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COMANDO DA AERONÁUTICA
ALA 10
MAPRO 2018
A
MAPRO - FASE BÁSICA 1-2 2018
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
1.1 FINALIDADE
1.2 OBSERVAÇÕES
Esta publicação contém observações com os títulos: NOTA, CUIDADO e PERIGO, que
devem ser interpretadas da seguinte maneira:
a) NOTA - Para ressaltar pontos que devem ser observados com mais
atenção.
b) CUIDADO - Para ressaltar pontos cuja inobservância poderá causar danos
materiais.
c) PERIGO - Para ressaltar pontos cuja inobservância poderá causar danos
pessoais.
CAPÍTULO II
CONCEITUAÇÃO E ABREVIATURAS
2.1 ALTITUDE
Distância vertical em relação ao nível médio do mar.
2.2 ALTURA
Distância vertical em relação a uma referência específica. Geralmente o solo ou obstáculo
mais alto em uma determinada área.
2.3 AUTONOMIA
Tempo em que uma aeronave pode permanecer no ar, sem reabastecimento, com
determinado regime de potência.
2.4 AUTORROTAÇÃO
Fenômeno aerodinâmico inerente ao rotor de manter suas pás girando, em caso de falha do
motor, devido à ação do vento relativo, desde que a “carga aerodinâmica” seja reduzida (coletivo
para baixo).
2.5 BRIEFING
Reunião com objetivo de coordenar a execução de uma ou mais atividades a serem
executadas. É de caráter obrigatório antes da realização de qualquer tipo de voo.
2.6 CABRAR
Movimento de arfagem positiva (sentido de levantar o “nariz” da aeronave).
2.8 DEBRIEFING
Reunião com objetivo de apreciar a execução de uma ou mais atividades que foram
realizadas.
2.14 FLARE
Desaceleração rápida, feita quando se necessita perder a velocidade e/ou razão de descida
rapidamente, que consiste de um movimento de “cabrada” efetivo, seguido de um nivelamento,
geralmente, com o objetivo de parar o helicóptero sobre o local escolhido para pouso.
2.17 MANOBRABILIDADE
Capacidade que tem uma aeronave de executar manobras em relação aos diferentes eixos
de voo.
2.19 OPERACIONALIDADE
Nível de eficiência atingido por uma Unidade Aérea, por tripulante ou material aeronáutico,
caracterizando sua capacidade para o cumprimento de missão a ela/ele atribuída.
2.20 PICAR
Movimento de arfagem negativa (sentido de baixar o “nariz” da aeronave).
CAPÍTULO III
SÍMBOLOS GRÁFICOS
Este símbolo retém a aeronave no solo, ou seja, aeronave
(+) CRUZ VERMELHA
indisponível para o voo.
Inspeção prevista e não executada. O voo poderá ser realizado
(-) TRAÇO VERMELHO
excepcionalmente. (não realizar voo do CEOAR)
"Serviço de Manutenção Necessário". Este símbolo indica que o
DIAGONAL reparo não afeta a segurança de voo. O voo poderá ser realizado
(/)
VERMELHO excepcionalmente.
NOTA: Em toda saída excepcional, o piloto deverá rubricar e colocar o trigrama no item 7
"disponibilidade excepcional" do relatório de voo.
2) Parte III
Transcrição de todas as discrepâncias de correção retardada.
3) Partes IV e V.
3.2 INSPEÇÕES
3.3 PARTIDA
3.3.1 REQUERIDO
Inspeções externa e interna realizadas.
Autorização ou ciência do órgão de ATC/AFIS.
3.4.1 REQUERIDO
Partida completa, de acordo com a LISTA DE VERIFICAÇÕES.
3.5.1 REQUERIDO
a) Cheque antes da decolagem realizado; e
b) CG e peso dentro dos limites.
3.6.1 REQUERIDO
a) Cheque do pairado realizado;
b) Deslocamento lento e constante; e
c) Proa do deslocamento e altura de 3 a 5 ft.
b) Mova o cíclico ligeiramente à frente e inicie o deslocamento. A velocidade prevista deve ser
inferior à velocidade onde se inicia a perda de parte do efeito solo, e são necessárias
correções em todos os comandos, principalmente de coletivo; e
c) Durante o taxiamento aéreo mantenha:
Velocidade (cíclico);
Altura de 3 a 5 ft (coletivo); e
Proa (pedais).
3.7.1 REQUERIDO
a) Cheque antes da decolagem;
b) Proa constante;
c) Potência suficiente para efetuar o voo pairado dentro do efeito solo (DES); e
d) Setor de decolagem livre de obstáculos.
50FT
VI > 65kt
SUSTENTAÇÃO DE
DESLOCAMENTO
DECOLAGEM NORMAL
3.8.1 REQUERIDO
a) Razão de subida 500 ft/min; e
b) Velocidade indicada de 65 kt.
3.9.1 REQUERIDO
a) PMC (Potência Máxima Contínua); e
3.10.1 REQUERIDO
i) Altura e velocidade constantes; e
j) Helicóptero coordenado.
3.11.1 REQUERIDO
Referência visual externa.
NOTA: Em voo com vento cruzado, corrija a deriva com uma ligeira mudança de proa para
o lado de onde vem o vento, de modo a manter a reta.
MANUTENÇÃO DE RETA
A curva é uma manobra básica utilizada para mudar a direção do helicóptero, envolvendo
uma coordenação adequada dos comandos de voo. Para realizar curvas para proas pré-
determinadas deve-se marcar pontos de referência, os quais estarão localizados no horizonte
natural ou no solo.
3.12.1 REQUERIDO
a) Voo nivelado;
b) Marcar uma referência no solo ou no horizonte natural;
c) Potência necessária para manter 80kt; e
d) Inclinação de 30° ou 45°.
h) Para realizar uma curva de 180°, inicie, primeiramente, uma curva de 90° e, antes de
terminá-la, marque outro ponto a 90°, no mesmo lado, de modo a completar um total de
180°; e
i) Para realizar uma curva de 360°, aplique o mesmo raciocínio para a curva de 180°, até
completá-la.
É uma manobra que tem como objetivo dar ao piloto a noção da atitude do voo em função
da velocidade escolhida.
3.13.1 REQUERIDO
a) Velocidades: 65kt / 80kt / 100 kt;
b) Altura constante; e
c) Potência necessária.
3.14.1 REQUERIDO
a) Velocidades indicadas:
65kt.
b) Torque:
25% e 55%.
A entrada no tráfego será feita de acordo com o previsto na carta de pouso do aeródromo, e
no caso de voo de instrução, de acordo com a Seção V do MAPIL e acordos operacionais.
3.15.1 REQUERIDO
a) Altura prevista para o tráfego; e
b) Velocidade de 80 kt.
3.16 TRÁFEGO
3.16.1 REQUERIDO
a) Alturas (voo de instrução):
300 ft - para iniciar a curva para a perna através;
500 ft - perna do vento;
500 ft - início da perna base; e
300 ft - término da perna base.
b) Velocidades (voo de instrução):
Subida com 65 kt (500ft/min);
Essa manobra tem por objetivo estabelecer uma rampa constante de aproximação iniciando
com parâmetros de velocidade e altura pré-determinados e terminando de 3 a 5 ft, no pairado dentro
do efeito solo.
A aproximação normal poderá ser utilizada sempre que a configuração do terreno e a rampa
de aproximação estiverem livres de obstáculos.
A sua técnica de execução visa expor a aeronave o menor tempo possível às zonas críticas
do diagrama Altura X Velocidade ("Curva do homem morto").
3.17.1 REQUERIDO
a) Cheques antes do pouso;
b) Ângulo de aproximação - 8º a 10º;
c) Altura de início - 300 ft; e
d) Velocidade de inicio - 65 kt.
piloto deve, então, antecipar-se no comando de coletivo e pedais, a fim de manter a rampa
e a proa;
l) Com a aplicação do comando coletivo, o helicóptero tenderá a parar o seu deslocamento,
devido à inclinação do disco do rotor para trás (atitude cabrada), havendo a necessidade de
aplicação gradativa do comando cíclico à frente para cessar essa tendência; e
m) A aproximação termina na altura de 3 a 5 ft (1 a 1,5 m) do terreno e com velocidade zero em
relação ao solo.
APROXIMAÇÃO NORMAL
3.18.1 REQUERIDO
a) Altura de 5 ft;
b) Velocidade constante no deslocamento;
c) Proa constante; e
d) Área livre.
3.19.1 REQUERIDO
a) Altura de 5 ft;
b) Velocidade de deslocamento e proa constante; e
c) Área livre.
3.20.1 REQUERIDO
a) Altura de 5 ft; e
b) Proa constante.
Esta manobra tem por objetivo adestrar o piloto a utilizar corretamente os comandos de voo
com continuidade e suavidade, quando em voo dentro do efeito solo.
3.21.1 REQUERIDO
a) Altura de 5 ft;
b) Área clareada; e
c) Velocidade constante no deslocamento.
e) Utilize os pedais corretamente para manter a proa constante durante todo o treinamento;
e
f) Utilize suavemente e com antecipação o comando coletivo para que a altura seja sempre
constante.
O giro em voo pairado serve para o treinamento de coordenação dos comandos. Deve-se
executá-lo corretamente porque, especialmente em áreas restritas, muitas vezes tem-se que variar
a proa sem nenhum deslocamento.
3.22.1 REQUERIDO
a) Altura de 5 ft; e
b) Velocidade de giro constante.
3.23.1 REQUERIDO
a) Altura de 5 ft (1,5 m);
b) Área clareada; e
c) Velocidade constante no deslocamento.
3.24.1 REQUERIDO
a) Proa constante; e
b) Descida na vertical.
NOTA: Em terreno nivelado, normalmente o esqui direito tocará primeiro o solo. Utilize o
cíclico para evitar o toque brusco do esqui esquerdo e o coletivo para descer o mesmo.
NOTA: Normalmente, o helicóptero tocará o solo inicialmente com a parte traseira dos
esquis (molas). O piloto deve estar atento para controlar momentaneamente esta situação utilizando
os comandos.
PERIGO: No solo, com o rotor girando, as vibrações encontram no trem de pouso um ponto
de apoio e, se estas frequências combinarem, a amplitude vibratória aumentará rapidamente. Essas
vibrações e as oscilações resultantes podem provocar a destruição da aeronave. Tal fenômeno é
denominado “ressonância com o solo”.
Ao indício de ressonância no solo, o piloto deve decolar imediatamente e realizar outro
pouso.
Esta manobra tem por finalidade adestrar o piloto na utilização correta dos comandos de
voo, para que este execute pousos normais com segurança, levando-se em conta a influência da
direção e intensidade do vento.
3.25.1 REQUERIDO
a) Área clareada;
b) Descida na vertical; e
c) Identificação da direção e intensidade do vento.
3.26.1 REQUERIDO
a) Altura para a execução - 100 ft;
b) Velocidade indicada de início - 80 kt; e
c) Velocidade indicada mínima - 40 kt.
Esta manobra tem por finalidade treinar o piloto para um pouso quando o helicóptero não
tiver potência suficiente para efetuar um voo pairado dentro do efeito solo (bimotor / baixa vazão),
em panes durante a decolagem ou pane hidráulica. Cabe ressaltar que a técnica empregada, difere
daquela utilizada nos casos de pane do rotor de cauda (pouso sem pedal).
3.27.1 REQUERIDO
a) Área de pouso plana, lisa e consistente; e
POUSO CORRIDO
PERIGO: Tentar parar a corrida no solo com a redução rápida do coletivo, pode resultar em
capotagem do helicóptero.
CUIDADO: Não tente desacelerar rapidamente o helicóptero quando próximo ao toque, pois
cabrar excessivamente nesta situação pode ocasionar o toque da cauda no solo.
Essa manobra é utilizada quando se necessita decolar sem que o helicóptero tenha
potência suficiente para fazer um voo pairado, devido à altitude-densidade e peso bruto elevado,
somado a outros fatores que possam afetar a potência disponível.
Neste tipo de decolagem, o helicóptero adquire sustentação de deslocamento com os
esquis tocando ligeiramente o solo.
3.28.1 REQUERIDO
a) Cheque antes da decolagem realizado;
b) Área de decolagem plana, lisa e consistente;
c) Setor de decolagem livre de obstáculos;
d) Potência suficiente para ficar com o helicóptero leve nos esquis; e
e) Proa constante.
i) Voe a baixa altura (no máximo até 10 ft) e mantenha a potência utilizada no início da
manobra até adquirir 65 kt o mais rápido possível; e
j) Após, inicie uma subida normal.
DECOLAGEM CORRIDA
NOTA: 2 - Em voos de instrução a potência utilizada será aquela que permita ao helicóptero
ficar leve nos esquis.
PERIGO: O toque dos esquis no solo após a decolagem pode resultar no capotamento da
aeronave.
3.29.1 REQUERIDO
a) Velocidade indicada para início: 80 kt;
b) Altura para início: 800 ft; e
c) Voo reto e nivelado.
Em treinamento, a manobra deverá ser feita com uma velocidade de 80 kt para simular um
voo no tráfego ou em voo de cruzeiro.
Para simular a pane, o Instrutor acionará a tecla "TESTE HIDR”.
Ao soar o alarme, adote os procedimentos de entrada em autorrotação conforme as
técnicas descritas no item 3.32 e execute o seguinte procedimento :
a) Defina um local para pouso, conduzindo a aeronave em tal direção;
b) Se a ação inicial (redução do passo coletivo) provocar a parada da buzina significa que a
NR havia caído abaixo de 360 RPM. Isto pode ser resultado de uma perda de potência ou falha do
motor;
c) Cheque os parâmetros do motor, para ter certeza de que o alarme não foi indicação de
parada do motor;
d) Cheque se a luz HID está acesa, para certificar-se da pane hidráulica. Nivele o
helicóptero, se estiver numa curva;
e) Uma vez identificado como pane hidráulica, ajuste o coletivo para manter um voo
nivelado (cessar a descida) e o cíclico para manter uma velocidade entre 40 e 60 kt;
f) O IN desliga a tecla “TESTE HIDR”;
3.30.1 REQUERIDO
a) Velocidade indicada para início: Entre 40 e 60 kt;
b) Altura para início: 500 ft;
c) Curva de pequena inclinação para a esquerda; e
d) Pouso levemente corrido.
d) O AL, após o "livre" do IN, desliga o sistema hidráulico através do interruptor situado no
coletivo. O cíclico iniciará uma pequena oscilação e o coletivo, geralmente, tenderá a subir. Todos
os comandos ficam endurecidos e o cíclico apresenta vibração;
NOTA: Este tipo de treinamento deverá ser feito com um instrutor qualificado a bordo.
NOTA: Em voo de instrução, o aluno deverá solicitar ao IN o “livre” para efetuar o corte do
sistema hidráulico.
3.31.1 REQUERIDO
a) Altura de início - Máx. de 3 ft (1m);
b) Vento de proa; e
c) Área de pouso plana, lisa e consistente.
e) Utilize o cíclico de forma a não induzir deslocamentos horizontais que possam levar ao
capotamento do helicóptero;
f) A inércia das pás fará o helicóptero permanecer momentaneamente na posição em que
estava antes de perder a potência. Aguarde o afundamento do helicóptero e comece a puxar o
coletivo, a fim de amortecer o toque dos esquis no solo; e
g) Após o pouso, baixe o coletivo suavemente até o passo mínimo.
CUIDADO 1: Caso o coletivo seja utilizado em demasia, o helicóptero poderá ficar com
baixa NR a uma altura elevada, acarretando toque brusco no solo.
1) Por atitude;
NOTA: De acordo com a experiência de voo do piloto, pode haver a necessidade de ajustar
a atitude da aeronave durante toda descida na tentativa de atingir a atitude que permita a redução
constante da velocidade.
2) Com “flare”;
NOTA: Caso o terreno seja livre de obstáculos, firme e nivelado, deverá ser executado um
pouso ligeiramente corrido, o que facilitará a execução da manobra e pode evitar a ocorrência de
“estol de vórtice”.
Após a parada total do helicóptero, baixe suavemente todo o coletivo, com o cíclico
centralizado; e
Quando em treinamento, realizar o procedimento com arremetida:
a) Faça o julgamento para proceder de acordo com a técnica prevista para a descida e
redução de velocidade;
b) Utilize o coletivo de modo a terminar com 5 ft de altura e com um pequeno
deslocamento do helicóptero (velocidade de taxiamento, no máximo); e
c) A partir daí, proceda como numa decolagem normal.
3.33.1 REQUERIDO
a) Velocidade indicada para inicio - 80 kt;
b) Altura para início - 800 ft; e
c) Área de pouso plana, lisa e consistente.
AUTORROTAÇÃO NA RETA
Nesta manobra, o piloto tem de executar uma curva de180º após entrar em autorrotação,
com a finalidade de ajustar-se à proa do vento, realizando um pouso em um local situado no seu
través.
3.34.1 REQUERIDO
a) Velocidade indicada para inicio - 80 kt;
b) Altura mínima para início 1000 ft; e
c) Área de pouso plana, lisa e consistente.
AUTORROTAÇÃO 180°
Nesta manobra, o piloto tem que executar uma curva de 360º após entrar em autorrotação,
com a finalidade de fazer um pouso em um local situado na vertical.
3.35.1 REQUERIDO
a) Velocidade indicada para início - 80 kt;
b) Altura para início - 1500 ft; e
c) Área de pouso plana, lisa e consistente.
AUTORROTAÇÃO 360°
Este tipo de treinamento visa dar reflexos ao piloto para fazer um pouso seguro em frente,
após uma perda de potência ao atingir a sustentação de deslocamento.
3.36.1 REQUERIDO
a) Altura - 5 ft;
b) Velocidade acima da sustentação de deslocamento;
c) Área de pouso plana, lisa e consistente; e
d) Dois pilotos, sendo um, instrutor qualificado.
3.37.1 REQUERIDO
a) Velocidade indicada para início – 80 kt;
b) Altura para início – 800 ft; e
c) Área de pouso plana, lisa e consistente.
A autorrotação no voo rasante é uma manobra que só deve ser treinada em locais que
permitam o pouso em autorrotação, devido à altura em que é feita. Serve para caracterizar uma
pane em voo rasante, fora da curva do homem morto.
Por ser uma manobra que exige reflexos condicionados, ela só deve ser praticada após o
piloto estar apto nos outros tipos de autorrotação. Há ainda a necessidade de se julgar muito bem
as condições do vento, peso, temperatura e altitude-densidade.
3.38.1 REQUERIDO
a) Velocidade indicada para início – 100 kt;
b) Altura para início - 100 ft; e
c) Área de pouso plana, lisa e consistente.
Este treinamento tem por finalidade adestrar o piloto para uma emergência de rotor de
cauda (falha do comando de passo ou falha de acionamento).
3.39.1 REQUERIDO
a) Área de pouso plana, lisa e consistente; e
b) Início - na perna do vento com 70 kt.
PERIGO: 1 - Não toque o solo com os esquis desalinhados, pois há perigo de capotamento
do helicóptero.
PERIGO: 2 - Arremeta para novo procedimento (novo tráfego) se o nariz do helicóptero
passar para a esquerda (em relação ao eixo longitudinal) antes do toque dos esquis com o solo.
PERIGO: 3 - O Instrutor deverá estar atento na fase final da manobra para a possibilidade
de giro rápido à esquerda, ao aplicar coletivo.
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
ALA 10
SEÇÃO 2
FASE AVANÇADA
CAPITULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
1.1 FINALIDADE
1.2 OBSERVAÇÕES
Esta publicação contém observações com os títulos: NOTA, CUIDADO e PERIGO, que
devem ser interpretadas da seguinte maneira:
a) NOTA - Para ressaltar pontos que devem ser observados com mais atenção;
b) CUIDADO - Para ressaltar pontos cuja inobservância poderá causar danos materiais;e
c) PERIGO - Para ressaltar pontos cuja inobservância poderá causar danos pessoais.
CAPÍTULO II
CONCEITUAÇÃO
2.1 ALA
É o piloto capaz de ser empregado numa formação, nas posições 2 ou 4.
2.3 ARREMETIDA
Procedimento utilizado pelo piloto para colocar o helicóptero em condições de uma
decolagem, a partir da interrupção de uma aproximação.
2.4 ÁS
Líder da formação (número 1).
2.5 BÁSICA
Dispositivo de formatura, a partir da qual são evoluídas as demais formaturas.
2.6 ELEMENTO
Formação de duas aeronaves.
2.8 ESCALONAMENTO
Mudança de ala para uma posição simétrica à que estava em relação ao líder.
2.9 ESQUADRILHA
Formação de mais de duas aeronaves.
2.10 FORMAÇÃO
Um conjunto de aeronaves, de qualquer tipo, que voam agrupadas sob um mesmo
Comando (Líder).
2.11 FORMATURA
Dispositivo adotado pelas aeronaves de uma formação.
2.16 MISSÃO
Tarefa, dever ou ação que deve ser executada por um indivíduo, ou Unidade, para alcançar
um determinado fim.
2.18 NÚMERO 2
É o 1º Ala de uma formação.
2.19 NÚMERO 3
É o Líder do 2º Elemento.
2.20 NÚMERO 4
É o Ala do 2º Elemento.
2.21 OPERACIONAL
Nível de eficiência atingido por uma Unidade Aérea, por tripulante ou material aeronáutico,
caracterizando sua capacidade para o cumprimento de missão a ela/ele atribuída.
2.22 PÁ FINA
Situação em que o plano de rotação do rotor principal do Líder fica ao nível de visada do
Ala.
2.24 PLANEJAMENTO
Ato ou efeito de idealizar e fixar com maior ou menor grau de detalhes, a ação, operação ou
atividade a ser realizada.
CAPÍTULO III
ÁREA RESTRITA
Esta aproximação é utilizada quando o setor de descida contém obstáculos que impedem
uma aproximação normal, ou para pousos em edifícios ou picos, para evitar turbulências ou
correntes de ar.
3.1.1 REQUERIDO
a) Rampa de aproximação - aproximadamente 30º;
b) Altura de início - 300 ft sobre os obstáculos;
c) Velocidade de início - 40 kt;e
d) Potência disponível para efetuar o voo pairado sem efeito solo.
Esta manobra é usada quando o setor de decolagem contém obstáculos que impedem uma
decolagem normal, ou para pousos em edifícios ou picos, para evitar turbulências ou correntes de
ar. Antes de efetuá-la, o piloto deve considerar as condições existentes (altitude-pressão, vento,
peso bruto, distância dos obstáculos, etc.), a fim de ter certeza de que há potência disponível para a
decolagem. Sempre que possível, deve ser efetuada partindo-se do solo.
3.2.1 REQUERIDO
a) Potência necessária para ultrapassar o obstáculo;e
b) Condições para efetuar o voo pairado sem efeito solo.
CUIDADO: Deve ser consultada a carta de desempenho em voo pairado sem efeito solo.
A finalidade da manobra é não levantar poeira, areia, neve, etc., durante o pouso, evitando
assim a perda da visibilidade.
3.3.1 REQUERIDO
a) Velocidade à frente no toque: Tendendo a zero.
3.4.1 REQUERIDO
a) Cheque antes da decolagem realizado;
b) Proa constante;
c) Setor de decolagem livre de obstáculos; e
d) Área clareada.
NOTA: Caso leve o cíclico muito a frente, a medida que o coletivo for aplicado, deve-se aliviar o
3.5.1 POUSO
3.5.1.1 Requerido
a) Potência suficiente para voo pairado com efeito solo;e
b) Inclinação máxima permissível na área de pouso:
Aclive - 10º.
Declive - 6º.
Lateral - 8º.
b) Utilizar muita amplitude de cíclico para o lado do esqui que tocou primeiro, correndo o
risco de tocar os rotores no terreno;
c) Utilizar bruscamente os comandos de voo; e
d) Variar a cauda durante o pouso.
3.5.2 DECOLAGEM
PERIGO: Deve ser dada especial atenção ao uso suave do coletivo; um comando brusco
de coletivo, nesta manobra, pode ser fatal.
CUIDADO: 1- Caso o terreno esteja inclinado para a frente, atentar para a proximidade da
cauda ao solo.
2- Existe uma maior probabilidade de ocorrência do fenômeno de rolamento
dinâmico quando do pouso em terreno inclinado. Caso ocorra, o procedimento correto será reduzir o
passo coletivo, apoiando novamente ambos esquis no solo.
3.6 VOO PAIRADO SEM O EFEITO SOLO
Este tipo de voo destina-se a familiarizar o piloto com operações que exijam do helicóptero
um voo pairado fora do efeito solo. Os comandos devem ser utilizados com suavidade a as
referências externas devem ser mantidas, para que o piloto não se desoriente. Deve ser realizado
sobre um terreno que permita o pouso em caso de falha do motor.
NOTA: Este exercício é normalmente utilizado para checar se o helicóptero possui potência
para pairar fora do efeito-solo, antes de proceder uma determinada operação, sendo realizado a
uma altura compatível com o tráfego a ser executado. Poderá ser treinado a 100 ft AGL (cheque
PTR), 300 ft AGL (cheque de potência para a área restrita), ou ainda a 900 ft AGL (Realizado antes
da operação em helipontos elevados).
3.6.1 REQUERIDO
a) Proa constante;
b) Comandos suaves e de pequena amplitude; e
c) Velocidade de início - 65 kt.
3.7.1 REQUERIDO
a) Potência disponível para efetuar o voo pairado sem efeito solo.
b) Tripulação mínima:
1 (um) piloto.
2 (dois) tripulantes operacionais.
velocidade indicada;
g) Faça um tráfego com curvas para o lado do piloto em comando, que facilite a
visualização do centro da área;
h) Na perna do vento, ao perceber que a área está na posição de 4 horas em relação à proa
da aeronave, ingresse na curva base;
i) Ao iniciar a curva base, reduzir a velocidade para 40 kt.
j) Realizar aproximação de grande ângulo para um ponto ligeiramente acima do topo da
área, de forma a permitir uma arremetida em caso de necessidade;
k) Nunca entre numa área da qual não possa sair;
l) Manobre o helicóptero com muito cuidado dentro da área, para evitar colisão com
obstáculos;
m) Certifique-se de que as condições do terreno permitam o pouso seguro. Caso negativo,
mantenha o voo pairado ou leve nos esquis, de acordo com a situação requerida; e
n) Para sair da área, execute uma subida na vertical até livrar os obstáculos e inicie a
arremetida.
o) Realize a arremetida mantendo a reta até atingir os 65 kt. Com indicação do Climb
positivo, curve à direita para a perna do vento ascendendo para 300 ft AGL
PERIGO: 1 - Antes de realizar uma operação em área restrita, o helicóptero deve ter
potência disponível para efetuar um voo pairado sem efeito solo. Caso não tenha potência
suficiente, fatalmente será impossível controlar a descida na vertical. Consulte a carta de
desempenho em voo pairado sem efeito solo.
PERIGO: 2 - A colisão do rotor de cauda com obstáculo poderá causar a perda de controle
do helicóptero.
3.8.1 REQUERIDO
a) Potência disponível para efetuar o voo pairado sem efeito solo; e
b) Conhecimento completo das regras de tráfego que envolvem a operação em helipontos.
CUIDADO: Não permitir afundamento na rampa (chegar curto), tendo em vista a possibilidade de
enfrentar turbulência e correntes descendentes quando próximo ao heliponto.
CAPÍTULO IV
VOO NOTURNO
O voo noturno tem por finalidade adaptar o piloto ao voo VFR noturno e dar-lhe condições
de operar todos os equipamentos essenciais do helicóptero.
4.1.1 REQUERIDO
a) Helicóptero equipado para o voo noturno;
b) Horizonte artificial em funcionamento (para evitar desorientação); e
c) Os treinamentos de autorrotação deverão ser realizados em pista com balizamento.
PERIGO: 2- Devem ser evitadas inclinações maiores que 30º e velocidades (exceto na
final) menores que 60 kt e maiores que 100 kt, além de razões maiores que 500 ft/min (exceto no
procedimento de autorrotação). Tais parâmetros podem ser indícios de desorientação espacial.
4.2.1 DESENVOLVIMENTO
A identificação de uma zona de pouso de helicóptero (ZPH) torna-se difícil quando a área é
localizada em terreno acidentado ou não é de conhecimento da tripulação. Da mesma forma, à
noite, a dificuldade ainda é maior, pois os obstáculos não são perceptíveis trazendo risco para a
operação.
4.2.2 DEFINIÇÃO
4.2.3 TRÁFEGO
BALIZAMENTO TÁTICO
NOTA: O tráfego padrão é realizado pela direita, para facilitar a visualização do 1P, porém
devido às características do aeródromo de SBNT, será realizado pela esquerda.
CAPITULO V
INSTRUMENTO
5.1 VOO POR INSTRUMENTOS
5.1.1 REQUERIDO
a) Aeronave com Horizonte artificial e instrumentos suficientes para o tipo de voo.
b) GO / NO GO: Horizonte artificial, velocímetro, altímetro, Climb e bússola elétrica.
PERIGO: Em hipótese alguma realizar o voo em condições reais de voo por instrumentos,
devido às limitações do equipamento.
NOTA: Com o rotor girando, há diferença na indicação do altímetro, devido à ação do vento
no sistema Pitot-Estático.
5.1.2.4 Subida
Faça com 80 Kt e razão de subida igual a 500 ft/min. O torque necessário para manter esta
razão variará com as condições da aeronave (peso) e altitude pressão. A atitude de arfagem
indicada para a velocidade deverá ser mantida durante toda a subida. A barra poderá ser
centralizada, a critério do piloto.
As curvas executadas deverão ser de 15° de inclinação, e o torque será ligeiramente maior
para manter a razão de subida. A atitude de arfagem permanecerá a mesma.
5.1.2.5 Nivelamento
O nivelamento é iniciado a 10% da razão de subida antes da altitude de voo desejada.
Leva-se o cíclico para a atitude de arfagem de uma barra abaixo da posição anterior. Aguarda-se a
velocidade aumentar até aproximadamente 5 kt antes da velocidade desejada (100 kt) para fazer a
redução do motor. Para manter 100 kt no voo nivelado, a potência utilizada será em torno de 60%
de torque, em treinamento.
Voando nivelado, com 100 kt, deve-se iniciar a subida 5 a 10 segundos antes do tempo
desejado, trazendo-se a barra para a atitude relativa à subida padrão (80 kt), e aplica-se o coletivo
para obter a indicação de 500 ft/min.
A cada 125 ft corresponderão 15 segundos; 250 ft, 30 segundos, e assim sucessivamente
até completar 1 minuto. Usa-se o relógio em cheque cruzado com o altímetro para as correções de
atraso ou adiantamento. Realizar o nivelamento com a antecipação de 10% da razão de subida.
Na área de instrução, o instrutor irá assumir os comandos, devendo o aluno fechar os olhos.
Após colocar a aeronave em atitude anormal, o instrutor passará os comandos para o
aluno.
Para a recuperação, deve-se tomar as seguintes providências, nesta sequência:
a) Desinclinar a aeronave;
b) Nivelar (zerar a atitude de arfagem pela barra do horizonte);
c) Ajustar o torque para 45%; e
d) Fazer demais ajustes (velocímetro, climb, etc).
Qualquer parâmetro além dos descritos como críticos para desorientação espacial já
configura uma atitude anormal. São eles:
a) Mudança de QDM - Abre-se uma proa 30° defasada com a proa voada, para interceptar
a marcação requerida, de forma que o ponteiro caia para o QDM desejado;e
b) Mudança de QDR - Abre-se uma proa de interceptação para o lado da LP desejada, de
forma que a cauda suba para o QDR desejado. Abre-se uma curva até uma proa paralela ao QDR
requerido e mais 45° para o mesmo lado.
5.1.2.17 Órbita
Procedimento de espera será feito com 100 kt. Para entrada em órbita, serão utilizados os
procedimentos especificados no AIP-BRASIL, parte RAC.
5.3 DEFINIÇÕES
5.4 ABREVIATURAS
5.5 SÍMBOLOS
rádio.
Curva base.
Curva nivelada.
Curva descendo.
distância.
NOTA: Não será da responsabilidade do órgão ATS a comparação entre os valores de Teto
e Visibilidade existentes no aeródromo e os publicados no procedimento, no sentido de
verificar se tais valores serão adequados ou não à categoria da aeronave que executará o
procedimento de aproximação.
NOTA: Caso o piloto em comando decida pela não execução do procedimento, informará
tal decisão ao órgão ATS envolvido, com a máxima brevidade, declarando também suas
intenções quanto ao prosseguimento do voo, tais como: execução de espera, prosseguir
para o aeródromo de alternativa, etc.
5.10 SISTEMA ADF
diagrama correspondente da antena de quadro, o resultado é uma única posição de nulo da antena
de quadro “ Loop “. Esta última antena roda automaticamente para a posição de nulo quando se
recebem simultaneamente sinais de ambas as antenas.
A combinação de sinais fornece energia para um sistema fásico que faz funcionar o motor
da antena LOOP. Quando o motor funciona, a antena roda. O ponteiro do instrumento está
sincronizado eletricamente e roda conjuntamente com a antena , indicando a marcação relativa á
estação, quando a antena pára na posição de nulo.
Observa-se a posição do ponteiro duplo do RMI e gira-se no sentido mais curto, de forma a
colocar a sua ponta sob a marca do topo do indicador. Mantém-se esta indicação enquanto se
prossegue para a estação.
descreveu acima. A única diferença consiste na largura da área de confusão de sinais. À baixa
altitude, a área é muito menor, o que resulta na determinação exata de bloqueio, quando o ponteiro
passa pelo través.
O NDB foi um dos primeiros auxílios a aproximação. No Brasil existem muitos aeroportos
que tem no NDB seu único meio de operar por instrumento.
NOTA 1: Cada uma dessas etapas dura 1 minuto. As curvas devem ser efetuadas à razão
constante de 3 graus/seg. As órbitas padrão são para a direita, mas existem órbitas com curvas
para a esquerda.
NOTA 2: Na órbita padrão deve-se, ao bloquear o fixo, fazer curva para a DIREITA, para a
proa da perna de afastamento. Manter uma razão constante de 3 graus/seg. durante a curva.
Para entrar na órbita deve-se efetuar o tipo de entrada que esteja de acordo com o setor em
que está se aproximando. Veja a divisão de setores para as órbitas padrão e não-padrão:
Órbita Padrão: Ao bloquear o fixo, no nosso caso um NDB, (mas poderia ser um VOR ou
uma interseção de radiais) faça curva para uma proa igual ao rumo da perna de afastamento.
Dispare o cronômetro. Após 1 minuto faça curva a ESQUERDA para aproar o fixo. Após o
rebloqueio do fixo efetue a órbita normalmente.
Órbita Não-Padrão: Ao bloquear o fixo faça curva para uma proa igual ao rumo da perna de
afastamento. Dispare o cronômetro. Após 1 minuto faça curva a DIREITA para aproar o fixo. Após o
rebloqueio do fixo efetue a órbita normalmente.
Órbita Padrão: Ao bloquear o fixo faça curva para uma proa 30 graus MENOR que o rumo
da perna de afastamento. Dispare o cronômetro. Após 1 minuto faça curva a DIREITA de tal modo
que você a termine no QDM da perna de aproximação.
Órbita Não-Padrão: Ao bloquear o fixo faça curva para uma proa 30 graus MAIOR que o
rumo da perna de afastamento. Dispare o cronômetro. Após 1 minuto faça curva a ESQUERDA de
tal modo que você a termine no QDM da perna de aproximação
Órbita Padrão: Ao bloquear o fixo faça curva para proa do rumo da perna de afastamento.
Após 1 minuto faça curva à DIREITA para aproximar no QDM da perna de aproximação.
Órbita Não-Padrão: Ao bloquear o fixo faça curva para proa do rumo da perna de
afastamento. Após 1 minuto faça curva à ESQUERDA para aproximar no QDM da perna de
aproximação.
NOTA: Quando são previstas órbitas de espera à níveis de voo muito elevados, as pernas
de afastamento e de aproximação, são estabelecidas com 1 minuto e 30 segundos, para compensar
as indicações flutuantes do bloqueio dos NDB, devido ao crescimento do cone sobre a antena.
