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SMARTS CITIES: Repensando as cidades para cidades resilientes

Tatiana Silva Koglin

Projeto de Graduação apresentado ao


Curso de Engenharia Civil da Escola
Politécnica, Universidade Federal do Rio
de Janeiro, como parte dos requisitos
necessários à obtenção do título de
Engenheiro.

Orientador: Profº. Mohammad Najjar

RIO DE JANEIRO
Dezembro de 2021
SMARTS CITIES: Repesando as cidades para cidades resilientes

Tatiana Silva Koglin

PROJETO DE GRADUAÇÃO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DO CURSO DE


ENGENHARIA CIVIL DA ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO RIO DE JANEIRO COMO PARTE DOS REQUISITOS
NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE ENGENHEIRO CIVIL.

Examinada por:

______________________________________________
Prof. Mohammad Najjar - D.Sc. (orientador).

______________________________________________
Prof. Mayara Amario – D.Sc.

______________________________________________
Prof. Elaine Garrido Vazquez – D.Sc.

______________________________________________
Prof. Carina Stolz – D.Sc.

RIO DE JANEIRO
Dezembro de 2021

ii
Koglin, Tatiana Silva

Smart cities: Repesando as cidades para cidades resilientes /


Tatiana Silva Koglin – Rio de Janeiro: UFRJ / Escola
Politécnica, 2021.
80 p.: il.; 29,7 cm.
Orientador: Mohammad Najjar
Projeto de graduação – UFRJ/ Escola Politécnica / Curso
de Engenharia Civil, 2021.
Referências bibliográficas: p. 73 a 79
1. Introdução. 2. Revisão bibliográfica. 3. Exemplos
práticos de aplicação sustentáveis em cidades estrangeiras
4. Cenário Brasileiro: Inovação, acessibilidade e
qualificação 5. Resultados e discussões 6. Considerações
finais

I. Mohammad Najjar. II. Universidade Federal do Rio de


Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia Civil. III.
Smart cities: Repensando as cidades para cidades resilientes

iii
AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de agradecer meus pais, Eduardo Koglin e Marizeli Koglin, por
todo suporte e apoio durante esta jornada. As minhas irmãs, Stephanie Koglin e Nicole
Koglin, minha prima Bruna Mendes, meu primo João Paulo Garcia, além da ajuda dos
meus tios e tias.

As minhas amigas de colégio, especialmente a Anna Beatriz Lacerda e a Ana Elisa


Fernandes, e todas as minhas amigas e amigos de faculdade, principalmente Marcella
Lorena, Renata Sampaio, vocês foram companheiros de jornardas longas de aulas,
trabalhos e almoços descontraídos, e tornaram tudo mais fácil e feliz. Sem vocês não
teria chegado aonde cheguei, e esse sonho não seria possível. Meu muito obrigada.

Aos professores que ajudaram na minha formação.

Aos colegas de profissão que contribuíram para meu crescimento e conhecimento.

SMART CITIES: Repensando as cidades para cidades resilientes

iv
Tatiana Silva Koglin

Dezembro/2021

Orientador: Mohammad Najjar

Curso: Engenharia Civil

O crescimento acelarado sem correto planejamento urbano tem ocasiado o agravamento


de diversos problemas nas cidades. O que tem elevado a procura por desenvolver com
sustentabilidade de forma conciente e limpa. A tecnologia tem permitido voltar as
soluções acerca do conceito de Cidades Inteligentes. Porém seus fundamentos e
aplicabilidade demanda estudos vastos que ainda acabam sendo empecilhos para
alavancar.
Esta monografia penetra um pouco nos fundamentos das cidades inteligentes, e busca
impactar o olhor mais resiliente de forma a pensar o espaço urbano mais verde, renovável
e sustentável, o que tem se tornado imprencendivel para as gerações futuras.
As medidas inteligentes e inovadores acarretam na melhoria da qualidade de vida dos
cidadões e permitem a sociedade mais conectada e integrada, tendo uma população mais
ativa na vida pública e os serviços ofertados mais seguros e de qualidade.
O enfoque na garantia de uma mobilidade inteligente, ou seja, uma mobilidade urbana
segura, resiliente, limpa e inclusiva.

Palavras-chave: Cidades inteligentes, sustentabilidade, mobilidade urbana e resiliência.

v
SMART CITIES: Rethinking resilient cities for cities

December/2021

Advisor: Mohammad Najjar

Course: Civil Engineering

The accelerated growth without proper urban planning has caused the aggravation of
several problems in the cities. What has raised the demand for sustainable development
in a conscious and clean way. Technology has allowed solutions to focus on the concept
of Smart Cities. However, its foundations and applicability demand vast studies that still
end up being obstacles to leverage.

This monograph penetrates a little into the foundations of smart cities, and seeks to impact
the most resilient eye in order to think about the greenest, renewable and sustainable urban
space, which has become essential for future generations.

Smart and innovative measures lead to an improvement in the quality of life of citizens
and allow a more connected and integrated society, with a more active population in
public life and safer and quality services offered.

The focus on ensuring smart mobility that is: safe, resilient, clean and inclusive urban
mobility.

Keywords: Smart cities, sustainability, urban mobility and resilience.

vi
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 9

1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA ............................................................................9


1.2 OBJETIVO DO ESTUDO ..................................................................................10
1.3 JUSTIFICATIVA ................................................................................................10
1.4 METOLOGIA DE PESQUISA ...........................................................................11
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO ........................................................................12
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................. 13

2.1 CARACTERISTICAS DAS CIDADES INTELIGENTES ........................ 13

2.2 FUNCIONAMENTO E GESTÃO DOS BAIRROS SUSTENTÁVEIS ...... 18


2.3 SMART MOBILITY – MOBILIDADE INTELIGENTE ........................... 23

2.4 MICROMOBILIDADE ............................................................................. 28

3. EXEMPLOS PRÁTICOS DE APLICAÇÕES SUSTENTÁVEIS EM


CIDADES ESTRANGEIRAS .............................................................................. 33

3.1 AVANÇOS NO ASPECTRO DA MOBILIDADE URBANA ................... 33

3.2 ESTUDO DE CASO: SMART CITY PORTUGAL ..................................... 44

3.3 ESTUDO DE CASO: SMART CITY ALEMANHA ................................... 52

4. CENÁRIO BRASILEIRO: INOVAÇÃO, ACESSIBILIDADE E


QUALIFICAÇÃO ................................................................................................ 57

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ............................................................. 62

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 70

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ÍNDICE DE ABREVIATURAS

ONU - Organização das Nações Unidas

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

TIC’S - Tecnologias da Informação e Comunicação

IOT – Internet das Coisas

GPS - Sistema de Posicionamento Global

GEE – Gases com Efeito de Estufa

IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

ITDP - Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento

SCATS – Sydney Coordenated Adaptive Traffic System

LADOT – Los Angeles Department of Transportation

PPP’s - Parcerias Público Privadas

APIs - Application Programming Interface ou Interface de Programação de Aplicação

IMUS – Índice de mobilidade urbana sustentável

PNMU - Politica nacional da mobilidade urbana

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1. INTRODUÇÃO

1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA

Conforme a ONU (Organização das Nações Unidas), no ano de 2008 a população


mundial tinha suas áreas urbanizadas representando 50% do seu território, com uma
tendência de chegar aos 60% até o ano de 2030. (MORAES, 2013) Com relação ao Brasil,
de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2005 a
população urbana já atingia 84,20%, e com tendência de crescimento. (MORAES, 2013,
BITAR, 2008)
A melhora da qualidade de vida é possível graças ao desenvolvimento sustentável
da malha urbana. Como dito por (MORAES, 2013) a ausência de um planejamento nas
grandes metrópoles nos últimos anos ocasionou o aparecimento de problemas pertinentes
e rotineiros afrontados por várias pessoas todo dia.
As cidades do futuro enfrentam dilemas a vista que ao mesmo tempo que são
gargalos de problemas, são também parque de inovações e oportunidades. As metrópoles
fornecerão os retornos para a vida mais verde. Com o aumento na geração de resíduos e
do consumo inconsequente, o progredir com sustentabilidade se tornou essencial e
imprencendível. (Archdaily, FRACALOSSI, 2012)
Evoluir com sustentabilidade hoje é uma busca de progredir nas tecnologias e
técnicas, de forma inteligente e passando conhecimento adiante. Atualmente, já se torna
comum implementar medidas verdes, o que revela aumento no tipos de técnicas cada vez
mais elaboradas no processo de racionalização de materiais. (Archdaily, FRACALOSSI,
2012)
Não é possível destruir as cidades e refaze-las. Contudo é cabível torna-las
transitável, compacta e melhor aproveitar seus espaços. Seja por ruas completas ou uso
do espaço subterrâneo, o aumento de áreas verdes tem se tornado essencial para o conforto
térmico e geram ambientes mais harmoniosos. Os parques, lagos e hortas são capazes de
sincronizar com zonas urbanas e cimentadas.
A gestão das cidades inteligentes garantem o arrefecimento da pegada ecológica,
sendo capaz de gerir por uma drenagem pluvial ecológica e coleta e uso de aguas cinzas,
descarte correto de resíduos sólidos, uso de materiais reciclados, ou mesmo incentivar o
aproveitamento energético.

9
O avanço da mobilidade urbana, conectando e afinando as smart cities. A
implantação da inteligência e tecnologia na logística de transporte alçando
transformações positivas no transporte mundial, para uma mobilidade mais segura,
sustentável, eficiente e conectada.
Assim, este trabalho buscou contextualizar as cidades inteligentes, e mostrar
soluções que já funcionam em cidades pelo mundo todo. A seriedade de seus
fundamentos, avultando a mobilidade inteligente, a introdução da tecnologia (tecnologia
das coisas) e o reaproveitamento energético.
De acordo com as características de cada região, é possível ter um meio de adoção
e soluções diferentes, notando as evoluções nas cidades mencionadas e os principais
problemas que acabam impedindo o sucesso dessas novas tecnologias. Com relação ao
novo contexto atual, com forte preocupação ambiental, do bem estar social e de saúde e
segurança humana. As cidades resilentes do futuro, despertam um olhar mais preocupante
e humanitário em melhorar não apenas as cidades desenvolvidas como implementar
soluções que funcionem em cidades em desenvolvimento, como no Brasil, e que
agreguem a população de menor condição financeira.

1.2 OBJETIVO DE ESTUDO

O presente trabalho teve por objetivo promover um melhor conhecimento sobre a


origem e funcionalidade das Cidades Inteligentes, e como poderiam ser resolvidos alguns
dos principais problemas das mesmas na visão da mobilidade urbana. Além disso, foi
realizado um estudo sobre as iniciativas de smart cities existentes na cidade portuguesa
de Lisboa, Berlim e Brasil.

1.3 JUSTIFICATIVA

A “humanização das cidades” é uma forma das cidades serem mais humanas por meio
do combate ao isolamento e investindo em capital social, resolvendo situações
corriqueiras através de vida comunitária mais acentuada. A evolução das comunidades de
maneira mais acessível, sustentável e igualitária como forma de amotecer os conflitos
sociais e as disparidades. (FVG PROJETOS, CARMARGO, 2015, pág. 10)

10
O uso favorável das tecnologias de forma a simplificar a vida do cidadão nas cidades.
As cidades inteligentes são capazes de responder mais rápido a desastres e podem
contornar problemas do excesso demográfico que se não preocupados hoje vão afetar
drasticamente as gerações futuras.
O espaço urbano deve ser melhor otimizado, o abandono de espaços vazios ou mesmo
a falta de espaço tem levantado formas inteligentes de ocupar as cidades. Seja por maior
expansão do espaço subterrâneo, ou a utilização por camadas.
Existem inúmeras dificuldades e conflitos na mobilidade urbana dentre eles: falta de
segurança, elevada poluição sonora e do ar, e principalmente os congestionamentos. O
aumento das ruas e estradas para circulação dos automóveis tem acarretado do
desmatamento de florestas e diminuição de regiões verdes no meio da malha urbana. Isso
tem contribuído para piora da qualidade de vida nos principais centros. (LEAL, 2015)
Assim, o presente trabalho se motivou a trazer algumas dessas soluções
inteligentes que acarretam benefícios para as cidades, e atenuam alguns desses problemas
crônicos que as mesmas tem gerado nos últimos anos. A melhora na mobilidade já é uma
medida que não apenas garante uma melhor qualidade de vida, como também tem se
tornado mais que necessária para melhor circulação de pessoas e a aproveitamento
sustentável do espaço urbano.
A forte apreensão atual em possibilitar as novas medidas de serem não apenas
medidas viáveis financeiramente, bem como mais acessíveis em diversas cidades, sejam
desenvolvidas ou não, com fortes campanhas de divulgação da sua importância de
implantação.

1.4 METOLOGIA DE PESQUISA

O presente trabalho realizou uma revisão bibliográfica no que se refere ao objetivo


de agregar conhecimento e apontar possíveis soluções para problemas específicos da
mobilidade urbana por meio do uso de tecnologias baseadas no conceito de smart cities.
O mesmo utilizou de conhecimentos já explicitados em livros, artigos e sites
específicos.

