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CAPÍTULO 4

PRÉ - SOLO
cadete que já tenha feito a PS-03 poderá fazer a
FINALIDADE externa, devendo apresentar-se ao instrutor que irá
usar o avião após concluí-la.
O presente capítulo tem por objetivo definir os Na fase de “Ressolo”, este procedimento deve
procedimentos a serem executados nos exercícios da ser realizado apenas nas duas primeiras missões.
fase de Pré-Solo na aeronave T-25. Ele descreve todos os
exercícios mencionados na ficha de voo, aspectos a O Cadete deverá enunciar pelo interfone
serem observados e procedimentos para sua execução. qualquer inspeção ou cheque que executar. Ao checar
os instrumentos cujos valores são mensuráveis, além
As etapas contidas do brifim ao nivelamento, e dos limites destes instrumentos, o Cadete deverá
do retorno da área ao debrifim serão como descritas no enunciar também esses valores. Nas demais fases,
capítulo anterior. apenas informar a realização do cheque.
Observar o capítulo referente às áreas de instrução
para os tópicos:
4. VOO POR REFERÊNCIAS VISUAIS
• Orientação na área;
Será avaliado o uso da técnica descrita no
• Retorno da área. MAIV. Este item abrange todo o voo, devendo ser
Avaliar o conhecimento teórico referente ao avião, observado na realização de todos os exercícios.
emergências e anormalidades e sobre sinais visuais.
Aplicar as técnicas e doutrinas preconizadas no 5. ORIENTAÇÃO NA ÁREA
MAIV para os tópicos:
Atentar para os limites horizontais e verticais das
• Brifim / Saída para o voo; áreas. O aluno deverá estar plotado no terreno durante
todo o voo.
• Rolagem / Decolagem;
• Voo por referências visuais;
• Uso dos comandos, motor e compensadores; REFERÊNCIAS IMPORTANTES
• Pouso;
As referências a seguir são usadas em vários
• Segurança de voo. exercícios, nesta e em outras fases.
• SUBIDA: aproximadamente 1 dedo de
CONSIDERAÇÕES ESPECÍFICAS distância entre o capô do avião e o horizonte;
• VOO NIVELADO: 4 dedos;
1. BRIFIM E HORÁRIOS
• DESCIDA C/ 140kt e 20 pol: 5 dedos;
Até a PS-03, antecipação de 01:30 h para o
Brifim; nas demais, de 01:00 h em relação ao horário • 20º CABRADOS: interruptor de baixamento do
de decolagem. trem de pouso e bocal de ventilação do posto direito
tangentes ao horizonte;
• 10º PICADOS: bússola magnética (chinesa)
2. RELATÓRIO E EQUIPAMENTO DE tangente ao horizonte;
VOO
• CURVA DE PEQUENA INCLINAÇÃO:
Durante as 03 (três) primeiras missões o
instrutor deve acompanhar o Cadete na consulta ao 1. REFERÊNCIA PRIMÁRIA: ângulo do nariz
relatório de voo, orientando-o sobre o preenchimento, com o horizonte;
tanto na saída como no regresso. 2. REFERÊNCIA SECUNDÁRIA: estrela da asa
no horizonte.

3. INSPEÇÕES E CHEQUES • CURVA DE MÉDIA INCLINAÇÃO:

O Instrutor deve acompanhar a realização da 1. REFERÊNCIA PRIMÁRIA: ângulo do nariz


inspeção externa pelo Cadete até a missão PS-03, com o horizonte;
orientando-o sobre a correta execução; após esta, 2. REFERÊNCIA SECUNDÁRIA CURVA PARA
outro A ESQUERDA: trilho da capota do IN no horizonte;

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PRÉ-SOLO

3. REFERÊNCIA SECUNDÁRIA CURVA PARA 3. EXERCÍCIO DE COMPENSAÇÃO


A DIREITA: cinta da asa no horizonte.
O instrutor assumirá os comandos de voo,
descompensará a aeronave e, só então, passará os
comandos ao aluno.
O aluno efetuará a compensação adequada para
EXERCÍCIOS manter a atitude de voo solicitada pelo instrutor.

1. PREPARAÇÃO PADRÃO
A Preparação Padrão é um procedimento que
deverá ser executado antes da realização de alguns 4. CURVAS
exercícios. A curva é uma manobra básica utilizada para
Ela tem como finalidade possibilitar um novo mudar a direção do avião, envolvendo uma
cheque do regime do motor, dos horários de troca de coordenação adequada dos três comandos de voo.
tanque, de amarração do piloto, de algum objeto solto Em voos de instrução (Pré-Solo) serão treinadas
na nacele que possibilite algum travamento de apenas curvas niveladas de pequena e média
comando e, por fim, clarear a área. inclinação, utilizando 20 polegadas de compressão.
Durante a execução das curvas, a inclinação
EXECUÇÃO desejada deverá ter como referência primária o ângulo
entre o "nariz" e o horizonte. No T-25, também pode
ser usada a parte superior do painel do avião.
• Potência: 20 polegadas; Para conferir a inclinação, existem as
• Mistura: rica; referências citadas anteriormente.

• Passo: 2450 rpm;


• Tanque de combustível: checar relógio e 4.1 PEQUENA INCLINAÇÃO (15°)
efetuar as trocas previstas (1ª e 2ª com 30 minutos e Utilizar durante as subidas para a área e em
demais com 15 minutos); treinamentos específicos, de acordo com o nível da
• Cintos e suspensórios: ajustados e travados; missão.

• Nada solto na nacele; Manter voo nivelado com 20 polegadas. A área


será clareada durante a realização da curva.
• Área clarear (realizar 45º de curva para
qualquer lado e retornar para a proa inicial, utilizando
curvas de média inclinação e observando possíveis 4.2 MÉDIA INCLINAÇÃO (30°) E REVERSÕES
aeronaves com trajetórias conflitantes com a do
exercício). Neste caso deve-se observar a área logo à Será o tipo de curva mais utilizado na instrução,
frente e ao lado, no mesmo nível, abaixo e acima. principalmente nos circuitos de tráfego para pouso.
Deve-se, também, verificar a não existência de outras Manter voo nivelado com 20 polegadas. A área
aeronaves às 6 horas para a realização de manobras será clareada durante a realização da curva.
que resultem numa variação de 180º de proa.
Na área, as curvas serão realizadas
isoladamente ou em reversões.
2. MANUTENÇÃO DE RETA E ALTURA No caso das reversões, o piloto deverá escolher
(VOO NIVELADO) uma referência a fim de se definir o eixo do exercício.
Executar com variações de 45º de proa para cada lado
O Voo Reto e Nivelado é aquele onde se
do eixo.
mantém uma altitude e direção constantes.
Finalidade: Aprender a utilizar os comandos e
combinar as referências exteriores com as indicações
dos instrumentos, de forma a manter a altitude do
avião e aprender a dividir a atenção pela verificação
5. RETAS E CURVAS (SUBINDO E
constante de todas as referências possíveis, sem se DESCENDO)
concentrar em nenhuma detidamente. Estabelecer uma proa e uma altitude para o
Deve ser avaliado no decorrer de todas as início e o término do exercício.
missões.
Regime: 20 polegadas (cruzeiro de instrução).

