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Sistema de InformaÄÅo do TÇcnico Oficial de Contas

APRESENTAÇÉO
A qualidade dos servi€os prestados pelos T•cnicos Oficiais de Contas passa pela cria€‚o de hƒbitos, rotinas e iniciativas capazes de ajudar os profissionais
a atingir esse objectivo.

A presta€‚o de contas „ Administra€‚o Fiscal, por tudo o que a envolve, surge como um importante momento para a aplica€‚o desse rigor e credibilidade.

Com o manual de preenchimento da declara€‚o modelo 22 e da Informa€‚o Empresarial Simplificada (IES) que acompanha esta edi€‚o do CD-ROM, n‚o
pretendemos ensinar apenas a preencher os campos das declara€…es e respectivos anexos mas, acima de tudo, transmitir os fundamentos legais em que
assenta cada passo do processo.

N‚o sendo nossa inten€‚o fazer o trabalho que a cada um compete, • nosso dever colocar a criatividade e empenho na cria€‚o de ferramentas que
possibilitem mais seguran€a e tranquilidade aos T•cnicos Oficiais de Contas no desempenho das suas fun€…es profissionais.

Por isso, esperamos que o presente manual se imponha junto dos T•cnicos Oficiais de Contas como um elemento imprescind†vel para o preenchimento
das respectivas declara€…es fiscais.

Aos autores Mar†lia Fernandes e Ab†lio de Sousa, o nosso obrigado por, uma vez mais, podermos contar com este trabalho.

O presidente da Direc€‚o
A. Domingues Azevedo

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IRC
INTRODU‡ˆO

INCID‰NCIA

MODELO 22

QUADRO 01 - 1 e 2 - Per†odo de Tributa€‚o e Exerc†cio

QUADRO 02 - Šrea da sede, direc€‚o efectiva ou estabelecimento estƒvel

QUADRO 03 - Identifica€‚o do sujeito passivo e caracter†sticas do Sujeito Passivo

QUADRO 04 - Caracter†sticas da declara€‚o

QUADRO 05 - Identifica€‚o do representante legal e do T•cnico Oficial de Contas

QUADRO 07 - Apuramento do lucro tributƒvel

QUADRO 08

QUADRO 09 - Apuramento da mat•ria colectƒvel

QUADRO 10 - Cƒlculo do imposto

QUADRO 11 - Outras informa€…es

QUADRO 12 - Reten€…es na Fonte

QUADRO 13 - Reten€…es na Fonte na qualidade de entidade registadora ou depositƒria

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ANEXO A - DECLARA‡ˆO MODELO 22

QUADRO 01 e 02 - NIPC e Exerc†cio

QUADRO 03 - N‹mero de pƒginas

QUADRO 04 - Distribui€‚o da massa salarial

QUADRO 05 - Total geral

QUADRO 06 - Apuramento da Derrama

ANEXO B - DECLARA‡ˆO MODELO 22

REGIME SIMPLIFICADO DE DETERMINA‡ˆO DO LUCRO TRIBUTŠVEL

ANEXO C - DECLARA‡ˆO MODELO 22

QUADRO 03 - Reparti€‚o do volume anual de negŒcios

QUADRO 04 - Regime geral com aplica€‚o das taxas regionais

QUADRO 05 - Regime simplificado e de redu€‚o de taxa com aplica€‚o das taxas regionais

QUADRO 06 - Regime geral sem aplica€‚o das taxas regionais

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INTRODUÇÉO
Antes da Reforma Fiscal de 1989 a tributa€•o do rendimento das sociedades estava, dispersa pelos diversos impostos parcelares, convertendo-se ap‚s
essa data numa tributa€•o unitƒria.

Em consequ„ncia foram abolidos, a partir de 1 de Janeiro de 1989, a Contribui€•o Industrial, o Imposto S/ a Industria Agr…cola, o Imposto de Mais-Valias, a
Contribuiۥo Predial, o Imposto de Capitais, o Imposto Complementar e o Imposto de Selo constante da verba 134 da Tabela Geral do Imposto de Selo.

A principal inovaۥo trazida por esta Reforma fiscal, consiste na adopۥo do sistema de tributaۥo global, caracterizado pela sujeiۥo da totalidade dos
rendimentos a um †nico imposto. Por outro lado, na presente Reforma, o conceito de rendimento assenta na teoria de rendimento-acr‡scimo ou incremento
patrimonial que se traduz na diferen€a entre o valor do patrim‚nio no in…cio e no fim do per…odo de tributa€•o, incluindo as mais-valias e outros ganhos
fortuitos.

Assim, o rendimento em IRC engloba n•o s‚ o resultado da actividade normal do sujeito passivo, como tamb‡m toda a varia€•o do seu patrim‚nio.

O IRC, foi regulamentado pelo Decreto-Lei n.ˆ 442-B/88, de 30 de Novembro, o qual regulou o C‚digo do Imposto S/ o Rendimento das Pessoas Colectivas,
imposto que serƒ referido, neste trabalho, como CIRC.

Para al‡m do CIRC e contemplando alguns aspectos espec…ficos, existe ainda a seguinte legisla€•o complementar:

• Decreto-Lei n.ˆ 492/88, de 30 de Dezembro - que disciplina a Cobran€a e os Reembolsos do Imposto Sobre o Rendimento;

• Decreto-Lei n.ˆ 410/89, de 21 de Dezembro - Plano Oficial de Contabilidade (POC)

• Decreto Regulamentar n.ˆ 2/90, de 12 de Janeiro - Regime das Amortiza€Šes e das Reintegra€Šes;

• Decreto-Lei n.ˆ 20-A/90, de 15 de Janeiro - Regime Jur…dico das Infrac€Šes Fiscais N•o Aduaneiras;

• Decreto-Lei n.ˆ 192/90, de 9 de Junho - Despesas confidenciais ou n•o documentadas e Tributa€Šes aut‚nomas;

• Decreto-Lei n.ˆ 264/92, de 24 de Novembro - Reavalia€•o do Activo Imobilizado Corp‚reo das Empresas;

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• Decreto-Lei n.ˆ 31/98, de 11 de Fevereiro - Reavalia€•o dos Elementos do Activo Imobilizado Corp‚reo das Empresas;

• Decreto-Lei n.ˆ 1/99, de 4 de Janeiro - Contratos de consolida€•o financeira e reestrutura€•o - Regime excepcional de dedu€•o de preju…zos fiscais;

• Decreto-Lei n.ˆ 44/99, de 12 de Fevereiro - Inventƒrio permanente - Demonstra€•o de resultados;

• Decreto-Lei n.ˆ 409/99, de 15 de Outubro - Benef…cios Fiscais em regime contratual - Projectos de investimento;

• Decreto-Lei n.ˆ 477/99, de 9 de Novembro - Cr‡dito Fiscal por investimento em bens do activo imobilizado. Protec€•o ambiental. Exerc…cios de 1999,
2000 e 2001.

A Lei 30-G/2000 de 29/12, atenta ‹ dificuldade de lidar com um n†mero elevado de pequenos e m‡dios contribuintes e contextos em que as prƒticas de
evas•o fiscal abundam, procede a uma nova reforma da tributa€•o do rendimento, avan€ando para um regime alternativo de determina€•o do rendimento -
o regime simplificado de tributaۥo.

O conceito de rendimento assenta na teoria do rendimento acr‡scimo ou incremento patrimonial que consiste na diferen€a entre o valor do patrim‚nio no
in…cio e no fim do per…odo de tributa€•o, incluindo as mais - valias e outros ganhos fortuitos (ex.: subs…dios n•o destinados ‹ explora€•o ou as
indemniza€Šes).

Trata-se de uma no€•o extensiva do rendimento que procura tributar o rendimento real e efectivo das empresas, o que ‡ aliƒs um princ…pio de imperativo
constitucional (Art. 104.ˆ, n. 2 da CRP).

Se atendermos ‹s caracter…sticas espec…ficas deste imposto, poderemos afirmar que se trata de um imposto:

 Sobre o rendimento - por contrapartida aos impostos existentes sobre a despesa (ex. IVA) e sobre o patrim‚nio (ex.: Imposto Municipal s/
Im‚veis);

 Directos - se atendermos ao crit‡rio econ‚mico poderemos dizer que o IRC ‡ um imposto directo na medida que incide sobre a manifesta€•o
directa ou imediata da capacidade contributiva;

 Real - porque visa a tributa€•o dos rendimentos das pessoas colectivas sem atender ‹ sua situa€•o pessoal;

 Peri€dico - porque se renova nos sucessivos per…odos de tributa€•o, que normalmente s•o anuais, dando origem, consequentemente, a

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sucessivas obriga€Šes tributƒrias anuais independentes umas das outras;

 Estadual - porque ‡ o Estado o sujeito activo da rela€•o jur…dico-tributƒria;

 Proporcional - jƒ que a taxa se mant‡m constante, independentemente da mat‡ria colectƒvel apurada pelo contribuinte;

 Global - porque incide sobre um conjunto de rendimentos provenientes de diversas fontes;

 Principal - porque goza de autonomia quer ao n…vel normativo quer ao n…vel das rela€Šes tributƒrias concretas.

O artigo 1.ˆ do c‚digo consagra os pressupostos da incid„ncia em IRC, dos quais a lei faz depender o surgimento da rela€•o jur…dica do imposto. Tais
pressupostos s•o de natureza objectiva (a obten€•o de rendimentos), subjectiva (por um sujeito passivo) e temporal (no per…odo de tributa€•o).

Artigo 1.€
Pressuposto do imposto

O imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC) incide sobre os rendimentos obtidos, mesmo quando provenientes de actos il†citos, no per†odo
de tributa€‚o, pelos respectivos sujeitos passivos, nos termos deste CŒdigo.

INCIDÑNCIA
Um dos primeiros pressupostos do Œmbito da sujei€•o pessoal ‡ o facto de, tal como o pr‚prio nome indica, IRC - Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Colectivas, serem pessoas colectivas.

No entanto, outros requisitos s•o necessƒrios ‹ sua distin€•o:

 O atributo da personalidade jur…dica;

 O lugar onde se situa a sua sede ou direc€•o efectiva.

Uma pessoa colectiva • uma organiza‚ƒo constitu„da por um agrupamento de pessoas ou por um complexo patrimonial tendo em vista a
prossecu‚ƒo dum interesse comum determinado e … qual a ordem jur„dica atribui a susceptibilidade de ser titular de direitos e sujeito a
obriga‚†es.

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A incid„ncia pessoal estƒ consignada no art. 2.ˆ indicando no seu n.ˆ 1 as tr„s categorias de sujeitos passivos, ou seja quem estƒ sujeito a imposto.

Assim, est•o sujeitas a IRC:

a) As pessoas colectivas (sociedades comerciais, sociedades civis sob forma comercial, cooperativas, empresas p†blicas e demais pessoas
colectivas de direito p†blico ou privado) com sede ou direc€•o efectiva em territ‚rio portugu„s, consideradas residentes;

b) As entidades desprovidas de personalidade jur…dica com sede ou direc€•o efectiva em territ‚rio portugu„s (consideradas residentes), cujos
rendimentos n•o sejam tributƒveis directamente em imposto sobre o rendimento das pessoas singulares ou em imposto sobre o rendimento das
pessoas colectivas na titularidade das pessoas singulares ou colectivas que as integram, designadamente, as heran€as jacentes, as sociedades e
associa€Šes sem personalidade jur…dica, as pessoas colectivas em rela€•o ‹s quais seja declarada a invalidade e as sociedades comerciais ou civis
sob forma comercial anteriormente ao registo definitivo;

c) As entidades com ou sem personalidade jur…dica que n•o tenham sede nem direc€•o efectiva em territ‚rio portugu„s (consideradas n•o residentes)
e cujos rendimentos nele obtidos n•o estejam sujeitos a imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS).

A personalidade jur…dica, na medida em que constitui um atributo essencial da pessoa colectiva, surge no c‚digo do IRC como um dos crit‡rios para a
defini€•o da incid„ncia pessoal ou subjectiva.

A par da personalidade existem outros elementos que pela sua importŒncia na classifica€•o das pessoas colectivas passaremos a destacar.

S•o eles:

 O fim;

 O objecto.

Os fins das pessoas colectivas podem ser:

 Desinteressados: ‡ o caso das associa€Šes de benefic„ncia;

 Interessados: os quais revertem a favor dos membros da pessoa colectiva.

o N•o econ‚micos, (desportivos, culturais, etc.) - caso das associa€Šes de recreio;

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o Econ‚micos - caso de qualquer sociedade.

Os fins interessados econ‚micos podem ainda ser, consoante se traduzam ou n•o na obten€•o de um saldo positivo normalmente expresso em moeda e
sob a forma de lucro:

• Lucrativos (as sociedades comerciais);

• Nƒo lucrativos (p. ex.: as associa€Šes de socorros m†tuos).

O objecto ‡ o modo de ac€•o atrav‡s do qual a pessoa colectiva prossegue os seus fins.

Tomando como exemplo a sociedade, o seu fim ‡ sempre lucrativo, no entanto, pelo seu objecto, entende-se que o exerc…cio de uma actividade econ‚mica
pode revestir as mais diversas naturezas embora deva ser sempre determinado pelo contrato de sociedade.

O objecto de uma sociedade, constitui um dos elementos determinantes da distinۥo entre sociedades comerciais e sociedades civis.

O Œmbito da incid„ncia pessoal do imposto estende-se a todas as pessoas colectivas de direito p†blico ou privado com sede ou direc€•o efectiva (local a
partir do qual se faz a gest•o global da empresa) em territ‚rio portugu„s.

Assim, s•o sujeitos passivos de IRC, nos termos da al…nea a) do artigo 2.ˆ:

1. as sociedades comerciais;

2. as sociedades civis sob forma comercial;

3. as cooperativas;

4. as empresas p†blicas;

5. e as demais pessoas colectivas de direito p†blico ou privado,

Artigo 2.€
Sujeitos passivos

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1- S‚o sujeitos passivos do IRC:

a) As sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, as cooperativas, as empresas p‹blicas e as demais pessoas colectivas de direito p‹blico
ou privado, com sede ou direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s;

b) As entidades desprovidas de personalidade jur†dica, com sede ou direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s, cujos rendimentos n‚o sejam
tributƒveis em imposto sobre o rendimento das pessoas singulares (IRS) ou em IRC directamente na titularidade de pessoas singulares ou
colectivas;

c) As entidades, com ou sem personalidade jur†dica, que n‚o tenham sede nem direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s e cujos rendimentos nele
obtidos n‚o estejam sujeitos a IRS.

2- Consideram-se inclu†das na al†nea b) do n.Ž 1, designadamente, as heran€as jacentes, as pessoas colectivas em rela€‚o „s quais seja declarada a
invalidade, as associa€…es e sociedades civis sem personalidade jur†dica e as sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, anteriormente ao
registo definitivo.

3- Para efeitos deste CŒdigo, consideram-se residentes as pessoas colectivas e outras entidades que tenham sede ou direc€‚o efectiva em territŒrio
portugu•s.

1 - Sociedades comerciais
As sociedades comerciais s•o comerciantes, a par dos comerciantes em nome individual (art. 13.ˆ do C‚digo Comercial).

S•o sociedades comerciais as que tenham por objecto a prƒtica de actos de com‡rcio e adoptem o tipo de sociedade:

 Por quotas;

 An‚nimas;

 Em nome colectivo;

 Em comandita simples;

 Em comandita por ac€Šes

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2 - Sociedades civis
Por exclus•o de partes, as sociedades civis s•o aquelas que n•o t„m por objecto a prƒtica de actos comerciais ou de qualquer dos tipos de actividade
previstos no art. 230.ˆ do C‚digo Comercial.

As sociedades civis podem adoptar qualquer um dos tipos societƒrios jƒ referidos, previstos para as sociedades comerciais. Neste caso designar-se-•o por
sociedades civis sob forma comercial e estar•o sujeitas ao regime do C‚digo das Sociedades Comerciais, adquirindo, por isso, personalidade jur…dica
pr‚pria a partir do registo definitivo do contrato de sociedade.

As restantes s•o sociedades civis sob forma civil ou sociedades civis puras e regular-se-•o pelo disposto nos artigos 980ˆ e seguintes do C‚digo Civil, n•o
sendo, em princ…pio, dotadas de personalidade jur…dica e n•o cabendo portanto no elenco da al…nea a) do art. 2.ˆ do CIRC. Estas sociedades estar•o,
sujeitas ao regime de transpar„ncia fiscal.

3 - Cooperativas
As cooperativas s•o pessoas colectivas aut‚nomas, de capital e composi€•o variƒveis, que visam atrav‡s da coopera€•o e entreajuda dos seus membros e
na observŒncia dos princ…pios cooperativos, a satisfa€•o, sem fins lucrativos, das necessidades econ‚micas, sociais ou culturais destes, podendo ainda, na
prossecu€•o dos seus objectivos, realizar opera€Šes com terceiros (art. 2.ˆ da Lei n.ˆ 51/96, de 7 de Setembro – C‚digo Cooperativo).

O art. 4.ˆ do C‚digo Cooperativo prev„ como ramos do sector cooperativo: o consumo, a comercializa€•o, a agricultura, o cr‡dito, a habita€•o e constru€•o,
a produ€•o operƒria, o artesanato, a pesca, a cultura, os servi€os, o ensino e a solidariedade social.

O regime fiscal das cooperativas, aplicƒvel a partir de 1 de Janeiro de 1999, consta da Lei n.ˆ 85/98 de 16 de Dezembro - Estatuto Fiscal Cooperativo,
alterado por:

 DL 393/99 de 1 de Outubro

 Lei 3-B/2000 de 4 de Abril

 Lei 30-C e G/2000 de 29 Dezembro

 Lei n.ˆ 53-A/2006, de 29 de Dezembro

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Este estatuto aplica-se ‹s cooperativas de 1.ˆ grau, de grau superior e ‹s r‡gies cooperativas, desde que constitu…das, registadas e funcionando nos termos
do C‚digo Cooperativo, e demais legisla€•o aplicƒvel.

O Estatuto consagra no seu art. 7.ˆ, em mat‡ria de IRC, um conjunto de disposi€Šes gerais, sendo de mencionar que:

 O excedente l…quido (resultado l…quido) das cooperativas ‡ apurado antes da participa€•o econ‚mica dos membros, nos resultados;

 Žs varia€Šes patrimoniais negativas n•o reflectivas no excedente l…quido, quando relativas ‹ participa€•o econ‚mica determinada em fun€•o do
trabalho fornecido pelos cooperadores ‹ cooperativa ‡ aplicƒvel o regime previsto no artˆ 24ˆ do CIRC, quanto ‹s gratifica€Šes por aplica€•o de
resultados e sem o limite nele previsto;

 A taxa de IRC aplicƒvel ao resultado tributƒvel das cooperativas ‡ de 20%, excepto nos casos abaixo referidos, em que ‡ aplicƒvel a taxa normal
(25%) prevista no n.ˆ 1 do art. 80ˆ do CIRC:

 Quanto aos resultados provenientes de opera€Šes com terceiros, bem como de actividades alheias aos fins cooperativos

 Quando haja tributa€•o pelo lucro consolidado

 A tributa€•o aut‚noma das despesas confidenciais ou n•o documentadas, ‡ feita ‹ taxa de 40%, sem preju…zo do disposto na al…nea g) do n.ˆ 1 do
artigo 42.ˆ;

 Os apoios e subs…dios financeiros atribu…dos pelo Estado, como compensa€•o pelo exerc…cio de fun€Šes de interesse e utilidade p†blica que tenha
delegado, est•o isentos de IRC;

 Os rendimentos resultantes de quotas pagas pelas cooperativas associadas a cooperativas de grau superior est•o isentos de IRC;

 As despesas realizadas em aplica€•o da reserva para educa€•o e forma€•o cooperativa, podem ser consideradas como custo para efeitos de IRC,
no exerc…cio em que sejam suportadas, em valor correspondente a 120% do respectivo total;

Podem deduzir ‹ colecta de IRC e at‡ ‹ concorr„ncia de 50% do seu valor, um cr‡dito fiscal cooperativo correspondente ‹s seguintes importŒncias:

 20% dos montantes investidos em elementos do activo imobilizado corp‚reo, com excep€•o de viaturas ligeiras, mobiliƒrio e outros bens de
investimento n•o directa e imprescindivelmente associados ƒ actividade econ‚mica prosseguida

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 20% dos montantes que revertam para a reserva legal, na parte que exceder as reversŠes m…nimas legal ou estatutariamente exigidas.

Assim, as cooperativas est•o sujeitas a IRC, sem preju…zo das isen€Šes que lhes aproveitam.

Contudo, as cooperativas, ainda que isentas, devem cumprir as obriga€Šes acess‚rias estabelecidas na legisla€•o fiscal e ainda:

 Juntar ao dossier fiscal a credencial emitida pelo Instituto Ant‚nio S‡rgio do Sector Cooperativo, para usufru…rem dos benef…cios constantes do
Estatuto

 Organizar a contabilidade de acordo com a normaliza€•o contabil…stica em vigor, permitindo apurar os resultados das opera€Šes e os diferentes
regimes de tributaۥo, se os houver.

4 - Empresas p•blicas
As empresas p†blicas s•o as empresas nacionalizadas e as criadas pelo Estado, com capitais pr‚prios ou fornecidos por outras entidades p†blicas para a
explora€•o de actividades de natureza econ‚mica ou social de acordo com o interesse p†blico.

As empresas p†blicas s•o, em regra, pessoas colectivas de direito privado a n•o ser que a lei expressamente as qualifique de outra maneira (Bancos e
Companhias de Seguros nacionalizados) ou tal resulte dos seus estatutos.

Trata-se de pessoas colectivas de tipo institucional, i.e., n•o s•o grupos organizados de pessoas mas sobretudo massas organizadas de bens.

5 - Demais pessoas colectivas de direito p•blico ou privado


S•o tamb‡m sujeitos passivos de IRC, por for€a da al…nea a) do art. 2.ˆ, as demais pessoas colectivas de direito p†blico ou privado.

As pessoas colectivas dizem-se de direito p†blico quando prosseguem primariamente fins de interesse p†blico os quais se reflectem relevantemente na sua
constituiۥo ou no seu regime.

S•o pessoas colectivas de direito p†blico, e como tal sujeitos passivos de IRC, entre outras:

• O Estado;

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• As RegiŠes Aut‚nomas dos A€ores e da Madeira;

• As Autarquias Locais.

