês Wh/mês
mês
Verão 2500 0,4 30 7 210000 17500
Inverno 4000 0,4 30 5 240000 20000 60000 37,50%
Total 12 450000 37500
76
Tabela 7.4 - Análise do chuveiro elétrico de serviço após o aquecedor solar.
N°
Horas dias Novo Antigo
Chuveiro Consumo
Potência de de Meses consumo consumo
Elétrico anual Economia
(W) uso uso equivalentes mensal mensal
Serviço (Wh/ano)
(h) no Wh/mês Wh/mês
mês
Verão 2500 0,133 4 7 9310 775
Inverno 4000 0,133 4 5 10640 886 2128 21,94%
Total 12 19950 1661
77
Tabela 7.5 - Proposta I de eficiência energética.
78
Tabela 7.6 - Proposta II de Eficiência Energética.
79
O consumo residencial atual é cerca de 717,29 kWh/mês de acordo com o
consumo estimado calculado através da Tabela 6.1.
800000
700000
600000
500000
Wh/mês
400000
300000
200000
100000
0
Consumo atual Consumo Proposta I Consumo Proposta II
80
7.4. Levantamento do Recurso Solar
81
Para efeito de comparação obtivemos o recurso solar através do software PVSyst
que fornece os dados de incidência solar do próprio local do projeto, como foi visto na
Figura 7.8.
Como os resultados obtidos foram muito próximos, fizemos a média entre os dois
resultados obtidos.
CRESESB
PVSyst
𝑘𝑊ℎ
𝐻𝑆𝑃 = 4,49 𝑝𝑜𝑟 𝑑𝑖𝑎
𝑚2
82
7.5. Aplicação dos Métodos de Dimensionamento Fotovoltaico
611739,4
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 = = 20391,31 𝑊ℎ/𝑑𝑖𝑎
30
83
18352,18 (6.1)
0,8
𝑃𝐹𝑉 (𝑊𝑃 ) = = 5126,3 𝑊𝑃
4,475
5126
𝑁° 𝑝𝑎𝑖𝑛é𝑖𝑠 = = 16,01
320
Tabela 7.7 - Dados do painel necessários para este método. Fonte [PSCAD 4.5]
A escolha da potência do inversor pode ter razão 1:1 com a potência do arranjo
fotovoltaico (6.1), mas como raramente se confere a potência máxima do arranjo
fotovoltaico, leva-se a subdimensionar o inversor.
84
Tabela 7.8 - Características do inversor ABB PVI5000-TL-OUTD. Fonte [Dados do fabricante]
5000 (6.2)
𝐹𝐷𝐼 = = 0,976
5120
600 (6.3)
𝑁° 𝑆é𝑟𝑖𝑒 < = 12,45
48,18
36 (6.5)
𝑁° 𝑃𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 < = 3,57
10,07
85
𝐸𝑠𝑐𝑜𝑙ℎ𝑎:
𝑁° 𝑆é𝑟𝑖𝑒 = 8
𝑁° 𝑃𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 = 2
86
Verificação se o arranjo escolhido pode ser usado devido às restrições do inversor.
Cabeamento CC
87
Cabeamento CA
5560 (6.18)
𝐼𝑁 𝐶𝐴 = = 25,27 𝐴
220 × 1
Proteção CC
Os fusíveis de fileiras devem ser instalados tanto no polo positivo quanto no polo
negativo do sistema fotovoltaico e pode ser dimensionado de acordo com a equação
(6.21).
Proteção CA
88
7.5.1.2. Proposta II de Eficiência Energética
469033,4
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 = = 15634,44 𝑊ℎ/𝑑𝑖𝑎
30
14071,0 (6.1)
0,8
𝑃𝐹𝑉 (𝑊𝑃 ) = = 3930,4 𝑊𝑃
4,475
O painel Canadian Solar CS6X-320P foi escolhido para todo o estudo de caso, as
características do fabricante estão na Tabela 3.1 e na Tabela 7.5.
3930,4
𝑁° 𝑝𝑎𝑖𝑛é𝑖𝑠 = = 12,28
320
A escolha da potência do inversor pode ter razão 1:1 com a potência do arranjo
fotovoltaico (6.1), mas como raramente se confere a potência máxima do módulo, leva-
se a subdimensionar o inversor.
89
Tabela 7.9- Características do inversor ABB PVI3.6-TL-OUTD. Fonte [Dados do fabricante]
3600 (6.2)
𝐹𝐷𝐼 = = 0,9375
3840
600 (6.3)
𝑁° 𝑆é𝑟𝑖𝑒 < = 12,45
48,18
32 (6.5)
𝑁° 𝑃𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 < = 3,17
10,07
90
𝐸𝑠𝑐𝑜𝑙ℎ𝑎:
𝑁° 𝑆é𝑟𝑖𝑒 = 6
𝑁° 𝑃𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 = 2
2 x Isc (43,2°) = 20,14 A
91
Verificação se o arranjo escolhido pode ser usado com as restrições do inversor.