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5.1 SUBINDO NA RETA 5.4 DESCENDO EM CURVA


• Iniciar com 20 polegadas de compressão; • Iniciar com 20 polegadas de compressão;
• Variar 1000 ft; • Variar 1000 ft;
• Cabrar o avião de modo a se estabelecer a • Usar curvas de pequena inclinação, iniciando a
atitude de subida; curva juntamente com o início da descida;
• Quando a velocidade estiver aproximando-se • Executar a mesma técnica e utilizar os
de 90 kt, levar a manete dos gases toda à frente e mesmos regimes previstos para a descida na reta,
manter esta velocidade; verificando se a área para onde irá curvar está livre.
• Ajustar o compensador do profundor como
necessário;
ERROS COMUNS
• Com a antecipação de 10% da razão de
• Não clarear o lado da curva;
subida, iniciar o nivelamento para a altitude desejada,
levando o nariz da aeronave para a atitude de voo • Não manter a atitude do avião (arfagem e
nivelado; inclinação) em relação ao horizonte natural;
• Ao atingir 100 kt, reduzir o motor para 20 • Perder a reta;
polegadas de compressão;
• Passar das alturas de nivelamento e de
• Ajustar o compensador para a atitude de voo reversão.
nivelado.
• Demorar a avançar a manete dos gases ao
nivelar após uma descida.
5.2 SUBINDO EM CURVA
• Iniciar com 20 polegadas de compressão;
• Variar 1000 ft; 6. VELOCIDADE REDUZIDA
• Usar curvas de pequena inclinação, iniciar a Finalidade: Treinar o piloto no domínio do avião
curva juntamente com o início da subida; em baixas velocidades e diferentes configurações e
• Executar a mesma técnica e utilizar os confirmar a importância de uma coordenação suave.
mesmos regimes previstos para a subida na reta,
verificando se a área para onde irá curvar está livre.
Altitudes sugeridas:
• Mínima: 5000 ft
5.3 DESCENDO NA RETA
• Máxima: 6000 ft
• Iniciar com 20 polegadas de compressão;
• Variar 1000 ft;
EXECUÇÃO
• Reduzir suavemente o motor para 10 pol, com
o avião ainda nivelado; • Com o avião em voo nivelado e compensado,
marcar um ponto de referência distante para manter a
• Ajustar o compensador do profundor como reta;
necessário;
• Realizar a Preparação Padrão (a área deverá
• Ao atingir 90 kt, estabelecer uma atitude de ser clareada durante o exercício);
descida mantendo esta velocidade;
• Reduzir a velocidade para 100 kt (± 17 pol);
• Com a antecipação de 10% da razão de
descida, iniciar o nivelamento para a altitude desejada, • Fazer curva de pequena inclinação, com
trazendo o nariz da aeronave para a atitude de voo variação de proa em 45º para qualquer lado;
nivelado levando simultaneamente a manete dos • Ao atingir a referência, retornar à referência
gases toda à frente. inicial;
• Ao atingir 100 kt, reduzir o motor para 20 • Reduzir a potência para 15 pol, solicitar “TREM
polegadas de compressão; LIVRE” e comandar o trem embaixo. Checar o
• Ajustar o compensador para a atitude de voo travamento (luzes e buzina) e ligar o farol de táxi.
nivelado. Reduzir a velocidade para 80 kt e reajustar a
compressão para manter esta velocidade
(aproximadamente 20 pol.);

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• Manter esta velocidade e fazer nova curva de 4. Manter a reta, observando a atitude de
pequena inclinação, idêntica à primeira, para o lado arfagem e as asas niveladas.
oposto daquela. Retomar à referência inicial, como
À medida que o avião perde velocidade, torna-se
antes;
necessário um aumento gradativo de comando de
• Baixar 30º de flape, reduzir para 70 kt e profundidade (manche para trás) para manter a atitude
acelerar para, aproximadamente, 23 pol. Curvar para o de arfagem estabelecida inicialmente, e o uso do pedal
mesmo lado da primeira curva e retornar à referência direito a fim de contrariar o sopro da hélice do avião.
inicial;
Os três comandos perdem alguma ou toda a sua
• Finalizar a manobra executando o eficácia, à medida que o avião se aproxima do estol,
procedimento de ARREMETIDA NO AR, mantendo a na seguinte ordem: primeiro os "ailerons", depois o
reta e a altitude. Não é necessário aguardar a profundor e, por fim, o leme de direção.
velocidade chegar a 80 kt para solicitar o recolhimento
5. Aos primeiros sinais de estol (pré-estol:
do trem de pouso para o IN;
trepidação característica e amolecimento dos
• Reduzir para 20 polegadas ao atingir 100 kt. comandos), iniciar a recuperação, comandando o
manche a frente, continuamente, até que o avião atinja
As correções de altura devem ser feitas por
a atitude de 10º picados, e simultaneamente levando a
variações de arfagem e as correções de velocidade por
manete dos gases a pleno, de modo suave e
variações de potência. Raciocinar com as trocas de
constante.
energia potencial por cinética ou vice versa (altura x
velocidade). Estas técnicas serão bem detalhadas em Esta ação conjunta restituirá a sustentação
brifim. perdida e fará o avião sair da situação de estol, porém
ainda perdendo altura;
A compensação do avião deve ser ajustada a
cada mudança de configuração, potência , atitude e A tendência normal do avião, durante o início da
velocidade. recuperação, é guinar à esquerda. A reta deverá ser
mantida com o uso do pedal direito até que os ailerons
recuperem sua atuação, com o aumento de
ERROS COMUNS velocidade.
• Concentrar-se demasiadamente nos 6. Com 70 kt, cabre o avião, aplicando uma
instrumentos, não dando atenção ao voo por pressão contínua e suave no manche para retornar ao
referências visuais; voo nivelado, completando assim a recuperação;
• Buscar referências muito próximas; 7. Ao atingir 100 kt, reduzir para 20 polegadas.
• Ao tentar corrigir um erro de velocidade, fazê-
lo com variações amplas de motor; ERROS COMUNS
• Corrigir perda excessiva de altura sem utilizar o • Esquecer-se de clarear a área;
motor para manter a velocidade;
• Após cabrar o avião para 20º em relação ao
• Demora nas correções; horizonte, não observar os pontos de referência e as
• Cheque cruzado lento. asas niveladas, perdendo a reta;
• Após cabrar o avião para 20º, não manter esta
atitude, cedendo ou puxando demais o manche;
• Não usar o pedal direito para contrariar o efeito
7. ESTOL COM MOTOR do sopro da hélice e perder a reta;
Altura mínima: 3000 ft (5000 ft indicados). • Recuperar o estol bruscamente e / ou levar a
Finalidade: Mostrar ao piloto as características e manete dos gases à frente, com muita rapidez;
os sinais que o avião apresenta ao aproximar-se da • Não levar a manete dos gases a pleno, no
velocidade de perda de sustentação (estol), além de início da recuperação;
condicionar suas ações para o caso da ocorrência em
situações críticas. • Estabelecer a atitude, olhando para o
velocímetro, enquanto aguarda a velocidade de 70 kt,
EXECUÇÃO descuidando da atitude do avião.
1. Com o avião em voo nivelado e compensado,
marcar um ponto de referência para manter a reta;
2. Realizar a Preparação Padrão;
3. Cabrar 20º;

