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RIO DE JANEIRO
Setembro de 2018
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: MEDIDAS QUE RESOLVEM
Examinado por:
_____________________________________
Prof. Jorge Luiz do Nascimento, D.Eng.
_____________________________________
Prof. Jorge Nemésio Sousa, M.Sc.
_____________________________________
Prof. Sergio Sami Hazan, Ph D.
RIO DE JANEIRO
Setembro de 2018
Vinicius de Moura Chaves.
Eficiência Energética: medidas que resolvem/Vinicius de Moura
Chaves - Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica, 2018.
XIV, 76p.; il.: 29,7cm.
Orientador: Jorge Luiz do Nascimento
Projeto de Graduação – UFRJ/Escola Politécnica/Curso de
Engenharia Elétrica, 2018.
Referências Bibliográficas: p. 73-76
1. Eficiência Energética. 2. Métodos de Eficiência. 3.Economia de
Energia. I. Luiz do Nascimento, Jorge. II. Universidade Federal do Rio
de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia Elétrica. III.
Eficiência energética: medidas que resolvem.
iii
AGRADECIMENTOS
Ao meu pai Juvenal por ter me dado todo apoio e nunca ter desistido de acreditar
em mim, sempre disposto a me aconselhar a respeito dos caminhos e desafios da vida.
À minha mãe Andréa, por sempre confiar em mim e ter me dado todo o suporte
nos piores momentos desta jornada.
À minha namorada Luiza pelo amor e por ter tido paciência nesses últimos
meses de faculdade.
iv
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/UFRJ como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Eletricista.
Setembro 2018
v
Abstract of the Undergraduate Project, presented to POLI/UFRJ as a partial
fulfillment of the necessary requirements to obtain the degree of Electrical Engineer.
September 2018
vi
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS......................................................................................................................... iv
SUMÁRIO ...................................................................................................................................... vii
LISTA DE FIGURAS ........................................................................................................................... x
LISTA DE TABELAS .......................................................................................................................... xi
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS ................................................................................................. xii
vii
3.1.2. Conforto térmico .............................................................................................................27
3.1.4. Rendimento dos equipamentos de condicionamento de ar .............................................30
3.1.5. Dimensionamento simplificado da refrigeração...............................................................31
3.1.6. Eficiência energética na refrigeração ...............................................................................32
3.2. REVISÃO SOBRE AQUECIMENTO DE ÁGUA ............................................................................32
3.2.1. Boilers .............................................................................................................................33
3.2.2. Aquecedores solares .......................................................................................................34
3.3. REVISÃO SOBRE ILUMINAÇÃO ..............................................................................................36
3.3.1. Luz - espectro eletromagnético .......................................................................................37
3.3.2. Eficiência luminosa de uma fonte ....................................................................................37
3.3.3. Iluminância ......................................................................................................................38
3.3.4. Luminância ......................................................................................................................38
3.3.5. Equipamentos de iluminação...........................................................................................38
3.4. TRANSPORTE VERTICAL – ELEVADORES ................................................................................43
3.4.1. Demanda em standby......................................................................................................43
3.4.2. Demanda de viagem ........................................................................................................43
3.4.3. Categorias de uso ............................................................................................................44
3.4.4. Classes de eficiência energética .......................................................................................44
3.5. REVISÃO SOBRE EFICIÊNCIA DE ELETRODOMÉSTICOS ...........................................................46
3.6. REVISÃO SOBRE TARIFAÇÃO DA ENERGIA ELÉTRICA ..............................................................47
3.6.1. Modalidade tarifária ........................................................................................................47
3.6.2. Bandeiras tarifárias .........................................................................................................49
viii
5.7. VALOR DA TARIFA DESCONTADA ..........................................................................................64
5.8. AVALIAÇÃO DE CUSTOS ........................................................................................................65
ix
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1.1 - CONTRIBUIÇÃO SETORIAL AOS GANHOS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA, EM ENERGIA ELÉTRICA, NO HORIZONTE 2050
........................................................................................................................................................5
FIGURA 1.2 - CONSUMO PER CAPITA DE ELETRICIDADE: TRAJETÓRIA BRASILEIRA ESTIMADA. ............................................5
FIGURA 2.1 - MODELO DE SELO PROCEL PARA EQUIPAMENTOS DA LINHA BRANCA ...................................................10
FIGURA 2.2 - MODELO DE SELO PROCEL PARA EDIFICAÇÕES ................................................................................11
FIGURA 2.3 - CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO CONSUMO FAMILIAR - ADOÇÃO E PRÁTICA DE HÁBITOS POR GRAU DE DIFICULDADE
......................................................................................................................................................17
FIGURA 2.4 - CONSUMO POR USO FINAL NA CARGA RESIDENCIAL ............................................................................18
FIGURA 2.5 - POSSE MÉDIA E USO DE LÂMPADAS NOS DOMICÍLIOS BRASILEIROS .........................................................19
FIGURA 2.6 - PERCENTUAL DE EMPRESAS QUE DISPÕEM DE SISTEMAS DE AR-CONDICIONADO E/OU VENTILAÇÃO ...............20
FIGURA 2.7- PERCENTUAL DE EMPRESAS POR TEMPO DE RETORNO PARA PROJETOS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA .................21
FIGURA 2.8 - DISTRIBUIÇÃO DO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA POR USO FINAL NA INDÚSTRIA ....................................21
FIGURA 3.1– PSICRÔMETRO ..........................................................................................................................27