11
1.5 ESTRUTURA DO TRABALHO

Em relação a estruturação do trabalho:


O primeiro capítulo tentou dar uma introdução ao tema relacionado bem como seu
objetivo, a justificativa, a metologia usada, e a estrutura do trabalho.
O segundo capítulo expõe a revisão bibliográfica realizada. Abordando temas como
caracteristicas das cidades inteligentes, gestão pública das cidades inteligentes, smart
mobility – mobilidade inteligente e micromobilidade.
O terceiro capítulo abordou exemplos práticos de aplicações sustentáveis em cidades
estrangeiras, relatando avanços no aspectro da mobilidade urbana, estudo de caso da
smart city Lisboa e estudo de caso da smart city Alemanha.
O quarto capítulo introduziu alguns avanços em sustentabilidade no cenário
Brasileiro.
O quinto capítulo apresentou os resultados e discussões obtidos.
O sexto capítulo relatou as considerações finais.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 CARACTERISTICAS DAS CIDADES INTELIGENTES

A (ONU, s/d) acredita que em 2050 80% da população mundial irá viver em
metrópoles, logo nunca foi tão necessário construir sustentavelmente de maneira que seja
capaz de resistir as alterações no clima.
O avanço da urbanização com a expansão descontrolada nas principais cidades do
mundo começou o que seria a maior apreensão para se ter um planejamento inteligente e
sustentável. Como forma de se conter o efeito das emissão de gases, entre outros males.
Assim começaram a surgir as primeiras cidades inteligentes.
O aparecimento das primeiras cidades inteligentes não faz tanto tempo assim, e é dito
alguns fatores que contribuíram para a surgimento das mesmas:
• A saída do campo no término do século XX, levando a maiores ocupações
populacionais nas cidades e agravando o aquecimento global com o envio de gases
do efeito estufa;
• O pensar sustentavél para obter respostas frente as mudanças climáticas com
acordos internacionais realizados no Protocolo de Kyoto;
• Falta de atuação governamental, com criticas ao capitalismo e manifestações em
prol de maiores direitos e poderes de decisão dos cidadões.

Segundo a IPEA o rápido crescimento das cidades levou a problemas com locomoção
e no aumento da demanda por mobilidade. Em estudo encomendado pela Firjan
(Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) (Realizado em Setembro de 2015), a falta
de investimentos em transportes públicos com o consequente aumento nos
congestionamentos, além de diminuir a qualidade de vida dos cidadãos, causa prejuízos
anuais de R$ 111 bilhões à economia brasileira. (Diário do transporte, 2015)

Contextualizado por (DEPINÉ, Ágatha Cristine, 2016, Via Revista) as smart cities
são inovadores ecossistemas caracterizados por uma ampla utilização das chamadas
TIC’s (Tecnologias da Informação e Comunicação) na sua gestão. É um modelo-exemplo
onde a conectividade é fonte de desenvolvimento a partir da utilização da infraestrutura
de redes para melhorar a eficiência politica, econômica e social, e assim garantir o melhor
desenvolvimento.

13
O termo smart city, em português, cidade inteligente, teve seu surgimento no final dos
anos 90 em um movimento que defendia novas políticas de planejamento urbano. Depois
na virada para o século 21, a expressão passou a ser usada por empresas de tecnologia
para definir a aplicação de sistemas de informação à integração de infraestrutura e
serviços urbanos. (KOMNINOS, 2006) distingue uma cidade inteligente pelo melhor
desempenho no domínio da inovação, já que a resolução de problemas e a criatividade
são características distintivas de inteligência. (ZYGIARIS, 2013; NEIROTTI et al, 2014,
DEPINÉ, Ágatha Cristine, 2016, Via Revista)

De acordo com (DEPINÉ, 2016, Via Revista) a base fundamental para as cidades
inteligentes é a conexão entre capital humano, capital social e infraestrutura de TIC’s para
fornecer maior desenvolvimento econômico sustentável e melhorar a qualidade da vida
dos cidadãos. Uma cidade é inteligente quando o investimento em capital humano e social
e a infraestrutura de comunicação (TIC) são combustíveis para o crescimento econômico
e elevada qualidade de vida, considerando também uma boa gestão dos recursos naturais
e governança inclusiva. (CARAGLIU et al, 2009).

Conforme (HALL, 2000) a smart city pode ser conceituada como:


uma cidade que monitora e integra condições de todas as suas
infraestruturas críticas, incluindo estradas, pontes, túneis, ferrovias, metrôs,
aeroportos, portos, comunicações, água, energia e mesmo prédios principais; é
capaz de otimizar seus recursos, planejar suas atividades de manutenção
preventiva e monitorar aspectos de segurança enquanto maximiza serviços
para seus cidadãos.
O uso de infraestruturas tecnológicas é uma saída das cidades inteligentes para
concretizar lugares mais talentosos, desenvolvidos, sustentáveis e convivíveis.
(MITCHELL, 2003) As cidades inteligentes é composta de seis áreas, como revelado no
quadro 1 abaixo. (Giffinger et al., 2007)

Quadro 1 – 6 pilares inteligentes

Fonte: Giffinger et al., 2007

14
Os bairros sustentáveis são caracterizados pela maior eficiência na utilização dos
seus recursos de forma atenuar os impactos ambientais. Os projetos são realizados de
maneira a tornar mais competente o uso dos recursos naturais juntando tecnologia,
confortabilidade e preocupação em atender as demandas dos futuros usuários. (CUNHA,
2014)
Ainda que exista disparidade nas opiniões de qual seria a melhor forma de se
qualificar sustentabilidade, já se existe uma consonância de que bairros sustentáveis
devem refugiar soluções práticas que miram amortizar os impactos globais a natureza. Na
figura 1 abaixo foi apresentado como seria representado um “bairro sustentável ideal”.

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Figura 1 – Bairro sustentável ideal

Fonte: www.smartcitylaguna.com.br

Os países mais desenvolvidos tem servido como modelo no desenvolvimento de


certificações de sustentabilidade, tendo sua aplicação e uso em diversos países não tão
desenvolvidos também. A atuação de empresas estrangeiras no Brasil como certificadora
já é vasta. (MORAES, 2013)
Da mesma forma, como argumentado por (LIRA, 2021) as cidades
inteligentes vêm ganhando mais espaço e autonomia, visto que garantem alocação melhor
dos seus recursos para seus habitantes. Com uso mais sustentável e aproveitamento mais
conciente dos seus recursos naturais apontando soluções criativas que visem a melhora
da qualidade de vida.
Como dito por (MORAES, 2013) a base do nível de sustentabilidade de uma cidade
é feita em cima de 6 pilares, conforme mostra o quadro 2 abaixo.

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Quadro 2 - Características da base da sustentabilidade

Fonte: RELATÓRIO ARUP (2013)

Conforme mencionado por (PMCG,2020), as cidades inteligentes podem gerar um


série de serventias para a sociedade integrada a mesma, dentre este benefícios é possível
relatar alguns:

• Produzem indicadores de desempenho que ajudam a medir, avaliar e


melhorar políticas públicas;
• Possibilitam que as escolas se tornem ambientes mais propensos a
incentivar a criatividade e estimular a visão sustentável desde cedo, nos
alunos;
• Estimulam uma sociedade mais conectada e integrada, permitindo maior
participação da sociedade civil com a consulta de informações sobre o
funcionamento de itens da cidade através de Smartphones, por exemplo;
• Melhora em atendimento de serviços de saúde e segurança;
• Saneamento básico melhor estruturado;
• Otimizam a alocação de recursos e ajuda a reduzir gastos desnecessários;
• Criação de um transporte coletivo mais integrado e eficiente;
• Utilização de recursos naturais de forma mais consciente e eficiente.

As cidades inteligentes já são presentes em quase todos os continentes do mundo,


tendo uma forte presença na Europa e nos Estados Unidos. A sua distribuição varia
conforme o passar dos anos, mas a tendencia é sofrer um aumento considerado, de acordo
com o planejamento adequado das cidades ou mesma na disponibilidade de acesso a
rede/internet, conforme revelado na figura 2 abaixo.

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Figura 2 – Distribuição das smart cities no mundo segundo indicadores de planejamento e rede

Fonte: Bloomberg Philanthropies, Aspen Institute, Bloomberg New Energy Finance. (2018)

2.2 FUNCIONAMENTO E GESTÃO DOS BAIRROS SUSTENTÁVEIS

O gerenciamento inteligente é capaz de gerir simples e pontuais soluções de


maneira a tornar a vida mais suntentável e elevar os padrões de qualidade de vida dos
seus habitantes. Por meio de parcerias de empresas públicas e privadas, tendo uma
expansão do controle de informações e tornando as suas partes gerenciais mais
comunicáveis e adaptáveis.
A gestão inteligente é aquela que inclui e prioriza o cidadão nas suas tomadas de
decisão, deixando o mesmo a parte do planejamento, das leis, da regulamentações e das
medidas governamentais em geral. As vantagens em possuir e elevar a gestão para uma
gestão inteligente são o fortalecimento da cultura, a otimização do tempo, a boa
integração dos dados, o melhor controle financeiro ou mesmo o nível de qualificação.
A gestão das cidades inteligentes utilizam de avançados aparelhos que fazem uso
de IOT na forma de solucionar os principais problemas das cidades. Assim, os
governantes melhoram suas decisões frente a boa interação entre os serviços, população

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e a infraestrutura, na qual há um melhor entendimento das características e necessidades
de cada região. (SOUZA, 2017)
O governo inteligente é composto de fatores institucionais que abragem uma
governança clara, um maior apoio político e a melhor consciência digital (participação
mais ativa). Em relação aos fatores organizacionais é ressalvo o adequado gerenciamento
de dados, a cibersegurança, o nível de experiência do usuário e o gerenciamento de
inovação. (LOUREIRO, 2019) A figura 3 a seguir é uma ilustração das diversas palavras
chaves que podem caracterizar um governo inteligente.

Figura 3 – Governo inteligente


Fonte:https://forum.ibgp.net.br/diferencas-entre-governo-inteligente-e-governanca-inteligente/

As cidades são ecossistemas complexos é o gerenciamento das cidades


inteligentes é conseguido com o melhor aproveitamento das tecnologias TIC, na qual há
uma melhor conecção entre os distintos sistemas. (RAZAGHI, 2016) As TIC são capazes
de fornecer um adequado planejamento urbano, e possibilitam o fornecimento de serviços
com qualidade pelo uso de monitoramento em tempo real, troca de informações e coleta
de dados em massa. (FINGER, 2011, MATARRA, 2017, SOUZA, 2017)
Como revelado por (SOUZA, 2017), a ONU-Habitat (2012) crê que haverá aos
poucos uma eficácia no uso de essas ferramentas nos anos seguintes. Na maioria das
partes da governança local a metologia abordada pode vir a ser introduzida e obter
sucesso. O vasto campo de expansão com uso de sensores com rastreamento ao vivo
permite chegar é imenso, tendo novas formas de adaptação.
Dentre esta gestão é supracitado nas smarts cities a tentativa por melhor eficiência
energética, gestão de agua e a gestão de resíduos sólidos.

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2.2.1 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Um projeto de eficiência energética, irá priorizar o conforto dos habitantes, e presar


pela economia de recursos, com isso, é fundamental para o sucesso do empreendimento,
analisar minuciosamente todas as intervenções possíveis a alcançar tal objetivo. Pode-se
dizer que a eficiência energética é a energia que não foi consumida, logo, realizar uma
maior quantidade de tarefas porém com um consumo reduzido. (MORAES, 2013, BOLT,
s/d)
Com relação ao conforto ambiental é possível por meio do melhor planejamento e
design do imóvel reduzir o consumo energético tendo uma iluminação natural mais bem
aproveitada. A utilização de cores claras e suaves nas paredes, ou mesmo, a ventilação
cruzada nas janelas são medidas que investem na entrada da luz solar. (BOLT, s/d)
O autor (BOLT, s/d) também menciona soluções energéticas promovidas pelo uso da
energia solar. As placas fotovoltaicas que podem ser instaladas em edifícios comerciais e
residências permite a geração de energia por meio do aproveitamento da energia vindo
do sol. Porém ainda depende de um estudo da incidência solar da região para menor
perdas e rentabilidade do sistema voltálico. Ressaltando que a energia solar é uma
alternativa limpa e mais econômica frente outras fontes de energia, como as
termoelétricas.
Segundo também o autor (BOLT, s/d) o uso de lâmpadas LED também fornecem
melhor aproveitamento energético. Se comparado com as lâmpadas convencionais as
mesma consomem menos energia, fornecem maior iluminação e geram menos emissão
de calor. A (EXATI, 2021) afirma: “A iluminação de LED pode gerar uma redução entre
75% e 95% na conta de energia, bem como diminuir os custos de manutenção, já que
possuem vida útil de até 10 anos.”
A implantação do telhado verde também é uma saída para reduzir o consumo
energético. Este método consiste na aplicação de uma camada impermeável sobre a
cobertura do prédio e logo em seguida colocar terra e plantas. Assim, se consegue reduzir
o impacto do calor nas estações de verão e primavera e melhorar a umidade relativa do
ar. (BOLT, s/d)

2.2.2 GESTÃO DE ÁGUA

20
Como afirmado por com Rodrigues (2005) e Bazzarella (2005), o consumo de água
nas residências é o responsável por mais da metade do consumo total de água gerados
em zonas urbanas, chegando a alcançar 80% em cidades grandes como São Paulo. A
infraestrutura de distruibução representa a maior gradiente de ineficiência no consumo de
agua Brasileiro, e por meio de tecnologias e simples ações pode ser eliminado algumas
perdas. (MORAS, 2013) Os últimos diagnósticos dos serviços de água e esgoto do Brasil,
publicados pelo Ministério das Cidades, mostram que os percentuais históricos da Cedae
em perdas na distribuição são de 50%, ainda sendo um valor considerado bem elevado.
(O GLOBO, 2013)
O autor (MORAS, 2013) menciona que novas tecnologias como sensores de detecção
de vazamentos e alarmes na tubulação, são capazes de reduzir drasticamente os
desperdícios em sua raiz, além de permitirem uma requinte mais rápido e eficiente,
conforme revelado na Figura 4 abaixo.