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ARREMETIDA NO AR);
8. ESTOL SEM MOTOR
Altura mínima:
• Duplo: 3000 ft (5000 indicados);
• Solo: 5000 ft (7000 ft indicados).
O Estol sem motor tem como finalidade
capacitar o piloto a reconhecer e evitar uma situação
crítica (estol) durante uma aproximação final para
pouso, ocasião onde o avião apresenta a mesma
configuração (trem de pouso e flapes baixados e motor
reduzido).
Este exercício também visa fazer com que o
piloto sinta as reações características que o avião
apresenta no momento do pouso.
A recuperação deste exercício será realizada
no pré-estol, assim como no estol com motor, de forma
que o aluno se habitue a perceber os sintomas com
facilidade. O instrutor deverá ressaltar a importância
de, em caso de um paliê alto e demorado, arremeter
quando a buzina de estol soar, o que deve acontecer
momentos antes das indicações de pré-estol
(trepidação da aeronave e do manche).

EXECUÇÃO
1. Com o avião em voo nivelado e compensado,
marcar um ponto de referência para manter a reta;
2. Realizar a Preparação Padrão;
3. Reduzir a compressão para 15 polegadas (a
buzina de aviso do trem de pouso irá tocar);
4. Ao atingir 100 kt, solicitar “TREM LIVRE” ao
instrutor (duplo comando) e, caso autorizado, baixar o
trem de pouso, checar baixado e travado e ligar o farol
de táxi;
5. Com 90 kt, reduzir toda a compressão,
comandar o passo da hélice para mínimo, baixar 30º
de flape e estabelecer planeio de 90 kt (baixando o
nariz da aeronave);
6. Perder, no máximo, 500 ft de altura até o
início da recuperação;
7. Nivelar (colocar o capô do motor no
horizonte) e aguardar o pré-estol.
O estol se manifestará quando a atitude do avião
for de, aproximadamente, 10º cabrados.
8. Nos primeiros sinais de estol (pré-estol),
inicie a recuperação, da mesma forma que no estol
com motor (motor a pleno e 10 º picados);
9. Ao atingir 70 kt, aplique uma pressão
contínua no manche, trazendo o avião para a atitude
de subida;
10. Ao cruzar 80 kt, recolher o trem, em seguida
os flapes, reduzir o passo para 2.450 rpm e apagar o
farol de táxi (conforme o procedimento de

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PRÉ-SOLO

8. Ao parar o giro, centralizar os pedais e cabrar


11. Manter subida com 90 kt, retornando à
na reta, com as asas niveladas, recuperando o avião
altitude de início da manobra. Nivelar ao atingir
suave e constantemente;
12. Ao atingir 100 kt, reduzir para 20 polegadas.
9. Quando o nariz cruzar o horizonte, levar a
ERROS COMUNS manete dos gases a pleno, estabelecendo a atitude de
subida;
• Os mesmos do estol com motor, somados com
os erros nos procedimentos de configuração do avião e 10. Regressar à altitude de início da manobra;
arremetida;
11. Ao atingir 100 kt, reduzir para 20 polegadas;
• Perder a reta ou variar a altura ao reduzir para
12. Desligar a booster.
15 polegadas;
Na maioria das vezes, na entrada, o avião passa
• Não estabilizar os 90 kt no planeio, variando a
pelo dorso para em seguida baixar o nariz atingindo
velocidade;
rapidamente uma atitude picada de 45º a 60º abaixo do
• Descer mais de 500 ft; horizonte.
• Perder altura ou ganhar altura ao aguardar o A velocidade de giro torna-se praticamente
estol; constante a partir da segunda volta.
• Esquecer de colocar o comando do flape em Os ailerons deverão permanecer na posição
neutro; neutra durante toda a manobra. Caso sejam
comandados para algum dos lados, poderão acelerar o
• Esquecer de ligar ou de desligar o farol de táxi. giro.
Deve-se ter o cuidado de centralizar os pedais
logo após parar o giro, de modo a evitar entrada
inadvertida em parafuso para o outro lado.
9. PARAFUSO
Altura mínima: 5000 ft (7000 ft indicados).
NOTA
Finalidade: capacitar o piloto a reconhecer,
evitar e sair desta situação de descontrole em voo, Os ensaios de voo demonstram que:
com o mínimo de perda de altura. A aeronave perde cerca de 500 ft a cada
Limites da aeronave: até seis voltas na volta;
configuração lisa e uma volta na configuração de Após o piloto descomandar a manobra, o
pouso. avião ainda executa, em média, meia volta antes de
Em voos de instrução na AFA, serão treinados sair do parafuso;
parafusos de apenas uma volta e na configuração lisa. Se os comandos forem liberados durante o
parafuso, o avião sai sozinho do mesmo,
adquirindo, entretanto, uma atitude bastante picada
EXECUÇÃO e atingindo a velocidade de 170 kt com uma carga
1. Com o avião em voo nivelado e compensado, de 3,5 G durante a recuperação.
marcar um ponto de referência para manter a reta;
2. Ligar a Booster; ERROS COMUNS
3. Realizar a Preparação Padrão; • Escolher ponto de referência inadequado;
4. Cabrar 20º; • Deixar a atitude diminuir por não aumentar o
5. Reduzir totalmente a compressão (não comando de profundor;
cancelar a buzina, a não ser quando orientado pelo • Comandar o parafuso ou com o avião
instrutor); completamente estolado ou antes do pré-estol;
6. Aguardar o pré-estol na reta e, ao atingi-lo, • Não comandar manche e pedais em toda
comandar simultaneamente o manche todo para trás e amplitude na entrada do parafuso;
o pedal a fundo para o lado que desejar realizar o giro.
Manter esta condição até iniciar o descomandamento; • Comandar os ailerons ao trazer o manche todo
para trás;
7. Ao completar uma volta (360º de giro),
descomandar o parafuso, aplicando o pedal a fundo • Na saída, tentar controlar a direção com o uso
contrário ao do giro e, simultaneamente, levando o dos ailerons ou, após parar o giro, centralizar os pedais
manche para neutro; com demora possibilitando entrar novamente em
parafuso para o lado contrário;