FIGURA 3.2 - CARTA PSICROMÉTRICA, COMO DESTAQUE PARA A ZONA DE CONFORTO .................................................29
FIGURA 3.3 - LEITURA DE UMA CARTA PSICROMÉTRICA ........................................................................................ 29
FIGURA 3.4 - CICLO FRIGORÍFICO TEÓRICO E EQUIPAMENTOS UTILIZADOS .................................................................30
FIGURA 3.5 - DISTRIBUIÇÃO DE ENERGÉTICOS PARA AQUECIMENTO DE ÁGUA – VALORES EM MIL UNIDADES .....................33
FIGURA 3.6 - ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO......................................................................................................37
FIGURA 3.7 - REATOR PARA LÂMPADAS FLUORESCENTES ......................................................................................39
FIGURA 3.8 - STARTER PARA LÂMPADA FLUORESCENTE ........................................................................................ 39
FIGURA 3.9 - LÂMPADA FLUORESCENTE TUBULAR ...............................................................................................40
FIGURA 3.10 - LÂMPADA FLUORESCENTE COMPACTA ..........................................................................................40
FIGURA 3.11 - IMPORTÂNCIA PERCENTUAL DA DEMANDA EM STANDBY....................................................................46
FIGURA 5.1 - INSTALAÇÃO HIDRÁULICA ............................................................................................................61
FIGURA 5.2 - INSTALAÇÃO ELÉTRICA DO AQUECIMENTO DE ÁGUA ...........................................................................61
FIGURA 5.3 - PERFIL DE CONSUMO DO ANO EM KWH ..........................................................................................65
x
LISTA DE TABELAS
TABELA 1.1 - CONSUMO DE ENERGIA (ENERGIA + COMBUSTÍVEIS) E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ...........................................4
TABELA 1.2 - ENERGIA ELÉTRICA CONSERVADA POR SETOR ......................................................................................4
TABELA 2.1 - INDICADORES ENERGÉTICOS .........................................................................................................16
TABELA 3.1 - COMPONENTES DO AR SECO.........................................................................................................23
TABELA 3.2 - EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM AR-CONDICIONADO DE JANELA. ................................................................31
TABELA 3.3 - EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM AR-CONDICIONADO SPLIT TIPO HI-WALL. ....................................................31
TABELA 3.4 - DADOS DAS LÂMPADAS INCANDESCENTES MAIS COMUNS ....................................................................40
TABELA 3.5 - DADOS DE ALGUMAS LÂMPADAS FLUORESCENTES MAIS COMUNS ..........................................................41
TABELA 3.6 - CLASSIFICAÇÃO PROCEL PARA LÂMPADAS FLUORESCENTES COMPACTAS................................................42
TABELA 3.7 - DADOS DAS LÂMPADAS HALÓGENEAS MAIS COMUNS .........................................................................42
TABELA 3.8 - CATEGORIAS DE USO DE ELEVADORES .............................................................................................44
TABELA 3.9 - DEMANDA EM STANDBY..............................................................................................................45
TABELA 3.10 - DEMANDA DE ENERGIA POR VIAGEM (DEV) ..................................................................................45
TABELA 3.11 - CLASSIFICAÇÃO DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA TOTAL DE ELEVADOR .........................................................46
TABELA 5.1 - LEVANTAMENTO DE CARGA .........................................................................................................55
TABELA 5.2 - EFICIÊNCIAS LUMINOSAS DAS LAMPADAS USADAS ..............................................................................58
TABELA 5.3 – LÂMPADA EQUIVALENTE LED ......................................................................................................58
TABELA 5.4 - MATERIAIS PARA IMPLEMENTAÇÃO DO AQUECIMENTO DE ÁGUA ..........................................................62
TABELA 5.5 - SELO PROCEL DOS ELETRODOMÉSTICOS ........................................................................................ 62
TABELA 5.6 - AR-CONDICIONADOS INSTALADOS NO LOCAL ....................................................................................63
TABELA 5.7 - DIMENSIONAMENTO DOS AR-CONDICIONADOS NOS QUARTOS .............................................................63
TABELA 5.8 - TARIFA DE CONSUMO (BAIXA TENSÃO) ...........................................................................................64
TABELA 5.9 - REAJUSTE ANUAL DA TARIFA INCIDENTE (PREVISÃO DE IGP-M) ............................................................ 65
TABELA 5.10 - MATERIAIS PARA MUDANÇAS NA ILUMINAÇÃO ...............................................................................66
TABELA 5.11 - ANÁLISE DE INVESTIMENTO PARA TROCA DO AQUECIMENTO D’ÁGUA ...................................................66
TABELA 5.12 - FLUXOS DE CAIXA PARA TROCA DO AQUECIMENTO D'ÁGUA ................................................................67
TABELA 5.13 - ANÁLISE DE INVESTIMENTO PARA TROCA DA ILUMINAÇÃO .................................................................67
TABELA 5.14 - FLUXOS DE CAIXA PARA TROCA DA ILUMINAÇÃO ..............................................................................67
TABELA 5.15 - ANÁLISE DE INVESTIMENTO PARA TROCA DE AMBAS AS INFRAESTRUTURAS + MATERIAL INFORMATIVO .........68
TABELA 5.16 - FLUXO DE CAIXA PARA TROCA DE AMBAS AS INFRAESTRUTURAS + MATERIAL INFORMATIVO .......................68
TABELA 5.17 - RESUMO DAS MUDANÇAS EM INFRAESTRUTURA E RESULTADOS DE REDUÇÃO DE CONSUMO ......................68
TABELA 5.18 - ANÁLISE DE INVESTIMENTO ........................................................................................................69
xi
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS
EL Eficiência Luminosa
xii
Eletrobrás Centrais Elétricas Brasileiras S.A.
xiii
PDE Plano Decenal de Expansão de Energia
TR Tonelada de Refrigeração
VP Valor Presente
xiv
CAPÍTULO 1. INTRODUÇÃO
Porém, esta questão, como muitas outras mais simples da ciência, é um tanto
difícil de responder.
1
Em adição à perspectiva de custos mais elevados da energia de origem fóssil, a
preocupação com a questão das mudanças climáticas decorrentes do aquecimento global
do planeta, atribuído, em grande medida, à produção e ao consumo de energia, trouxe
argumentos novos e definitivos que justificam destacar a eficiência energética quando
se analisa, em perspectiva, a oferta e o consumo de energia. Essa preocupação se
justifica mesmo em um país como o Brasil, em que o custo de produção de energia é de
uma forma geral, economicamente competitivo e que apresenta uma matriz energética
muito associada a energias renováveis. Cabe destacar que, em estudo recente publicado
pela Agência Internacional de Energia - IEA (2013) é estimado que a eficiência
energética pode contribuir com quase 50% da mitigação de emissão de gases de efeito
estufa [37].