Figura 4 – Detecção de vazamento de tubulação da Empresa Yamatec.

Fonte: https://www.bonde.com.br/casa-e-decoracao/dicas/tecnologia-ajuda-encontrar-vazamentos-de-

agua-e-evita-quebra-quebra-329934.html

Como dito por (MORAS, 2013) a escolha da pavimentação deve se adequar com às
necessidade hídricas do bairro e é um meio de se evitar alagamentos. A região a ser
colocado pisos intertravados e permeáveis é influenciada pela capacidade de filtragem, e
pode trazer soluções distintas como a implantação de pavimentos verdes com grama
natural.

21
A construção de reservatórios que permitam o delongo do escoamento das águas
pluviais também é uma via para evitar desperdícios. Na região aonde são postas é possível
diminuir os riscos de inundações, e pode-se aproveitar as aguas do reservatório para a
irrigação, na qual os sistemas de irrigação podem vir a ocorrer por gotejamento com
controles de tempo. (MORAS, 2013)1

2.2.3 GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

A qualificação pelo qualidade do sistema de coleta de resíduos sólidos é um dos


objetivos de parâmetros segundo o objetivo 11 de desenvolvimento sustentável – Cidades
e comunidades sustentáveis (IPEA). Um bom planejamento do bairro precisa arquitetar
uma infraestrutura capacitada à gestão dos resíduos sólidos, com a triagem, manutenção
e fiscalização da estrutura. Os sistemas devem ser otimizados e inovadores.
Existem atualmente diversas técnicas que permitem otimizar a coleta de resíduos, ou
mesmo destinar apropriadamente o seu descarte. O aperfeiçoamento das mesmas, tem
proporcionado grandes ganhos no gerenciamento dos resíduos sólidos. A compostagem
e reciclagem também tem alarmado formas de se reaproveitar os resíduos gerados, e como
seu descarte correto pode ampliar ainda mais isso.
(MORAES, 2013) relata: “Somento o correto dimensionamento e as tecnologias
empregadas no sistema de coleta de resíduos sólidos urbanos não bastam como solução
de uma gestão sustentável, é preciso que a população local do bairro esteja consciente de
seu papel fundamental nesse processo.” A participação publica é perceptível seja por uso
da coleta seletiva em massa, ou então na limpeza recorrente dos espaços públicos,
evitando acumulo de lixo e sujeira. É possível visualizar a coleta de resíduos sólidos de
acordo com o tipo de material descartado, representado na figura 5.

1
Créditos: Moraes. Thiago. Desenvolvimento de bairros sustentáveis. Disponivel em:
http://repositorio.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10008103.pdf

22
Figura 5 - Coleta de residuos solidos – Barcelona

Fonte: HTTP://WWW.ENVACGROUP.COM/PRODUCTS

2.3 SMART MOBILITY - MOBILIDADE INTELIGENTE

A transgressão do serviço de mobilidade de forma sustentável, tendo baixo impacto


ao meio ambiente e fornecendo um transporte igualitário e com boa acessibilidade é a
nova mobilidade, chamada por muito de Mobilidade Inteligente. A empresa (SEM
PARAR, 2020) descreve algumas benfeitorias proporcionadas pela Smart Mobility:

• Garante qualidade de vida;


• Diminuira o impacto ao meio ambiente;
• Melhora o planejamento e a eficiência dos meios de transporte público;
• Reduzira o congestionamento e a frustração do cidadão;
• Otimiza os locais de estacionamento e sua gestão;
• Prioriza o cidadão no campo da mobilidade.

A mobilidade inteligente visa causar mudanças comportamentais com a


introdução de um transporte multimodal cada vez mais flexível e gerenciado
adequadamente. Como relatado por (LIMA, s/d, Educacao.globo.com) não é apenas no
Brasil que essa mudança apresenta grandes desafios, mas também nas maiores cidades do
mundo. Esse gargalo e enorme concentração sentida nas grandes capitais são decorrência
do maior deslocamento de pessoas em busca de melhores oportunidades de emprego e
serviços de qualidade.

23
Ainda apontado por (LIMA, s/d, Educacao.globo.com): “O notório inchaço
urbano obriga com urgência a harmonia e agilidade o deslocamento de bens e pessoas
com eficiência, conforto e segurança além de mitigar os impactos ambientais, visuais e
de poluição sonora e atmosférica, ressaltando também modelos de minimização da
exclusão social.”
Atualmente muitos moradores tem que percorrer longas distancias para cumprir
suas obrigações, seja de lazer ou a trabalho. O desenho urbano deve ser desenvolvido de
forma a atenuar esses longos deslocamentos. Pode-se dizer que um bairro amigável a seus
moradores é preciso implantar propostas que incentivem a caminhada para curtas
distâncias e priorizem o transporte coletivo para distâncias elevadas. (MORAES, 2013)
Como falado por (MORAES, 2013) a utilização de ciclovias para mobilidade local
promove melhora da saúde e é considerada um ótima opção de lazer. A cidade deve
proporcionar uma rede e malha cicloviária com instalações e circuitos adequados que
incentivem seu uso. A segurança também é crucial na colocação de bicicletários em
pontos estratégicos, além de disponibilidade de tomadas para abastecimento no caso das
bicicletas elétricas.
O trânsito deve ser mais focado no transporte publico coletivo, isso solucionaria
vastos problemas da mobilidade urbana. Assim, deve ocorrer uma constante melhoria do
serviço prestado, além de uma infraestrutura eficiente com um fluxo voltado para sua
circulação, não apenas para o automóvel. Já que o aumento da malha rodoviária e
metroviária demanda estudos mais complexos. (PENA, 2018)
Conforme (FIA, 2018) quando é abordado a mobilidade, outro termo deve ser
gerenciado: a gentrificação. A gentrificação é caracterizada pelo interesse em
determinados grupos por se mudar para um bairro ocasionando elevação da população e
densamento de uma cidade, o que também acarreta na elevação dos preços. Além disso,
os moradores locais e antigos acabam por transferir para outras regiões mais afastadas do
seu local de trabalho, resultando em distâncias maiores percorridas.
O tempo de deslocamento é outra questão de mobilidade urbana que deve ser
resolvida urgentemente, segundo (PENA, 2018). O autor acredita que os elevados
congestionamentos e transito devagar são responsáveis por isso. A urbanização
descontrolada e expansão das áreas periféricas são constrantes com um grandioso nº de
lotes vazios. O mesmo defende que cidades mais compactas proporcionariam
deslocamentos motores mais rápidos.

24
A mobilidade inteligente deve atuar juntamente com políticas de saúde. Tanto
como forma de garantir qualidade de vida como integrando hospitais e clinicas e
garantindo atendimento emergencial. O uso dinâmico e interativo dos modais melhoram
o estresse e levam a maior interação da sociedade com seu meio, podendo usufruir melhor
do que a mesma tem a oferecer. (ANDRADE, 2020, Labmob)
A estrutura dos transportes públicos devem ser cada vez mais adequadas as
necessidades do cidadão. Sejam por pagamentos mais rápidos por aplicativos ou QR
Code, ou mesmo disponibilidade de saídas USB e wifi gratuito destro das estações e
veículos.

2.3.1 MOBILIDADE INTELIGENTE: CONTEXTO SÓCIOECONÔMICO

Com vista da (ANTP, 2003) defende que um programa de boas politicas voltadas
para a mobilidade sustentável deve consistir em ações conjuntas para obter respostas em
longo prazo, dentre as ações foi possível destacar:
• Combinar políticas de tarifação de transporte público e uso de
automóvel refletindo os custos externos causados e com diferenciação
em relação a hora de pico e fora do pico, tanto quanto, em áreas
congestionadas e não congestionadas.
• Direcionar os programas de investimento em transportes para as
mudanças que possam ocorrer na demanda devido às políticas de ação
anteriormente descritas e especialmente com relação ao aumento da
demanda por melhores transportes públicos, ou seja, mais rápidos e
com melhores serviços.
• Desenvolver um plano de uso do solo dando suporte a necessidade
por novas moradias próximas as áreas centrais, em cidades satélites
ou ao longo de corredores bem servidos de transporte público, além
da crescente necessidade e oportunidade de utilizar o transporte
público.
Foi possível identificar algumas estratégias para alcançar a mobilidade sustentável
no contexto sócio-econômico, as mesmas estão listadas no quadro 3 abaixo.

Quadro 3 - Estratégias para mobilidade sustentável

Fonte: Banister et al (2000)

25
De acordo com (CAMPOS, s/d) parte das estratégias acima citadas está relacionada
com o meio de ocupação urbana em que se apartam: estacionamentos integrados com o
transporte público, o adensamento na proximidade de corredores e estações de transporte
público e a adequação de calçadas e implantação de vias para ciclistas e faixas de
travessias para pedestres.
A importância da gestão do transporte público envolve poder público e operadoras
relacionas. A qualidade do transporte e a tarifa de acordo com a região, além é claro a
preocupação em garintir segurança aos usuários. (CAMPOS, s/d)

2.3.2 MOBILIDADE INTELIGENTE: CONTEXTO AMBIENTAL

O mitigação do impacto ao meio ambiente são medidas necessárias, é graças a


introdução e uso das tecnologias é possível alcança-las. O impacto ambiental ocasiodo
pelo transporte urbano estão associados ao maior consumo de energia, a qualidade do ar
e a poluição sonora. (CAMPOS, s/d)
A melhora da qualidade do ar é uma preocupação atual devido a elevada emissão de
dióxido de carbono (CO²) pela utilização da gasolina pelos automóveis e ônibus. A
redução do consumo de combustíveis fosseis é possibilidade por incentivo ao não
transporte, ou mesmo, a utilização de outros tipos de combustíveis, e de energia limpa
como veículos movidos a gás e hidrogênio, ou mesmo elétricos. Infelizmente a produção

26
dessas fontes de energia alternativas ainda é dependente de recursos locais e de uma
cadeia de produção especializada. (CAMPOS, s/d)
Segundo a autora (CAMPOS, s/d) existem estratégias aonde se é capaz de se
conseguir uma mobilidade sustentável no contexto ambiental, as mesmas são
correlacionadas abaixo: 2
• Investimento em transporte público utilizando energia limpa;
• Politicas de restrição de uso do transporte individual em áreas já poluidas;
• Conforto urbano: calçadas adequadas, ciclovias, segurança em travessias
e arborização de vias.
• Melhora da qualidade do transporte público;
• Implementação de sistemas de controle de velocidade e de tráfego;
• Adequação de veículos de carga, vias e pontos de parada
2.3.3 TECNOLOGIA NA MOBILIDADE URBANA

A mobilidade inteligente conglomera: o gerenciamento do tráfego; transporte público;


infraestrutura de TICs; acessibilidade e multimodalidade.
Os autores (RODRIGUES; MENDES; BASTOS, 2021) acreditam em três principais
preocupações envolvendo estudos de Tecnologia de Informação e Comunicação (TICs):
1) se calharia a excitação de mais viagens; 2) se haveria mudança do
deslocamento por atividades realizadas remotamente; e 3) possibilidades de
mudança nas características e padrões das viagens.
As TICs possuem papel fundamental no bom gerenciamento do transporte privado
possibilitando orientar o usuário em rota de tempo real, além de alertar de perigos como
acidentes na via ou mesmo congestionamentos. (BANISTER, STEAD, 2004) A
preocupação em reduzir o tempo de deslocamento por melhora nos aplicativos de forma
a informar rotas mais seguras e rápidas. Considerando a reclamação dos usuários por
alternativas ruins e que aumentam a distância percorrida. (RODRIGUES; MENDES;
BASTOS, 2021)
O planejamento eficaz da mobilidade inteligente é assegurado com usos diferenciados
das TICs. A expansão e aperfeiçoamento dos smartphones possibilitou um melhor acesso
as TICs. Com fundamento por (SCHULZ et. al., 2020) a gestão da mobilidade com a
geração atual e uso da Big Data (Grande quantidade de dados) amplia as opções de
soluções e garante mais rapidez e competência.
Os autores (RODRIGUES; MENDES; BASTOS, 2021) veem que a tecnologia tem
muito a agregar aos veículos. É possível buscar cada vez mais carros movidos a