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PRÉ-SOLO

• Recuperar bruscamente e / ou em curva e 11. TRÁFEGO DE EMERGÊNCIA


expor o avião a cargas "G" excessivas.
PERIGO
• Na recuperação levar o manche muito à frente,
além da posição neutra, estabelecendo uma atitude Em função das Recomendações de
picada muito agressiva, provocando "G" menor que 1,0 Segurança de Voo 057/B/2004-AFA, do Relatório
ou negativo. Final de Acidente do FAB 1936, os instrutores
deverão gerenciar o risco de ocorrer uma pane real
durante o treinamento de Panes Simuladas não
permitindo, dessa forma, que os alunos coloquem
a aeronave em perfis onde não seja mais possível
10. ORIENTAÇÃO ADF / VOR pousar em segurança caso necessário.
A orientação ADF / VOR tem como objetivo que Em hipótese alguma permitir que se retarde a
o piloto iniciante atinja a proficiência no procedimento arremetida abaixo de 300ft de altura.
de orientação por instrumentos, através da correta
operação dos equipamentos de navegação.
11.1 TRÁFEGO DE EMERGÊNCIA EM CAMPO
Isso gera uma segurança a mais quanto à
PREPARADO
orientação na área de instrução, caso ocorra a
situação de baixa visibilidade. O instrutor (IN) deverá mostrar a pista ao aluno
(AL) e informar para ARGOS a pista que estiver
utilizando para o treinamento simulado.
EXECUÇÃO
Para a orientação VOR/ADF:
FRASEOLOGIA
1. Manter a aeronave nivelada (no mínimo a
IN: ARGOS, APOLO ZERO UNO, SIMULADO EM
5000 ft de altitude) e ligar o equipamento, selecionando
CASA BRANCA, INÍCIO 5000 FT.
a frequência de 310 kHz (ADF) ou 115.80 MHz (VOR);
2. Fazer o cheque do equipamento conforme o
MAITE; EXECUÇÃO
3. Após certificar-se de que a estação 1. O instrutor reduzirá o motor para 10
selecionada está sendo captada (sinal de áudio) e que polegadas;
seu equipamento opera normalmente:
2. O Cadete enunciará os procedimentos de
FALHA DO MOTOR EM VOO, PARTIDA DO MOTOR
EM VOO e POUSO FORÇADO (até o item 7 inclusive:
ADF cintos e suspensórios ajustados), enquanto estabelece
• Será feito em cima de uma cidade qualquer a atitude para manter 90kt e se desloca para o local de
dentro da área. pouso e / ou na realização do traçado.

• O ponteiro aponta para a estação. Identificar qual


é a direção da estação e qual é a cidade, com base ATENÇÃO
na proa de segurança.
Ao enunciar os procedimentos acima
citados, o cadete deverá executar os seguintes
VOR itens à medida que os mesmos são citados:
• Recolher o trem e os flapes, caso estejam
• Será feito em cima de uma cidade qualquer
realmente baixados;
dentro da área.
• Levar o passo para mínimo (isso completa a
• Centralizar a barrinha em “TO” (T-25 A e C) e
simulação do planeio máximo: 90kt, 10pol e passo
informar a proa.
mínimo = 80kt, gases fechada e passo máximo);
• O ponteiro aponta para a estação no RMI (T-25
• Ligar a BOOSTER.
C).
Preparar a aeronave para o baixamento do
• Identificar qual é a direção da estação e qual é a
trem por emergência. Estes procedimentos
cidade, com base na proa de segurança.
deverão ser enunciados de maneira que, antes do
PONTO 1, o AL esteja pronto para baixar o trem.