Ser•o pessoas colectivas de direito privado, sujeitas a IRC, sem preju…zo dos benef…cios fiscais que lhe sejam atribu…dos, as restantes nomeadamente:

• Os Partidos Pol…ticos;

• Sindicatos e Associa€Šes Sindicais;

• Associa€Šes Patronais.

com sede ou direc€•o efectiva em territ‚rio portugu„s.

Estes sujeitos passivos distinguem-se dos que constam nas restantes al…neas do mesmo artigo, por reunirem cumulativamente dois requisitos:

1. Serem pessoas colectivas

Uma pessoa colectiva ‡ uma organiza€•o constitu…da por um agrupamento de pessoas ou por um complexo patrimonial tendo em vista a prossecu€•o de
um interesse comum determinado e ‹ qual a ordem jur…dica atribui a susceptibilidade de ser titular de direitos e sujeitos de obriga€Šes.

2. Terem sede ou direc‚ƒo efectiva em territ€rio portugu‡s.

Art. 159€ do C‚digo Civil


Sede

A sede da pessoa colectiva • a que os respectivos estatutos fixarem ou, na falta de designa€‚o estatutƒria, o lugar em que funciona normalmente a
administra€‚o principal.

Direcƒ„o efectiva • um conceito pelo qual se pretende designar o local onde a empresa • de facto gerida.

Nos termos da al…nea b) do n.ˆ 1 do artigo 2.ˆ s•o tamb‡m considerados sujeitos passivos de IRC, aqueles que obedecem cumulativamente aos seguintes

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tr„s requisitos:

1. Serem entidades sem personalidade jur…dica;

2. Com sede ou direc€•o efectiva em territ‚rio portugu„s;

3. N•o sejam os seus rendimentos tributƒveis nem em IRS nem em IRC na titularidade de pessoas singulares ou colectivas.

Fazendo remiss•o para o n.ˆ 2 deste artigo poder-se-ƒ considerar como inclu…das na al…nea b) designadamente:

• as heran€as jacentes (*)(1) ( diz-se jacente a heran€a aberta, por morte do respectivo autor, mas ainda n•o aceite nem declarada vaga para o Estado);

• as pessoas colectivas em rela€•o ‹s quais seja declarada a invalidade;

• as associa€Šes e sociedades civis sem personalidade jur…dica;

• as sociedades comerciais e civis sob forma comercial, antes do registo definitivo do contrato constitutivo e, portanto, tamb‡m sem personalidade
jur…dica.

O que se pretende com esta norma ‡ qualificar como sujeitos passivos de IRC este tipo de entidades sempre que os seus rendimentos n•o sejam
directamente tributƒveis (em IRS ou IRC) na titularidade ou na esfera jur…dica das pessoas que as constituem ou delas beneficiam.

A qualifica€•o como sujeitos passivos de IRC das sociedades comerciais n•o regularmente constitu…das nos termos do C‚digo das Sociedades Comerciais,
por exemplo, aquelas cujo contrato constitutivo n•o se encontre definitivamente registado, visa evitar a evas•o fiscal.

Uma vez que, na aus„ncia deste preceito, permitir-se-ia o prolongamento de situa€Šes provis‚rias, at‡ ao registo definitivo, com a †nica inten€•o de as
subtrair ‹s regras de tributa€•o das pessoas colectivas, n•o obstante possu…rem, na maioria das vezes, uma estrutura empresarial em tudo semelhante ‹
organizaۥo das demais sociedades comerciais.

As mesmas razŠes servem para o caso das pessoas colectivas em rela€•o ‹s quais seja declarada a invalidade, assegurando-se, por esta via, um princ…pio
de continuidade da tributa€•o na mesma esp‡cie tributƒria que lhe vinha sendo aplicada antes da verifica€•o daquele facto.

As associa€Šes sem personalidade jur…dica sendo um conjunto de pessoas que se unem para a prossecu€•o de fins e interesses comuns, s‚ adquirem

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personalidade jur…dica se se constitu…rem por meio de escritura p†blica, caso contrƒrio ficar•o sujeitas ao regime constante dos art.195.ˆ e seguintes do
C‚digo Civil.

A al…nea c) do artigo 2.ˆ qualifica ainda como sujeitos passivos de IRC, as entidades:

• Com ou sem personalidade jur…dica;

• Sem sede nem direc€•o efectiva em territ‚rio portugu„s;

• Cujos rendimentos obtidos em territ‚rio portugu„s, n•o estejam sujeitos a IRS.

S•o as chamadas “entidades n•o residentes” que obt„m em territ‚rio portugu„s, rendimentos n•o sujeitos a IRS.

‘ importante referir que, para efeitos de incid„ncia de IRC, o territ‚rio portugu„s compreende tamb‡m as zonas onde, em conformidade com a legisla€•o
portuguesa e o direito internacional, a Rep†blica Portuguesa tem direitos soberanos relativamente ‹ prospec€•o, pesquisa e explora€•o dos recursos
naturais do leito do mar, do seu subsolo e das ƒguas sobrejacentes (art. 4.ˆ, n.ˆ 5).

Oficio Sa…da Geral 35 534 - D.S.IRC


de 16/12/98

Condom…nios

Relativamente „ quest‚o colocada pela entidade em ep†grafe, informo V.Ex.• que:

Nos termos do art. 1420.Ž do CŒdigo Civil, o direito de propriedade horizontal • um direito complexo, formado pela exist•ncia de um direito de propriedade
plena singular e por um direito de compropriedade sobre as partes comuns do edif†cio.

N‚o existe, deste modo, qualquer patrimŒnio colectivo ou entidade pass†vel de constituir um sujeito passivo autŒnomo.

A tributa€‚o • feita unicamente na esfera dos condŒminos - em IRS ou IRC consoante se trate, respectivamente, de uma pessoa singular ou colectiva -
sendo os rendimentos apurados pelo condom†nio a eles imputados na propor€‚o das respectivas quotas, ou seja, do valor relativo das respectivas frac€…es
autŒnomas ( em percentagem ou permilagem), nos termos do art. 18.Ž do CŒdigo do IRS.

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Informaƒ„o Proc. 2124/97 DSIRC

Fiscalmente, a administra€‚o da AUGI n‚o • suscept†vel de ser qualificada como sujeito passivo de IRC, face ao disposto no artigo 2Ž do CIRC.

N‚o obstante ter de apresentar a declara€‚o de inscri€‚o no Registo Nacional de Pessoas Colectivas, por exig•ncia do artigo 8Ž da Lei 91/95, de 2 de
Setembro, n‚o • obrigada a apresentar Modelo 22, uma vez que n‚o • sujeito passivo de IRC.

Quanto aos rendimentos relativos „s aplica€…es financeiras, uma vez que pertencem em comum aos comproprietƒrios, devem ser tributados na respectiva
esfera individual, nos termos do artigo 19Ž do CIRS.

Despacho de 21.07.2007 - Processo: 1111/2006


Obrigaƒ†es dos Administradores da Insolv‡ncia

O facto de a sociedade ser declarada insolvente n‚o obsta a que se mantenham, com as necessƒrias adapta€…es e em tudo o que n‚o for incompat†vel
com o regime processual de liquida€‚o, as disposi€…es que regem as sociedades n‚o dissolvidas, visto que se mant•m a personalidade jur†dica, nos termos
do n.Ž 2 do artigo 160.Ž do CŒdigo das Sociedades Comerciais.

Aliƒs, face ao que disp…em a al†nea e) do n.Ž 1 do artigo 141.Ž e o n.Ž 1 do artigo 146.Ž, ambos do CŒdigo das Sociedades Comerciais, n‚o pode este
diploma ser afastado relativamente „s sociedades declaradas insolventes.

A liquida€‚o no processo de insolv•ncia substitui a liquida€‚o nos termos gerais, mas n‚o deixa de consubstanciar uma opera€‚o (ou conjunto de
opera€…es) que visa a liquida€‚o do patrimŒnio, no caso de insolv•ncia em benef†cio dos credores e nos outros casos em benef†cio dos sŒcios.

Uma vez declarada a insolv•ncia, deixa de se conceber o exerc†cio em comum de uma actividade econŒmica com o fim de repartir lucros, mas n‚o deixam
de se verificar as condi€…es de sujei€‚o ao IRC, pois estas n‚o derivam apenas do exerc†cio efectivo de uma actividade econŒmica.

Com efeito, para al•m dos proveitos ou ganhos ligados „ prƒtica de opera€…es, que surgem enumerados no artigo 20.Ž, n.Ž 1 do CŒdigo do IRC, hƒ ainda
que ter em conta as varia€…es patrimoniais positivas n‚o reflectidas no resultado l†quido do exerc†cio (artigo 21.Ž do CŒdigo do IRC).

Acrescendo que, nos termos dos artigos 156.Ž, n.Ž 2 e 234.Ž do CŒdigo da Insolv•ncia e da Recupera€‚o de Empresas, pode decidir-se a manuten€‚o da
actividade apŒs a declara€‚o de insolv•ncia ou a sua retoma.

Em termos fiscais e designadamente para a aplica€‚o dos mecanismos estruturais do IRC, o que • decisivo n‚o • a aus•ncia de prossecu€‚o do objecto
social, mas sim a cessa€‚o de actividade a qual ocorre nas situa€…es expressamente previstas no n.Ž 5 do artigo 8.Ž do CŒdigo do IRC.

16
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Verificada, pois, a continuidade da sua qualidade de sujeito passivo de IRC, nos termos do artigo 2.Ž do respectivo CŒdigo, deverƒ ser mantida, „ luz do n.Ž
1 do artigo 115.Ž, contabilidade organizada conforme a lei comercial e fiscal, embora com a derroga€‚o de alguns princ†pios contabil†sticos, como, por
exemplo, o da “Continuidade” ou o da “Especializa€‚o do exerc†cio”.

Inerente „ contabilidade organizada, estƒ a obrigatoriedade de dispor de um T•cnico Oficial de Contas, parecendo que a sua falta pode ser colmatada, a
pedido do Administrador da Insolv•ncia, junto do Juiz, de acordo com o artigo 6.Ž, n.Ž 2, al†nea b) do Estatuto da C’mara dos T•cnicos Oficiais de Contas,
aprovado pelo Decreto-Lei n.Ž 452/1999, de 5.11, o qual atribui aos TOC, entre outras compet•ncias, as de perito nomeado pelos Tribunais ou outras
entidades p‹blicas ou privadas.

Inexistindo, pois, qualquer excep€‚o prevista na lei, mant•m-se todas as obriga€…es, designadamente as declarativas, sendo a sua responsabilidade dos
respectivos Administradores da Insolv•ncia, nos termos do n.Ž 9 do artigo 109.Ž do CŒdigo do IRC, que, aliƒs, expressamente o refere.

Assim, nos termos do n.Ž 5 do artigo 110.Ž do CŒdigo do IRC, deverƒ ser apresentada a correspondente declara€‚o com as altera€…es verificadas,
aditando-se, nomeadamente, „ designa€‚o social “sociedade em liquida€‚o” ou, simplesmente, “em liquida€‚o”, conforme decorre do n.Ž 3 do artigo 146.Ž
do CŒdigo das Sociedades Comerciais.

Quanto „ declara€‚o periŒdica de rendimentos, a mesma deve ser submetida electronicamente, conforme Portaria n.Ž 1339/2005, de 30 de Dezembro,
atrav•s do T•cnico Oficial de Contas.

Caso o sujeito passivo n‚o disponha de senha ou sendo necessƒrio proceder „ sua recupera€‚o, deve o Administrador da Insolv•ncia proceder ao
respectivo registo ou procedimento, no s†tio das declara€…es electrŒnicas, conforme previsto no n.Ž 3 da Portaria n.Ž 1339/2005, de 30 de Dezembro.

17
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O Œmbito da aplica€•o pessoal estƒ previsto no art. 2.ˆ do CIRC, enquanto que, a delimita€•o do objecto ‡ feita no art. 3.ˆ.

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A obten€•o de rendimentos pelos respectivos sujeitos passivos determina o nascimento da obriga€•o do imposto. O art. 3.ˆ, ao definir a base tributƒvel,
procede a um recorte da incid„ncia real do IRC distinguindo os sujeitos passivos residentes dos n•o residentes.

Os sujeitos passivos residentes s•o, por sua vez, divididos em duas categorias consoante exer€am ou n•o, a t…tulo principal, uma actividade de natureza
comercial, industrial ou agr…cola.

Os sujeitos passivos residentes que exer€am a t…tulo principal uma actividade de natureza comercial, industrial ou agr…cola (considerando-se ser sempre
esse o caso das sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, das cooperativas e das empresas p†blicas), s•o tributadas em IRC pelo respectivo
lucro (al…nea a) do n.ˆ 1 do art. 3.ˆ).

O n.ˆ 4 do artigo 3.ˆ considera que s•o actividades de natureza comercial, industrial ou agr…cola, todas aquelas que consistam na realiza€•o de opera€Šes
econ‚micas de carƒcter empresarial, incluindo as presta€Šes de servi€os.

Os restantes sujeitos passivos residentes, que n•o exercem a t…tulo principal uma actividade de natureza comercial, industrial ou agr…cola (associa€Šes e
funda€Šes), est•o sujeitos a IRC pelo seu rendimento global o qual corresponde ‹ soma alg‡brica dos rendimentos das diversas categorias consideradas
para efeitos de IRS e, bem assim, dos incrementos patrimoniais obtidos a t…tulo gratuito (al…nea b) do n.ˆ 1 do art. 3.ˆ).

Quanto aos sujeitos passivos n•o residentes, hƒ que considerar duas hip‚teses:

1) Ou possuem estabelecimento estƒvel em territ‚rio portugu„s e, nesse caso, o IRC incide sobre o lucro imputƒvel a esse estabelecimento estƒvel
(al…nea c) do n.ˆ 1 do art. 3.ˆ);

2) Ou n•o possuem estabelecimento estƒvel em territ‚rio portugu„s ou, possuindo-o, os rendimentos n•o lhe sejam imputƒveis, caso em que o IRC
incidirƒ sobre o rendimento das diversas categorias consideradas para efeitos de IRS e, os incrementos patrimoniais obtidos a t…tulo gratuito (al…nea d)
do n.ˆ 1 do art. 3.ˆ).

Sem preju…zo do previsto nas vƒrias Conven€Šes Internacionais sobre dupla tributa€•o, as entidades n•o residentes est•o sujeitas a IRC apenas quanto aos
rendimentos obtidos em territ‚rio portugu„s.

ARTIGO 3€
Base do imposto

1- O IRC incide sobre:

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a) O lucro das sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, das cooperativas e das empresas p‹blicas e o das demais pessoas colectivas ou
entidades referidas nas al†neas a) e b) do n.Ž 1 do artigo anterior que exer€am, a t†tulo principal, uma actividade de natureza comercial, industrial
ou agr†cola;

b) O rendimento global, correspondente „ soma alg•brica dos rendimentos das diversas categorias consideradas para efeitos de IRS e, bem assim,
dos incrementos patrimoniais obtidos a t†tulo gratuito, das pessoas colectivas ou entidades referidas nas al†neas a) e b) do n.Ž 1 do artigo anterior
que n‚o exer€am, a t†tulo principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agr†cola; (Redac€‚o dada pelo Decreto-Lei n.Ž 287/2003,
de 12 de Novembro)

c) O lucro imputƒvel a estabelecimento estƒvel situado em territŒrio portugu•s de entidades referidas na al†nea c) do n.Ž 1 do artigo anterior;

d) Os rendimentos das diversas categorias, consideradas para efeitos de IRS e, bem assim, os incrementos patrimoniais obtidos a t†tulo gratuito por
entidades mencionadas na al†nea c) do n.Ž 1 do artigo anterior que n‚o possuam estabelecimento estƒvel ou que, possuindo-o, n‚o lhe sejam
imputƒveis. (Redac€‚o dada pelo Decreto-Lei n.Ž 287/2003, de 12 de Novembro)

2- Para efeitos do disposto no n‹mero anterior, o lucro consiste na diferen€a entre os valores do patrimŒnio l†quido no fim e no in†cio do per†odo de
tributa€‚o, com as correc€…es estabelecidas neste CŒdigo.

3- S‚o componentes do lucro imputƒvel ao estabelecimento estƒvel, para efeitos da al†nea c) do n.Ž 1, os rendimentos de qualquer natureza obtidos por
seu interm•dio, assim como os demais rendimentos obtidos em territŒrio portugu•s, provenientes de actividades id•nticas ou similares „s realizadas
atrav•s desse estabelecimento estƒvel, de que sejam titulares as entidades a† referidas.

4- Para efeitos do disposto neste CŒdigo, s‚o consideradas de natureza comercial, industrial ou agr†cola, todas as actividades que consistam na
realiza€‚o de opera€…es econŒmicas de carƒcter empresarial, incluindo as presta€…es de servi€os.

Definiƒ„o de Lucro
O n.ˆ 2 do art. 3.ˆ fornece-nos a no€•o de lucro definindo-o como a diferen€a entre os valores do patrim‚nio l…quido no fim e no in…cio do per…odo de
tributa€•o, com as correc€Šes estabelecidas no c‚digo.

Trata-se de um conceito extensivo de rendimento que adopta o conceito de rendimento – acr‡scimo o qual abrange todo e qualquer incremento patrimonial.

Estabelecimento estˆvel

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Quanto aos sujeitos passivos n•o residentes, a exist„ncia ou n•o de estabelecimento estƒvel em territ‚rio portugu„s, constitui, como vimos, o crit‡rio de
distin€•o daqueles sujeitos passivos para efeitos de determina€•o da respectiva base tributƒvel.

O n.ˆ 1 do art. 5.ˆ dƒ-nos o conceito de estabelecimento estƒvel como sendo qualquer instala€•o fixa atrav‡s da qual seja exercida uma actividade de
natureza comercial, industrial ou agr…cola. Este conceito ‡ alargado pelos n.ˆs 2 a 6 que incluem na no€•o de estabelecimento estƒvel, um local de direc€•o,
uma sucursal, um escrit‚rio, uma fƒbrica, etc. e ainda outros locais ou actividades, sempre nas condi€Šes definidas naquele preceito, o qual nos seus n.ˆs 7
e 8 procede ainda ‹ delimita€•o negativa do mesmo conceito, excluindo expressamente as chamadas “actividades de carƒcter meramente preparat‚rio ou
auxiliar” e limitar a exist„ncia de estabelecimento estƒvel nos estaleiros de constru€•o ou montagem, aos casos em que a actividade desenvolvida
ultrapasse um determinado per…odo (6 meses).

A amplitude do conceito reflecte a importŒncia reconhecida ao princ…pio da fonte em rela€•o ao princ…pio da resid„ncia, na tributa€•o dos lucros provenientes
das actividades empresariais.

Para efeitos do cƒlculo do lucro das entidades n•o residentes, consideram-se imputƒveis ao estabelecimento estƒvel (n.ˆ 3 do art. 3.ˆ):

• Todos os rendimentos obtidos por seu interm‡dio,

• Todos os outros rendimentos obtidos em territ‚rio portugu„s resultantes de actividades id„nticas ou similares ‹quelas que foram realizadas atrav‡s
do estabelecimento estƒvel.

Os rendimentos n•o imputƒveis a estabelecimento estƒvel, ainda que ele exista, ser•o tributados, por for€a da al…nea d) do n.ˆ 1 do art. 3.ˆ, nos mesmos
termos dos rendimentos dos sujeitos passivos sem estabelecimento estƒvel.

Rendimento global e rendimentos das diversas categorias do IRS


Al‡m do lucro, o n.ˆ 1 do art. 3.ˆ, fixa como base do imposto:

• O rendimento global (entidades residentes que n•o exer€am a t…tulo principal uma actividade de natureza comercial, industrial ou agr…cola) - al. b)

• Os rendimentos das diversas categorias consideradas para efeitos de IRS (n•o residentes sem estabelecimento estƒvel em territ‚rio portugu„s ou,
possuindo-o os rendimentos n•o lhe sejam imputƒveis) - al. d)

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Esta distin€•o n•o ‡ apenas terminol‚gica. Na verdade, enquanto que, no primeiro caso, e embora o rendimento global se refira igualmente aos rendimentos
das diversas categorias do IRS, ele corresponde ‹ sua soma alg‡brica com refer„ncia a todo o per…odo de tributa€•o, no segundo caso, o IRC incidirƒ sobre
os rendimentos individualizados daquelas categorias no momento e ‹ medida em que eles forem sendo auferidos.

Assim:

Enquanto no art. 2.ˆ se distinguem os vƒrios tipos de sujeitos passivos, no art. 3.ˆ determina-se que a base de incid„ncia do imposto n•o ‡ a mesma para
todos eles. Procede-se, desta forma, a uma discrimina€•o qualitativa dos diversos sujeitos passivos em fun€•o da sua natureza espec…fica, fazendo-se
incidir o imposto sobre realidades distintas (o lucro, o rendimento global e os rendimentos das diversas categorias), consoante a especificidade do respectivo
sujeito passivo.

Esta diferencia€•o dos sujeitos passivos e da base do imposto assume especial relevŒncia em toda a restante estrutura do c‚digo. Discriminando, nos
termos referidos, o universo de incid„ncia do IRC, o legislador sentiu necessidade de, ao n…vel da arruma€•o sistemƒtica do c‚digo, dar seguimento a este
recorte da sujei€•o tributƒria.

Assim, foram concebidas regras pr‚prias para os diferentes tipos de sujeitos passivos, na determina€•o da mat‡ria colectƒvel, nas taxas, na liquida€•o e no
pagamento do IRC.

Atrav‡s do DL 287/2003 de 12 de Novembro foi aditado ‹s al…neas b) e d) do n.ˆ 1 do art. 3.ˆ a express•o “incrementos patrimoniais obtidos a t…tulo gratuito”.
Trata-se de rendimentos sujeitos a tributaۥo, exactamente nos mesmos moldes em que os restantes rendimentos forem tributados. Esta nova sujeiۥo a
IRC decorre da exclus•o destes incrementos, quando obtidos por pessoas colectivas, da base de incid„ncia do Imposto do Selo, ap‚s a reforma deste
imposto.

Despacho do SDGCI IR, de 21.06.04

At• „ data de entrada em vigor do Decreto-Lei n.Ž 287/2003, de 12 de Novembro, que revoga o CŒdigo do Imposto sobre as Sucess…es e Doa€…es e altera
o CŒdigo do IRC, os incrementos patrimoniais obtidos a t†tulo gratuito, onde se incluem os donativos, n‚o estavam, em geral, sujeitos a IRC, nos termos do
artigo 21.Ž do respectivo CŒdigo, caso estivessem sujeitos ao Imposto Sobre Sucess…es e Doa€…es.

