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RESUMO
INTRODUÇÃO
Finalista em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade Agostinho Neto em
2021/2022
E-mail: kiangebenimbuta553@gmail.com
ser mantidos aos valores relacionados com os do mercado e do câmbio, para garantir o
abastecimento e permite a atração de investimentos, o que possibilita a ampliação da
oferta e a redução da dependência externa. Também evita o incentivo ao consumo
excessivo e conserva a estrutura de custos da economia alinhada à das cadeias produtivas
globais.
1. A VERACIDADE DA INFORMAÇÃO.
Segundo a Lusa a consultora Fitch Solutions alerta que a retirada gradual dos
subsídios aos combustíveis em Angola será um dos principais riscos políticos deste ano
(2023), uma vez que a possível retirada de subsídios aos combustíveis vai inevitavelmente
aumentar o preço para consumidores, uma influência directa ao poder de compra das
famílias, que provavelmente provocará ondas de protestos. Esta informação já foi
noticiada em maio de 2022 pelo Jornal Expansão como sendo uma das metas
concordadas entre o Governo de Angola e Banco Mundial, que dava conta de que a
subvenção aos combustíveis tinha que acabar, mas a forma como seria feito ainda estava
em discussão, com inclinação para forma gradual, mas a preocupação de querer saber se
ocorrer num espaço de curto tempo terá maior impacto social ou num prazo longo, mais
alargado domina ainda no seio dos tomadores de decisão. Independente da forma como
será executado ficou acordado que o arranque da eliminação dos subsídios estatais aos
combustíveis iria ocorrer a partir do início de 2023, como pode-se ler num documento da
instituição multilateral relativo ao financiamento de 500 milhões USD no âmbito do
programa de Desenvolvimento de Políticas de Crescimento e Inclusão que pressupõe
cumprir 12 metas até 2023. Esta medida faz parte das metas relativa à obrigatoriedade
dos preços de energia serem baseados em custos de mercado e tarifas de serviços públicos
baseadas no princípio da recuperação de custos, sistematicamente ajustados (JORNAL
EXPANSÃO, 13 de Maio de 2022).
Fonte: IRDP/2022
Gasoléo Gasolina
60 kz 75 kz 135 kz 90 kz 115 kz 160 kz
+27,8% +25% +39,1% +80%
Fonte: Elaboração própria
Fonte: IRDP/2022
Fonte: IGAPE/2022
Foi gasto até IIIº trimestre de 2021 um total 858,11 milhares de milhões de
kwanzas, o equivalente a 2,2 mil milhões USD, para cobrir as despesas com os subsídios
aos combustíveis. A mesma publicação mostra que, no ano passado, o Estado gastou
524,56 onde 434,65 milhares de milhões de kwanzas a subsidiar o gasóleo e gasolina, o
que dá quase 1.140 milhões USD. O restante foi gasto com subsídios ao gás (LPG) e
petróleo iluminante. Quer dizer, os milhares de carros que circulam na cidade de Luanda
deveriam, em média, durante o ano ter pago cerca de 356 Kz por litro de gasolina e
somente pagaram 160 Kz e o Estado subsidiou 196,00 Kz (55%), um valor que pode ser
utilizado para investir na agricultura, na aquisição de fertilizantes, ou na reparação de
estradas. Com o gasóleo acontece precisamente o mesmo, o preço por litro rondou os 388
Kz o automobilista pagou somente 135 Kz, cabendo ao Estado assumir os 253 Kz (65,3%)
por litro. São muitos milhares de miliões de kwanzas gastos que poderiam ser muito
melhor utilizados e posteriormente proporcionar resultados favoráveis para economia.
No curto prazo
Foi projectado um saldo global de 0.9% em % do PIB para o OGE de 2023 qual
será o resultado que se pode esperar, ou seja, a probabilidade da retirada de subvenção
virá aumentar ou provocará um déficit, sabendo que tem como as prioridades os seguintes
pontos:
Defesa do consumo das famílias e a protecção das famílias mais vulneráveis, por
via da continuidade da implementação de medidas de mitigação do impacto do
aumento dos preços de amplo consumo nacional;
Apostar na diversificação da economia, impulsionando o investimento privado e
estimulando a liquidez das empresas;
Impulsionar o Investimento Público Estruturante para acelerar o crescimento do
PIB e a recuperação dos empregos; e
Desonerar custos na cadeia de abastecimento de bens e serviços, através de
medidas fiscais e aduaneiras.
Agroindustrialização;
Desenvolvimento de capital humano;
Diversificação da economia.
Com estes dados podemos perceber que não podemos comparar o Portugal à
Angola por apresentar indicadores totalmente diferntes, por outro lado Portugal pertence
à UE que possui uma política monetária que vigora em todos países membros. Contudo,
ao decidir formar uma união monetaria, os países da UEM sacrificaram a soberania sobre
suas politicas monetarias, eles concordaram em desistir inteiramente de suas moedas
nacionais e entregar o controle das suas politicas monetarias para um Banco Central
Europeu (BCE) compartilhado, mas Angola não, o Governo possui a autonomia de fazer
uso a todas políticas macroeconómica e a economia angolana ainda é dominado pela
informalidade.
Para um Europeu adquirir uma vaitura faz muitas análises, entre elas a análise de
custo de oportunidade, querendo saber se vale apenas adquilo-la ou usar serviços de
transportes público, poderemos apontar o custo alto de combustível como um dos
elementos da estrutura em análise, o que não acontece em Angola, pessoas compram
viaturas sem previa análise pelo facto dos custos aos combustíveis não ser reais.
DISCUSÃO E SUGESTÃO
Os subsídios tem um custo elevado nos impostos, ou seja, alguém deve pagar os
subsídios concedidos. No caso dos subsídios aos comustíveis fazem com que os preços
de combustíveis sejam mais baixos nos postos de abastecimentos, logo as pessoas usam
intensamente os carros mais do que usariam na ausência dos subsídios ou na condição de
preço normal dos combustíveis, isto gera mais tránsito na via, poluiçõe e
consequentemente externalidade negativa. É necessário lembrar que os incentivos jogam
um papel fundamental no comportamento das pesssoas na economia mediante uma
decisão tomada, ou seja, os formadores de políticas públicas nunca devem se esquecer
dos incentivos, uma vez que as suas políticas alteram os custos e beneficios para as
pessoas, e portanto alteram o comportamento. O subsídio aos combustíveis é um
incentivo ao uso de carros maiores, que consomem mais gasolina, este é o motivo pelo
qual os angolanos ao comprar carros não avaliam o consumo de combustível dele,
comparando com a Europa, por exemplo, onde os custos de combustíveis são altos
fazendo com que as pessoas usam carros com menor consumo de combustíveis ou a usar
mais transporte público em outras situações a morar mais próximo do local de trabalho.
Em algumas situações os subsídios são necessário, contanto que gere uma externalidade
positiva, nomeadamente os subsídios para pesquisa científica, agricultura e pesca e
indústria transformadora.