2
Créditos: CAMPOS. Vania. UMA VISÃO DA MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL. PP17.
FAU/UFRJ

27
hidrogênio ou mesmo a eletricidade, o menor consumo dos combustíveis fosseis
(rentabilidade do motor), o controle na dinâmica e circulação e aparatos de segurança.
Os autores (RODRIGUES; MENDES; BASTOS, 2021) também defendem: “Em
relação ao uso de dados, as aplicações focam na informação em tempo real a passageiros,
atendimento personalizado em viagens, planejamento logístico, sistemas de TI para
gestão da oferta e demanda, soluções de big data, e arquitetura de segurança de dados de
tráfego gerados.”
As tecnologias favoráveis a melhora do transporte é vista na disponibilidade e
aperfeiçoamento dos serviços entregues por meio de aplicativos de compartilhamento de
carros e caronas, ou mesmo de bicicletas e patinetes. Como os oferecidos pela Uber, Lyft
e Cabify. Esses serviços vem sofrendo constantes alterações, tornando sua interface mais
atrativa e de fácil utilização aos usuários, o que tem ampliado sua adesão nos últimos
anos. (RODRIGUES; MENDES; BASTOS, 2021)
A integração modal da mobilidade privada e pública com uso de tarifa única. O
aplicativo relacionado ao Mobility as a service, ou seja, o MaaS. O deslocamento é pago
por viagem única, logo é possível num mesmo destino do ponto A ao B escolher diversos
modos de transporte. Isso tudo com simples acesso por smartphone e de maneira mais
rápida, intuitiva e barata. A plataforma integra fatores como trânsito, tempo do trajeto em
cada modal, qualidade atmosférica e outros. (CORREA, PETZHOLD, PASQUAL, 2019)
Um exemplo Brasileiro de uso das tecnologias para melhora do tráfego e segurança
foi a criação da plataforma digital “AlertaRio”. Esta plataforma é acessível por site ou
aplicativo de celular e permite aos usuários saber em tempo real a previsão de chuvas na
cidade do Rio de Janeiro, sendo uma forte aliança no combote a desastres naturais.
(CALDAS, Andre SANTOS, Andrea SANTOS, Lucas SANTOS, 2020)
A fluidez do trânsito nas grandes cidades pode ser conseguida com a introdução de
tecnologias pontuais. A obtenção de dados possibilita contestar de forma inteligente, e
assim notear a infraestrutura dos serviços. Ou seja, entender como muda no decorrer do
tempo o congestionamento em certa via, quais padrões o tráfego segue e a infraestrutura
necessária para cada modal.
O entendimento do espaço urbano de forma a otimizá-lo. O controle seja por pedágios
ou semáforos inteligentes, ou “simples” alterações na malha, como divisão de faixas,
estacionamentos estratégicos e novas faixas de BRT.

28
2.4 MICROMOBILIDADE
A micromobilidade foi definida por (DEDIU, 2017): “Como uma categoria de
veículos para as cidades que devem pesar menos de 500 kg, possuírem motor elétrico e
ser utilizado como propósito de transporte, em especial para curtas distâncias.” Na figura
6 a seguir são ilustrasdos os veículos que a micromobillidade inclui.

Figura 6 – Micromobilidade

Fonte: Infográfico de IPTD - Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento

De acordo com (LEITE, 2019): “Em um estudo realizado pela McKinsey Center for
Future Mobility, aproximadamente 60% das viagens por carro percorrem menos de oito
quilômetros, o que poderia ser facilmente substituído por transportes não poluentes ou de
maior facilidade de deslocamento, reduzindo a necessidade de utilização de carros.”
A estrutura das cidades deve acompanhar esse aumento e aderência a
micromobilidade. Com atual expansão das cidades e aumento da densidade demográfica
tem acarretado em maiores problemas na locomoção dos cidadões. Assim, deve-se
estudar a região e promover a correta instalação de ciclovias com faixas e sinalizações
que promovem benefícios futuros. (LEITE, 2019)
De acordo com (YUN, s/d) a mobilidade compartilhada é uma saída para uma
mobilidade sustentável, é segue sendo uma tendência atual para suprir e complementar o
transporte integrado. A ponte entre diversos modais, seja público ou privado pode ser
almejado com a utilização das bicicletas compartilhadas. A popularidade e maior adesão
populacional é sentida devido melhor suporte ao sistema, tornando sua utilização mais
fácil e acessível.

29
O controle do aluguel das bicicletas compartilhadas e todo o sistema que envolve
sua instalação e manutenção deve ser estudado com caltela para garantir rentabilidade e
durabilidade. Este tipo de transporte como solução para mobilidade a curtas distâncias
deve envolver uma colaboração e cooperação entre as empresas do setor, a sociedade
usuária e o governo. Assim, é possível atender as demandas e obter um maior incentivo
fiscal.
Existem muitas vantagens da utilização das bicicletas no lugar dos automóveis:
São de baixo custo, fácil acesso, aplicativo com interfácil didática, localização de
plataforma por (GPS) e motores (no caso das elétricas) mais econômicos. São ajustados
e encaixados na mobilidade, servindo como uma integração aos modais e ao espaço
urbano. Além de serem capazes de reduzir consideravelmente a emissão de poluição.
A micromobilidade vem se tornado uma solução para integrar os espaços nos
centros urbanos de uma forma limpa e sustentável. Os pontos de uso deve conectar e
interagir com ínicio/final de pontos de ônibus e estações metroviárias. É priorizado seu
uso para deslocamentos de curtas distâncias, onde não é possível passar ônibus devido a
largura das vias ou não existe uma infraestrutura rodoviária pela baixa demanda de
passageiros.
De acordo com o (ITDP,2020): “A micromobilidade é caracterizada pelo
deslocamento de veículos leves que circulam a uma velocidade de até 25 km/h e são
utilizados para viagens de até 10 km de distância.”
Segundo o (TOPJIAN, 2019) a criação de uma infraestrutura da micromobilidade
é imprescindível para uma correta implementação da modalidade autônoma na malha
urbana. Desse forma, eis algumas medidas:
Rede de faixa de micromobilidade protegida - Atualmente, as ciclovias
protegidas são geralmente o componente de infraestrutura mais ambicioso do
modelo baseado em galhos; aqui, será o componente menos ambicioso: apenas
um ponto de partida. Uma visão ousada de micromobilidade da bicicleta
provavelmente começa com uma rede completa de faixas protegidas em toda
a cidade, fornecendo acesso seguro e equitativo a todos, em qualquer lugar.
Ruas prioritárias ou com largura de banda alta - As ruas prioritárias teriam
faixas apenas para ônibus, várias faixas para micromobilidade para acomodar
ciclistas aumentados e velocidades variadas, e calçadas grandes e amplas. Os
carros são as formas de transporte urbano mais lentas e com menor largura de
banda.
Segundo o (ITDP, s/d):
As ruas com velocidades e fluxos mais altos, como as que apresentam
velocidade máxima de até 50 km/h, devem conter uma ciclovia ou via
segregada para micromobilidade. As ruas sem infraestrutura exclusiva para

30
micromobilidade devem ser lentas, com um limite de velocidade máximo de
30 km/h. E a infraestrutura exclusiva, como ciclovias expressas (cycle
highways) e estacionamento para bicicletas e patinetes, são condições que
torna a mobilidade mais segura e conveniente para os usuários.

A falta de confiança neste novo modal ainda é um regresso a sua adesão. Alguns
fatores ainda contraargumentam e ressalvam pontos negativos como: insegurança da
ciclovias, falta de sinalização e placas, falta de luminosidade a noite, precaridade das
estaçõs de aluguel além de ausência de regulamentações atuais e rigorosas que protejam
o usuário em caso de acidentes.
Porém a micromobilidade é capaz de incluir o cidadão, garantindo principalmente:
acessibilidade. O tempo de deslocamento para atividades que poderiam ser concluídas a
pé é bastante reduzido. Assim, quando conectado com outros modais como VLT ou
metro, permitem um melhor alcance da população usuária. Como ilustrado na figura 7
abaixo, o número de pessoas que acessam o VLT Antônio Sales em Fortaleza de bicicleta
é quase o quintóplo para o mesmo tempo de deslocamento, ou seja, 15 minutos dos que
realizam o percurso a pé.

Figura 7 – Comparação entre tempo de deslocamento a pé e de bicicleta em Fortaleza, Brasil.

Fonte: https://caosplanejado.com/micromobilidade-o-momento-atual-precisa-de-integracao/

De acordo (PELEGI, 2017) a evolução da micromobilidade já faz parte de uma


visão do futuro da mobilidade urbana. Existe todo um potencial para se tornar um meio

31
de transporte popular, limpo e mais seguro. Sendo necessária a constante melhoria das
condições de acesso dos pedrestes como: regulação da velocidade em 50 km/h,
aprimoração da iluminação, paisagismo e arvorização do entorno e instalação de
bicicleários em pontos estratégicos. A figura 8 a seguir ilustra a distribuição desse modal
ao redor do mundo, revelando a grande presença da mesma na Europa.

Figura 8 - Sistemas de motociclos, trotinetas e bicicletas partilhadas presentes em cidades de todo o


mundo

Fonte: New Mobility Atlas – NUMO (2018)

32
3. EXEMPLOS PRÁTICOS DE APLICAÇÕES SUSTENTÁVEIS EM
CIDADES ESTRANGEIRAS

3.1 AVANÇOS NO ASPECTRO DA MOBILIDADE URBANA

3.1.1 Sistema de transporte Integradas

Para (ORTÚZAR, 1990) a demanda e preferência de deslocamento da população


na malha urbana pelo transporte público deve seguir o comportamento das viagens. O
autor acredita que uma ótima distribuição de linha e estações com atendimento de
qualidade não apenas incentivam o uso como reduzem o tempo de deslocamento.
Ferreira (2016) cita que o design da malha viária é capaz de melhor eficiência da
rede tendo uma aprimoração das viagens. A integração entre modais deve ser natural e
sentida pelo usuário. Deve-se facilitar a conecção das linhas de metro com pontos de
ônibus ou mesmo com serviços de aluguel de bicicletas. As estações de atendimento deve
ser interligadas e facilitar a escolha do usuário sem demandar atrasos na chegada do seu
destino.
Em Curitiba no Brasil essa integração entre os modais já é positivamente sentida.
O RIT (Rede integrada de transporte) ou conhecidamente BRT ampliou e facilitou o
acesso a diversos bairros mais afastados do centro, servindo como meio de transporte
público eficaz e seguro. A diversidade e disponibilidade de estações possibilitam uma
alternativa ao automóvel na qual troca-se de linha com o pagamento de apenas uma tarifa.
O (UrbsCuritiba.gov, s/d) aponta que a rede possui 83 quilômetros de faixas exclusivas e
garante acesso a 13 munícipios. Na figura 9 abaixo é notável a ampla distribuição das
linhas de RIT na capital curitibana.

33
Figura 9 – RIT com linhas alimentadoras e troncais avançadas em Curitiba – BR.

Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/16/Curitiba_PublicTransport.png

A estação de metro em Nova York é uma das mais antigas e extensas do mundo.
Gaete (2015) aponta que a sua entensão é de 1.062 quilômetros de vias, e conta com 24
linhas e 468 estações operando as 24 horas do dia. A distribuição das linhas visam atender
a forte demanda dos passageiros, mas ainda sofrem estudos de possibilidade de expansão
de forma acompanhar o ocupação urbana nos principais bairros atendidos. Na figura 10
abaixo é possível ter um campo de visão da extensa linha metroviária que atende a cidade
luz Nova York.

34
Figura 10 - Campo de visão do mêtro em Manhattan - Nova York

Fonte: https://new.mta.info/map/5256

Esse deslocamento multimodal revelou uma mudança de comportamento da


sociedade, aderida a melhor utilização da malha metroviária e de linhas de ônibus, de
acordo com a melhora dos pontos de atendimentos e acessibilidade. A conecção com
distritos e regiões vizinhas mais distantes é uma alternativa do uso metro-onibus, ou seja,
é possível alcançar regiões que ainda existe malha metroviária. Outra solução na
alternativa metro-bicicleta é a existência de vagões do metro destinados a bicicletas.
(Bynd, 2019)
A disponibilidade das linhas de metro, e conecção com a linha de trem, ônibus e
ciclovia, é estudada de acordo com a demanda. Assim é possível obter segurança e
economia no deslocamento de pessoas, evitando desgastes e lotação das estações.
O cartão único também já faz parte de uma solução para pagamento do transporte
interligado. No Brasil e em diversas cidades do mundo é possível com um único
pagamento trocar de linha ou de modal. Pacotes mensais e desconto na tarifa são
alternativas para aumentar adesão ao transporte público.

35
3.1.2 Estacionamentos Inteligentes

Nunes (s/d) delineia os estacionamento inteligentes como:


(...)Funciona por meio de etiquetas inteligentes instaladas nos
veículos que se comunicam com sensores colocados na superfície do asfalto e
conectados a uma central de gerenciamento. A combinação dessas tecnologias
permite ao motorista ver um mapa de vagas disponíveis, acessá-las facilmente
e ser tarifado automaticamente, conforme o tempo de utilização. (...)
Ferreira (2016) relata que algumas cidades europeas já desenvolveram
estacionamentos inteligente, na cidade de Pisa (Italia) existe uma iniciativa em parceria
com as empresas Deutsche e Telekom com a implementação de sensores nas vagas que
visam informa seu uso ou não. A figura 11 abaixo ilustra o caso.