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PRÉ-SOLO

ORIENTAÇÕES
3. Procurar se encaixar em algum dos pontos-
chave: Buscar referências no través da cabeceira
escolhida e no prolongamento do sentido do pouso, a
• Ponto 1: 2000 ft de altura, com a pista
fim de evitar desorientação durante o perfil.
correndo no bocal do tanque auxiliar esquerdo;
Se possível, avaliar o vento (técnicas descritas
• Ponto 2: entre 1000 e 1200ft de altura, no
no MAIV) e definir o sentido mais favorável para o
través da cabeceira em uso (com a pista sob a estrela);
pouso com vento de proa.
• Ponto 3: 700 ft a 800 ft de altura.
Depois de definido o local para pouso, aproar o
4. A partir do PONTO 1 deve-se usar curvas ponto chave escolhido o mais rápido possível, de
com inclinações entre pequena e média. Recomenda- forma a atingi-lo na altura e direção ideais.
se uma inclinação próxima a 20º;
Se estiver alto no ponto 1, providenciar a perda
5. O baixamento do trem deve ser feito pelo desta altura até o ponto 2:
sistema de emergência conforme a altura, entre o
• Pode-se baixar o trem logo no PONTO 1;
ponto 1 e 2, devendo o mesmo estar travado até o
ponto 2. Após travá-lo em baixo, colocar a seletora de • Pode-se manter a reta durante a metade da
emergência em flape; altura excedente e, após, curvar com a inclinação
normal;
6. Baixar os flapes pelo sistema de emergência,
após o PONTO 2, preferencialmente a partir de um • Pode-se realizar curvas de 360º ainda “liso” na
ângulo de 90º com a pista; vertical do PONTO 1, de acordo com o excesso de
altura que se tem.
7. Em instrução, baixar no máximo 30º;
Antes do Ponto1 ou assim que for paga a
8. Com 300 ft de altura, o aluno deverá Pane: TRÁFEGO DE EMERGÊNCIA
arremeter no ar (levar o motor a pleno, colocar o avião • Falha do Motor em Vôo
• Partida Motor em Vôo
na atitude de subida enquanto informa ao instrutor); • Pouso Forçado (até
Ponto 1
2000 ft Altura
abaixamento do Trem) 90 kt
9. O instrutor pressurizará o sistema hidráulico e
colocará a seletora de emergência em neutro. Trem entre Ponto1 e 2

Somente após isso o aluno prosseguirá no


recolhimento do trem, de acordo com o procedimento
de ARREMETIDA NO AR; Ponto 2
1000/1200 ft Altura Arremetida
90 kt Altura
10. Desligar a Booster com 1000 ft de altura. mínima 300 ft

ATENÇÃO
A cada 1000 ft de descida, o instrutor deverá Julgamento de Flape
acelerar o motor até 20 polegadas, reduzindo (0 a 30º)

novamente em seguida, a fim de reduzir a


possibilidade de falha de motor (recomendação de
segurança resultante de acidente / falha do motor
em voo – 2001).
Buscar a visualização da pista após
aproximadamente 90º de curva e, a partir daí, dosar a
PERIGO inclinação para terminar paralelo à pista e na distância
da mesma entre a estrela e a cinta.
Em situações reais, o esquecimento em
levar o passo para máximo leva à diminuição do O PONTO 2 é o limite para o trem já estar
planeio do avião. travado em baixo:
Ficar encavalado no ponto 2 e iniciar curva • Se estiver na altura correta (1000ft a 1200 ft),
com grande inclinação na perna base poderá levar iniciar o enquadramento da pista quando a cabeceira
o avião à situação crítica de estol ou parafuso, não aparecer no bordo de fuga da asa e iniciar uma Base
dispondo, o piloto, de altura suficiente para a quadrada, onde o aumento de traçado levará a uma
recuperação. maior perda de altura.
Verificar o manuseio da seletora correta, a • Caso esteja mais baixo, curvar imediatamente
fim de evitar o acionamento, por engano, da e fazer uma Base em curva, cortando a trajetória para
seletora de combustível em vez da seletora de que se perca o mínimo de altura possível.
emergência (relato contido em Relatório de Perigo
no ano de 2002, onde, por este erro, ocorreu
apagamento do motor).
4-8
PRÉ-SOLO

ATENÇÃO
11.2 TRÁFEGO DE EMERGÊNCIA EM CAMPO
NÃO PREPARADO O aluno executará os seguintes
procedimentos:
O Tráfego de Emergência em Campo Não
Preparado é semelhante ao Tráfego de Emergência • Passo mínimo;
em Campo preparado, porém, com as seguintes
• Booster ligar;
diferenças:
• Despressurizar o sistema;
• Não é necessário informar ao controle;
• Seletora de emergência em flape.
• O cadete deverá definir o local, cabeceira e o
sentido de pouso o mais breve possível;
• O trem de pouso não deverá ser baixado; 4. Proceder como nas emergências em campo
não preparado, no tocante ao baixamento de flape e
• A partir do PONTO 1 para o PONTO 2, o
arremetida.
planeio será maior do que o do Tráfego em Campo
Preparado em virtude do não baixamento do trem; ATENÇÃO
• Arremeter a 300 ft. É proibido glissar a aeronave durante a
execução do TRÁFEGO DE EMERGÊNCIA EM
CAMPO PREPARADO, CAMPO NÃO PREPARADO
ERROS COMUNS E PANE A BAIXA ALTURA.
• Não manter inclinação, atitude e velocidade de
planeio previstas;
• Prender-se aos procedimentos para sanar a
falha do motor, não dando a devida atenção à trajetória
13. PROCEDIMENTO DE RECALADA
do tráfego para a área escolhida;
O procedimento de Recalada é usado para
• Demora e / ou escolha inadequada do campo;
reorientar pilotos que se perderam em voo e não
• Desorientação durante o perfil quanto à conseguem se localizar na Área de Instrução.
posição do campo;
Este procedimento possibilita ao controle
• Má avaliação ou não raciocínio com a altura e (ARGOS) localizar com eficiência a aeronave perdida,
direção ao atingir os pontos chave; e fornecer à mesma uma proa direta para a AFA.
• Seleção errada na seletora de emergência O procedimento de Recalada será treinado pelos
entre trem e flapes. cadetes durante a fase do Pré-Solo.
Caso um cadete solo se perca e não consiga se
localizar nem pelas referências visuais da Área, nem
pela utilização do ADF e do VOR, será obrigatório
12. PANE À BAIXA ALTURA realizar o procedimento de Recalada. Neste caso o voo
será considerado “Deficiente” em Orientação na Área.