Relativamente „s entidades que n‚o exercem, a t†tulo principal, uma actividade de natureza comercial essa n‚o sujei€‚o decorria da n‚o inser€‚o, no
CŒdigo do IRS, dos incrementos patrimoniais obtidos a t†tulo gratuito em qualquer das categorias de rendimentos a† consideradas, face „ remiss‚o operada
pela al†nea b) do n.Ž 1 do art. 3.Ž do CŒdigo do IRC.

22
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Com a altera€‚o introduzida no artigo 21.Ž do CŒdigo do IRC pelo citado Decreto-Lei, os incrementos patrimoniais obtidos a t†tulo gratuito passam a
concorrer para a forma€‚o do lucro tributƒvel, considerando-se como valor de aquisi€‚o o seu valor de mercado, n‚o podendo ser inferior ao que resultar
da aplica€‚o das regras de determina€‚o do valor tributƒvel previstas no CŒdigo do Imposto do Selo (n.Ž 2 do artigo 21.Ž).

No caso de sujeitos passivos de IRC residentes e que n‚o exer€am, a t†tulo principal, actividades de natureza comercial, industrial ou agr†cola, decorre do
disposto na al†nea b) do n.Ž 1 do art. 3.Ž e do artigo 48.Ž, ambos do CIRC, que os incrementos patrimoniais obtidos a t†tulo gratuito acrescem ao rendimento
global, aplicando-se para efeitos de determina€‚o do lucro tributƒvel o disposto no n.Ž 2 do artigo 21.Ž.

No entanto, se se destinarem a financiar a directa e imediata realiza€‚o dos fins estatutƒrios daquelas entidades, os citados incrementos patrimoniais n‚o
s‚o sujeitos a IRC, nos termos do n.Ž 3 do art. 49.Ž do respectivo CŒdigo (Despacho do SDGCI do IR, de 21.06.2004 - Proc. 739/2004).

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O art. 4.ˆ, fixa o Œmbito da sujei€•o tributƒria em moldes distintos conforme os sujeitos passivos tenham, ou n•o, a sua sede ou direc€•o efectiva em
territ‚rio portugu„s.

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Basicamente poderemos dizer que:

 os residentes, atento ao principio da territorialidade, ser•o considerados todos os factos, incluindo os obtidos fora do territ‚rio portugu„s;

 os n•o residentes, submete-se a tributa€•o apenas os rendimentos em territ‚rio portugu„s.

Face a esta distin€•o, no caso de obriga€•o real, ‡ necessƒrio identificar quais os rendimentos considerados obtidos em territ‚rio portugu„s. ‘ disso que
tratam os n.ˆs 3 e 4 do art. 4.ˆ.

Assim, consideram-se obtidos em territ‚rio portugu„s, para efeitos de tributa€•o das entidades n•o residentes, al‡m dos rendimentos imputƒveis a
estabelecimento estƒvel situado nesse territ‚rio (instala€•o fixa atrav‡s da qual seja exercida uma actividade de natureza comercial, industrial ou agr…cola),
os que, n•o se encontrando nessas condi€Šes, a seguir se indicam:

a) Os rendimentos provenientes de bens im‚veis situados em territ‚rio portugu„s (incluindo os ganhos da sua aliena€•o onerosa);

b) Ganhos resultantes da transmiss•o onerosa de partes representativas do capital (ac€Šes) e obriga€Šes de entidades com sede ou direc€•o efectiva
em territ‚rio portugu„s, incluindo a sua remiss•o e amortiza€•o com redu€•o de capital e, bem assim o valor atribu…do aos associados em resultado
da partilha que, nos termos do artˆ 75ˆ, seja considerado como mais-valia, ou de outros valores mobiliƒrios emitidos por entidades que a… tenham
sede ou direc€•o efectiva ou ainda de partes de capital ou outros valores mobiliƒrios quando, n•o se verificando essas condi€Šes, o pagamento dos
respectivos rendimentos seja imputƒvel a estabelecimento estƒvel situado no mesmo territ‚rio;

c) Rendimentos a seguir mencionados, cujo devedor tenha sede ou direc€•o efectiva em territ‚rio portugu„s ou pagamento seja imputƒvel a um
estabelecimento estƒvel nele situado:

1. Rendimentos provenientes da propriedade intelectual (direitos de autor e outros direitos conexos) ou da propriedade industrial (royalties), bem como da
presta€•o de informa€Šes respeitantes a uma experi„ncia adquirida no sector industrial, comercial ou cient…fico (know-how);

2. Rendimentos derivados do uso ou concess•o do uso de equipamento agr…cola, industrial, comercial ou cient…fico;

3. Outros rendimentos de aplica€•o de capitais (ex.: assist„ncia t‡cnica);

4. Remunera€Šes auferidas na qualidade de membros dos ‚rg•os estatutƒrios de pessoas colectivas e outras entidades;

25
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5. Pr‡mios de jogo, lotarias, rifas e apostas m†tuas, bem como importŒncias ou pr‡mios atribu…dos em quaisquer sorteios ou concursos;

6. Rendimentos provenientes da intermedia€•o na celebra€•o de quaisquer contratos (comissŠes);

7. Rendimentos derivados de outras presta€Šes de servi€os, realizados ou utilizados em territ‚rio portugu„s, com excep€•o dos relativos a transportes,
comunica€Šes e actividades financeiras;

8. Rendimentos de opera€Šes relativas a instrumentos financeiros derivados

d) Rendimentos derivados do exerc…cio, em territ‚rio portugu„s da actividade de profissionais de espectƒculos ou desportistas

e) Incrementos patrimoniais derivados de aquisi€Šes a t…tulo gratuito respeitantes a:

1. Direitos reais sobre bens im‚veis situados em territ‚rio portugu„s;

2. Bens m‚veis registados ou sujeitos a registo em Portugal;

3. Partes representativas do capital e outros valores mobiliƒrios cuja entidade emitente tenha sede ou direc€•o efectiva em territ‚rio portugu„s;

4. Direitos de propriedade industrial, direitos de autor e direitos conexos registados ou sujeitos a registo em Portugal;

5. Direitos de cr‡ditos sobre entidades com resid„ncia, sede ou direc€•o efectiva em territ‚rio portugu„s

6. Partes representativas do capital de sociedades que n•o tenham sede ou direc€•o efectiva em territ‚rio portugu„s e cujo activo seja
predominantemente constitu…do por direitos reais sobre im‚veis situados no referido territ‚rio.

N•o ser•o, no entanto, considerados como obtidos em territ‚rio portugu„s os rendimentos enumerados na al…nea c), ainda que sendo pagos por entidades
residentes, quando os mesmos constituam encargo de estabelecimento estƒvel situado fora do territ‚rio portugu„s relativamente ‹ actividade exercida por
seu interm‡dio, e bem assim quando n•o se verificarem essas condi€Šes, os rendimentos referido no n.ˆ 7 da mesma al…nea, quando os servi€os de que
derivam, sendo realizados integralmente fora do territ‚rio portugu„s, n•o respeitem a bens situados nesse territ‚rio nem estejam relacionados com estudos,
projectos, apoio t‡cnico ou ‹ gest•o, organiza€•o, investiga€•o e desenvolvimento em qualquer dom…nio (n.ˆ 4 do art. 4.ˆ).

ARTIGO 4.€
Extens„o da obrigaƒ„o de imposto

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1- Relativamente „s pessoas colectivas e outras entidades com sede ou direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s, o IRC incide sobre a totalidade dos
seus rendimentos, incluindo os obtidos fora desse territŒrio.

2- As pessoas colectivas e outras entidades que n‚o tenham sede nem direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s ficam sujeitas a IRC apenas quanto aos
rendimentos nele obtidos.

3- Para efeitos do disposto no n‹mero anterior, consideram-se obtidos em territŒrio portugu•s os rendimentos imputƒveis a estabelecimento estƒvel a†
situado e, bem assim, os que, n‚o se encontrando nessas condi€…es, a seguir se indicam:

a) Rendimentos relativos a imŒveis situado no territŒrio portugu•s, incluindo os ganhos resultantes da sua transmiss‚o onerosa;

b) Ganhos resultantes da transmiss‚o onerosa de partes representativas do capital de entidades com sede ou direc€‚o efectiva em territŒrio
portugu•s, incluindo a sua remi€‚o e amortiza€‚o com redu€‚o de capital e, bem assim, o valor atribu†do aos associados em resultado da partilha
que, nos termos do artigo 75.Ž do CŒdigo do IRC, seja considerado como mais-valia, ou de outros valores mobiliƒrios emitidos por entidades que a†
tenham sede ou direc€‚o efectiva, ou ainda de partes de capital ou outros valores mobiliƒrios quando, n‚o se verificando essas condi€…es, o
pagamento dos respectivos rendimentos seja imputƒvel a estabelecimento estƒvel situado no mesmo territŒrio; (Redac€‚o dada pela Lei n.Ž
109-B/2001, de 27 de Dezembro - OE)

c) Rendimentos a seguir mencionados cujo devedor tenha resid•ncia, sede ou direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s ou cujo pagamento seja
imputƒvel a um estabelecimento estƒvel nele situado:

1) Rendimentos provenientes da propriedade intelectual ou industrial e bem assim da presta€‚o de informa€…es respeitantes a uma experi•ncia
adquirida no sector industrial, comercial ou cient†fico;

2) Rendimentos derivados do uso ou da concess‚o do uso de equipamento agr†cola, industrial, comercial ou cient†fico;

3) Outros rendimentos de aplica€‚o de capitais;

4) Remunera€…es auferidas na qualidade de membros de Œrg‚os estatutƒrios de pessoas colectivas e outras entidades;

5) Pr•mios de jogo, lotarias, rifas, totoloto e apostas m‹tuas, bem como import’ncias ou pr•mios atribu†dos em quaisquer sorteios ou concursos;
(Redac€‚o dada pela Lei n.Ž 109-B/2001, de 27 de Dezembro - OE)

6) Rendimentos provenientes da intermedia€‚o na celebra€‚o de quaisquer contratos (Aditado pelo Decreto-Lei n.Ž 25/98, de 10 de Fevereiro).

27
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7) Rendimentos derivados de outras presta€…es de servi€os, realizados ou utilizados em territŒrio portugu•s, com excep€‚o dos relativos a
transportes, comunica€…es e actividades financeiras;

8) Rendimentos provenientes de opera€…es relativas a instrumentos financeiros derivados;

d) Rendimentos derivados do exerc†cio em territŒrio portugu•s da actividade de profissionais de espectƒculos ou desportistas. (Redac€‚o dada pela
Lei n.Ž 32-B/2002, de 30 de Dezembro - OE)

e) Incrementos patrimoniais derivados de aquisi€…es a t†tulo gratuito respeitantes a:

1) Direitos reais sobre bens imŒveis situados em territŒrio portugu•s;

2) Bens mŒveis registados ou sujeitos a registo em Portugal;

3) Partes representativas do capital e outros valores mobiliƒrios cuja entidade emitente tenha sede ou direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s;

4) Direitos de propriedade industrial, direitos de autor e direitos conexos registados ou sujeitos a registo em Portugal;

5) Direitos de cr•dito sobre entidades com resid•ncia, sede ou direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s;

6) Partes representativas do capital de sociedades que n‚o tenham sede ou direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s e cujo activo seja
predominantemente constitu†do por direitos reais sobre imŒveis situados no referido territŒrio.

4- N‚o se consideram obtidos em territŒrio portugu•s os rendimentos enumerados na al†nea c) do n‹mero anterior quando os mesmos constituam
encargo de estabelecimento estƒvel situado fora desse territŒrio relativo „ actividade exercida por seu interm•dio, e, bem assim, quando n‚o se
verificarem essas condi€…es, os rendimentos referidos no n.Ž 7 da mesma al†nea, quando os servi€os de que derivam, sendo realizados integralmente
fora do territŒrio portugu•s, n‚o respeitem a bens situados nesse territŒrio nem estejam relacionados com estudos, projectos, apoio t•cnico ou „
gest‚o, servi€os de contabilidade ou auditoria e servi€os de consultadoria, organiza€‚o, investiga€‚o e desenvolvimento em qualquer dom†nio
(Decreto-Lei n.Ž 25/98, de 10 de Fevereiro).

5- Para efeitos do disposto neste CŒdigo, o territŒrio portugu•s compreende tamb•m as zonas onde, em conformidade com a legisla€‚o portuguesa e o
direito internacional, a Rep‹blica Portuguesa tem direitos soberanos relativamente „ prospec€‚o, pesquisa e explora€‚o dos recursos naturais do leito
do mar, do seu subsolo e das ƒguas sobrejacentes.

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MODELO 22
(modelo em vigor a partir de Janeiro de 2009)
As presentes instru€…es DEVEM SER RIGOROSAMENTE OBSERVADAS, por forma a eliminar defici•ncias de preenchimento que, frequentemente,
originam liquida€…es erradas.

A declara€‚o deve ser apresentada pelos seguintes sujeitos passivos:

 Entidades residentes, quer exer€am ou n‚o, a t†tulo principal, actividade de natureza comercial, industrial ou agr†cola, sem preju†zo do disposto nos
n.Ž 6 e 7 do artigo 109.Ž do CŒdigo do IRC (CIRC);

 Entidades n‚o residentes com estabelecimento estƒvel em territŒrio portugu•s;

 Entidades que n‚o tenham sede nem direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s e neste obtenham rendimentos n‚o imputƒveis a estabelecimento
estƒvel a† situado, desde que, relativamente aos mesmos, n‚o haja lugar a reten€‚o na fonte a t†tulo definitivo.

Conforme previsto na Portaria n.Ž 1339/2005, de 30 de Dezembro, a declara€‚o deve ser obrigatoriamente entregue por transmiss‚o electrŒnica de dados
(internet).

A declara€‚o considera-se apresentada na data em que • submetida, sob a condi€‚o de correc€‚o de eventuais erros no prazo de 30 dias, findo o qual,
sem que os mesmos se mostrem corrigidos, a declara€‚o • considerada sem efeito.

O comprovativo da entrega obt•m-se atrav•s da impress‚o da declara€‚o com o respectivo cŒdigo de valida€‚o.

Antes da verifica€‚o de coer•ncia com as bases de dados centrais, a declara€‚o encontra-se numa situa€‚o de recep€‚o provisŒria, em conformidade com
as regras de envio constantes do n.Ž 4 da referida Portaria. Assim, sŒ apŒs esta valida€‚o central e ficando a declara€‚o na situa€‚o de certa, • poss†vel
proceder „ sua substitui€‚o.

Os sujeitos passivos devem manter actualizada a morada e restantes elementos do cadastro, devendo proceder „s necessƒrias altera€…es atrav•s da
apresenta€‚o da respectiva declara€‚o de altera€…es ou pela forma prevista no artigo 111.Ž do CIRC.

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A n‚o tributa€‚o em IRC das entidades abrangidas pelo regime de transpar•ncia fiscal, nos termos do artigo 6.Ž do CIRC n‚o as desobriga da apresenta€‚o
da declara€‚o periŒdica de rendimentos. Existindo despesas e encargos sujeitos a tributa€‚o autŒnoma nos termos do artigo 81.Ž, devem as mesmas ser
quantificadas no campo 365 do Quadro 10 da declara€‚o modelo 22, competindo o correspondente pagamento „ entidade sujeita ao regime de
transpar•ncia fiscal.

REGRAS DE SUBMISSÄO DE DECLARAÅÇES ELECTRÉNICAS


Em conformidade com o disposto no n.Ž 3 do artigo 109.Ž do CŒdigo do IRC, a submiss‚o de declara€…es electrŒnicas encontra-se regulamentada pela
Portaria n.Ž 1339/2005, de 30 de Dezembro.

Portaria n.€ 1339/2005, de 30 de Dezembro

Estabeleceu a obrigatoriedade do envio por transmiss‚o electrŒnica de dados da declara€‚o modelo 22 e da declara€‚o anual/IES

A qual • aplicƒvel „s declara€…es apresentadas a partir de 1 de Janeiro de 2006, independentemente do ano/exerc†cio a que se reportem

Fases do envio de uma declaraƒ„o:

1. Preencher a declara€‚o directamente (on-line) ou abrir o ficheiro previamente formatado (off-line);

2. Validar a informa€‚o e corrigir os erros detectados (valida€…es locais);

3. Submeter a declara€‚o;

4. Consultar, a partir do dia seguinte, a situa€‚o definitiva da declara€‚o. Se em consequ•ncia da verifica€‚o da coer•ncia com as bases de dados
centrais forem detectados erros, deve a mesma ser corrigida (valida€…es centrais).

PROCESSO DE SUBMISSÄO DE DECLARAÅÇES

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NOTA IMPORTANTE:

N‚o enviar declara€…es de substitui€‚o, sem corrigir os erros centrais existentes na declara€‚o entregue.

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Portaria n.€ 1339/2005, de 30 de Dezembro

A declara€‚o considera-se apresentada na data em que • submetida, sob a condi€‚o de correc€‚o de eventuais erros no prazo de 30 dias, findo o qual,
sem que os mesmos se mostrem corrigidos, a declara€‚o • considerada sem efeito.

As declara€…es consideradas sem efeito s‚o anuladas e n‚o podem ser recuperadas. O sujeito passivo terƒ que proceder ao envio de nova declara€‚o,
caso contrƒrio serƒ considerado faltoso.

De acordo com as regras de envio, constantes do n.Ž 4 desta Portaria, antes da verifica€‚o de coer•ncia com as bases de dados centrais, a declara€‚o
encontra-se numa situa€‚o de recep€‚o provisŒria

Assim, sŒ apŒs esta valida€‚o central e ficando a declara€‚o na situa€‚o de certa, • poss†vel proceder „ sua substitui€‚o

N‚o • poss†vel submeter declara€…es de substitui€‚o sem que a anterior esteja certa centralmente.

Resumo:

A declara€‚o Modelo 22, tem como enquadramento legal:

 Obriga€‚o prevista no artigo 112.Ž do CIRC

Prazo de entrega:

 A declara€‚o deve ser enviada, anualmente, por transmiss‚o electrŒnica de dados, at• ao ‹ltimo dia ‹til do m•s de Maio

 Sujeitos passivos com per†odo especial de tributa€‚o: a declara€‚o deve enviada at• ao ‹ltimo dia ‹til do 5Ž m•s posterior „ data do termo desse
per†odo

Prazos especiais:

 Cessa€‚o de actividade: a declara€‚o deve ser enviada at• ao ‹ltimo dia ‹til do prazo de 30 dias a contar da data da cessa€‚o;

 Entidades n‚o residentes sem estabelecimento estƒvel: a declara€‚o relativa a ganhos resultantes da transmiss‚o onerosa de imŒveis e incrementos
patrimoniais derivados de aquisi€…es a t†tulo gratuito, • enviada at• ao ‹ltimo dia ‹til do prazo de 30 dias a contar da data da transmiss‚o ou da

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aquisi€‚o;

 N.Ž 4 do artigo 58.Ž-A CIRC: se o valor patrimonial tributƒrio definitivo do imŒvel n‚o estiver determinado at• ao final do prazo estabelecido para a
entrega da declara€‚o do exerc†cio a que respeita a transmiss‚o, os sujeitos passivos devem entregar a declara€‚o de substitui€‚o durante o m•s de
Janeiro do ano seguinte „quele em que os valores patrimoniais tributƒrios se tornaram definitivos;

 N.Ž 4 do artigo 58.Ž- A CIRC: Se o sujeito passivo apresentar a declara€‚o fora do prazo legal (ou seja, em m•s diferente de Janeiro) assinala o campo
5.

PRÑ-PREENCHIMENTO
Em 2009 a declara€•o modelo 22 vai ser objecto de pr‡-preenchimento (para declara€Šes do exerc…cio de 2008) em rela€•o a alguns campos e Quadros:

 Per…odo de tributa€•o (Quadro 01 e 04.2)

 Tipo de sujeito passivo (Quadro 03.3)

 Regime especial de tributa€•o de grupos de sociedades (Quadro 03.4)

 Informa€•o de natureza financeira: reten€Šes na fonte e pagamentos por conta (Quadro 10)

QUADRO 01
1 e 2 - Per…odo de Tributaƒ„o e Exerc…cio
A anualidade constitui uma regra comum ‹s contas p†blicas e privadas. Do mesmo modo que o Estado elabora um or€amento anual, tamb‡m as empresas
t„m necessidade de quantificar em per…odos regulares o respectivo lucro.

Estes per…odos coincidem, em regra, com o ano civil.

O per†odo de tributa€‚o a indicar, em termos gerais, coincide com o ano civil, devendo ser inscrito no formato ano-m•s-dia, como por exemplo: De

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2008/01/01 a 2008/12/31.

O per†odo de tributa€‚o pode ser inferior a um ano nas situa€…es previstas no n.Ž 4 do artigo 8.Ž do CIRC, devendo em qualquer destes casos ser
assinalado o campo respectivo, no Quadro 04.2.

Poderƒ ainda ser superior a um ano, relativamente a sociedades e outras entidades em liquida€‚o, em que terƒ a dura€‚o correspondente „ desta (n.Ž 8 do
artigo 8.Ž e n.Ž 1 do artigo 73.Ž do CIRC), devendo preencher-se este campo segundo o per†odo a que respeitam os rendimentos.

Quando se trate de declara€‚o apresentada por entidades n‚o residentes sem estabelecimento estƒvel que obtenham rendimentos prediais e os ganhos
mencionados na al†nea b) do n.Ž 3 e no n.Ž 3 e 8 da al†nea c) do artigo 4.Ž do CIRC, o per†odo de tributa€‚o a indicar corresponde ao ano civil completo.

Nas situa€…es previstas na parte final da al†nea a) e nas al†neas b) e c) do n.Ž 5 do artigo 112.Ž do CIRC, o per†odo de tributa€‚o a inscrever serƒ de 1/1 at•
„ data da transmiss‚o ou da aquisi€‚o do incremento patrimonial, devendo esta ser tamb•m inscrita no campo 8 do Quadro 04.2.

Os sujeitos passivos de IRC que, nos termos dos n.Ž 2 e 3 do artigo 8.Ž, tenham adoptado ou estejam autorizados a adoptar um per†odo de tributa€‚o
diferente do ano civil, devem inscrever no campo 2 o ano correspondente ao primeiro dia do per†odo de tributa€‚o.