Curva executada por uma aeronave durante a aproximação inicial, entre o término do
afastamento e o início da aproximação intermediária ou final. No caso é a curva que fazemos para
interceptar o QDM da aproximação final. A curva base é feita com a razão padrão e o piloto deve
ficar atento e acompanhar o deslocamento do ponteiro do ADF e a mudança da proa da aeronave
durante a curva, para que , ao finalizá-la, esteja no QDM da aproximação final.
Faixa de Baixa frequência ( LF ), como sistema de navegação aérea. Este auxílio-rádio veio eliminar
muitas dificuldades que se encontravam, antigamente, ao navegar por meio dos sinais auditivos dos
rádios faixa LF, ou, quando se utiliza o ADF. No VOR todas as informações são mostradas em
instrumentos de fácil interpretação. Com estes, é possível selecionar e voar qualquer dos 360
cursos de aproximação ( TO ) ou afastamento ( FROM ) de uma estação “ OMNIRANGE ”.
5.11.3 FREQUÊNCIAS
passo que o ILS utiliza decimais ímpares ( 108,10 MHz; 108,30 MHz; etc... ).
Faixa de 112,00 a 117,95 MHz, para VOR, com decimais pares e ímpares
A recomendação da ICAO de que a separação de frequências deve reduzir-se a 50 Khz foi
aprovada pelos governos em geral, e por isso as futuras instalações deverão se basear nessa
separação. Então, teremos equipamentos VOR funcionando em frequências de 112,30 MHz; 112,35
MHz, e assim sucessivamente.
A função básica do receptor de bordo é a medição da diferença de fase entre dois sinais
emitidos pelo “Omnirange“. Esta informação é apresentada, visualmente, como indicação de curso.
O equipamento básico de bordo consta de uma antena, um receptor e um indicador.
5.11.4.1 Antena
Consiste de pequenos dipolos horizontais que podem receber sinais polarizados
horizontalmente, na faixa de frequências de 108,00 a 117,95 MHz. Devem estas antenas ser
instaladas de maneira que produzam uma cobertura omnidirecional para sinais de VOR, mas não
recebam interferências da antena de VHF que trabalha nos canais de comunicação.
Uma antena VOR também aceita sinais do localizador ILS, que pertence à mesma faixa de
frequências.
5.11.4.2 Receptor
Um receptor VOR compara as fases dos sinais de referência variável, e a defasagem
resultante é aplicada de forma apropriada aos diversos componentes do indicador. Os dois sinais
processam-se através de dois canais diferentes, e suas portadoras eliminam-se em etapas
apropriadas.
Um sinal de referência de 30 Hz, modulado em frequência, converte-se com um
discriminador em outro sinal de 30 Hz, modulado em amplitude, que depois depois compara-se em
fase com o sinal variável de 30 Hz, também modulado em amplitude, com a unidade detectora de
fase. Se os dois sinais estão em fase, os circuitos ficam em equilíbrio e o indicador marca o rumo
correto; se não estiverem em fase produzir-se-á o sinal de erro no detector de fase, o qual ativará o
servo-motor. Este está conectado a um circuito modificador de fase por intermédio de um eixo
giratório.
Ao ser ativado, o servo motor faz girar o eixo num sentido ou no outro, com o fim de
deslocar a fase. Quando os dois tornarem-se iguais no detector de fase, o sinal de erro
desaparecerá e o sistema permanecerá em repouso. O movimento giratório angular do eixo é a
medida da defasagem.
5.11.4.3 Indicador
Consiste de três componentes básicos, que podem estar montados em uma única unidade,
ou instalados separadamente, ou em combinação.
O sistema de pouso por instrumentos, também conhecido pela sigla ILS (do inglês
Instrument Landing System) é um sistema de aproximação por instrumentos, que dá uma orientação
precisa ao avião que esteja na fase de aproximação final duma determinada pista.
Ele consiste em dois sistemas distintos, um deles mostra a orientação lateral do avião em
relação a pista (localizer), e o outro mostra o ângulo de descida, ou orientação vertical (glideslope).
Sistema baseado na transmissão de sinais de rádio que são recebidos, processados e
apresentados nos instrumentos de bordo do avião. A aproximação ILS (Instrument Landing System)
é também chamada de “Aproximação de Precisão” (Precision Approach), por contar com as
informações do Localizador em VHF (Very High Frequency) e do Glide Slope em UHF (Ultra High
Frequency), fornecendo informações para o alinhamento com o eixo da pista e com a trajetória
correta de planeio para o pouso.
5.12.1 LOCALIZADOR
A antena do Localizador ou "LLZ" (do inglês localizer) está situada 1.000 ft após a cabeceira
oposta à qual se executa a aproximação, emitindo sinal de rádio modulado em 90 Hz e 150 Hz,
separados no alinhamento da pista, com um alcance aproximado de 18 milhas, com cobertura de
35º para cada lado do eixo até aproximadamente 10 milhas e de 10° para cada lado prolongamento
do eixo central da pista após 10 milhas. Esses equipamentos têm como finalidade fornecer
indicação do eixo central da pista. Uma vez que a frequência de ILS foi colocada no sistema de
navegação do avião (NAV1), o sistema provê informações que desviam a barra vertical do sistema
de ponteiros cruzados (crosspointer) proporcionalmente, de maneira que à medida que o piloto (ou
piloto automático) aproximam o ponteiro do centro do instrumento, leva a aeronave a se alinhar no
eixo da pista.
A barra de desvio do HSI indica deslocamentos até 2,5° para cada lado do curso de
aproximação. O mostrador do instrumento está dividido horizontalmente por quatro pontos brancos.
Cada ponto representa um valor angular de 0,5° a partir do curso de aproximação.
A antena do Glide Slope (GP) está localizada entre 750 e 1250 ft da cabeceira da pista e
tem a finalidade de fornecer o ângulo de planeio correto (coloquialmente denominado "rampa de
pouso" ou "rampa eletrônica de pouso") durante uma aproximação. Esse ângulo de inclinação da
rampa é geralmente de 3.0°, porém ângulos maiores poderão ser usados para evitar obstáculos,
assim como ângulos menores poderão ser usados para atender a requisitos especiais de certos
aeródromos militares ou privados.
O GP opera com frequências na faixa de UHF e sua sintonia é automática, associada à
frequência do Localizador (LLZ).
No HSI, a sensibilidade do indicador de rampa é muito superior à barra de desvio, visto que
o deslocamento total do indicador representa 0,7° em relação ao feixe do glide slope, que tem
normalmente apenas 1° de profundidade.
5.12.3 MARCADORES
Algumas instalações possuem os Marcadores junto com o ILS. Quando o avião recebe a
transmissão de um marcador, um sinal visual é mostrado ao piloto e outro sonoro é reproduzido,
operado numa frequência de 75 MHz, cuja finalidade é fornecer informações de distância em
relação à cabeceira da pista.
O marcador externo ou "OM" (do inglês outer marker) fica localizado a aproximadamente
7200m (3.9 NM) da pista. Seu módulo são duas barras por segundo com uma frequência de 400Hz
e seu indicador é azul.
O marcador médio ou "MM" (do inglês middle marker) fica localizado a aproximadamente
1050m da pista. Seu módulo são barras e pontos alternados com uma frequência de 1300Hz. Tem o
propósito de avisar o piloto que o contato visual com a pista é iminente.
O marcador interno ou "IM" (do inglês inner marker) fica localizado a aproximadamente
300m da pista. Tem o propósito de avisar o piloto, quando em condições de baixa visibilidade, da
chegada iminente à pista. Seu módulo é 6 pontos por segundo na frequência de 3000Hz.
5.12.4 CATEGORIAS
Categoria I - Uma aproximação por instrumento de precisão e pouso com uma altura de
decisão não menor que 60 m (200 pés) e visibilidade não menor que 800m ou contato visual
com a pista não menor que 550 m.
Categoria II - Uma aproximação por instrumento de precisão e pouso com uma altura de
decisão menor que 60 m (200 pés) mas não menor que 30 m (100 pés), e contato visual com a
pista não menor que 350 m.
Categoria III possui sub-divisões
o Categoria III A - Uma aproximação por instrumento de precisão e pouso com uma
altura de decisão menor que 30 m (100 pés), ou nenhuma altura de decisão e
contato visual com a pista não menor que 200 m.
o Categoria III B - Uma aproximação por instrumento de precisão e pouso com uma
altura de decisão menor que 15 m (50 pés), ou nenhuma altura de decisão e
contato visual com a pista menor que 200 m mas não menor que 50 m.
o Categoria III C - Uma aproximação por instrumento de precisão e pouso sem altura
de decisão e sem restrições de visual da pista.
Uma aproximação Categoria I pode ser efetuada manualmente. As regras para Categoria II
variam de acordo com cada país: o FAA (EUA) permite que o pouso seja feito manualmente,
enquanto os países da Europa que seguem a EASA exigem o acoplamento do piloto automático
nesta categoria. Já na categoria III é requerido o uso do Piloto Automático, sendo necessário a
capacidade de efetuar a aterrisagem de forma automática.
5.12.5 PROCEDIMENTOS
O painel de controle do ILS poderá ser o mesmo que se utilizado para o VOR. Neste caso,
todas as outras funções do instrumento ficam inoperantes quando o receptor está sintonizado para
uma frequência de ILS. Além disto, o indicador “TO/FROM” desaparecerá do mostrador e o ponteiro
do RMI ficará inoperante na posição horizontal, com a seta para a direita. Sendo assim, para a
manutenção de uma melhor consciência situacional até próximo da interceptação do eixo do
localizador, deve-se manter sintonizada a frequência do VOR (caso disponível) até que faltem
apenas dois pontos para que a barra de desvio lateral do HSI chegue ao centro.
Quando o indicador de rampa iniciar o seu movimento descendente, a interceptação estará
iminente; quando atingir a posição central, o avião estará na rampa. Deve-se iniciar a descida
ligeiramente antes da barra atingir esta posição, antecipando-se de acordo com a razão de
movimento do indicador de rampa.
ATENÇÃO - O receptor do ILS tem um mecanismo de alarme constituído por duas bandeiras: uma
vermelha com a inscrição NAV, indicando que o sistema localizador não opera corretamente, e uma
preta que, quando cobre as informações do glide slope, indica que estas não são válidas.
CAPÍTULO VI
IÇAMENTO
6.1 INTRODUÇÃO
Usado primariamente nas operações de resgate, o guincho é de grande utilidade nos locais
onde o helicóptero não pode pousar e a retirada de homens e/ou equipamentos é necessária.
6.2.1 REQUERIDO
a) CG dentro dos limites;
b) Potência disponível para o pairado FES;
c) Disponibilidade para receber a carga içada;
d) Guincho com ciclos disponíveis para a operação;
e) Operador do guincho a bordo; e
f) No mínimo um componente da equipe de resgate, no solo, para fazer o enganchamento
da carga no guincho (em voo de instrução, pode-se operar sem o homem de resgate).
NOTA: Sempre que possível, as aproximações deverão ser feitas aproado com o vento. Se
o circuito de tráfego não puder ser feito alinhado com o vento, execute um giro após definir o
pairado na vertical do ponto.
d) Libere o içamento;
e) Fixe os pontos de referência na proa e nas laterais, para poder manter a posição de voo
pairado na vertical;
NOTA: Na prática são usadas uma referência a 45°, no mesmo nível, uma no solo e outra
na lateral do piloto. Esses três pontos, quando fixos, facilitam a manutenção do voo pairado.
f) Quando o operador informar que a carga está presa, efetue uma subida com a aeronave
até alcançar a altura onde será realizado o içamento pelo recolhimento do cabo do guincho. Ao
atingir tal altura, o operador iniciará o içamento, devendo o piloto iniciar uma descida suave, até ser
reportado “altura boa”; e
g) Quando o guincho estiver recolhido e a carga dentro do helicóptero, inicie a decolagem
levando o cíclico ligeiramente à frente, evitando perder altura. Com 300ft AGL desligue a tecla
“GUINCHO”.
NOTA: Para a subida da carga, deve-se retirá-la do solo primeiramente com a subida do
helicóptero, e em seguida, recolhe-se o cabo do guincho.
PERIGO: Em emergências, tais como: parada do motor, perda de potência, pane de rotor
de cauda, que exijam arremetida, efetue o corte do cabo do guincho, da seguinte maneira:
6.3.1 DEFINIÇÃO
Método de içamento desenvolvido na RAF (UK) e assimilado pela FAB através do “SAR
Crewman Course”.
Visava inicialmente o salvamento nas águas geladas do Mar do Norte. Também conhecido
na FAB como “Guincho Inglês”.
O objetivo principal é manter o homem de resgate e a vítima sempre em uma altura de
segurança. Além disso, visa manter o homem de resgate sempre conectado ao helicóptero e agilizar
o procedimento diminuindo o tempo de pairado, reduzindo assim a exposição ao risco.
a) Precisão
b) Alto índice de segurança
c) Reduzido tempo de execução
d) Embora o comando caiba ao Piloto, o operador do guincho tem a responsabilidade de
orientar a aeronave durante a maior parte da manobra, cabendo-lhe a maior parte da
fraseologia.
e) Para a realização do Kapoff, no mínimo, faz-se necessário:
- 1P
- Operador de guincho (MC/OE)
- Homem de resgate
- Helicóptero com guincho e comunicação interna operando adequadamente.
Sua execução é totalmente padronizada e extremamente rígida, mas permite que uma
tripulação operacional bem treinada execute um içamento em qualquer situação, de maneira
bastante segura, eficiente e rápida.
A sequência deste tipo de treinamento se inicia a partir de situações simples até as mais
complexas:
a) Triângulo
b) Simples-seco / duplo-seco
c) Tambor
d) Simples-molhado / duplo-molhado
e) Zodiac
f) Convés
g) Situações
O Piloto verifica:
6.4.9 CIRCUITO
É uma trajetória tipo hipódromo, com curvas à direita, para manter a tripulação em contato
visual com o alvo.
É obrigatório apenas nas missões de treinamento.
Sua finalidade é:
a) Descer de forma a atingir a altura de içamento a 40 unidades do alvo;
b) Reduzir a velocidade de forma a atingir o pairado (0 kt) na vertical do alvo;
c) Início: 50/60 ft e 40/45 kt, aeronave a 100 unidades do alvo e no eixo;
d) A 60 unidades o operador coloca o braço do guincho para fora;
e) A 40 unidades, desde que o helicóptero esteja na altura e velocidade corretas para
içamento, o operador comanda o guincho para baixar o Homem de Resgate;
f) A altura de içamento será de 15 a 20 ft sobre a terra e de 25 a 30 ft sobre a água (para
evitar respingos no pára-brisa, “remuo” no bote do sobrevivente e prejuízo na visualização
do Homem de Resgate); e
g) O helicóptero desloca-se, mantendo a altura e diminuindo a velocidade, enquanto o Homem
de Resgate é baixado até a altura que ele desejar.
NOTA: Sobre a água, ele deve “esquiar” com a água pelos joelhos.
6.3.11 PAIRADO
O Piloto deve atuar suavemente nos comandos. Ex: para corrigir 4 unidades usa-se a
mesma velocidade com que se corrige 1 unidade.
Quando prontos para o içamento, o piloto deve comandar o helicóptero para cima e, quando
fora do solo, o operador iça-os com o guincho.
O piloto, então, deve comandar o helicóptero para baixo na mesma razão do recolhimento
do cabo do guincho, mantendo o pessoal içado a uma altura segura em relação ao solo / água.
NOTA 1: na terra, a descida será na vertical, ao passo que na água haverá deslocamento à
frente, para livrar o bote.
Para o Aluno, deverá ser sempre na Sala de Briefing, 1h antes do horário da decolagem.
NOTA: Antes de missões sobre a água, deverá ser enunciado o procedimento de “pouso na
água sem potência” (MAITE) durante o briefing dos pilotos.
Com os tripulantes, o briefing poderá ser feito junto à aeronave. Quando, deverá ser
comentado o procedimento de escape da aeronave em caso de pouso na água (treinamento
UTEPAS).
6.3.14 FUMÍGENO
O Operador de Guincho de cada missão será o responsável por levar os fumígenos para o
helicóptero.
NOTA: Caso o fumígeno não queime, ingressar em nova final para lançamento.
b) Piloto: CUIDADO com o gatilho do corte do cabo do guincho (CAPA BAIXADA e “DEDO
DURO”).
c) Observar o Cheque do guincho no solo.
d) Os operadores devem usar o “rabo de macaco”.
e) Checar se a guilhotina de corte do cabo está a bordo.
f) Em caso de falha de comunicação, a missão deverá ser abortada.
g) No treinamento de triângulo, a garatéia não deve tocar o solo, pois poderá enroscar em
algum obstáculo.
h) No momento do içamento, o helicóptero deve estar sempre na vertical do alvo, para evitar
oscilações.
i) Operador: não descer cabo em excesso, pois poderá enrolar nos elementos a serem
içados.
j) Homens-SAR / Operadores: CUIDADO na transposição do esqui do helicóptero durante o
içamento.
k) Em caso de pane que exija autorrotação, deverá ser acionada a tecla de corte do cabo do
guincho ou, na falta deste equipamento, ser ordenado o corte do cabo do guincho com a
guilhotina.
l) Em caso de pane do guincho, estando o Homem de Resgate conectado, realizar um
pairado deixando-o próximo à superfície para que ele se desconecte. Se houver cabo suficiente,
o Homem de Resgate poderá ser colocado na água a fim de facilitar a sua desconexão. O
operador recolhe manualmente o cabo do guincho e a missão estará abortada.
m) Caso o Homem de Resgate não consiga executar a desconexão próximo à água, este será
transladado até a praia, onde procederá o pouso e a desconexão do cabo do guincho.
n) Os operadores e os homens de resgate não devem ter qualquer dúvida sobre os sinais e a
coordenação entre si.
o) Para o treinamento na água é compulsória a presença da embarcação da Equipe SAR nas
proximidades.
p) Os pilotos devem atentar para a possibilidade de desorientação quando voando sobre a
água, especialmente no pairado.
q) Nos voos sobre a água, toda a tripulação deve portar o MSV.
CAPÍTULO VII
CARGA EXTERNA
7.1 INTRODUÇÃO
Quando o volume da carga a ser transportada for maior que o interno da cabine ou seu
transporte no interior do helicóptero comprometer a segurança, poderemos transportá-la com o
auxílio do gancho.
7.2 VANTAGENS
7.3 DESVANTAGENS
NOTA: 1 - O comprimento deverá ser o menor possível, mas nunca inferior a dois metros, a
fim de minimizar oscilações em voo.
NOTA: 2 - Deve possuir resistência, no mínimo, três vezes maior que o peso da carga.
7.5.1 REQUERIDO
a) Checar o balanceamento do helicóptero;
b) Checar os mecanismos de abertura e travamento do gancho;
c) Verificar as condições do material a ser utilizado para o transporte e na segurança da
operação, como: rabo de macaco; ferramentas para o corte do estropo, no caso de falha no
desenganchamento; cordas; cabos; tirantes ou redes;
d) Planejar um circuito de tráfego que, na medida do possível, permita o alijamento da carga
sem danos a terceiros;
e) Reunir a tripulação e a equipe de enganchamento e informar as características do voo;
f) 01 tripulante operacional a bordo para orientar as operações de enganchamento;e
PERIGO: Caso haja necessidade de entrar em autorrotação, a carga deve ser alijada
imediatamente.
CAPÍTULO VIII
INFILTRAÇÃO E EXFILTRAÇÃO
8.1 RAPEL
8.1.1 REQUERIDO
NOTA: Na prática são usadas uma referência a 45°, no mesmo nível, uma no solo e outra
na lateral do piloto. Esses três pontos, quando fixos, facilitam a manutenção do voo pairado.
NOTA: 1 - A descida deverá ser simultânea por ambos os lados para evitar oscilações do
helicóptero.
NOTA: 2 - Caso a descida seja feita do mesmo lado, deverá ser observado o espaçamento
entre os homens, para evitar o choque durante a descida e o deslocamento excessivo do CG.
CUIDADO: O piloto deve tomar cuidado para não perder o controle do helicóptero. Deve-se
corrigir os comandos para as variações de peso, durante a operação, mantendo a sua posição o
mais estável possível. O deslocamento interno da tropa no helicóptero, assim como os movimentos
bruscos do pessoal na descida, exigirão uma pilotagem aprimorada.
PERIGO: No caso de uma perda de potência do motor, além dos procedimentos de
emergência, é obrigatório que o piloto ordene "cortar cordas", mesmo que existam elementos
pendurados na corda. Durante toda a operação, os mecânicos devem ter um facão ou machadinha
em seu poder.
8.2 MC GUIRE
Exfiltração de tropas ou equipe de resgate por meio de cordas, semelhante à carga externa,
de lugares onde não seja possível o pouso, e o uso do guincho seja inviável.
8.2.1 REQUERIDO
a) Execute um tráfego, observando a direção do vento e a área para início da operação (em
voo de instrução, manter o perfil de tráfego previsto para helicóptero);
b) Faça uma aproximação final, concluindo-a até o voo pairado fora do efeito solo;
c) Cheque os instrumentos, principalmente do motor;
d) Aproe o vento, caso a aproximação não tenha sido na proa do vento. Autorize o
lançamento das cordas;
e) Após o "pronto" do mecânico, inicie uma subida na vertical sob sua orientação, até que
os transportados estejam numa altura de segurança acima dos obstáculos;
f) Arremeta passando imediatamente para trajetória de subida;
g) Atinja e mantenha a velocidade de 50 kt;
PERIGO: Caso haja pane no motor no voo pairado, o mecânico deve, a comando do piloto,
cortar imediatamente as cordas.
Esta é uma manobra realizada quando a rapidez nas operações de pouso, embarque e
desembarque são fundamentais; por exemplo, infiltração ou exfiltração de tropa em território hostil.
8.3.1 REQUERIDO
a) Tripulação operacional a bordo; e
b) Área de pouso plana, lisa e consistente.
CUIDADO: Durante toda a manobra esteja sempre pronto para arremeter, caso ocorra a
situação de “cauda baixa”, seja ela percebida pelo piloto ou informada pelo Tripulante Operacional.
CAPÍTULO IX
FORMATURA
9.1 INTRODUÇÃO
9.1.1 OBJETIVO
9.1.2 COMPOSIÇÃO
Nos voos com 2 helicópteros, a liderança deve ser exercida no mínimo por um líder de
elemento.
Nos voos com 4 helicópteros, o líder deve ser no mínimo líder de esquadrilha e o nº3 deve
ser no mínimo líder de elemento.
9.1.3 EXECUÇÃO
Toda execução de um voo de formatura, independente de qualquer outro fator, deve ter 3
fases: Briefing, Missão e Debriefing, todas sob inteira responsabilidade do líder.
NOTA: A leitura deste capítulo não desobriga o piloto a conhecer o conteúdo do MCA 55-27
(Manual de Formatura de Helicóptero).
9.2.1 BRIEFING
Esta fase deve ser executada pelo líder, para todos os envolvidos, podendo, a seu critério,
ser dada a palavra aos alas ou até mesmo a alguém estranho às equipagens, se assim julgar
necessário.
Durante o briefing, o líder deve ter em mente que a sua finalidade é tão somente fazer com
que todos executem a missão da melhor maneira possível. Para isso, deve considerar
primeiramente a capacidade das equipagens em realizar a missão. Deve, ainda, considerar todas as
informações novas que serão dadas, de acordo com o grau de importância, e enfatizá-las. Não
obstante, abordar obrigatoriamente as seguintes partes:
a) Código da formação;
b) Chamada das equipagens;
c) Acerto dos relógios;
d) Frequências a serem usadas;
e) Quadro horário;
f) Equipamento;
g) Inspeções/Partida;
h) Cheque Rádio;
i) Taxiamento aéreo;
j) Posição para a decolagem;
k) Decolagem;
l) Execução da missão (Reuniões, Tipos de formatura,Escalonamentos, etc);
m) Tráfego e pouso;
n) Taxiamento aéreo de regresso;
o) Corte dos motores;
p) Emergências (emergências críticas e não críticas, pane rádio, espirradas, perda de vista,
mau tempo e falha do motor e outros sistemas); e
q) Dúvidas.
A duração do briefing varia com o grau de complexidade da missão, mas deverá ser
suficiente para se comentar todos os detalhes necessários.
Para voos de instrução, a duração do briefing deve ser de acordo com o previsto na OI ou
Escala de Voo.
9.2.2 CHEQUE-RÁDIO
9.2.3 PARTIDA
9.2.3.1.1 Requerido:
a) Cheques realizados; e
b) Tripulante à frente da aeronave.
NOTA: o ala deverá acender a anti-colisão somente quando pronto para a partida.
9.2.3.1.2 Desenvolvimento:
9.2.3.2.1 Requerido:
Cheques realizados
9.2.3.2.2 Desenvolvimento:
9.2.4 TAXIAMENTO
9.2.4.1 Requerido
9.2.4.2 Desenvolvimento
Será feito por sinal visual ou via rádio, a comando do líder e após o último helicóptero da
formação acusar o pronto.
NOTA: A critério do líder da formação, o corte do motor poderá ser individual.
9.2.6 DEBRIEFING
Após o abandono das aeronaves os pilotos e tripulantes devem dirigir-se ao local
combinado pelo líder para o debriefing do voo.
O líder inicia o debriefing e, a seu critério, poderão tomar parte ativa do mesmo todos os
membros da formação, inclusive os tripulantes (MC, OE, ME, SAR, etc).
A oportunidade para tecer comentários adicionais será dada pelo líder de acordo com a
função dentro da formação.
9.3.1 GENERALIDADES
a) O líder tomará posição no centro da lateral da pista correspondente à curva que fará
após a decolagem. O n.º 2 se posicionará na lateral oposta à do líder, a 45º (botão do bagageiro no
estribo dianteiro do lado oposto), mantendo, no mínimo, 01 rotor entre os rotores;
b) O n.º 3 se posicionará na lateral oposta à do n.º 2 e afastado longitudinalmente 1
helicóptero deste. O n.º 4 se posicionará do mesmo lado que n.º 2, a 45º do n.º 3 (vide fig. 1); e
c) Após pousados, todos permanecem leves nos esquis, e o último informa “em posição”.
9.3.2.2 Desenvolvimento
NOTA: Em função do peso das aeronaves e das condições do terreno, o tempo entre as
decolagens pode ser aumentado, de acordo com a orientação do líder da formação.
9.3.3.1 Requerido:
9.3.3.2 Desenvolvimento:
escalona).
e) O n.º 4 cumpre os passos “a” e “b”, reunindo por dentro da curva. Deverá aguardar que o
n.º 3 informe “em posição” para então chegar na ala do mesmo.
9.3.4.2 Desenvolvimento
a) Atrasar na decolagem;
b) Não manter a posição relativa;
c) Utilizar potência excessiva;
d) Ficar abaixo do líder;
e) Ficar alto e/ou perder o líder de vista; e
f) Utilizar as referências previstas para as evoluções no voo de ala antes da curva de
reunião.
a) Após o líder definir a curva, o n.º 2 tomará a posição de ala, de acordo com as
referências previstas no item 9.3.4;
b) O n.º 3 posiciona-se por dentro da curva, pulando o “remuo” do primeiro elemento e toma
a relativa de 45º colocando-o no horizonte; e
c) O n.º 4 deverá manter-se na mesma posição de decolagem até que o nº3 informe em
posição, para então utilizar as referências para o voo de ala.
NOTA: A reunião após a decolagem poderá ser realizada na reta, quando a situação assim
o exigir.
a) Demorar a reunir;
b) Ficar abaixo do helicóptero líder;
c) Voar descoordenado;
d) N.º 4 não aguardar o n.º 3 reportar “em posição” para posicionar-se na ala; e
e) N.º 3 aproximar-se com velocidade excessiva.
9.3.6.1 Posição
Na posição de voo na ala, o H-50 fica:
a) na relativa de 45º;
b) disco do rotor (à frente) livrando a cauda do líder;
c) Afastado 1 rotor de distância; e
d) pá fina.
9.3.6.2 Referências
9.3.7 ESCALONAMENTO
9.3.7.1 Requerido
9.3.7.2 Desenvolvimento
ESCALONAMENTO
9.3.8.1 Requerido
Posição prevista das aeronaves na formatura.
9.3.8.2 Desenvolvimento
a) Curvas:
Como os helicópteros não possuem asas fixas torna-se difícil para os alas perceber a
inclinação do líder. O ala deve buscar observar o helicóptero como um todo. Conforme as
inclinações do líder, o ala deve, além de buscar a mesma inclinação, variar seu plano de voo para
não ficar alto (nas curvas com o ala por “dentro”) ou baixo na posição (curvas com ala por “fora”).
b) Tobogã:
O líder deverá variar a velocidade sem variar a potência (entre 60 e 100 kt).
c) Pernas de Oito:
O líder deve manobrar de forma que os alas não empreguem velocidades abaixo de 60 kt
(no topo do “oito”), inclinando, no máximo, até 30º.
9.4.1 BÁSICA
Arranjo ordenado de duas ou mais aeronaves, dispostas da maneira mais simples, que
serve como base para outras evoluções.
9.4.1.1 Requerido:
9.4.1.2 Desenvolvimento:
FORMATURA BÁSICA
9.4.2 CERRADA
9.4.2.1 Requerido:
a) Quatro helicópteros na Formação.
b) Estar em formatura básica ou diamante.
9.4.2.2 Desenvolvimento:
a) Os n.º 2 e 4 mantêm posicionamento da formatura básica;
FORMATURA CERRADA
9.4.3 DIAMANTE
Formatura que possibilita uma maior manobrabilidade (em relação à formatura básica e
cerrada) da esquadrilha durante os exercícios de treinamento.
9.4.3.1 Requerido:
9.4.3.2 Desenvolvimento:
FORMATURA DIAMANTE
CUIDADO: Os alas não deverão efetuar cortes para dentro da formatura a fim de não se
aproximar do n.º 4 durante as evoluções. O n.º 4 deve atentar às variações de posicionamento dos
outros alas.
9.4.4 ESCALÃO
mesmo lado. Geralmente antecede uma dispersão para cobrinha ou para pouso.
9.4.4.1 Requerido:
9.4.4.2 Desenvolvimento:
FORMATURA ESCALÃO
9.4.5 ROTA
9.4.5.1 Requerido:
9.4.5.2 Desenvolvimento:
FORMATURA ROTA
9.4.6 DISPERSÃO
9.4.6.1 Requerido:
9.4.6.2 Desenvolvimento:
1º) Todas as aeronaves inclinando junto com a precedente (com a mesma amplitude) e
defasando na puxada. A potência deve ser ajustada antes de ser realizada a dispersão. Usada
quando se procura terminar a uma distância conhecida e próxima (Ex: cobrinha); ou
2º) Após a dispersão do líder, as demais aeronaves aguardam um tempo ou uma referência
determinada em briefing. Usada quando se deseja terminar mais afastado (Ex: distanciar para o
pouso).
9.4.7 COBRINHA
Este tipo de formatura objetiva dar aos pilotos maior conhecimento da performance na
aeronave a fim de facilitar o aprendizado posterior das manobras previstas em uma missão
operacional.
9.4.7.1 Requerido:
9.4.7.2 Desenvolvimento:
COBRINHA
9.4.8 REUNIÃO
Utilizada para reunir a formação nas situações em que as aeronaves estejam dispersas.
9.4.8.1 Requerido:
9.4.8.2 Desenvolvimento:
9.4.9 ATAQUE 2
9.4.10.1 Requerido:
9.4.10.2 Desenvolvimento:
a) O líder faz uma final para o local de pouso e o ala mantém a posição até o último terço da
aproximação, quando então, se ajusta para a posição de decolagem na ala, afastando lateralmente;
b) No momento do pouso, o ala o faz individualmente e o pouso deve ser normal;
c) No caso de 4 (quatro) helicópteros, a dispersão do segundo elemento é feita no início da
perna base e com intervalo de 5 segundos; e
d) No caso da aproximação ser para um único ponto, o primeiro elemento deve livrar o mais
rapidamente possível a área.
9.4.11.1 Requerido:
9.4.11.2 Desenvolvimento:
CUIDADO: Caso a aeronave da frente não tenha livrado, esteja preparado para aproximar
para um ponto ao lado do previsto.
9.4.12 EMERGÊNCIAS
1 – Hidráulica
2 – Elétrica
3 – Combustível
4 – Oxigênio (não aplicável)
5 – Motor
6 – Armamento
7 – Instrumento
.
9.4.12.1 Espirrada
Os alas devem espirrar para cima e para fora, informando “nº x, espirrando e avistando”.
Caso haja perda de vista, deverá informar proa e nível(nº x, espirrando e não avistando,
proa 270, 500 ft), e o líder dará as coordenadas para reunir a formação.
Caso o nº 3 espirre, o nº 4 deverá acompanhá-lo.
9.4.12.2 Arremetida
9.4.13 FRASEOLOGIA
9.5.1 GENERALIDADES
Os helicópteros são empregados para voos a baixa altura, numa arena abaixo do nível de
voo dos aviões.
Durante operações com vários helicópteros, cada tripulante deve receber um setor
específico para observar. A cobertura do setor das 6 horas do ala é imperativa.
ÁREAS DE RESPONSABILIDADE
Não existe uma formatura padrão para cada tipo de missão que se vai realizar. O líder da
formação poderá selecionar um tipo de formatura para incursão em território inimigo e uma outra, a
média altitude, para o retorno, após sair da cobertura inimiga. Em função do objetivo da missão, o
líder da formação deverá considerar os seguintes aspectos para fazer a escolha da formatura a
empregar:
Certas características são mais fortes em determinados tipos de formaturas que em outros.
Antes de se optar por algum dispositivo, deve se pensar nos seguintes aspectos:
a) Simplicidade
b) Manobrabilidade
c) Flexibilidade
d) Vigilância dos céus
e) Detectabilidade
f) Apoio Mútuo
g) Poder e Concentração de Fogo
a) Áreas Cegas;
b) Vigilância Radar; e
c) Características de Performance
a) Posição do Sol
b) Visibilidade
9.5.6.2 Requerido:
9.5.6.3 Desenvolvimento
a) O líder inicia uma decolagem direta, sendo acompanhado pelo n.º 2, que deverá
aguardar leve nos esquis;
b) O ala, assim que iniciar a decolagem, deverá manter a fuselagem de sua aeronave
paralela à do Líder. Após superar a "velocidade translacional" e adquirir sustentação de
deslocamento deverá buscar a posição correta de Ataque 2, ou seja, ficar ligeiramente mais alto que
o líder (pá fina); e
c) O segundo elemento decola 5 segundos após o primeiro.
NOTA: Caso o líder inicie a decolagem sem efetuar pouso na pista, os alas deverão manter
a distância de 3 helicópteros até o momento da decolagem, quando deverão buscar a posição
prevista para o ataque 2 (ver item 9.7.2).
a) Atrasar na decolagem;
b) Buscar a posição de pá fina muito rápido, ficando dentro da “curva do homem morto”;
c) Ficar abaixo do líder;
d) Ficar alto e/ou perder o líder de vista; e
e) Quando não for efetuado pouso, demorar a se posicionar em Ataque 2.
f ) Aplicar potência excessiva quando decolando a partir do voo pairado.
A formação de linha de frente é caracterizada pelo voo na linha 3/9 h do líder e no mesmo
nível (mantendo o rotor do líder no horizonte) e uma distância de 1.000 a 3000 ft. Este dispositivo
permite que cada helicóptero vigie a área cega do outro.
9.6.1.1 Desenvolvimento
NOTA: Uma importante consideração é o campo de visão dos helicópteros. A figura abaixo
ilustra a influência deste fator, mostrando dois helicópteros em linha de frente e os cones cegos na
área traseira de cada aeronave (tripulada somente por dois pilotos), mas como mencionado
anteriormente, esta área poderá ser reduzida consideravelmente incluindo-se mais tripulantes a
bordo.