1
Energia primária é toda a forma de energia disponível na natureza antes de ser convertida ou
transformada. Consiste na energia contida nos combustíveis crus, a energia solar, a eólica, a geotérmica e
outras formas de energia que constituem uma entrada ao sistema. Se não é utilizável diretamente, deve ser
transformada numa fonte de energia secundária (eletricidade, calor etc.)
2
primeira delas denomina-se progresso tendencial, e corresponde ao movimento
tendencial do consumidor final de energia, que inclui contribuições tais como a
reposição tecnológica natural devido ao término da vida útil de equipamentos, os efeitos
de políticas, programas e ações de conservação já em prática no país. A segunda parcela
de contribuição denomina-se progresso induzido, necessitando da instituição de
programas e ações adicionais orientados para o incentivo à eficiência energética,
voltados ou não para setores específicos [4].
2 Foi uma paralisação de caminhoneiros autônomos com extensão nacional iniciada no dia 21 de maio de
2018, no Brasil. Os grevistas se manifestaram contra os reajustes frequentes e sem previsibilidade nos
preços dos combustíveis, principalmente do óleo diesel, realizados pela estatal Petrobras, pelo fim da
cobrança de pedágio por eixo suspenso e pelo fim do PIS/Cofins sobre o diesel. [Wikipédia]
3
MtCO2e - milhões de toneladas equivalente de dióxido de carbono, padrão internacional de medição da
quantidade do gás de efeito estufa dióxido de carbono.
3
Tabela 1.1 - Consumo de energia (energia + combustíveis) e eficiência energética
4
Figura 1.1 - Contribuição setorial aos ganhos de eficiência energética, em energia
elétrica, no horizonte 2050
Fonte: EPE (2016) [5] – adaptado pelo autor
Pretende-se estudar métodos e ações que possam ser tomadas localmente para
mitigar desperdícios e/ou aumentar a eficiência energética do uso final da energia, já
que essa abordagem é pouco estimulada e pode trazer grandes benefícios para a
sociedade.
1.1. OBJETIVO
1.2. METODOLOGIA
Parte-se de uma revisão bibliográfica e teórica para contextualizar o problema da
eficiência no cenário local e mundial, passando para o histórico de medidas adotadas e
pesquisa de hábitos de consumo da sociedade. Em seguida, os conceitos de eficiência
elétrica são apresentados, nos setores de iluminação, refrigeração, transporte vertical,
aquecimento de água e eletrodomésticos. Após, foi realizada uma revisão a respeito da
tarifação da energia elétrica no Brasil e das metodologias de projetos de eficiência.
6
1.3. RELEVÂNCIA
Este trabalho tem o importante papel de trazer à tona os problemas de eficiência
energéticos de diversos sistemas consumidores, evidenciando a importância de termos
um consumo consciente de energia. A sociedade como um todo se beneficia com uma
maior quantidade de material relativo a práticas de avaliações de eficiência que podem
ser adotadas em seus ambientes de trabalho e residências. Dessa maneira, vemos a
relevância do presente projeto tanto no cunho informativo e conscientizador quanto no
cunho instrutivo.
7
CAPÍTULO 2. ESTUDO DA ARTE DA CONSERVAÇÃO DE
ENERGIA
2.1. HISTÓRICO
8
2.1.1. Horário de verão
O PROCEL foi criado pelo MME em dezembro de 1985 e é gerido por uma
secretaria executiva subordinada a Eletrobras. Atualmente possui diversos
subprogramas relacionados a seguir, onde é possível distinguir três grandes categorias:
educação, tecnologia e apoio a setores específicos.
9
• PROCEL Selo - Eficiência Energética em Equipamentos (Figura 2.1).
• PROCEL Industria - Eficiência Energética Industrial.
• PROCEL Sanear - Eficiência Energética no Saneamento Ambiental.
• PROCEL EPP - Eficiência Energética nos Prédios Públicos.
• PROCEL GEM - Eficiência Energética Municipal.
• PROCEL Educação - Informação e Cidadania.
• PROCEL RELUZ - Eficiência Energética na Iluminação Pública e Sinalização
Semafórica.
10
Figura 2.2 - Modelo de Selo PROCEL para edificações
Fonte: PROCEL [38]
2.1.4. CONPET
4
As fontes de energia não renováveis são finitas ou esgotáveis. Para a maioria delas, a reposição na
natureza é muito lenta, pois resulta de um processo de milhões de anos sob condições específicas de
temperatura e pressão.
11
Dentre as muitas atribuições da ANEEL destaca-se incentivar o combate ao
desperdício de energia no que diz respeito a todas as formas de produção, transmissão,
distribuição, comercialização e uso da energia elétrica.
12
energia elétrica para o ciclo 2000/2001, previamente estabelecidos na Resolução
271/00.
Com toda certeza, podemos dizer que a crise de abastecimento ocorrida naquele
ano afetou economicamente o país e trouxe o tema da eficiência energética e novas
tecnologias de geração distribuída para um lugar de destaque no pensamento do
empresário e da própria população brasileira. O fato é que este foi um marco nos
esforços de eficientização energética.
13
Comércio Exterior, um da Agência Nacional de Energia Elétrica, um da Agência
Nacional do Petróleo, um representante de universidade brasileira e um cidadão
brasileiro, especialista em matéria de energia, a serem designados pelo Ministro de
Estado de Minas e Energia, para mandatos de dois anos, podendo ser renovados por
mais um período.
14
sociedade brasileira no combate ao desperdício de energia, preservando recursos
naturais.
Eficiência energética é uma atividade que busca melhorar o uso das fontes de
energia.