Cabeamento CC
O cabeamento será calculado com o maior comprimento dos módulos e uma folga
de 30%, sendo o maior comprimento igual a dois metros, distância de conexão com
inversor de 20 metros e em todos os casos admitindo uma queda de tensão máxima de
1%.
92
2 × 20 × 1,25 × 20,14 (6.17)
𝐴𝐷𝐶 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑛𝑒𝑥ã𝑜 𝑐𝑜𝑚 𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑜𝑟 =
0,01 × (6 × 33,12) × 56
> 9,04 𝑚𝑚2 → 10 𝑚𝑚²
Cabeamento CA
4000 (6.18)
𝐼𝑁 𝐶𝐴 = = 18,18 𝐴
220 × 1
Proteção CC
Os fusíveis de fileiras devem ser instalados tanto no polo positivo quanto no polo
negativo do sistema fotovoltaico e pode ser dimensionado de acordo com a equação
(6.21).
93
Proteção CA
611739,4
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 = = 20391,31 𝑊ℎ/𝑑𝑖𝑎
30
20391,31 (6.7)
𝑃𝑃𝑃 (𝑊𝑃 ) = 0,9 × = 4101,04 𝑊𝑝
4,475
94
𝑇𝑃 = 0,41%/°𝐶
260,96 (6.9)
𝜂𝑃𝑉 = = 0,815
320
20391,31 (6.7)
𝑃𝑃𝑃 (𝑊𝑃 ) = 0,7736 × = 3525,15 𝑊𝑝
4,475
3525,15 (6.10)
𝑁° 𝑝𝑎𝑖𝑛é𝑖𝑠 = = 11,01
320
𝑇𝐶 = 0,31%/°𝐶
95
𝑉𝐶𝐴 (−10°) = 45,3 + 35 × (0,0031 × 45,3)) = 50,21 𝑉 (6.11)
600 (6.15)
𝑁° 𝑆é𝑟𝑖𝑒 < = 11,94
50,21
Determinamos neste ponto que serão 5 painéis em série de acordo com (6.14) e (6.15).
10 (6.16)
𝑁° 𝑃𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 = =2
5
96
Configuração do sistema fotovoltaico projetado.
2 x Isc = 18,52 A
Isc = 9,26 A
97
De acordo com o item 6.2.2.3 vamos verificar se o arranjo proposto é válido.
Cabeamento CC
𝐿𝐷𝐶 = (5 × 2) + 30% = 13 𝑚
98
Cabeamento CA
4000 (6.18)
𝐼𝑁 𝐶𝐴 = = 18,18 𝐴
220 × 1
Proteção CC
Os fusíveis de fileiras devem ser instalados tanto no polo positivo quanto no polo
negativo do sistema fotovoltaico e pode ser dimensionado de acordo com a equação
(6.21).
Proteção CA
99
7.5.2.2. Proposta II de Eficiência Energética
469033,4
𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑜 𝑚é𝑑𝑖𝑜 = = 15634,4 𝑊ℎ/𝑑𝑖𝑎
30
15634,4 (6.7)
𝑃𝑃𝑃 (𝑊𝑃 ) = 0,9 × = 3144,35 𝑊𝑝
4,475
𝑇𝑃 = 0,41%/°𝐶
260,96 (6.9)
𝜂𝑃𝑉 = = 0,815
320
100
O inversor escolhido é apresentado na Tabela 7.10, com eficiência de 96,8%.
15634,4 (6.7)
𝑃𝑃𝑃 (𝑊𝑃 ) = 0,7736 × = 2702,74 𝑊𝑝
4,475
2702,74 (6.10)
𝑁° 𝑝𝑎𝑖𝑛é𝑖𝑠 = = 8,44
320
101
Calculando os parâmetros para temperaturas extremas do painel que foi escolhido
para o estudo de caso.
𝑇𝐶 = 0,31%/°𝐶
600 (6.15)
𝑁° 𝑆é𝑟𝑖𝑒 < = 11,94
50,21
Determinamos neste ponto que serão 8 painéis em série de acordo com (6.14) e (6.15).
8 (6.16)
𝑁° 𝑃𝑎𝑟𝑎𝑙𝑒𝑙𝑜 = =1
8
102
Configuração do sistema fotovoltaico projetado.
Isc = 9,26 A
103
De acordo com o item 6.2.2.3 vamos verificar se o arranjo proposta é válido.
Cabeamento CC
104
Cabeamento CA
3330 (6.18)
𝐼𝑁 𝐶𝐴 = = 15,13 𝐴
220 × 1
Proteção CC
Os fusíveis de fileiras devem ser instalados tanto no polo positivo quanto no polo
negativo do sistema fotovoltaico e pode ser dimensionado de acordo com a equação
(6.19).