NOTA: A potência máxima a ser utilizada em voo de instrução de Formatura Tática será de
70% de torque.
9.6.2.1 Desenvolvimento
a) O helicóptero que estiver por fora da curva inicia-a primeiro, inclinando 45º. O outro
deverá aguardar que o primeiro atinja a posição relativa de 5 ou 7 horas (de acordo com o lado)
para então iniciar a curva. Ao término, as posições das aeronaves estarão invertidas;
b) Para realizar as curvas, devem ser utilizadas referências visuais externas, evitando-se
utilizar o HSI/bússola como instrumento primário de manutenção de proa; e
c) Com 4 helicópteros, o trabalho em linha de frente será realizado pelo ás e nº 3, devendo
os alas trabalharem em ala tática (cortes).
CUIDADO: O nº 2 deverá manter-se ligeiramente mais alto que o líder, evitando subir em
demasia, pois o segundo elemento cruzará por cima.
São usadas visando direcionar a formação para determinado setor do espaço aéreo, onde a
redução do tempo de duração da curva é o fator mais importante.
9.6.3.1 Desenvolvimento
a) Será executada ao mesmo tempo por todas as aeronaves;
b) Pode ser utilizada para pequenas correções de rota, onde o ala deverá, após a curva,
buscar a posição de linha de frente;
c) Podem ser realizadas mudanças de proa de até 180°; e
d) Nas curvas em posição de mais de 90° a posição do ala se inverterá.
CURVA EM POSIÇÃO
a) Nas curvas em posição, os alas devem efetuar o trabalho de cortes de forma adequada,
9.6.5 TESOURA
São curvas que se cruzam, sem modificar a direção de voo da formação. Cruzamentos na
vertical deverão ser evitados.
9.6.5.1 Desenvolvimento
a) Para executar uma tesoura ambas aeronaves iniciam uma curva com 45º de inclinação
para cima do outro helicóptero, nivelando após 45º de variação da proa;
b) Ambos os helicópteros continuam se aproximando, mantendo uma separação vertical
mínima de 5 helicópteros, provida pelo nº 2, quando em elemento, ou nº 3, quando em esquadrilha;
c) Após realizado o cruzamento,; as aeronaves buscam o mesmo nível do líder; e
d) As aeronave realizam juntamente com o líder uma curva de 45º de volta à direção original
de voo, dosando a curva de maneira a terminá-la em Linha de Frente.
TESOURA
NOTA: Não é aconselhável que as aeronaves se cruzem sobre o mesmo ponto, uma vez
que o piloto deve priorizar a vigilância do espaço aéreo e o posicionamento correto no outro lado da
formação, além de que, este procedimento torna a esquadrilha muito visível.
A desvantagem da Tesoura é que ela aumenta a detectabilidade da formação. Caso um
inimigo tenha avistado somente um helicóptero, provavelmente avistará o outro na hora do
cruzamento.
9.6.6 CRUZADA
Curvas cruzadas podem ser utilizadas para reverter a direção de voo de uma formação.
9.6.6.1 Desenvolvimento
a) Ambas as aeronaves iniciam uma curva de 45º de inclinação para cima do outro
helicóptero e, após o cruzamento, completam os 180° de curva;
b) O ala deverá marcar uma referência a 90º e, ao completar 90º de curva, marcar outra
referência a 90º para completar a cruzada; e
c) Em elemento, o ala sempre passará por cima nos cruzamentos verticais, sendo o
responsável pela separação mínima de 5 helicópteros
CRUZADA
a) Não marcar referências a 90º, terminando a manobra com proa defasada em relação ao
líder;
b) Subir excessivamente durante a curva;
c) Não aplicar potência durante a curva, deixando a velocidade cair; e
d) Os alas da esquadrilha demoram a se posicionar após a manobra, por não utilizarem
corretamente o trabalho de corte.
9.6.7 REVERSÃO
Nesta manobra os helicópteros curvam para fora buscando uma mudança rápida de 180°
no sentido de voo, visando um imediato reposicionamento da formação para posição defensiva de
um ataque oriundo do setor traseiro.
9.6.7.1 Desenvolvimento
a) Não aplicar a P.M.C. e/ou não inclinar 60º durante a reversão, finalizando a manobra
atrasado;
b) Deixar de executar imediatamente a manobra;
c) Variar altitude durante o exercício; e
d) Curvar para proa a menor ou a maior que 180° por não atentar às referências.
Durante as reversões os alas devem aguardar a passagem de seus líderes para então
iniciarem a curva.
O líder utiliza estas manobras para ajustar a separação lateral da formação durante o
deslocamento.
O comando "abertura" é usado para aumentar e o "fechamento" para reduzir a separação
lateral.
9.6.8.1 Desenvolvimento
ABERTURA
FECHAMENTO
9.6.9 BREAK
Devem ser usadas quando o elemento ou esquadrilha estiver voando próximo a objetivos
inimigos. Possuem como principais características a alta manobrabilidade, aliada a grande
simplicidade, facilitando a pilotagem e permitindo um melhor acompanhamento da navegação pelos
alas, além de, obviamente, dar totais condições de emprego aos helicópteros.
Vale lembrar que a formatura tática não está baseada num voo rígido, onde se busca a
manutenção da posição, como na formatura básica, e sim na manutenção de uma situação que
possibilite o apoio mútuo, vigilância do espaço aéreo, etc.
9.7.1.1 Desenvolvimento
a) O ala deve voar num cone de 160º que é definido pelo arco que varia de 10º do través do
líder até 10º do lado oposto, tendo total liberdade de manobra dentro deste cone, devendo evitar o
voo prolongado no setor 05/07 horas do ás, devido à redução do apoio mútuo;
b) A distância prevista para os alas é de 1000 a 3000 ft; e
c) Com quatro aeronaves, a distância prevista para os alas é de 500 a 1000 ft, e para o nº 3
é de 1000 a 3000 ft em relação ao líder.
NOTA: Em instrução, o ala deverá procurar sempre a distância de 500 ft, e o nº 3 deverá
procurar a distância de 1000 ft;
ALA TÁTICA
Caso a mudança de proa não seja muito significativa, o ala pode iniciar um trabalho de corte
e voltar para o mesmo lado, sem trocar a posição;
Quando estiverem estabilizados (líder não estiver manobrando), os alas deverão procurar a
posição mais aberta (10º recuado), e o nº 3 a relativa de 45º;
Em ala tática, todos os alas trabalham com cortes em função do posicionamento do líder,
sendo que o nº 2 deve ficar atento também ao posicionamento do nº 3, permanecendo na ala
oposta a este;
As curvas utilizadas pelo líder serão de 45º de inclinação; e
As correções deverão ser preferencialmente através de cortes, evitando-se, em princípio,
grandes variações verticais (subir apenas o suficiente para manter a segurança durante os
cruzamentos).
CUIDADO: Em determinadas situações estes cortes podem gerar uma aproximação entre
os elementos, e neste caso caberá ao nº 3 prover a separação necessária entre os helicópteros,
lembrando que o segundo elemento deverá passar por cima nos cruzamentos.
O ala voará em um cone de 60°, afastado de um a três helicópteros e o líder manterá 50%
de torque. O segundo elemento voará em Attack Trail com o primeiro.
9.7.2.1 Desenvolvimento
c) Abaixo de 300 ft, o ala poderá cortar, no máximo, até às 6h do seu líder;
d) Durante o treinamento de reversões, o ala deve manter a asa de fora e somente cortar
para dentro se estiver atrasando e sem condições de utilizar mais motor;
e) Durante as curvas, manter o lado de dentro das mesmas apenas pelo tempo necessário
para a realização dos cortes, procurando, assim que possível, passar para o lado de fora; e
f) Em todas as fases do Ataque 2, deve-se evitar o uso do motor e priorizar os cortes para
manutenção da posição.
ATAQUE 2
O Ataque 2 terá sua principal utilização quando para pousos e decolagens (infiltração e
exfiltração) e deslocamentos em condições meteorológicas adversas.
O pouso de assalto é o normalmente empregado quando em ataque 2;
Os alas deverão estar atentos para o acréscimo ou redução da velocidade do líder, quando
na execução do pouso (observar a atitude do helicóptero do seu líder durante o “flare”);
Especial cuidado deve ser dado quando na execução do pouso de assalto, quanto à
definição da lateral para o pouso (caso julgue a área imprópria devido a algum obstáculo, o ala pode
passar para o lado oposto);
O ala deve evitar subir muito, pois poderá perder de vista o líder durante o “flare”,
principalmente quando este estiver do lado oposto ao posto de pilotagem; e
Eventualmente o ala pode ser obrigado a desembarcar sua tropa a partir de um voo
pairado, quando o terreno não oferecer condições ideais de pouso.
CUIDADO: Esteja pronto para arremeter, caso não consiga acompanhar a redução de
velocidade do líder.
NOTA: Em instrução, o líder não deverá reduzir o coletivo abaixo de 20% de torque.
NOTA: Em instrução, a potência máxima a ser aplicada pelo líder será de 70% de torque.
9.7.3.1 Desenvolvimento
a) O ala deverá estar atento à trajetória percorrida pelo líder e ao vento (direção e
intensidade) para evitar entrar no "remuo" deixado pelo mesmo;
b) É de fundamental importância a rápida percepção e correção do afastamento ou
aproximação das aeronaves, para que seja evitada uma situação de perigo, tanto pela perda de
vista quanto pela possibilidade de colisão;
c) O ala deverá ter o cuidado de não ficar muito distante do helicóptero que o antecede,
para que o ataque não sofra solução de continuidade ou que seja perdido o fator surpresa;
d) O distanciamento entre as aeronaves deverá ser de 10 helicópteros e a posição a ser
mantida é próxima às seis horas (preferencialmente desenfiado), posição esta mantida por toda a
formação;
e) Para manter a posição, deve-se utilizar prioritariamente as variações de potência e, caso
ainda necessário, os cortes;
f) Quando no pairado, os alas deverão atentar para não “apontar” o armamento frontal às
aeronaves da frente (defasar proa); e
g) Caso o líder faça um giro de cauda no pairado, os alas deverão acompanhar o giro, sem
sair do ponto, ficando atentos para possível arremetida em proa diferente da que se aproximou para
o pairado.
ATTACK TRAIL
Utilizado em tráfego específico de emprego do armamento frontal para ataque com balsing.
Visa colocar todos os integrantes da esquadrilha na ordem correta da evasiva, após emprego
simultâneo do armamento. Para tanto, o nº 4 deve encontrar-se no setor contrário à evasiva. Esta
medida conserva o fator surpresa, pois todos realizam o emprego no mesmo momento, o que torna
a evasiva significativamente mais rápida, reduzindo as chances de uma possível resposta inimiga
em virtude deste ataque.
Note que, para que a esquadrilha tome a posição correta para o Ataque Rasante, é
recomendável que o planejamento seja concebido de forma que a curva para a última perna seja
contrária à evasiva. Isto possibilitará que o nº 3 e o nº 4 não fiquem por fora na corrida para o
ataque, precisando apenas efetuarem cortes para cair em posição.
A posição a ser mantida pelo nº 3 será a de linha de frente, enquanto os alas mantêm a
posição de ala tática. Como o balsing será realizado no mesmo momento para todos na
esquadrilha, que se encontram defasados em distância, as proas deverão ser convergentes em
direção ao alvo.
9.7.5 REUNIÕES
9.7.5.1 Desenvolvimento
a) Após cotejar o comandamento do líder, aplicar potência para aproximar-se o mais rápido
possível;
b) O líder curvará para o lado do ala mantendo de 10º a 30º graus de inclinação e de 70 a
90 kt;
NOTA: As reuniões poderão ser realizadas na reta ou mesmo com o líder curvando para fora
(lado oposto ao do ala).
permanecer atrás do seu plano 3/9 horas e, em seguida, reverter a curva para buscar o “ponto
futuro”;
g) Pequenos ajustes de potência e trajetória podem ser realizados durante a aproximação,
porém evite potências muito reduzidas, pois além de perder energia, isso ocasionará uma reunião
mais demorada;
h) Com 4 helicópteros, os alas reúnem nos seu líderes e o nº 3 posiciona-se a 10
helicópteros de distância do Ás; e
i) Quando em esquadrilha, os alas deverão estar atentos para o lado que seus líderes irão
curvar, pois sempre um dos líderes curvará para o lado oposto ao seu ala.
a) Aproximar-se pelo cone 5/7 horas do líder, realizando uma reunião “perseguida”;
b) Não aproar o “ponto futuro” do líder;
c) Aproximar-se abaixo ou acima do nível do líder;
d) Perder o líder de vista durante o “pulo do gato”;
e) Não reduzir a potência na descida do “pulo do gato”, ocasionando aproximação
excessiva com a aeronave do líder;
f) Aplicar potência excessiva ao passar para o lado de fora da curva do líder, por ter se
aproximado com pouca energia;
g) Manter-se muito próximo da linha 3/9h com grande "angle off", aplicando potência
excessiva e terminando atrasado na posição.
O líder da formação fará a fraseologia normal, sendo cotejado, nas demais aeronaves, pelo
piloto que estiver nos comandos da aeronave.
O piloto que não estiver com os comandos deve fazer as trocas de frequência, monitorar os
instrumentos e cuidar da vigilância do espaço aéreo.
Os demais tripulantes também serão responsáveis pela vigilância do espaço aéreo, bem
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
ALA 10
SEÇÃO 3
EMPREGO ARMADO
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
1.1 FINALIDADE
1.2 OBSERVAÇÕES
Esta publicação contém observações com os títulos: NOTA, CUIDADO e PERIGO, que
devem ser interpretadas da seguinte maneira:
a) NOTA - Para ressaltar pontos que devem ser observados com mais
atenção.
b) CUIDADO - Para ressaltar pontos cuja inobservância poderá causar danos
materiais.
c) PERIGO - Para ressaltar pontos cuja inobservância poderá causar danos
pessoais.
CAPÍTULO II
INTRODUÇÃO
CAPÍTULO III
CONCEITUAÇÕES
Distância no solo subentendida entre a linha de visada (Sight Line) e a trajetória de voo
(Flight Path). No momento do lançamento, representa a distância entre o alvo e o ponto onde a
aeronave interceptaria o solo (AIM OFF POINT), se mantivesse a trajetória de voo.
Ângulo formado entre o eixo longitudinal da aeronave e a trajetória de voo (Flight Path).
Ângulo formado entre a trajetória de voo e a linha do horizonte. Também conhecido como
¨GAMA¨ (γ).
3.1.6 LINHA EFETIVA DA METRALHADORA (Effetive Gun Bore Sight Line – EGBSL)
Linha imaginária que une a boca da metralhadora a ponto de impacto dos projéteis,
desconsiderando-se a queda gravitacional. Existe devido ao efeito da Velocity Jump (item 11.2.14).
É a linha de visada (SL) obtida quando o visor é ajustado para 0 (zero) mills. No H-1H, por
exemplo, esta linha fica paralela ao plano do piso da aeronave.
3.1.11 MILL (ºº)
Medida angular dada por uma unidade a mil unidades de distância. Para efeito de cálculos
balísticos consideramos 1 MILL igual a 1 MILIRADIANO e 1º igual a 17,45ºº.
3.1.12 REBATIMENTO
Ângulo formado entre a linha zero do visor (ZSL) e a linha de visada (SL).
3.1.13 VISOR
Instrumento ótico que, através de lentes e luzes, projeta no infinito uma silhueta luminosa
(escantilhão), cujo centro é conhecido como piper.
Efeito semelhante a TRAJETORY SHIFT (item 3.2.16), porém encontrado no plano vertical.
Sabe-se que para cada velocidade e peso da aeronave, corresponde a um ângulo de
ataque. Conseqüentemente, em função do ângulo de ataque poderemos não ter as armas
apontadas na mesma direção da trajetória de voo (FP).
Desvio angular do projétil no plano horizontal, provocado pelo fato da aeronave mover-se
em direção diferente da linha do cano da arma.
3.1.17 HARMONIZAÇÃO
É o eixo da posição média das armas quando estão em funcionamento, que difere da
posição da linha da arma em repouso (LA).
Ângulo formado entre a linha da arma em repouso (LA) e a posição média obtida com o
armamento em funcionamento (EMA).
3.1.23 PARALAXE
Ponto previamente calculado, a certa distância do alvo, onde será inicialmente posicionado
o piper. Permite a manutenção constante do ângulo de mergulho quando se executa a ¨corrida do
piper¨, desde o PIP até o momento do lançamento, quando então o piper deverá estar sobre o alvo.
CAPÍTULO IV
BALÍSTICA
Para que possamos, partindo de uma situação de voo, em movimento ou não, fazendo uma
visada sobre um alvo e dispararmos nosso armamento com sucesso, devemos, tendo o
conhecimento das características de nosso armamento, e aplicando as teorias de uma ciência da
física, calcular e determinar qual deve ser a visada correta para atingir o ponto desejado. Esta
ciência chama-se balística.
Balística é a ciência que trata do movimento do projétil e das condições que afetam este
movimento. Para o estudo da balística relativa a armamentos aéreos, devemos levar em
consideração os fatores que podem interferir no seu deslocamento antes de deixar o interior do
sistema (metralhadoras, canhões e lançadores de foguetes), após abandonar o sistema (projéteis e
foguetes) e o efeito final do armamento sobre o alvo. Para este estudo, a balística se divide em
interior, exterior e terminal.
A balística interior trata dos fatores que afetam o projétil dentro do tubo de lançamento. Veremos a
seguir cada um dos fatores que devem ser considerados:
4.2.1 - Desgaste do Tubo: O movimento dos gases, resíduos gerados pela queima da carga do
propelente e o próprio projétil, podem, cada um deles, desgastar o interior do tubo ou causar
depósito de resíduos, vindo a resultar uma redução da velocidade inicial (muzzle velocity) ou induzir
excessivos movimentos de guinadas no projétil.
4.2.2 - Carga do Propelente: As cargas dos propelentes dos armamentos aéreos obedecem a
padrões de performance pré-estabelecidos; entretanto, existem mínimas diferenças na velocidade
inicial e na trajetória, devido às pequenas variações no processo de produção. Além disso, a queima
dos propelentes é afetada pela temperatura e umidade no momento do carregamento do propelente
no projétil, mas normalmente não apresentam significativas mudanças na trajetória de voo.
4.2.3 - Peso do Projétil: Projéteis de mesmo calibre podem variar, dentro de certas tolerâncias, em
peso. Isto é especialmente verdade para munições traçantes. Um peso de projétil maior, com todos
os outros fatores constantes, irá causar uma velocidade inicial menor e conseqüente alcance
reduzido.
A balística exterior trata dos fatores que afetam o movimento do projétil durante toda a sua
trajetória. A trajetória é compreendida como o caminho percorrido pelo centro de gravidade do
projétil, do momento em que abandonou a boca do tubo até o ponto de impacto. Os fatores que
afetam a trajetória balística exterior são:
4.3.1 - Resistência do Ar: Esta resistência, que é causada pela fricção entre o ar e o projétil, opõe-
se ao deslocamento e reduz a sua velocidade. O arrasto é proporcional à área da seção reta e à
velocidade do projétil.
Logo que o projétil sai da arma da aeronave, a sua velocidade total (U) é a soma vetorial da
velocidade inicial da saída do cano (Vo) mais a velocidade da aeronave (V). Em seguida, o
projétil é submetido à ação da gravidade no plano vertical terrestre, que faz com que ele se desvie
da direção do eixo de fogo (EF), descrevendo uma trajetória parabólica. Para que o alvo seja
atingido, devemos dirigir nosso eixo de fogo para o ponto B’, ou seja, efetuaremos uma correção
que chamamos de correção da gravidade (Cg).
→U
d Cg Vertical
B’
D A
- Está contido no plano vertical terrestre, o que deve ser lembrado pelo piloto quando
realizando tiro com a aeronave inclinada lateralmente, o que necessitará de uma correção diferente,
visto que os projéteis irão apresentar um desvio em uma posição lateral, para o lado interno da
inclinação, em relação à posição do piper.
- As fórmulas e cálculos pouco tem valor prático ao piloto, cabendo apenas a consulta das
tabelas balísticas para cada tipo de munição. Sabe-se, entretanto, que para emprego de projéteis na
horizontal até um ângulo de 60º de mergulho, a variação no tempo de queda nas distâncias usuais é
menos de 5%, não afetando significativamente a queda balística.
4.3.3 Guinada (YAW): Guinada é o ângulo formado entra a linha que passa pelo eixo longitudinal do
projétil e a sua trajetória. A guinada aumenta a trajetória e a área afetada pelo escoamento causado
de ar, causando um aumento de arrasto. A oscilação inicial do ângulo de guinada é máxima próximo
à boca do cano, diminuindo gradualmente à medida que o projétil estabiliza. Uma vez que a
atmosfera oferece grande resistência para a guinada do projétil, é fundamental que seu desenho
minimize as oscilações de guinada e que seja rapidamente amortecida durante o voo.
Centro de Pressão
(Resistência do Ar)
Centro de Gravidade
Ângulo de YAW
Trajetória
A correção, para o vento, será na direção que vem o vento. Em relação a um alvo em
movimento, a direção da correção será à frente do alvo.
a) Força do propelente:
Um cartucho atinge sua velocidade máxima na boca do cano (muzzle velocity); entretanto,
um foguete continua acelerando até o término da queima do motor (aproximadamente 1,7 segundos
após o lançamento). Como os foguetes atingem grandes velocidades, a energia cinética contida
neles tende a superar outras forças, mantendo a sua trajetória de voo retilínea.
Para prover uma equalização na resultante de empuxo gerada pela descarga das várias
tubeiras do motor foguete, estes apresentam uma velocidade de rotação. Essa rotação é menor que
15 rotações por segundo. Uma vez que a rotação não é suficiente para gerar o efeito giroscópico ou
guinadas, estes fatores são ignorados.
b) Centro de Gravidade:
Diferente dos cartuchos, o centro de gravidade do foguete está localizado à frente do centro
de pressão. À medida que o propelente do motor é consumido, o centro de gravidade desloca-se
para frente. O objetivo primário da aletas é garantir que o centro de pressão acompanhe o centro de
gravidade.
Vento Efeito do
Vento
Trajetória aparente
do Foguete
Linha de lançamento
do Foguete Trajetória
Vento Relativo do Foguete
Vento
Efeito do
Vento
Fig 4.7 – Efeito do Vento Lateral no Foguete
d) Fator de Lançamento F:
Esse fator é função do ângulo de ataque da aeronave, pois uma variação na sua magnitude,
irá causar uma variação na direção do eixo de fogo em relação a linha de referência da aeronave. O
fator de lançamento é influenciado da mesma forma.
Devido à posição do centro de gravidade (CG) do foguete estar à frente do centro de
pressão (CP), a mudança das forças do CP, à medida que o peso da carga diminui e a velocidade
aumenta, induzirá um movimento do foguete em torno do CG.
Pode-se dizer que o foguete se comporta como um dardo. Se um dardo é disparado com a
ponta no mesmo nível e direção do alvo, muito provavelmente o atingirá em uma posição abaixo do
alvo. Porém, se for atirado com a ponta ligeiramente para cima, atingirá o alvo normalmente.
Como pode ser visto na figura 3.13, um foguete tenderá a alinhar-se com o vento relativo,
nem que tenha que oscilar um pouco.
Desta forma, sua linha de disparo fará um certo ângulo com a linha de referência da
fuselagem da aeronave que o disparou. O ângulo entre a LRF e a linha de disparo deve ser
conhecida antes da depressão da linha de visada possa ser obtida das tabelas balísticas para um
ataque particular. Para se determinar este ângulo utilizamos o fator F ou fator de lançamento,
também obtido das tabelas balísticas. O fator F é uma medida da quantidade de giro de um foguete,
devido à sua guinada inicial, a partir da direção de lançamento até a direção de sua trajetória de
voo.
O fator F depende de muitos fatores: da velocidade da aeronave, temperatura do propelente
do foguete, tipo de foguete e do projeto do lançador. Ele pode ser obtido a partir das tabelas
balísticas de foguetes, na forma de fração decimal. Esta fração decimal é então aplicada ao ângulo
entre a linha do lançador e a trajetória de voo da aeronave.
g) Outros efeitos:
Utilizando cabeças de guerra mais pesadas, em comparação com as de exercício obtêm-se
lançamentos mais precisos.
Existem outros fatores que não podem ser corrigidos, que são:
- Padrão de queima irregular causando uma trajetória de voo errática;
- Durante o lançamento em ripple, a turbulência gerada pelos foguetes que são disparados
primeiro causam um comportamento instável na trajetória dos demais; e
Os Fatores de interesse da balística terminal estão ligados ao efeito do projétil no alvo. Os efeitos
(sopro, calor, fragmentação, etc) é influenciado pela espoletagem, carga explosiva, ângulo de
impacto e condições da superfície.
CAPÍTULO V
TÉCNICAS DE EMPREGO
Devido a sua manobrabilidade, é grande a variedade de alvos e situações que podem ser
encontrados durante uma missão de ataque com helicópteros, sendo necessário que as equipagens
de combate tenham um completo conhecimento da capacidade e limitações do seu sistema de
armas.
As técnicas de engajamento de alvos dependem do sistema de armamento que está sendo
empregado.
5.1.1.1 – Paralaxe:
Paralaxe é o deslocamento aparente de piper em relação ao solo devido a uma mudança da
posição da cabeça do observador. Este fenômeno é causado por um desalinhamento das lentes do
sistema de mira e pode resultar em erros significativos ao atirador. Para um artilheiro, o efeito de
paralaxe é verificado quando, usando um visor harmonizado no infinito, o movimento de cabeça em
relação à visada sobre o alvo causa um deslocamento do piper. Se o visor estiver livre do paralaxe,
o piper irá manter-se na posição, independente da posição da cabeça do atirador.
Como pode ser observado, o parâmetro mais difícil de ser obtido durante o ataque é avaliar
a distância correta. O correto cálculo da slant range é o principal fator para que seja atingido o alvo.
Para ataques com ângulo, a slant range é ligeiramente maior que a distância horizontal para
o objetivo (bomb range). Os métodos para se estimar a slant range são: estimativa visual, relação
de aspecto, queima de traçante e mapas e fotografias.
b) Características do Terreno:
- Sobre o terreno plano, a visão tende a subestimar a distância; e
- Sobre o terreno irregular, a visão tende a superestimar a distância.
c)Visibilidade:
- Um alvo observado sob a luz do sol aparenta estar mais próximo que quando observado
sob neblina ou névoa; e
- Quando o alvo está posicionado o com sol às suas costas, aparenta estar mais distante do
que quando o sol está posicionado às costas do observador.
Por exemplo: Um tanque mede 15 metros e na distância de tiro, cobre 20ºº do escantilhão.
Determine a distância de tiro.
Para que um emprego preciso de armamento seja esperado, o piloto deve estar apto a
pilotar sua aeronave de maneira precisa e coordenada, sem que para isto necessite dispensar
demasiada concentração, pois, durante um ataque, uma pilotagem precisa é pré-condição para o
emprego do armamento. Sendo assim, para assegurar a precisão do ataque, um voo coordenado
deve ser mantido, utilizando-se uma pressão suave nos controles.
Dados estatísticos da aviação do exército americano revelam que a maioria dos acidentes
durante emprego de armamento com helicópteros ocorreu nas seguintes condições:
- Atraso na recuperação de ataques com ângulo causando “mushing”
- Movimentos bruscos nos controles no topo de subidas causando “g” negativo no rotor.
- Mau funcionamento nos subsistemas causando danos na estrutura e sistema do rotor,
devido à sujeira e corrosão no cano e sistemas do armamento;
- Curvas íngremes com aeronave pesada causando condições de perda de sustentação.
- Empolgação do piloto, que faz a final muito aguerrida, abaixo da altura prevista.
5.2.1 COORDENAÇÃO
Toques repentinos nos controles de voo para correções afetam tanto os tiros frontais quanto
os laterais. Uma vez que comandos ásperos e abruptos são transmitidos aos controles, um padrão
de dispersão indesejável será verificado. Para evitar esta tendência, uma suave pressão nos
comandos deve ser observada.
Para muitos pilotos, apoiar o cotovelo direito sobre a coxa auxilia no controle muscular,
propiciando um controle mais previsível dos comandos e evitando induzir um deslocamento
excessivo no cíclico. Um controle suave nos comandos irá permitir que a visada correta seja obtida
em um tempo menor, sem movimentos desnecessários do piper “correndo “ em torno do alvo.
A partir deste momento, serão apresentados os principais fatores que podem gerar erros
durante o emprego de armamento.
Fig 5.2 – Efeito do erro de ângulo de mergulho com altura e velocidade de lançamento constantes
(variando a distância de lançamento)
Fig 5.3 – Efeito do erro de ângulo de mergulho com distância e velocidade de lançamento
constantes (variando a altura de lançamento)
Qualquer bomba, ao ser lançada, inicia sua trajetória para o alvo tendo como velocidade
inicial, a própria velocidade da aeronave, no momento do lançamento.
Uma bomba lançada a uma velocidade menor que a planejada, terá um ponto de impacto
antes do alvo, enquanto que uma bomba lançada a uma velocidade maior que a planejada, atingirá
um ponto além do alvo.
Conseqüentemente, o ângulo de rebatimento do visor, introduzido inicialmente, torna-se
exagerado no caso de excesso de velocidade, e insuficiente, no caso de velocidade abaixo do
planejado.
Essa variação de velocidade causa os mesmo efeitos no lançamento de foguetes e no tiro
com metralhadoras.
A variação de velocidade da aeronave resultará em uma variação na velocidade inicial dos
foguetes ou projéteis, porém em pequenas proporções.
Esse erro será mais sensível sobre os foguetes, devido à sua menor velocidade em relação
aos projéteis da metralhadora. Contudo o piloto de helicóptero deverá lembrar que o seu emprego é
sempre efetuado em baixo ângulo e uma variação de velocidade afetará o ângulo de mergulho,
somando-se os erros.
No entanto, para uma hipótese de variação de velocidade com mesmo ângulo, altura e
distância de lançamento, os efeitos produzidos em foguetes e projéteis serão os mesmos das
bombas:
O mesmo ocorre para o tiro frontal, mas com menos efeitos, uma vez que empregamos
nivelado.
As tabelas balísticas para bombardeio com ângulo de mergulho são baseadas num fator de
carga “g”, que é igual ao co-seno do ângulo de mergulho.
Por exemplo: 0,866 g num mergulho de 30°.
Qualquer armamento lançado fora das condições previstas resultará em um ponto de
impacto diferente do planejado.
Um fator de carga g acima do planejado resultará em um acréscimo do ângulo de ataque,
visto que a superfície de sustentação deverá desenvolver uma maior sustentação. Então para uma
mesma trajetória de voo, o nariz da aeronave estará em uma atitude mais cabrada. Isto é o
equivalente à um decréscimo no rebatimento do visor em relação a trajetória de voo. Neste caso, o
impacto ocorrerá antes do alvo.
1º - Faça o seu lançamento com a mesma slant range, através de referências no solo e,
principalmente, pela relação de aspecto, uma vez que numa missão real não teremos as marcas
indicadoras no solo do estande convencional. O piloto que atira sempre da mesma posição pode
manter os parâmetros aproximados de altura e ângulo, e obter meios de fazer pequenos ajustes nos
lançamentos futuros.
3º - Não realize a famosa “espetada” na final. Mantenha a corrida do piper para o alvo,
mesmo que este esteja caindo sobre ele. Este tipo de erro é fatal para o lançamento de foguetes,
ocasionando um resultado muito aquém do esperado.
CAPÍTULO VI
EMPREGO AR-SOLO
6.1 INTRODUÇÃO
Neste capítulo serão abordados tópicos gerais sobre o Emprego Ar-Solo, sendo
necessário a consulta aos manuais do SAAH e Aprontos para capacitação ao emprego no
estande com o H-50.
Serão executadas missões para as modalidades de Tiro Terrestre no Rasante (TR), Tiro
Terrestre no Pairado (TP) e Lançamento de Foguetes (LF).
As surtidas para as modalidades de Tiro Terrestre no Rasante e Lançamento de Foguetes
ocorrerão, preferencialmente, em elemento ou esquadrilha (Formatura Tática). O Tiro Terrestre no
Pairado será desenvolvido em tráfego único ou mais aeronaves para tiro simultâneo.
A aeronave do Líder, da mesma forma que as demais, será tripulada por instrutor e aluno
(em missão de instrução).
A quantidade de missões e o tempo alocado para cada modalidade seguirão o previsto na
Ordem de Instrução do 1º/11º Gav ou conforme definido em apronto.
6.4.1 INSPEÇÕES
Na primeira perna do vento, o aluno solicitará que o instrutor realize o cheque do “LED”,
além do cheque da perna do vento. E, antes do primeiro tráfego molhado, deverá solicitar o “recock”
manual.
Nos demais tráfegos, caso seja necessário, deve-se realizar o “recock” manual (ou cheque
do LED) quando na perna do vento ou na final aproado com o alvo.
O primeiro passe de cada missão será OBRIGATORIAMENTE em seco.
Nos passes molhados, após reportar na final, o AL/1P deverá checar: “SAFETY, LED e luz
do painel “DISP”acesos, dedo no gatilho”.
Durante os tráfegos, os pilotos devem atentar para NÃO posicionar o dedo sobre o botão de
alijamento.
O eixo de ataque para todas as modalidades de emprego será a proa 135º.
Para ajustar o posicionamento no tráfego (simetria), o piloto deverá alongar ou encurtar a perna do
vento.
O Crupiê informará o penúltimo e último passe do Líder, após o reporte da final.
Após o último passe molhado, o piloto desligará a UCAH / visor e acusará “pronto e
desligado” na frequência do Crupiê.
Para as missões de Tiro Terrestre será utilizado o conjunto de alvos denominado “Bacará”.
Serão realizados 06 (seis) passes por missão, sendo o primeiro em seco e 05 (cinco)
molhados.
A seleção de rajada na UCAH ficará à critério do AL/1P, respeitando o limite de 20.
O tráfego será realizado a 100 ft (AGL) e 100 Kt.
Após o disparo, o piloto deverá curvar imediatamente à direita, após solicitar “safety”.
Nota: durante a perna base e o enquadramento da final, manter-se nivelado (altitude
constante), sem usar o radio-altímetro. Final no eixo 135°, aproado com o alvo e mantendo
rigorosamente 100 ft AGL (rádio-altímetro).
-Rebatimento: 253
-Altura: 100 ft.
-Velocidade: 100 kt.
-Distância de tiro: 2000 ft.
-Distância de foul: 1800 ft.
Serão realizados 06 (seis) passes por missão, sendo o primeiro em seco e 05 (cinco)
molhados.
O perfil do Tráfego para TP será similar às referências do TR, porém sem a necessidade de
aceleração para 100 kt. Deverá ser mantido 100 ft AGL e 80 kt, e a perna base será enquadrada a
partir do través da referência de 3000 ft do LF (cruzamento da “estrada diagonal” com o eixo de
ataque).
Na final, o piloto fará uma desaceleração, atingindo o voo pairado a 100 ft AGL, próximo à
estrada que liga a Torre Principal à Torre Auxiliar do Estande.
A partir do pairado, o piloto iniciará uma subida até 200 ft AGL. Em seguia o AL/1P solicita o
acionamento da tecla “SAFETY” para o IN/2P e mira o “piper” no alvo para disparo.
-Rebatimento: 265.
-Altura: 200 ft.
-Velocidade: 20 kt.
-Distância de tiro: 2000 ft.
-Distância de foul: 1800 ft.
NOTA: para as modalidades de tiro terrestre (TR e TP) pode ser permitida mais de uma
rajada por passe, de acordo com definição em apronto.
NOTA 1: para o cômputo de foul, a recuperação deve ser considerada a partir da inclinação
do helicóptero.
NOTA 2: durante a perna base, manter-se nivelado (altitude constante), sem usar o radar-
altímetro.
No enquadramento da final, o piloto aplicará a P.M.C. (em voo de instrução será limitado a
75% de torque ou a 97% Ng).