15
2.2.1. Indicadores de eficiência energética
Selecionamos para este trabalho alguns dos indicadores apresentados pelo IAEA -
International Atomic Energy Agency em 2005 [40] e utilizados pela EPE
frequentemente, estes seguem indicados na Tabela 2.1.
5 A normal execução de operações dentro de uma organização ou setor, independente das circunstâncias
atuais.
6 Vida útil, expressa a durabilidade de qualquer coisa, como um determinado aparelho, objeto ou
alimento
16
2.2.3. Aspectos demográficos e comportamentais
Figura 2.3 - Classificação quanto ao consumo familiar - adoção e prática de hábitos por
grau de dificuldade
Fonte: MMA (2012) [32]
17
Fica claro que medidas simples tomadas por indivíduos tem uma importância
elevada no cenário geral. O MMA propôs apenas algumas medidas simples para
consumidores residenciais, mas podemos estender o raciocínio de medidas simples e
individualizadas para outros setores, com destaque para o setor comercial e de serviços,
que como podemos ver na Figura 1.1, tem grande potencial não aproveitado de
eficientização energética.
O estudo dos hábitos de consumo de energia elétrica, nas suas mais diversas
formas, é de importância vital no que tange a eficiência energética da sociedade. O nível
de penetração de determinadas tecnologias e as características de uso de
eletrodomésticos, iluminação, condicionamento de ar e aquecimento de água, quando se
trata de consumo residencial, por exemplo, é determinante nesse setor. Diferentes
setores possuem suas características de consumo distintos.
18
utilização de lâmpadas incandescentes, na data da publicação. Esse cenário tende a se
modificar drasticamente em razão da Portaria Interministerial MME/MCTI e MDIC nº
1.007/2010, que bane a fabricação de lâmpadas incandescentes. Assim é certa a
substituição dessas por suas equivalentes fluorescentes ou com tecnologia LED.
A Nota Técnica DEA 13/15, mostra que tais fatores de persistência da tecnologia
devem ser levados em conta quando tentamos prever o consumo e eficiência energética
futura [5]. Assim podemos mensurar o impacto das medidas de eficiência energética.
19
repouso, ou seja, ele não está desligado, continua consumindo energia e está aguardando
algum comando para que o equipamento exerça sua função principal. Conforme
RODRIGUES (2009), o consumo devido a esse fator pode variar entre 3% e 7% do
consumo de uma residência [34].
20
mais além, foi avaliado o tempo de retorno considerdo razoável por essas empresas para
implementação de projetos em eficiência energética, sendo os resultados dispostos na
Figura 2.7.
Figura 2.7- Percentual de empresas por tempo de retorno para projetos de eficiência
energética
Fonte: PROCEL (2008) [35]
Figura 2.8 - Distribuição do consumo de energia elétrica por uso final na indústria
Fonte: PROCEL (2008) [36]
7
Produção de calor que utiliza a eletricidade como fonte geradora.
21
Assim como no caso do setor comercial, o estudo avalia que 57,3% das
industrias colocam a eficiência energética entre as duas maiores prioridades. Porém
cabe ressaltar que, os projetos de eficiência proporcionam diferentes retornos para
setores diversos da indústria, ficando aberto para estudo e avaliação caso a caso. Os
tempos de retorno do investimento considerados razoáveis estão em sua maioria abaixo
dos 3 anos [36].
22
CAPÍTULO 3. REVISÃO TEÓRICA E FATORES QUE
INFLUENCIAM A EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
23
O ar atmosférico pode ser considerado uma mistura de ar seco, vapor d'água e
impurezas. Embora a composição do ar seco permaneça relativamente constante, a
quantidade de vapor d'água no ar atmosférico varia consideravelmente por ser
condensável a pressões e temperaturas usuais, razão pela qual as quantidades de ar
úmido devem ser expressas de tal maneira que as quantidades relativas de vapor d'água
e ar seco sejam sempre indicadas.
(1)
Sendo:
8
Ar atmosférico onde se encontra uma mistura de ar seco e vapor d’água.
9
O diagrama psicrométrico relaciona temperatura, umidade, densidade e entalpia, permitindo analisar a
variação de energia envolvida na mudança das características físicas do ar[Wikipédia]
24
(2)
Sendo:
(3)
Sendo:
Aplicando-se a lei geral dos gases perfeitos, a umidade específica pode ser
apresentada em termos da pressão barométrica , e da pressão parcial de vapor ,
(4)
10
Caso onde teor de umidade corresponda a 4% do volume de ar atmosférico (limite para o ar a pressão
de 1atm).
25
3.1.1.3. Umidade Relativa
(5)
26
Figura 3.1– Psicrômetro
3.1.1.6. Entalpia
(6)
Sendo:
- Entalpia;
Sabemos que diversos fatores influem sobre o conforto térmico do ser humano:
temperatura, geração e controle do calor no corpo humano, umidade perdida pelo corpo,
movimentação do ar, ação de superfícies quentes ou frias no espaço, tipo de atividade,
clima, época do ano, roupa, entre outros.
27
O corpo humano comporta-se como uma máquina térmica em que o combustível
é o alimento. O calor gerado pelo metabolismo é eliminado por convecção, radiação e
evaporação, ou também pode receber calor conforme a reação sobre ele, onde a equação
do balanço térmico é dado pela Equação (7) [25].
(7)
Sendo:
Sendo o conforto térmico humano afetado por muitas variáveis já que ele é
função do metabolismo, não é possível se estabelecer regras fixas.
28
Figura 3.2 - Carta psicrométrica, como destaque para a zona de conforto
Fonte: HANDS DOWN, software [26]
29
3.1.3. Ciclo de refrigeração com equipamentos básicos
(8)
30
(9)
(10)
31
Para se dimensionar um sistema de refrigeração deve-se saber a condição de
insolação do ambiente. No caso de insolação direta (ou cobertura) deve-se adicionar 800
Btu/h para cada metro quadrado. Não tendo insolação direta e não sendo cobertura, para
cada metro quadrado deve-se adicionar 600 Btu/h [27].