O IRC ‡ devido por cada exerc…cio econ‚mico o qual coincidirƒ com o ano civil.

Contudo, esta regra cont‡m algumas excep€Šes, nomeadamente no que diz respeito aos sujeitos passivos n•o residentes que disponham de
estabelecimento estƒvel em territ‚rio portugu„s, os quais poder•o optar por um per…odo de tributa€•o anual diferente do ano civil.

O Ministro das Finan€as poderƒ ainda tornar extens…vel esta possibilidade a quaisquer outros sujeitos passivos que previamente o tenham solicitado
(mediante requerimento) desde que razŠes de natureza econ‚mica o justifiquem.

Para al‡m desta existem ainda outras excep€Šes. O per…odo de tributa€•o poderƒ ser inferior a um ano nas seguintes situa€Šes:

• No exerc…cio do in…cio de tributa€•o, em que ‡ constitu…do pelo per…odo decorrido entre a data em que se iniciem actividades ou se come€am a obter
rendimentos que d•o origem a sujei€•o a imposto e o fim do exerc…cio;

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• No exerc…cio da cessa€•o da actividade, em que ‡ constitu…do pelo per…odo decorrido entre o in…cio do exerc…cio e a data da cessa€•o da actividade;

Quando as condi€Šes de sujei€•o a imposto ocorram e deixem de verificar-se no mesmo exerc…cio, em que ‡ constitu…do pelo per…odo efectivamente
decorrido;

No exerc…cio em que seja adoptado um per…odo de tributa€•o diferente do ano civil, i.e., diferente daquele que vinha sendo seguido at‡ a…, em que ‡
constitu…do pelo per…odo decorrido entre o in…cio do ano civil e o dia imediatamente anterior ao do in…cio do novo per…odo.

Finalmente, o per…odo de tributa€•o poderƒ ser superior a um ano relativamente a sociedades e outras entidades em liquida€•o, em que poderƒ ter a
dura€•o correspondente ‹ desta.

Uma das situa€Šes em que o per…odo de tributa€•o poderƒ ser inferior a um ano, ‡, como vimos, o exerc…cio da cessa€•o da actividade.

ARTIGO 8.€

1- O IRC, salvo o disposto no n.Ž 10, • devido por cada exerc†cio econŒmico, que coincide com o ano civil, sem preju†zo das excep€…es previstas neste
artigo.

2- As pessoas colectivas com sede ou direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s que, nos termos da legisla€‚o aplicƒvel, estejam obrigadas „
consolida€‚o de contas, bem como as pessoas colectivas ou outras entidades sujeitas a IRC que n‚o tenham sede nem direc€‚o efectiva neste
territŒrio e nele disponham de estabelecimento estƒvel, podem adoptar um per†odo anual de imposto diferente do estabelecido no n‹mero anterior, o
qual deve ser mantido durante, pelo menos, os cinco exerc†cios imediatos.

3- O Ministro das Finan€as pode, a requerimento dos interessados, a apresentar com a anteced•ncia m†nima de 60 dias contados da data do in†cio do
per†odo anual de imposto pretendido, tornar extensiva a outras entidades a faculdade prevista no n‹mero anterior, e nas condi€…es dele constantes,
quando raz…es de interesse econŒmico o justifiquem.

4- O per†odo de tributa€‚o pode, no entanto, ser inferior a um ano:

a) No exerc†cio do in†cio de tributa€‚o, em que • constitu†do pelo per†odo decorrido entre a data em que se iniciam actividades ou se come€am a
obter rendimentos que d‚o origem a sujei€‚o a imposto e o fim do exerc†cio;

b) No exerc†cio da cessa€‚o da actividade, em que • constitu†do pelo per†odo decorrido entre o in†cio do exerc†cio e a data da cessa€‚o da

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actividade;

c) Quando as condi€…es de sujei€‚o a imposto ocorram e deixem de verificar-se no mesmo exerc†cio, em que • constitu†do pelo per†odo
efectivamente decorrido;

d) No exerc†cio em que, de acordo com o n.Ž 3, seja adoptado um per†odo de tributa€‚o diferente do que vinha sendo seguido nos termos gerais, em
que • constitu†do pelo per†odo decorrido entre o in†cio do ano civil e o dia imediatamente anterior ao do in†cio do novo per†odo.

5 - Para efeitos deste CŒdigo, a cessa€‚o da actividade ocorre:

a) Relativamente „s entidades com sede ou direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s, na data do encerramento da liquida€‚o, ou na data da fus‚o ou
cis‚o, quanto „s sociedades extintas em consequ•ncia destas, ou na data em que a sede e a direc€‚o efectiva deixem de se situar em territŒrio
portugu•s, ou na data em que se verificar a aceita€‚o da heran€a jacente ou em que tiver lugar a declara€‚o de que esta se encontra vaga a favor
do Estado, ou ainda na data em que deixarem de verificar-se as condi€…es de sujei€‚o a imposto;

b) Relativamente „s entidades que n‚o tenham sede nem direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s, na data em que cessarem totalmente o exerc†cio
da sua actividade atrav•s de estabelecimento estƒvel ou deixarem de obter rendimentos em territŒrio portugu•s.

6- Independentemente dos factos previstos no n‹mero anterior, pode ainda a administra€‚o fiscal declarar oficiosamente a cessa€‚o de actividade
quando for manifesto que esta n‚o estƒ a ser exercida nem hƒ inten€‚o de a continuar a exercer, ou sempre que o sujeito passivo tenha declarado o
exerc†cio de uma actividade sem que possua uma adequada estrutura empresarial em condi€…es de a exercer.

7- A cessa€‚o oficiosa a que se refere o n.Ž 6 n‚o desobriga o sujeito passivo do cumprimento das obriga€…es tributƒrias.

8- O per†odo de tributa€‚o pode ser superior a um ano relativamente a sociedades e outras entidades em liquida€‚o, em que tem a dura€‚o
correspondente „ desta, nos termos estabelecidos neste CŒdigo.

9- O facto gerador do imposto considera-se verificado no ‹ltimo dia do per†odo de tributa€‚o.

10 - Exceptuam-se do disposto no n‹mero anterior os seguintes rendimentos, obtidos por entidades n‚o residentes, que n‚o sejam imputƒveis a
estabelecimento estƒvel situado em territŒrio portugu•s:

a) Ganhos resultantes da transmiss‚o onerosa de imŒveis, em que o facto gerador se considera verificado na data da transmiss‚o;

b) Rendimentos objecto de reten€‚o na fonte a t†tulo definitivo, em que o facto gerador se considera verificado na data em que ocorra a obriga€‚o de

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efectuar aquela.

c) Incrementos patrimoniais referidos na al†nea e) do n.Ž 3 do artigo 4.Ž, em que o facto gerador se considera verificado na data da aquisi€‚o.

Prˆ-preenchimento: Per…odo de tributaƒ„o (Quadro 01 e 04.2)

Estes campos ser•o preenchidos em fun€•o da informa€•o constante do sistema de gest•o de registo de contribuintes (cadastro).

Circular 4, de 20/02/2006 - DSIRC

C‚digo do IRC
Decreto-Lei n€ 211/2005, de 7 de Dezembro

Considerando que, apŒs as altera€…es introduzidas ao artigo 8Ž do CŒdigo do IRC pelo Decreto-Lei n.Ž 211/2005, de 7 de Dezembro, a op€‚o por um
per†odo especial de tributa€‚o ou pelo regresso ao per†odo de tributa€‚o coincidente com o ano civil deve ser efectuada, na maioria das situa€…es, atrav•s
de comunica€‚o „ DGCI, e que t•m sido suscitadas d‹vidas quanto „ forma dessa comunica€‚o, foi, por despacho de 13/02/2006 de Sua Excel•ncia o
Secretƒrio de Estado dos assuntos Fiscais, determinada a divulga€‚o das seguintes instru€…es:

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1. O n.Ž 2 do artigo 8.Ž do CŒdigo do IRC prev• a possibilidade de as pessoas colectivas com sede ou direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s e que, nos
termos da legisla€‚o aplicƒvel, estejam obrigadas „ consolida€‚o de contas, bem como as pessoas colectivas ou outras entidades sujeitas a IRC que
n‚o tenham sede nem direc€‚o efectiva neste territŒrio e nele disponham de estabelecimento estƒvel, optarem por um per†odo de tributa€‚o diferente
do ano civil.

2. Esta op€‚o n‚o carece de autoriza€‚o pr•via, sendo apenas necessƒria a sua comunica€‚o atempada „ DGCI, atrav•s da entrega:

 Da Declara€‚o de Inscri€‚o no Registo/In†cio de Actividade (n.Ž 4 do artigo 110.Ž do CŒdigo do IRC) quando se pretender a adop€‚o do per†odo
especial de tributa€‚o desde o in†cio de actividade; ou,

 Da Declara€‚o de Altera€…es (n.Ž 5 do artigo 110.Ž do CŒdigo do IRC), quando, posteriormente ao in†cio de actividade, se pretender adoptar um
per†odo especial de tributa€‚o ou passar de um per†odo especial de tributa€‚o para outro per†odo da mesma natureza.

3. Nos casos em que, apŒs ter decorrido o per†odo m†nimo de cinco exerc†cios completos com um per†odo especial de tributa€‚o, se pretender regressar
ao per†odo de tributa€‚o coincidente com o ano civil, os sujeitos passivos devem sempre comunicar tal facto, atrav•s da entrega da Declara€‚o de
Altera€…es (nŽ 5 do artigo 110Ž do CŒdigo do IRC), n‚o sendo relevante, para este efeito, o facto de a adop€‚o do per†odo especial de tributa€‚o ter
dependido ou n‚o de autoriza€‚o ministerial.

4. Para efeitos da contagem do prazo para a entrega da Declara€‚o de Altera€…es a que se refere o nŽ 5 do art.Ž 110Ž do CŒdigo do IRC, deve
considerar-se como data da altera€•o a data do primeiro dia do novo per†odo de tributa€‚o.

5. A nova redac€‚o do n.Ž 2 do artigo 8Ž do CŒdigo do IRC • de aplica€‚o imediata (conforme o disposto na al†nea a) do n.Ž 1 do artigo 11Ž do
Decreto-Lei n.Ž 211/2005, de 7 de Dezembro). Assim, a Declara€‚o de Altera€…es deverƒ ser apresentada relativamente „s situa€…es em que o
primeiro dia do per†odo especial de tributa€‚o adoptado ocorra apŒs a entrada em vigor daquele diploma, ou seja, depois de 12.12.2005, para o
Continente, e de 22.12.2005, para as Regi…es AutŒnomas dos A€ores e da Madeira.

6. Nas situa€…es previstas no n.Ž 3 do artigo 8.Ž do CŒdigo do IRC – aquelas em que a adop€‚o de um per†odo especial de tributa€‚o carece de
autoriza€‚o ministerial – o prazo para a apresenta€‚o do requerimento, previsto na mesma norma, apenas • aplicƒvel aos pedidos apresentados apŒs
01.01.2006, conforme determina a al†nea b) do n.Ž 1 do artigo 11.Ž do Decreto-Lei n.Ž 211/2005, de 7 de Dezembro.

7. Por•m, tendo em conta a proximidade da data de publica€‚o deste diploma e a data a partir da qual se aplica o prazo m†nimo para a apresenta€‚o do
requerimento em causa, devem considerar-se tempestivos os pedidos apresentados em Janeiro e Fevereiro do corrente ano relativos a per†odos
especiais de tributa€‚o cujo in†cio se reporte a 1 de Fevereiro ou a 1 de Mar€o de 2006.

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8. Enquanto n‚o forem disponibilizados novos modelos declarativos devidamente adaptados „ possibilidade de op€‚o por um per†odo especial de
tributa€‚o ou regresso ao per†odo de tributa€‚o coincidente com o ano civil, os sujeitos passivos devem exercer essa op€‚o e inscrever o respectivo
per†odo de tributa€‚o no Quadro 40 – "Observa€…es", da Declara€‚o de Inscri€‚o no Registo/In†cio de Actividade ou de Altera€…es, a qual deve ser
remetida pelos Servi€os Locais de Finan€as „ Direc€‚o de Servi€os de Registo de Contribuintes para recolha posterior.

PERIODO DE TRIBUTA‰ŠO - ANO DE IN‹CIO


EXEMPLO

A Firma Y, Ld• apresentou no Servi€o de Finan€as a declara€‚o de in†cio de actividade, na qual declarou ir iniciar a mesma em 15/09/2007.

Como deverƒ preencher o Quadro 1 da declara€‚o Modelo 22 de 2007?

Deverƒ tamb•m preencher o campo 7 do Quadro 04.2.

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O per…odo de tributa€•o poderƒ ser superior a um ano, tratando-se de sociedades ou outras entidades em liquida€•o, caso em que terƒ normalmente a
dura€•o desta, desde que n•o ultrapasse 3 anos.

O n.ˆ 5 do art. 8.ˆ define o momento em que se verifica a cessa‚ƒo de actividade para efeitos do IRC:

Entidades residentes:

 Na data do encerramento da liquida€•o;

 Na data da fus•o ou cis•o, quanto ‹s sociedades extintas em consequ„ncia destas;

 Na data em que a sede ou direc€•o efectiva deixem de situar-se em territ‚rio portugu„s;

 Na data em que se verificar a aceita€•o da heran€a jacente ou em que tiver lugar a declara€•o de que esta se encontra vaga a favor do Estado;

 Na data em que deixarem de verificar-se as condi€Šes de sujei€•o a imposto.

Entidades nƒo residentes

 Na data em que cessarem totalmente o exerc…cio da sua actividade atrav‡s de estabelecimento estƒvel;

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 Na data em que deixarem de obter rendimentos em territ‚rio portugu„s.

Quando os Sujeitos Passivos tenham adoptado um per…odo diferente do ano civil, dever•o considerar como ano do exerc…cio, aquele, em que se integre o
primeiro dia do per„odo de tributa‚ƒo.

PERIODO DE TRIBUTA‰ŠO DIFERENTE ANO CIVIL


EXEMPLO

A sociedade X. Ld•, optou por um per†odo de tributa€‚o, compreendido entre o dia 01/04 e 31/03, op€‚o esta verificada em 2007.

Quest„o : Quantas declara€…es deverƒ apresentar e quais os exerc†cios a que correspondem?

R: A sociedade X, Ld•, terƒ que apresentar, relativamente ao exerc†cio de 2007, duas declara€…es com os seguintes per†odos de tributa€‚o:

a) de 01/01/2007 a 31/03/2007 considerando como - exerc†cio de 2007 (um dos casos em que o per†odo de tributa€‚o • inferior a um ano) e assinalando
Campo 4 do Quadro 4.

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b) de 01/04/2007 a 31/03/2008 - considerada tamb•m como exerc†cio de 2007, mas assinalando o campo 5 do Quadro 04.

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c) o prŒximo exerc†cio (2008) corresponderƒ ao per†odo compreendido entre 01/04/2008 e 31/03/2009, continuando a assinalar o campo 5 do Quadro 04.

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Of…cio-Circulado 40 592, DSIRC


1998-Jul-20
Adopƒ„o de um per…odo de tributaƒ„o diferente do ano civil
(1 de Julho a 30 de Junho do ano seguinte)

A altera€‚o do per†odo de tributa€‚o solicitado por V. Ex.as. mereceu deferimento por meu despacho de 98.07.10, proferido por subdelega€‚o, devendo o
in†cio do novo per†odo de tributa€‚o ser aplicado a partir de 98.07.01, devendo ser mantido, pelo menos, nos cinco exerc†cios imediatos, nos termos do n.Ž
2 do artigo 7.Ž do CŒdigo do IRC.

Relativamente ao per†odo de transi€‚o que decorre entre 01 de Janeiro de 1998 e o dia que antecede o in†cio do novo per†odo de tributa€‚o, dever‚o
V.Ex.as apresentar a declara€‚o Mod. 22 conforme o previsto no n.Ž 2 do artigo 96.Ž do CŒdigo do IRC, e observar os seguintes procedimentos que lhes
sejam aplicƒveis:

1.Elaborar inventƒrios de situa€‚o, dos elementos activos e passivos na data do termo do per†odo.

2. Periodificar as reintegra€…es e amortiza€…es de acordo com o artigo 7.Ž do Decreto Regulamentar n` 2/90, de 12 de Janeiro.

3. Registar as provis…es que correspondam a deprecia€…es dos activos e a perdas ou encargos potenciais.

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4. Atender „ especializa€‚o dos custos e proveitos.

5. Efectuar os pagamentos por conta cuja obriga€‚o ocorra de acordo com os prazos previstos no n.Ž 1 do artigo 82.Ž do CIRC, dentro do per†odo de
tributa€‚o em causa.

No primeiro exerc†cio anual dever‚o V. Ex.as efectuar os pagamentos por conta, conforme determina o art. 82.Ž do CIRC, tendo, no entanto em
considera€‚o que o ‹ltimo exerc†cio que servirƒ de base para o cƒlculo dos montantes a pagar foi inferior a 12 meses, torna-se necessƒrio converter a
correspondente colecta numa base anual, para ent‚o proceder em conformidade com o disposto no art. 83.Ž do CIRC.

Quando se verificar a situa€•o “Per…odo de Tributa€•o diferente, proveniente de Declara‚ƒo de liquida‚ƒo” considera-se como ano de exerc…cio o
correspondente ao ‰ltimo dia do per„odo de tributa‚ƒo.

PERIODO DE TRIBUTA‰ŠO DIFERENTE – DECLARA‰ŠO LIQUIDA‰ŠO


EXEMPLO:

Data de Dissolu€‚o = 01/06/2005

Data de Cessa€‚o = 31/08/2007

48
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NOTA: Verificar sempre a correspond•ncia entre o per†odo de tributa€‚o indicado e o respectivo exerc†cio a que respeita a declara€‚o (Quadro 01)

QUADRO 02
•rea da sede, direcƒ„o efectiva ou estabelecimento estŽvel
Este campo • preenchido automaticamente de acordo com o cŒdigo do Servi€o de Finan€as do sujeito passivo constante do cadastro.

A sede da pessoa colectiva ‡ aquela que os respectivos estatutos designem ou, na falta de designa€•o, o lugar em que funciona a administra€•o principal
(art. 159.ˆ do C‚digo Civil).

Nas sociedades comerciais, a designa€•o da sede em local concretamente definido ‡ um dos elementos obrigat‚rios do contrato de sociedade (cfr. art. 9.ˆ

49
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n.ˆ 1 al…nea e) do C‚digo das Sociedades Comerciais).

Em alternativa ‹ sede, o CIRC elegeu a direc€•o efectiva como elemento de conex•o determinante para a sujei€•o a imposto sempre que ela se situe em
territ‚rio portugu„s.

Direc€•o efectiva ‡ um conceito pelo qual se pretende designar o local onde a empresa ‡ de facto gerida, por exemplo, o lugar onde s•o praticados os actos
mais importantes de gest•o global da empresa, tais como reuniŠes, assembleias, etc. ou at‡ mesmo o pr‚prio lugar de resid„ncia dos seus administradores.

Nos termos do n.ˆ 1 do artigo 5.ˆ do CIRC, considera-se estabelecimento estˆvel qualquer instala€•o fixa ou representa€•o permanente atrav‡s das quais
seja exercida uma actividade de natureza comercial, industrial ou agr…cola.

S•o tratados como estabelecimento estƒvel, as explora€Šes agr…colas, silv…colas ou pecuƒrias, bem como as minas, os po€os de petr‚leo ou de gƒs, as
pedreiras ou quaisquer outros locais de extrac€•o de recursos naturais, situados em territ‚rio portugu„s (n.ˆ 2 a 5 do artigo 5.ˆ do CIRC ).

Considera-se ainda, a exist„ncia de estabelecimento estƒvel, quando as entidades com ou sem personalidade jur…dica, que n•o tenham sede nem direc€•o
efectiva em territ‚rio portugu„s (e cujos rendimentos nele obtidos n•o estejam isentos de IRS) exer€am neste territ‚rio a sua actividade atrav‡s de
empregados ou de outro pessoal contratado para esse efeito.

Artigo 5.€
Estabelecimento estŽvel

1- Considera-se estabelecimento estƒvel qualquer instala€‚o fixa atrav•s da qual seja exercida uma actividade de natureza comercial, industrial ou
agr†cola.

2- Incluem-se na no€‚o de estabelecimento estƒvel, desde que satisfeitas as condi€…es estipuladas no n‹mero anterior:

a) Um local de direc€‚o;

b) Uma sucursal;

c) Um escritŒrio;

d) Uma fƒbrica;

e) Uma oficina;

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f) Uma mina, um po€o de petrŒleo ou de gƒs, uma pedreira ou qualquer outro local de extrac€‚o de recursos naturais situado em territŒrio portugu•s.

3- Um local ou um estaleiro de constru€‚o, de instala€‚o ou de montagem, as actividades de coordena€‚o, fiscaliza€‚o e supervis‚o em conex‚o com os
mesmos ou as instala€…es, plataformas ou barcos de perfura€‚o utilizados para a prospec€‚o ou explora€‚o de recursos naturais sŒ constituem um
estabelecimento estƒvel se a sua dura€‚o e a dura€‚o da obra ou da actividade exceder seis meses.

4- Para efeitos de contagem do prazo referido no n‹mero anterior, no caso dos estaleiros de constru€‚o, de instala€‚o ou de montagem, o prazo
aplica-se a cada estaleiro, individualmente, a partir da data de in†cio de actividade, incluindo os trabalhos preparatŒrios, n‚o sendo relevantes as
interrup€…es temporƒrias, o facto de a empreitada ter sido encomendada por diversas pessoas ou as subempreitadas.

5- Em caso de subempreitada, considera-se que o subempreiteiro possui um estabelecimento estƒvel no estaleiro se a† exercer a sua actividade por um
per†odo superior a seis meses.

6- Considera-se que tamb•m existe estabelecimento estƒvel quando uma pessoa, que n‚o seja um agente independente nos termos do n.Ž 7, actue em
territŒrio portugu•s por conta de uma empresa e tenha, e habitualmente exer€a, poderes de intermedia€‚o e de conclus‚o de contratos que vinculem a
empresa, no ’mbito das actividades desta.

7- N‚o se considera que uma empresa tem um estabelecimento estƒvel em territŒrio portugu•s pelo simples facto de a† exercer a sua actividade por
interm•dio de um comissionista ou de qualquer outro agente independente, desde que essas pessoas actuem no ’mbito normal da sua actividade,
suportando o risco empresarial da mesma.