Final no eixo 135°, aproado com o alvo e mantendo rigorosamente 100 ft AGL (rádio-
altímetro). Iniciar subida quando a 4300~4000 ft de distância. Quando no topo, o piloto ajustará a
potência para 55% de torque e levará o “piper” para o alvo.
-Rebatimento: 280.
-Altura: 300 ft.
-Velocidade: 90 kt.
-Distância de tiro: 2500 ft.
Após solicitar “Cassino fechado” para o Crupiê, o Líder abandonará o Estande a partir da
perna base.
Para o regresso, independente da modalidade de emprego, a UCAH deverá ser configurada
da seguinte forma: SAFETY / GUN / LOCK e o visor estará desligado e recolhido (breaks puxados).
O ala manterá a posição de Attack-trail durante o regresso, atentando para não apontar o
armamento para o Líder.
A aproximação final será realizada para o pátio de estacionamento de SNXX, próximo ao
través do respectivo box de estacionamento. Se necessário, a aproximação pode ser executada
com uma pequena guinada, evitando que o helicóptero aproe pessoas e/ou edificações.
O ala poderá aproximar para um ponto mais aberto lateralmente, caso o Líder ainda esteja
executando o taxiamento.
6.8 EMERGÊNCIAS
Falha no disparo: o piloto fará novo passe (Recock automático) Caso permaneça a pane,
executará um recock manual (perna do vento ou final) e seguirá para mais um passe. Se
permanecer, abandonará o estande pela perna base em coordenação com o crupiê.
Rajada contínua: o piloto deverá manter o eixo de ataque, pressionar a tecla “Safety” (se a
rajada não parar: UCAH- desligar), abandonar o estande.
O piloto passará em seco, acionando os faróis na final, nivelado a 100 ft, abandonando o
tráfego na perna base. (o Crupiê deverá informar à JOSSO a ocorrência da pane).
NOTA: Em caso de falha de comunicação do crupiê, será içada uma bandeira vermelha na
Torre Principal. As aeronaves deverão mudar para a frequência secundária. Se permanecer a pane,
abandonar o estande.
O piloto deverá informar à Josso e aproximar com faróis de táxi e pouso acionados.
NOTA: a aproximação do pessoal de terra ocorrerá somente após o corte do motor, rotores
parados e todos os sistemas desligados.
Todos devem atentar para NÃO circular pelo pátio, a menos que estejam envolvidos com o
voo.
O Crupiê poderá expulsar qualquer aeronave que estiver infringindo alguma norma de
segurança. O Crupiê é o “senhor do estande”; sendo proibido ponderar qualquer uma de suas
determinações.
3 (três) fouls: expulsão do estande.
Mais importante que o número de acertos é a operação do SAAH com segurança!!!
CAPÍTULO VII
EMPREGO AR-AR
Para que tenhamos perfeita noção das atitudes, comportamentos e lógica de decisão numa
arena de combate aéreo, é de capital importância que conheçamos toda dinâmica que envolve cada
um dos elementos nesta arena.
Nos tópicos seguintes serão analisados os conceitos essenciais para o entendimento das
manobras de combate aéreo.
A finalidade das manobras de combate apresentadas neste manual é dar subsídio para que
o piloto possa obter a vitória da contenda, entretanto, para que entendamos sua essência,
precisamos conhecer sua origem.
Em se tratando de combate aéreo, o piloto poderá encontrar-se em duas situações: atacante ou
alvo.
(1) No primeiro caso, deve procurar obter vantagem sobre o oponente. A fim de atingir esta
posição, o piloto utilizará as manobras básicas de combate, as quais serão comentadas nos
capítulos 5 e 6. O primeiro requisito para o emprego adequado destas manobras é o conhecimento
de qual posição deve-se colocar o atacante em relação ao alvo, para que seu tiro seja bem
sucedido. De nada adianta o piloto manobrar se ele não souber a posição que está buscando.
(2) No segundo caso, alvo, o piloto na defensiva deve conhecer quais os parâmetros que o
seu atacante está procurando. Isto permitirá a melhor utilização das manobras para negar-lhe
posição de tiro.
Este capítulo, generalidades do emprego ar-ar, não aborda todas as nuanças do emprego
contra alvos aéreos. Visa apenas fornecer aos pilotos noções básicas sobre a geometria do tiro
aéreo. Estas noções permitirão que, durante o treinamento de combate, o piloto se preocupe em
obter uma posição em relação ao adversário que signifique probabilidade de sucesso, tanto ofensiva
quanto defensivamente.
Para dar ao piloto ciência das limitações e eficácia de um ataque, é necessário um
entendimento conceitual da geometria do tiro aéreo, da performance de sua aeronave e a do
inimigo, assim como o entendimento perfeito do seu sistema de armas.
O emprego de armas contra alvos aéreos não é tarefa muito simples, pois envolve atingir
um alvo em movimento, a partir de uma plataforma também em movimento, com projéteis que
seguem trajetórias curvilíneas e com velocidade variável. O problema do tiro aéreo pode ser melhor
entendido se cada parte for estudada isoladamente.
7.3 O PROJÉTIL
Qualquer pessoa que já tenha disparado uma arma ou atirado uma pedra na direção de um
alvo, percebeu que existe um intervalo de tempo finito até que o alvo seja atingido. Durante este
período, o projétil sofre ação da gravidade, resultando em uma trajetória curva para baixo. A
trajetória curva do projétil é definida pela resultante da velocidade inicial e da força da gravidade.
Logo que o projétil sai da arma do helicóptero, a sua velocidade total é a soma da
velocidade de saída do cano mais a velocidade da aeronave.
O projétil é, logo em seguida, submetido à ação da resistência do ar e à ação da gravidade.
A gravidade age no plano vertical terrestre e faz com que o projétil se desvie da direção do eixo de
fogo e descreva uma trajetória parabólica. Quanto maior o tempo de voo, maior será a sua queda
vertical.
De uma maneira geral, quanto maior a velocidade inicial do projétil, menor será o seu
tempo de voo para um determinado alcance. Em conseqüência, o projétil ficará por menos tempo
exposto a ação da gravidade, e menor será a sua queda vertical.
Efeito da Distância
Por outro lado, quanto maior a distância até o alvo, maior o tempo de voo, e maior a queda
vertical.
Durante a sua trajetória, o projétil também é afetado pelo arrasto aerodinâmico. Isto significa que,
após ter abandonado o cano da arma, a sua velocidade vai diminuindo ao longo do tempo.
7.5 O ALVO
Caso o alvo esteja se movimentando, o tempo de voo do projétil também é um fator a ser
considerado, visto que, o alvo estará constantemente modificando a sua posição, desde o instante
do disparo até o momento do impacto.
Por mais rápido que seja o projétil, ele precisa de um intervalo de tempo mensurável para
alcançar o alvo. Durante este tempo, o alvo avança em sua rota, portanto, surge a necessidade de
apontar a linha da arma à frente da posição atual do alvo, para que o projétil e o alvo colidam em
um ponto futuro no espaço. Este posicionamento da linha da arma à frente do alvo chama-se
avanço (LEAD).
O avanço é proporcional à velocidade com que o alvo cruza a linha de visada do atacante.
Esta velocidade é conhecida como velocidade transversal do alvo (VTA).
A figura 7.2 demonstra o avanço, ou como normalmente descrito, o ângulo de avanço. Além
de ser afetado pela velocidade transversal do alvo, o ângulo de avanço também sofre influência da
velocidade média dos projéteis. Quanto mais lento o projétil, mais a frente do alvo será necessário
apontar a arma, ou seja, maior será o ângulo de avanço exigido.
O ângulo de avanço também depende da posição relativa alvo-atirador.
Esta posição relativa é descrita como Ângulo de Aspecto do Alvo (AAA), definida como
ângulo entre a trajetória de voo do alvo e a linha de visada do atacante. Na medida em que varia o
ângulo de aspecto, também varia a velocidade transversal do alvo e, conseqüentemente, o avanço
necessário. Se a trajetória do alvo estiver alinhada com a linha de visada do atirador, a VTA é zero
e não há necessidade da correção de avanço. A maior correção ocorre quando o alvo estiver se
deslocando perpendicularmente em relação ao atirador.
7.6 ATIRADOR
É o ângulo formado pela linha de visada com a linha da arma, quando esta estiver apontada
apropriadamente para o alvo. A fig. 7.4 mostra que o ângulo de solução de tiro é composto da
correção de avanço, correção da gravidade e correção do atirador.
Com todos estes fatores atuando, é assombroso que se obtenham vitórias em combates
aéreos, especialmente quando muitas destas variáveis são difíceis de serem quantificadas. O
advento do visor de tiro veio auxiliar a tarefa do piloto do combate.
Para usar este sistema, o atirador coloca os seus olhos a uma distância fixa e pré-
determinada do anel, de maneira que o anel forme um retículo com um valor angular conhecido.
Para um tiro sem deflexão, o atirador deve manobrar sua aeronave para colocar a cruz
central do anel e a massa de mira alinhados sobre o alvo.
Para tiro com correção de avanço, o anel e a massa devem estar alinhados e apontando
para uma determinada posição à frente do alvo.
Para avaliar a distância, o piloto precisa conhecer a envergadura do alvo. Esta avaliação é
feita comparando-se a dimensão aparente do alvo com a dimensão do retículo.
Embora muito superior ao visor de dois pinos, o visor de anel-massa apresenta algumas
restrições dignas de nota.
a)Visada do Piloto
Existe apenas uma posição que apresenta uma visada correta ao piloto. O valor angular do
retículo está relacionado com a distância dos olhos do observador até o anel. Se o piloto
movimentar a cabeça para frente ou para trás, inutiliza o valor angular do retículo. Mover a cabeça
mais para frente, significa um aumento no valor angular, assim como mover-se para trás representa
diminuição do ângulo. Estes erros de posição da cabeça do piloto afetam a precisão na estimativa
de distância (fig. 7.6).
c)Foco
Por último, o piloto também precisa manter focalizados tanto o sistema de visada, que está
bem próximo de si, quanto o alvo, a muitos metros de distância, tarefa impossível para o olho
humano.
O visor ótico é composto de quatro partes principais: fonte de luz, retículo, lentes e vidro refletor (fig.
7.7).
É normalmente alojada em uma câmara para que haja uma perda mínima de luz.
(2). RETÍCULO
É uma placa metálica instalada entre a fonte de luz e o espelho refletor. Esta placa é
vazada numa forma circular com um orifício central, que formarão o anel e o “pipper”. O restante da
placa bloqueia todo raio de luz, exceto aqueles que passam pela perfuração.
(3). LENTE
Todos os raios de luz vindos do retículo passam através da lente (tipo colimadora), por isso,
o “pipper” é formado por raios de luz paralelos. Em conseqüência, o retículo é focalizado no infinito,
permitindo ao piloto observar tanto o alvo quanto o visor com o mesmo foco.
Localizada no topo do visor, é a parte que mostra a imagem do retículo para o piloto. Sendo
transparente e possuindo certo grau de reflexão, a placa permite ao piloto fazer a superposição
visual da imagem do retículo e do alvo.
7.9 O MIL
Normalmente, os ângulos são medidos em graus, mas para fins de visada um grau é uma
medida muito grande. Por exemplo, para um alvo a 1.000 ft de distância, um desvio de 4° do cano
da arma resultará em um erro de 70 ft. Por esta razão foi necessário adotar-se uma unidade menor,
dividindo-se o círculo de 360° em 6.400 partes. Cada unidade é um MIL (MILI-RADIANO). O Mil é
uma medida conveniente porque, a 1.000 ft de distância, um Mil equivale a 1 ft (fig. 7.9).
O piloto deve conhecer a envergadura dos tipos de aeronaves que poderá encontrar, e
visualizar antecipadamente a relação de aspecto do alvo no visor. Em combate, não há tempo para
cálculos.
Lembre-se que esta relação de aspecto é para o alcance máximo das armas. Pode-se
obter melhor precisão atirando-se mais perto do alvo.
c) Avaliação do Avanço
Outro passo para se determinar o posicionamento do retículo usando visores fixos é o
cálculo do avanço. Se o alvo estiver se movendo na mesma linha do atirador, não há necessidade
de correção de avanço, basta mirar direto no alvo e disparar quando estiver no alcance das armas.
Entretanto, a maioria dos tiros exigirá uma compensação na deflexão, caso o atirador não
esteja diretamente alinhado com o alvo.
O valor do avanço em um visor fixo é calculado considerando-se a velocidade média do
projétil e a velocidade transversal do alvo cruzando a linha de visada a 90°. Este ângulo de avanço
é aplicável qualquer que seja a distância, pois, como mostrado na figura 12.9, o tamanho do anel do
retículo varia com a distância, compensando o avanço necessário (válido somente no trajeto não
houver mudança significativa na velocidade média do projétil). A fórmula para se determinar o
ângulo de avanço em Mils é:
(3) Para encontrar a velocidade média do projétil para um determinado alcance, consulte a
tabela balística para o tipo de munição e obtenha o tempo de voo para esta distância. Por exemplo,
para munição 0.50 pol. AP M2, e na distância de 1.000 ft, a tabela indica o tempo de voo de 0,37
seg. (este valor da tabela já considera a correção para a altitude do voo e velocidade do operador).
Em seguida, divida a distância que o projétil percorre, pelo tempo de voo, para obter velocidade
média para aquele alcance.
- Tempo de voo do projétil = 0,37 seg
- Distância percorrida = 1.000 ft
O avanço necessário para um tiro com “angle-off” de 90°, nas condições acima
descritas, será de 63,6 Mils (fig. 7.12) ou o equivalente a 1,27 vezes o raio de um visor de 100 mils.
Este é o avanço para ângulo de 90°. A deflexão diminui a medida que o “angle-off”
diminui, chegando a zero quando se atira alinhado com o eixo longitudinal do alvo.
Considerando-se as mesmas condições acima, o avanço necessário para “angle-off”
menores que 90° é função apenas do seno do ângulo de deflexão. Para se obter o avanço, basta
multiplicar o avanço para 90° (63,6 mils) pelo seno do “angle-off” desejado:
Deve ser lembrado que o ângulo de solução de tiro para atingir um alvo aéreo consiste da
correção devido ao movimento do alvo, da correção devido aos efeitos da gravidade e da correção
devido ao desvio da trajetória (correção atirador).
7.10.1 INTRODUÇÃO
Para atingir um alvo aéreo, o piloto deve raciocinar com três variáveis: a distância de tiro, a
visada correta e a duração do tiro.
Distância de Tiro
O alcance de um sistema de armas para tiro aéreo normalmente envolve um limite máximo
e um limite mínimo.
O alcance máximo depende de vários fatores, tais como: balística do projétil, precisão do
visor, dispersão, vulnerabilidade do alvo, altitude, velocidade do atirador e do alvo e geometria de
tiro. Com um sistema de armas moderno, o alcance máximo efetivo é da ordem de 3.000 ft.
O alcance mínimo é mais difícil de definir, sendo baseado, principalmente, na capacidade
do atirador em evitar a colisão com o alvo ou com os seus destroços. Depende da razão de
aproximação, manobrabilidade do atirador, ângulo de deflexão e do tempo de reação do piloto.
Visada
A visada correta é aquela em que os projéteis atingem o alvo, sendo que as técnicas e
dificuldades de se obtê-la dependem do projeto do visor e da geometria de tiro. Como já vimos, a
visada correta é aquela resultante das correções de avanço (LEAD), da queda por gravidade e da
correção atirador.
Duração de Fogo
Está relacionada com o número de projéteis que atingem o alvo por unidade de tempo, e
com o número de acertos necessários à sua destruição. É afetada pela vulnerabilidade do alvo e
letalidade da arma.
Existem duas situações de tiro aéreo: o tiro de “tracking” e o “snapshot”. O primeiro ocorre
quando o “pipper” se mantém estável num determinado ponto em relação ao alvo. Já o “snapshot”
é uma situação em que o “pipper” simplesmente passa pelo ponto correto da visada.
Tracking
Para efetuar o tiro de “tracking”, o piloto da aeronave atacante precisa interromper o
movimento angular entre o seu “pipper” e o alvo. Este movimento pode ser desmembrado em uma
componente lateral e uma componente vertical, em relação ao visor do atacante.
Quando o atirador está no mesmo plano de manobra do alvo, o movimento relativo aparece
como uma linha reta, o que muito simplifica o “tracking”. A fim de prorrogar esta situação o atirador
deve procurar se manter no plano do adversário e manobrar para uma posição no hemisfério
traseiro do alvo, por dentro de sua curva. O nariz é apontado à frente do alvo e a atitude é ajustada,
em termos de alinhamento da fuselagem e inclinação, para igualar-se à do alvo.
O atirador procura também equiparar a sua razão de curva com o movimento do adversário
na linha de visada, de modo que o alvo permaneça em uma posição constante abaixo do pipper
(avanço).
À medida que se aproxima a distância mais efetiva, o atirador alivia ligeiramente a curva
permitindo que o alvo se desloque na direção do “pipper” até que atinja o avanço necessário. Neste
ponto o atirador inicia os seus disparos, mantendo o ângulo de avanço exigido.
Um fator a ser controlado é a razão de aproximação. A longas distâncias, é desejável uma
razão de aproximação elevada pois isto diminui o tempo disponível para o alvo reagir.
Tão logo a distância de tiro seja atingida, deve-se reduzir a razão de aproximação visando
aumentar o tempo de “tracking”. Mesmo que o atacante reduza para uma velocidade menor que a
do alvo, a sua posição por dentro de curva, com nariz apontando à frente do alvo, ainda vai resultar
em alguma aproximação.
Para manter o “tracking” pelo quadrante traseiro, o atirador precisaria estar mais lento que o
alvo, devendo manobrar com um raio de curva menor e utilizando a mesma razão de curva do alvo.
Tal situação não é recomendada no combate, pois com baixa velocidade o atacante pode perder a
7.11.1 SEQÜÊNCIA
a) Partida;
b) Decolagem;
c) Deslocamento;
d) Preparação para o T.A.;
e) Posicionamento para o T.A.;
f) Circuito padrão; e
g) Abandono da área para alijamento e retorno à base.
7.11.1.1 Partida
O primeiro helicóptero a dar partida deve ser o reboque 05 minutos antes dos demais, a fim
de seguir para os procedimentos de carga externa (conecção do alvo). Logo após, segue a
esquadrilha de helicópteros armados.
7.11.1.2 Decolagem
7.11.1.3 Deslocamento
O helicóptero reboque desloca-se isolado com as portas abertas para a área de carga
externa. Os helicópteros armados deslocam-se para o início da área de tiro, em ala tática e antes da
reunião com o reboque, o líder comanda a formatura em Escalão.
Com a biruta estabilizada e a uma altura segura de obstáculos o reboque prossegue para a
área de tiro. Neste momento a esquadrilha estará se aproximando para o contato visual com o
reboque. Após o contato visual, a esquadrilha prossegue para a área de tiro aéreo, permanecendo
em Ala Tática.
Quando do ingresso na área de tiro, o líder comandará a preparação para o tiro aéreo. Os
procedimentos de cabine são os mesmos aplicados nas missões no estande de tiro, ou seja:
O piloto solicitará armamento - GUN, chave de seleção de modo - OPER, chave de controle de
culatras - FIRE, quantidade de munições disponíveis – 100 a 200, botão seletor de lado,
rebatimento e visor. Deve-se atentar para não aproar o helicóptero do líder. O botão SAFETY
somente será pressionado quando no mergulho.
Ao receber o pronto do reboque, o líder se posicionará na ala da biruta para definir a altura
da mesma e a partir daí definir o poleiro (300 pés acima e 2400 pés afastado lateralmente da biruta
e mantendo 70 kt). Os alas acompanham o líder em escalão .
No caso de se efetuar um retrocesso (reposicionamento do reboque com mudança de 180
graus de proa), a esquadrilha curva para o mesmo lado, tendo o Ás responsabilidade de manter a
separação. O armamento deverá estar travado (em segurança).
NOTA: Na vertical do ponto, as correções de altura para o reboque deverão ser executadas
de 100 em 100 pés, para evitar que o helicóptero entre no próprio turbilhonamento do rotor.
7.11.2 REBOQUE
O local para a carga externa deve ter aproximadamente 300 X 150 m, a fim de permitir que
a biruta (alvo) e a corda sejam estendidas. Evita-se desta forma que a corda enrole durante a
ascensão do helicóptero.
Os militares da equipe de solo (Aranha) colocarão o lastro e o suporte do carretel à direita
da aeronave e estenderão a corda e a biruta. Nesta situação, o REBOQUE inicia o procedimento de
carga externa previsto, ou seja, o helicóptero desloca-se para a vertical do lastro, quando então é
autorizada a aproximação do enganchador e após a conexão da carga, inicia a ascensão vertical,
de modo a retirar do solo o lastro e a biruta, o que corresponderá a aproximadamente 1000 ft de
altura. A partir deste ponto, caso não haja obstáculos na reta de decolagem, o piloto do REBOQUE
inicia o deslocamento à frente, ascendendo para 1500 ft. É fundamental, a coordenação da equipe
de solo (Aranha) com o REBOQUE, a fim de informar o momento em que a biruta sai do solo.
NOTA 2: Todas as fases de voo serão coordenadas via rádio e qualquer tipo de pane de
comunicação cancela imediatamente a missão.
7.11.2.2 Na Área
7.11.4 SEGURANÇA
a) Sobre o mar, toda equipagem deverá estar equipada com LPU e HABD.
b) Nenhuma pessoa deverá passar em frente à linha d’armas quando o helicóptero estiver
no solo, mesmo quando desmuniciado.
7.11.5 EMEGÊNCIAS
Manter o poleiro
Informar via sinal visual
ÁS reposiciona a esquadrilha para acompanhamento da aeronave em pane
ÁS define o prosseguimento da missão.
Alijar biruta
ÁS define em briefing a aeronave que acompanhará o reboque.
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
ALA 10
SEÇÃO 4
COMBATE AÉREO
2013
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
1.3 FINALIDADE
1.4 OBSERVAÇÕES
Esta publicação contém observações com os títulos: NOTA, CUIDADO e PERIGO, que
devem ser interpretadas da seguinte maneira:
NOTA - Para ressaltar pontos que devem ser observados com mais
atenção.
d) CUIDADO - Para ressaltar pontos cuja inobservância poderá causar danos
materiais.
e) PERIGO - Para ressaltar pontos cuja inobservância poderá causar danos
pessoais.
CAPÍTULO II
CONCEITUAÇÕES
a) ANGLE-OFF
Forma abreviada da expressão “Angle Off The Tail”, é definida como a medida angular
entre os eixos longitudinais de um alvo aéreo e da aeronave atacante.
Também pode ser considerado como a mudança de posição do nariz, medida em graus,
necessária para se chegar a fuselagens paralelas. A conceituação de “Angle-Off” é espacial.
Portanto caso exista diferença de nível entre as aeronaves, existirá “Angle-Off”, bastando para isso
que os eixos de deslocamento tenham convergência.
O “Angle-Off” é uma importante medida para o combate aéreo, pois as armas são melhor
empregadas quando o nariz do atacante está alinhada com o nariz do alvo. A clássica posição de 6
horas significa “Angle-Off” zero.
Uma vantagem ofensiva pode ser obtida por meio da redução do “Angle-Off”. Assim, na
tentativa de se defender de um agressor, o alvo deve procurar aumentar o “Angle-Off”.
b)ASPECT ANGLE
É o ângulo medido a partir do nariz da aeronave atacante até o alvo. Sempre menor que
180°, o Aspect Angle descreve a posição do alvo visto pelo atacante.
d)PERSEGUIÇÃO
Vencer é muito mais que conseguir vantagem sobre o inimigo. Inclui a habilidade de atingir
os parâmetros do seu armamento. O perfeito conhecimento destes parâmetros facilitará a escolha
da manobra apropriada para conseguir a vitória ou uma defesa efetiva contra um atacante.
Os ataques baseiam-se em três tipos de curva de perseguição: “Lead”, “Lag” e “Pura”.
A posição do nariz da aeronave ou a sua linha de referência de fuselagem em relação à do
defensor determinam o tipo de curva de perseguição. Na “Lead”, o nariz do atacante está à frente
da aeronave defensora; na “Lag”, o nariz está atrás; e na “Pura”, o atacante mantém o nariz sobre o
defensor.
A perseguição “Lag” é comumente usada durante ataque com mísseis, visando a utilização
do míssil em sua área mais eficaz.
A perseguição “Pura” é usada para se tentar um tiro mais longo, com intenção de conseguir
vantagem a partir das curvas “Lead” e “Lag”. Um ataque com curva “Pura”, embora obrigue o
defensor a ficar em curva defensiva, força o atacante a igualar sua energia com o defensor, o que
elimina as possibilidades de desengajamento com sucesso, caso o alvo não seja destruído.
A maioria dos combates requer do atacante o uso de uma combinação de curvas de
perseguição para conseguir a vitória.
Do mesmo modo, o defensor deve conhecer o ponto fraco de cada tipo de perseguição para
anular ou diminuir o sucesso do ataque.
CAPÍTULO III
PRINCÍPIOS DO COMBATE
Dada uma oportunidade de se engajar com o inimigo, a diferença entre aqueles que abatem
e aqueles que são abatidos não está somente na habilidade de pilotar o helicóptero, mas também
no completo e total conhecimento das táticas de combate, de tal maneira que se torne capaz de
analisar e contrapor-se às manobras do oponente.
Mesmo numa batalha aérea envolvendo aeronaves combatendo em formação, o resultado
final dependerá da capacidade individual de cada piloto num harmônico trabalho de equipe. Daí a
necessidade de que se entendam perfeitamente as manobras básicas de combate e que se consiga
executá-las próxima a perfeição.
Os princípios do combate aéreo para helicópteros foram extraídos da experiência de muitos
anos de combate nas guerras aéreas do passado. Com a evolução tecnológica de armamentos e
helicópteros vem se desenvolvendo novas doutrinas de emprego, tornando o helicóptero um vetor
mais letal no combate aéreo.
A maioria das vitórias aéreas é obtida por meio da surpresa. Em conseqüência, o ponto
crucial para assegurar a sobrevivência é detectar o inimigo antes que ele o faça. Apenas por meio
da detecção antecipada do inimigo, teremos a iniciativa para tomar as ações que aumentem nossa
chance de sucesso.
Observação Visual
A detecção visual de um alvo depende de vários fatores: condições atmosféricas, aspecto da
aeronave, terreno e outros. Uma boa regra durante a vigilância é focalizar a vista a uma distância
de cerca de cinco milhas.
Os setores de observação não devem ser modificados, mesmo no caso de voo em
formação, pois vários tripulantes devem vigiar o mesmo setor, sobrepondo-os. Esta redundância
aumenta a possibilidade de detecção antecipada de um inimigo. A área mais crítica é às 6 horas do
helicóptero e deve ser bem vigiada pelo seu ala. No caso de missões com escolta, os tripulantes
das aeronaves da formação devem manter o mesmo critério de vigilância, de modo a assegurar a
cobertura das áreas cegas dos helicópteros escoltados.
A aeronave em tandem, apesar de possuir menos tripulantes a bordo, foi projetada com o
intuito de reduzir ao mínimo o cone cego, por meio do afunilamento da fuselagem, diedro abaixo da
linha de visada do piloto, etc.(Fig 3.1). Este é capaz de exercer a vigilância de todo espaço aéreo a
sua frente e boa parte do setor traseiro (Fig 3.2). Mesmo assim, na área próxima às 6 horas do vetor
ainda existe um pequeno cone cego que seria suprimido com o emprego da aeronave ala.
Todos os tripulantes devem ser brifados sobre a vigilância do espaço aéreo. O comandante
do helicóptero deve definir um setor de observação para cada tripulante e a soma de todos estes
setores deverá ser a mais próxima possível de 360° de cobertura, tanto no plano horizontal quanto
no vertical, dentro das limitações de configuração da aeronave (Fig. 3.3). Os setores são definidos
horizontalmente pelo código do relógio sendo a posição 12 horas alinhada com o nariz da aeronave.
Os setores verticais são definidos em relação ao plano horizontal percebido pelo observador (alto,
nível e baixo).
A vigilância do espaço aéreo pela tripulação deve, sempre que possível, incluir a
sobreposição dos setores para assegurar uma completa cobertura.
Nota-se que o cone cego de tais aeronaves, se comparado a aeronaves em tandem, é
maior e há a necessidades de uma maior atenção dos tripulantes a fim de suprir a deficiência de
visualização. (Fig. 3.4)
CAPÍTULO IV
DETECÇÃO
Aeronaves de Asa Fixa, normalmente, voam alto e em formação, facilitando sua detecção,
em virtude do contraste com o céu, comparados à baixa altura de voo dos helicópteros.
Se o inimigo estiver utilizando perfis de voo à baixa altura (NOE), a detecção será bastante
dificultada. Na localização de um aparelho inimigo utilizam-se os seguintes auxílios: textura,
sombras, forma, luzes e movimento.
(1) TEXTURA
Superfícies polidas, como janelas de vidro, canopis e o próprio disco do rotor sem uma
pintura adequada, brilham e refletem a luz. Este reflexo pode ser observado a grandes distâncias;
(2) SOMBRAS
Em voo diurno, a sombra da aeronave inimiga pode ser avistada antes que a própria
aeronave;
(3) FORMA
(4) LUZES
(5) MOVIMENTO
a) Aspectos Gerais
O que pode ser visto pode ser destruído, portanto, os tripulantes devem saber como evitar a
detecção visual ou eletrônica, e praticar todas as técnicas conhecidas até que elas se tornem
instintivas.
As rotas a serem voadas devem ser cuidadosamente planejadas para evitar, sempre que
possível, áreas de alto risco, e obstáculos, como linhas de alta tensão, devem ser marcados nos
mapas.
Distante da Linha de Contato, o helicóptero pode utilizar perfis de navegação NBA/NACO e
em áreas onde há ameaça inimiga, de terra ou de ar, a navegação NOE.
A detecção pode acontecer de quatro maneiras: radar, infravermelho, visualmente, e, em
alguns casos, auditivamente. É impossível se proteger contra todos estes meios de detecção, mas
um alto grau de proteção é conseguido com o voo à baixa altura, utilizando o terreno para
proporcionar cobertura.
As medidas mais importantes para se evitar a detecção são descritas abaixo:
Para diminuir a chance de detecção, os pilotos podem utilizar algumas técnicas de voo a fim
de não tornar sua rota de voo previsível, portanto, podem alterar o itinerário durante a navegação,
evitando voar em linha reta até o objetivo. Quando voando dentro de vales bem definidos os pilotos
devem estar atentos, pois os vales são bons corredores de aproximação para os inimigos;
vantajoso em se tratando de combate. Voando à baixa altura, o helicóptero fica camuflado sobre o
terreno, enquanto que a aeronave que voa mais alto tem o céu como fundo, facilitando a
visualização.
Quando voando ao longo de um vale, o piloto do helicóptero deverá atentar para manter
uma trajetória de segurança, observando a doutrina preconizada para o voo NOE. Um piloto inimigo
observando o solo tende a focalizar a visão no fundo do vale, perdendo o helicóptero que está a
meio caminho;
Qualquer aeronave avistada deve ser considerada hostil até que seja positivamente
identificada. O conhecimento de insígnias de identificação não é suficiente. Os pilotos ou outros
tripulantes devem ser capazes de identificar todas as aeronaves na zona de combate.
A tripulação deve ser capaz de determinar as intenções do inimigo, através da observação
de sua velocidade, altitude, direção de voo, tipo de armamento e quantidade de aeronaves. O piloto
deve saber distinguir uma manobra não agressiva de uma manobra de ataque. A atitude inicial da
aeronave pode ser uma boa pista se é inimiga ou não.
Fatores de Avaliação:
(a) O tipo de aeronave:
(b) Eficácia com relação ao helicóptero;
(c) Existência de registro de uso anti-helicóptero;
(d) Missão;
(e) O nível de energia e altitude;
(f) A capacidade de aproximar-se;
(g) A direção do ataque;
(h) Características do armamento (tipo e alcance);
(i) O melhor ambiente operacional do inimigo; e
(j) Quantidade de aeronaves.
Esta avaliação exigirá um conhecimento preciso de todas as aeronaves que atuam na zona
de combate.
(1) COMUNICAÇÕES
Quando os helicópteros ou a missão forem ameaçados, deve-se tomar ações efetivas para
engajar ou evadir. Uma manobra bem sucedida dependerá de se ter avistado o atacante em tempo
útil, e isto dependerá da vigilância do espaço aéreo e da rapidez e clareza das comunicações. A
comunicação, tanto interna quanto entre as aeronaves da formação, deve ser imediata, concisa e
precisa. Qualquer tripulante que perceber uma ameaça deve imediatamente comunicar ao Líder da
Formação, nos seguintes termos:
Exemplo:
- break a direita, bandido às 5 horas, alto, 3 milhas e se aproximando.
- 150º à esquerda, bandido, 7 horas, nível, 2 milhas e aproximando.
O piloto deve utilizar o armamento disponível na sua distância máxima de tiro, e com o
maior volume de fogo possível. Atacar o inimigo na distância de alcance máximo efetivo das armas
aumenta a possibilidade de sucesso no combate, anulando o inimigo antes que ele possa utilizar as
suas armas.
A decisão de engajar uma aeronave inimiga é baseada em vários fatores. Dois fatores pré-
determinados são o objetivo da missão e o armamento disponível. Os demais fatores dependem da
situação e são baseados na distância, direção e velocidade do inimigo.
Em um ambiente hostil existem duas situações distintas de liderança: o líder do voo e o líder
tático.
Líder da Formação
É o responsável pela organização e controle do voo desde o início até o fim da missão.
Líder Tático
Qualquer piloto da formação, que tendo uma melhor visualização da situação tática do
momento, comandará o posicionamento inicial da esquadrilha para fazer frente à ameaça. A
liderança tática é momentânea e não é determinada por critérios de antigüidade, experiência ou
habilidade.
Estes aspectos serão discutidos mais detalhadamente a seguir, ao se abordar as táticas de
combate em elemento.
CAPÍTULO V
COMBATE
5.1.1 INTRODUÇÃO
Os helicópteros operam no espaço aéreo abaixo de 500Ft. Neste espaço, utilizam tanto as
táticas de navegação NOE, quanto de contorno. No primeiro caso, deslocam-se aos lanços
buscando cobertura no terreno. Esta tática de emprego diminui a possibilidade de detecção
antecipada pela defesa aérea inimiga.
a) DIFICULDADE DE AVISTAMENTO
O helicóptero é a melhor plataforma para avistar outro helicóptero. Este tipo de aquisição
visual, contudo, pode sofrer restrições em função do perfil de voo utilizado. Mesmo após a
localização do inimigo, a operação à baixa altura dificulta a manutenção do contato visual.
b) MANOBRABILIDADE
c) ARMAMENTO
leves; e o outro fator é a boa capacidade de aceleração deste tipo de míssil, permitindo o disparo
mesmo a partir do voo pairado.
Dependendo das condições meteorológicas, um míssil infravermelho pode alcançar alvos
além de cinco quilômetros de distância. O desempenho, porém, pode ser afetado na operação
contra alvo à baixa altura. O míssil pode se desviar do seu objetivo, atraído pelo calor irradiado pelo
terreno. Outra possibilidade de falha é a ativação prematura da espoleta de proximidade, em
função do voo muito próximo ao solo.
Se empregado contra helicópteros à baixa altura, o míssil IR também encontrará problemas de
guiamento.
Comparado com uma aeronave à reação, os helicópteros são fracos emissores de radiação
IR. O guiamento do míssil fica mais difícil se considerarmos que os gases quentes do motor sofrem
rápida dispersão pelo rotor principal. Atualmente, muitos helicópteros possuem dispositivos no
escapamento que diminuem a emissão de radiação IR (Supressor de calor).
Os mísseis guiados por radar permitem o engajamento a longas distâncias, mas,
normalmente, não serão utilizados contra helicópteros devido à disparidade de arenas.
Os mísseis foram projetados para engajamentos em grandes altitudes e longo alcance.