Na Figura 3.5, observamos que, segundo estudos do EPE (2012) [20], é esperado
que, apesar do crescimento em números absolutos do número de domicílios com água
32
aquecida, proveniente de chuveiros elétricos, teremos uma maior incursão do
aquecimento de água através de gás natural e aquecedores solares, principalmente.
3.2.1. Boilers
33
3.2.2. Aquecedores solares
Esses aquecedores têm ganhado bastante espaço nos últimos anos e mais
recentemente têm sempre sido cogitados como uma forma de melhorar a eficiência
energética das construções, tornando-as mais sustentáveis. O sistema exige espaço e
exposição à insolação, por isso é vantajoso para construções com telhados e lajes
grandes e como pouco sombreamento. O dimensionamento do sistema exige alguns
cálculos expostos logo abaixo.
(11)
Onde,
34
(12)
Onde,
Usaremos 45ºC.
(13)
Onde,
(14)
Onde,
35
é o fator de correção para inclinação e orientação do coletor solar, calculada de
Janeiro 5.18kWh/m²dia.
(15)
local da instalação, sendo esta igual ao valor de módulo da latitude local somado 10º.
(16)
36
3.3.1. Luz - espectro eletromagnético
(17)
11
É o intervalo completo de todas as possíveis frequências da radiação eletromagnética. O espectro
eletromagnético se estende desde as ondas de baixa frequência, ondas de rádio, até as de maior frequência
como as da radiação gama
37
Para exemplificar, segundo EMPALUX (2017) [9], uma lâmpada incandescente
(Seção 3.3.5) de 60 W que produz um fluxo luminoso de 864 lúmens, possui uma EL de
14,4 lm/W ; por outro lado, uma lâmpada fluorescente compacta de 15 W, que produz
um fluxo luminoso de 841 lúmens, possui uma EL de 56,1 lm/W [9].
3.3.3. Iluminância
3.3.4. Luminância
3.3.5.1. Reator
38
Figura 3.7 - Reator para lâmpadas fluorescentes
3.3.5.2. Starter
Muito utilizada no passado, está entrando em desuso por ser pouco eficiente,
mas ainda é largamente encontrada em todos os tipos de instalação. Teve sua fabricação
interrompida através da Portaria Interministerial MME/MCTI e MDIC nº 1.007/2010.
39
Tabela 3.4 - Dados das lâmpadas incandescentes mais comuns
São lâmpadas de descarga de baixa pressão, onde a luz é produzida por pós
fluorescentes que são ativados pela radiação ultravioleta da descarga.
Podemos ver na Figura 3.9 o aspecto geral de uma lâmpada fluorescente tubular.
O bulbo é recoberto internamente com um pó fluorescente ou fósforo que, compostos,
determinam a quantidade e a temperatura de cor da luz emitida.
12
Número de horas decorrido quando ainda 50% das lâmpadas ensaiadas permanecem acessas.
40
maior vida mediana e menor consumo para um mesmo fluxo luminoso. Vemos na
Tabela 3.5 alguns dados que comprovam esse aspecto.
(18)
• Outras lâmpadas
(19)
Para as outras categorias (de ‘B’ até ‘G’) precisamos fazer mais uma conta e
verificar na Tabela 3.6 os resultados encontrados.
(20)
13
Índices de consumo e desempenho energético para cada categoria de equipamento, é dividido em
melhor desempenho energético ou ‘A’ até, sequencialmente, o pior desempenho ‘G’.
41
Tabela 3.6 - Classificação PROCEL para lâmpadas fluorescentes compactas
Índice de
Eficiência Classe
Energética (I)
I ≤ 60 % B
60 % ≤ I < 80 % C
80 % ≤ I < 95 % D
95 % ≤ I < 110 % E
110% ≤ I < 130 % F
130% ≤ I G
Fonte: PROCEL (2004) [22]
Vale lembrar que esse tipo de lâmpada não é certificado pelo Inmetro com o selo
PROCEL, da mesma forma que as lâmpadas incandescentes comuns.
42
alternativa real na substituição das lâmpadas convencionais à medida que sua tecnologia
se popularizou.
14
VDI sigla para Verein Deutscher Ingenieure. O VDI-4707 é o guia utilizado pela Associação de
Engenheiros Alemães para determinar a eficiência de um elevador.
43
Para obtermos a demanda de viagem, a energia consumida durante a viagem de
referência (em mWh) é dividida pela distância percorrida (em metros) e pela carga
nominal (em quilogramas).
Categoria 1 2 3 4
Intensidade de
uso Baixa Média Alta Muito alta
Tempo médio
de viagem por 0,5 1,5 3 6
dia (h)
Tempo médio
em standby 23,5 22,5 21 18
por dia (h)
1- Prédio 1- Prédio 1- Prédio 1- Prédio
residencial residencial residencial residencial
com até 20 com até 50 com mais de com mais de
apartamentos apartamentos50 100 m de
Exemplos apartamentos altura
2- Hotéis de 2- Hotéis de 2- Hotéis de 2- Hospitais de
pequeno porte médio porte grande porte grande porte
3- Prédio 3- Prédio 3- Prédio
comercial de comercial de comercial de
até 5 andares até 10 andares mais de 10
andares
Fonte: AGE (2007) [10]
Existem sete classes de eficiência energética segundo o VDI-4707 [10], são elas
a sequência de letras de ‘A’ até ‘G’, onde a letra ‘A’ corresponde a melhor eficiência.
44
Feito isso é importante calcularmos a partir da Equação (21) a demanda total do
elevador e comparar com a Tabela 3.11, que está calculada com valores relativos a um
elevador de carga nominal de 450kg e velocidade igual a 0.75 m/s.