Proteção CA
105
7.6. Investimento Inicial
Tabela 7.11 - Custo dos equipamentos mais representativos. Fonte [Site dos fabricantes]
106
Investimento
25000
20000
15000
Reais
CRESESB
10000 ALTERNATIVO
CONSERVADOR
5000
0
1
2
Figura 7.13 - Custo dos principais componentes escolhidos nos projetos desenvolvidos.
O consumo eficiente deve ser uma realidade nos hábitos do consumidor final de
energia elétrica. Podemos ver que medidas simples na mudança de hábitos como
sugeridos na Proposta I causaram uma redução de 14,71% no consumo de energia e as
medidas da Proposta II causaram uma redução de 34,61% no consumo através da
implementação de equipamentos mais eficientes, adequação da iluminação e adição de
um aquecedor solar para aquecimento de água.
107
que gere mais de 100%, o que não é vantajoso ainda no Brasil pois não há retorno
financeiro para a energia excedente injetada na rede.
30000
25000
CRESESB
20000 ALTERNATIVO
CONSERVADOR
Wh/dia
10000 Consumo
0
1 2
Figura 7.14 - Resultado do dimensionamento da geração pelos dois métodos em função do consumo.
108
Tabela 7.13 - Relação dos métodos de geração com o consumo.
PROPOSTA 1 PROPOSTA 2
MÉTODOS 90% DO 90% DO
CONSUMO CONSUMO
CONSUMO CONSUMO
CRESESB 112,30% 124,80% 109,90% 122,10%
ALTERNATIVO
70,20% 78% 73,27% 81,40%
CONSERVADOR
25000
CRESESB
20000
ALTERNATIVO
CONSERVADOR
Consumo
15000
Wh/dia
90% do Consumo
10000 CRESESB
ALTERNATIVO
5000 CONSERVADOR
Consumo
0 90% do Consumo
0 0,5 1 1,5 2 2,5
Proposta
109
Podemos citar algumas peculiaridades dos métodos desenvolvidos.
MÉTODO CRESESB
110
8. CONCLUSÃO
111
As medidas sugeridas na Proposta I também foram adotadas na Proposta II. A
segunda proposta visa incorporar os bons hábitos do consumidor juntamente com a
adequação e substituição de alguns aparelhos por equipamento mais eficientes, incluindo
um aquecedor solar que reduz significativamente o consumo do chuveiro elétrico, um dos
grandes consumidores das residências. Após adequar a iluminação de acordo com a
Norma 5413, que se mostrou mais eficiente, retirada de lâmpadas incandescentes por
tecnologia fluorescentes ou LED, adequação e substituição de um condicionador de ar
mais eficiente e substituição de alguns eletrodomésticos. Tais medidas resultaram em uma
economia de 34,61% reduzindo o consumo para 469,033 kWh/mês.
112
O método CRESESB nos retornou uma geração excedente para os diferentes
consumos pois há uma vulnerabilidade quanto aos arredondamentos no cálculo do
número de painéis e na escolha da taxa de desempenho que pode vir a causar um
sobredimensionamento do arranjo fotovoltaico.
113
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] IEA – International Energy Agency, “Key World Energy Statistics 2015”, Paris, 2015.
[4] Solar Power Europe, “Global Market Outlook 2015-2019”, Bélgica, 2015.
[5] EPE – Empresa de Pesquisa Energética, “Balanço Energético Nacional 2015”, Rio de
Janeiro, 2015.
[6] SWERA – Solar and Wind Energy Resources Assessment, “Atlas Brasileiro de
Energia Solar”, São José dos Campos, 2006.
[7] REN 21, “ Renewables Global Status Report 2015”, Paris, 2015.
114
[14] EPE – Empresa de Pesquisa Energética, “Eficiência Energética e Geração
Distribuída 2014-2023”, Rio de Janeiro, 2014.
https://bibliotecadigital.ipb.pt/bitstream/10198/2098/1/Susana_Freitas_MEI_2008.pdf
http://files.isec.pt/DOCUMENTOS/SERVICOS/BIBLIO/Teses/Tese_Mest_Nuno-
Soares.pdf
http://www.resumoescolar.com.br/geografia/movimentos-da-terra/
115
[27] CONPET, Programa Nacional da Racionalização do Uso dos Derivados do Petróleo
e do Gás Natural, disponível em: http://www.procelinfo.com.br/main.asp
116
ANEXO I
DATASHEET DO PAINEL CANADIAN SOLAR
117
ANEXO II
DATASHEET DOS INVERSORES UTILIZADOS
118
ABB – 5,0 KW
119
FRONIUS 2,0 KW
120
FRONIUS 2,5 KW
121
ANEXO III
CATÁLOGO DE EQUIPAMENTOS CERTIFICADOS PELOS INMETRO
122
123
124
125
126