Vários fatores se combinam para diminuir a capacidade do míssil em manter-se acoplado ao
helicóptero em um tiro para baixo.
O radar tem dificuldade de rastrear um alvo à baixa altura, devido ao retorno produzido pelo
solo (“clutter”). Mesmo os radares tipo Pulso-Doppler (PD) são afetados pela combinação de
velocidade do helicóptero e seu rotor. Uma vez que o radar Pulso-Doppler vê apenas alvos em
movimento, o objetivo real aparecerá cercado de muitos outros objetivos, em virtude do movimento
de rotação das pás do rotor. Com todos estes elementos dispersivos, um radar Doppler e os mísseis
por ele guiados terão muita dificuldade em manter uma trajetória constante para o helicóptero,
aumentando assim a probabilidade de erro.
O sistema de guiamento do míssil também pode ser confundido pela utilização de
contramedidas eletrônicas (ECM) ou com o ocultamento do helicóptero no terreno.
(2) Foguetes
Os foguetes permitem o ataque a distâncias intermediárias àquelas dos mísseis e dos
canhões. Sendo basicamente um armamento de saturação de área e de emprego ar-solo, os
foguetes são normalmente mais efetivos se disparados em salvas. Embora este procedimento
acabe rapidamente com a munição disponível, tal ataque, conjugado com a grande dispersão,
aumenta a letalidade.
a) LIMITAÇÃO DO PROJETO
Parte dos helicópteros, exceção feita aos de ataque (Apache, Alligator, Rooivalk, etc), não
foram projetados para engajamentos aéreos. Apresentam restrições de visibilidade aos tripulantes e
os sistemas ofensivos e defensivos não foram desenvolvidos para o emprego ar-ar.
Nota-se que as versões desenvolvidas para o combate, são plataformas eficazes. Versões mais
modernas de helicópteros de ataque, que por disporem de assentos em tandem, possuem maior
campo visual e sistemas ofensivos desejados para o emprego ar-ar.
A baixa velocidade dificulta este procedimento. A menos que haja um desejo mútuo ou se
consiga a utilização do terreno para a camuflagem.
a) DETECÇÃO DO INIMIGO
O Combate ar-ar inicia-se quando se estabelece contato com o alvo. O alcance da detecção
varia em função do terreno, altitude, perfil do voo e meteorologia, sendo que, visualmente acontece,
normalmente, entre 1 e 6 quilômetros de distância. Observar o inimigo antes que ele o faça é o fator
mais importante do combate aéreo a fim de ter tempo para tomar a atitude mais adequada à
situação. A doutrina de vigilância não pode ser menosprezada em momento algum do voo. Em toda
a história do combate aéreo, estima-se que quatro entre cada cinco pilotos abatidos não tinham
consciência de que estavam sob ataque até que fosse tarde demais.
Neste primeiro estágio o piloto deve avaliar a possibilidade de desengajar, de acordo com o
tipo de missão realizada. Caso esta seja a melhor opção, deverá ser tentada fora do envelope de
armas do inimigo, uma vez que a equivalência de velocidade vai limitar o desengajamento.
b) APROXIMAÇÃO
c) MANOBRAS
d) ATAQUE
A fase de ataque pode ser considerada como aquela que se inicia quando o atacante
aponta suas armas para o alvo. É a fase decisiva do combate e o objetivo é atirar para destruir o
inimigo antes que ele o faça.
As distâncias de engajamento durante a fase de ataque dependerão dos sistemas e das
armas disponíveis. O privilégio do primeiro tiro será da aeronave que possuir armas com maior
alcance.
e) DESENGAJAMENTO
5.2.1 INTRODUÇÃO
O objetivo das manobras de combate aéreo (MCA) é conseguir a posição ofensiva ideal:
uma perseguição pela cauda, às 6 horas e um pouco mais alto que o alvo.
5.2.2.1 Manobras Ofensivas
Perseguição
A posição de perseguição na cauda oferece vantagens ofensivas e defensivas. O atacante
mantém contato visual com o alvo, negando-lhe esta vantagem, e as armas podem ser usadas sem
a preocupação de retaliação. Quando bem executada, a perseguição na cauda é difícil de ser
defendida e, normalmente, resultará no encerramento do combate com a vitória do atacante. Para
defender-se, o alvo tentará usar manobras verticais, curvas de reversão ou tesouras horizontais. O
atacante deve tentar curvas sincronizado com o alvo ou cortar a curva para obter posição de tiro
(fig. 5.2).
a) IÔ-IÔ DE ALTA
b) IÔ-IÔ DE BAIXA
Ao contrário do iô-iô de alta, o iô-iô de baixa tem como objetivo reduzir uma separação
excessiva que existe entre as aeronaves.
Caso haja esta grande separação, existe a possibilidade do alvo curvar na direção do
atacante anulando a vantagem inicial de posição, e para evitar que isto ocorra, o atacante deve
diminuir a separação, mergulhando na direção do alvo e usando a velocidade para aproximar-se. Se
o alvo estiver manobrando lateralmente, o atacante deve cortar o raio de curva para diminuir ainda
mais a separação.
Basicamente, o atacante deve gerar suficiente ângulo de avanço no ponto 2, de modo que
consiga nivelar de asa, puxar de nariz e voar na reta até interceptar o alvo na distância desejada.
No ponto 3, o atacante aproxima-se do nível do alvo, por baixo e restabelece sua curva no mesmo
plano de manobra do alvo, atingindo simultaneamente a distância de tiro e o avanço necessário.
c) PITCH BACK
Serão de extrema importância quando aplicadas para neutralizar ou reverter uma situação
vantajosa do inimigo na eminência do combate aéreo. Serão aplicadas tanto para os helicópteros
que disponham ou não de armamentos aéreos.
a) CURVA DEFENSIVA
Uma curva defensiva é usada para girar o seu cone de vulnerabilidade para longe do seu
oponente e também para manter o atacante com um grande ângulo de aproximação.
Manobre a curva de maneira a manter o atacante com grande ângulo de aproximação, isto
significa que, deve-se curvar no mesmo plano da aeronave inimiga para proporcionar maior
vantagem tática. Não faça curva instantânea de máxima performance, pois isso matará a velocidade
muito rapidamente e reduzirá o potencial de manobra. Uma curva defensiva é uma manobra
planejada, na qual se tenta conseguir o maior ângulo de aproximação possível e, com isso, uma
espirrada.
O “angle-off” é aumentado mais rapidamente se o defensor colocar o atacante no mesmo
plano de voo da curva defensiva. Deve-se atentar para o fato de que uma curva no mesmo plano
resolve muitos dos problemas do atacante e deve ser usada judiciosamente. Este tipo de manobra
não deve ser usada se o defensor tiver indicação de que o atacante, pela distância e posição de
nariz, está prestes a abrir fogo. Este ponto terá que ser determinado visualmente pelo defensor e
isto requer prática.
Na medida em que o atacante obtém posição de tiro, o defensor deve mudar o seu plano de
voo. Para isso deve rolar rapidamente cerca de 90 graus em qualquer direção e aplicar carga “g”
para definir um novo plano. Esta segunda curva é mantida até o agressor abandonar o ataque ou
não ter mais condições de manter o nariz apontado para o alvo (fig. 5.7).
A curva defensiva proporciona diversas vantagens quanto maior a carga (“g”) e o “angle-off”,
maior o avanço que o atacante deve utilizar, portanto, se ele não conseguiu obter o avanço
necessário durante a aproximação, menos condições ainda terá para fazê-lo após a curva
defensiva.
Caso o atacante consiga manter sua posição após a curva defensiva, a continuação da
curva não é apropriada. A manutenção de uma curva no mesmo plano do atacante, além deste
ponto, pode resultar no “tracking” ou um “snapshot” no plano, que também é perigoso.
b)DESACELERAÇÃO DEFENSIVA
A desaceleração defensiva deve ser usada apenas como último recurso, e será útil quando
o atacante estiver a menos de 500 ft atrás do defensor. A manobra tenta passar a impressão de
uma curva ou subida, enquanto rapidamente se desacelera para tentar forçar a ultrapassagem do
atacante. Para se conseguir esta ultrapassagem, é necessário atuar precisamente nos comandos
de voo e ter conhecimento da posição relativa das aeronaves. Se a ultrapassagem ocorrer, o
defensor deve imediatamente recuperar a energia perdida e tentar obter posição de tiro.
d)TESOURAS HORIZONTAS
componente horizontal de velocidade. O atacante também iniciará uma reversão com o mesmo
propósito.
A decisão de quando reverter dependerá de quão rapidamente o atacante estiver espirrando
para fora da trajetória de curva do defensor. Uma boa regra geral: espirrada rápida, reversão cedo;
espirrada lenta, reversão tarde.
e) DIVING
O “diving”, ou mergulho, pode ser usado se o defensor for atacado enquanto estiver
operando em altitude. A descida com baixa potência e alta velocidade é uma boa defesa contra
mísseis infravermelho, que operam bem em altitude. A execução de curvas durante o “diving” vai
prejudicar ainda mais a eficiência das armas inimigas.
Jink Out
Na medida em que o atacante obtém posição de tiro, o defensor deve mudar o seu plano de voo.
Para isso deve rolar rapidamente cerca de 90 graus em qualquer direção e aplicar carga “g” para
definir um novo plano. Esta segunda curva é mantida até o agressor abandonar o ataque ou não ter
mais condições de manter o nariz apontado para o alvo.
O defensor deve curvar em qualquer direção, aplicando fator de carga positivo ou negativo,
por tempo suficiente para modificar a sua trajetória de voo, mas não o tempo suficiente para o
atacante corrigir a visada e rastrear.
Se o atacante puder ser mantido à vista, o defensor vai saber o momento em que ele
conseguiu se reposicionar e deverá, então, modificar imediatamente o seu plano de voo. Se não
puder manter o contato visual, o defensor deverá estimar o tempo para cada mudança de plano, em
função da capacidade de manobra e do sistema de visada do adversário.
Este procedimento (“jink out”) deve ser mantido até o término do ataque. Se o atacante não
puder ser abatido nestas manobras, o defensor deve procurar um aumento da razão de
aproximação para diminuir o tempo de fogo disponível ao atirador. Isto se consegue com a
diminuição da potência e aumento do arrasto durante o “jink out”.
Uma vez que o ataque tenha sido anulado, deve-se aplicar potência e voltar à configuração
normal de voo.
O “jink out” também é eficaz no passe frente-a-frente, e uma ou duas manobras são
suficientes para anular o ataque. O envelope para tiro de frente é muito curto, devido à alta razão de
aproximação entre as aeronaves. Naturalmente, a melhor defesa contra um ataque frontal será
atirar primeiro e deixar o oponente se preocupar com a defesa. Este tipo de ação só não é
recomendável quando o adversário possuir um sistema de armas mais eficiente (como canhão em
torreta), ou uma aeronave menos vulnerável.
f) voo DESCOORDENADO
O iô-iô de baixa pode ser defendido de duas maneiras. Se o defensor tiver energia
suficiente, deverá iniciar uma curva ascendente na direção do agressor assim que este iniciar o
mergulho, em conseqüência, é provável que a situação evolua para um engajamento frente a frente,
com o defensor mais alto. Caso o defensor não tenha condições de efetuar uma curva ascendente,
deverá curvar de nariz baixo na direção do atacante para negar-lhe vantagem de velocidade e
aumentar o “angle-off”.
A defesa ao “Pitch Back” depende da posição em que o atacante é detectado pelo defensor.
Se o atacante estiver em altitude a opção será um tiro com míssil, caso o atacante já esteja no
mergulho, a solução seria uma curva ascendente na direção do ataque. Ocorrendo a detecção a
curta distância, a única opção é a curva defensiva, na tentativa de forçar o ataque com ângulo
acentuado ou forçar a espirrada do atacante.
5.3.1 INTRODUÇÃO
O sistema tático de ataque em elemento foi primeiramente desenvolvido num esforço para
aumentar o potencial ofensivo do elemento sem aumentar o número de aeronaves requeridas. Era
aparente que a capacidade ofensiva de um ala forçado a voar em ataque 2 era grandemente
desperdiçada em combate. O sistema de ataque em elemento foi então desenvolvido para permitir
que ambos os aparelhos utilizassem sua capacidade ofensiva, enquanto mantinham capacidade
para o apoio mútuo defensivo, e para obter isto, os helicópteros manobram separadamente,
normalmente em diferentes planos, porém com um objetivo comum: abater o inimigo.
A unidade básica ofensiva no sistema de combate duplo é o elemento de dois helicópteros,
voando em linha de frente, ou uma de suas variantes, tais como a ala tática.
Podemos citar cinco condições básicas para obter-se uma boa equipagem de combate.
a) PILOTOS PROFICIENTES
c) TREINAMENTO ADEQUADO
pré-planejadas, com situações simplificadas para permitir que a equipe desenvolva a noção de
tempo e coordenação de uma forma sistemática. À medida que a habilidade aumenta, exercícios
mais realísticos, incluindo 2 contra 2 (2 x 2) e 2 contra 4 (2 x 4), devem ser treinados. Os
parâmetros de emprego do armamento devem ser realçados durante todo o treinamento,
paralelamente com as táticas prováveis do inimigo, contudo, este treinamento deverá ser o mais
realístico possível para prevenir o desenvolvimento de táticas inválidas.
e) COMUNICAÇÕES
1 Abater o inimigo;
2 tornar o inimigo previsível. Durante um ataque, isto significa manter pressão ofensiva sobre
o inimigo;
3 forçar o combate para a melhor arena da sua aeronave;
4 manter um alto nível de energia;
5 manter o inimigo à vista; e
6 informar ao helicóptero livre sobre seus planos. Por exemplo: “estou descendo”/ “ele trocou,
pressione”.
Como em qualquer outro tipo de engajamento, um elemento sob ataque deve negar ao
inimigo a possibilidade de uso do armamento. No combate 2 x 1, inúmeras variáveis, tais como, a
posição relativa das aeronaves, velocidade e armas disponíveis, significarão um número ilimitado se
situações táticas. Este manual aborda apenas algumas das situações possíveis e o procedimento
inicial dos helicópteros.
Basicamente, os engajamentos em combate aéreo 2 x 1 podem ser classificados em dois
tipos: o adversário será detectado quando o elemento estiver fora do alcance de suas armas, ou o
elemento já estará dentro de envelope das armas do inimigo.
Quando fora do alcance das armas, os helicópteros do elemento procuram anular eventual
vantagem do oponente, e estando dentro do alcance das armas, devem manobrar imediatamente,
para negar o primeiro passe do inimigo.
Quando o ataque for evidente, o elemento deverá abrir a formação, aguardando que o
adversário defina um alvo. O helicóptero livre assume a cobertura e tenta abater o inimigo (fig. 5.11).
Fig. 5.11 - fora do alcance das armas Fig. 5.12 - dentro do alcance das armas
Quando o adversário for avistado além do envelope de armas, o elemento deve curvar em
sua direção empregando curvas táticas e se posicionando como no ataque pelo quadrante dianteiro
(fig. 5.13).
Podem ser efetuadas curvas de reversão, para forçar o atacante a escolher um alvo. As
curvas em posição têm a vantagem de permitir que o elemento se volte mais rapidamente e aponte
suas armas para o agressor. Sempre que possível, deve-se evitar as curvas cruzadas, pela
possibilidade de apresentação linear do alvo ao inimigo. Após a curva em posição, o elemento
procede como no ataque pelo quadrante dianteiro.
Quando atacado por trás, a pouca distância, o elemento tem poucas alternativas. A melhor
opção é uma das aeronaves realizar um “pitch-up”, passando a manobrar como livre, enquanto a
outra curva para cima do atacante, passando a manobrar como engajada.
Embora o tripulante muitas vezes tenha que reagir contra um único inimigo avistado, deve-
se presumir sempre a presença de atacantes ainda não avistados.
Quando o ataque for por elemento, uma das opções do inimigo será manter a integridade
da formação e atacar uma só aeronave (2 x 1). A outra opção será dividir o elemento e atacar as
duas aeronaves (1 x 1).
a) MANOBRAS
Como o piloto não contará com a surpresa e a vantagem ofensiva, deverá ter conhecimento
de algumas técnicas para combater um elemento hostil.
Na figura (5.17, o helicóptero isolado engaja um elemento hostil, que comanda a abertura
(posição 1). O piloto isolado escolhe um lado da formação inimiga e curva naquela direção, tentando
ficar por fora da formatura (2). Ao escolher a direção da curva, o piloto deve procurar o oponente
mais próximo. Em resposta a esta atitude, o helicóptero “A” continuará curvando para longe do seu
ala, tentando colocar o defensor no meio da formação. O ala “B” vai levar algum tempo para reagir à
situação e curvar de volta na direção do engajamento. Neste momento (ponto 2), o helicóptero “B” já
ficou um pouco afastado do combate, pois o bandido “A” estará puxando o combate mais para
longe. Assim, o isolado vai passar ao sul do aparelho “A” bem antes do ala obter posição de tiro. É
importante salientar que o helicóptero isolado deve manter os dois inimigos à vista.
À medida em que a situação evolui, o piloto deve atentar para o helicóptero “B” e observar
sua reação. Se o bandido reagir rapidamente, poderá ser capaz de obter uma posição ofensiva
antes do isolado cruzar com “A”. Isto pode exigir que o defensor curve a esquerda para negar o
ataque de “B”. De maneira geral, a troca para o helicóptero “B” deve ser adiada o máximo possível,
sem permitir que ele ganhe muita vantagem de posição. Isto dependerá da performance relativa dos
dois helicópteros e do sistema de armas do inimigo. Se o isolado puder adiar até o cruzamento por
fora do bandido “A”, este provavelmente curvará para o sul, colocando ambos os inimigos em
cobrinha (posição 3).
Neste ponto, o isolado não está mais em perigo imediato por “A” e pode concentrar-se na
defesa contra o inimigo “B”. Se o helicóptero “B” não obtiver vantagem ofensiva significativa, o seu
ataque poderá ser anulado e o defensor deve ser capaz de desengajar antes do “A” retornar ao
combate.
Se permitirmos ao primeiro inimigo uma pequena vantagem ofensiva no momento do passe,
isto irá induzi-lo a iniciar uma curva de engajamento, em conseqüência, ambos os pilotos inimigos
vão se considerar “engajados”, causando confusão e reduzindo a eficiência das táticas de combate
em dupla. Quando os bandidos puderem ser induzidos a curvar na mesma direção, como neste
exemplo, o seu apoio mútuo, tanto ofensivo quanto defensivo, será mais fraco.
Um elemento bem coordenado, entretanto, pode evitar que o isolado curve por fora da
formação. Isto pode ser feito se o piloto do helicóptero livre reagir prontamente à manobra inicial do
defensor de afastar-se dele (Fig. 5.18). Como no cenário anterior, o elemento abre no tempo 1 e o
helicóptero isolado responde com uma curva para o sul. Neste instante, porém, o bandido “B” reage
rapidamente, curvando para aplicar pressão imediata no isolado. Se este continuar na sua tentativa
de ficar por fora da formação, o helicóptero “B” obterá posição favorável. Novamente, o defensor
aguarda o máximo possível e curva a esquerda para negar o ataque de “B” (tempo 2).
Fig.5.19 – Manobras
Embora a situação 1 x 2 não seja atrativa, existem vários exemplos ao longo da história do
combata aéreo, onde uma aeronave causou bastante confusão contra formações inimigas. Os
ingredientes necessários incluem a obtenção de vantagem ofensiva por meio de um ataque
surpresa, manter a alta velocidade e saber a hora certa de desengajar.
17. O piloto que não está no comando durante o exercício, é o responsável por
checar e interferir nos comandos antes que sejam ultrapassados os limites
estabelecidos. Observar:
(1). Torque – Ao completar motor para os exercícios; ao curvar para a direita ao mudar a atitude do
helicóptero cabrando-o rapidamente;
(2). T4 – Realizar cheques periódicos normalmente;
(3). Ng – Não deixar ultrapassar a PMC ao complear no topo para os exercícios,caso este regime
esteja sendo atingido antes do limite de torque,
conforme temperatura e pressão local;
(4). Nr – Ocorrerão disparos de Nr sempre que houver a situação de coletivo todo baixado ou
potência reduzida, e grandes mudanças de atitude (lateral ou
longitudinalmente).
• Ter realizado o curso teórico para o treinamento do combate aéreo, ministrado pela Uae;
• Ter realizado todas as missões de formatura (02 anv) previstas para o PFO.
• Aeronaves:
- Configuração: Lisa, portas fechadas, 02 pilotos;
- Combustível: 50 a 60%;
- Armamento: Visor instalado ou equivalente.
• Missões:
- 11HT01...................................01 HEL;
- 11HT03 a 21...........................02 HEL;
- 11HT23 a 29...........................03 HEL.
5.12 EQUIPAGEM
• Tempo de voo.....................01:00h;
• Briefing...............................01:00h antes da partida.
5.14 CONSIDERAÇÕES
• Todos os pilotos deverão estudar além deste documento, o Manual de Combate Aéreo;
• A fraseologia prevista será a padronizada no manual de formatura (MAFO) e somada a esta
as observações do Manual de Combate Aéreo (MACOM);
• Inicialmente os treinamentos das manobras de combate aéreo serão realizados entre os
instrutores, e posteriormente com os militares nas fases de manutenção e formação operacional
(PMO e PFO);
• Os pilotos devem compulsoriamente conhecer todas as limitações aerodinâmicas e o
envelope de voo da aeronave;
• Os pilotos deverão sempre ter em mente os PRINCÍPIOS DO COMBATE AÉREO:
- EVITAR DETECÇÃO;
- AVISTAR PRIMEIRO O INIMIGO;
- RECONHECIMENTO;
- IDENTIFICAÇÃO;
- DECIDIR O ENGAJAMENTO;
- SER IMPREVISÍVEL.
Partindo de um voo nivelado a 500 ft e 100 kt, realizar uma curva nivelada
com 60º de inclinação para um dos lados. Simultaneamente aplicar potência para
conseguir a máxima razão de curva para a aeronave e carga g=+2 para sustentar a curva
nivelada.
– Limites:
a. Potência 65% tq;
b. Inclinação constante 60º;
c. Carga máxima +2g.
– Parâmetros:
a. Realizar 360º de curva;
b. Não permitir que a velocidade caia abaixo de 60 kt;
c. Executar a curva para ambos os lados.
– Manobra defensiva:
Curva voltada para o lado do atacante, procurando mante-lo no mesmo plano de voo do
defensor, provocando um passe frente a frente ou uma espirrada, negando solução de tiro por parte
do atacante.
– Erros Comuns:
a. Prender-se aos instrumentos do helicóptero, não permanecendo atento ao espaço aéreo;
b. Não completar a potência para o torque máximo (65%);
c. Permitir que a velocidade caia abaixo de 60 kt;
d. Não puxar ou não manter a puxada de 2g prevista;
e. Variar altura durante a manobra;
f. Perder velocidade rapidamente ao permitir ganho de altura.
Partindo de voo nivelado a 500 ft de altura e 100 kt, realizar uma curva defensiva.
Iniciar a manobra nivelando o helicóptero, modificando o plano de voo, e após isso, cabrar,
trocando velocidade por altura. No topo da manobra, com baixa velocidade, obtém-se um raio de
curva menor.
Na parte mais alta, não permitir que a velocidade caia abaixo de 60 kt.
Trabalhar a aeronave, para que a mesma retorne para os parâmetros iniciais de
velocidade, inclinação e altitude, obtendo solução em tiro.
Esta é uma manobra que permite o atacante se reposicionar às 6 horas do alvo, evitando
uma espirrada.
– Parâmetros :
a. Potência fixa: 65% tq;
b. Carga g: menor que +2g;
c. Executar a manobra para ambos os lados.
– Limites:
a. Inclinação máx: 90º;
– Erros Comuns:
a. Não desinclinar o helicóptero e definir a puxada, subindo em curva;
b. Imprimir “g” excessivo no ínicio da subida;
c. Subir pouco, permanecendo com velocidade, e puxar “g” no topo da manobra;
d. Permanecer com o nariz alto no topo da manobra (ao inclinar), permitindo que a velocidade caia
abaixo de 60 kt;
e. Picar muito e/ou demorar a quebrar a atitude de nariz embaixo, tendo que puxar “g” para finalizar
a manobra no nível correto;
f. Terminar a manobra abaixo da altitude da ínicio.
– Limite:
Velocidade máxima no mergulho: 120 kt
– Parâmetros:
a. Potência fixa
b. Executar a manobra para ambos os lados.
– Erros Comuns:
a. Variar a potência durante a manobra:
b. Não embalar efetivamente o helicóptero durante o mergulho;
c. Não coordenar o helicóptero durante as variações de velocidade;
d. Puxar em curva ao retornar para o nível de voo inicial.
Partindo de um voo nivelado a 500 ft e 100 kt, iniciar a manobra curvando, aplicando a
potência máxima permissível e abrindo 45º a direita ou esquerda. Após estabilizar, iniciar uma
cabrada de até 25º de arfagem, curvando para o lado contrário da abertura, sem deixar que a
velocidade caia abaixo de 60 kt.
Terminar a manobra estabilizando no mesmo nível inicial, com 100 kt e 180º
defasado da proa inicial.
Manter a potência máxima até a velocidade atingir 100 kt. Final da manobra.
– Limites:
a. Velocidade máxima: 120kt;
b. velocidade mínima: 60 kt;
c. Ângulo de Cabrada: 25º;
d. Inclinação máxima: 90º;
e. Carga máxima: 2g+.
– Parâmetros:
a. Ganho de altura 200 a 500 ft;
b. Com uma busca mudança de ângulo de ataque logo no ínicio da manobra, a tendência é de
redução imediata da velocidade, conseqüentemente, menor ganho de altura;
c. A subida pode ser executada inicialmente com maior puxada que inclinação;
d. Executar a manobra para ambos os lados.
– Manobra Ofensiva:
Permite o uso da velocidade para ganhar vantagem de altura e atingir uma posição de
perseguição.
– Erros Comuns:
a. Terminar a manobra abaixo do nível inicial;
b. Pouca puxada de nariz no ínicio da manobra;
c. Permitir que a velocidade caia abaixo de 60 kt;
d. Demorar a quebrar a atitude de nariz embaixo, tendo que puxar “g” para não finalizar a manobra
abaixo do nível de voo inicial.
5.15.5 PITCH UP
Partindo de um voo nivelado a 500 ft e 100 kt, iniciar a manobra cabrando efetivamente o
helicóptero na reta, até o limite de 25º de arfagem, e aplicando a potência máxima permissível.
Quando a velocidade atingir 65 kt (altura máxima) nivelar, mantendo a altitude de
nivelamento.
Após o nivelamento manter a potência aplicada até 90 kt. Final da manobra.
– Limites:
a. Inclinação: 30º;
b. Ângulo de arfagem 25º;
c. Potência: 65º;
d. Carga G: máx. 2G+;
e. Velocidade: 100 kt máxima, 60 kt mínima.
– Parâmetros:
a. Ganho de altura 500 a 1000 ft;
b. Razão de subida +- 2300 ft/min;
c. Tempo manobra +-30 seg;
d. Ângulo de arfagem: variando até 25º;
e. Velocidade mínima: 60 kt;
f. O ângulo de arfagem deve reduzir gradativamente durante a manobra, mantendo uma velocidade
mínima de 60 kt.
– Manobra defensiva:
Deverá ser usada quando a ameaça estiver próxima ou já empregando o armamento.
Procura uma variação rápida do plano de voo e altitude.
– Erros comuns:
a) Cabrar bruscamente, ganhando pouca altura;
b) Cabrar demasiadamente suave obtendo pouca efetividade na manobra;
c) Não comandar cíclico e coletivo simultaneamente,
d) Deixar a velocidade cair abaixo de 60 kt,
e) Imprimir carga g negativa no final da manobra.
5.15.6 DIVING
Partindo de um voo nivelado a 1.500ft e 60 kt, iniciar a manobra inclinando de 45* a 60* e
baixando o nariz de 15* a 25*. Simultaneamente baixar o coletivo para um torque em torno de 40%;
Durante a descida ajustar a potência para 60% tq, acelerando para 120 kt;
Iniciar o nivelamento a 750 ft de altura, aplicando o coletivo necessário para manter 100 kt
nivelado, a 500 ft. Final da manobra.
– Limites:
a) Inclinação – 60°;
b) Velocidade – 120 kt;
c) Ângulo de picada – 25°;
– Parâmetros:
a) Tempo de descida (1.000 ft): +-20 seg.;
b) Carga g – máx. 2g;
c) Atentar para disparos de rotação e corrigi-los com pequenas atuações no coletivo ou, se for
necessário, deixa-lo ligeiramente mais atuado;
d) Considerando um ângulo de pitch-down constante, a descida com potência vai significar um
aumento na Vi e uma diminuição da razão de descida. No caso do voo sem potência, haverá um
acréscimo substancial na razão de descida, mas o helicóptero não vai acelerar tanto. Assim, a
utilização da potencia fica relacionada com a razão de descida desejada e a velocidade que se quer
obter ao final do diving. Este exercício dá ao piloto conhecimento sobre o comportamento do
helicóptero em voo picado;
e) Executar a manobra para ambos os lados.
– Manobra defensiva
Permite uma descida rápida, buscando a segurança e camuflagem com o terreno.
– Erros comuns:
a) Prender-se aos instrumentos, não permanecendo atento ao espaço aéreo;
b) Picar pouco durante a manobra;
c) Não aplicar a inclinação prevista realizando uma espiral com grande raio;
d) Variar a atitude de nariz (25* picado) e a inclinação durante a manobra;
e) Não completar o torque durante a descida;
f) Terminar a manobra abaixo da altura prevista;
g) Não completar a potência, ao nivelar no final da manobra;
h) Permitir disparos de Nr.
5.15.7 REVERSÕES
Partindo de um voo nivelado a 500 ft de altura e 100 kt, iniciar uma curva defensiva para um
dos lados, e reverter alternadamente de um lado para o outro, mantendo a altura.
Obs: O instrutor deverá comentar a melhor técnica a ser utilizada nos comandos para que o
exercício seja conduzido suave e continuamente.
– Limites:
a) Inclinação – 60º;
b) Potencia Máx. – 65% tq;
c) Carga Más. : +2g.
– Parâmetros:
a) Variar 45° para cada lado da proa inicial;
b) Realizar no máximo 4 reversões consecutivas;
c) A potência deverá ser utilizada de modo a controlar o torque e manter sempre curvas sustentadas
(65% de torque);
d) Utilizar carga máxima de +2g para manter a curva sustentada;
e) A velocidade durante as reversões não deve cair abaixo de 60 kt.
– Manobra defensiva
– Erros comuns:
a) Não utilizar potencia máxima;
b) Não aliviar o comando de arfagem durante a reversão,
c) Não controlar o acréscimo de torque nas reversões a direita,
d) Não ajustar a potencia máxima após as reversões;
e) Voar descoordenado;
f) Não manter a puxada (2g), realizando a manobra com pouca efetividade;
g) Os mesmos da curva defensiva.
Partindo de um voo nivelado a 1.000 ft e 100 kt, realizar Manobras Básicas de Combate
Aéreo, sem perder a continuidade.
NOTA: A sequência tática (JINK OUT) tem como razão principal tornar o defensor
imprevisível, negando ao atacante o mesmo plano de voo e a solução de tiro, garantindo a
sobrevivência.
– Limites:
a. Velocidade máxima: 120 kt;
b. Velocidade mínima: 60 kt;
c. Ângulo de cabrada: 25°;
d. Ângulo de picada: 25°;
e. Inclinação máxima: 90º;
f. Potência máxima: 65% tq;
g. Carga máxima: +2g.
– Parâmetros:
Deverá ser observada a seguinte sequência:
a. Pitch- up
b. Diving
c. Reversões
Executar a manobra iniciando-a para ambos os lados.
– Desenvolvimento:
Estando a 1000 ft e 100 kt, iniciar uma curva de 20° de inclinação para um dos lados e,
após estabilizar na curva, nivelar o helicóptero e realizar o pitch-up na reta.
O diving será realizado para o lado oposto ao da curva inicial de 20° de inclinação. (Em
caso real, o diving deve ser realizado para cima do atacante).
Após o nivelamento, ao final do diving, iniciar uma seqüência de 4 reversões.
Final da manobra.
– Manobra defensiva:
O defensor tenta tornar-se imprevisível, manobrando aleatoriamente nos planos horizontal e
vertical. Utilizada em última instância, quando o atacante já atingiu distância para empregar ou já
está empregando o armamento e o defensor deve procurar negar seu plano de voo a todo custo.
Em instrução local será realizada a seqüência prevista.
– Erros comuns:
a. Efetuar o pitch-up com pouca efetividade e em curva;
b. Não aplicar 65% de torque ao iniciar o pitch-up;
c. Imprimir carga g negativa ao iniciar o diving;
d. Picar excessivamente para o diving;
e. Não aplicar potência durante o diving para acelerar;
f. Não acelerar efetivamente durante o diving, iniciando as reversões com baixa velocidade;
g. Não nivelar na altura correta;
h. Os mesmos previstos para os exercícios de pitch-up, diving e reversões.
Partindo de um voo nivelado a 1500 ft de altura e 100 kt, iniciar a manobra baixando o
coletivo para mínimo, mantendo a alua com o uso do cíclico; com 60 kt de velocidade inclinar 90°
para um dos lados e baixar suavemente o nariz para uma picada de 25°.
Iniciar uma suave puxada de nariz e com aproximadamente 135° de curva começar a
reduzir a inclinação e aplicar potência.
Nivelar com 180º de curva e aguardar que a velocidade atinja 100 kt, reduzindo a potência
para mantê-la. Final da manobra.
– Limites:
a. Velocidade máxima: 120 kt;
b. Velocidade mínima: 60 kt;
c. Ângulo de picada: 25°;
d. Inclinação máxima: 90º;
e. Potência máxima: 65% tq;
f. Carga máxima: +2g.
– Parâmetros:
a. Tempo de manobra +- 15 seg.;
b. Perda de altura +- 550 ft;
c. Executar a manobra para ambos os lados.
– Manobra defensiva
Permite uma mudança rápida no plano vertical e na direção de deslocamento. A grande
perda de altura, possibilita o voo mais próximo do terreno para uma evasiva ou mesmo levar um
míssil a perder contato.
– Manobra ofensiva
Permite fazer uso da altitude para atingir uma posição de perseguição. A condição
determinante é o avistamento.
– Erros comuns:
a. Não puxar de nariz ao picar, antes do helicóptero embalar, não aproveitando a baixa velocidade
para diminuir o raio de curva;
NOTA: Atualmente essa manobra não está sendo treinada, por motivos de preservação da
aeronave.
– Limites:
a. Potencia 65% tq;
b. Inclinação constante 60º;
c. Carga máxima +2g.
– Parâmetros:
a. Realizar curva até atingir o frente a frente ou a espirrada do atacante.
b. Não permitir que a velocidade caia abaixo de 60kt.
c. Executar a curva para ambos os lados.
NOTA: se o atacante acusar “dentro” a uma distância maior que 1.000 ft, isto resultará em
um cruzamento frente a frente. Se o atacante o fizer entre 500 e 1.000 ft, ocorrerá um grande
ângulo de aspecto, forçando a espirrada.
– Manobra defensiva:
Curva voltada para o lado do atacante, procurando negar-lhe a solução de tiro,provocando o passe
frente a frente ou a espirrada.
– Erros Comuns:
a. Prender-se aos instrumentos, não permanecendo atento ao espaço aéreo;
b. Não completar a potência máxima durante a manobra;
c. Não manter a puxada (2g), realizando a manobra com pouca efetividade;
d. Não utilizar a vigia superior para visualização o atacante;
e. Variar altura durante a manobra;
f. Perder velocidade rapidamente ao permitir ganho de altura;
g. Perder visual com o atacante.
NOTA.: Também é um erro comum atacante não manobrar no plano de voo de defensor.