(21)
Sendo:
Classe A B C D E F G
Potência (W) ≤50 ≤100 ≤200 ≤400 ≤800 ≤1600 >1600
Fonte: AGE (2007) [10]
Classe A B C D E F G
Demanda específica
de energia em ≤0.8 ≤1.2 ≤1.8 ≤2.7 ≤4.0 ≤6.0 >6.0
45
Tabela 3.11 - Classificação de eficiência energética total de elevador
Cabe destacar que, devido à natureza da equação (21), teremos uma maior ou
menor dependência dos valores de demanda em standby a depender da categoria de uso
do elevador que pode ser verificada na Figura 3.11. Assim, um elevador com demanda
de standby ‘A’ na categoria de uso 4 e outro na categoria 1, podem ter classificações de
eficiência energética diferentes.
Com o discorrido na Seção PBE e PROCEL, o Brasil adota a muitos anos uma
maneira de determinar a eficiência energética de equipamentos eletrodomésticos como:
geladeiras, micro-ondas, televisores, lavadoras etc. Os equipamentos certificados com
selo PROCEL, pelo Programa Brasileiro de Etiquetagem, dão garantia ao consumidor
que ele está comprando um aparelho eficiente quando comparado com os padrões
adotados no momento.
46
postergação da necessidade de criação de novas unidades geradoras de energia elétrica
ou equipamentos associados a transmissão e distribuição.
• Grupo A que tem tarifa binômia, conectados na alta tensão - preços aplicáveis ao
consumo de energia elétrica ativa e à demanda faturável;
o Subgrupo A1 - para o nível de tensão de 230 kV ou mais;
o Subgrupo A2 - para o nível de tensão de 88 kV a 138 kV;
o Subgrupo A3 - para o nível de tensão de 69 kV;
o Subgrupo A3a - para o nível de tensão de 30 kV a 44 kV;
o Subgrupo A4 - para o nível de tensão de 2,3 kV a 25 kV;
o Subgrupo AS - tensão de fornecimento inferior a 2,3 kV, a partir de
sistema subterrâneo de distribuição.
• Grupo B, que tem tarifa monômia, conectados na baixa tensão - preços
aplicáveis unicamente ao consumo de energia elétrica ativa.
o Subgrupo B1 – residencial e residencial baixa renda;
o Subgrupo B2 – rural e cooperativa de eletrificação rural;
o Subgrupo B3 – demais classes;
o Subgrupo B4 – iluminação pública.
47
A fatura de energia elétrica desses consumidores é composta da soma de
parcelas referentes ao consumo e, caso exista, demanda de ultrapassagem ao
valor contratado.
A parcela de consumo é calculada através da Equação (22):
(22)
(23)
(24)
(25)
48
A parcela de demanda ( )é calculado através da equação (26):
(26)
(27)
• Bandeira Vermelha (patamar 1): a tarifa sofre acréscimo de R$ 0,030 para cada
quilowatt-hora (kWh) consumido;
• Bandeira Vermelha (patamar 2): a tarifa sofre acréscimo de R$ 0,035 para cada
quilowatt-hora (kWh) consumido.
49
CAPÍTULO 4. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO
Considerando-se que a energia elétrica tem uma importância grande nos valores
de qualquer empreendimento, tendo em vista o crescente custo do serviço, propomos
metodologias para efetuar auditorias energéticas.
Segundo CBCS (2018) [18], um bom programa de gestão energética visa sempre
otimizar o consumo de energia de um edifício estabelecendo conhecimento global sobre
o uso e consumo de energia, permitindo a otimização contínua do desempenho com
base em sistemas e processos padronizados e no monitoramento de indicadores
estratégicos.
Para cálculo do valor presente das entradas e saídas de caixa é utilizada uma taxa
de desconto com a qual um investidor considera-se satisfeito com o investimento.
Quanto maior for o VPL, mais favorável será o investimento.
(28)
Onde:
i – Taxa de desconto
A TIR - Taxa Interna de Retorno (em inglês IRR - Internal Rate of Return), de
acordo com REXPERTS (2018) [29], é uma taxa de desconto hipotética que, quando
aplicada a um fluxo de caixa, faz com que os valores das despesas, trazidos ao valor
presente, seja igual aos valores dos retornos dos investimentos, também trazidos ao
valor presente.
A TIR pode ser calculada através da Equação (29), e é a taxa de desconto que irá
igualar o VPL a zero. É um indicador bastante usado para análise de investimentos e
15
O valor presente líquido (VPL), é a fórmula matemático-financeira capaz de determinar o valor
presente de pagamentos futuros descontados a uma taxa de juros apropriada. [Wikipédia]
16
Valor que o dinheiro possui hoje, no presente
52
normalmente é analisada no sentido de quanto maior for a diferença entre a TIR e a taxa
de desconto real, melhor será o investimento.
(29)
53
e. Estudo do Sistema de aquecimento de água.
f. Históricos dos consumos e valores das contas de energia.