8- Com a ressalva do disposto no n.Ž 3, a express‚o ”estabelecimento estƒvel• n‚o compreende as actividades de carƒcter preparatŒrio ou auxiliar a
seguir exemplificadas:

a) As instala€…es utilizadas unicamente para armazenar, expor ou entregar mercadorias pertencentes „ empresa;

b) Um depŒsito de mercadorias pertencentes „ empresa mantido unicamente para as armazenar, expor ou entregar;

c) Um depŒsito de mercadorias pertencentes „ empresa mantido unicamente para serem transformadas por outra empresa;

d) Uma instala€‚o fixa mantida unicamente para comprar mercadorias ou reunir informa€…es para a empresa;

e) Uma instala€‚o fixa mantida unicamente para exercer, para a empresa, qualquer outra actividade de carƒcter preparatŒrio ou auxiliar;

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f) Uma instala€‚o fixa mantida unicamente para o exerc†cio de qualquer combina€‚o das actividades referidas nas al†neas a) a e), desde que a
actividade de conjunto da instala€‚o fixa resultante desta combina€‚o seja de carƒcter preparatŒrio ou auxiliar.

9- Para efeitos da imputa€‚o prevista no artigo seguinte, considera-se que os sŒcios ou membros das entidades nele referidas que n‚o tenham sede nem
direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s obt•m esses rendimentos atrav•s de estabelecimento estƒvel nele situado.

Proc. n.€ : 2071/02, despacho Subdirector Geral do IR, em 13.12.2004


Obrigaƒ†es contabil…sticas de s‚cios ou membros (n„o residentes) de
entidades abrangidas pelo regime de transpar‡ncia fiscal

1. A considera€‚o da exist•ncia de estabelecimento estƒvel em territŒrio portugu•s a que se refere o nŽ 9 do artigo 5Ž do CIRC aplica-se apenas para
efeitos da imputa€‚o dos rendimentos prevista no artigo 6.Ž do mesmo diploma;

2. Em consequ•ncia, estes sujeitos passivos n‚o est‚o obrigados a dispor de contabilidade organizada nos termos da lei comercial e fiscal, quando os
rendimentos obtidos no territŒrio portugu•s sejam apenas os referidos no nŽ 9 do artigo 5Ž do CIRC;

3. Deste modo, • permitida a apresenta€‚o da declara€‚o modelo 22 de IRC, sem indica€‚o de T•cnico Oficial de Contas, quanto se trate de sujeito
passivo n‚o residente com estabelecimento estƒvel em territŒrio nacional (campo 3 do Quadro 03.3) cuja declara€‚o evidencie, em exclusivo, o
preenchimento dos campos 205 e/ou 227 do Quadro 07.

Isto •, nestas situa€…es, os sujeitos passivos n‚o poder‚o preencher qualquer outro campo deste Quadro, na medida em que isso evidenciaria a obten€‚o
de outros rendimentos n‚o enquadrados no nŽ 9 do artigo 5Ž do CIRC.

QUADRO 03
Identificaƒ„o do sujeito passivo e caracter…sticas do Sujeito Passivo
Os campos relativos „ designa€‚o e tipo de sujeito passivo s‚o preenchidos automaticamente pelo sistema, segundo a informa€‚o constante do cadastro.

No caso de este pr•-preenchimento n‚o se encontrar correcto, o sujeito passivo deve proceder „ correc€‚o da informa€‚o, atrav•s da apresenta€‚o de uma
declara€‚o de altera€…es, nos termos do n.Ž 5 do artigo 110.Ž do CIRC.

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Os sujeitos passivos indicam o(s) regime(s) de tributa€‚o a que est‚o sujeitos, com as seguintes especificidades:

 Tratando-se de entidades residentes que n‚o exercem a t†tulo principal actividade de natureza comercial, industrial ou agr†cola, ou entidades n‚o
residentes sem estabelecimento estƒvel, serƒ assinalado o campo 5 (redu€‚o de taxa).

 Tratando-se de entidades sujeitas ao regime de transpar•ncia fiscal s‚o assinalados em simult’neo, os campos 1 e 7, ou os campos 6 e 7, caso se
trate de uma sociedade de profissionais sujeita ao regime simplificado e enquadrada no regime de transpar•ncia fiscal.

 Os sujeitos passivos enquadrados no regime especial de tributa€‚o de grupos de sociedades devem assinalar em simult’neo os campos 1 e 8,
indicando, no campo respectivo, o NIF da sociedade dominante.

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Campos 1 e 2
Destinam-se ‹ identifica€•o do sujeito passivo com indica€•o do nome ou denomina€•o de acordo com o constante do cart•o de identifica€•o de pessoa
colectiva ou equiparada, inscrevendo tamb‡m o respectivo n†mero de identifica€•o fiscal de pessoa colectiva (NIPC) no campo 2.

Este Quadro • preenchido automaticamente pelo sistema de recep€‚o de declara€…es electrŒnicas.

Campo 3 - Tipo de Sujeito Passivo

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Deverƒ ser assinalado com X o tipo de sujeito passivo. Deverƒ estar assinalado apenas um tipo de sujeito passivo.

A posi€•o 1 destina-se a ser assinalada pelas pessoas colectivas e outras que exer€am a t…tulo principal, actividades de natureza comercial, industrial ou
agr…cola e tenham sede ou direc€•o efectiva em Portugal (considerando-se ser sempre esse o caso das sociedades comerciais ou civis sob forma comercial,
das cooperativas e das empresas p†blicas).

O n.ˆ 4 do art. 3.ˆ considera que s•o actividades de natureza comercial, industrial ou agr…cola, todas aquelas que consistam na realiza€•o de opera€Šes
econ‚micas de carƒcter empresarial, incluindo as presta€Šes de servi€os.

 Sociedades por quotas e unipessoais por quotas

 Sociedades an‚nimas

 Cooperativas

 Sociedades irregulares

 ACE e AEIE

 Outras sociedades

A posiۥo 2 deve ser assinalada pelas pessoas colectivas com sede ou direcۥo efectiva em Portugal que exercem actividades comerciais, industriais e
agr…colas a t…tulo acess‚rio (associa€Šes e funda€Šes).

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 Estado

 Autarquias locais

 Outras pessoas colectivas de direito p†blico

 Associa€Šes ou funda€Šes

OBRIGAÇÖES DECLARATIVAS DAS ENTIDADES QUE NÉO EXERCEM A TITULO


PRINCIPAL ACTIVIDADES DE NATUREZA COMERCIAL, INDUSTRIAL OU AGRÜCOLA
Introduƒ„o
As obriga€Šes declarativas das entidades que n•o exercem a t…tulo principal actividades de natureza comercial, industrial ou agr…cola, t„m conhecido
diferentes estƒdios ao longo da vig„ncia do C‚digo do IRC, particularmente no que respeita ‹ obrigatoriedade de apresenta€•o da declara€•o peri‚dica de
rendimentos (modelo 22).

As sucessivas altera€Šes do texto legal t„m suscitado fundadas d†vidas nestes sujeitos passivos, pelo que ‡ objectivo do presente texto sistematizar as
obriga€Šes declarativas destas entidades.

1. Resenha legislativa

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Tal como se referiu, as obriga€Šes declarativas destes sujeitos passivos conheceram diferentes situa€Šes ao longo do tempo:

a) na redac€•o inicial do C‚digo do IRC, o n.ˆ 5 do artigo 94.ˆ determinava que a obriga€•o de entrega da declara€•o peri‚dica de rendimentos
abrangia tamb‡m as entidades isentas temporariamente de IRC;

b) com a redac€•o introduzida pela Lei n.ˆ 39-B/94, de 27 de Dezembro, com a declara€•o de rectifica€•o nˆ 2/95, de 15 de Abril, esta obriga€•o
passou a abranger tamb‡m as entidades isentas definitivamente desde que estivessem sujeitas a uma qualquer tributa€•o aut‚noma;

c) o Decreto-Lei n.ˆ 7/96, de 7 de Fevereiro, determinou que aquela obriga€•o deixasse de abranger as entidades que, n•o exercendo a t…tulo principal
uma actividade de natureza comercial, industrial ou agr…cola, n•o obtivessem rendimentos no per…odo de tributa€•o, ou obtendo-os, os mesmos
beneficiassem de isen€•o definitiva, ainda que a mesma n•o inclu…sse os rendimentos de capitais, excepto, em qualquer dos casos, quando
existissem rendimentos sujeitos a uma qualquer tributa€•o aut‚noma;

d) A Lei n.ˆ 52-C/96, de 27 de Dezembro, acrescentou apenas que as pessoas colectivas de mera utilidade p†blica, isentas nos termos do disposto no
artigo 9.ˆ do C‚digo do IRC, tamb‡m estariam sujeitas ‹ entrega da declara€•o peri‚dica de rendimentos;

e) Finalmente, a Lei n.ˆ 87-B/98, de 31 de Dezembro passou a determinar que a obriga€•o referida na al…nea b) do n.ˆ 1 do referido artigo, n•o
passaria a abranger as entidades isentas nos termos do artigo 8.ˆ do C‚digo do IRC, ainda que auferissem rendimentos de capitais, excepto
quando existissem situa€Šes de sujei€•o a uma qualquer tributa€•o aut‚noma;

Assim, as entidades isentas de IRC nos termos de qualquer disposi€•o legal, que n•o seja o actual artigo 9.ˆ do C‚digo do IRC, ficariam obrigadas a
entregar a declara€•o peri‚dica de rendimentos.

Atrav‡s da circular n.ˆ 14/99, da DGCI, foi esclarecido que a obriga€•o declarativa constante do n.ˆ 5 do ex-artigo 94.ˆ do C‚digo do IRC, para as entidades
que, anteriormente ‹ altera€•o que lhe foi introduzida pela Lei n.ˆ 87-B/98, n•o estavam obrigadas ao seu cumprimento, s‚ produziria efeitos a partir do
exerc…cio de 1999, sendo assim obrigat‚ria a entrega da declara€•o a partir do exerc…cio de 2000.

2. Quadro legal
No ano de 2000, as obriga€Šes declarativas dos sujeitos passivos de IRC foram divididas em duas declara€Šes:

a) a declara€•o modelo 22 de IRC destinada a servir de base ‹ liquida€•o do imposto;

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b) a declara€•o anual (comum ao IRS, IRC e IVA) com objectivos de natureza estat…stica e de controlo inspectivo, tendo sido ainda adicionado
posteriormente um anexo relativo a Imposto do Selo;

Considerando que n•o faria sentido manter a obriga€•o de entrega da declara€•o peri‚dica de rendimentos para as entidades isentas de IRC, o Decreto-Lei
n.ˆ 55/2000, de 14 de Abril, que introduziu no C‚digo do IRC o novo sistema declarativo, alterou de novo o regime de obrigatoriedade de apresenta€•o da
declara€•o peri‚dica de rendimentos. A redac€•o actual do n.ˆ 6 do artigo 109.ˆ do referido C‚digo, ‡ a seguinte:

“A obriga€•o a que se refere a al…nea b) do n.ˆ 1 n•o abrange, excepto quando estejam sujeitas a uma qualquer tributa€•o aut‚noma, as entidades que, n•o
exercendo a t…tulo principal uma actividade comercial, industrial ou agr…cola:

a) N•o obtenham rendimentos no per…odo de tributa€•o;

b) Obtendo rendimentos, beneficiem de isen€•o definitiva, ainda que a mesma n•o inclua os rendimentos de capitais;

c) Apenas aufiram rendimentos de capitais cuja taxa de reten€•o na fonte, com natureza de pagamento por conta, seja igual ‹ prevista no n.ˆ 3 do
artigo 80.ˆ.”

Para al‡m da dispensa da entrega da declara€•o modelo 22, para as entidades que estejam naquelas condi€Šes, tamb‡m se dispensa a apresenta€•o de
um conjunto de documentos que antes acompanhavam a declara€•o peri‚dica de rendimentos, os quais agora dever•o integrar o processo de
documenta€•o contabil…stica e fiscal, previsto no artigo 121.ˆ do C‚digo do IRC, o qual, em regra, deverƒ ser mantido no domic…lio do sujeito passivo.

As altera€Šes referidas conduziram tamb‡m ‹ cria€•o de uma declara€•o anual de informa€•o contabil…stica e fiscal, de entrega obrigat‚ria, at‡ final do m„s
de Junho, mesmo para os sujeitos passivos isentos.

Esta declara€•o deverƒ ser composta, quanto ao IRC, pelos anexos D, quando existam rendimentos tributƒveis de uma dada actividade acess‚ria e pelo
anexo F, caso usufruam de benef…cios fiscais ou rendimentos isentos.

Cabe aqui referir, por se tratar de uma quest•o frequentemente colocada, que os rendimentos provenientes de quotas pagas pelos associados em
conformidade com os estatutos, bem como os subs…dios recebidos e destinados a financiar a realiza€•o dos fins estatutƒrios, consideram-se rendimentos
n•o sujeitos a IRC, nos termos do n.ˆ 3 do artigo 49.ˆ do respectivo C‚digo, sendo indicados no campo F115 – outros, do Anexo F.

Dever•o, ainda, entregar a M10, caso tenham efectuado pagamentos de rendimentos objecto de reten€•o na fonte, e, quanto ao IVA, o anexo L, sempre no
caso da exist„ncia de uma dada actividade acess‚ria, e eventualmente os anexos O e P (mapas recapitulativos).

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3. Obrigaƒ†es contabil…sticas
As entidades que obtenham rendimentos de actividades de natureza comercial, industrial ou agr…cola, auferidos a t…tulo acess‚rio, s•o obrigados a dispor de
t‡cnico oficial de contas e consequentemente, as respectivas declara€Šes devem ser assinadas pelo mesmo e pelo representante legal da entidade,
devendo ser colada a vinheta do t‡cnico oficial de contas no original destinado ‹ administra€•o fiscal, quando apresentadas no tradicional suporte de papel.

A obriga€•o de dispor de t‡cnico oficial de contas deriva do preceituado no artigo 3.ˆ do Decreto-Lei n.ˆ 452/99, de 5 de Novembro, estando igualmente
prevista no n.ˆ 2 do artigo 116.ˆ do C‚digo do IRC.

N•o existindo tais rendimentos, devem ser organizados os registos a que se refere o regime simplificado de escritura€•o, previsto no nˆ 1 do mesmo artigo:

a) Registo de rendimentos, organizado segundo as vƒrias categorias de rendimentos considerados para efeitos de IRS;

b) Registo de encargos, organizado de modo a distinguirem-se os encargos espec…ficos de cada categoria de rendimentos sujeitos a imposto e os
demais encargos a deduzir, no todo ou em parte, ao rendimento global;

c) Registo de inventƒrio, em 31 de Dezembro, dos bens suscept…veis de gerarem ganhos tributƒveis na categoria de mais-valias;

Apesar de a lei n•o apresentar nenhum modelo oficial para estes registos, competindo, portanto, ao sujeito passivo a defini€•o da sua estrutura e
organiza€•o, impŠe contudo a sua apresenta€•o, antes de utilizados, no Servi€o de Finan€as respectivo, com vista ‹ sua autentica€•o.

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Exemplo

A ADC • uma associa€‚o desportiva e cultural legalmente constitu†da e com enquadramento no artigo 11.Ž do CIRC

No ano de 2008 apresenta os seguintes rendimentos:

• Quotas de associados: € 6.000,00

• Rendimentos l†quidos do bar da associa€‚o: € 2.000,00

• Subs†dio destinados aos fins estatutƒrios: € 1.500,00

Resoluƒ„o

Quotas de associados: € 6.000,00

Rendimento n‚o sujeito a imposto (n.Ž 3 do artigo 49.Ž do CIRC)

Subs†dio: € 1.500,00

Rendimento n‚o sujeito a imposto (n.Ž 3 do artigo 49.Ž do CIRC)

Rendimentos l†quidos do bar da associa€‚o: € 2.000,00

Rendimento sujeito a imposto (artigo 11.Ž do CIRC) mas isento por for€a do artigo 54.ŽEBF

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NŠO RESIDENTES
Quanto aos sujeitos passivos n•o residentes, hƒ que considerar duas hip‚teses:

 Ou possuem estabelecimento estƒvel em territ‚rio portugu„s e, nesse caso, o IRC incide sobre o lucro imputƒvel a esse estabelecimento estƒvel
(al…nea c) do n.ˆ 1 do art. 3.ˆ);

 Ou n•o possuem estabelecimento estƒvel em territ‚rio portugu„s ou, possuindo-o, os rendimentos n•o lhe sejam imputƒveis, caso em que o IRC
incidirƒ sobre o rendimento das diversas categorias consideradas para efeitos de IRS e, os incrementos patrimoniais obtidos a t…tulo gratuito (al…nea
d) do n.ˆ 1 do art. 3.ˆ).

A posi‚ƒo 3 corresponde aos casos de pessoas colectivas com sede no estrangeiro e que exercem no nosso Pa…s actividades comerciais, industriais ou
agr…colas atrav‡s de estabelecimento estƒvel.

Este estabelecimento estƒvel poderƒ ser uma filial ou sucursal. N•o se trata, de sociedades constitu…das em Portugal, mas de sociedades estrangeiras com
depend„ncias em Portugal, n•o se confundindo com o conceito de “filiais” (sociedades) previstas no DL 238/91, de 2/7, que alterou o POC para efeitos de
consolidaۥo contabilistica.

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Os rendimentos das entidades n•o residentes com estabelecimento estƒvel est•o limitados aos rendimentos obtidos em territ‚rio portugu„s. O lucro
tributƒvel destas entidades obedecerƒ‹s regras impostas para as entidades residentes que exer€am a t…tulo principal uma actividade comercial, industrial ou
agr…cola (arts 17.ˆ a 47.ˆ).

DispŠe o n.ˆ 2 do art. 50.ˆque, podem ser deduzidos os encargos gerais de administra€•o imputƒveis ao estabelecimento estƒvel, condicionados a crit‡rios
aceites e considerados razoƒveis pela D.G.C.I.

Na impossibilidade de imputar esses custos com base na utiliza€•o pelo estabelecimento estƒvel dos bens e servi€os a que os mesmos respeitam, o sujeito
passivo poderƒ utilizar como crit‡rios de reparti€•o, entre outros, os seguintes (n.ˆ 3 do art. 50.ˆ):

• Volume de neg‚cios;

• Custos directos;

• Imobilizado corp‚reo.

A posi‚ƒo 4 destina-se a entidades, pessoas colectivas com sede ou direc€•o efectiva no estrangeiro, que n•o t„m estabelecimento estƒvel em Portugal,
mas que aqui obt„m rendimentos, desde que em rela€•o aos mesmos n•o haja lugar a reten€•o na fonte a t…tulo definitivo (dividendos, juros, royalties,
comissŠes de intermedia€•o e outros servi€os) essas reten€Šes, al‡m de constarem das guias de reten€•o na fonte, devem tamb‡m constar do Modelo 30.

Para este tipo de entidades a sujei€•o a imposto apenas se verifica quanto aos rendimentos obtidos em Portugal, n•o suscept…veis de serem imputados a
estabelecimento estƒvel.

Para efeitos de tributa€•o, a mat‡ria colectƒvel ‡ obtida individualizando cada um dos rendimentos de acordo com as regras estabelecidas para as
categorias correspondentes para efeitos de IRS (art. 51.ˆ). Esses rendimentos est•o configurados nas al…neas a) a e) do n.ˆ 3 do art. 4.ˆ e

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consubstanciam-se, em rendimentos de im‚veis (categoria F, do IRS), rendimentos de capitais (categoria E, do IRS), incrementos patrimoniais (categoria G,
do IRS).

Consideram-se obtidos em territ‚rio nacional, tendo em conta a fonte produtora e a entidade pagadora. S•o tributados por reten€•o na fonte a t…tulo
definitivo, ‹ excep€•o dos rendimentos prediais, os quais devem ser apresentados a tributa€•o atrav‡s da declara€•o Modelo 22.

Of…cio-Circulado 31 010/98-DSBF
1998-Mai-28

Tendo em conta o aumento dos pedidos de certifica€‚o de resid•ncia e obrigatoriedade de reten€‚o na fonte sobre rendimentos pagos a entidades n‚o
residentes, nomeadamente por efeito do aditamento do nŽ 6) „ al†nea c) do n.Ž 3 do artigo 4Ž do CIRC pelo Decreto-Lei n.Ž 25/98, de 10 de Fevereiro
(preceito correspondente ao jƒ existente em sede de IRS no artigo 17.Ž, n.Ž 1, al†nea e) que passou a tributar os rendimentos pagos a n‚o residentes sob a
forma de comiss…es, e tendo por objectivo a uniformiza€‚o de procedimentos por parte dos servi€os da administra€‚o fiscal, determina-se o seguinte:

1. Os pedidos de certifica€‚o de resid•ncia, obrigatoriedade de reten€‚o na fonte e descri€‚o do montante de imposto retido, nomeadamente por
decorr•ncia do disposto nos artigos 4.Ž, nŽ 3, al†nea c), n.Ž 6) do CIRC e artigo 17.Ž, n.Ž 1, al†nea e) do CIRS, quando se trate de imposto suportado por
entidades residentes em pa†ses com os quais Portugal n‚o celebrou conven€‚o para eliminar a dupla tributa€‚o, dever‚o ser formulados pela entidade
residente que procedeu „ respectiva reten€‚o na fonte, devendo para esse efeito mencionar e fazer a respectiva prova dos elementos que pretende
ver certificados.

2. Os pedidos atrƒs mencionados que forem recepcionados nos servi€os da administra€‚o fiscal, dever‚o ser remetidos „ Direc€‚o de Servi€os dos
Benef†cios Fiscais (Av. Eng. Duarte Pacheco, n.Ž 28, 4Ž andar, 1000 LISBOA), para efeito dessa certifica€‚o.

3. A centraliza€‚o da passagem deste documento na DSBF obrigarƒ ao controlo do efectivo pagamento a entidade n‚o residente, bem como „
confirma€‚o da reten€‚o na fonte e respectivo montante entrado nos cofres do Estado, nomeadamente atrav•s da verifica€‚o da respectiva rela€‚o
modelo 130 (descri€‚o dos rendimentos pagos a n‚o residentes), modelo este cuja recep€‚o, verifica€‚o e tratamento compete precisamente „ DSBF.