– Limites:
a. Inclinação máx: 90º
– Parâmetros:
a. Potência fixa: 65% tq.
b. Carga g: menor que +2g.
c. Executar a manobra para ambos os lados.
d. Esta manobra permite ao atacante se reposicionar às 6 horas do defensor,
diminuindo o “angle-off” e evitando uma espirrada.
– Erros Comuns:
a. Não desinclinar o helicóptero, e definir a puxada subindo em curva;
b. Subir pouco ou demorar a cabrar, passando das 6 horas do defensor, espirrando ou tendo que
puxar “g” para se posicionar;
c. Permanecer com o nariz alto no topo da manobra (ao inclinar), permitindo que a velocidade caia
abaixo de 60 kt;
d. Picar muito e/ou demorar a quebrar a atitude de nariz embaixo,tendo que puxar “g” para finalizar
a manobra no nível do defensor;
e. Cortar o raio de curva do defensor durante a descida, anulando o exercício;
f. Não descer para o nível de voo do defensor ao se posicionar no final da manobra;
g. Terminar a manobra abaixo do nível de voo do defensor;
h. Terminar a manobra com distância de tiro menor do que a prevista.
5.16.3 YÔ-YÔ DE BAIXA
– Limites:
a. Velocidade máxima no mergulho: 120 kt
– Parâmetros:
a. Potência fixa.
b. Executar a manobra para ambos os lados.
– Erros comuns:
a. Não permitir que o defensor comece a distanciar para iniciar a manobra;
b. Variar a potência durante a manobra;
c. Não embalar efetivamente o helicóptero durante o mergulho;
d. Puxar em curva ao retornar para o nível do defensor;
e. Cortar muito o raio de curva do defensor.
f. Não coordenar o helicóptero durante as variações de velocidade.
5.16.4 PITCH-BACK
– Limites:
a. Velocidade máxima: 120 kt
b. Velocidade mínima: 60 kt
c. Ângulo de cabrada: 25º
d. Inclinação máxima: 90º
e. Carga máxima: 2g+
– Parâmetros:
a. Ganho de altura – 200 a 500 ft.
b. Com uma brusca mudança no ângulo de ataque logo no início da manobra, a tendência é de
redução imediata da velocidade, conseqüentemente, menor ganho de altura.
c. A subida pode ser executada inicialmente com maior puxada que inclinação.
d. Executar a manobra para ambos os lados.
NOTA: Esta manobra também pode ser realizada com o atacante 200 ft abaixo do defensor.
Isto obriga o atacante a perceber a antecipação necessária para engajar um alvo com maior nível
de energia, diferente de quando estão no mesmo nível e com a mesma velocidade.
Esta situação sugere um melhor mascaramento do atacante e, mesmo assim, é possível a
realização do exercício com êxito. Este exercício poderá ser treinado nos voos de manutenção
operacional.
– Manobra ofensiva
Permite o uso da velocidade para ganhar vantagem de altura e atingir uma posição de
perseguição.
– Erros comuns:
5.16.5 REVERSÕES
– Limites:
a. Inclinação – 60º;
b. Potência – máxima 65% tq;
c. Carga máxima +2g.
– Parâmetros:
a. O atacante informará “espirrando” sempre que cruzar as seis horas do defensor;
b. Realizar no máximo 4 reversões consecutivas;
c. A potência deverá ser utilizada de modo a controlar o torque e manter sempre curvas sustentadas
( potência máxima);
d. Utilizar carga máxima de 2g para manter a curva sustentada entre 45º a 60º de inclinação;
e. A velocidade durante as reversões não deve cair abaixo de 60 kt;
f. Procurar manter o contato visual com o atacante, para melhor realização do exercício.
NOTA: Este exercício visa o treinamento de reversões por parte do defensor, portanto, o
atacante deverá manobrar de forma a permitir a espirrada. Surgirá a tendência do atacante
ultrapassar o alvo.
– Manobra defensiva:
Provoca a espirrada ou ultrapassagem do atacante.
Normalmente deve ser evitada, entretanto, deve ser utilizada na impossibilidade de
qualquer outra. Esta manobra pode ser treinada como complemento do diving.
– Erros comuns:
a. Não utilizar potência máxima;
b. Permitir que a velocidade caia abaixo de 60 kt;
c. Não aliviar o comando de arfagem durante a versão;
– Manobra defensiva:
Deve ser utilizada para evitar uma posição de perseguição por parte do atacante, que
estará manobrando nos planos horizontal e vertical.
– Limites:
a. Inclinação máx: 90º;
b. Carga g: 2g+.
– Parâmetros:
a. Potência fixa: 65% tq;
b. Não permitir que a velocidade caia abaixo de 60 kt;
c. A visualização ocorre principalmente pelas vigias superiores e a coordenação com o 2P é
fundamental para a realização do exercício;
d. O atacante deverá informar “subindo” na ascendente do yô-yô e “descendo” quando na
descendente;
e. Executar a manobra para ambos os lados.
– Erros Comuns:
– Limites:
a. Velocidade máxima no mergulho: 120 kt
b. Inclinação máxima no mergulho: 90º
c. Carga g: 2g+
– Parâmetros:
a. Potência fixa: 65% tq;
b. Não permitir que a velocidade caia abaixo de 60 kt;
c. O atacante deverá informar “descendo” na descendente do yô-yô e “subindo” quando na
ascendente;
d. Executar a manobra para ambos os lados.
– Erros comuns:
a. Não manter-se “tally”;
b. Utilização dos comandos de voo com amplitude exagerada;
c. Desinclinar muito na inicial do exercício, durante a descida do atacante;
d. Não puxar efetivamente em direção ao atacante;
e. Não procurar o plano de voo do atacante.
Após o atacante acusar “dentro”,o alvo inicia uma curva defensiva de 45º ou 60º de
inclinação (conforme O.I.), mantendo 80 kt, forçando a espirrada do atacante.
Partindo de uma curva “lead” o atacante inicia um snap – shot, seguido de uma curva para
fora, objetivando abandonar a arena. Encerrar o combate após o pipper atingir o centro do alvo,
comandando a separação.
– Limites:
a. Inclinação máxima: 90º;
b. Carga g: 2g+;
c. Potência máxima: 65% tq.
– Parâmetros:
a. Executar a manobra para ambos os lados.
– Erros Comuns:
a. Não se enquadrar no plano de voo do alvo
b. Puxar “g” para não espirrar da curva do alvo;
c. Colocar o pipper inicialmente sobre o alvo, e não à sua frente;
d. Desinclinar e reverter antes do pipper atingir o alvo ;
e. Não aplicar a potência máxima para a separação;
f. Somente desinclinar e aliviar a puxada, não curvando para fora para comandar a separação.
NOTA: A sequência tática (JINK OUT) tem como razão principal tornar o defensor
imprevisível, negando ao atacante o mesmo plano de voo e a solução de tiro, garantindo a
sobrevivência.
O defensor inicia uma curva de 20º de inclinição após o atacante acusar “dentro”,
procurando visualiza-lo. Quando o atacante atingir a distância de tiro, o defensor inicia manobras de
curta duração com a finalidade de negar o plano de voo ao atacante. Encerrar o combate ao
finalizar a sequência.
– Limites:
a. Velocidade máxima: 120 kt
b. Velocidade mínima: 60 kt
c. ângulo de cabrada: 25º
d. ângulo de picada: 25º
e. Inclinação máxima; 90º
f. Potência máxima: 65% tq.
g. Carga máxima: 2g+
– Parâmetros:
Deverá ser observada a seguinte sequência:
a. Pitch – up
b. Diving
c. Reversões
– Desenvolvimento:
O defensor inicia uma curva de 20º de inclinação após o atacante acusar “dentro”,
procurando visualizá-lo. Após perceber o atacante na distância de tiro, nivelará o helicóptero e
realizará um pitch – up na reta. Em treinamento, para efeito de segurança, o
diving deverá ser realizado para o lado oposto ao que o atacante foi avistado. (Em caso real, o
diving deve ser realizado para cima do atacante).
Após o nivelamento, ao final do diving, o defensor informa “revertendo” e inicia a sequência
de reversões.
O atacante permanece responsável pela separação.
– Manobra defensiva:
O defensor tenta tornar-se imprevisível, manobrando aleatoriamente nos planos horizontal e
vertical. Utilizada em última instância, quando o atacante já atingiu distância para empregar ou já
está empregando o armamento e o defensor deve procurar negar o seu plano de voo a todo custo.
Em instrução local será realizada a seqüência prevista.
– Erros Comuns:
a. Não aplicar 65% tq ao iniciar o pitch-up;
b. Efetuar o pitch-up com pouca efetividade e em curva;
c. Deixar a velocidade cair abaixo de 60 kt no topo do pitch-up;
d. Imprimir carga “g” negativa ao iniciar o diving;
e. Picar excessivamente para o diving;
f. Não aplicar potência no meio do diving para acelerar;
g. Não acelerar efetivamente durante o diving, iniciando as reversões com baixa velocidade;
h. Não nivelar na altura correta;
i. Os mesmos previstos para os exercícios do pitch-up, diving e reversões.
Para posição de TRACKING o piloto deverá posicionar-se às 5/7 horas do alvo e nomesmo
plano de voo.
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
ALA 10
SEÇÃO 5
TRÁFEGO E FRASEOLOGIA
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
1.5 FINALIDADE
1.6 OBSERVAÇÕES
Esta publicação contém observações com os títulos: NOTA, CUIDADO e PERIGO, que
devem ser interpretadas da seguinte maneira:
NOTA - Para ressaltar pontos que devem ser observados com mais atenção.
CUIDADO - Para ressaltar pontos cuja inobservância poderá causar danos materiais.
PERIGO - Para ressaltar pontos cuja inobservância poderá causar danos pessoais.
CAPÍTULO II
CONCEITUAÇÕES
5 Reta final:
Trajetória de voo no sentido do pouso e no prolongamento do eixo da pista compreendida
entre a perna base e a cabeceira da pista em uso.
6 Inicial*:
Trajetória do circuito de autorrotação, de altura definida, coincidente com a reta final
(autorrotação na reta e de 360°) ou coincidente com a perna do vento (autorrotação de 180°).
* Não previsto na ICA 100-12.
2.6 QUADRADOS
Área demarcada no solo, de configuração geométrica quadrada, utilizada para treinamento
de aproximação e operação próxima ao solo com helicóptero.
CAPÍTULO III
TRÁFEGOS
Os circuitos abaixo relatados, tratam das situações mais comuns encontradas no tráfego de
SBNT e visam a fluidez do tráfego, porém, em função das especificidades e particularidades
ocorridas em função do compartilhamento civil/militar ocorrido em Natal, todas as situações estarão
sujeitas à coordenação/autorização dos órgãos de controle de tráfego aéreo.
3.1.1 Taxiamento aéreo para a decolagem da faixa de táxi em frente ao hangar do 1º/11º GAV:
Será realizado de acordo com a coordenação/autorização emitida pelo Solo-NT.
Após livrar a área dos boxes via faixa branca, prosseguir na reta até a segunda faixa
amarela, ponto no qual poderá ser realizada a decolagem.
3.1.3 Taxiamento aéreo de regresso após aproximação para o pátio (través da ilha de concreto do
CAN):
Será realizado de acordo com a coordenação/autorização emitida pelo Solo-NT ou Torre-NT.
Após aproximação para o través da ilha de concreto, deverá ser realizado taxiamento aéreo
na reta, caso os boxes 1, 3 ou 5 estejam disponíveis. No impedimento destes, deve-se buscar a
faixa amarela no sentido contrário e prosseguir via faixa branca central, ocupando os boxes
conforme definido em apronto. Pode-se, ainda, cruzar os boxes ímpares com o intuito de seguir até
os boxes pares, desde que haja tripulação a bordo e espaço disponível nos boxes ímpares para o
cruzamento. Em todo caso, deverá ser observada a movimentação de outros helicópteros iniciando
o taxiamento, pois estes terão prioridade.
3.2.1 CONSIDERAÇÕES
De maneira geral os tráfegos serão realizados conforme os parâmetros a seguir:
Alguns tráfegos terão particularidades a serem mencionadas neste capítulo, como no caso
dos tráfegos de autorrotação, tráfego curto, tráfego para pouso de assalto, área restrita e tráfego
kapoff.
NOTA: Para as missões de instrução em SBNT, a altitude do aeródromo será considerada
200 ft.
O piloto deve atentar para a separação mínima com o eixo de decolagem das pistas 16L,
evitando qualquer tipo de conflito de tráfego.
ft de altura e 50 kt. A curva base será executada respeitando o limite de não ultrapassar a estrada
da Lagoa da BANT.
NOTA: Deverá ser realizado o perfil de “Tráfego Curto”, apenas, com a carga ou homens
(boneco) suspensos.
PERIGO: Especial atenção deve ser dada à curva de enquadramento da final para o pátio
e/ou taxiway “K”, pois um erro em seu perfil de execução (“barriga”) poderá causar um conflito de
aproximação com outras aeronaves na final para a pista 16L e/ou o sobrevoo de aeronaves no pátio
de SBNT.
NOTA: Caso a TWR-NT não autorize o ingresso no tráfego para pouso final, o piloto poderá
executar uma espera na proximidade de “Galpão” sem conflitar com os tráfegos da Pista de Grama
e do Setor E.
Deverá ser feito pelo fixo compulsório CONJUNTO, a 500 ft AGL e 80 kt. Após CONJUNTO,
a aeronave interceptará a perna do vento do tráfego desejado (Setor E ou Pista de Grama /
Quadrados).
Deverá ser feita pelo fixo compulsório CAIXA, a 500 ft AGL e 80 kt. Após CAIXA, a
aeronave interceptará a perna do vento do Trafego do Setor W.
NOTA: Caso 02 aeronaves estejam cruzando o aeródromo pelo Setor Sul em sentidos
opostos, as mesmas deverão manter a cabeceira 34 R a sua direita de forma a prover um
afastamento lateral de, pelo menos, 500 ft entre as aeronaves.
As aeronaves que estão nos segmentos: reta de decolagem e perna de través, executam a
saída normal do tráfego. As que estiverem na perna do vento deverão fazer curva para fora do
tráfego. Após o abandono do tráfego e em coordenação/autorização com os órgãos de controle, as
aeronaves executarão a entrada no circuito por CONJUNTO ou CAIXA.
NOTA: antes de ingressar no “novo” sentido de tráfego, o piloto deve verificar se todas as
aeronaves em operação no aeródromo já pousaram ou abandonaram o circuito.
Especial atenção deve ser dada à separação de tráfego na pista de grama / quadrados. Os
helicópteros estarão operando de forma “independente” ao tráfego de SBNT por meio de uma
frequência de coordenação, ou seja, a separação de tráfego é de responsabilidade das tripulações.
As curvas de prioridade são realizadas para prover separação entre as aeronaves, devendo
ser utilizadas na perna do vento pela aeronave que segue atrás. A curva será sempre para o lado de
fora do tráfego.
a) Interromper a instrução.
b) Acionar o código transponder 7600.
c) Realizar tráfego pelo Setor E para pouso final.
d) Efetuar lampejo de faróis (3 vezes) a partir da perna base e completar a aproximação para o
pátio.
a) Interromper a instrução.
b) Acionar o código transponder 7600
c) Efetuar arremetida no ar sobre o eixo da TWY “I” lampejando o farol 3 vezes.
d) Aguardar sinal visual da TWR na Perna do vento do Setor W e, caso visualize o “sinal
verde”, executar aproximação final para a pista 12 (antes do cruzamento com a 16L).
e) Após clarear o eixo da final 16L e visualizar o “sinal verde” da TWR, cruzar a pista taxiando
conforme o previsto neste manual.
Caso o volume de tráfego aéreo não viabilize o cruzamento de helicópteros para o Setor W
ou ingresso nas áreas de instrução, poderá ser utilizado o procedimento denominado “Corredor
Gavião”, conforme descrito abaixo:
Após decolagem curvar para proa 120º, até a vertical da Lagoa do Jiqui (parte mediana).
Após, curvar à direita proa 250º, sobrevoando o lado direito do leito do riacho Taborda até a BR-101,
mantendo 100 ft AGL e 100kt. Solicitar autorização da TWR-NT para ingresso no circuito de tráfego
do setor W pela posição “caixa” ou informar que está prosseguindo para as áreas de instrução
GAVIÃO para coordenação com TUPÃ. O cruzamento do setor W para o E poderá ser realizado no
mesmo perfil. Nesse caso, deverá haver a solicitação à TWR-NT para ingresso no circuito de
tráfego do setor E pela posição “conjunto” ou ainda ingressar no tráfego da pista de grama pela
perna do vento, após a passagem da Lagoa do Jiqui, contornando a lagoa do jiqui pela direita, a fim
de manter separação dos tráfegos que possam estar ingressando no corredor GAVIÃO no sentido
inverso.
NOTA 1: Deverá ser mantida a escuta da TWR-NT no cruzamento dos eixos de decolagem
das pistas 16L/R.
NOTA 2: Os pilotos devem atentar para não abordar o vale do Riacho Água Vermelha, após
o ingresso no Corredor Gavião, pois o mesmo não provê distância segura com o eixo de decolagem
da pista 16R.
CAPÍTULO IV
ÁREA DE INSTRUÇÃO
4.1 FINALIDADE
O espaço aéreo reservado para a instrução de helicópteros do 1º/11º GAV foi concebido
para atender à demanda das diversas missões do CEOAR, separando totalmente o tráfego com as
demais aeronaves sediadas em SBNT.
4.2. IDENTIFICAÇÃO
O espaço aéreo destinado ao 1°/11° GAV é delimitado em altura e distância do arco DME
de NTL (114,30 MHz), sendo subdividido em seis áreas de instrução.
4.3. LIMITES
1. SBR-258 Área H1X - arcos DME de 07 a 10 NM – RDL 179 a 185 - GND a 500 ft;
2. SBR-259 Área H1Y - arcos DME de 10 a 15 NM – RDL 179 a 185 - GND a 1000 ft;
3. SBR-260 Área H1Z - arcos DME de 15 a 20 NM – RDL 179 a 185 - GND a 2000 ft;
4. SBR-261 Área H2X - arcos DME de 07 a 10 NM – RDL 185 a 296 - GND a 500 ft;
5. SBR-262 Área H2Y - arcos DME de 10 a 15 NM – RDL 185 a 296 - GND a 1000 ft; e
6. SBR-263 Área H2Z - arcos DME de 15 a 20 NM – RDL 185 a 296 - GND a 2000 ft.
NOTA: Embora os limites laterais previstos para as áreas H1 e H2 sejam delimitados pela radial 185
do VOR NTL, as aeronaves deverão utilizar a rodovia BR-101 como limite. Isto tem por objetivo
facilitar a coordenação entre as aeronaves voando nas áreas e utilizar uma referência de fácil
localização, além de não impedir o voo de aeronaves sem o equipamento VOR.
4.5. CONSIDERAÇÕES
Os locais para o treinamento de área restrita (clareiras) para o 1º/11º GAV são: BARREIRA
BAIXA / ALTA (05° 55,57’ S 035° 10,77’ W) e AMAZÔNIA (05° 51,33’ S 035° 11,16’ W).
Os locais para o treinamento de içamento na água para o 1º/11º GAV são: FOGUETE (05°
55’ 17’’ S 035° 09’ 10’’ W, raio de 1 NM) e BONFIM (06° 02’ 30’’ S 035° 12’ 30’’ W, raio de 1 NM).
BONFIM
CAPÍTULO V
FRASEOLOGIA EXTERNA
5.1 FINALIDADE
5.2 CONCEITUAÇÃO
5.3. GENERALIDADES
A fraseologia apresentada neste capítulo não pretende ser completa. Quando for
estritamente necessário, tanto os controladores de tráfego aéreo como os pilotos poderão utilizar
frases adicionais, devendo, no entanto, afastarem-se o mínimo possível da fraseologia.
Devido às características do aeródromo de Natal, onde é congregada a aviação civil de
transporte aéreo regular, táxi aéreo, aviação geral, aeropolicial, bem como tráfegos militares de
instrução, usualmente vê-se necessidade de afastamento da fraseologia padrão.
Este capítulo deve ser utilizado como um guia para estudo dos estagiários do CEOAR e não
pretende suprimir ou substituir a legislação em vigor que rege o assunto.
As seguintes mensagens deverão sempre ser cotejadas na íntegra:
1 Autorizações de/para: entrar na pista em uso; pousar; decolar; cruzar a pista em uso; regressar
pela pista em uso; autorizações condicionais e de nível do voo ou altitudes.
2 Instruções de/para: proas e velocidades; ajustes de altímetro; código transponder e pista em uso.
10 Canal tático reserva: Frequência alternativa utilizada pelas aeronaves em voo de formação
ou, nas missões de içamento "Kapoff" sobre a água, entre a aeronave e a embarcação SAR –
135,45 Mhz.
1 Partida
Piloto Pajé, Gavião zero uno.
Pajé Gavião zero uno, Pajé na escuta, prossiga.
Piloto Gavião zero uno, ciente a informação DELTA (de acordo com a mensagem ATIS),
Tráfego Pista de Grama (ou outra área de instrução), acionar.
Pajé Gavião zero uno, livre acionar, chame para o taxiamento aéreo.
Piloto Gavião zero uno.
2 Taxiamento aéreo
Piloto Pajé, Gavião zero uno, taxiamento aéreo para a taxiway “C” (ou posição desejada).
Pajé Gavião zero uno, livre taxiamento aéreo, taxiway “C”, autorizado para H2Y (ou outro
local), transponder 1401, chame Caribe para a decolagem.
Piloto Gavião zero uno, livre taxiamento até a taxiway “C”, autorizado para H2Y (ou outro
local), transponder 1401, chamará Caribe para decolagem (cotejar todas as
autorizações).
4 Após a decolagem
Torre Gavião zero uno, decolado aos ... , livre para frequência de coordenação, acuse para o
regresso; ou autorizado curva à direita; ou outra informação complementar.
Piloto Gavião zero uno, livre frequência de coordenação, acusará para o regresso (cotejar
toda a autorização).
15 Mudança de área
Piloto Tupã, Gavião zero uno solicita abandono da área H2Y para H1Y (ou outra área de
instrução).
Tupã Gavião zero uno, autorizada a mudança de área, é o nº . . ( nº de helicópteros na área ),
acuse no regresso.
Piloto Gavião zero uno, (cotejar toda a autorização).
17 Na posição Conjunto/Caixa
Piloto Caribe, Gavião zero uno, Conjunto/Caixa.
Caribe Gavião zero uno acuse perna do vento da pista . . .
Piloto Gavião zero uno, acusará perna do vento (cotejar toda a autorização)
a) Formatura Básica
DECOLAGEM
Último Ala: Negro 2, ou 4 em posição.
Ld: Ás ciente.
APÓS A REUNIÃO
Decolagem individual
Nº 2: Negro 2 em posição.
Nº 3: Negro 3 em posição.
Nº 4: Negro 4 em posição.
Ld: Ás ciente.
DECOLAGEM NA ALA
Nº 3: Negro 3 em posição.
Ld: Ás ciente.
NOTA: No caso de uma formação ter mais de uma esquadrilha, todos os números 3 reportarão “em
posição”, bem como os líderes após reunidos na formação.
MUDANÇA DE FREQUÊNCIAS
Ld: Gavião Negro, escuta do canal “n”.
Nº 2: Negro 2.
Nº 3: Negro 3.
Nº 4: Negro 4.
Ld: Gavião Negro, canal “n”, cheque.
Nº 2: Negro 2.
Nº 3: Negro 3.
Nº 4: Negro 4.
Ld: Checado.
ESCALONAMENTOS
Somente o Nº 2
Somente o 2º elemento
Ld: Negro 3, escalonar.
Nº 3: Negro 3.
Nº 3: Negro 3 em posição.
Ld: Ás ciente.
Toda a esquadrilha
Ld: Gavião Negro, escalonar.
Nº 2: Negro 2.
Nº 3: Negro 3.
Nº 4: Negro 4.
Nº 2: Negro 2 em posição.
Nº 3: Negro 3 em posição.
Nº 4: Negro 4 em posição.
Ld: Ás ciente.
MUDANÇAS DE FORMATURA
De Básica para Cerrada
Ld: Gavião Negro, cerrada.
Nº 3: Negro 3.
Nº 3: Negro 3, em posição.
Ld: Ás ciente.
Nº 2: Negro 2 em posição.
Nº 3: Negro 3 em posição.
Nº 4: Negro 4 em posição.
Ld: Ás ciente.
DISPERSÃO
Ld: Gavião Negro, atenção para a dispersão.
Nº 2: Negro 2.
Nº 3: Negro 3.
Nº 4: Negro 4.
Ld: “TOP”.
REUNIÃO
Ld: Gavião Negro, reunião.
Nº 2: Negro 2.
Nº 3: Negro 3.
Nº 4: Negro 4.
APÓS A REUNIÃO
Nº 2: Negro 2 em posição.
Nº 3: Negro 3 em posição.
Nº 4: Negro 4 em posição.
Ld: Ás ciente.
CONTA CORRENTE
Ld: Gavião Negro, conta corrente.
Nº 4: Negro 4, “dois cinco”.
Ld: Ás ciente.
Obs: Caso alguma das aeronaves da formação esteja com menos combustível que o número 4,
reportará ao líder e passará a ser o novo detentor da conta corrente.
CORTE DO MOTOR
Ld: Gavião Negro cheque.
Nº 2: Negro 2, 1 hora de voo, aeronave boa.
Nº 3: Negro 3, 1 hora de voo, aeronave boa.
Nº 4: Negro 4, 1 hora de voo, aeronave boa.
b) Formatura Tática
Nº 4: Negro 4 em posição.
Ld: Ás ciente.
Curvas em posição
Ld: Gavião Negro, 60° à direita / esquerda.
Proa “X°”.
Tesoura
Ld: Gavião Negro, tesoura.
Cruzada
Ld: Gavião Negro, cruzada.
Abertura
Ld: Gavião Negro, abertura.
Ld: Mantenha (ao atingir a distância desejada).
Fechamento
Ld: Gavião Negro, fechamento.
Ld: Mantenha (ao atingir a distância desejada).
Reversão
Ld: Gavião Negro, reversão.
Break
Ld: Gavião Negro, break ou, break à direita / break à esquerda.
MUDANÇAS DE FORMATURA
Ld: Gavião Negro, ataque 2. (ala tática, atack trail, linha de frente, etc)
Ala: Negro 2, 3, 4.
Obs: Todas as mudanças de formatura serão cotejadas e após o posicionamento, não será
reportado em posição.
POUSO DE ASSALTO
Ld: Gavião Negro, perna do vento área de pouso as XX horas.
Ala: Negro 2, 3, 4.
Após o pouso
Nº 4: Negro 4 em posição.
Ld: Ás ciente.
Autenticação:
Ld (1P):- Gavião Negro, ás BEL (Bravo Echo Lima), 8775, molhado (ou seco).
N° 2: - Negro 2, DAP (Delta, Alpha, Papa), 8776, molhado.
Crupiê: - Crupiê ciente, ás BEL, 8775 molhado, Negro 2, DAP, 8776, molhado, alvo da esquerda,
acuse FINAL. (crupiê deverá repassar os dados para a ficha de controle e, após, cotejar para a
esquadrilha).
No abandono:
Ld: - Crupiê, Gavião Negro pronto e desligado, abandona para o pouso.
Crupiê: - Crupiê ciente, Cassino fechado para o Gavião Negro.
Em missão de TT/TP, o Crupiê deverá informar o total de acertos ao declarar Cassino fechado:
Crupiê: - Crupiê ciente, Ás Negro, 38... Negro 2, 37... Cassino fechado para o Gavião Negro
NOTA: Em caso de emprego isolada a fraseologia após o último passe e no abandono serão
conjugadas numa só mensagem.
Ex.:
Piloto: - Gavião zero uno, pronto e desligado, abandona para o pouso.
Crupiê: - Crupiê ciente, Cassino fechado para o Gavião zero uno, total de acertos XX.
Inicial:
Piloto: - Gavião zero uno, inicial para o pairado.
Crupiê: - Crupiê.
Ao estabilizar o pairado:
Piloto: - Gavião zero uno pronto.
Crupiê: - Crupiê, 2000 ft (informar a distância observada).
b) Partida
Piloto Pajé, Reboque Gavião, ciente da informação DELTA para enganchamento na pista de
grama, acionar.
c) Táxi
Piloto Pajé, Reboque Gavião, para o taxiamento aéreo.
d) Alinhado para decolagem
Piloto Caribe, Reboque Gavião, pronto para decolagem para a pista de grama.
e) Após a decolagem
Caribe Reboque Gavião, decolado aos ___, acuse para início do enganchamento.
Piloto Reboque Gavião.
h) Regresso
Piloto Caribe, Reboque Gavião no regresso para o desenganchamento.
a) Antes da partida
Ld Gavião negro cheque.
Negro dois Azul.
Negro três Vermelho.
b) Quando na área e pronto para o tiro o reboque informará: altitude, proa e velocidade
Reboque Reboque pronto, estabilizado 2000 pés, proa 070°, velocidade 70 kt, informe
poleiro.
Ás Ás negro ciente.
c) No Poleiro, em escalão
Ld Gavião negro, Poleiro.
Reboque Reboque.
Ld Gavião negro Fence Cheque.
Alas Negro2/3 ciente seco/ molhado.
e) Para o retrocesso
Ld Gavião negro lock.
Alas Negro 2/3 lock.
Ld Reboque, livre retrocesso.
Reboque Reboque.
f) Após o emprego
Ld Gavião negro, treinamento encerrado, fence check .
Alas Negro2/3 pronto e desligado.
Ld Reboque, livre abandono para o alijamento.
Reboque Reboque ciente.
Na final, o reboque não deve baixar de 1200 ft até se encontrar no centro da área, quando então
iniciará a descida na vertical, devendo estar atento ao comportamento do vento para com a
biruta, afim de evitar que a mesma siga para fora da área. Tal informação será dada pelo aranha
(solo), bem como o próprio operador a bordo.
Obs.: Em qualquer fase do voo, caso o alvo coloque em perigo o rebocador, o piloto deverá
comandar o alijamento da biruta.
Ás/Aranha/ Reboque alija, alija,alija.
Mc/OE
CAPÍTULO VI
FRASEOLOGIA INTERNA
6.1 CONSIDERAÇÕES
Como o H-50 pode ser normalmente operado com apenas 01 piloto, a presente fraseologia
de cabine também deve ser utilizada quando o piloto estiver operando sem o segundo piloto, com
as devidas adaptações. Neste caso, a parte que correspondente ao segundo piloto será executada
pelo único piloto.
É fundamental que todas as orientações sejam cotejadas, especialmente nos
deslocamentos a partir do pairado.
Nos casos onde a referência conste 1P/AL e/ou 2P/IN são usados em todas as situações,
para os casos onde a referência conste AL e/ou IN são situações particulares do voo de instrução.
Coordenação:
1. 1P/AL executará os cheques e o 2P/IN acompanhará a sua realização.
2. OE deverá se posicionar à frente do helicóptero, de posse do extintor de incêndio, até
depois da partida, quando deverá guardar o extintor e fechar a porta do 1P/AL.
3. MC deverá acompanhar o funcionamento do motor, avisando para o corte em caso de fogo,
vazamentos ou anormalidades. Depois da partida deverá coordenar a desconexão e saída da fonte
e reportar área livre para cheque dos comandos.
NOTA: Para deslocar o helicóptero a distâncias menores que 2 metros, não poderão ser
usados comandos menores que 01 (uma) unidade SAR. O tripulante da porta deverá antecipar-se
para interromper o movimento da aeronave. A expressão 1/2 unidade à Esquerda/Direita não deve
ser usada.
NOTA: Qualquer outro parâmetro poderá ser reportado, durante os cheques, em função da
necessidade ou do tipo de operação.
Fraseologia:
1P/AL: Cabine.
MC: Esquerda pronta, peso de decolagem xxx kg.
OE: Direita pronta.
1P/AL: (Briefing de decolagem).
1P/AL: Decolagem vertical.
MC: Esquerda e cauda livre.
OE: Direita e cauda livre.
2P/IN: Cheque realizado.
Coordenação de cabine:
1. 1P/AL deverá estar com a atenção voltada para fora do helicóptero, durante a decolagem.
2. 2P/IN deverá ter sua atenção primariamente voltada para a monitoração dos instrumentos,
devendo também auxiliar na separação de obstáculos.
3. Os demais tripulantes auxiliarão na separação de obstáculos, devendo reportar oscilações
anormais ou variações de altura.
4. Em situações operacionais, poderá ser utilizada a fraseologia e tráfego KAPOFF.
6.2.4 NO PAIRADO
Fraseologia:
Coordenação:
1. Ao atingir a altura prevista para o pairado (3 a 5 ft do esqui até o solo), o MC/OE, se
solicitado, deverá informar a altura. Tal informação será de extrema importância em operação
noturna, com chuva, nevoeiro, gelo e sobre a água.
Fraseologia e coordenação:
Nos deslocamentos à frente o piloto não precisa do auxílio dos demais tripulantes, podendo
o piloto comunicar suas intenções, porém, se algum tripulante avistar obstáculos à frente que
possam interferir na segurança da aeronave, estes deverão ser reportados. Nos deslocamentos
laterais e para trás, tal auxílio se torna obrigatório. O piloto solicitará cauda à esquerda/direita ou
helicóptero à esquerda/direita.
MC/OE: Mantenha.
1P/AL: Ciente.
6.2.6 DECOLAGEM
Fraseologia e coordenação
3. A aeronave fantasma, por sua altura em relação ao helicóptero, será reportada pelas
palavras: BAIXO, NÍVEL e ALTO, se estiver mais baixa, no nível ou mais alta, respectivamente.
Exemplo: Se uma aeronave estiver atrás, à direita, e no mesmo nível, o tripulante deverá informar:
4. MC/OE: Fantasma, cinco horas, nível.
Fraseologia e coordenação
1. 1P/AL deverá manter sua atenção voltada para fora do helicóptero, a fim de prover a
separação de obstáculos. Deverá confirmar o ponto de pouso desejado e qualquer desvio de
aproximação, bem como ao iniciar uma arremetida.
2. Na reta final para pouso, ao cruzar 60 kt:
1. Os tripulantes das portas deverão reportar caso haja obstáculos que possam interferir na
rampa.
3. Durante a aproximação, se o 1P/AL estiver próximo a perder o contato visual com a área de
pouso, deverá informar à tripulação:
6.2.8 NO POUSO
Fraseologia e coordenação
NOTA: Em terreno inclinado o tripulante da direita também deverá reportar os itens marcados com
(*) asterisco.
2 Caso necessário, o piloto efetuará uma ou mais passagens sobre a área, a fim de que toda
a tripulação possa observar o interior da mesma, o vento, o setor de aproximação e de arremetida,
etc.
NOTA: Em missões operacionais, o piloto fará um rápido briefing sobre o procedimento escolhido
para pouso na área.
1P/AL: Atenção tripulação, vou pousar no campo de futebol às 2 horas. Vou aproximar por cima da
casa e arremeter, se for o caso, à direita, entre as árvores. Alguma sugestão?
4 Após apresentar a área, o piloto efetuará o cheque de potência e ingresso no novo tráfego:
1P/AL: Helicóptero na perna do vento, área de pouso às XX horas (conforme posição observada).
1P/AL: Cheque antes do pouso.
MC/OE: Esquerda/Direita ciente.
2P/IN: Cheque realizado.
6.3.4 FINAL
A partir de 10 unidades
O piloto efetuará a aproximação, definindo a rampa ideal para a vertical da área, sendo que
a dez unidades será auxiliado pelo MC/OE (dependendo do lado em que estiver a área), emitindo
mensagens relativas à posição da aeronave em relação ao eixo de aproximação (no eixo, à
esquerda ou à direita), posição na rampa (descendo ou altura boa) e distância horizontal da área,
2 O comando altura boa será reportado quando houver obstáculos na rampa de aproximação,
em qualquer momento da mesma, ou quando o helicóptero atingir a altura ideal para o início de
descida na vertical.