3. Recomendações.
4. Analises técnico-econômicas.
5. Conclusão.
54
CAPÍTULO 5. ESTUDO DE CASO
55
Área de café da manhã Lâmpada incandescente 60 16
Lâmpada de Halogênio 60 6
Refletores de LED 12 10
Ventilador de teto 150 4
Bar Microondas 650 1
Máquina de gelo Everest ECG
400 1
150
Cafeteira 1300 1
Filtro d'água 100 1
Lâmpada LED 5 6
Refrigerador expositor de
337 1
cerveja
TUG 100 8
Banheiros térreo Lâmpada fluorescente compacta 18 12
Refeitório Lâmpada fluorescente compacta 18 4
Lâmpada fluorescente compacta 15 2
Geladeira Brastemp 300 1
Geladeira Eletrolux 270 1
Geladeira Consul 130 1
Frigobar Consul Compacto 100 80 1
TUG 100 8
Área de limpeza Lâmpada fluorescente compacta 18 2
TUG 100 7
Depósito + Maleiro Lâmpada fluorescente compacta 15 2
Lâmpada fluorescente tubo 40 12
TUG 100 2
Escada Lâmpada incandescente 60 6
Banheiros (M/F) - 1º
Lâmpada fluorescente compacta 15 12
andar
TUG 100 8
Banheiros (M/F) - 2º
Lâmpada fluorescente compacta 15 12
andar
TUG 100 8
Banheiros (M/F) - 3º
Lâmpada fluorescente compacta 15 12
andar
TUG 100 8
Chuveiro Elétrico Lorenzetti 4600 2
Iluminação - 1º andar Lâmpada de halogênio 50 4
Lâmpada fluorescente tubo 40 6
Lâmpada incandescente 60 6
Iluminação - 2º andar Lâmpada de halogênio 50 4
Lâmpada fluorescente tubo 40 6
Lâmpada incandescente 60 8
Iluminação - 3º andar Lâmpada de halogênio 50 4
Lâmpada fluorescente tubo 40 6
Lâmpada incandescente 60 6
Quartos compartilhados Ar-condicionado Springer Split 1085 4
56
10 pessoas (x4) Lâmpada fluorescente compacta 15 24
TUG 100 24
Quartos compartilhados Ar-condicionado Springer Split 1085 6
8 pessoas (x6) Lâmpada fluorescente compacta 15 24
TUG 100 36
Quartos compartilhados Ar-condicionado Springer Split 1085 3
4 pessoas (x3) Lâmpada fluorescente compacta 15 6
TUG 100 18
Suítes (x13) Ar-condicionado Springer Split 1085 13
TV TOSHIBA 32" 80 13
Frigobar 45L Carrier 52 13
Lâmpada fluorescente compacta 15 26
Lâmpada incandescente 40 26
Lâmpada de Halogênio 50 52
TUG 100 52
Boiler 400L Boiler 400L Cumulos 2000 1
Boiler 600L Boiler 600L Acquatec 5000 1
Bomba d'água 400 1
Fonte: elaboração própria
57
5.3. LEVANTAMENTO DA EFICIÊNCIA DA ILUMINAÇÃO
Fluxo Eficiência
Lâmpada instaladas luminoso Lâmpada Equivalente LED Luminosa
(lm) (lm/W)
Lâmpada de Halogênio
392 Lâmpada LED 4,9W 80,0
Dicroica50W
Lâmpada fluorescente tubo 40W 1940 Lâmpada LED tubular 20W 97,0
Lâmpada incandescente 60W 810 Lâmpada LED bulbo 9W 90,0
Lâmpada incandescente 40W 700 Lâmpada LED bulbo 7W 100,0
Fonte: PHILIPS (2014) [8]
58
5.4. LEVANTAMENTO DA EFICIÊNCIA DO AQUECIMENTO DE ÁGUA
Consideramos no projeto o uso de água quente por pessoa durante o banho sendo
de 5 a 6 litros por minuto, quantidade considerada razoavelmente confortável de acordo
com SILVA (2014) [14] e PROCEL (2011) [17].
A aplicação dos painéis coletores pode ser feita de maneira tranquila no terraço
do estabelecimento haja visto que este possui extensa área inutilizada e sem a presença
de sombras durante todo período do dia.
Para esse projeto, trabalhamos com uma vazão nos chuveiros de 5,5 l/min,
banhos de 10 minutos e 70 banhos em média por dia o que resulta em 3,85 m³ de
consumo diário.
59
Obtivemos um valor de 2,088 m³ de armazenamento, ou seja, 2.088 l. Como o
hotel já possui 1000 l em armazenamento, acrescenta-se 1.000 l ao lado dos já
existentes.
A demanda de energia útil, de acordo com a Equação (13), foi calculada como
demonstrado.
60
O que nos leva a instalação de 12 coletores solares Soletrol Max Alumínio.
A instalação hidráulica e elétrica proposta podem ser verificadas nas Figura 5.1 e
Figura 5.2.
61
Fonte: SOLETROL (2012) [31]
Quantidade Equipamento
1 Cabo flexível 6,0 mm Branco Rolo
1 Cabo flexível 4,0 mm Preto Rolo
1 Cabo flexível 4,0 mm Vermelho Rolo
3 Disjuntor DIN Curva B 20A Monopolar
1 Termostato Segurança Encosto
1 Termostato Blindado 20A
1 Outros consumíveis de elétrica
1 Material de hidráulica
12 Coletor Solar Soletrol Max Alumínio 2,00 m²
1 Boiler 1000LSoletrol (3kW)
Fonte: elaboração própria
62
Verificamos a grande utilização de equipamentos de refrigeração nas áreas de
refeitório e nos quartos, e recomendamos manter os disjuntores dos frigobares
desligados enquanto as suítes não estiverem em uso. Todos os demais eletrodomésticos
possuem boas avaliações no PROCEL ou são indispensáveis para o funcionamento
pleno do estabelecimento.
Ambos possuem conceito ‘A’ de acordo com o Selo PROCEL, resta saber se
estão bem dimensionados para os ambientes que estão localizados
Área Potencia
Ambiente Quantidade (m²) Insolação Habitantes indicada (Btu/h)
Suíte 8 26 Cobertura 2 22.000
Suíte 5 26 Indireta 2 16.800
Quarto compartilhado 10
pessoas 4 28 Indireta 10 22.200
Quarto compartilhado 8
pessoas 6 18 Indireta 8 15.000
Quarto compartilhado 4
pessoas 2 17 Indireta 4 12.000
Quarto compartilhado 4
pessoas 1 17 Cobertura 4 15.400
Recepção (administração) 1 10 Indireta 3 7.200
Fonte: elaboração própria
63
Vemos que os aparelhos estão subdimensionados para muitos dos ambientes, tal
situação pode causar um consumo maior de energia, pois o compressor do aparelho terá
que trabalhar por mais tempo para atingir a temperatura indicada no termostato.
Os aparelhos de 22.000 Btu/h, esses se encontram em áreas mais abertas sem a
presença de cortinas de ar o que mais uma vez acarreta o compressor do aparelho
trabalhar por um período maior de tempo ou de forma ininterrupta, causando o aumento
do consumo de energia.
Tais problemas verificados poderiam ser solucionados com o acréscimo de
cortinas de vento e a substituição dos equipamentos subdimensionados, mas está
solução é muito dispendiosa financeiramente e não foi indicada.