4. A certifica€‚o deverƒ, em regra, ser em l†ngua portuguesa e conterƒ os seguintes elementos:

a) Identifica€‚o da entidade residente em Portugal;

b) Descri€‚o do montante e tipo de rendimento pago ou colocado a disposi€‚o;

c) Identifica€‚o da entidade n‚o residente ”nome e domic†lio fiscal•;

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d) Indica€‚o da taxa de imposto aplicƒvel e respectiva base legal;

e) Descri€‚o do montante de imposto retido, suportado pelo n‚o residente.

Campo 4 - Regimes de tributaƒ„o dos rendimentos


Os sujeitos passivos indicam o(s) regime(s) de tributa€‚o a que est‚o sujeitos, com as seguintes especificidades:

 Tratando-se de entidades residentes que n‚o exercem a t†tulo principal actividade de natureza comercial, industrial ou agr†cola, ou entidades n‚o
residentes sem estabelecimento estƒvel, serƒ assinalado o campo 5 (redu€‚o de taxa).

 Tratando-se de entidades sujeitas ao regime de transpar•ncia fiscal s‚o assinalados em simult’neo, os campos 1 e 7, ou os campos 6 e 7, caso se
trate de uma sociedade de profissionais sujeita ao regime simplificado e enquadrada no regime de transpar•ncia fiscal.

 Os sujeitos passivos enquadrados no regime especial de tributa€‚o de grupos de sociedades devem assinalar em simult’neo os campos 1 e 8,
indicando, no campo respectivo, o NIF da sociedade dominante.

Destina-se a assinalar o regime ou regimes de tributaۥo dos rendimentos.

• REGIME GERAL
Se toda ou parte da actividade da empresa estƒ sujeita ao regime geral, ou seja actualmente, ‹ taxa de 25% nos termos do n.ˆ 1 do artigo 80.ˆ do C‚digo do
IRC, deverƒ assinalar-se a posi‚ƒo 1.

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ARTIGO 80.€
Taxas

1 - A taxa do IRC • de 25%, excepto nos casos previstos nos n‹meros seguintes.

• ISEN‰ŠO DEFINITIVA
Se uma cooperativa obt‡m, al‡m de rendimentos isentos definitivamente de IRC, nos termos do artigo 7.ˆ da Lei 85/98, de 16 de Dezembro (Estatuto Fiscal
Cooperativo), outros rendimentos sujeitos ‹ taxa de 20% e ‹ taxa normal de 25% nos termos do mesmo artigo, deverƒ preencher as posi€Šes 1, 3 e 5.

A Lei 85/98, de 26 de Dezembro, Estatuto Cooperativo revogou, na parte respeitante ‹s cooperativas o artigo 11.ˆ do CIRC, com efeitos a partir de 1/1/1999,

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data da sua entrada em vigor, passando a aplicar-se a taxa de 20% aos resultados tributƒveis das cooperativas n•o isentas com excep€•o dos resultados
provenientes de opera€Šes com terceiros, de actividades alheias aos fins cooperativos e dos abrangidos pela tributa€•o pelo lucro consolidado aos quais
serƒ aplicƒvel a taxa de 25%.

O artigo 13.ˆ do Estatuto Fiscal Cooperativo indica as cooperativas isentas do IRC.

ARTIGO 13.€
ESTATUTO FISCAL COOPERATIVO

1- Est‚o isentas de IRC, com as excep€…es previstas no n.Ž 3 do artigo 7.Ž:

a) As cooperativas agr†colas;

b) As cooperativas culturais;

c) As cooperativas de consumo;

d) As cooperativas de habita€‚o e constru€‚o;

e) As cooperativas de solidariedade social.

2- Est‚o ainda isentas de IRC as cooperativas dos demais ramos do sector cooperativo desde que, cumulativamente:

a) 75% das pessoas que nelas aufiram rendimentos do trabalho sejam membros da cooperativa;

b) 75% dos membros da cooperativa nela prestem servi€o efectivo.

3- Nas cooperativas mistas do ramo do ensino n‚o entram para o c˜mputo previsto na al†nea b) do n‹mero anterior os alunos e respectivos encarregados
de educa€‚o.

4- N‚o s‚o abrangidos pelas isen€…es previstas nos n‹meros anteriores os rendimentos sujeitos a IRC por reten€‚o na fonte, a qual terƒ carƒcter
definitivo no caso de a cooperativa n‚o ter outros rendimentos sujeitos, aplicando-se as taxas que lhe correspondam.

5- As cooperativas isentas nos termos dos n‹meros anteriores podem renunciar „ isen€‚o, com efeitos a partir do per†odo de tributa€‚o seguinte „quele a
que respeita a declara€‚o periŒdica de rendimentos em que manifestarem essa ren‹ncia, aplicando-se ent‚o, com observ’ncia do disposto no artigo

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7.Ž deste Estatuto, o regime geral de tributa€‚o em IRC durante, pelo menos, cinco per†odos de tributa€‚o.

6- Salvaguardadas as excep€…es para que remete o n.Ž 1 do presente artigo, est‚o isentas de IRC as cooperativas de grau superior.

Despacho de 15/02/2006 - Proc.: 827/2003


2006-Fev-15
Estatuto Fiscal Cooperativo (EFC) - Cooperativa de habitaƒ„o e construƒ„o - Isenƒ„o de IRC

1 - As Cooperativas do ramo de habita€‚o e constru€‚o est‚o isentas de IRC, como disp…e o artigo 13.Ž/n.Ž 1/d) do Estatuto Fiscal Cooperativo (D.L. 85/98,
de 16/12) (EFC), com excep€‚o dos resultados provenientes de opera€…es com terceiros, de actividades alheias aos fins cooperativos e dos abrangidos
pela tributa€‚o pelo lucro consolidado, os quais ser‚o tributados „ taxa de 25%, prevista no art.Ž 80.Ž/n.Ž 1 do CŒdigo do IRC, para o qual o art.Ž 7.Ž/n.Ž 3 do
EFC expressamente remete.

2 - A isen€‚o • automƒtica, como disp…e o art.Ž 3.Ž do EFC, n‚o sendo necessƒrio requerimento para a usufrui€‚o dos respectivos benef†cios na medida em
que opera directamente da lei, desde que verificados os respectivos pressupostos previstos no art.Ž 1.Ž do EFC, estando consequentemente, nos termos do
disposto no art.Ž 5.Ž do mesmo diploma legal, os beneficiƒrios sujeitos a fiscaliza€‚o da DGCI e demais entidades competentes para o controlo da
verifica€‚o dos pressupostos dos benef†cios fiscais e do cumprimento das obriga€…es acessŒrias impostas.

3 - N‚o est‚o abrangidos pela isen€‚o de IRC, de acordo com o disposto no art.Ž 13.Ž/n.Ž 4 do EFC, os rendimentos a ele sujeitos por reten€‚o na fonte, a
qual terƒ carƒcter definitivo no caso de a cooperativa n‚o ter outros rendimentos sujeitos, sendo aplicƒveis as taxas que lhes correspondam.

• ISEN‰ŠO TEMPORARIA
Se uma empresa beneficiava, em rela€•o ‹ actividade desenvolvida num sector de actividade, de isen€•o de Contribui€•o Industrial e de Imposto
Complementar - Sec€•o B - por um prazo que abrange 31/12/2008, deverƒ assinalar as posi€Šes 1 e 4.

Assinala a posi‚ƒo 1 a entidade que tem um sector sujeito ao regime geral do IRC e a posi‚ƒo 4 porque nos termos da al…nea b) do n.ˆ 1 do artigo 2.ˆ do
Decreto-Lei n.ˆ 215/89 de 1 de Julho os benef…cios que se traduziam em isen€Šes temporƒrias de impostos parcelares (contribui€•o industrial, imposto de
capitais e contribui€•o predial) e do imposto complementar correspondente, convertem-se em isen€•o temporƒria dos respectivos rendimentos em sede de
IRS ou de IRC.

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A posi‚ƒo 4 serƒ sempre assinalada pelas empresas que beneficiem de isen€•o de IRC por um n†mero limitado de anos.

• REDU‰ŠO DE TAXA
Algumas empresas ficam sujeitas ao regime de redu‚ƒo de taxa do IRC, devendo assinalar a posi‚ƒo 5.

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‘ o caso, das seguintes pessoas colectivas:

 Entidades que nƒo exercem a t„tulo principal actividades comerciais, industriais ou agr„colas, em que a taxa ‡ de 20%, devem assinalar a
posi‚ƒo 5, dado que nas instru€Šes de preenchimento afirma-se que o cƒlculo do IRC deve ser feito nos campos 348 e 349 do Quadro 10 da Modelo
22, respeitantes ‹ redu€•o de taxa.

 Sociedades de Gestƒo e Investimento Imobiliˆrio, S.G.I.I.’s s•o tributadas em IRC ‹ taxa de 25%, durante 7 ou 10 anos, nas condi€Šes previstas no
artigo 61.ˆ do EBF, se tiverem sido constitu…das at‡ 31/12/89 ou 31/12/90, respectivamente.

 Estabelecimentos de ensino particular que s•o tributados pela taxa de 20%, quando integrados no sistema educativo, nos termos do artigo 47.ˆ do
citado Estatuto.

 As cooperativas nƒo isentas ao abrigo do Estatuto Fiscal Cooperativo (Lei 85/98, de 16 de Dezembro, em vigor em 1 de Janeiro de 1999) s•o
sujeitas ‹ taxa de 20 % nas opera€Šes efectuadas no Œmbito da sua actividade.

 Nos termos do artigo 45.ˆ da Lei 87-B/98, de 31 de Dezembro, a taxa de IRC a aplicar ‹s Microempresas ‡ reduzida a 20% nos exerc„cios de 1999,
2000 e 2001.

Artigo 45.€ Lei 87-B/98 de 31 de Dezembro


Incentivos fiscais •s microempresas

1- A taxa do IRC prevista no n.Ž 1 do artigo 69.Ž do respectivo CŒdigo a aplicar „s microempresas • reduzida a 20% nos exerc†cios de 1999, 2000 e 2001.

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2- Para os efeitos do disposto no n‹mero anterior, consideram-se microempresas os sujeitos passivos de IRC que n‚o sejam sociedades anŒnimas e que
n‚o tenham tido nos exerc†cios de 1997 e 1998 um volume de negŒcios m•dio superior a 30 000 contos.

3- O regime previsto no presente artigo serƒ aplicƒvel, em cada exerc†cio, se:

a) O seu capital social for detido em, pelo menos, 75% por pessoas singulares;

b) As microempresas n‚o resultarem de cis‚o efectuada a partir da data da publica€‚o do presente diploma;

c) A mat•ria colectƒvel registar um crescimento, em rela€‚o ao exerc†cio anterior, n‚o inferior a 5%;

d) A determina€‚o do lucro tributƒvel for efectuada com recurso a m•todo directos de avalia€‚o;

e) Tiverem a situa€‚o tributƒria regularizada;

f) N‚o tiverem salƒrios em atraso;

g) As declara€…es de rendimentos forem assinadas por t•cnico oficial de contas.

4- O regime previsto no presente artigo serƒ igualmente aplicƒvel „s microempresas criadas apŒs o dia 1 de Janeiro de 1999, desde que no ano da sua
constitui€‚o tenham um volume anualizado de negŒcios, reportado ao exerc†cio, igual ou inferior a 30 000 contos.

5- Est‚o isentas de IRC, nos exerc†cios de 1999, 2000 e 2001, as microempresas criadas apŒs 1 de Janeiro de 1999, das quais resulte a cria€‚o l†quida
de postos de trabalho, que cumpram o institu†do no n.Ž 3, que n‚o apresentem no ano da sua constitui€‚o um volume de negŒcios anualizado superior
a 30 000 contos e cujo capital social seja detido em, pelo menos, 75% por jovens entre os 18 e os 35 anos de idade.

6- Este regime n‚o • cumulativo com outros benef†cios fiscais em sede de IRC de id•ntica natureza, n‚o prejudicando a op€‚o por outro mais favorƒvel.

 Nos termos do artigo 46.ˆ da mesma Lei ‹s Microempresas que exer‚am a sua actividade em determinadas zonas do territ€rio nacional a definir
pelo Governo serƒ concedida a redu€•o da taxa do IRC a 15% e/ou 25%.

Artigo 46.€ Lei 87-B/98 de 31 de Dezembro


Incentivos fiscais • interioridade

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1- Aos sujeitos passivos referidos no artigo anterior que exer€am efectivamente a sua actividade nas zonas do territŒrio nacional a definir pelo Governo
atrav•s de Portaria s‚o concedidos nos exerc†cios de 1999, 2000 e 2001 os seguintes benef†cios:

a) Redu€‚o a 15% da taxa do IRC;

b) Dedu€‚o ao montante apurado, nos termos da al†nea a) do nŽ 1 do artigo 71Ž do CŒdigo do IRC e at• „ concorr•ncia de 35% do mesmo, de uma
import’ncia de 15% do investimento adicional relevante efectuado no per†odo de tributa€‚o;

c) Isen€‚o de quaisquer emolumentos e outros encargos legais relativamente aos aumentos de capital social.

2- As percentagens referidas na al†nea b) do n‹mero anterior s‚o majoradas em 5%, no caso de o capital social das entidades a† mencionadas ser detido
em pelo menos 75%, durante os tr•s exerc†cio, por jovens com idade compreendida entre os 18 anos e os 35 anos.

As sociedades de capital de risco (que se constitu…ram at‡ 31/12/90), as sociedades de desenvolvimento regional (que se constitu…ram at‡ 31/12/92) e
as sociedades de fomento empresarial (que se constitu…ram at‡ 31/12/90) beneficiam de redu€•o de taxa de IRC em rela€•o aos rendimentos
respeitantes a juros de dep‚sitos que s•o tributados ‹ taxa de 20%. Como estas sociedades tamb‡m beneficiam de isen€•o temporƒria de IRC (no ano da
sua constitui€•o e nos 7 anos seguintes para a ultima) em rela€•o aos restantes rendimentos, devem assinalar as posi€Šes 4 e 5 da declara€•o Modelo 22.

• REGIME SIMPLIFICADO

A Lei n.ˆ 30-G/2000, de 29 de Dezembro, instituiu, em sede de IRC, um regime simplificado de determina€•o do lucro tributƒvel aos contribuintes de
pequena dimens•o, o qual veio a sofrer novas altera€Šes pela Lei 32-B/2002 de 27 de Dezembro.

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Assim de harmonia com o disposto no art. 53.ˆ do CIRC, ficam abrangidos pelo regime simplificado de determina€•o do lucro tributƒvel os sujeitos passivos
residentes que exer€am a t…tulo principal, uma actividade comercial, industrial ou agr…cola que satisfa€am, cumulativamente, os seguintes requisitos:

a) N•o estejam isentos nem sujeitos a algum regime especial de tributa€•o;

b) N•o estejam obrigados ‹ revis•o legal de contas;

c) Apresentem, no exerc…cio anterior ao da aplica€•o do regime, um volume total anual de proveitos inferior a 30.000.000$00 (149 639,37€);

d) N•o optem pela aplica€•o do regime geral de determina€•o do lucro tributƒvel.

No exerc„cio do in„cio de actividade o enquadramento faz-se em conformidade com o volume de proveitos estimados (n‹ 2 do art. 53‹).

Considera-se para o efeito, como regime especial de tributa€•o o regime de tributa€•o dos grupos de sociedades previsto nos art.s. 63ˆ a 65ˆ do C‚digo do
IRC e o regime de transpar„ncia fiscal.

Excepcionam-se, as sociedades de profissionais que, embora sujeitas ao regime de transpar„ncia fiscal, est•o expressamente abrangidas pelo regime
simplificado, nos termos do n.ˆ 13 do art. 53.ˆ do C‚digo do IRC.

Neste tipo de tributa€•o, podem acontecer duas situa€Šes:

A. Op‚ƒo pela aplica‚ƒo do regime geral

Estando abrangidos pelo regime simplificado os sujeitos passivos podem, no entanto, optar pelo regime geral, devendo faz„-lo na declara€•o de in…cio de
actividade ou em declara€•o de altera€Šes, at‡ ao fim do 3ˆ m„s do per…odo de tributa€•o do in…cio de aplica€•o do regime.

A op€•o ‡ vƒlida por um per…odo de 3 exerc…cios, findo o qual caduca, excepto se for renovada nos termos e prazos referidos (apresenta€•o de declara€•o
de altera€Šes at‡ ao fim do 3ˆ m„s do per…odo de tributa€•o do in…cio da aplica€•o do regime).

B. Op‚ƒo pelo regime simplificado

O sujeito passivo opta, aquando da entrega da declara€•o de in…cio, pelo regime simplificado, no qual se mant‡m, desde que verificados os respectivos
pressupostos, por um per…odo m…nimo de 3 exerc…cios, automaticamente prorrogƒvel, salvo op€•o pelo regime geral.

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Artigo 53.€
Regime simplificado de determinaƒ„o do lucro tributŽvel

1 - Ficam abrangidos pelo regime simplificado de determina€‚o do lucro tributƒvel os sujeitos passivos residentes que exer€am, a t†tulo principal, uma
actividade de natureza comercial, industrial ou agr†cola, n‚o isentos nem sujeitos a algum regime especial de tributa€‚o, com excep€‚o dos que se
encontrem sujeitos „ revis‚o legal de contas, que apresentem, no exerc†cio anterior ao da aplica€‚o do regime, um volume total anual de proveitos n‚o
superior a 30.000.000$ (€ 149.639,37) e que n‚o optem pelo regime de determina€‚o do lucro tributƒvel previsto na sec€‚o II do presente cap†tulo.

2 - No exerc†cio do in†cio de actividade, o enquadramento no regime simplificado faz-se, verificados os demais pressupostos, em conformidade com o valor
total anual de proveitos estimado, constante da declara€‚o de in†cio de actividade, caso n‚o seja exercida a op€‚o a que se refere o n‹mero anterior.

Os sujeitos passivos abrangidos por este regime devem assinalar a posi‚ƒo 6.

• REGIME TRANSPAR‘NCIA FISCAL

Para efeitos de IRC, as sociedades de pessoas, t„m tratamento id„ntico ‹s sociedades de capitais sendo-lhes, todavia, aplicado um regime especial de
tributa€•o designado de transpar„ncia fiscal.

Trata-se de um regime que surgiu com a finalidade de atingir tr„s objectivos:

1) A neutralidade fiscal, alcan€ada pela tributa€•o dos s‚cios ou membros da sociedade, quer sejam pessoas singulares ou colectivas, tal como se
exercessem directamente a actividade;

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2) O combate ‹ evas•o fiscal, de forma a evitar a possibilidade dos sujeitos passivos constitu…rem sociedades intermediƒrias com a finalidade de fuga
ao imposto;

3) A elimina€•o da dupla tributa€•o econ‚mica dos lucros distribu…dos na medida em que estas sociedades n•o s•o tributadas em IRC, mas sim na
pessoa dos seus s‚cios ou membros, em sede de IRC ou de IRS, consoante se trate de pessoas colectivas ou singulares.

Este regime, previsto no art. 6.ˆ, aplica-se ‹s seguintes sociedades residentes a que chamaremos sociedades transparentes:

a) Sociedades civis n•o constitu…das sob forma comercial;

b) Sociedades de profissionais;

c) Sociedades de simples administra€•o de bens, cuja maioria do capital social perten€a, directa ou indirectamente, durante mais de 183 dias do
exerc…cio social, a um grupo familiar ou cujo capital social perten€a, em qualquer dia do exerc…cio, a um n†mero de s‚cios n•o superior a cinco e
nenhum deles seja pessoa colectiva de direito p†blico.

‘ igualmente aplicado aos agrupamentos complementares de empresas (ACE), constitu…dos e funcionando nos termos da legisla€•o aplicƒvel, e aos
agrupamentos europeus de interesse econ‚mico (AEIE) com sede ou direc€•o efectiva em territ‚rio portugu„s.

SOCIEDADES CIVIS NÉO CONSTITUÜDAS SOB A FORMA DE SOCIEDADE


Trata-se de sociedades de pessoas que n•o visam a prƒtica de actos de com‡rcio e que est•o subordinadas ‹ lei civil.

Estas sociedades n•o t„m personalidade jur…dica (n•o lhes ‡ reconhecido o estatuto de sociedades comerciais) pelo que se confundem com os seus s‚cios
atrav‡s de uma comunh•o de interesses sobre os bens por elas detidos.

SOCIEDADES DE PROFISSIONAIS
S•o sociedades que se regem por regimes jur…dicos espec…ficos e que t„m como objectivo a melhoria das condi€Šes do exerc…cio de uma actividade
profissional por parte dos seus associados.

75
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A sua qualifica€•o enquanto sociedade sujeita a este regime de tributa€•o obedece aos seguintes condicionalismos (al…nea a) do n.ˆ 4 do art. 6.ˆ):

 Que se constituam para o exerc…cio de uma actividade profissional;

 Que a actividade conste da lista de actividades a que alude o art. 151.ˆ do CIRS;

 Que todos os s‚cios sejam profissionais dessa mesma actividade.

SOCIEDADES DE SIMPLES ADMINISTRAÇÉO DE BENS


S•o sociedades que limitam a sua actividade ‹ simples administra€•o de bens ou valores mantidos como reserva ou para frui€•o ou ‹ compra de pr‡dios
para habita€•o dos seus s‚cios ou que, embora exercendo conjuntamente outras actividades, obtenham proveitos relativamente a esses bens, valores ou
pr‡dios que atinjam, na m‡dia dos †ltimos tr„s anos, mais de 50% da m‡dia, durante o mesmo per…odo, da totalidade dos seus proveitos (al…nea b) do n.ˆ 4
do art. 6.ˆ).

GRUPO FAMILIAR
Trata-se de um grupo constitu…do por pessoas unidas por v…nculo conjugal ou de adop€•o e bem assim de parentesco ou afinidade na linha recta ou
colateral at‡ ao 4.ˆ grau inclusive (al…nea c) do n.ˆ 4 do art.. 6.ˆ).

AS ENTIDADES TRANSPARENTES E A TRIBUTAÇÉO


O regime de transpar„ncia fiscal caracteriza-se, essencialmente, pela imputa‚ƒo aos s€cios ou membros da sociedade transparente da respectiva mat‡ria
colectƒvel ou, nos casos de ACE ou AEIE, dos lucros ou preju…zos, ainda que n•o tenha havido distribui€•o de lucros.

A mat‡ria colectƒvel destas sociedades ‡ determinada em sede de IRC pelo que, embora subordinadas a este regime, n•o perdem a qualidade de sujeitos
passivos do imposto ficando sujeitas ao cumprimento de todas as obriga€Šes como se de qualquer outro tipo de sociedade se tratasse, designadamente, ‹
apresenta€•o de declara€Šes de inscri€•o, de altera€Šes ou de cancelamento no registo, bem como da declara€•o peri‚dica de rendimentos.

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Importa aqui referir que, em sede de IRC, se considera, para efeitos de tributa€•o do s‚cio ou membro n•o residente de uma sociedade transparente ou de
um ACE ou AEIE, que o mesmo tem um estabelecimento estƒvel em territ‚rio portugu„s (n.ˆ 9 do art. 5.ˆ).

Em sede de IRS, os valores imputados integram-se como rendimento l…quido na categoria B.

Os rendimentos auferidas pelas entidades sujeitas a este regime est•o sujeitos a reten€•o na fonte nos mesmos moldes que os dos restantes sujeitos
passivos de IRC, reten€Šes que s•o imputadas aos s‚cios, independentemente da exist„ncia ou n•o da mat‡ria colectƒvel.

Essa imputa€•o ‡ feita nos termos que resultarem do acto constitutivo ou, na falta de elementos, em partes iguais. Em consequ„ncia, os lucros
posteriormente distribu…dos por estas sociedades n•o s•o considerados rendimentos de aplica€•o de capitais, n•o sendo portanto, pass…veis de qualquer
retenۥo.

O art. 12.ˆ sofreu nova redac€•o dada pelo nˆ 4 do art. 32.ˆ da Lei 109-B/2001, a qual tem natureza interpretativa, continuando as sociedades transparentes
a n•o ser tributadas em IRC, salvo quanto ‹s tributa€Šes aut‚nomas das despesas confidenciais, despesas de representa€•o, encargos com viaturas e
despesas com ajudas de custo.

Tratando-se de correc€Šes ‹ mat‡ria colectƒvel de sociedades sujeitas ao regime de transpar„ncia fiscal que implicam altera€•o dos montantes imputados
aos s‚cios, a D.G.C.I., promoverƒ as correspondentes modifica€Šes na liquida€•o efectuada ‹queles, cobrando-se ou anulando-se as diferen€as apuradas
(art. 92.ˆ).

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As sociedades de profissionais, as sociedades civis n•o constitu…das sob forma comercial, as sociedades de simples administra€•o de bens, os
agrupamentos complementares de empresas (ACE’s) e os agrupamentos europeus de interesse econ‚micos (AEIE’s), s•o obrigados a apresentar a
declara€•o Modelo 22, nos termos do n.ˆ 8 do artigo 109.ˆ do CIRC, embora n•o sejam objecto de tributa€•o, uma vez que a mat‡ria colectƒvel ‡ imputada
aos seus s‚cios ou membros ainda que n•o haja distribui€•o de lucros.

Devem ser assinaladas a posi‚ƒo 7 e a posi‚ƒo 1.

78
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As sociedades de profissionais, embora sujeitas ao regime de transpar„ncia fiscal, est•o expressamente abrangidas pelo regime simplificado, nos termos
do n.ˆ 13 do art. 53.ˆ do C‚digo do IRC.

Artigo 53.€
Regime simplificado de determinaƒ„o do lucro tributŽvel

13 - As entidades referidas na al†nea b) do n.Ž 1 do artigo 6.Ž s‚o abrangidas pelo disposto no presente artigo aplicando-se, para efeitos do disposto no n.Ž 4,
os coeficientes previstos no n.Ž 2 do artigo 31.Ž do CŒdigo do IRS.

79
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REGIME ESPECIAL DE TRIBUTAÇÉO DOS GRUPOS DE SOCIEDADES


De acordo com o art. 7ˆ da Lei n.ˆ 30-G/2000 foi estabelecido o regime transit‚rio respeitante ‹ tributa€•o dos grupos de sociedades. Assim, os grupos de
sociedades cuja autorizaۥo para aplicaۥo do regime de tributaۥo pelo lucro consolidado, ainda esteja em curso em 1 de Janeiro de 2001, podem optar
por uma das seguintes hip‚teses:

1) Renunciar ao regime com efeitos a partir do in…cio de 2001, devendo a sociedade dominante, na determina€•o do lucro tributƒvel de 2000, proceder ‹s
correc€Šes:

 dos resultados internos que tenham sido eliminados nas opera€Šes de consolida€•o e

 das diferen€as entre os preju…zos fiscais que foram integrados na base tributƒvel consolidada e as que teriam sido consideradas se as sociedades
do grupo tivessem sido tributadas autonomamente;

2) Passar a aplicar o regime especial de tributa€•o dos grupos, n•o obstante n•o se verificarem alguns requisitos exigidos no art. 63ˆ.

A sociedade dominante deve incorporar no lucro tributƒvel os resultados internos que tinham sido eliminados durante a vig„ncia do anterior regime ‹ medida
que foram sendo considerados realizados pelo grupo, tendo como limite o exerc…cio da caducidade da autoriza€•o, excepto quando a sociedade dominante
optar pela renovaۥo do regime de acordo com as regras em vigor, o que implica que aos resultados internos ainda pendentes de incorporaۥo no lucro
tributƒvel pode continuar a ser concedido o tratamento que vinha sendo adoptado.

Nos casos de op€•o pelo regime especial de tributa€•o dos grupos, a sociedade dominante deve incluir no dossier fiscal (art. 121.ˆ):

 Documentos comprovativos do apuramento dos resultados internos eliminados durante o per…odo de aplica€•o do regime de tributa€•o pelo lucro
consolidado,

 A indica€•o dos exerc…cios a que se reportam,

 A identifica€•o das sociedades que intervieram nas opera€Šes que os originaram, abrangendo tanto os que, em cada exerc…cio s•o considerados
realizados pelo grupo e inclu…dos no lucro tributƒvel, como aqueles cuja tributa€•o continua diferida.

80
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A Lei n.ˆ 30-G/2000 veio revogar, com efeitos a partir do per…odo de tributa€•o que se inicie em 2001, o regime da tributa€•o pelo lucro consolidado previsto
nos art.ˆs 63.ˆ e seguintes do CIRC, instituindo um novo regime de tributa€•o dos grupos de sociedades.

O n.ˆ 1 do art. 63ˆ, refere que desde que exista um grupo de sociedades, a sociedade dominante pode optar pela aplica€•o do regime especial de
determina€•o da mat‡ria colectƒvel em rela€•o a todas as sociedades do grupo. Para que seja considerado grupo de sociedades ‡ necessƒrio que a
sociedade dominante detenha pelo menos 90% do capital de outra ou outras sociedades e que tal participaۥo lhe atribua mais de 50% dos direitos de voto
(n.ˆ 2 do art. 63ˆ).

Requisitos do regime (n.€ 3 do art. 63€):

 Todas as sociedades do grupo t„m de ter a sede e direc€•o efectiva em territ‚rio portugu„s e a totalidade dos seus rendimentos estar sujeita ao
regime geral de tributa€•o em IRC, ‹ taxa mais elevada;

 A sociedade dominante deter a participa€•o na sociedade dominada hƒ mais de um ano, com refer„ncia ‹ data em que se inicia a aplica€•o do
regime.

 A sociedade dominante n•o pode ser considerada dominada de nenhuma outra residente em territ‚rio portugu„s que re†na os requisitos para ser
qualificada como dominante.

Exclus„o do regime:

S•o exclu…dos do grupo, as sociedades que no in…cio ou durante a aplica€•o do regime se encontrem em algumas das situa€Šes seguintes (n.ˆ 4 do art. 63ˆ):

 Inactividade hƒ mais de um ano ou tenham sido dissolvidas;

 Tenha sido contra elas instaurado processo especial de recupera€•o ou de fal„ncia, desde que haja prosseguimento da ac€•o;

 Registem preju…zos nos tr„s exerc…cios anteriores ao do in…cio da aplica€•o do regime, salvo se a participa€•o jƒ for detida pela sociedade
dominante hƒ mais de dois anos;

 Estejam sujeitas a uma taxa inferior ‹ taxa normal mais elevada e n•o renunciem ‹ sua aplica€•o;

 Que o per…odo de tributa€•o adoptado seja diferente do praticado pela sociedade dominante;

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 Que pelo menos 90% do n…vel de participa€•o exigido seja obtido indirectamente atrav‡s de uma entidade que n•o re†ne os requisitos exigidos
para fazer parte do grupo;

 Que n•o assumem a forma jur…dica de sociedade por quotas, an‚nima ou em comandita por ac€Šes.

Opƒ„o pelo regime especial (n€ 7 do art. 63€)

A op€•o pelo regime deve ser comunicada ‹ Direc€•o Geral dos Impostos, pela sociedade dominante e pelas dominadas atrav‡s de uma declara€•o de
modelo oficial at‡ ao fim do terceiro m„s do per…odo de tributa€•o em que se pretende iniciar a aplica€•o do regime, sendo vƒlida por cinco exerc…cios.

Cessaƒ„o da aplicaƒ„o do regime especial (n.€ 8 do art. 63.€)

A aplicaۥo do regime especial de tributaۥo dos grupos de sociedades cessa quando:

 Ocorram altera€Šes na composi€•o do grupo, com a entrada de novas sociedades sem que seja feita a sua inclus•o no Œmbito do regime;

 Ocorra a sa…da de sociedades do grupo por aliena€•o da participa€•o ou por outras altera€Šes na composi€•o do grupo motivadas nomeadamente
por fusŠes ou cisŠes, sempre que a sociedade dominante n•o opte pela continuidade do regime em rela€•o ‹s demais sociedades do grupo;

 O lucro tributƒvel de qualquer das sociedades do grupo seja determinado com recurso a m‡todos indirectos;

 Deixe de se verificar algum dos requisitos de ades•o;

 Ocorram situa€Šes de exclus•o das referidas no n.ˆ 4.

Determinaƒ„o do lucro tributŽvel do grupo

Em cada um dos per…odos de tributa€•o, o lucro tributƒvel do grupo ‡ calculado pela sociedade dominante, atrav‡s da soma alg‡brica dos lucros tributƒveis
e dos preju…zos fiscais de cada uma das sociedades pertencentes ao grupo (n.ˆ 1 do art. 64ˆ). A †nica correc€•o diz respeito a lucros distribu…dos entre
empresas do grupo (n.ˆ 2 do art. 64ˆ).

 Sempre que seja aplicƒvel o regime estipulado no art. 63ˆ, na dedu€•o de preju…zos fiscais verifica-se o seguinte:

 Os preju…zos fiscais das sociedades do grupo referentes a exerc…cios anteriores ao do in…cio de aplica€•o do regime, s‚ podem ser deduzidos ao

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lucro tributƒvel do grupo at‡ ‹ concorr„ncia do lucro tributƒvel da sociedade a que respeitam (al…nea a) do n.ˆ 1 do art. 65ˆ).

 Os preju…zos fiscais do grupo apurados em cada exerc…cio de aplica€•o do regime s‚ podem ser deduzidos aos lucros tributƒveis do grupo (al…nea
b) do n.ˆ 1).

 Terminada a aplica€•o do regime, podem as sociedades do grupo deduzir os preju…zos anteriores desde que n•o tenham sido deduzidos ao lucro
tributƒvel do grupo (al…nea c) do n.ˆ 1).

 Quando houver continuidade de aplica€•o do regime ap‚s sa…da de uma ou mais sociedades do grupo, extingue-se o direito ‹ dedu€•o da
quota-parte dos preju…zos fiscais respeitantes ‹quelas sociedades (al…nea d) do n.ˆ 1)

Quando haja lugar a fusŠes entre sociedades do grupo, durante a aplica€•o do regime, os preju…zos das sociedades fundidas verificados em exerc…cios
anteriores ao do in…cio do regime, podem ser deduzidos at‡ ao limite do lucro tributƒvel da nova sociedade ou da sociedade incorporante, desde que tenha
autoriza€•o do Ministro das Finan€as, (n.ˆ 2 ).

ObrigaĠes declarativas e de pagamento

 A sociedade dominante deve apresentar a Mod. 22, em que determine o lucro tributƒvel do grupo e o respectivo imposto;

 Cada uma das sociedades do grupo, incluindo a sociedade dominante, deve apresentar a sua declara€•o de rendimentos onde seja determinado o
imposto como se aquele regime n•o fosse aplicƒvel

Pagamento do IRC (art. 107.€)

 Incumbe ‹ sociedade dominante

 Qualquer das sociedades do grupo ‡ solidariamente responsƒvel, sem preju…zo do direito de regresso pela parte do imposto que a cada uma
efectivamente respeite

Pagamentos por conta (art. 97.€, n.€s 5, 6 e 7):

 No primeiro exerc…cio de aplica€•o do regime, s•o efectuados por cada uma das sociedades do grupo, sendo o total destas importŒncias tido em
considera€•o para cƒlculo do imposto a pagar ou a recuperar pela sociedade dominante

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 Nos exerc…cios seguintes, ter•o por base a colecta correspondente ao lucro tributƒvel do grupo

 No exerc…cio seguinte ‹quele em que terminar a aplica€•o do regime, os pagamentos por conta a efectuar por cada uma das sociedades do grupo
terƒ por base o imposto que lhes teria sido liquidado relativamente ao exerc…cio anterior, caso n•o estivessem abrangidas pelo regime

Pagamento especial por conta (art. 98.€ n.€ 11)

 Cada uma das sociedades do grupo terƒ de efectuar o cƒlculo do pagamento especial por conta, incluindo a sociedade dominante, cabendo a esta
a obriga€•o de determinar o valor global do pagamento especial por conta deduzindo os pagamentos por conta respectivos e de proceder ‹ sua
entrega.

ALTERAÇÖES MAIS IMPORTANTES NO REGIME ESPECIAL DE GRUPOS DE SOCIEDADES


(ARTIGO 63.á)
REGIME ANTERIOR REGIME ACTUAL
Sociedade do per†metro de consolida€‚o detidos em 31 de Dezembro do Sociedade do per†metro de consolida€‚o detida hƒ mais de um ano
ano anterior
Cƒlculo da Mat•ria Colectƒvel atrav•s da agrega€‚o das Df e anula€‚o de Soma alg•brica dos lucros tributƒveis
RI com limites
Reporte de preju†zos com limite da possibilidade de reporte em caso de Reporte de preju†zos sem limite e impossibilidade de reporte em caso de
sa†da sa†da
Penaliza€‚o em caso de caducidade ou sa†da de uma sociedade Inexist•ncia de penaliza€‚o excepto perda de preju†zos

• GRUPOS DE SOCIEDADES

As sociedades que fa€am parte de um grupo, devem assinalar as posi‚†es 1 e 8 e identificar na posi‚ƒo 9 o NIPC da sociedade dominante.

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Prˆ-preenchimento: Regime especial de tributaƒ„o de grupos de sociedades (Quadro 03.4):

O preenchimento ‡ efectuado em fun€•o da informa€•o constante do cadastro, no momento da submiss•o.

A informaۥo sobre grupos de sociedades pode ser consultada no cadastro.

Circular n.€ 6/2007 de 2007-Mar-13

Regime Especial de Tributa€‚o dos Grupos de Sociedades (RETGS) – Obriga€…es Declarativas

Raz„o das Instruƒ†es

A Lei n.Ž 53-A/2006, de 29 de Dezembro (Lei do OE/07), introduziu altera€…es no artigo 63.Ž do CŒdigo do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas
Colectivas (CIRC), relativo ao Regime Especial de Tributa€‚o dos Grupos de Sociedades (RETGS), as quais entraram em vigor em 2007.01.01.

Assim, foi, desde logo, eliminado o per†odo de validade da op€‚o pelo RETGS e, consequentemente, a obriga€‚o de renova€‚o dessa op€‚o.

Por outro lado, foi imposta a obrigatoriedade de envio por transmiss‚o electrŒnica de dados da comunica€‚o da op€‚o e das altera€…es, bem como da
ren‹ncia ou da cessa€‚o para efeitos do regime, atrav•s da declara€‚o prevista no artigo 110.Ž do CIRC.

Tendo sido suscitadas d‹vidas relativamente ao cumprimento das obriga€…es declarativas no ’mbito do RETGS, em face deste novo quadro legal,
esclarece-se o seguinte:

Aplicaƒ„o temporal

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Grupos cujo per…odo de validade da opƒ„o terminou atˆ 2006.12.31

1. Os grupos abrangidos pelo RETGS cujo per†odo de validade da op€‚o tenha terminado at• 2006.12.31 e que pretendam permanecer no regime em
causa, devem comunicar esta op€‚o dentro do prazo, ou seja, at• ao fim do 3.Ž m•s do per†odo de tributa€‚o em que se pretende aplicar o regime. Esta
obriga€‚o decorre do facto de a anterior op€‚o pelo regime jƒ ter caducado „ data da entrada em de vigor da nova lei (2007.01.01).

2. Assim, nas situa€…es em que o per†odo de validade da op€‚o tenha terminado em 2006.12.31, a op€‚o deverƒ ser comunicada at• 2007.03.31

Aplicaƒ„o temporal

Grupos cujo per…odo de validade da opƒ„o estava em curso em 2007.01.01

3. Os grupos cujo per†odo de validade da op€‚o estava em curso em 2007.01.01, n‚o est‚o adstritos ao cumprimento da obriga€‚o declarativa de
renova€‚o da op€‚o, jƒ que no final do prazo de vig•ncia da respectiva op€‚o se encontra em vigor o novo quadro legal.

Comunicaƒ„o da opƒ„o/Alteraƒ„o

4. A nova lei prev• a obrigatoriedade de envio por transmiss‚o electrŒnica de dados da comunica€‚o de op€‚o e das altera€…es, bem como de ren‹ncia ou
de cessa€‚o para efeitos do RETGS. No entanto, tendo em conta que as declara€…es de in†cio e de altera€…es de actividade ainda n‚o contemplam os
campos para aquelas comunica€…es, mant•m-se em vigor as Circulares da DGCI n.Žs 4/2001, de 14 de Fevereiro, e 19/2002, de 28 de Junho, bem como
os modelos ali divulgados, relativamente „s declara€…es cujo prazo de entrega ocorra durante o ano de 2007.

Comunicaƒ„o da ren•ncia/Cessaƒ„o

5. As comunica€…es de ren‹ncia ou de cessa€‚o previstas no n.Ž 7 do artigo 63.Ž do CIRC devem ser efectuadas, em 2007, atrav•s de carta onde conste a
ren‹ncia ou a cessa€‚o, a identifica€‚o do grupo e o exerc†cio a que a mesma respeita.

6. As referidas declara€…es em suporte de papel e as comunica€…es devem ser enviadas, no prazo legal, para a seguinte morada:

Direc€‚o de Servi€os do IRC


Avenida Engenheiro Duarte Pacheco, n.Ž 28, 7.Ž Piso
1099-013 LISBOA

Circular 11/2004 de 2004-Mai-18

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Raz„o das instruƒ†es

Tendo sido suscitadas d‹vidas quanto „ aplica€‚o do Decreto-Lei n.Ž 23/2004, de 23 de Janeiro, que aprovou o Regime da Reserva Fiscal para
Investimento, foi, por despacho de 14 de Maio de 2004, de S. Ex.• o Secretƒrio de Estado dos Assuntos Fiscais, sancionado o seguinte entendimento:

Aplicaƒ„o do regime aos grupos de sociedades

No caso de sociedades abrangidas pelo regime especial de tributa€‚o dos grupos de sociedades previsto no artigo 63.Ž do CŒdigo do IRC, hƒ que ter em
aten€‚o o seguinte:

Grupos de sociedades: aplicaƒ„o do regime

i) A dedu€‚o a que se refere o n.Ž 1 do artigo 2.Ž do decreto-lei em refer•ncia • efectuada ao montante da colecta que estƒ na origem do IRC liquidado, ou
seja, „ colecta do grupo, porquanto nas declara€…es individuais das sociedades que o constituem n‚o hƒ lugar a liquida€‚o de imposto.

ii) Dado que o decreto-lei em refer•ncia faz depender a aplica€‚o do benef†cio da satisfa€‚o de requisitos espec†ficos e subordina o montante da dedu€‚o „
verifica€‚o de certas condi€…es e limites, haverƒ que ter em aten€‚o, relativamente ao seu aproveitamento no ’mbito da colecta do grupo, a satisfa€‚o
desses elementos.

iii) Assim, quando se verifique que das sociedades que fazem parte do grupo algumas desenvolvem actividades n‚o enquadrƒveis no n.Ž 1 do artigo 3.Ž do
diploma em apre€o, o grupo apenas poderƒ beneficiar do regime da reserva fiscal para investimento relativamente „ parte proporcional da colecta do grupo
que corresponder „ soma das "colectas" individuais apuradas com base nos valores constantes da declara€‚o de cada sociedade que tenha enquadramento
no regime.

iv) Por outro lado, dada a necessidade, por for€a do regime institu†do, de ter em conta a "colecta" individual de cada sociedade em que se realiza o
investimento, dever-se-ƒ, em ordem „ determina€‚o do montante da dedu€‚o possibilitada pelo regime, proceder nos seguintes termos:

a) uma vez apurada a colecta do grupo, realizar-se-ƒ a sua imputa€‚o proporcional a cada uma das sociedades abrangidas em raz‚o da respectiva
"colecta" individual;

b) seguidamente, para cada sociedade do grupo que pretenda e possa beneficiar do regime, caberƒ apurar o montante correspondente „ "dedu€‚o „
colecta individual" at• 20% do resultado da imputa€‚o referida;

c) por fim, a soma das dedu€…es assim apuradas em cada sociedade • objecto da dedu€‚o „ colecta global do grupo de sociedades. Isto sem preju†zo do

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necessƒrio cumprimento dos demais requisitos estabelecidos no decreto-lei em quest‚o.

Circular 5/2002 de 2002-Abr-02

Raz„o das instruƒ†es

A Lei n.Ž 30-G/2000, de 29 de Dezembro, veio revogar, com efeitos a partir do per†odo de tributa€‚o que se inicie em 2001, o regime de tributa€‚o pelo
lucro consolidado previsto no artigo 59.Ž do CŒdigo do IRC, na anterior redac€‚o, e, em sua substitui€‚o, consagrou um novo regime de tributa€‚o dos
grupos de sociedades, previsto nos actuais artigos 63.Ž a 65.Ž do CŒdigo do IRC.

No n.Ž 2 do artigo 7.Ž da referida lei foi estabelecido um regime transitŒrio para os grupos de sociedades cuja autoriza€‚o para a tributa€‚o pelo lucro
consolidado estivesse em curso „ data da sua entrada em vigor.