Deslocamento vertical
Deslocamento horizontal
Giros de cauda
3 Caso não seja possível uma decolagem, mantendo uma subida constante, será efetuada
uma ascensão vertical e seguidas as orientações dos tripulantes das portas.
1 A livre arremetida será reportada quando a carga livrar os obstáculos do eixo de arremetida.
O OE será o responsável por orientar a operação, chamar o enganchador e só reportará
enganchador fora (*) quando o mesmo livrar a área dos rotores. 1P/AL será o responsável pela
pilotagem e manutenção das referências externas. 2P/IN será o responsável por checar os
instrumentos. MC, quando não estiver orientando a operação, deverá auxiliar na verificação dos
1 Com carga presa o tráfego/translado será como necessário, visando uma operação com
segurança (em instrução será utilizado o tráfego curto, conforme apronto).
A partir de 10 unidades
1 Ao ser reportado "fora do solo", o piloto interromperá a subida e iniciará a descida, até que
seja reportada "altura boa". O MC/OE será o responsável pela orientação da aeronave e pela
operação do guincho. O 1P/AL será o responsável pela pilotagem e manutenção das referências
externas. O 2P/IN será o responsável por checar os instrumentos. O MC, quando não estiver
envolvido na operação do guincho, deverá auxiliar na verificação dos instrumentos, na vigilância do
espaço aéreo ou na identificação de referências, conforme a solicitação do 1P/AL.
6.6.2 NA FINAL
1 Caso o local de pouso apresente obstáculos que possam colocar em perigo a segurança da
aeronave, os tripulantes das portas deverão orientar o helicóptero, na curtíssima final e com
comandos rápidos, o melhor lugar p/ pouso, informando sempre as condições do terreno: plano,
alagado, inclinado, etc.).
2 Caso seja reportado o comando de cauda baixa, o 1P/AL deverá nivelar os esquis e aplicar
o coletivo, nivelando a aeronave.
6.7 RAPEL
6.7.2 NA FINAL
1P/AL: Livre.
MC/OE: Esquerda/Direita no esqui.
MC/OE: Livre descida?
1P/AL: Livre.
MC/OE: Esquerda/Direita livrando o esqui.
MC/OE: Esquerda/Direita a meio curso.
MC/OE: Esquerda/Direita próximo ao solo.
MC/OE: Esquerda/Direita tocando o solo.
MC/OE: Esquerda/Direita no solo, liberando.
MC/OE: Esquerda/Direita corda livre.
6.8 MC GUIRE
6.8.2 NA FINAL
OE: Estamos deslocando à frente (ou outra direção), estamos no pairado, cheque potência,
turbulência e referências.
1P/AL: Potência suficiente, turbulência OK, referências OK, cheque homem de resgate.
OE: Homem de resgate checado, livre arremetida.
1P/AL: Ciente, arremetendo.
6.9.3 CIRCUITO
1P/AL: Cheque para içamento (arremetendo da vertical do alvo ou do cheque PTR, ao obter
velocidade translacional)
2P/IN: Guincho ligado, pressão e temperatura OK, combustível suficiente.
OE: Cheque completo, temos estropo (ou garatéia), extensão e homem de resgate conectados para
içamento simples molhado (ou de triângulo/tambor).
Perna do vento:
Curva base:
1 Caso o helicóptero esteja além das 100 unidades, o operador reporta e o piloto mantém
altura até a distância correta.
OE: Alvo não visto, ao meu controle, continue em curva, meia hora, no eixo, à frente 100, descendo.
2 A qualquer momento, o piloto pode avistar o alvo e informar, sendo cotejado pelo operador:
NOTA: O piloto só inicia as curvas (contra base e base) após cotejamento do operador.
Na aproximação final o piloto não deve cotejar o operador. Deve buscar atingir a velocidade
correta a 60 unidades, para que o OE abra o braço do guincho, e a altura boa a 40 unidades, para
que o OE baixe o cabo do guincho.
OE: No eixo, à frente 100, descendo, à frente 80, descendo, à frente 60, descendo (OE abre o braço
do guincho), à frente 40, altura boa, baixando o homem de resgate, à frente 30, à frente 20, à frente
15, à frente 10, à frente 8...6...5...4...3...2...1...mantenha (na vertical do alvo).
Correções:
Razão de descida
OE: Aumente / diminua a razão de descida / razão de descida boa.
Velocidade
OE: Aumente / diminua a velocidade / velocidade boa.
Eixo
OE: À frente 60 e à direita / esquerda / no eixo, à frente 40.
Altura:
OE: Estamos descendo / subindo, suba / desça 5 / altura boa.
NOTA: A informação de altura é fornecida em múltiplos de 5 ft, omitindo-se a expressão “pés”.
6.9.5 NO PAIRADO
6.9.6 IÇAMENTO
Esse procedimento visa prevenir qualquer eventual falha de comunicação e fornecer mais
confiança ao piloto. O OE deve ainda fornecer correções para a manutenção da posição sempre
que necessário.
O piloto, quando for reportado fora d´água / solo, cessa a subida, e o OE complementa:
OE: Para frente e para baixo, içando (água) ou para baixo, na vertical, içando (terra).
NOTA: O OE deve checar se o “sobrevivente” está com o cinto antes de dar o livre para a
arremetida.
Perna do vento:
Após o disparo:
1P/AL: Safety.
2P/IN: Led apagado, disp apagada, dedo fora do gatilho.
Perna do vento:
1P/AL: Cheque da perna do vento
2P/IN: GUN, OPER, FIRE, XXX (quantidade de munição remanescente), ambos (ou lado
respectivo), XXX (cantar valor do rebatimento), VISOR
2P/IN: Led "safety" checado (Apenas no primeiro tráfego).
1P/AL: RECOCK (Antes do primeiro tráfego molhado).
2P/IN: RECOCK.
Após o disparo:
1P/AL: Safety.
2P/IN: Led apagado, disp apagada, dedo fora do gatilho.
Perna do vento:
1P/AL: Cheque da perna do vento
2P/IN: ROCKET, OPER, LOCK, XXX (quantidade de foguetes remanescentes), ambos (ou lado
respectivo), XXX (cantar valor do rebatimento), VISOR
2P/IN: Led "safety" checado (Apenas no primeiro tráfego).
No topo do balsing:
1P/AL: Safety.
2P/IN: Led aceso, disp acesa, dedo no gatilho.
Após o disparo:
1P/AL: Safety.
2P/IN: Led apagado, disp apagada, dedo fora do gatilho.
6.11 BUSCA
6.11.1 A 1 MINUTO DO PI
1P/AL: Atenção tripulação, 01 minuto do PI. (caso a porta esteja fechada, reduzir a velocidade antes
da fraseologia)
OS: Esquerda ciente, porta aberta.
OS: Direita ciente, porta aberta
O observador, após avistar o objetivo, deverá ajudar o piloto a visualizá-lo o mais rápido
possível, orientando-o durante as curvas de investigação.
A fraseologia empregada deverá ser de acordo com as técnicas de coordenação de cabine.
OS: Avistei algo branco, próximo à segunda curva do rio, no lado direito.
O piloto do lado da curva assume os comando da aeronave (em instrução, o 2P/IN manterá
a pilotagem)
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
PRIMEIRA FORÇA AÉREA
SEÇÃO 6
NAVEGAÇÃO TÁTICA
2013
CAPÍTULO I
1.7 FINALIDADE
1.8 OBSERVAÇÕES
Esta publicação contém observações com os títulos: NOTA, CUIDADO e PERIGO, que
devem ser interpretadas da seguinte maneira:
NOTA - Para ressaltar pontos que devem ser observados com mais
atenção.
f) CUIDADO - Para ressaltar pontos cuja inobservância poderá causar danos
materiais.
PERIGO - Para ressaltar pontos cuja inobservância poderá causar danos pessoais.
1.4 CONCEITUAÇÕES
CASTELO DE CONTROLE: Símbolo gráfico, colocado ao lado de cada trecho da navegação, onde
serão anotados proa, tempos, AMS e proa de segurança.
HORÁRIO SOBRE OBJETIVO (HSO): Horário em que a aeronave deve estar no objetivo, a fim de
realizar o emprego requerido.
NAVEGAÇÃO ENTRE OBSTÁCULOS (NOE - Nap on the earth): voo tão próximo à superfície
quanto seja permitido pelos obstáculos, utilizando técnicas próprias para camuflar a aeronave no
terreno.
NAVEGAÇÃO A BAIXA ALTURA (NBA): Navegação cujo traçado entre os pontos de controle é
formado por linhas retas e é mantida uma altitude constante de voo, próxima à superfície.
NAVEGAÇÃO DE CONTORNO (NACO): Navegação cujo traçado entre os pontos de controle não é
formado necessariamente por linhas retas, podendo ser utilizadas linhas sinuosas que acompanhem
as partes mais baixas do terreno, explorando os acidentes naturais.Caracteriza-se pela manutenção
de uma altura constante em relação à superfície, acompanhando suas variações altimétricas.
PONTO DE CONTROLE (PCT): Ponto do terreno que serve de referência para aferir a posição da
aeronave durante a navegação, e possibilitar o controle de tempo.
PONTO DE INÍCIO (PI): Ponto de controle imediatamente antes do objetivo, onde a aeronave deve
ser preparada para o emprego.
PONTO DE INÍCIO DA NBA (PINBA): Ponto no qual se supõe o início da ameaça inimiga e a partir
do qual deve-se voar em NBA.
PONTO DE INÍCIO DA NAVEGAÇÃO NOE (PINOE): Ponto no qual se inicia a navegação entre
obstáculos.
PONTO DE TÉRMINO DA NBA (POTENBA): Ponto, após o objetivo, onde se supõe o término da
ameaça inimiga e não existe mais a necessidade de voar em NBA.
PROA DE SEGURANÇA: Proa que pode ser tomada pela aeronave, em caso de impedimento de
prosseguir na missão, de modo a retornar para a sede com segurança.
ROTA EVASIVA: Trecho compreendido entre o objetivo e o território amigo, traçado de forma a levar
a aeronave em segurança até onde se suponha não existir ameaça inimiga, após o emprego.
CAPÍTULO II
a. Descoberto;
b. coberto.
2.2.1. ELEVAÇÕES
BAIXADA: É uma PLANÍCIE existente entre o sopé de grandes elevações e o mar ou um rio. Ex:
Baixada Santista e Baixada Fluminense, próximas a Serra do Mar.
COLINA: Elevação que tem o aspecto geral alongado, segundo uma direção.
COLO: É uma depressão de pequena extensão e mais ou menos suave, existente na linha de crista
de uma elevação.
COMANDAMENTO: Diz-se que um ponto tem comandamento sobre outro, quando é mais alto do
que esse outro; entretanto, esse comandamento não depende exclusivamente da altura relativa,
mas também da distância entre os pontos, levando-se em conta o alcance do armamento e a
capacidade de observação.
CRISTA MILITAR: É a linha imaginária formada pela reunião dos pontos de maior cota, dos quais
se pode observar e atingir com tiros de trajetória tensa o sopé da elevação.
CRISTA TOPOGRÁFICA: Linha segundo a qual uma elevação se projeta contra o fundo, vista por
um observador afastado lateralmente.
CUME OU CIMO: É a parte mais alta de uma elevação, serra ou cordilheira. Quando o CUME é em
forma de ponta, chama-se PICO e, se este é extremamente agudo, recebe o nome de AGULHA.
CURVA DE NÍVEL: Elas representam linhas imaginárias, no terreno, ao longo do qual todos os
pontos estão numa mesma altitude. Através das curvas de nível o piloto consegue ter noção do
perfil das elevações do terreno e se plotar facilmente.
GARGANTA: É uma depressão bastante acentuada, estreita e curta, que serve de passagem entre
duas elevações.
PLANALTO: Superfície mais ou menos extensa e regular, situada em regiões elevadas; em geral
ondulada, podendo ser acidentada. Um planalto de pequena extensão é chamado de CHAPADA.
PLANÍCIE: É uma grande extensão de terreno plano situada em regiões de baixa altitude.
RAVINA: Sulco ou depressão mais ou menos profunda, existente na encosta de uma elevação.
SERRA: Cadeia que tem pequena extensão. Ex: Serra da Mantiqueira, Serra do Mar, etc.
SOPÉ: Parte mais baixa das elevações e onde começam suas encostas.
VALE: Região baixa do terreno, existente entre elevações mais ou menos paralelas, formada pelo
encontro das vertentes dessas elevações. Os vales têm a forma de sulcos alongados e sinuosos,
de profundidade e largura variáveis. Um vale estreito e que permita acesso a outro compartimento
do terreno, pode tomar a forma de GARGANTA, CORREDOR ou DESFILADEIRO.
2.2.2. COBERTURA
CAMPO: Terreno limpo e descoberto, que tem como revestimento vegetal gramíneas e outras
vegetações rasteiras, podendo ter ou não árvores esparsas.
FLORESTA: É uma espessa MATA, em grande parte constituída por árvores seculares e que ocupa
espaços imensos do terreno. Nas regiões tropicais e equatoriais adquire aspecto bastante hostil,
sendo chamada de SELVA.
MATA: Aglomeração de árvores cobrindo uma considerável porção do terreno, porém de extensão
muito menor que uma FLORESTA.
RENQUE: Fileira de árvores em linha simples, reta ou quebrada, cuja característica importante é
oferecer mascaramento contra vistas aéreas e terrestres. Ex: renques de bambus, de palmeiras, de
eucaliptos, etc.
2.2.3. HIDROGRAFIA
MARGEM: São as duas partes do terreno que servem de bordas ao leito de um rio. Quando as
margens são altas denominam-se BARRANCAS ou RIBANCEIRAS. Quando planas, baixas e
arenosas, PRAIAS.
RIACHO OU CÓRREGO: Curso d'água muito pequeno e que geralmente dá vau (passagem a pé,
com animais ou em viaturas) em toda sua extensão. No norte do Brasil é também chamado de
IGARAPÉ e no sul, ARROIO.
RIBEIRÃO: Curso d'água de menor volume que um RIO, porém de maior volume que um RIACHO.
RIO: Curso de água doce, natural, mais ou menos volumoso e que é, normalmente, navegável em
grande parte de sua extensão.
Figura 02 - Comandamento
Figura 03 - Colina.
Figura 04 - Pico.
Nota: Observe que o cume desta elevação é em forma de ponta, recebendo o nome de
pico.
Figura 05 – Garganta.
Figura 06 - Colo.
Figura 07 – Colo.
Figura 09 -
Cristas
topográfica e militar, sopé e encosta.
CAPÍTULO III
NAVEGAÇÃO A BAIXA ALTURA
3.1. EMPREGO
3.1.1. VANTAGENS
a. É de fácil planejamento;
b. sem a ameaça inimiga, é de fácil execução;
c. pode ser utilizada por equipagens menos experientes, em instrução básica e adaptação à
aeronave;
d. possibilita um deslocamento mais rápido, em relação a outras técnicas de navegação tática.
3.1.2. DESVANTAGENS
a. Por ter um planejamento mais rígido, reduz a possibilidade de correções diante de ameaças
inimigas, recuperação de atrasos e desvios decorrentes de condições meteorológicas; e
b. permite maior possibilidade de detecção, se comparada com outros tipos de navegação tática,
uma vez que não utiliza a configuração do terreno para esconder a aeronave, explorando mais a
baixa altura do que o relevo para fugir à detecção.
3.2. PLANEJAMENTO
Diversos fatores devem ser considerados na fase de planejamento das missões, para que seja
feita a seleção da melhor rota e tática de emprego, tais como:
Durante a fase de planejamento a escolha das cartas deve ser feita em função do objetivo, da
precisão requerida, da escala e dos detalhes que ela fornece. São divididas em 3 tipos:
Utilizada para navegação da BASE até o PINBA e, no regresso, a partir do POTENBA. Podem ser
usadas na escala de 1:1.000.000 ou 1:500.000.
Utilizada para navegação do PINBA ao POTENBA. Inclui os PCT, PI e OBJETIVO. Podem ser
usados na escala de 1:250.000 ou 1:100.000.
Podem ser utilizadas próximo ao objetivo, na escala 1:50.000 ou menor, de acordo com a
precisão requerida.
Devido ao tamanho das escalas das cartas utilizadas nas navegações táticas ser maior do que
em outros tipos de voo, o navegador deverá organizar as cartas na seqüência em que serão
utilizadas, e numerá-las, de forma a não perder as referências durante a troca de mapas.
3.2.3. SIMBOLOS
Fig. 11 – Símbolos
3.2.4. GUIA DE PLANEJAMENTO
Quando o PINBA for próximo à BASE, escolha-o de tal maneira que seja possível completar
todas as verificações após a decolagem, sem se preocupar com a NBA.
Plote o PINBA na carta de deslocamento e na de NBA, atentando para as seguintes
considerações:
Trace a navegação na carta de deslocamento, atentando para a posição das defesas e alcances
dos radares inimigos, marcando o tempo de pelo menos cinco em cinco minutos. Utilize os mesmos
símbolos da NBA.
Os pontos de controle devem ser escolhidos entre as características do terreno pouco prováveis
de terem sofrido alterações recentes, por exemplo: junções de rios, pontes, passagens de nível, etc;
e devem ser facilmente identificáveis, considerando a velocidade e altitude de voo. Ao selecioná-los
atente para:
A NBA pode ser realizada com ou sem o auxílio de equipamentos de navegação (como o GPS).
Quando navegando com auxílios, deve-se acompanhar
Quando navegando com auxílios, deve-se acompanhar atentamente a navegação na carta, uma vez
que podem ocorrer falhas no equipamento, comprometendo a missão.
i. marque o tempo sobre referencias que se destaquem no terreno, para facilitar o controle;
j. a MARCAÇÃO CONTÍNUA DE TEMPO é a mais recomendável quando se tem um HSO a
cumprir. Este método implica em que, uma vez estabelecido o HSO, as marcações de tempo sejam
regressivas, partindo do objetivo até o PINBA, e que o cronômetro não seja reajustado a cada PCT.
Na ocorrência de atrasos ou adiantamentos o piloto terá que variar a velocidade para corrigir o erro;
k. na MARCAÇÃO DE TEMPO POR TRECHO o cronômetro será zerado a cada PCT. Com tal
procedimento os erros anteriores não serão considerados. Este método não deve ser empregado
quando se tem um HSO a cumprir;
l. sempre que se desejar zerar o tempo, durante a NBA, deve-se colocar o termo HACK no ponto
desejado;
m. numere e coloque o tempo total nos PCT;
n. faça os castelos de controle, anotando os parâmetros necessários (se a AMS e a proa de
segurança forem as mesmas para todas as pernas, faça somente o primeiro castelo completo,
deixando os demais na forma reduzida);
o. dobre as cartas de forma a facilitar a leitura em voo; e
p. numere os mapas na seqüência em que serão utilizados.
NOTA: Não marque PONTOS HORÁRIOS a menos de 05NM dos PCT, a fim de não prejudicar a
leitura das referências próximas.
3.2.4.7. Objetivo:
a. procure imaginar como será a chegada em relação ao OBJ, no eixo de aproximação, e como
ficarão os acidentes naturais em relação a ele; e
b. atente para preparar a aeronave no PI, de acordo com o emprego tático.
Escolha um ponto de fácil identificação, em ambas as cartas (deslocamento e NBA) fora da zona
de atuação das defesas inimigas.
Quando o navegador realiza a leitura da carta para o terreno, através da observação visual para
baixo e pouco à frente da aeronave, tomando como referência a entrada de ravinas, linhas d’água,
pontes, estradas e edificações, ele torna a navegação detalhada em demasia e muito lenta.
Geralmente é o princípio utilizado por navegadores inexperientes.
A leitura da carta para o terreno, através da observação visual à frente da aeronave, tomando
como referência regiões características do relevo, torna a navegação pouco detalhada e mais
rápida.
Quando a observação visual é a frente e acima da aeronave, tomando como referência os
pontos do relevo que possuem contornos marcantes, a navegação é mais genérica e com alta
velocidade.
3.6. SEGURANÇA
a. Todos os tripulantes deverão permanecer atentos à presença de obstáculos na rota da NBA,
avisando imediatamente ao piloto em caso de avistamento;
b. cruze linhas de transmissão sobre postes ou torres;
c. redobre a atenção ao cruzar estradas, quanto à existência de redes de alta e baixa tensão; e
d. caso fique perdido, se a segurança ficar comprometida, suba imediatamente para a altitude de
segurança e procure reorientar-se ou abandonar a missão.
CAPÍTULO IV
NAVEGAÇÃO DE CONTORNO
4.1. EMPREGO
A NACO é empregada quando as possibilidades de detecção são grandes. Não impõe um HSO
rigoroso, mas uma janela de tempo mínima de dois minutos.
4.1.1. VANTAGENS
4.1.2. DESVANTAGENS
4.2. PLANEJAMENTO
Devem ser seguidas as mesmas técnicas empregadas na NBA, acrescidas dos seguintes
procedimentos:
a. prepare uma linha ou barbante, com marcações de um em um minuto;
b. escolha o PINBA, PCT, PI, OBJ e POTENBA unindo-os com um traço (linha base);
c. com a ajuda do barbante, trace a rota desejada de forma a acompanhar as variações do
relevo, em torno da linha base. Tenha o cuidado de passar na vertical dos PCT;
d. marque o tempo na linha base, de acordo com as indicações do barbante, sempre que houver
referências significativas no terreno.
A navegação por contorno é uma aplicação avançada da NBA. Devem ser seguidos todos os
procedimentos previstos na navegação à baixa altura, sendo que a principal diferença consiste na
maior proximidade do helicóptero em relação aos obstáculos do terreno. devem ainda ser seguidas
as seguintes recomendações:
a. o início da navegação de contorno deve ser marcada no mapa com a expressão PINACO;
b. durante a navegação, deve-se manter a velocidade constante;
c. contornar as variações de relevo, por cima ou lateralmente, atentando para não voar abaixo da
copa das árvores, ou por entre os obstáculos, uma vez que essa conduta requer treinamento
específico para voo NOE;
d. atentar para as condições meteorológicas específicas de cada região (voo em selva,
montanhas, deserto, etc.);
e. ao voar entre terreno montanhoso, caso não haja ameaça de solo, voar a 2/3 da base da
montanha é mais recomendável, pois esse posicionamento fornece bom mascaramento do terreno
e possibilita melhor condição de cruzar o cume no caso de ameaça aérea;
f. já o voo a 1/3 da base da montanha fornece maior proteção quando houver ameaça
terrestre conhecida. Isto se deve a duas causas básicas: diminuição do contraste da aeronave com
o céu e redução da possibilidade de detecção pela antiaérea inimiga.
A altura recomendada para realizar o voo, em áreas planas, é de 50 a 100 ft. Em regiões
montanhosas, a altura requerida é de 100 a 200 ft. Em treinamento deve ser mantida a altura de
150 ft.
CAPÍTULO V
NAVEGAÇÃO ENTRE OBSTÁCULOS
O emprego do helicóptero como plataforma aérea de armas, tanto nas já inerentes missões
da Tarefa de Superioridade Aérea, a saber, Interceptação, Ataque, Escolta e Patrulha Aérea de
Combate (PAC), quanto nos atuais contextos tático e estratégico mundiais, como Supressão de
Defesa Aérea Inimiga e Escolta de Resgate em Combate (RESCOLTA), observa-se a fundamental
necessidade da execução de navegação à baixíssima altura, possibilitando evitar ou reduzir a
detecção do helicóptero pelos meios radar e visual inimigos, minimizando o perigo de fogo das
armas de infantaria e da artilharia antiaérea, a fim de garantir a sobrevivência da tripulação e não
comprometer o sucesso da missão. Desta forma, explora-se ao máximo a capacidade do
helicóptero e o aproveitamento da característica de ocultação no terreno, principalmente quando
comparados às aeronaves de asa fixa.
A instrução do piloto quanto à navegação NOE visa às habilitações técnica e doutrinária
para a execução SEGURA E EFICAZ do voo tático próximo ao solo.
As manobras do treinamento de voo tático à baixa altura não têm um fim em si mesmas.
Elas são apenas uma base, importantíssima, para que se execute uma navegação NOE, eficiente e
A Navegação NOE (“Nap Of the Earth”), que é traduzida ao pé da letra como “Navegação
na Penugem do Terreno”, requer um criterioso julgamento em relação ao seu ponto de início, visto
que explora ao máximo o princípio da surpresa e diminui a probabilidade de detecção do nosso
helicóptero pelos meios radar inimigos. Minimiza também o perigo dos fogos de armas de infantaria
e da artilharia antiaérea. Por outro lado, aumenta o risco de colisões com obstáculos (principalmente
em condições meteorológicas adversas) e reduz o alcance do helicóptero, pois a velocidade média
é baixa e o consumo de combustível continua similar àquele realizado em velocidade de cruzeiro. O
emprego de formaturas táticas defensivas fica bastante restrito, porém a navegação NOE possui um
caráter essencialmente ofensivo, de maneira direta como em missões de ataque e indireta, como
em missões de escolta.
Por uma questão de segurança, tanto para melhor nos abrigarmos da detecção do inimigo
quanto para evitarmos uma colisão com fios, o voo em terreno montuoso é realizado, sempre,
apoiando-se em uma das encostas do “compartimento” no qual estamos voando. Este “apoio” é feito
levando-se em consideração diversos fatores, tais como: direção da ameaça, áreas de sombra,
declividade e altura das encostas, posição do sol, etc.
forma correta proporciona risco mínimo de colisão do helicóptero - principalmente com fios - e
exposição mínima ao inimigo.
Abandona-se o conceito de “proa e tempo” e não existe mais uma “rota” a ser voada e sim
um “itinerário”, por vezes muito sinuoso e que obriga à ultrapassagem de “colos”, mudanças de
apoio de encostas, ocupação de Postos de Observação (P.O.) sucessivos, etc. Esporadicamente o
deslocamento pode ser interrompido, numa verificação do terreno ou cenário tático, sendo retomado
logo após, o que acarreta uma “estimada” de tempo para a navegação, ou seja, não se pode
precisar o tempo de um itinerário já que o mesmo, na maioria das vezes, não permite trajetórias
retilíneas.
No início, a Navegação NOE pode parecer difícil, pois ela é realizada o tempo todo de 10 a
15 ft AGL, por entre as ravinas. O voo nesta altura, num terreno montuoso, por exemplo, limita
muito o alcance da visão e há também o problema de que os “compartimentos” do terreno parecem
idênticos, confundindo o navegador e o piloto.
Perde-se a terceira dimensão e navega-se de forma parecida a uma “corrida de orientação”,
por “lanços”, muitas vezes pairando para ocupar Postos de Observação e fazer um “giro no
horizonte” para confrontar a carta e o terreno.
A Navegação NOE, quando em terreno plano - selva, caatinga, pampa, etc. - parece ser
apenas uma Navegação de Contorno realizada rente ao solo, mas em terreno montuoso ela
realmente torna-se muito diferente e exige doutrina e treinamentos específicos.
Devido ás características do terreno, o uso das formaturas para o voo NOE fica restrito
àquelas que permitem boa manobrabilidade, acompanhamento da navegação por parte dos alas e
flexibilidade de distância entre as aeronaves.
Baseado nas premissas supracitadas, a formatura utilizada para o desenvolvimento da
navegação é o Ataque TRAIL.
A vantagem de utilizar tal formatura é a possibilidade de acompanhar o terreno, cumprindo
o itinerário sem se expor no cenário tático, e ainda dar aos Alas a liberdade para escolher o lado do
compartimento.
A formatura Ataque TRAIL pode ser realizada em Elemento ou em Esquadrilha, desde que
os helicópteros estejam apoiados e abrigados em uma mesma margem ou em margens opostas, de
um determinado compartimento, elevação ou ravina, dependendo da situação tática.
Quando o voo é realizado em uma mesma margem, os lanços que necessitarem de troca
de apoio deverão ser executados ao mesmo tempo por todas as aeronaves, facilitando a
visualização de todas as aeronaves pelo líder e a redução do tempo de exposição durante o
cruzamento.
O voo em Esquadrilha obedecerá aos mesmos preceitos do voo isolado. As curvas
acentuadas devem ser realizadas com baixa velocidade, evitando, assim, a perda de vista da
aeronave à frente e/ou a derrapagem das aeronaves para o meio do compartimento.
Após a realização de uma curva acentuada, o líder jamais deverá realizar um PO ou a
redução brusca de velocidade, sob pena de prejudicar as demais aeronaves que o precedem,
ocasionando excessiva exposição e em casos extremos, a aproximação descontrolada com
possibilidade de colisão entre as aeronaves.
Para a ocupação de um PO para o emprego no pairado, será de responsabilidade do líder a
escolha de um ponto que proporcione cobertura para todas as aeronaves e bom posicionamento
para o emprego propriamente dito. A distância entre as aeronaves não deve ser inferior a 3
helicópteros.
O líder deve estipular, em brifim, todos os detalhes inerentes à missão e enfatizar a
necessidade de vigilância do espaço aéreo e recomendações de segurança.
5.5.1 FASES
O programa de instrução é constituído de três fases: inicialmente o piloto, como 1P,
executará missões para o aprendizado de manobras básicas, as quais têm por finalidade
desenvolver a proficiência dos pilotos na execução do voo próximo ao solo, fazendo com que o
piloto adquira novos reflexos, diferentes daqueles do voo clássico.
A fase seguinte, ainda como 1P, consiste da execução de missões onde o piloto será levado
a consolidar a doutrina de navegação NOE, empregando e adaptando ao terreno as manobras
desenvolvidas na primeira fase. Esta segunda fase será executada em “pistas” previamente
selecionadas em terreno plano e montuoso. Ao final desta fase, o piloto realizará missões em
formação a fim de unir os conhecimentos da fase básica com a aplicação das táticas no voo de
formatura.
A terceira fase é a da navegação NOE propriamente dita: o piloto exercerá a função de
navegador (2P) e quem pilotará será um IN ou 1P qualificados em navegação NOE.
1º FASE 2º FASE
Cheque de Potência Manobras Partindo de NBA
Parada Rápida na Reta Trajetória de Segurança
Parada Rápida a 90º Deslocamento por Lanço
Parada Rápida em 360º Ocupação/abandono de P.O.
Desaceleração Rápida em Descida Slalon de Rio
Slalon Aprox. e Reconhecimento de Objetivo
Específico
Decolagem Tática em Linha Reta Ultrapassagem de Colo
Decolagem Tática em “U” Mudança de Apoio
PTU Formatura Ataque TRAIL
PTO Posicionamento tático
Ultrapassagem de Obstáculo por Baixo Tráfico para emprego
Ultrapassagem de Obstáculo por Cima -
3. NORMAS DE EXECUÇÃO:
Altura: 03 a 05 m / 10 a 15 ft;
Procedimentos:
a) Escolher no terreno uma linha balizada por obstáculos, na qual, ao final do exercício,
deve-se estar pairado e abrigado.
b) Partindo de um voo pairado, de 3 a 5 metros de altura, iniciar um deslocamento á frente
mantendo proa e altura, até atingir a velocidade para início do exercício.
c) De acordo com a avaliação visual do piloto em relação ao espaço necessário para
realizar o exercício, comandar a desaceleração reduzindo o passo coletivo para o torque mínimo
estabelecido para cada helicóptero.
d) Não deixar que o torquímetro indique menos do que o mínimo previsto.
e) Imediatamente após a redução do coletivo, trazer o cíclico ligeiramente a retaguarda, a
fim de diminuir a velocidade, sem ganhar altura.
f) Entre 30 a 40 kt o helicóptero tenderá a fundar, sendo assim, deveremos aplicar potência
para manter a altura e terminar o voo num pairado atrás de um obstáculo.
CUIDADOS:
a) Vento de cauda: o procedimento é idêntico, mas com comandos mais suaves e,
obviamente, execução mais demorada, pois o helicóptero precisa de mais espaço para desacelerar.
Portanto, antecipe a redução de coletivo.
b) Na situação de vento de cauda, na fase final da manobra e com velocidade menor que 30
Kt, deve-se evitar uma atitude de nariz alto, pois o helicóptero pode perder sustentação e afundar
sem controle.
Erros Comuns:
Objetivo: Terminar sem risco, uma parada rápida prevista inicialmente em linha reta, mas
que, por um erro de julgamento ou devido à necessidade de se buscar um posto de tiro ou
observação situado à 90° da direção inicial de deslocamento, seja necessário curvar durante a
desaceleração.
Altura: 03 a 05 m / 10 a 15 ft;
Procedimentos:
CUIDADOS:
a) Com vento de cauda, a curva e o aumento de potência na final devem ser mais suaves.
b) O procedimento é o mesmo das paradas rápidas.
Erros Comuns:
c) Inclinar 45° à direita ou esquerda, de forma que o traçado da curva passe “tangente” à
linha onde se deseja parar.
d) Simultaneamente à curva, diminuir sutilmente o coletivo para diminuir o fator de carga.
e) Manter rigorosamente a altura .
f ) Com 270º de curva, reduzir o coletivo para o torque mínimo estabelecido, iniciando a fase
de desaceleração;.
g) A inclinação deverá variar para respeitar o traçado no solo.
h) A final deverá ser executada como na Parada Rápida na Reta.
CUIDADOS:
a) Vento de cauda: executar um traçado no solo que propicie uma final mais longa em linha
reta.
b) Para uma inclinação de 45°, a uma altura de 03 m do solo, a ponta da pá ficará bem
próxima ao solo.
c) As inclinações entre 45° e 60° devem ser utilizadas em casos muito excepcionais.
d) Inclinações maiores que 60° são proibidas seja qual for a velocidade.
e) A inclinação deve decrescer quando a velocidade diminuir, tanto pela segurança quanto
pelo fato do raio de curva também diminuir.
f) É uma manobra na qual se deve respeitar o traçado no solo. Logo, o piloto deve olhar
para fora e para as referências.
Erros Comuns:
a) Iniciar a manobra com uma curva pouco acentuada o que acarretaria, para se respeitar o
traçado no solo durante toda a manobra, uma acentuada curva quando ao final da manobra, à baixa
velocidade.
b) Olhar excessivamente os parâmetros de voo e não se preocupar com o traçado no solo.
c) Não compensar o vento.
d) Realizar uma final muito curta com vento de cauda, o que acarretaria a necessidade de
uma atitude de nariz alto para parar o helicóptero.
e) Não diminuir a inclinação à medida que a velocidade diminui.
f ) Perder as referências externas durante a manobra.
Objetivo: Partindo-se de uma NBA, por exemplo, deve-se descer na reta e abrigar-se o mais
rapidamente possível atrás de uma “coberta”, com segurança e eficiência.
Características da execução:
Altura de início: 75 m / 200 ft;
Velocidade: deverá ser a mantida na navegação à baixa altura;
Procedimentos:
a) Aproximar em linha reta, nivelado.
b) Quando obtiver a visualização da rampa ideal, entrar em descida, ajustando o torque
para o valor mínimo estipulado para cada helicóptero, sem deixar dessincronizar o motor com o
rotor (autorrotação).
c) Em torno de 100 ft de altura começar a reduzir a velocidade vertical (razão de
afundamento) e a velocidade horizontal (Vi) através do uso suave do cíclico para trás, fazendo um
“arredondamento” para atingir a altura do voo NOE.
d) Terminar o exercício numa “Parada Rápida na Reta”.
e) O exercício termina no voo pairado sobre o ponto de pouso ou abrigado no terreno.
CUIDADOS:
a) Na fase de desaceleração será necessária uma potência maior quanto maior for a
intensidade do vento de cauda.
b) Com vento de cauda o espaço necessário para desacelerar será bem maior do que
aquele com vento de proa.
c) Não forçar a parada do helicóptero, cabrando-o demasiadamente.
d) Não reduzir o torque abaixo do mínimo estipulado para cada helicóptero.
e) Cuidado com cauda baixa.
Erros comuns:
Características da execução:
Altura: 03 a 05 m / 10 a 15 ft sobre o terreno ou obstáculos.
Velocidade: ajustada de forma que a inclinação seja compatível com a segurança
(V < 60 Kt , inclinação < 45 °).
Slalon oblíquo: deverá ser compatível para cada helicóptero.