Indicamos o controle preciso da utilização dos aparelhos, mantendo-os
desligados sempre que não utilizados e a sugestão de manter os hóspedes informados de
temperatura de conforto considerada ótima para os termostatos nesses aparelhos, 24ºC.
O uso do valor da energia injetada na rede será de acordo com a LIGHT S.A.
(2018) [13], onde é indicado na Tabela 5.8.
Faixa de consumo
Classe de Até 50 kWh 51 até 300 kWh Até 300 kWh Acima de 300 kWh
consumo Residencial Residencial Demais Classes Todas as Classes
64
Para a oscilação da tarifa incidente sobre as contas de luz, haverá um sobre o
valor anterior, para cada ano.
Como pode ser visto nas Seções de 5.2 a 5.6, nem sempre mudanças físicas são
necessárias ou até mesmo indicadas. Aquelas, para as quais notamos uma possibilidade
de ganho em eficiência energética, trazendo possíveis ganhos financeiros ao
estabelecimento, terão seus custos globais e materiais citados abaixo para avaliarmos,
posteriormente indicadores de investimento.
Adotamos o perfil de consumo anual do hotel fixo de acordo com o ano de 2016,
como padrão de consumo, para avaliar os custos. A Figura 5.3 mostra tal padrão,
lembrando que as medições se dão em torno do dia 21 de cada mês.
65
Tabela 5.10 - Materiais para mudanças na iluminação
Quantidade Equipamento
80 Lâmpada LED 4,9W
30 Lâmpada LED tubular 20W
50 Lâmpada LED bulbo 9W
30 Lâmpada LED bulbo 7W
Fonte: elaboração própria
17
Termo utilizado principalmente em engenharia para designar o processo de modernização de algum
equipamento já considerado ultrapassado ou fora de norma
66
RESULTAD ENTRADAS
Premissas
DE DADOS
Taxa de desconto = Custo de oportunidade18 (%)
11,4
+3%
(%) Economia de energia 8,330%
Investimento R$ 13.472,76
TIR (6 anos) 50,3%
OS
Premissas
DE DADOS
0 anos
Payback descontado
9 meses
Fonte: elaboração própria
18
Custo de algo em termos de uma oportunidade renunciada, em geral uma aplicação financeira.
67
Ano Fluxo de Caixa Valor Presente FCD
0 - 2.964,20 - 2.964,20 -R$ 2.964,20
1 4.658,70 4.181,96 R$ 1.217,76
2 5.136,22 4.138,79 R$ 5.356,54
3 5.945,81 4.300,86 R$ 9.657,40
4 7.227,17 4.692,75 R$ 14.350,16
5 9.223,91 5.376,37 R$ 19.726,52
6 12.360,92 6.467,55 R$ 26.194,07
Fonte: elaboração própria
Premissas
DE DADOS
1 anos
Payback descontado
8 meses
Fonte: elaboração própria
O resumo das informações dos segmentos pode ser encontrado na Tabela 5.17.
Payback
Mudança TIR VPL
descontado
Infraestrutura de
2 anos e 7
aquecimento 50,3% R$ 22.871,45
meses
d'água
Infraestrutura de
169,9% R$ 26.194,07 9 meses
iluminação
Ambas
infraestruturas e
79,1% R$ 55.210,10 1 ano e 8 meses
material
informativo
Fonte: elaboração própria
19
Títulos públicos (créditos emitidos pelo Tesouro Nacional sob a forma escritural), disponíveis para
compra por pessoas físicas pela internet.
69
CAPÍTULO 6. CONCLUSÕES
Este projeto mostrou o problema do desperdício de energia elétrica devido a
ineficiências energéticas e a falta de interesse da sociedade em modificar
comportamentos de uso final da energia, além de apresentar a metodologia para
determinar quais medidas no âmbito da conservação de energia são melhores.
71
O cenário com bandeiras tarifárias teria retornos melhores, uma vez que os
fluxos de caixa aumentariam devido incremento tarifário. A imprevisibilidade da
aplicação do incremento o torna inapropriado para estudo econômico. Dessa forma, na
análise, foi oferecida maior segurança de valores para o possível investidor não levando
em conta as bandeiras.
72
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
73
em: http://www.inmetro.gov.br/Consumidor/pbe/coletoresSolares-banho.pdf
Acesso em 13 de junho de 2018.
[13] LIGHT S.A., Composição da Tarifa. Rio de Janeiro, 2018. Disponível em:
http://www.light.com.br/para-residencias/Sua-Conta/composicao-da-tarifa.aspx
Acesso em 14 de junho de 2018.
[14] SILVA, J.C. da, Cálcuos – Sistema de Aquecimento Solar. IFRN, 2014.
Disponível em: https://www.passeidireto.com/arquivo/4957215/calculos_sistema-
de-aquecimento-solar. Acesso em 13 de junho de 2018.
[20] EPE - Empresa de Pesquisa Energética, Nota Técnica DEA 16/12 -Avaliação da
Eficiência Energética para os próximos 10 anos (2012-2021). Rio de Janeiro,
2012.
[23] EPE - Empresa de Pesquisa Energética, Nota Técnica DEA 14/10 Eficiência
energética na indústria e nas residências. Rio de Janeiro, 2010.
74
[25] MATOS, R.S., Apostila de Climatização. - Disciplina TM182. UFPR,
Departamento de Engenharia Mecânica, 2010.
75
eletrodomésticos e de propostas mitigatórias para redução do seu consumo
energético. UFPR, Curitiba, 2009
[36] ______, Pesquisa de posse de equipamentos e hábitos de uso – Ano base 2005
– Classe industrial, relatório Brasil. Rio de Janeiro, 2008
[37] IEA - International Energy Agency, World Energy Outlook. Paris, 2013. p. 259-
260.
[40] IAEA – International Atomic Energy Agency, Energy Indicators for Sustainable
Development: Guidelines and Methodology. Vienna, 2005.
76
[44] ANEEL, Resolução Normativa nº 153. Brasília, 2001.
77