Figura 11 - Estacionamento com sensores instalado em Pisa – Itália

Fonte: Ibid

O autor Ferreira (2016) menciona a facilidade do estacionamento proporcionada


pelo aplicativo Tap&Park disponível em Smartphones, sendo possível localizar as vagas,
pagar o estacionamento e prolongar o tempo de aluguel. A tecnologia da informação
agiliza os dados gerados e sensores são capazes de controler melhor o tráfego no parking.
A figura 12 revela como foi esquematizado o estacionamento em Pisa.3

3
Créditos: FERREIRA. A. A. Estratégias e Iniciativas para a Mobilidade de Cidades Inteligentes. Porto
Alegre: DECIV/EE/UFRGS. 2016

36
Figura 12 – Esquema de gestão do estacionamento inteligente de Pisa

Fonte: Adaptado de Deutsche Telekom

No Brasil a empresa ExpParking é responsável pelo funcionamento e gestão de


alguns estacionamentos inteligentes. Atraves do aplicativo Exp os usuários conseguem
alocar uma vaga de maneira rápida e fácil. A facilidade de pagamento é feita diretamente
pelo mesmo por cartão de crédito ou débito, e o controle do seu tempo de uso.
(Expparking.com.br, s/d) Na figura 13 abaixo é visualizado o visor do aplicativo no
smartphone.

37
Figura 13 – Visor do aplicativo para estacionamento inteligente da Exp Parking Brasil

Fonte: https://expparking.com.br/useoapp

3.1.3 Semáforos inteligentes

De acordo com Sorrentino (2021) os semáforos inteligentes criam um sincronismo


dos cruzamentos levando ao menor número de paradas principalmente nos horários de
pico de tráfego. A chamada “onda verde” na qual os motoristas circulam nas vias em
velocidade constante e em séries de sinais verdes. Com o ajuste em tempo real é possível
reduzir ou elevar o tempo de cada sinal de modo a tornar o tráfego mais fluído. (Foztrans,
2021)
Segundo Ferreira (2016) foi criado um semáforo automatizado com tecnologia
ITS na cidade de Sydney denominado como SCATS (Sydney Coordenated Adaptive
Traffic System). O sistema dispõe de sensores colocados no pavimento que são capazes
de coletar dados da intensidade e alterações no fluxo.
O ajuste de sinal vermelho ou verde é de acordo com cada horário e interdição de
cada região com base em um servidor central. Os dados são passados por sinais de
smartphones. Esse controle permite também priorizar passagem de pelotões de carga ou
mesmo ambulâncias. Pode-se dizer que os semáforos inteligentes além de diminuir o
tempo do deslocamente garantem velocidades aumentadas na via. (FERREIRA, 2016) Na

38
figura 14 a seguir é mostrado o controle inteligente do tráfego pela empresa americana
LADOT.4

Figura 14 - Dados de tráfego em tempo real

Fonte: LADOT

3.1.4 Bicicletas compartilhadas

(Bikeregistrada.com, 2021) aporta que o surgimento das bikes compartilhadas é


antigo, o vereador Luud Shimmelpennik teve a visão no ano de 1965 na cidade de
Amsterdã na Holanda. Porém a iniciativa se propagou pelo mundo. Em 1974, a cidade
francesa La Rochelle começou a aderir o seu sistema de bicicletas compartilhadas – e, em
1993 foi a vez de Cambridge, na Inglaterra. Já no Brasil, as primeiras bicicletas
compartilhadas surgiram no Rio de Janeiro em 2008.
A Holanda já possui as bicicletas como estilo de vida. Seja por ser um pais
geograficamente falando mais plano ou mesmo por melhor incentivo local. Já são 23
milhões de bicicletas e esse número continua aumentando. Nos últimos anos houve um
aumento de 60% no número de bikes pela cidade. (COSTA, 2020, Live.apto.vc)

4
Créditos: FERREIRA. A. A. Estratégias e Iniciativas para a Mobilidade de Cidades Inteligentes. Porto
Alegre: DECIV/EE/UFRGS. 2016.

39
(COSTA, 2020, Live.apto.vc) revela que o sucesso das bicicletas compartilhadas
deve-se não apenas a cultura local e temperaturas mais amenas. O incentivo do uso das
magrelas é uma junção de atuação do governo, do ministério do transporte e das
prefeituras. Ocorre promoções como: redução nos impostos para quem utilizar do serviço,
sendo descontado 19 centavos em cada Km deslocado.
Além da disponibilidade de estacionamentos subterrâneos bem protegidos para
armazenar as bicicletas, sendo possível também alugar. A alternativa além de não ocupar
espaço, é uma saída mais limpa e segura que permite o Holandes estacionar sua bicicleta
em diversos pontos da cidade. A figura 15 ilustra um dos estacionamentos subterrâneos a
disposição na cidade de Holanda.

Figura 15 – Estacionamento subterrâneo destinado as bicicletas na Holanda


Fonte: Archdaily

A segurança do pedrestre é uma prioridade para os ciclistas em Amsterdã. A


cidade dispõe de legislação locais que protegem os ciclistas. A circulação mais segura e
confortável é assegurada com ciclovias bem cuidadas e reparadas separadas das vias de
carro, além de sinalizações, agências de aluguel dispostos estrategicamente e limite de
velocidade. (COSTA, 2020, live.apto.vc)
Na capital carioca, o serviço de bikesharing é oferecido através de uma parceria
público privada da Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro e o Banco Itaú e operado pela
Tembici, o mesmo já conta com 2600 bicicletas espalhadas em 260 estações pelas Zonas
Norte, Sul e Oeste da cidade do Rio de Janeiro. O serviço começou a ser ofertado em

40
2011 e até julho de 2017, segundo reportagem do O Globo (2017), foram 20 milhões de
viagens realizadas no sistema, sendo um case de sucesso do modelo, que foi o primeiro
do tipo a ser implementado no Brasil (Tembici, s.d.).
O sistema permite, via aplicativos ou através do site que o usuário identifique
quais estações estão operando e quais delas contam com bicicleta disponíveis para o uso,
para utilizar o sistema o usuário pode optar pela passe Mensal, no valor de 10 reais, ou o
diário no valor de 5 reais, ambos os passes não restringem a quantidade de uso que o
usuário pode fazer naquele determinado período, só é necessário respeitar o tempo
máximo de 60 minutos por utilização, caso contrário, uma taxa é cobrada (Bike Itaú, s.d.).
A ilustração da estação de aluguel de bicicletas na barra da tijuca é vista na figura 16 a
seguir.

Figura 16 - Nova estação do BikeRio na orla da Barra

Fonte: Bike Itau, s.d.

Segundo o (IFOOD, 2021) o iFood Pedal também é uma solução de bicicletas


compartilhadas sendo o primeiro serviço do mundo a oferecer aluguel exclusivo para
entregadores. “Em um ano de funcionamento, o projeto teve 13 mil entregadores
cadastrados e um milhão de pedidos entregues com e-bikes e bikes convencionais
compartilhadas. Assim, evitou a emissão de 271 toneladas de CO2 na atmosfera.”

41
3.1.5 Veículos Elétricos

A nova alternativa envolvendo veículos elétricos apresenta automóveis modernos,


seguros, potentes e sem emissão de poluentes devido a ausência de queima de álcool ou
gasolina. Os motores são movidos a eletricidade, é já apresenta inovações que rendem e
agradam esteticamente.
A forma de abastecimento envolve a necessidade de pontos espalhados pela
cidade. A bateria precisa de tomadas especiais que podem estar disponíveis em casa, na
garagem ou em postos de gasolina. (PIXABAY, 2021)
Em relação ao mecanismo de funcionamento (FELIX, 2020, Tecnoblog.net) diz:
“A bateria, recarregável, armazena a energia elétrica que será utilizada para fazer o carro
funcionar. O inversor, por sua vez, converte a corrente elétrica contínua em corrente
alternada, que é levada até o motor de indução. A eletricidade, assim, aciona os
mecanismos do motor que faz as rodas girarem e o carro se mover.”
De acordo com (FELIX, 2020, Tecnoblog.net):
É possível carregar a bateria por meio de uma tomada residencial de
120V a 220V, que demora até 20h para ser completa. Há também disponíveis
no mercado aparelhos Wallbox, carregador de parede que completam o
carregamento em até 4h. Há ainda eletropostos especializados em
carregamentos rápidos, que fazem a recarga em cerca 40 minutos. A
quilometragem que o veículo pode fazer a cada recarga varia de carro para
carro, dependendo da capacidade da bateria (kWh). Em geral, uma recarga
dura de 200 km a 350 km.5
(Istoedinheiro.com, 2021) afirma que o ganho em relação ao uso preferencial do
veículo elétrico ao automóvel movido a gasolina são: segurança, economia,
sustentabilidade e eficiência. Já alguns contras, que dimuniem a confiança e adesão aos
veículos elétricos são: autonomia, pontos de recarga e tempo de recarga. Abaixo na figura
17 temos uma ilustração de um veículo elétrico em circulação.

5
Créditos: https://www.istoedinheiro.com.br/carros-eletricos-conheca-as-vantagens-e-desvantagens/

42
Figura 17 – Veículo elétrico da Zencar

Fonte: www.f5news.com.br

3.1.6 Latas de lixo inteligente

De acordo com (MOSER, 2015) outra novidade na coleta de resíduos foi a criação
dos barrigões da empresa Bigbelly. As modernas latas de lixo inteligente já se encontram
espalhadas pela cidade de Nova York e de São Paulo. A composição é com
compactadores embutidos e sensores que alertam o serviço de coleta quando já estão 85%
de sua capacidade de armazenamento.
O autor (BARBOSA, 2014) aponta: “a lixeira inteligente necessita apenas de 8
horas de sol para operar um mês inteiro, e, por meio de seu compactador automático, pode
armazenar até 600 litros de resíduos recicláveis sem necessidade de manutenção. Além
disso, tem maior capacidade de armazenamento, equivalente a 12 lixeiras convencionais.”
A (INOVA, 2014) ressalva que um dos benefícios da lixeira inteligente esta na
redução do número de viagens para coleta do lixo, problemas de derrubada de lixeiras,
vazamentos e acúmulos de sujeira. Na figura 18 abaixo há uma ilustração das mesmas
latas de lixo inteligente mencionadas na cidade de Najing.

43
Figura 18 - Lata de lixo inteligente em Najing por painéis solares

Fonte: www.portuguese.people.com.cn

3.2 ESTUDO DE CASO: SMART CITY PORTUGAL

A (ONU, s/d) revela que a população de Portugal já atinge 10.197.000 habitantes.


Sendo que apresenta uma enorme desigualdade na distribuição populacional das suas
regiões havendo uma maior densidade demográfica nas zonas próximas do mar atlântico.
Em termos numéricos a densidade demográfica de Portugal é uma das maiores do
continente europeu com valor de 111,3 hab/km².
Segundo (Guitarrara, s/d, Brasilescola.uol.com.br): “Cerca de 67% da população
portuguesa vive nas cidades, o que faz de Portugal um país urbanizado. Somente a capital,
Lisboa, concentra 29,1% de todos os habitantes do país, o que equivale a um total de 2,97
milhões de pessoas.” Esse aumento demográfico nas cidades Portuguesas acarretou na
maior procura por soluções sustentáveis que possibilitem melhor convívio e trânsito de
serviços e pessoas.
A população portuguesa em sua maioria é uma geração mais velha e tradional, o
que tem elevado a preocupação em torna cada vez mais a cidade acessível e com serviços
de saúde e educação de qualidade.

44
Com relação a mobilidade ainda que a maioria dos portugueses se desloquem a pé
para seus serviços essências, a demanda e dependência do transporte publico é sentida.
As rodovias são é o principal modal de deslocamento no país e já tem uma extensão de
83 mil km em detrimento de apenas 3 mil km de malha ferroviária. Em relação as
hidrovias, os principais e maiores rios (Douro e Tejo) são responsáveis por 210 km de
trechos. Já a ocupação área se dá com importantes e estratégicos aeroportos situados em
Lisboa e no Porto. (Guitarrara, s/d, Brasilescola.uol.com.br)

3.2.1 LISBOA

Medina (2020) aborda a missão de Lisboa em se tornar cada vez mais


encaquadrada como cidade inteligente. Dentro no novo acordo de Pacto Global de
Autarcas assinada busca-se uma diminuição das emissões de GEE (gases poluentes) em
40% até 2050. O comprimento da meta e o desenvolvimento de ações sustentáveis é uma
via de tornar a população lisboeta mais igualitária e convidativa.
A mobilidade em Lisboa ainda que muito mais desenvolvida e integrada que
outros países e regiões de Portugal, continua apresentado difuldades e problemas devido
ao desgastes e a tendência comportamental com forte dependência do veículo automotor.
A maioria das pessoas residentes de Lisboa ainda utilizam priotariamente o modal
automóvel para deslocamento, mesmo que para curtas distâncias acabem o realizando a
pé. O histograma da figura 19 abaixo revela o porcentual da escolha modal na cidade de
Lisboa em comparação do ano de 2001 e 2011.

45
Figura 19 – Modais de deslocamento em comparação aos anos de 2001 e 2011 na cidade de
Lisboa (PT)
Fonte: http://www.mopt.org.pt/uploads/1/8/5/5/1855409/fernando_silva.pdf

A cidade Lisboeta tem uma maioria populacional na faixa etária dos 50-60 anos,
sendo grande parcela da sua população idosa. O que tem evidenciado a preocupação em
torna a mobilidade mais preparada, inclusiva e segura. Apesar de residir muitos edifícios
e residências históricas e tombadas como patrimônio publico, a ocupação do solo vem
tentando acompanhar as modificações do seu uso, de forma a adequar as necessidades
locais. As tradicionais linhas de bondes e trens conversam com novas linhas de BRT,
ônibus e ciclovias.
O zoneamento da cidade no centro é composto principalmente de regiões/zonas
residenciais e intercaladas com zonas industrias e empresarias. O aumento demográfico
no centro, próximo a fronteira com o mar tem demandando por maiores estudos da região
de forma a desafogar o trânsito e os transtornos causados pela ocupação desenfreada. O
respeito as leis de zoneamento e preservação dos parques na busca constante de integrar
a área verde com a urbana. Na figura 20 abaixo é possível visualizar o último plano diretor
da cidade de Lisboa.