É a situação onde o piloto percebe que sua


altura e direção estão incompatíveis com os pontos 13.1 PROCEDIMENTO RECALADA SIMULADO
chave 1 e 2. Assim, só lhe resta tempo suficiente para O procedimento será realizado na frequência
encaixar-se no ponto 3, definir rapidamente um local de Argos, e a fraseologia prevista será:
de pouso enquanto tenta reacender o motor e se
prepara para o pouso. -“Argos, Apollo 01 solicita proa ideal para
Academia, procedimento simulado.”
EXECUÇÃO
A partir daí, fica a critério do instrutor tomar a
1. O instrutor deverá simular a pane entre 800 ft proa ideal, ou abandonar o procedimento, sem a
e 1000 ft de altura, reduzindo a manete dos gases para necessidade de informar tal abandono à Argos.
10 pol;
2. O aluno colocará a atitude para estabelecer o 13.2 PROCEDIMENTO RECALADA REAL
planeio de 90 kt;
O procedimento será realizado na frequência
3. O aluno definirá o local para pouso dentro de de Argos, e a fraseologia prevista será:
uma área defasada em, no máximo, 45º para cada lado
da proa inicial, levando o passo para mínimo, ligando a -“Argos, Apollo 01 solicita proa ideal para
Booster e citando os demais procedimentos de FALHA Academia, procedimento real.”
DO MOTOR APÓS A DECOLAGEM;

4-9
PRÉ-SOLO

A partir daí, o aluno tomará a proa ideal com


• Líder: Instrutor orgânico com, no mínimo, a
a intenção de se orientar e regressar à Academia.
qualificação de liderança de elemento, designado
como responsável pela liderança das aeronaves
componentes do esquadrão;
ATENÇÃO
• Canal tático: Frequência a ser usada para
O Procedimento de Recalada Real, associado
comunicação somente entre as aeronaves da cobrinha.
com alguma situação de SOCORRO / URGÊNCIA,
requer a declaração, via fonia, da Condição de
Emergência.
EX:
2. ATRIBUIÇÕES
P: PAN, PAN, PAN, ARGOS, APOLO XX,
CONDIÇÕES VISUAIS, RUMO 270º, 3000 FT, 2.1 LÍDER
BARULHO ANORMAL NO MOTOR, SOLICITA PROA • Efetuar o Brifim às equipagens;
PARA A ACADEMIA, PROCEDIMENTO REAL.
• Efetuar os cheques-rádio, a comunicação com
os órgãos de controle e a coordenação da missão;
• Em caso de pane do Líder, o número dois da
“cobrinha”, se habilitado, assumirá a liderança. Se o nº
MISSÕES DE TRÁFEGO 2 abortar, assume o nº 3 e assim sucessivamente.

Podem ser realizadas isoladas ou em 2.2 DEMAIS COMPONENTES


“cobrinha”, ou seja, adotando uma sequência de
aeronaves, ordenadas, desenvolvendo o mesmo perfil • Ter em seu poder uma relação dos
de tráfego. componentes na sequência da “cobrinha”, com a
respectiva matrícula da aeronave e box no pátio de
Para o primeiro caso (avião isolado), adotar a estacionamento.
padronização contida no capítulo “VOO ISOLADO
DIURNO”, sendo que o contato com Fênix será • Cumprir os horários e orientações estipuladas
realizado na perna de través. pelo líder do esquadrão.
As “cobrinhas” deverão ser utilizadas sempre
que houver mais de 3 aeronaves decolando para 2.3 OPO
manterem-se no tráfego. Este procedimento permite a
realização simultânea de até 6 missões de tráfego, • Conforme descrito nas respectivas orientações
sem gerar excesso de mensagens e congestionamento do serviço.
na frequência da Torre, mantendo as condições de
segurança e facilitando o trabalho da instrução
individual. 3. PROCEDIMENTOS NORMAIS
Todas as aeronaves envolvidas estarão
executando o mesmo tipo de Tráfego.
3.1 Brifim
Não será permitido o ingresso de aeronaves no
Tráfego durante a realização da cobrinha. Após o brifim individual dado pelos instrutores
que irão realizar a missão com os respectivos cadetes,
deverá ser realizado obrigatoriamente o brifim para o
esquadrão, com a presença de todos os envolvidos.

1. TERMOS USADOS O brifim geral deverá ser realizado 40 minutos


antes do horário de decolagem.
ROTEIRO
• Esquadrão: conjunto ordenado de aeronaves
• Efetuar a chamada das tripulações;
que realizam o mesmo circuito de Tráfego. Nas
cobrinhas, o número máximo é de 6 aviões; • Informar as frequências a serem utilizadas pela
“cobrinha”;
• Trunfos ou Coringa: código da cobrinha. Cada
aeronave deverá ser chamada por este nome seguido • Acerto de relógios, determinando horários para
do número correspondente à sua posição na o guarnecer, cheque-rádio e decolagem;
"cobrinha". O Líder será o “UNO”, e assim
sucessivamente; • Apresentar e explicar a sequência para a
decolagem tráfegos e treinamentos de arremetidas no
ar;

4 - 10
PRÉ-SOLO

• Citar os procedimentos a serem seguidos em P: CORINGA 2, CORINGA 3, ..., CORINGA 6.


situações normais e de emergência.
LD: ESQUADRÃO CORINGA CHECADO. VÉSPER
O cadete escalado com o líder será o ESQUADRÃO CORINGA COM 6 AERONAVES,
responsável pela preparação do quadro horário para o INSTRUÇÕES DE TÁXI.
Brifim de liderança.

3.5 ROLAGEM
3.2 POSIÇÃO DAS AERONAVES
Durante o táxi, antes de ingressar na pista de
Os pilotos deverão observar a posição de, pelo táxi principal, as aeronaves deverão taxiar sobre a
menos, duas aeronaves que estarão imediatamente à faixa amarela, mantendo entre si o espaçamento de
sua frente na sequência da "cobrinha". uma aeronave.
Todos os cadetes deverão copiar o quadro com Na pista de táxi principal o Líder se manterá no
a sequência da “cobrinha”, ou seja, pilotos e aeronaves centro da lateral mais próxima da pista de pouso e as
com seus respectivos locais de estacionamento. demais aeronaves se posicionarão alternadamente em
relação à aeronave da frente, mantendo a separação
de duas aeronaves.
3.3 FREQUÊNCIAS
A troca de frequência para o canal 2 (Solar) será
Serão utilizadas na seguinte ordem: automática após aplicar o freio de estacionamento para
o cheque do motor ou conforme definido pelo Líder no
• Canal 1: 121,7 (Vésper);
brifim da cobrinha.
• Canal 2: 126,3 (Solar);
Após o cheque do motor, o sinal de PRONTO
• Canal 3: 134,6 (Argos); APÓS O CHEQUE DO MOTOR (mão fechada sobre o
arco do pára-brisa com o polegar indicando "positivo",
• Canal 4: 133,0 (Fênix);
movimentando de um lado para o outro. Se a capota
• Canal 5: 122,3 (Coringa) ou 128,3 (Trunfos). estiver fechada, fazê-lo sobre a pala do painel) será
dado da última aeronave para o Líder.
3.4 INSPEÇÕES Antes de ingressar na pista fechar a capota.
Selecionar o canal tático (5), após a partida.
Realizar o cheque do motor ainda no pátio de REFERÊNCIA
estacionamento. Na primeira “cobrinha” do dia o Líder
• Fio estático do profundor oposto alinhado com
poderá definir o cheque do motor no Ponto de
o calombo do aileron oposto da asa.
Espera, em função do tempo do aquecimento do óleo
para 140º F.
O cheque rádio será feito pelo Líder do FRASEOLOGIA
Esquadrão, na frequência tática, após o cheque do
LD: ESQUADRÃO CORINGA, ESCUTA CANAL
motor, o qual deverá ser cotejado, em ordem
DOIS.
crescente.
P: CORINGA 2, CORINGA 3, ..., CORINGA 6.
O Líder deverá informar ao órgão de controle
qualquer modificação que por ventura tenha ocorrido LD: ESQUADRÃO CORINGA, CANAL DOIS E
na notificação de voo referente à “cobrinha”. CHEQUE.
P: CORINGA 2, CORINGA 3, ..., CORINGA 6.
FRASEOLOGIA LD: ESQUADRÃO CORINGA CHECADO. SOLAR,
ESQUADRÃO CORINGA PONTO DE ESPERA,
LD (Líder): ESQUADRÃO CORINGA CHEQUE.
PRONTO.
P: CORINGA 2, CORINGA 3, ..., CORINGA 6.
S: ESQUADRÃO CORINGA, LIVRE ALINHAR E
LD: ESQUADRÃO CORINGA CHECADO, ESCUTA DECOLAR...
CANAL UNO.
P: CORINGA 2, CORINGA 3, ..., CORINGA Caso alguma aeronave esteja em pane na
6. posição 3, a mesma deverá informar ao Líder:
Trocar a frequência para Vésper. Após, o líder P: CORINGA TRÊS, MOTOR FORA.
fará novo cheque rádio:
LD: CORINGA UNO CIENTE.
LD: ESQUADRÃO CORINGA CANAL UNO,
CHEQUE.

4 - 11
PRÉ-SOLO

A aeronave em pane dará passagem às demais Nº 2: CORINGA DOIS PERNA DE TRAVÉS.


e regressará, em seguida, pela pista em uso, saindo
S: SOLAR CIENTE.
por uma das duas últimas interseções, ou conforme
orientação da Torre, após a última decolagem. LD: CORINGA UNO PERNA DO VENTO.
Nestes casos, o Líder deverá alongar a reta de LD: CORINGA UNO PERNA DO VENTO, POUSO
decolagem ou arremeter no ar, conforme o FINAL.
posicionamento da aeronave em pane.
S: ACUSE PERNA BASE.
LD: CORINGA UNO.
3.6 POSIÇÃO PARA DECOLAGEM
Nº 4: CORINGA QUATRO, PERNA BASE, TREM
BAIXADO E TRAVADO.
• A aeronave líder posicionar-se-á sobre os S: CORINGA QUATRO, LIVRE POUSO, VENTO...
números designativos do rumo da cabeceira em uso;
• O nº 2 permanecerá no centro da pista, em
3.8 CHEQUES
cima das faixas brancas;
Deverão ser realizados na Perna do Vento,
• O nº 3 permanecerá a 90º com as faixas da
inclusive a troca de tanque.
pista em uso, tangente à primeira;
• O nº 4 manterá o Ponto de Espera;
3.9 POUSO FINAL ATÉ O CORTE DO MOTOR
• As demais aeronaves manterão a distância de
1 avião; Os procedimentos serão individuais, inclusive
informando à Fênix o box de estacionamento.
• O Líder será o primeiro a decolar;
Somente o Líder informará a cor do Tráfego.
• Na sequência, as aeronaves deverão iniciar a
corrida de decolagem quando a aeronave à frente tiver
recolhido o trem de pouso; ERROS COMUNS
• A partir daí, cada aeronave assumirá as • Esquecer-se de nivelar a 1000 ft de altura por
posições da aeronave antecessora, sucessivamente. preocupar-se excessivamente com as referências do
circuito;
3.7 TRÁFEGO • Não reduzir a compressão para manter 100 kt
após nivelar, na perna do vento;
A curva para a Perna de Través deverá ser feita
no mínimo a 2300 ft de altitude e quando a aeronave • Convergir ou divergir com a pista em uso por
da frente estiver na relativa de 90º. não manter o avião voando coordenadamente,
deixando-o derivar;
O ajuste da separação entre as aeronaves
deverá ser feito no enquadramento desta perna. • Deixar a velocidade cair de 90 kt ao dar o
flape, na curva para a base, por não ceder o nariz;
Seguir as referências e procedimentos do voo
isolado diurno. • Ao enquadrar a Final, deixar a velocidade cair
de 90kt, após reduzir a compressão para 15
FRASEOLOGIA
polegadas;
• Todos informam a primeira Perna de Través e
• Deixar a velocidade aumentar na curva de
omitem as demais;
enquadramento, por deixar o nariz do avião muito
• SOLAR informará o ciente para cada aeronave baixo durante a mesma;
que acusar a Perna de Través;
• Cortar a aeronave da frente no enquadramento
• Somente o Líder informa quando na Perna do da Perna de Través.
Vento e, na última, informa o pouso final;
• O Líder também informará para o treinamento
de arremetida no ar, na Perna do Vento;
• Todos informam a Perna Base;
4. EMERGÊNCIAS
• Em caso de arremetida no ar, cada aeronave
deverá informar o ingresso na Perna de Través. Deverá ser seguida a padronização descrita
para o voo isolado diurno, com as seguintes
observações:

4 - 12
PRÉ-SOLO

4.1 ARREMETIDAS
Caso arremeta na Final for falta de separação
para o pouso, a prioridade de enquadramento da
Perna de Través é da aeronave que arremeteu no ar,
conforme descrito no voo isolado diurno.
Se ultrapassar a aeronave da frente durante a
arremetida, o cadete deverá manter o mesmo código
de chamada e a nova posição na "cobrinha".
As aeronaves que arremeterem na Final,
deverão informar a Solar seu ingresso na Perna de
Través.

4.2 POUSO PLACADO


Parâmetros conforme o Capítulo 3.
Cancelar a arremetida, informando à Torre.