Slalon perpendicular: deverá ser compatível para cada helicóptero.
Controle: Manter a altura prevista e a distância de segurança dos obstáculos.
Inclinação: limitado à 45°.
Erros comuns:
Características da execução:
a) A partir do voo pairado, dentro ou fora do efeito-solo, aumentar o passo coletivo de modo
a imprimir uma velocidade vertical (razão de subida) suficiente para livrar, verticalmente, os
obstáculos.
b) Assim que os obstáculos estiverem livres, aumentar a atitude - iniciando uma arremetida -
para prosseguir horizontalmente na trajetória escolhida.
CUIDADO:
a) A fim de não atentar contra a segurança, é necessário se assegurar que o disco do rotor,
durante a arremetida, nunca seja visto (pelo piloto), abaixo do ponto mais alto dos obstáculos na
trajetória.
b) Com vento de cauda a mudança de atitude para o voo translacional deve ser mais suave.
c) A potência a ser aplicada para este tipo de decolagem variará em função da altura dos
obstáculos e das características da trajetória prevista. A potência disponível varia em função do
peso do helicóptero e da altitude densidade.
d) No caso de se estar pairado fora do efeito-solo, não há a necessidade de aproximar-se
do solo para iniciar a subida.
e) Uma vez iniciada a subida não variar mais o coletivo.
f) Uma distância de segurança dos obstáculos deve ser mantida.
g) Com vento de cauda, quanto mais forte o vento, maior a distância de segurança que
deve ser mantida dos obstáculos.
h) Quanto maior a razão de subida, mais picada deverá ser a atitude do helicóptero na
transição da subida para o voo à frente, a fim de não expor o helicóptero contra o horizonte.
i) Após o helicóptero ter passado todo o obstáculo horizontalmente, buscar a altura do voo
NOE, ganhando velocidade com o cíclico.
Erros comuns:
Características da execução:
Altura: 03 a 05 m / 10 a 15 ft ou fora do efeito solo balizada por um obstáculo.
Procedimentos:
a) Clarear a área e manter-se olhando na direção do deslocamento do helicóptero.
b) Iniciar um deslocamento lateral para a direção que se deseja, mantendo a altura.
c) Aumentar o passo coletivo para equilibrar o empuxo da fuselagem.
CUIDADO:
a) Para se manter a proa num deslocamento lateral aplicaremos o cíclico na direção do
deslocamento e, conforme a velocidade lateral aumentar, aplicaremos o pedal oposto ao
deslocamento. Se o pedal chegar ao batente é porque se atingiu a velocidade limite de
deslocamento lateral.
b) Este exercício requer uma grande reserva de potência quando realizado fora do efeito
solo (FES), tendo em vista o aparecimento de um forte arrasto da fuselagem.
c) Este exercício é proibido quando o disco do rotor é submetido a um vento de cauda
no começo do deslocamento.
Erros comuns:
Objetivo: Manobra que permite uma aproximação e um pouso sobre um ponto situado à 90°
do eixo de voo. Em muitas situações o pouso não será executado e manter-se-á o helicóptero no
pairado, abrigado atrás de um obstáculo.
Características da execução:
Procedimentos:
a) Para o início da manobra deve-se manter um afastamento lateral entre o eixo de
deslocamento e o ponto de pouso.
b) Ao passar no través do ponto de pouso, inclinar 30° de modo a descrever 180º sobre o
solo, e, logo a seguir, reduzir o passo coletivo para o valor mínimo de torque previsto para cada
helicóptero, a fim de desacelerar o helicóptero e poder ingressar numa rampa suave.
c) Observar o ponto de pouso e julgar o ângulo de aproximação a fim de introduzir o mais
cedo possível as correções eventualmente necessárias (trajetória no solo e diminuição da inclinação
conforme a velocidade decrescer).
d) Não chegar embalado e baixo na final.
e) Realizar uma “final de precaução”.
Erros comuns:
a) Executar uma curva muito forte acompanhada de uma redução do coletivo muito
acentuada.
b) Não controlar a indicação do torquímetro.
c) Não respeitar o traçado semicircular no solo por não marcar referências externas.
d) Manter uma inclinação acentuada com velocidade baixa, colocando em risco o
helicóptero.
e) Não efetuar a “final de precaução”.
Objetivo: Tipo de aproximação que permite o pouso sobre um ponto (ZPH), situado na
vertical do helicóptero.
Características da execução:
Velocidade / Inclinação: A velocidade deverá ser a mantida nos voos de navegação à baixa
altura. Para velocidades acima de 100 kt a inclinação deverá ser de 45º. Para velocidades abaixo de
80 kt a inclinação deverá ser de 30º;
Procedimentos:
a) Antes da vertical do ponto, marque uma referência às 12 h, no terreno, para que, após
curvar 270º, defina a final corretamente sem “cortar” o traçado.
b) Imediatamente antes da vertical do ponto de pouso observar uma referência, no terreno,
situada a 90° para o lado que for curvar.
c) Na vertical do ponto de pouso, iniciar uma curva inclinando 30° ou 45°, de acordo com a
velocidade.
d) Durante os primeiros 180° de curva, manter a altura constante.
e) Completando 180° de curva, na vertical da referência visual citada no item (b) e no través
do ponto de pouso, reduzir o torque para o mínimo previsto para cada helicóptero e iniciar a
descida.
f)
h) Terminar o exercício conforme PTU.
CUIDADO: Nos últimos 180° de curva não manter uma inclinação acentuada com
velocidade baixa (V < 60 Kt , Inclinação < 45°).
Erros comuns:
d) A terceira faixa é de 80 kt até a VNE. Uma faixa na qual se deve considerar que à medida
que a velocidade aumenta, a reserva de potência diminui. É uma faixa onde as paradas e as curvas
requerem grandes distâncias, portanto, o terreno deve ser “limpo”. As aplicações gerais desta
terceira faixa são:
a) Na primeira faixa de velocidade você pode passar por baixo dos obstáculos. Na segunda
e terceira faixas, você pode passar sobre obstáculos sem parar ou sem ter que diminuir a
velocidade.
b) As ultrapassagens dos obstáculos por baixo devem ser feitas próximas aos postes, onde
se consegue a maior altura do fio em relação ao solo.
c) Se a aproximação do obstáculo for feita na segunda ou terceira faixa, você deverá passar
sobre o mesmo, obviamente levando em consideração a situação tática, ou seja, nunca a silhueta
da aeronave deve aparecer no horizonte. No caso de ultrapassagens sobre os obstáculos, sempre
deve ser aproado o topo do poste ou torre.
Para a terceira faixa de velocidade, como a potência disponível é pequena, não varie a
posição do coletivo. A subida deve ser feita com o cíclico.
Erros comuns:
Um dos objetivos do voo NOE é a discrição frente às aeronaves inimigas e tropas no solo.
Para isso, é aconselhável, para qualquer manobra, utilizar-se da configuração do terreno como
proteção à detecção visual ou radar e às armas de trajetória tensa. Algumas condutas padrão para
uma maior proteção do helicóptero são as que se seguem:
c) Não reduzir o fator de carga abaixo de 1G (“G” negativo), com o motor desengranzado
para evitar perda de NR.
d) Finalizar o procedimento conforme o “check-list”.
e) Com vento de cauda, pousar corrido.
Objetivo: Numa situação onde não possa ser feito o “cheque de potência” pois poderíamos
ficar exposto ao inimigo deveremos realizar este cheque antes de efetuarmos um pouso em uma
área restrita.
Procedimentos:
A figura acima ilustra uma carta na escala 1:25.000, de uso terrestre. Cada quadrícula
representa uma distância de 2 km e a equidistância das curvas de nível é de apenas 10 m. É fácil
verificar como o helicóptero ficará facilmente escondido utilizando o vale paralelo à BR, sem ter que
voar no fundo (centro) da ravina.
Verifique como é importante analisar as curvas de nível, uma vez que através delas é
possível navegar com grande precisão , pois elas definem “a forma do terreno”. Além disso, as
cartas de uso terrestre não diferem as elevações através das cores.
Observe que é possível aproximar-se de uma estrada como a BR 101sem ser avistado,
bastando navegar por entre os vales e ficar “abaixo do horizonte”. Nesta situação poder-se-ia
atacar um comboio na ponte, reconhecer visualmente a trafegabilidade da mesma, etc.
No ponto (1) o helicóptero está “apoiado à esquerda”, mantendo a “trajetória de segurança”.
Entre os pontos (1) e (2) o helicóptero mudou de apoio, passando da esquerda para a direita e
manteve-se assim até o ponto (3), sempre na “trajetória de segurança”.
A figura acima representa um desenho sem escala, simulando uma carta de uso terrestre.
Inicialmente, o helicóptero está deslocando-se “apoiado à esquerda”, mantendo a “trajetória de
segurança”. Deve-se voar de 3 a 5 m do solo e/ou à distância de segurança entre a ponta da pá e a
encosta, à altura da crista militar. Nesta situação voa-se abaixo do “horizonte radar” (taticamente
seguro) e não se comete o erro de voar no centro do vale e colado ao solo, o que é desnecessário
do ponto de vista tático e perigoso quanto à colisão com fios.
Voando na crista militar tem-se o domínio “morro abaixo” e “morro acima” e, além disso, é aí
que poderemos encontrar os postes de eletrificação rural ou de baixa tensão, os quais são os mais
perigosos (torre de alta tensão são fáceis de ver e não oferecem tanto perigo ao helicóptero).
Para mudar de apoio, deve-se voar da crista militar da encosta da direita para a crista militar
da encosta da esquerda (ou vice-versa), sem descer ao fundo do vale. O cruzamento deve ser feito
quase perpendicular às encostas e a abordagem destas deve ser a 45º.
Se houver fios no sentido longitudinal da ravina (ou vale), estes fios não podem estar numa
altura em que ofereçam risco de colisão, pois estarão no fundo da ravina. Por outro lado, fios que
cruzam a ravina (ou vale) podem estar à altura das cristas topográficas, ou seja, esticados de uma
encosta até a outra, oferecendo grande risco de colisão. É exatamente por isso que se cruza a
ravina perpendicularmente a esta, sem descer.
A figura acima é uma vista “de perfil” da figura 27. No ponto 1 o helicóptero está se
deslocando num vale na crista militar, apoiado à esquerda. Para cruzar a ravina, via de regra, não
se deve descer ao seu fundo. Deve-se clarear a área à direita e cruzar o compartimento
obliquamente a este, sem descer, como no ponto 2. Ao se aproximar da crista militar na elevação à
direita, ponto 3, deve-se abordar tal elevação a 45º com a mesma.
Se por qualquer motivo o helicóptero tiver que ser mantido no pairado - ocupando um P.O.,
por exemplo - nos pontos 1 ou 3, deve-se mantê-lo com a fuselagem paralela ao eixo do vale ou
com a cauda ligeiramente voltada para o centro da mesma. A cauda jamais deverá ser virada para a
encosta, pois poderá ocorrer a colisão do rotor de cauda com algum obstáculo.
Figura 29 – Apoiado no leito do Rio
Na figura acima, observe que o helicóptero está navegando “apoiado” na margem direita no
rio. Navegando a esta altura, o campo de visão do piloto é muito restrito e ele não tem como ver a
trajetória do rio além de alguns metros à frente. O navegador (2P), que está com a carta, tem que
informar ao 1P, antecipadamente, se a curva do rio é acentuada ou não. Isso porque o piloto terá
que reduzir a velocidade, ainda na reta, se a curva for acentuada. Caso o piloto não reduza a
velocidade e a curva seja acentuada ocorrerá um dos seguintes problemas:
- O piloto vai inclinar demais o helicóptero, podendo ficar numa situação perigosa.
- O piloto vai manter uma inclinação segura, mas vai “espirrar” da trajetória de segurança
durante a curva, ou seja, vai abandonar a margem e se projetar no leito do rio, podendo vir a colidir
com um fio e/ou tornando-se mais visível.
Para evitar as situações acima, o piloto poderá trocar velocidade por altura, fazendo quase
uma perna de oito. É a situação mais segura, entretanto, ao ganhar altura, o piloto terá abandonado
o voo NOE por alguns instantes, expondo-se ao avistamento.
O mesmo raciocínio do deslocamento nas margens do rio é válido para deslocamentos em
ravinas e vales: deve-se voar apoiado em um dos lados do compartimento, conforme mostrado nas
figuras 27 e 28.
Figura 30 – Fio
Observe como pode ser difícil avistar os fios, principalmente em função da posição do sol.
Navegando apoiado na crista militar é muitíssimo mais seguro, pois facilita a visualização dos
postes e, consequentemente dos fios. Lembre-se de que redes de eletrificação rural e de baixa
tensão são mais perigosas para os helicópteros do que as torres de alta tensão, as quais são de
Figura 32
Na figura acima podemos constatar como o fio não está visível, apesar dele estar cruzando
o compartimento do terreno. O poste, no entanto, está bem visível.
Estas elevações caracterizam o terreno como montuoso.
Figura 33
Observe que esta mesma estrada de terra e a área alagada - no canto inferior esquerdo da
figura cima - existem nas figura 30 e 31, comprovando que há um fio cruzando próximo à área
alagada, apesar de não estar visível nesta figura.
Figura 34
Na figura acima o helicóptero está ocupando um P.O., coberto atrás de uma elevação e
chegou até este ponto navegando NOE. Esta é a visão que o piloto tem do objetivo, a partir do
pairado. A partir desta situação pode-se:
- Reconhecer um objetivo.
- Partir para uma corrida e atacá-lo.
- Atacar com mísseis desta própria posição.
- Vetorar um ataque para outras aeronaves.
- Iluminar o objetivo para um ataque, etc.
Figura 35
A figura 35 mostra o objetivo da figura 34, visto da mesma distância, posição e proa. A
grande diferença entre estas figuras é a altura em que o objetivo está sendo visto, pois na figura 35
a altura era em torno de 500 ft e na figura 34 era pouco acima da copa das árvores.
Helicópteros com equipamentos sofisticados podem observar o objetivo, como na figura 34,
através de visores giro-estabilizados montados no teto ou no mastro, a distância maior, com maior
precisão e se expondo o mínimo possível. Podem fazer isso de dia ou à noite.
O voo em montanha é perigoso e por isso deve-se voar na maior altura que permita a
camuflagem da aeronave em relação ao inimigo.
Disso resulta:
Uma diminuição da potência utilizável à proporção que a altitude aumenta. As condições de voo se
aproximam pouco a pouco do voo à POTÊNCIA LIMITE.
11 Uma diminuição do rendimento dos perfis das pás. A tração fornecida pelo rotor de cauda não
poderá ser obtida senão por um maior ângulo de incidência; ou seja, para um determinado regime
de voo será necessário maior aplicação do pedal pela perda da eficácia de comando. A incidência
também deverá aumentar no rotor principal, para que ele lhe forneça uma determinada sustentação.
Concluindo, vamos constatar o descolamento dos filetes de ar na extremidade da pá que
recua a velocidade muito baixa.
b) A diminuição da temperatura
Ela acarreta um aumento do risco de congelamento, acentuado pelo fato dos voos serem
3.1. Avaliação de alturas, distâncias e ângulos - o piloto deve procurar materializar o traçado do
plano horizontal por onde passa o aparelho, amarrando-o no relevo (Fig 38).
b) Aerologia na Montanha
O perfeito conhecimento da aerologia na montanha é fator essencial para a correta
Fig 40 - Rolos
2) Efeito Venturi
A conformação do relevo age sobre a massa de ar como um meio Venturi (Fig 43). O
resultado disso é um aumento sensível da velocidade do vento podendo chegar, às vezes, ao dobro
da velocidade original. Este fenômeno é acompanhado de uma diminuição da pressão estática que
influi nas indicações dos instrumentos: o altímetro indica altitudes MAIORES que as reais.
O efeito Venturi é análogo para os casos de estreitamentos em vales ou em passagens de
colo (Fig 44).
3) Caso geral
Poderemos constatar uma combinação dos efeitos precedentes. Na encosta onde o vento
"ataca" os obstáculos, encontramos uma zona ascendente (barlavento), relativamente calma e, na
"saída", uma zona descendente (sotavento) ou "RABATTANT", que pode ser a origem de
movimentos turbilhonares (turbulências e rolos).
Próximo do cume, a velocidade do vento é maior que ao longo das encostas (Fig 45).
Fig 46 - Rabattant
2) Efeito de várias cadeias sucessivas.
Nesse caso surge, às vezes, um sistema de rolos entre as cadeias (Fig 48).
ATENÇÃO:- Uma cadeia mais alta que a seguinte poderá criar condições de "rabattant"
sobre a encosta "teoricamente" ascendente dessa última.
3) Efeito de uma montanha isolada
Uma parte do escoamento do ar se faz nos lados. A conseqüência é uma diminuição da do
ar ascendente e do "rabattant". Existem freqüentemente rolos de eixo vertical na região de
sotaventos (Fig 49).
Fig 49 - Rabattant
4) Zona de influência de uma montanha
A influência de uma cadeia de montanhas sobre o escoamento do ar se exerce até uma
altura de 3 à 5 H (altura da montanha) e sobre uma distância horizontal muito variável (Fig 50).
Figura 50
em montanha. Suas influências muitas vezes perigosas não devem ser menosprezadas.
10 Conclusões
O conhecimento da aerologia da montanha permite se ter uma idéia das zonas favoráveis
às evoluções e das zonas desfavoráveis ou perigosas a evitar.
Porém, esse conhecimento não fornece uma certeza absoluta sobre as condições do vento
e das turbulências em determinada área.
Em certos casos, a complexidade do relevo causa modificações absolutamente
imprevisíveis de direção e força do vento, o que fará com que encontremos turbulências e
“rabattants” em qualquer área.
Fig 51 - Instabilidade
b) Efeito de Foehn
Outra conseqüência do efeito do relevo sobre a nebulosidade é o efeito de Foehn. Ele se
traduz por uma elevação do teto e um aumento da temperatura sob o vento de relevo (Fig 52).
NOTA: A VMS é a velocidade que permite a aeronave manter o voo nivelado com a
utilização da menor potência possível ou a que possibilita o voo ascensional com a maior razão de
subida. O valor da VMS é obtido com a consulta ao PMV de cada modelo de aeronave.
ou da incidência dos raios solares, adicionado à fumaça, evoluções dos pássaros, etc.
Devemos sempre abordar essas encostas com cuidado já que os erros de avaliação não
escolher e tentar outra. Caso as tentativas resultem negativo, escolher aquela que oferece as
Uma encosta ascendente deve ser abordada com um ângulo lateral de aproximadamente
45º (Fig 54). Quando o vento for forte, utilizar um ângulo menor.
Para se fazer "meia volta", deve-se curva na direção do vale. Se for necessário subir,
efetua-se algumas "pernas" paralelas à encosta até atingir-se a altura requerida (Fig 56).
c) As ascendentes térmicas
Elas são descontínuas, em forma de chaminé ou de "bolhas". Sua intensidade é máxima
sobre as paredes muito inclinadas ou verticais com grande incidência dos raios solares.
Se a altitude não pode ser conservada pela manutenção da VMS, adicionada ao emprego
da potência máxima contínua, é imperativa uma esquiva (Fig 21).
Fig 57 - Esquiva
É PERIGOSO TENTAR LUTAR CONTRA OS EFEITOS DE UM SOTAVENTO.
a) Esquiva
Para realizar a esquiva, curvar na direção do vale seguindo a direção da maior encosta
existente no terreno (encosta de apoio). É essencial não esquecer o efeito de desenfiamento do
solo, que provoca uma impressão de velocidade completamente falsa, e confiar unicamente no
velocímetro (Fig 58).
Fig 58 - Esquiva
De maneira geral, a ultrapassagem de cristas deve ser efetuada em uma altitude com
margem de segurança e abordando-se a crista a ser ultrapassada segundo um ângulo lateral de +
ou - 45º (graus), como no voo em encostas.
Prestar atenção ao aumento da velocidade no solo quando o vento estiver na cauda no momento da
O ganho de altitude para a ultrapassagem não pode ser efetuado sobre a encosta
ultrapassagem.
Ultrapassar a crista com uma boa margem de segurança (altura) para evitar projetar-se no
sotavento.
Igualmente, não tentar forçar uma ultrapassagem e preparar-se para esquivar-se
suficientemente cedo, caso a situação se agrave.
- Exceto quando a missão exigir, dar preferência a "subir o vale" em vez de "descê-lo".
- Aumentar a velocidade do cheque cruzado, particularmente com o velocímetro, para
precaver-se quanto aos efeitos do desenfiamento do solo e da encosta longitudinal.
– Abandonar o vale suficientemente cedo caso a conformação do terreno à frente
impeça uma meia volta de precaução (Esquiva) – (Fig 62).
Figura 62 - Esquiva
O colo forma sempre um Venturi cujo efeito cria um grande aumento na velocidade do vento
e nos fenômenos que o acompanham: ascendente e, sobretudo, “rabattant”. Mesmo com vento
fraco ou nulo é frequente encontrarmos correntes de ar não desprezíveis num colo. Além disso, as
formas agudas das elevações e rochas adjacentes causam sempre fortes turbulências.
A passagem de colo consiste, portanto, numa das partes mais delicadas do voo em
montanha e requer técnica que reúne o voo em encosta, voo em vale estreito e passagem de
cristas.
Recomendações:
- Abordar o colo com uma boa margem de segurança (altura).
- Abordar a passagem apoiado em uma das encostas adjacentes. JAMAIS INICIE UMA
ULTRAPASSAGEM PELO EIXO CENTRAL DO COLO.
- Visualizar o ponto onde a meia volta (esquiva) já não será mais praticável e abortar a
passagem antes desse ponto, caso a situação se agrave.
- Evitar o sobrevoo de regiões com formato agudo por causa das turbulências.
Figura 64
Figura 66
5.10.3 QUADRANTES E MARCAÇÃO DE PONTOS
-2)
4- – y)
Figura 67
Após a marcação dos pontos no mapa, traçaremos o itinerário, buscando caminhos simples
e seguros, que permitam desenvolvermos a maior velocidade possível.
Os seguintes aspectos facilitarão sua navegação:
a) Não identifique um ponto ou itinerário escrevendo em cima dele, faça as marcações no
mapa sem cobrir os detalhes que lhe serão úteis. (fig. 69)
b) Nos colos, poderemos colocar dois traços de identificação e marcar as proas a serem
seguidas após ultrapassá-los. (fig. 70).
c) Para facilitar a orientação do mapa em relação ao terreno, deveremos colocar algumas
setas balizando o norte magnético, ou marcar os quatro pontos cardeais nos cantos dos mapas. (fig.
68)
d) Colocar setas indicando grandes mudanças de direção. (fig. 68)
e) Os pontos e itinerários poderão ser plotados por linhas tracejadas, ao invés de linhas
contínuas, a fim de que elas não encubram detalhes importantes do mapa. (fig. 68)
f) Este tracejado deve ser feito sobre o local onde queremos voar (trajetória), ou seja, se
iremos voar apoiados à direita, deveremos efetuar o tracejado no lado direito do compartimento. (fig.
70)
g) Quando formos ultrapassar um nó de ravinas, poderemos colocar a proa de saída de
cada ravina, para evitarmos uma desorientação na navegação. (fig. 71)
h) Os postos de observação poderão ser marcados e numerados, seja os da sua aeronave
ou das outras que fazem parte da missão. (fig. 72)
NOTA: Quando existirem dois ou mais helicópteros na formação, em voo NOE, estes
utilizarão a formatura Ataque NOE. Dependendo da situação tática, relevo, meteorologia e demais
fatores, os helicópteros poderão ficar alternados dentro dos compartimentos.
I) Uma especial atenção deverá ser dada à marcação do itinerário quando houverem pontos
de Reunião com outra formação (missões de escolta, ataque, C-SAR, etc). Estes pontos deverão
estar em compartimentos que abriguem as formações, sendo bem definidas as posições de cada
helicóptero de cada formação.
Figura 68
a) Durante uma navegação, esteja atento às vegetações densas, pois, elas ocultam
informações importantes, particularmente as referências planimétricas.
b) Durante a navegação, saber onde está o norte magnético é imprescindível. No início das
navegações e em caso de desorientação, deveremos orientar o mapa com o norte magnético (no
pairado, antes de iniciar os deslocamentos). Saber qual a direção geral a seguir e a direção dos
principais itinerários, também são noções importantes para a navegação.
c) Utilização do mapa:
Para facilitar a navegação, os mapas deverão ser seqüenciados e dobrados, de forma a
facilitar o seu manuseio. (mosaico).
8 Regular a velocidade da aeronave conforme a necessidade de leitura do mapa.
9 Em caso de desorientação:
Voltar ao último ponto conhecido, realizando a leitura retrospectiva do mapa.
Após ter certeza que tenha localizado um ponto nítido terreno/mapa, reiniciar a navegação.
Sempre que possível, fazer atualizações nos mapas.
Ex: Marcar um obstáculo que não esteja no mapa, e tenha sido observado em voo.
Figura 73
5.11 DOUTRINA
a) O voo tático à baixa altura não permite erros e/ou desatenções e, assim, jamais poderá
haver dúvidas com relação a quem está pilotando. Em instrução, uma especial atenção tem que ser
dada ao passarmos o comando ao outro piloto, usa-se a expressão “tá contigo” e certifique-se,
visualmente, que o outro piloto assumiu o comando, e aguarde dele o “tá comigo”.
b) Quem estiver pilotando deve olhar para fora o tempo todo, exceção a rápidos cheques
cruzados (velocidade, torque, etc.) e cheques periódicos (pressões, temperaturas, painel de
alarmes, etc.). Além disso, é obrigação de quem estiver pilotando, informar todo e qualquer
“obstáculo” que esteja na sua trajetória de voo.
Por exemplo, o piloto dirá ao navegador: “(estou) visual com o poste de baixa tensão às
duas horas”. Informar sempre o tipo de obstáculo (poste, torre de alta tensão, árvore isolada,
eletrificação rural, ponte, antena, etc.). Não adianta usar expressões como “palito”, pois, somente se
o 1P descrever o obstáculo é que o navegador terá a certeza que o piloto estava se referindo ao
poste de baixa tensão e não a uma antena de 100 ft. de altura que está a 200 m. depois do poste.
Isso proporcionará ao navegador baixar a cabeça e olhar o mapa sem se preocupar com os
obstáculos, mesmo que o helicóptero esteja voando a 100 kt e a 100 ft AGL.
O voo NOE, devido à proximidade com o solo e com os obstáculos, também não permite
que o 1P dependa de informações do mecânico sobre fios, postes, cauda baixa, distâncias de
segurança, etc. Por isso, os pilotos devem ser proficientes em realizar o voo NOE sem mecânico a
bordo, mas com total segurança e eficiência.
c) Antes de qualquer ação informe o que vai fazer.
Por exemplo: você é o 1P (está na cadeira da direita) e quer girar a cauda à direita, a partir
do pairado. Olhe você mesmo à direita e diga “cauda à direita” e somente após conferir visualmente
que o setor está livre e dizer “direita livre giro” é que você deve iniciar o giro. Outro exemplo:
você é o 1P (está na cadeira da direita) e quer fazer uma “decolagem tática em ‘U’ pela esquerda”.
Anuncie: “decolagem tática à esquerda”. Aguarde que o 2P / IN verifique visualmente e lhe informe
“esquerda e cauda livres” para que você inicie o deslocamento. Proceda desta maneira com todo e
qualquer deslocamento, giro, decolagem, aproximação, desaceleração, etc., e cobre o mesmo do
outro piloto, sempre.
d) Em treinamento, o piloto em comando deverá informar (à tripulação) a saída e o ingresso
no voo NOE (3 a 5 m) utilizando as expressões “saindo de situação” e “ingressando no voo NOE”.
máximo permitido para cada equipamento, permitindo ainda reserva de potência para realizar
aproximações e pairados com vento de cauda.
CAPÍTULO VI
O voo a baixa altura requer uma coordenação de cabine precisa entre a equipagem, devido à
proximidade dos obstáculos e a necessidade de executar manobras próximas ao solo. As funções e
deveres à bordo devem estar divididos homogeneamente entre os tripulantes, para que não ocorra
sobrecarga de trabalho.
A seguir serão listados os procedimentos específicos da navegação tática, que devem ser
somados aos procedimentos requeridos para a missão, de acordo com o objetivo a ser cumprido.
Os itens específicos de voo NOE serão assinalados: (NOE), devendo ser cumpridos
cumulativamente com os demais.
a. O navegador deverá ter completado a marcação da rota na carta, preenchido o plano de voo e
o calunga (para navegação com GPS); e
b. após o planejamento, toda a tripulação deve fazer um estudo cuidadoso de toda a rota, dando
especial atenção à área do objetivo.
Além dos itens normais de um brifim, de acordo com a missão a ser realizada, aborde também
os seguintes assuntos:
Durante cada inspeção externa observar o estado geral dos rotores, corta-fios e trem de pouso
(esqui). Após o voo, verifique novamente os rotores para observar se houve tracking (colisão com
obstáculos ou folhas), e inspecione o corta-fios e os esquis, quanto a possíveis toques com o solo
ou obstáculos.
6.1.4.1. PILOTO:
a. O piloto com os comandos deve dedicar toda sua atenção à pilotagem, mantendo a aeronave
na proa, altitudes e velocidades requeridas;
b. a atenção do piloto não deve ser desviada para o interior da cabine, mesmo que o navegador
esteja perdido, exceto para realizar rápidos cheques cruzados;
c. quando solicitado, o piloto poderá auxiliar na navegação, informando pontos proeminentes do
terreno, dando estimadas de ventos e auxiliando na identificação dos pontos de controle e objetivo;
d. é proibido a realização de voo NOE fora da área determinada para cada missão (NOE);
6.1.4.2. Nr:
a. O piloto que não estiver com os controles será o responsável primário pela condução do voo,
controle da rota e do tempo;
b. antes de cada ponto de controle, informar sua descrição e a proa da próxima perna;
c. monitorar constantemente a rota descrita pela aeronave no solo e sua posição;
d. monitorar a cronometragem sobre os pontos de controle;
e. definir novas velocidades ou procedimentos para corrigir diferenças de tempo e efeitos de
ventos; e
f. avisar periodicamente o tempo estimado para o próximo ponto.
6.1.4.3. Mecânico/OE:
a. Monitorar periodicamente os instrumentos da aeronave; e
b. quando solicitado, auxiliar a navegação apontando pontos marcantes do terreno, e obstáculos.
Durante o voo a baixa altura, é importante que sejam observados certos aspectos da doutrina de
cabine, por se tornarem essenciais ao cumprimento da missão. Dessa forma, os seguintes aspectos
devem ser observados:
6.2.1. COMUNICAÇÃO PRECISA
O voo a baixa altura requer uma comunicação precisa entre os tripulantes, para que não haja
dúvidas quanto às manobras que serão realizadas e à visualização de obstáculos. Uma
comunicação será adequada quando:
a. O emissor direcionar sua mensagem, chamando a pessoa a quem se quer dirigir da maneira
habitual (objetivo do direcionamento é não causar dúvidas quanto a quem deve receber a
mensagem; em equipagens compostas por apenas 2 tripulantes, tal direcionamento é dispensável):
d. O emissor confirmar que sua mensagem foi recebida, baseado no cotejamento ou na ação do
receptor, obtendo assim o feed back e encerrando o ciclo de comunicação:
TRIP: O emissor sabe que o Piloto está ciente pelo seu cotejamento, ou observa o mesmo
realizando um desvio para evitar o objeto reportado.
NOTA: Se o emissor não receber o feed back de sua mensagem, deverá insistir na mesma, de
forma que não haja dúvidas quanto à sua recepção.
Durante o planejamento e a navegação, utilize os termos específicos deste manual, que deverão
ser de conhecimento de todos o tripulantes, para aumentar o entendimento entre a equipagem.
Os tripulantes deverão evitar a utilização de palavras indefinidas ou termos que tenham múltiplos
significados. Mensagens mal interpretadas podem causar confusão, atraso ou acidentes. Exemplos
que não devem ser seguidos:
Nestes casos, o emissor pode, erroneamente, pensar que o outro tripulante está com a atenção
voltada para o mesmo objeto ou situação que ele (emissor). Normalmente, ao fornecer informações
vagas e imprecisas, cada tripulante acaba fixando sua atenção em lugares diferentes, aumentando
o desentendimento na cabine.
Para indicar pontos, características do terreno ou áreas do espaço aéreo, as informações devem
sempre ser acompanhadas do código horário.
Aplicações:
No solo, além do código horário, o ponto deve ser acompanhado por sua característica mais
marcante, por referências que se destaquem no terreno e pela posição do ponto em relação a essas
referências.
Para reportar obstáculos, seja o mais específico possível (informe se é um poste, torre de alta
tensão, árvore isolada, eletrificação rural, ponte, antena, etc).
O responsável pela navegação, deverá fornecer informações ao 1P, de maneira que ele não
tenha que se concentrar para ler os instrumentos e possa voar na proa pretendida.
Com relação ao itinerário a ser seguido, depois do navegador indicar um ponto no terreno, deve
orientar o piloto quanto ao que fazer em relação a este ponto.
As comunicações na aeronave devem incluir o feed back, a fim de assegurar que os tripulantes
entenderam corretamente as orientações ou as ações anunciadas. Os cotejamentos devem ser
curtos e indicar positivamente que a mensagem foi recebida e entendida, ou não. O “ciente” ou
“entendido” podem não ser suficientes em certas situações, principalmente aquelas não previstas na
fraseologia padrão. As partes críticas da mensagem deverão ser repetidas no cotejamento.
Em instrução, uma especial atenção tem que ser dada ao passarmos o comando ao outro piloto.
1P: Atenção tripulação, vou fazer uma passagem sobre a área restrita.
1P: Atenção tripulação, saindo de situação.
1P: Ingressando no voo NOE.
1P: Atenção tripulação, decolagem tática em U.
1P: Cauda a direita.
Use a expressão fora de situação sempre que abandonar o voo NOE e, com segurança e
tranquilidade, ganhe altura e afaste-se dos obstáculos. Da mesma forma, antes de começar uma
manobra e estando fora de situação o 1P deverá informar à tripulação: ingressando no voo NOE;
Quando o voo for realizado apenas com os pilotos, ao solicitar giro de cauda ou deslocamento
do helicóptero, cada piloto será responsável por checar o seu lado. Por exemplo:
Você é o 1P (está na cadeira da direita) e quer girar a cauda à direita, a partir do pairado. Olhe
você mesmo à direita e diga cauda à direita e somente após conferir visualmente que o setor está
livre e dizer direita livre giro é que você deve iniciar o giro.
Você é o 1P (está na cadeira da direita) e quer fazer uma decolagem tática em U pela esquerda.
Anuncie: decolagem tática à esquerda. Aguarde que o 2P / IN verifique visualmente e lhe informe
esquerda e cauda livres para que você inicie o deslocamento.
Proceda desta maneira com todo e qualquer deslocamento, giro, decolagem, aproximação,
desaceleração, etc., e cobre o mesmo do outro piloto, sempre.
6.2.5 ADEQUAÇÃO ÀS SITUAÇÕES EXIGENTES OU CRÍTICAS
Todos os fatores operacionais devem ser monitorados, a fim de que o voo permaneça sob
controle em todas as etapas. Devem ser verificadas constantemente as condições climáticas, o
tráfego aéreo, as comunicações, os instrumentos de voo e dos motores, os sistemas automáticos, o
consumo, a Vs e todos os parâmetros que possam afetar o desempenho da missão.
Feito isso, a tripulação deverá analisar as informações coletadas e determinar as alterações a
serem efetuadas, reportando-as aos outros tripulantes. Com esse processo contínuo, tudo estará
sob controle e as modificações tenderão a ser mínimas.
As situações consagradas como exigentes ou críticas, por sua vez, merecerão redobrada
atenção, como por exemplo:
a. operações no solo;
b. operações próximas ao solo;
c. lugares não habituais;
d. más condições atmosféricas;
e. panes e emergências.
a. Pessoas ou veículos transitando nas proximidades da aeronave, estando ela com o motor
acionado: