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UNIVERSIDADE KIMPA VITA

DIA INTERNACIONAL DOS PROFISSIONAIS DE


CONTABILIDADE 

AS INFLUÊNCIAS DA FISCALIDADE NA PRÁTICA DE


CONTABILIDADE EM ANGOLA

MASIDIVINGA LANDU

25 de Abril de 2018
CONTEXTUALIZAÇÃO

A contabilidade tem um papel fundamental na satisfação das


necssidades de informação dos utilizadores e sustentação da
economia nas sociedades.

A estructura conceptual das normas internacionais de


contabilidade assim como, a do normativo Angolano,
identificam um conjunto de utentes das Demonstrações
financeiras, nomeadamente os Investidores, Empregados, o
Estado e o público em geral.

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Nobes e Parker (2002) distribuiram estes interessados em
dois diferentes grupos. Assim, nas empresas existe, por um
lado, o grupo interno de interessados, como por exemplo o
órgão de gestão e os trabalhadores. Por outro lado, um
grupo externo de interessados, nomeadamente os
investidores e o Estado.

Tratando-se de um conjunto variado de utentes das DF´s é


expectável que as necessidades de informação sejam
diferentes e muitas vezes conflituantes.

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Desta forma, a AGT acusa as empresas não pagarem
devidamnte o imposto e as empresas por sua vez, acusam a
AGT de estar à base de falência de várias empresas.

Este conflito precupou-nós para juntarmo-nos neste dia dos


contabilistas para relectir neste tema de grande actualidade que
é as influencias da fiscalidade na prática da contabilidade em
Angola.

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Subdivisão do estudo

O etudo começa por fazer uma sintese da importancia da


contabilidade e da fiscalidade tão na micro que na
macroeconomia.

De seguida são apresentados os principais conflitos entre a


contabilidade e a fiscalidade insitindo sobre as suas
implicações na prática contabilistica.

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Importância da Contabilidade
Ao nível microeconómico

um instrumento indispensável de gestão


das organizações.

Registar em unidades monetárias os movimentos ou


fluxos dos valores económicos, com vista a facilitar a
condução dos negócios.

Informar dia pós dia sobre o andamento da


empresa,
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Através dela são tomadas decisões necessárias ao
controlo, ao planeamento e à organização da
empresa com impacto na distribução da riqueza
gerada.

Para Esnault e Horau (2014) a contabilidade


cumpre, de forma implicita uma função social,
que consiste em fornecer aos agentes nas relações
que estalecem entre si, a confiança necessárias em
todas as transações, confiança que tem a ver com
a crença na verdade das represeentações que ela
fornece.

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Ao nível Macroeconómico

Assim a divulgação de informação financeira é indispensaável na


mobilidade de capitais na economia

Para Guimarães (2005), as empresas integram um mercado


extremamente competitivo e globalizante, pelo que os gestores
necessitam ter informações em tempo real para tomarem as suas
decisões.

Sem contabilidade não há empresa, sem empresa não há produção e


sem produção não há Desenvolvimento: A contabilidade é factor
de Desenvolvimento.

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PRINCIPAIS CONFLITOS

O código de Imposto idustrial tem vindo consagrar o


modelo de dependência parcial entre a fiscalidade e a
contabilidade, de acordo com o qual o lucro tributável é
apurado a partir do resultado contabilistico e das variações
patrimonias não reflectidas no mesmo, sendo efectuados os
ajustamentos extracontabilisticos positivos ou negativos
previstos na lei, para salvaguardar os objectivos e
condicionalismos próprios da fiscalidade.

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Porém a relação entre a contabilidae e a fiscalidade tem
vindo a ser carecterizada por alguma controvérsia

Neste cenário, importa analisar os principais pontos


de potencial conflito entre a fiscalidade e o
referencial contabilitico plasmado no plano geral de
contabilidade e ver em que ponto podem causar a
imagem verdadeira e apropriada que as devem
apresentar Df´s.

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Custos de Emprestímos

Os custos de empretímos devem-ser por regra, reconhecidos


como custo no periodo em que sejam incorridos. Porém o
PGC no §7, ponto 2.2 estipula, o custo de reconhecimento
inicial deve ter em conta os encargos financeiros
provenientes de financiamentos relacionados com a aquisição
do bem.

Na perspectiva fiscal, as depreciações relativas à parte do


valor do activo que corresponda a custo de emprestímos
não são aceites como custos fiscais devendo ser
acrescidos no lucor tributável.

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Custo de desmantelamento .

O montante inicialmente estimado dos custos de


desmantelamento e remoção de um activo fixo e de
restauração do local deve concorrer para o seu custo,
aquando do respectivo reconhecimento inicial como
previsto no PGC

Para efeito do cálculo das quotas máximas de depreciação


fiscalmente aceites, os activos fixos tangíveis devem ser
valorizados ao custo de aquisição ou de produção, conforme
tenham sido adquiridos do qual não fazem parte os referidos
custos de desmantelamento e remoção.

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Neste sentido, a estimativa inicial dos custos de
desmantelamento e remoção de uma activo tangível
não releva para efeitos fiscais, devendo as
respectivas depreciações ser acrescidas no lucro
tributável.

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Valor residual

As depreiações devem ser apuradas tendo por base a quantia


depreciável do activo, a qual corresponde ao seu custo ou
similar menos o respectivo valor residual.
A nível fiscal, a dedução do valor residual ao custo de
aquisição para efeitos da determinação do gasto do
exercício com depreciações não resulta claramente da
legislação.

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Com efeito o artigo 27 do codigo do imposto industrial,
estabelece que a quota anual de depreciação aceite como
custo do periodo segundo o método das quotas constantes
é determinada através da aplicaçao ao custo de aquisição
ou de produção, das taxas de depreciação previstas nas
leis não exigindo que seja deduzido o respectivo valor
residual.

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Amortizações com valor superior ao estabelecido na tabela das reintegraçóes e amortizações.

Saõ fiscalmente dedutiveis os encargos com amortizações


que excedam o valor previsto na portaria nº57/74 de 24 de
janeiro quando resultaren da aplicação de métodos de
amortização que não o método das amortizações constates,
mediantes autorização da Direcção nacional de Imposto.
Art.27 do código do Imposto industrial.

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Amortização de bens de reduzido valor

Porém as normas contabilisticas prevêem que os activos


sejam depreciados durante a sua vida útil.

Nos termos do art.36 do codigo do II, Os activos sujeitos


a deprecimento com valor unitário não superior a 30.000
kz, devem ser totalmente amortizados no exercício em
que entram em funcionamento.

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o reconhecimento integral para efeitos fiscais do custo no
ano de aquisição requer que o mesmo se verifique a nível
contabilistico, o que não corresponde ao tratamento
contabilistico prescrito nas normas contabilisticas.

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O regime juridico de Facturas e documentos
equivalentes

Estructura da factura
Componentes da factura
Registos não devidamente documentados
Multas Fiscais

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Conclusão

Porém, a relação entre a contabilidadde e a fiscalidade em Angola tem vindo a ser


caracterizada por alguma controversia,

Com efeito a preparação das DF´s é, muitas vezes, efectuada de acordo com o
normativo fiscal, em detrimento das normas contabilisticas em particular nas
situações em que o tratamento fiscal não corresponde ao contabilistico,
procurando assim evitar os ajustamentos extracontabilistcos para o efeito de
acrescer o luro tributável.

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Para além disso, a Administração fiscal tem vindo a emitir algumas
normas sobre matérias contabilisticas.
Assim perante regras contabilisticas que não se revelam fiscalmente
vantajosa , as empresas procuram aplicar os critérios da legislação fiscal
desrepeitando o referencial contabilistico.

Desta forma, as influenças fiscais poderão desviar a contabilidade da


prossecução do seu objectivo de dar uma imagem verdadeira e
apropriada da situação financeira e do desempenho da entidade,

Convirá que a Aadministração fiscal se abstenha de regulamentar em


desconformidade com a normas contabilisticas.

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OBRIGADO
25 de Abril de 2018

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