46
Figura 20 – Plano diretor de zoneamento da cidade de Lisboa
Fonte: Câmera municipal de Lisboa (Lisboa.pt)

(MEDINA, 2020) aporta que a melhora da mobilidade e busca de torná-la mais


sustentável é uma saída que garante rendimento econômico, proporcionando novas
oportunidades de emprego e qualificação. Permite uma movimentação mais limpa da
cidade, e a chegada de empresas e comércio aonde não era alcançável.
Segundo o MOVE LISBOA (2020):
A Lisboa foi ambicionada em uma cidade com uma vida de bairro, de
quotidiano de proximidade, resguardado do tráfego intenso, onde as pessoas se
deslocam preferencialmente a pé, de bicicleta ou em carreiras de bairro. (...)
As ruas são zonas de encontro e fruição onde habitantes e visitantes se cruzam
e trocam experiências, onde o comércio e a cultura marcam o ritmo, onde as
crianças podem brincar e os idosos conviver.6
O (MOVE LISBOA, 2020) também aponta que a mobilidade de Lisboa até 2030
deve garantir um desenho urbano com uma acessibilidade universal. A exploração do
terreno de forma a permitir um deslocamento multimodal. As pessoas devem ter uma
flexibilidade de escolha, ou seja, usufruir da malha público utilizando de mais de um meio
de transporte. Com isso, é imprencendível haver um rede de transporte público de
qualidade com infraestrutura rodoviária, ferroviária e hidroviária (rio Tejo).

6
Créditos: MoveLisboa.
https://www.lisboa.pt/fileadmin/cidade_temas/mobilidade/documentos/BrochuraMOVE_2030.pdf

47
Em avanços tecnológicos na gestão inteligente da cidade de Lisboa em junção
com a câmera de Lisboa é a NEC (Plataforma de gestão inteligente de Lisboa). A NEC é
responsável por gerir e propicia dados da cidade por meio de uso de SI do município e de
parcerias com instituições privadas e públicas.7
A nova arquitetura e design da plataforma permite uma acesso facilitado, didático
e multi integrado, sendo capaz de fornecer e revelar os indicadores e vetores do município
com uso de uma ótima gestão participativa e envolvida com todas as atividades
operacionais de Lisboa. (NEC, 2019)
O funcionamento da NEC segundo a (NEC, 2019) é constituído de tecnologia
Fiware, ou seja, uma plataforma de middleware open source que com uso da IOT é capaz
de colher, guardar e analizar novos dados. A figura 21 abaixo é uma ilustração do uso e
interação com a plataforma.

Figura 21 – Painel interativo de dados da NEC Lisboa

Fonte: https://smart-cities.pt/smn/nec-lisboa138/

Em concordância com (NEC, 2019) o sistema desenvolvido pela NEC visa garintir
uma eficiência nas operações e na segurança pública com uso de sensores e camaras
modernas de vigilância. Um exemplo é a utilização de sensores em viaturas da policia de
forma rastrear em tempo real e possibilitar respostas mais imediatas a assaltos e outros.

7
Créditos e maiores informações sobre a NEC. Disponível em:
https://www.nec.com/en/case/lisbon_council/index.html

48
De acordo com a (NEC, 2019) a gestão dos resíduos sólidos urbanos é melhorada
com as modernas lata de lixo inteligente. Na região de Lisboa estão distribuídas mais de
2000 delas. As mesmas são dispostas de sensores que são capazes de informar a central
quando estão parcialmente cheias. O que reduz e otimiza a coleta.
A melhora da segurança pública vai além da plataforma, e permite integrar
diferentes agentes. Segundo (FERNANDES, 2019):
A integração da plataforma inteligente com todas as entidades de
serviço de emergência permitiu a colaboração entre os diferentes agentes,
como a Polícia, os Bombeiros e a Proteção Civil. Adicionalmente, permitiu a
implementação de fluxos de trabalho automatizados para resposta a cada tipo
de incidente. Todas as entidades podem agora agir proactivamente para
analisar cada tipo de ocorrência e monitorizar a eficácia da sua operação.

3.2.2 VISEU

Em concordância com (OBSERVADOR, 2020) a cidade de Viseu nos últimos


anos vem desenvolvendo diversos projetos para se tornar um exemplo em cidades
inteligentes. A partir de modelos próprios que foram pensados de acordo com as
peculiaridades, limitações e características locais.
Em comparação com Lisboa, Viseu é uma cidade muito menor e que possui uma
densidade demográfica mais constante. O polo industrial e de startsups tem permitido
esse vasto potencial de crescimento e inovação em pesquisas. Sendo atrativa para
empresas estrangeiras.
Um dos avanços tecnológicos é o tratamento de água da AIGA Concept. A mesma
apresenta novos conceitos em armazenamento e distribuição de agua, de forma a tornar
sua distribuição mais rentável, pontual, limpa e eficiente. Controlando perdas e
desperdícios no sistema. Na figura 22 abaixo é possível visualizar parte de uma ETA da
AIGA Concept.

49
Figura 22 – Tecnologia na ETA da AIGA Concept no Viseu

Fonte: http://aigaconcept.com/fr/drinking-water-containers/ergwsgsdfsgdfgsdfgsdfgsdfgsdfgs

Os avanços em questão de mobilidade são gigantescos. A cidade de Viseu já


possui o Projeto de Mobilidade de Viseu, denominado MUV. O MUV conta com todo
um sistema gerencial da rede de transporte pública, na qual é responsável por novas
ciclovias, disponibilidade e expansão das bikes compartilhadas, controle “on-demand”
da central, novos estacionamentos e sensores espalhados pela cidade. 8
(OBSERVADOR,2020)
A cidade ainda precisa aprimorar algumas soluções, visto que algumas continuam
sendo muito caras e faltando investimento público e da prefeitura de Viseu. Já que a
maioria das iniciativas são patrocinadas por parcerias privadas. Mas, a cidade continua
apresentando potencial em modelo-testes que vem apresentando resultados satisfatórios
de melhorias sustentáveis e inteligentes.

3.2.3 CASCAIS

De acordo com o website Observador, o autor (MALLON, s/d) sinaliza que


Cascais foi um das primeiras cidades europeas a expandir sua rede de semáforos com
tecnologia LED. A iluminação reduziu o consumo energético das vias de sinalização de
trafégo.

8
Créditos ao web site Observador: https://observador.pt/2020/10/02/smart-cities-em-portugal-sim-claro-
no-centro-de-portugal/

50
O autor (MALLON, s/d) também relata a melhora da gestão de resíduos na cidade
portuguesa com a otimização da frota de coleta de lixo. Assim, é reduzido drasticamente
a quantidade de caminhões destinados a coleta, melhorando o fluído do tráfego e
problemas como poluição sonora e do ar. Essa otimização se dá com a instalação de
sensoriamento nos coletores e caminhões, com isso é possível rastrear o excesso de lixo
e determinar horários para coleta.

A (SMART CITIES NETWORK, 2019) cita o novo sistema de mobilidade de


cascais denominado de Mobicascais.9 A ideia funciona com uma integração de serviços
e disponibilidade de pacotes acessíveis e rentáveis aos usuários da cidade. Em parceria
com a Hertz é disponibilizado vários serviços de aluguel de bikes e patinetes elétricos.
Além de iniciativas e promoções que estimulem o uso do transporte coletivo. Na figura
23 abaixo é possível visualizar um ônibus elétrico a serviço da população local do
Mobicascais.

Figura 23 – Onibus 100% elétrico a serviço da Mobicascais

Fonte: cascais.pt

De acordo com a (SMART CITIES NETWORK, 2019) também já estão


espalhados pela cidade diversos estacionamentos inteligentes. O mesmo é uma iniciativa
sustentável, desde o pavimento, evitando escoamentos excessivos e desgastes, ou mesmo
a redução energética com utilização de energia eólica e painéis solares. A redução em
emissão de CO² também assegura créditos e bonificação por meio dos “AYR Credits”.

(SMART CITIES NETWORK, 2019) também menciona o gerenciamento


inteligente da cidade de Cascais. O controle da cidade é realizado pela C2 (Cascais

9
Para maiores informações do App MobiCascais: https://mobi.cascais.pt/

51
Cockpit) responsável pela gestão e inovações dos serviços. Assim é possível tornar a
relação dos cidadões mais intimista com a governança, tendo uma participação mais
presente da população nas soluções questionando e buscando melhorar a qualidade de
vida e tornando a cidade de Cascais cada vez mais conectada e participativa. 10

3.3 ESTUDO DE CASO: SMART CITY ALEMANHA

(FARIA, 2021) acorda que o fim da guerra fria e a derrubada do famoso muro de
Berlim acarretou numa devastação e revolução no pais, desde esse episódio a cidade
buscou rescontruir e restaurar seus bens e serviços crescendo fortemente em pesquisas. O
envelhecendo das pessoas alemãs, ausência de espaços vazios para construição de novas
moradias levantou a questão imprencendível do crescimento e desenvolvimento
sustetável. Assim, a cidade vem se tornado exemplo em iniciativas inteligentes voltadas
para inovação na construção e melhor aproveitamento do seus recursos naturais.
O autor (FARIA, 2021) ainda aponta que a Alemanha, principalmente Berlim é
uma fonte de startups de inovação como alerta o startup Ecosystem Report de 2017. Com
isso a voz do povo é mais ouvida, e a relação do governo com as necessidades locais é
mais próxima, possibilitando empresas crescerem e renderem com o uso da malha urbana
de forma mais limpa e conciente. 11
A vasta evolução em serviços de acesso a internet, serviço 5G, e tecnologias mais
baratas e avançadas em painéis solares tendo uma redução da pegada ecológica e do
consumo energético. Cada vez mais a cidade europeia vem obtendo certificados de smart
cities, mesmo que ainda afronte dificuldades aderentes a discrepância de oferta de
serviços inteligente entre regiões e do alto custo de implantação.
A Alemanha vem tentando tornar sua economia patriota e competitiva investindo
fortemente em produtos sustentáveis e de fabricação própria. A novas politicas buscam
atrair novos moradores com vasta oferta de empregos e facilidades para empresas
estrangeiras que desenvolvem inovações no ramo da sustentabilidade possam se fixar.
(CASTRO, 2018)
Os investimento em educação são inúmeros e são responsáveis pela melhor
empregabilidade e redução da desigualdade social. As oportunidade são de acordo com a

10
Créditos a web Smart cities network: https://smart-cities.pt/smn/cascais936eletrificacao/
11
https://mobilidade.estadao.com.br/mobilidade-para-que/smart-city-berlim/

52
qualificação e abrange todos os cidadãos Alemães independente da classe social. Isso
garante uma elavação da qualidade de ensino e disponibilidade de mão de obra cada vez
mais qualificada e especializada. (CASTRO, 2018)

3.3.1 Distrito de Kronsberg Hannover, Alemanha

O mix de cidade vitalícia com práticas sustentáveis são responsáveis pelo sucesso
da capital de Hannover na Alemanha. A concientação local permite a melhor convivência
nos seus longos espaços verdes, sendo classificada como a cidade mais verde da
Alemanha. O lema da “Mais natureza na cidade” é preservado com proteção as 8000
arvores e o parque maior que o central park denominado Eilenriede. Essa conservação e
conecção da malha urbana com as florestas locais é responsável pela melhora do nível de
oxigênio e ar limpo no planeta. (HannoverMarketing, s/d)
O autor (FARR, 2013) estuda alguns bairros sustentáveis que foram
desenvolvidos em algumas cidades antigas da Europa e nos Estados Unidos. Uma dessas
iniciativas é o distrito de Kronsberg localizado estrategicamente em Hannover na
Alemanha. O planejamento da cidade foi elaborado por décadas e teve objetivos
embasados principalmente no aproveitamento energético e utilização em larga escala do
transporte público sendo seu zoneamente voltada para casas de uso misto.
Segundo o autor (FARR, 2013) o sucesso do empreendimento é devido a iniciativa
ter patrocínio do governo, mas exatamente da prefeitura de Kronsberg. Na qual foi
possível estabelecer normas de sustentabilidade e fiscalizar melhor o respeito a mesma e
seu andamento. A construção visou atender a demanda por habitações sustentáveis
seguindo o lema “Humanidade, natureza e tecnologia”. Na figura 24 e 25 abaixo é
possível visualizar a distribuição dos lotes residenciais e a vista aérea da cidade. 12

12
Créditos e para consulta de outros bairros sustentáveis: FARR, DOUGLAS. Urbanismo
sustentável – Desenho urbano com a natureza, pág. 250.

53
Figura 24 – Distribuição dos lotes de uso misto no distrito de Kronsberg

Fonte: Arquivos de Landhauptsadt Hannover

Figura 25 – Vista aérea da cidade Hannover na Alemanha

Fonte: Kronsberg District in Hannover ©Yuriy Buriak

O autor (FARR, 2013) também caracteriza o empreendimento com otimização do


transporte e contrução das habitações em torno da infraestrutura de transporte. A linha de
bonde construída é capaz de suportar a demanda sendo constituída de três estações, sendo

54
que cada estação está acessível a cada morador a pé devido a curta distância máxima de
530 metros. A lei da cidade também visa não estimular o uso de carros sendo permitido
apenas 1 automóvel por casa. As ciclovias e outros modais seguem a via arterial principal
de forma a desafogar o trânsito.
A norma de Kronsberg foi uma saída para garantir a realização e comprimento
dos objetivos de sustentabilidade da cidade. Com isso foi possível cobrar de cada
habitação a exigência de redução do consumo energético e de agua. Juntado com o uso
inteligente e favorável das tecnologias de maneira a tornar habitações de médio padrão
com selo azul. (FARR, 2013)
A diminuição do consumo energético é graças a iniciativas que vão mais além
como:
(...) monitoração de garantia de qualidade, uma campanha para a
economia de energia, várias instalações solares, duas turbinas eólicas de 1,5
megawatt, uma rede de cogeração de energia térmica e elétrica e uma área com
habitações passivas apresentando um consumo de energia de 15 quilowatts por
metro quadrado por ano. (FARR, 2013)
A figura 26 abaixo ilustre o uso de painel solar nas residências de Hannover.

Figura 26 – Paineis solares na casas do distrito de Kronsberg

Fonte: Kronsberg district in Hannover ©flickr.com

Outras ideias relatadas por (FARR, 2013) garantiram o selo de sustentabilidade


como a melhor drenagem das aguas pluvias, e o aproveitamento de solo escavado para a

55
paisagem e arborização, além de um programa de compostagem e educação da população
local para melhor destinação do lixo e dos resíduos sólidos engajando em iniciativas de
reciclagem.
A maioria dos 17 objetivos da ONU é atingida, principalmente o “7- Energia limpa
e acessível” devido a forte redução do consumo energético mensalmente em KWh. Porém
a falta de conservação e campanhas recentes de divulgação levaram a cidade alemã a ficar
mais para atras e diminuir sua ocupação. Mesmo com a inclusão social e alguma
habitações com valores mais acessíveis para população de baixa renda muitos acabam
sendo contra as rigorosas leis sustentáveis e preços não tão em conta dos loteamentos.
Mas, o planejamento adequado continua sendo um exemplo de como explorar e
pensar na ocupação de forma sustentável garante lucros futuros. Áte os últimos anos a
cidade continua apresentando reduções em gastos mesmo que ainda demande
acompanhar novas políticas e inovações no ramo.

3.3.2 Iniciativa 115 Citizens' Hotline

A linha direta dos cidadaos foi criada de forma a estabelecer o telefone 115 como
contato para as agencias de administração do governo, fazendo com que o cidadão tenha
facilidade para acessar informação sobre servicos públicos. Caso a pessoa que liga não
puder ser assistido imediatamente, o problema é relatado e passado para a autoridade
relevante por telefone ou e-mail. (CASTRO, 2018)

3.3.3 ServiceCity Berlin 2016

Esse é um programa de modernizaçao no qual o Senado de Berlim se


comprometeu a tornar a administração da cidade mais inclusiva (aos cidadões e negócios
locais), transparente e ciente. E proporcionado apoio financeiro para os esforcos de
modernização interna na administração. As prioridades sao projetos de TI e e-government
(governo eletronico). (CASTRO, 2018)

56
4. CENÁRIO BRASILEIRO: INOVAÇÃO, ACESSIBILIDADE E
QUALIFICAÇÃO
As cidade Brasileiras tem utilizado modelos europeus para se embasar no
implantamento das cidades inteligentes. Infelizmente mesmo com aumento dos
investimentos em medidas inovadoras, ainda falta maiores parcerias visto que a maioria das
iniciativas são privadas já que as prefeituras locais e o governo não tem poupado tanto nas
ideias.

A desigualdade social e precaridade de alguns serviços públicos em algumas capitais


do Brasil tem alarmado da necessidade urgente de um planejamento e futuro sustentável,
senão o pais pode ficar atrasado em relação a outros países europeus. O pode acarretar em
aumento da violência, piora na segurança e na economia.

O sul e sudeste por serem mais avançados politica e economicamente falando já


estão mais desenvolvidos em cidades inteligentes. Não apenas Curitiba como Joenville e
outras cidades do interior de São Paulo já fazem testes e pesquisas locais de forma entender
melhor como cada medida pode ser implementada e obter resultados positivos no futuro,
além de reduzir seu custo de implementação.

A cidade de Curitiba já é uma das mais avançadas do Brasil, não apenas em questão
de mobilidade inteligente. Outros setores como educação, saúde e gestão tem tornado a
cidade mais sustentável e verde. A melhora de diversos serviços prestado para a população
e participação mais ativa da mesma nas tomadas de decisão tem elevado certos indicadores
e parâmetros a níveis altos. A cidade vem tentando tornar a vida urbana mais simples, segura
e menos estressante com uso de aplicativos eficientes e uma infraestrutura que a suporta
adequadamente.

Já em Fortaleza e Salvador a melhora no consumo de energia elétrica é sentida com


a utilização de Internet das coisas e no aproveitamente energético. A iluminação pública
com uso de painéis solares e o aumento dos parques eólicos. O avanço em tecnologia eólica
e a favorável ventilação natural e carga trazida pelos ventos permitiu a região se desenvolver
no ramo trazendo melhora na economia e oferta de empregos, além de valorização da região.

57
4.1 CROATÁ LAGUNA ECOPARK: A cidade inteligente no Ceará voltada
para a habitação social

Em São Gonçalo do Amarante, Croatá no Ceará foi construída um cidade inteligente


voltada para população de baixa renda, com habitações mais simples e acessíveis. A ideia é
a disponibilidade de uma infraestrutura high-tech com toda acessibilidade a mão e um hub
de inovação a disposição. O grupo internacional Planet Idea é responsável pelo projeto. Na
figura 27 abaixo é ilustrado os lotes residenciais conectados com a natureza e o lago local.
(CRUZ, 2020, Vivadecora.com.br)13

Figura 27 – Vista aérea dos loteamentos da cidade inteligente no Ceará

Fonte: https://www.facebook.com/PlanetSmartCityBR

Segundo (FERNANDA, 2017, Dicasdearquitetura.com.br) a região de Croatá foi


escolhida pensando nas possibilidade de crescimento econômico e de valorização do
CUB. A proximidade e integração com a via BR-222, e de polos econômicos como o
Porto do Pecém e da companhia siderúrgica. O pode tornar a região atrativa para fixação
de novas empresas e comércios. 14

De acordo com o (Facebook.com/Planetsmartcity) a estrutura da cidade conta


toda com um piso intertravado que melhora o escoamento da agua e evita possíveis
alagamentos e enchentes. Além disso, este tipo de piso é capaz de absorver menos calor

13
Para maiores informações da smart ciy Laguna: https://www.planetsmartcity.com.br/smart-cities/laguna
14
Créditos: https://dicasdearquitetura.com.br/cidade-inteligente-do-brasil

58
em comparação ao asfalto e outros. Sendo capaz de refletir 30% de luminasidade a mais
e gerar economia de 60% na iluminação. Na figura 28 abaixo é possível visualizar a
colocação de piso intertravado na cidade inteligente.

Figura 28 – Piso intertravado no Laguna EcoPark

Fonte: https://www.facebook.com/PlanetSmartCityBR

A facilidade econômica em pagar os lotes é garantida com créditos e divisão em


até 120 vezes. O valor dos lotes estão a partir de 24.300 reais. A dimensão do smart city
Laguna é de 3.300.000 m² sendo contornado de muitas áreas verdes, lagos e ciclovias. As
elevadas temperaturas no nordeste aumentaram a preocupação em reduzir a sensação
térmica e promover melhor bem estar entre os moradores. (FERNANDA, 2017,
Dicasdearquitetura.com.br) A figura 29 abaixo é mais uma ilustração da vista aérea da
cidade inteligente de Laguna.

59
Figura 29 – Vista aérea da cidade inteligente Projeto Laguna Eco Park

Fonte: Smart city laguna

Segundo (FERNANDA, 2017, Dicasdearquitetura.com.br) é possível apontar


diversas iniciativas sustentáveis presentes na smart city Laguna:

• Tratamento e aproveitamento de águas pluviais;


• Coleta inteligente de resíduos sólidos;
• Corredores verdes;
• Ciclovias com acesso à cidade inteira;
• Praças com equipamentos que geram energia quando utilizados;
• Iluminação pública inteligente;
• Wi-Fi disponível gratuito;
• Hortas urbanas.

4.2 Projeto de cidade inteligente em Búzios (RJ)

Algumas iniciativas inteligentes são perceptíveis em regiões do interior do Rio de


Janeiro, não apenas na capital. Na região do lagos mais exatamente em Buzios é
desenvolvido um projeto de iniciativas e soluções inteligentes que tornem a cidade turística
mais sustentável. A redução do consumo energético é garantida com instalação de várias
lâmpadas LED dentro da região de lagoa da usina, isso graças ao investimento da empresa
de energia Ampla. (CRUZ, 2020, Vivadecora.com.br)

60
Como datado por (CRUZ, 2020, Vivadecora.com.br) as soluções energéticas também
envolveram melhor participação e campanhas de coincentização local. Os gastos energéticos
são controlados com a colocação de medidores inteligentes em várias habitações. Além da
instalação de painéis solares em casas e escolas públicas que possibilitam moradores locais
de “devolver” a sobra energética obtendo descostos na conta de luz.

As ideias sustentáveis também melhoram o descarte de lixo e óleo por meio de redução
nas contas de luzes das casas. Sendo que todas as iniciativas foram alavancadas graças a
participação pública por meio de pesquisas locais com moradores, vendedores e
empreendedores de maneira a compreender as verdadeiras problemáticas da cidade e os
benefícios das iniciativas. (MONZONI, NICOLLETTI, 2015) A figura 30 abaixo é ilustrado
a colocação de alguns dos painéis solares nas escolas locais. 15

Figura 30 - Cidade inteligente Buzios - Painéis solares em escolas

Fonte: https://www.vivadecora.com.br/pro/cidades-inteligentes/

15
Créditos a Cruz, Talita do Vivadecora: https://www.vivadecora.com.br/pro/cidades-inteligentes/

61
5. RESULTADOS E DISCUSSÕES

Diversas cidades do mundo vêm adotando projetos que utilizam conceitos


presentes nas cidades inteligentes e obtido sucesso, mesmo em contextos históricos e
economia totalmente distintas, como o caso visto de Portugal, Alemanha e ou até mesmo
no Brasil.
Durante o capítulo três foi abordado alguns avanços inteligentes em cidades
europeas, porém medidas como otimização semáfora e as vagas de estacionamento ainda
precisam de aperfeiçoamento e investimento, visto que são caras e não acarretam um
custo beneficio tão alto em comparação com outras iniciativas. Diferente da expansão de
linhas viárias que impactam positivamente a cidade, mas demanda forte investimento
inicial, devido as obras demandarem maior planejamento e provocarem um alteração da
estrutura da cidade.
A disponibilidade de acesso a internet e uso da internet das coisas com maior
compartilhamento de informações é uma aplicação simples que já vem dando resultados
positivos nas maiores cidades do mundo. A melhor conectividade permite ampliar as
relações viabilizando projetos, pesquisas e melhorando a comunicação das cidades. Mas,
do que uma solução eficiente é uma solução imprescindível para o crescimento conciente
e sustentável de uma cidade.
Infelizmente, mesmo que cidades europeas como França, Holanda, Espanha,
Inglaterra ou mesmo Portugal já estejam avançadas em disponibilidade e alcance da
internet com banda 5G para diversos bairros, essas linhas e conectividade ainda é precária
em diversas regiões Brasileiras. O que pode vir a agravar a desigualdade social, e atrasar
economicamente em muito os países menos desenvolvidos. Por isso, a acessibilidade
deve ser garantida de forma uniforme e universal.
A preocupação em tornar a mobilidade urbana mais dinâmica e fluida tem
ganhado atenção de diversos países desenvolvidos. A maioria das cidades antigas ainda
sofrem com o planejamento inadequado e crescimento sem legislação e conhecimento do
espaço. A gestão inteligente permite um planejamento mais estudado, mais inteligente e
eficaz.
Infelizmente a maioria das dificuldades encontradas no poder de implantação das
medidas inovadoras nas cidades desenvolvidas são a capacidade e peculiaridade de cada
região. A região deve ser minuciosamente estudada, seja pelos seus aspectos

62
demográficos, econômicos ou políticos, que podem trazer uma solução distinta para
distintos problemas apontados.
Algumas cidades ainda sofrem grande desigualdade social e disparidade na
qualidade de serviços ofertados. A garantia de melhora na segurança, na redução de
impactos ambientais e preservação da fauna e flora, ou diminuição do custo de vida
continuam sendo pilares fundamentais para uma cidade mais humana e inteligente. Porém
vale ressaltar a importância de que os pontos aonde a cidade mais sofre desgates e
debilidade são regiões de periferia e que já sofreram mais abondono pelo governo.
Como em relação ao compartilhamento de bikes é necessário estudar a região, os
parâmetros e indicadores que podem gerar renda e benefício seja na colocação de novas
estações ou reforma e manutenção das atuais. As respostas são dadas pela própria cidade,
e a inovação na disponibilidade e coleta de dados locais permitiram facilitar e aprimorar
as soluções dadas.
Em relação ao desenvolvimento como cidade inteligente a cidade de Cascais tem
uma preocupação com a redução do tempo de deslocamento, e garante um transporte
publico de qualidade, mesmo que não apresente ainda tanta melhora no custo de vida e
oferta de emprego, o que reduz a procura externa em comparação com Lisboa. No Brasil,
a participação social no governo ainda é escassa, agravando problemas politicos, e
implantação de medidas sustentáveis que funcionem. Na figura 31 abaixo, é visto o
porcentual/distribuição dos pilares das cidades inteligentes.

63
Figura 31 - Porcentual pilares das cidades inteligentes

Fonte: Adaptado de McKinsey Global Institute, 2018

A governança e iniciativa pública na busca da melhor gestão das cidades


inteligentes varia de região para região, mais a preocupação com a melhora na educação,
saúde e segurança é evidente. A figura 32 abaixo revela pontos alarmantes de uma
governança “ideal” nas cidades inteligentes.

64
Figura 32 - Governança nas cidades inteligentes

Fonte: https://www.modulo.com.br/smart-cities/esquema/

Em relação ao desenvolvimento de cidades inteligentes em Portugal, percebemos


diversas iniciativas que promoveram principalmente uma melhora na mobilidade, na
gestão hídrica e de sólidos, na preocupação com a segurança pública e com a redução do
consumo energético. Porém apesar dos avanços tecnológicos, Portugal ainda peca no
correto planejamento e dificuldade em solucionar os problemas da acelerada urbanização,
visto que algumas soluções ainda falta coletar melhor os dados, existindo falhas no seu
funcionamento e risco de invação a privacidade que acabam não tendo tanta adesão da
população as mesmas.
O estudo e exemplos de soluções inteligentes e inovadoras que estão cada vez
mais presente em cidades como Cascais, Viseu ou Lisboa. A gestão pública e maior
conectividade com as necessidades do cidadão, com a importância de promover a
sustentabilidade nas cidades. A participação da população nas tomadas de decisão e a
garantia de acessibilidade já se tornaram medidas que melhoraram a gorvenança dessas
cidades, e trouxeram essa maior qualidade de vida buscada e de segurança. O que
tornaram, principalmente Lisboa, não apenas uma cidade mais inclusiva e participativa,
como mais atrativa a novos moradores.

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Com relação a Alemanha é percepitível de como os governos e empresas locais já
estão mais engajados e desenvolvidos em políticas e ideias sustentáveis. Mesmo sendo
um país sofrido e antigo com muitas visões conservadoras e contra as inovações
tecnológicas. O desenvolvimento das startups não apenas abriu os olhos para inovação no
setor como tem dado uma guinada na economia local.
A cidade Hannover é um exemplo de um bairro sustentável totalmente criado de
forma ecológica, e ainda que não seja possível reconstruir a ideia de remodelar e adaptar
virou não apenas uma saída como solução. Servindo como modelo para novos centros
comerciais e condomínios aonde a política do pé a 5 ou 10 minutos é priorizado.
A falta de espaços vazios e os caos das cidades vem preocupando em tornar o
crescimento das cidades mais compacto e verde. A preservação das áreas verdes devem
ser cada vez mais presentes nos centros urbanos. Seja por fachadas verdes, terraços e
hortas urbanas ou mesmo o reflorestamento. A concientação em manter a cidade limpa,
organizada e respirável.
Mesmo que diferente de Portugal os cidadões alemãoes são menos participativos
da vida governamental e pública, contudo a tecnologia já é uma ferramente que vista
facilitar o dia e são cada vez mais introduzida em todos os setores sejam de
telecomunicações, de distribuição de agua, na coleta de resíduos ou mesmo no uso de
aplicativos.
A iniciativa de transporte publico integrada, com ecobikes, carros elétricos, novas
linhas modais de mêtro, trem e VLT, além de ampliação das calçadas são medidas que
pedem maior planejamento urbano e entendimento da demanda e do tráfego local, mas
são capazes de gerar enormes ganhos futuros, mesmo que exigem maior iniciativa privada
ou publico e custo de implantação. Na figura 33 abaixo, é visualizado a ampliação da
linhas de BRT em Belo Horizonte no Brasil.

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Figura 33 - Ampliação das linhas de BRT na cidade de Belo Horizonte – BR

Fonte: https://www.mobilize.org.br/mapas/43/projetos-de-melhoria-da-mobilidade-urbana-de-
bh.html?print=s

O incentivo ao transporte público é um forta motivação que pode melhorar muito


a mobilidade urbana, porem continua sendo um desafio tanto em cidades Europeas, já
mais avançadas, como no Brasil. A falta de politicas publicas e o aumento de
diferenciação das tarifas de metro/ônibus em cada região acabam por afetar no poder de
escolha da população. Além da falta de segurança do usuário em algumas regiões, que
acabam ocorrendo descasso, falta de manutenção e demora no tempo de chegada. A
figura 34 abaixo revela essa diferença tarifária nas linhas de metro pelo mundo.

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Figura 34 - Diferença tarifária linhas de metro

Fonte: https://www.jotform.com/blog/metro-and-underground-maps-design-around-the-world/

A redução da emissão de gás carbônico já pode ser percebida com a introdução


dessas iniciativas inteligentes em várias cidades Europeas e Brasileiras. Tanto com maior
oferta e demanda por carros elétricos, ou mesmo ônibus elétricos.
A preocupação com a redução com gastos energéticos, já tornou-se um problema
global. O uso dos painéis solares são medidas mais simples, que já podem ser exploradas
com enorme custo-beneficio futuro. Além dos semáforos com iluminação LEED, que já
funcionam em diversas cidades Portuguesas com incentivo do poder público.
O mundo continuará a abortar a pirâmide inversa do tráfego, na qual deve-se
priorizar a acessibilidade por meio de caminhadas e uso das ciclovias. O trafego deverá
ser priorizado em funcionar por camadas. Assim, como foi revisado é possível obter maior
aproveitamento do espaço subterrâneo e aéreo. O chamado transporte por “underground”
é uma forma inteligente de expandir o território e liberar espaços para futuros parques e
zonas verdes. Assim além de melhorar o fluxo de veículos permite regiões mais limpas,
seguras e fluidas. Na figura 35 e 36 abaixo é possível visualizar o chamado “trafego
inverso” e a nova evolução do veículo.

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Figura 35 - Pirâmide inversa do tráfego

Fonte: https://www.wcel.org/blog/time-turn-our-transportation-pyramid-right-side

Figura 36 - Evolução do modo veículo

Fonte: https://cultura.estadao.com.br/fotos/artes,andy-singer,1127139

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente trabalho buscou entender como funciona as cidades inteligentes na sua raiz
principal: a mobilidade urbana. O mesmo utilizou de evidencias cientificas, artigos e
pesquisas aprofundadas no tema.
O aglomerado das megacidades e empecilhos na gestão dos seus serviços de saúde,
segurança, educação, ambiental tem alarmado as pessoas para o entendimento acerca das
cidades inteligentes. Como implementado pela (ONU, s/d) todos os países devem cumprir
até 2030 com os 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS).
Porém abordar as cidades inteligentes vai muito além de torná-las apenas tecnológicas
e pensar em soluções tecnológicas. A tecnologia deve melhorar não piorar a vida dos
cidadões. A mesma deve ser inserida de forma sensível e estudada como fazer o mesmo.
A tecnologia introduzida em canteiro de obras, em estacionamentos ou mesmo em redes
de abastecimento são medidas que aceleram a economia e amenizam risco e desastres.
O presente trabalho sofre limitações decorrentes da ainda falta de dados de algumas
regiões, dificultando entender melhor das medidas e como sua divulgação ainda é um
tanto escassa. A falta de disponibilização de dados para desenvolvimento de medidas
inteligentes leva ao dilema do respeito a privacidade dos dados e o aumento do abandono
do governo e prefeitura em acervos e pesquisas no ramo.
A desigualdade social é evidente entre diversas regiões Brasileiras, além da falta de
conectividade ainda presente em muitas regiões de subúrbio do mundo. A melhora na
conectividade acarreta em melhorias significativas da gestão e da qualidade de vida. A
implantação do 5G ao mesmo que aumenta essas disparidades vem para mostrar que as
cidades devem ser cada vez mais inovadoras para assim poder responder aos problemas
de forma mais rápida e eficiente.
As cidades inteligentes devem apresentar respostas e melhorias na rentabilidade,
maiores oportunidades de qualificação e trabalho com atendimentos e comunicação clara
e abrangente. A exigência populacional por cidades que abriguem, que tenham conforto
e reduzem o estresse diário.
Alem do conceito de smart people é imprencendível que as soluções e sua
aplicações envolvem um conjunto, ou seja, o governo, a prefeitura e a sociedade. O
respeito pela comunidade local em busca de tornar o convívio mais agradável e selar pelo

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patrimônio público. A sociedade inteligente é aquela que gera novas ideias, prestativa e
participativa.
A qualidade do transporte público tem se tornado essencial para o
desenvolvimento de uma cidade inteligente. A cidade deve oferecer um transporte segura,
com transporte próximo dos corredores e dos centros, além de distribuir estrategicamente
as suas atividades no espaço de forma melhorar o aproveitamento do mesmo.
O pensar com sustentabilidade já é imprencendível. As empresas não apenas
buscam como devem respeitar selos de sustentabilidades e leis que visam preservar os
ambientes e os impactos ambientais ocasiados pela construção civil. É claro que não é
possível zerar os impactos, mas graças algumas inovações existem formas de construir
que geram menos resíduos, menos alagamentos e menos poluição sonora e do ar.
A mobilidade sustentável deve seguir novas diretrizes da PNMU (Politica
nacional da mobilidade urbana) na qual a acessibilidade é a palavra chave. O transporte
metroviária, ferroviário ou mesmo cicloviário deve ser universalmente acessível,
transparente, com rotas flexíveis e horários dinâmicos. As rotas devem entender o fluxo
em tempo real, de forma atender a demanda e pontuar possíveis falhas no sistema e
acidentes.
A população de baixa renda acaba sendo afetada por falta de um sistema de
transporte de público de qualidade. O transporte coletivo deve ser uma escolha modal que
afringe todas as classes sociais, por isso as linhas devem ir além do centro das cidades e
não piorando o serviço de acordo com a localidade. A possibilidade de novas escolas,
empresas e hospitais são inúmeras com a chegada de novas estações de BRT, VLT ou
linhas de ônibus.
Em relações as medidas inovadoras apontadas é importante observar que algumas
medidas trarão resultados a longo prazo e certamente favorecerão gerações futuras, mas
outras podem ter um resultado mais imediato, não sendo demasiado restritivas a ponto de
dificultar o deslocamento da população, ou aumentar, em muito, o seu custo. Isto significa
uma “oferta inteligente de transporte”, ou seja, atrair demanda para um sistema coletivo
que atenda às necessidades da população.
A aprimoração dos aplicativos tem facilitado a adaptação e utilização dos usuários
em larga escala, mesmo que com defeitos e erros. A internet das coisas possibilitou criar
interfaces mais didáticas e de fácil interação. O número de opções e coleta de informações
é bem maior quando comparado aos primeiros aplicativos.

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O transporte multimodal vai continuar transformando e remodelando o espaço
urbano, entender os novos fluxos das vias, os novos polos de empresas e
empreendimentos, que acabam demandando pela criação de novas ciclovias, parques e
linhas que acompanhem essa ocupação do espaço urbano.
A modificação do espaço urbano acarreta melhorias na dinâmica das cidades.
Remodelar o espaço urbano vai continuar sendo um desafio que mesmo que custe caro
trás benefícios para a região, valorizando melhor o espaço e reduzindo drasticamente
problemas de poluição sonora, ambiental e de tráfego.
Assim, é necessário remodelar e adequar a malha urbana pensando na tendência
ocupacional do futuro. Não é possível reconstruir ou mudar totalmente o comportamento
da população. Novas linhas metroviárias e ciclovias devem acompanhar o desenho da
cidade ou bairro de forma que a nova infraestrutura seja viável e rentável de se realizar.
É claro que cada local tem suas singulares e alarmantes o que torna inviável as
vezes utilizar de modelos. É ressalvo que cada região deve ser analizada e levantada todas
as questões socio-economicas e demográficas envolventes. No caso, do Brasil mesmo
com exemplo de cidades inteligentes como Croatá e em Curitiba, ainda existe uma
enorme desigualdade social que acaba afetando a verba e iniciativas de investir nestas
melhorias, pedindo maior conscientização dos benefícios e busca de soluções pontuais e
inteligentes.
O presente trabalho ainda sugere para futuros trabalhos correlacionados ao tema
de cidades inteligentes uma maior analise das cidades portuguesa, principalmente Lisboa
e de como alguns indicadores de mobilidade sustentável como o IMUS e RTR podem ser
medidos e aplicados. E também, uma analise da cidade inteligente de Curitiba no Brasil.
Além de uma possível pesquisa de como os aplicativos funcionam, e por que da melhor
aderência nas cidades portuguesas.

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