4.3 MUDANÇA DE PISTA


O Líder será obrigatoriamente o primeiro a
abandonar o Tráfego.
Após a reta de arremetida / decolagem, o Líder
executará apenas uma curva de 90º (proa 105º), para
o lado do setor ECHO, e prosseguirá para o través de
Saturno, numa trajetória paralela ao Eixo Saturno –
Ginásio.
Ao atingir aquele través e a última aeronave ter
acusado o abandono do Tráfego, o Líder curvará para
o reingresso por Saturno. As demais aeronaves farão o
mesmo somente após o avião da frente ter
ultrapassado a relativa de 90º.
Todos deverão manter sempre o contato visual
com as demais aeronaves do circuito
Caso perca de vista o avião da frente ou tenha
dúvidas, buscar coordenação via fonia.
Todos deverão informar o abandono do Tráfego
e a posição Saturno.

FRASEOLOGIA
P: CORINGA 3 ABANDONANDO O TRÁFEGO
PARA SATURNO.
S: SOLAR CIENTE.
L: CORINGA UNO, SATURNO.
S: SOLAR CIENTE.

4.4 PANE RÁDIO


Acender os faróis de pouso e luzes de
navegação;

4 - 13
PRÉ-SOLO

Pousar final desde que haja indicação positiva 5.3 AERONAVES DA COBRINHA
de trem travado embaixo e pista livre, evitando assim o
Deverão seguir o mesmo perfil de arremetida /
Tráfego de Emergência.
decolagem do Líder, curvando para a Perna de Través
somente quando a aeronave da frente passar pela
relativa de 90º.
4.5 PROCEDER COMO NO VOO ISOLADO
DIURNO NOS DEMAIS CASOS: Neste caso, todas deverão informar o
enquadramento da Perna de Través.
1. Declaração de emergências (URGÊNCIA ou
SOCORRO);
2. Panes do trem de pouso (ao recolher e ao ATENÇÃO
baixar, com e sem indicação de trem travado embaixo);
3. Pane Elétrica Total; Estas decolagens serão coordenadas pelo
OPO e pelos Operações das esquadrilhas, os quais
4. Panes combinadas;
deverão manter os Líderes informados desta
5. Pouso no setor WHISKEY; situação.
6. Área Livre. As equipagens que estiverem prontas para
decolar antes da cobrinha deverão planejar o
guarnecer e o início da rolagem de maneira tal que
decolem imediatamente após a mesma.
5. DECOLAGEM DE AERONAVES SOLAR não poderá solicitar DECOLAGEM
DURANTE A COBRINHA IMEDIATA para aeronaves que pretendam decolar
As decolagens de aeronaves com destino às durante o andamento das missões de cobrinha
áreas de instrução, durante o andamento das missões sem que estas estejam na situação descrita no item
de “Cobrinha” serão permitidas, desde que estas sigam 5.1.
a seguinte padronização: É proibido o voo de cadete solo no horário de
uma cobrinha.

5.1 AERONAVE PARA DECOLAR


A aeronave que estiver no ponto de espera
deverá entrar em contato com SOLAR e informar que 6. REGRESSO DAS ÁREAS DE
está pronta.
INSTRUÇÃO PARA POUSO FINAL OU
SOLAR somente autorizará o alinhamento e a TOQUE E ARREMETIDA.
decolagem após a passagem do último avião da
“cobrinha”, quer seja em tráfego de toque e
arremetida, quer seja em tráfego com arremetida na 6.1 REGRESSO DA ÁREA HAVENDO
“COBRINHA”
final. Sendo assim, os pilotos deverão ficar muito
atentos à fraseologia e ao andamento dos tráfegos. A partir do momento que o Líder acusar a
arremetida no ar (penúltimo tráfego), SOLAR deverá
A aeronave que está decolando, somente fará a
informar tal situação para ARGOS, que, por sua vez,
primeira curva de saída do Tráfego acima de 3000 ft e
autorizará o regresso das aeronaves na sequência das
após a última aeronave da “cobrinha” ter passado pela
interrogações por blocos de 05 aviões.
relativa de 90º.
Assim que a primeira aeronave, regressando
A partir daí esta aeronave completará a saída
da área, acusar a Perna do Vento, SOLAR solicitará a
padrão, informando o abandono do Tráfego à SOLAR.
ARGOS que autorize outras aeronaves para o retorno.
A padronização será a seguinte:
5.2 AERONAVE LÍDER DA COBRINHA
1. Caso existam aeronaves que decolaram
O Líder, ao verificar o pronto da aeronave para antes de “cobrinha”, realizaram toque e arremetida e
decolagem ou ao ser informado por SOLAR sobre esta abandonaram o Tráfego para as áreas de instrução:
condição, coordenará com este Órgão de Controle a
• Terão a prioridade de autorização para o
extensão da sua reta de arremetida / decolagem até
regresso.
3000 ft.
2. Caso não haja aeronaves para toque e
Ao atingir 3000 ft, o Líder curvará para a Perna
arremetida dentro do bloco de retorno:
de Través informando esta posição.
• ARGOS autorizará o retorno por blocos de
cinco aeronaves para pouso final.

4 - 14
PRÉ-SOLO

3. Caso existam aeronaves para toque e


arremetida no bloco de retorno:
• ARGOS autorizará o retorno por blocos de
cinco aeronaves, das quais até três delas para toque e
arremetida;
• Assim que a primeira aeronave para pouso
final acusar a Perna do Vento, SOLAR solicitará que
ARGOS autorize outras aeronaves para pouso final e
assim por diante.
• Assim que a primeira, das três aeronaves em
toque e arremetida, acusar a Perna do Vento para
pouso final, SOLAR solicitará a ARGOS o regresso de
outra aeronave para toque e arremetida e assim
sucessivamente.

6.2 SATURAÇÃO DE AERONAVES NO TRÁFEGO

6.2.1 Havendo “Cobrinha” Constituída


Uma “Cobrinha” poderá ser constituída de no máximo
06 (seis) aviões.

6.2.2 Não havendo “Cobrinha” Constituída


Quando não houver uma “Cobrinha” constituída,
o número máximo de aeronaves no Circuito de Tráfego
será de cinco aviões.
Destes cinco, só poderão existir três em toque e
arremetida no Circuito, enquanto os outros dois
retornam da área para pouso final.

ATENÇÃO
As aeronaves retornando das Áreas de
Instrução, quando necessário, deverão realizar
curva de prioridade, sem baixar o trem de pouso,
no través da “curva do Rio Mogi”.

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