Pela presente circular esclarecem-se algumas d‹vidas que t•m sido suscitadas relativamente „ aplica€‚o do mencionado regime transitŒrio.

Regime transit‚rio dos grupos de sociedades

1. ’mbito de aplicaƒ„o do regime transit‚rio

O regime transitŒrio previsto no n.Ž 2 do artigo 7.Ž da Lei n.Ž 30-G/2000, de 29 de Dezembro, aplica-se aos grupos de sociedades a que foi concedida
autoriza€‚o para aplica€‚o do regime de tributa€‚o pelo lucro consolidado, cujo per†odo de validade ainda estivesse em curso em 01.01.2001, ou tendo
terminado em 31.12.2000, aqueles pretendessem optar pela aplica€‚o do novo regime a partir de 01.01.2001.

Os grupos cuja autoriza€‚o ainda estivesse em curso „ data de 31.12.2000 tinham de optar por uma das seguintes alternativas:

• Renunciar ao regime de tributa€‚o pelo lucro consolidado com efeitos a partir do per†odo de tributa€‚o que se inicie no ano de 2001.

• Optar pelo regime especial de tributa€‚o dos grupos de sociedades a partir do per†odo de tributa€‚o que se inicie no ano de 2001.

• A ren‹ncia considera-se verificada quando n‚o tenha sido exercida a op€‚o pelo novo regime.

2. Condiƒ†es de transiƒ„o para o novo regime em 2001

2.1 Os grupos de sociedades que optaram pelo novo regime e n‚o sofreram qualquer altera€‚o na sua composi€‚o durante o per†odo de tributa€‚o relativo
ao exerc†cio de 2000 transitam para o mesmo com todas as sociedades que o integravam, mesmo aquelas que n‚o verifiquem alguns dos requisitos

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exigidos na nova redac€‚o do artigo 63.Ž do CŒdigo do IRC.

2.2 Os grupos de sociedades que optaram pelo novo regime mas que sofreram altera€…es na sua composi€‚o durante o per†odo de tributa€‚o relativo ao
exerc†cio de 2000 devem observar, na delimita€‚o do seu per†metro, todas as regras do novo regime.

Assim, as sociedades cujo dom†nio tenha sido adquirido no exerc†cio de 2000, ainda n‚o autorizadas a integrar o grupo tributado pelo lucro consolidado,
n‚o poder‚o integrar o grupo em 2001, caso n‚o satisfa€am todos os requisitos exigidos pelo novo regime.

2.3 As sociedades que foram constitu†das pela sociedade dominante hƒ menos de um ano, com refer•ncia „ data em que se inicia a aplica€‚o do novo
regime no exerc†cio de 2001, podem ser enquadradas numa das seguintes situa€…es:

a) As constitu†das pela sociedade dominante at• 30 de Abril de 2000, tenham ou n‚o sido inclu†das no per†metro de tributa€‚o pelo lucro consolidado no
exerc†cio de 2000, devem integrar o grupo de 2001;

b) As constitu†das pela sociedade dominante apŒs 30 de Abril de 2000 devem ser inclu†das no per†metro de 2001;

c) As constitu†das pela sociedade dominante at• ao fim do prazo legal da entrega da comunica€‚o podem, a t†tulo facultativo, ser inclu†das no per†metro do
grupo de 2001;

d) As constitu†das pela sociedade dominante apŒs o termo do prazo legal de entrega da comunica€‚o n‚o podem ser inclu†das no per†metro de 2001.

3. Per…odo de validade da autorizaƒ„o concedida

O per†odo de validade da autoriza€‚o concedida, no regime de tributa€‚o pelo lucro consolidado, aos grupos de sociedades que transitam para o regime
especial de tributa€‚o, tem, nos termos do ponto 2 do n.Ž 2 do artigo 7.Ž da Lei n.Ž 30-G/2000, como limite temporal o termo do exerc†cio da caducidade
dessa autoriza€‚o.

4. Resultados internos suspensos dos grupos de sociedades que transitam para o novo regime

4.1 Os grupos de sociedades que optaram pela ren‹ncia ao regime de tributa€‚o pelo lucro consolidado devem, na determina€‚o do lucro tributƒvel do
exerc†cio de 2000, proceder „s correc€…es, nos termos estabelecidos nos n.Žs 8 e 12 do ex-artigo 59.Ž do CŒdigo do IRC, quer quanto aos resultados
internos que tenham sido eliminados nas opera€…es de consolida€‚o quer quanto „s diferen€as entre os preju†zos fiscais que foram integrados na base
tributƒvel consolidada e os que teriam de ser considerados se as sociedades do grupo tivessem sido tributadas autonomamente, sem preju†zo do
estabelecido na al†nea c) do ex-artigo 60.Ž do mesmo CŒdigo;

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Assim, no tocante „s correc€…es relativas aos preju†zos fiscais, n‚o serƒ de aplicar a essa diferen€a o coeficiente de 1,5.

4.2 Os grupos de sociedades que optaram por transitar para o regime especial de tributa€‚o dos grupos de sociedades devem incorporar no lucro tributƒvel
do grupo os resultados internos que tenham sido eliminados durante a vig•ncia do anterior regime „ medida que forem sendo considerados realizados pelo
grupo, tendo como limite temporal o exerc†cio da caducidade da autoriza€‚o.

Os resultados internos consideram-se realizados pelo grupo, para efeitos de tributa€‚o, no exerc†cio em que:

• saia do grupo a sociedade que det•m esses bens;

• sejam alienados a entidade exterior ao grupo os bens a que respeitam os resultados internos;

• cesse o regime especial de tributa€‚o dos grupos de sociedades.

4.3 O limite temporal a que se refere o n‹mero anterior n‚o se verifica quando a sociedade dominante optar pela renova€‚o do regime especial de
tributa€‚o, situa€‚o em que os resultados internos ainda pendentes de incorpora€‚o no lucro tributƒvel continuam a ter o tratamento que vinha sendo
adoptado no anterior regime, procedendo-se „s correc€…es que se mostrem necessƒrias, tal como no regime de tributa€‚o pelo lucro consolidado.

4.4 Os resultados internos suspensos que sejam considerados realizados devem, no exerc†cio da realiza€‚o, ser adicionados ou subtra†dos ao lucro
tributƒvel do grupo, consoante sejam positivos ou negativos, respectivamente, devendo o valor a inscrever no campo 380 do Quadro 09 da declara€‚o
periŒdica de rendimentos modelo 22 ter em conta essas correc€…es.

Estas correc€…es e o valor a inscrever naquele campo devem ter como suporte um documento comprovativo que integrarƒ o processo de documenta€‚o
fiscal a que se refere o artigo 121.Ž do CŒdigo do IRC.

5. Preju…zos apurados no “mbito do regime de tributaƒ„o pelo lucro consolidado

5.1 Os preju†zos apurados por uma sociedade no ’mbito do grupo e comunicados „ base tributƒvel consolidada n‚o s‚o objecto de correc€‚o nos termos
do disposto nos n.Žs 10, 11 e 12 do ex-artigo 59.Ž do CŒdigo do IRC quando a sociedade que os gerou sair do grupo abrangido pelo novo regime.

5.2 Os preju†zos fiscais consolidados apurados em exerc†cios anteriores ao da aplica€‚o do regime especial de tributa€‚o dos grupos de sociedades podem
ser deduzidos ao lucro tributƒvel do grupo apurado no ’mbito do novo regime.

Circular 19/2002 de 2002-Jun-28

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Regime especial de tributaƒ„o dos grupos de sociedades - Declaraƒ„o de alteraƒ†es

A Lei n.Ž 30-G/2000, de 29 de Dezembro, veio revogar, com efeitos a partir do per†odo de tributa€‚o que se inicie em 2001, o regime de tributa€‚o pelo
lucro consolidado previsto no artigo 59.Ž do CŒdigo do IRC, na anterior redac€‚o, e, em sua substitui€‚o, consagrou um novo regime de tributa€‚o dos
grupos de sociedades, previsto nos actuais artigos 63.Ž a 65.Ž do CŒdigo do IRC.

Raz„o das instruƒ†es

1. Considerando que, nos termos das al†neas d) e e) do n.Ž 8 do artigo 63.Ž do CŒdigo do IRC, sempre que ocorrerem altera€…es na composi€‚o do grupo,
quer pela entrada de novas sociedades que satisfa€am os requisitos legalmente exigidos quer pela sa†da de sociedades, deve a sociedade dominante
participar essas altera€…es „ DGCI mediante o envio da respectiva comunica€‚o nos termos e para os efeitos do n.Ž 7 do referido artigo, a presente circular
divulga o respectivo modelo, esclarecendo-se o seguinte:

a) A declara€‚o poderƒ ser reproduzida por fotocŒpia ou processada informaticamente, desde que seja esquematizada de acordo com o modelo anexo, de
prefer•ncia em formato A4.

b) Devem ser mencionadas na declara€‚o de altera€…es as entradas de sociedades que no in†cio do per†odo de tributa€‚o re‹nem os requisitos legalmente
exigidos para entrarem para o grupo;

c) Devem ainda ser mencionadas nesta declara€‚o as sa†das de sociedades ocorridas no per†odo de tributa€‚o anterior;

Declaraƒ„o de alteraƒ†es

d) A declara€‚o deverƒ ser enviada at• ao fim do terceiro m•s do per†odo de tributa€‚o em que se pretende a continuidade da aplica€‚o deste regime
especial de tributa€‚o dos grupos de sociedades aos Servi€os da DGCI para:

2. Consideram-se vƒlidas as comunica€…es de altera€…es na composi€‚o do grupo efectuadas desde 1 de Janeiro de 2002 at• „ data da presente circular
atrav•s de documento diferente do modelo agora divulgado.

Circular 4/2001 de 14/02/2001


Direcƒ„o de Serviƒos do IRC

Raz„o das instruƒ†es

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A Lei n.Ž 30-G/2000, de 29 de Dezembro, veio revogar, com efeitos a partir do per†odo de tributa€‚o que se inicie em 2001, o regime de tributa€‚o pelo
lucro consolidado previsto no artigo 59.Ž do CŒdigo do IRC e, em sua substitui€‚o, consagrou um novo regime de tributa€‚o dos grupos de sociedades.

Nos termos do n.Ž 7 do artigo 59.Ž daquele CŒdigo, na redac€‚o que lhe foi dada pela referida Lei, a op€‚o pelo novo regime deve ser comunicada „
Direc€‚o-Geral dos Impostos pela sociedade dominante e pelas sociedades dominadas, atrav•s do envio de uma declara€‚o de modelo oficial at• ao fim
do terceiro m•s do per†odo de tributa€‚o em que se pretende iniciar a aplica€‚o do regime. Os grupos de sociedades a quem tenha sido concedida
autoriza€‚o para aplica€‚o do regime de tributa€‚o pelo lucro consolidado, cujo per†odo de validade esteja em curso em 31/12/2000, dever‚o comunicar,
em conformidade com o disposto na al†nea a) do n.Ž 2 do artigo 7.Ž da Lei n.Ž 30-G/2000, de 29 de Dezembro, aos servi€os da DGCI e no prazo
mencionado na al†nea b) supra, a ren‹ncia „quele regime ou a op€‚o pelo novo regime de tributa€‚o dos grupos de sociedades.

Declaraƒ„o de opƒ„o

Em consequ•ncia, divulga-se o modelo declarativo em anexo, esclarecendo-se o seguinte:

a) A sociedade dominante que opte pelo regime de tributa€‚o dos grupos de sociedades deverƒ enviar declara€‚o em suporte de papel contendo,
obrigatoriamente, a informa€‚o a que o modelo declarativo em anexo faz refer•ncia, a saber, a identifica€‚o da sociedade dominante e a sua
expressa op€‚o por aquele regime especial comunicando em seu nome e em representa€‚o legal das sociedades dominadas a identifica€‚o destas,
qual o in†cio da respectiva aplica€‚o do regime com indica€‚o do per†odo de tributa€‚o e a identifica€‚o do respectivo representante legal;

b) A declara€‚o deverƒ ser enviada, at• ao fim do terceiro m•s do per†odo de tributa€‚o em que se inicie a aplica€‚o deste regime especial de tributa€‚o
dos grupos de sociedades, aos Servi€os da DGCI para:

Direc€‚o de Servi€os do IRC


Av.• Eng.Ž Duarte Pacheco, n.Ž 28, 7Ž Piso
1099-013 LISBOA

c) A sociedade dominante deverƒ integrar no dossier fiscal do exerc†cio de in†cio de aplica€‚o do regime, as declara€…es das sociedades dominadas que
lhe conferem poderes para efectuar a comunica€‚o em nome daquelas.

Regime transit‚rio

Os grupos de sociedades a quem tenha sido concedida autoriza€‚o para aplica€‚o do regime de tributa€‚o pelo lucro consolidado, cujo per†odo de validade
esteja em curso em 31/12/2000, dever‚o comunicar, em conformidade com o disposto na al†nea a) do n.Ž 2 do artigo 7.Ž da Lei n.Ž 30-G/2000, de 29 de

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Dezembro, aos servi€os da DGCI e no prazo mencionado na al†nea b) supra, a ren‹ncia „quele regime ou a op€‚o pelo novo regime de tributa€‚o dos
grupos de sociedades.

QUADRO 04
Caracter…sticas da declaraƒ„o

1 - TIPO DE DECLARA‰ŠO
No Quadro 04.1 deve ser sempre indicado se, se trata de primeira declara€‚o do exerc†cio (campo 1) ou de declara€‚o de substitui€‚o (campos 2, 3, 4, 5
ou 6).

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Campo 2
Declaraƒ„o de substituiƒ„o
(n.€s 1 e 2 art. 114.€ CIRC)
Quando da autoliquida€‚o tenha resultado imposto superior ao devido ou preju†zo fiscal inferior ao efectivo pode a mesma ser corrigida tamb•m por meio
de declara€‚o de substitui€‚o a apresentar no prazo de um ano a contar do termo do prazo legal, sendo assinalado o campo 2.

A partir de 12/02/96, data da entrada em vigor do Decreto-Lei n.ˆ 7/96 de 7 de Fevereiro, que deu nova redac€•o ao artigo 97.ˆ do CIRC (actual 114.ˆ), pode
ser entregue fora de prazo legal declara€•o de substitui€•o Modelo 22, com aplica€•o da respectiva coima, a qual produzirƒ efeitos nos seguintes casos:

• Quando tenha sido autoliquidado imposto inferior ao devido

ou

• Declarado preju…zo superior ao efectivo

Devendo, quando for caso, ser pago o imposto em falta. A correc€•o a favor do Estado por iniciativa do sujeito passivo n•o tem limite de prazo.

A autoliquida€•o de que tenha resultado imposto superior ao devido ou preju„zo fiscal inferior ao efectivo pode ser corrigida por meio de declara€•o
de substituiۥo a apresentar no prazo de um ano a contar do termo do prazo legal.

Fora deste prazo a declara€•o ‡ aceite mas marcada como ”n•o liquidƒvel”

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Artigo 114.€
Declaraƒ„o de substituiƒ„o

1 - Quando tenha sido liquidado imposto inferior ao devido ou declarado preju†zo fiscal superior ao efectivo, pode ser apresentada declara€‚o de
substitui€‚o, ainda que fora do prazo legalmente estabelecido, e efectuado o pagamento do imposto em falta.

As situa€Šes de erro na autoliquida€•o passaram a tamb‡m poderem ser corrigidas atrav‡s de declara€•o de substitui€•o desde que sejam apresentadas
nos seis meses posteriores ao fim do prazo legal, nos termos do n.ˆ 2 do artigo 114.ˆ.

Artigo 114.€
Declaraƒ„o de substituiƒ„o

2 - A autoliquida€‚o de que tenha resultado imposto superior ao devido ou preju†zo fiscal inferior ao efectivo pode ser corrigida por meio de declara€‚o de
substitui€‚o a apresentar nos seis meses posteriores ao termo do prazo legal.

A parte final do of…cio circulado 20 072, de 8 de Julho de 2002, define as situa€Šes em que a declara€•o de substitui€•o, se torna desnecessƒria porquanto o
sistema recalcula automaticamente anomalias no Quadro 10.

Of…cio-Circular 20 072 de 2002-Jul-08

…/…

Salienta-se, ainda, que um certo n‹mero de erros e omiss…es praticados nas declara€…es periŒdicas de rendimentos, designadamente nos seus quadros 09
e 10, s‚o automaticamente corrigidas no procedimento de liquida€‚o.

Nestes casos n‚o hƒ necessidade de interven€‚o dos sujeitos passivos para obter a respectiva correc€‚o e deste facto dever‚o os mesmos ser
devidamente informados sempre que tal situa€‚o se suscite.

95
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Est‚o nestas condi€…es as seguintes incorrec€…es ou omiss…es:

• Erro no cƒlculo da colecta, designadamente por errada aplica€‚o da taxa [campos 347 a 351 e 370];

• Erro no valor declarado a reembolsar ou a pagar [campos 361, 362, 367 e 368];

• Erro no cƒlculo da derrama [campo 364];

• Erro no montante declarado de pagamentos por conta (excepto quanto ao pagamento especial por conta) [campo 360]

Campo 3
Declaraƒ„o de substituiƒ„o
(n.€ 4 do art. 58€-A)
O campo 3 do mesmo Quadro • assinalado quando se trate de declara€‚o de substitui€‚o apresentada nos termos do n.Ž 4 do artigo 58.Ž-A do CIRC. Neste
caso, a apresenta€‚o da declara€‚o deve ser feita durante o m‡s de Janeiro do ano seguinte „quele em que os valores patrimoniais se tornaram
definitivos, devendo a mesma ser preenchida na †ntegra. Se a declara€‚o for apresentada fora deste prazo, deve ser assinalado o campo 5.

Exemplo:

A sociedade "Vendeimovel, Lda." alienou em Setembro de 2008, dois apartamentos pelo valor de € 100.000 cada. O valor patrimonial tributƒrio definitivo
de um dos apartamentos foi-lhe comunicado em Fevereiro de 2009 (€ 120.000) e o outro em Julho de 2009 (€ 105.000).

Procedimentos:

Na declara€‚o modelo 22 do exerc†cio de 2008: acresce € 20.000 no campo 257 do Q. 07;

Em Janeiro de 2010 apresenta declara€‚o modelo 22 de substitui€‚o acrescendo € 5.000 no campo 257 do Q. 07;

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Campo 4
Declaraƒ„o de substituiƒ„o
(n.€ 8 e 9 do art. 112.€)
O campo 4 do mesmo Quadro • assinalado quando se trate de declara€‚o de substitui€‚o apresentada nos termos do n.Ž 8 ou 9 do artigo 112.Ž do CIRC.
Neste caso, o prazo para a apresenta€‚o da declara€‚o • de 60 dias a contar da data da verifica€‚o do facto que a determinou. Essa data deve ser
indicada no campo 418 do Quadro 11.

O Campo 4 ‡ assinalado nas situa€Šes em que hƒ lugar ‹ apresenta€•o de uma de substitui€•o, nos termos dos n.ˆ 8 e 9 do artigo 112,ˆ do C‚digo do IRC.

Nos termos do n.ˆ 8 do artigo 112.ˆ, a correc€•o a que se refere o n.ˆ 9 do artigo 46.ˆ deve ser efectuada atrav‡s de entrega ou envio da declara€•o de
substitui€•o, no prazo de 60 dias a contar da data da verifica€•o do facto que a determinou, relativa a cada um dos exerc…cios em que jƒ tenha decorrido o
prazo de apresenta€•o ou envio da declara€•o peri‚dica de rendimentos.

Por seu lado, o n.ˆ 9 da mesma disposi€•o legal, estabelece que sempre que n•o se verifique o requisito temporal estabelecido na parte final do n.ˆ 11 do
artigo 81.ˆ, para efeitos da tributa€•o aut‚noma a… prevista, o sujeito passivo deve entregar a declara€•o de rendimentos no prazo de 60 dias a contar da
data da verificaۥo do facto que a determinou.

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Em qualquer das situa€Šes deve ser preenchido o Campo 418 do Quadro 11.

N.€S 8 e 9 do art. 112.€

8 - A correc€‚o a que se refere o n.Ž 9 do artigo 46.Ž deve ser efectuada atrav•s de entrega ou envio da declara€‚o de substitui€‚o, no prazo de 60 dias a
contar da data da verifica€‚o do facto que a determinou, relativa a cada um dos exerc†cios em que jƒ tenha decorrido o prazo de apresenta€‚o ou envio da
declara€‚o periŒdica de rendimentos. (Redac€‚o dada pelo Decreto-Lei n.Ž 192/2005, de 7 de Novembro)

9 - Sempre que n‚o se verifique o requisito temporal estabelecido na parte final do n.Ž 11 do artigo 81.Ž, para efeitos da tributa€‚o autŒnoma a† prevista, o
sujeito passivo deve entregar a declara€‚o de rendimentos no prazo de 60 dias a contar da data da verifica€‚o do facto que a determinou. (Redac€‚o dada
pelo Decreto-Lei n.Ž 192/2005, de 7 de Novembro)

Campo 5
Declaraƒ„o de substituiƒ„o
(n.€ 4 do art. 58€-A)
Este Quadro • assinalado quando se trate de declara€‚o de substitui€‚o apresentada nos termos do n.Ž 4 do artigo 58.Ž-A do CIRC, entregue fora do prazo
estabelecido (Janeiro do ano seguinte), devendo a mesma ser preenchida na †ntegra.

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N.€ 4 do artigo 58.€- A CIRC


Regras de preenchimento da declaraƒ„o

Estas declara€…es devem ser preenchidas na †ntegra

No caso de sujeitos passivos que exer€am a t†tulo principal uma actividade de natureza comercial, industrial ou agr†cola, do regime geral e/ou regime de
redu€‚o de taxa e/ou regime de isen€‚o:

 Campo 257 do Quadro 07 tem de ter valor > que a declara€‚o anterior ou

 Campo 416 do Quadro 11 > do que declara€‚o anterior

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No caso de sujeitos passivos do regime simplificado:

 Campos 14 e/ou 15 do Quadro 03 do Anexo B tem de ter valor > que a declara€‚o anterior

 Nos restantes casos • o lucro tributƒvel que tem ser > que o da declara€‚o anterior

Campo 6
Declaraƒ„o de substituiƒ„o
(n.€s 3 art. 114.€ CIRC)
O campo 6 • utilizado nas condi€…es referidas no n.Ž 3 do artigo 114.Ž do CŒdigo do IRC, devendo ser preenchida a data decis‚o administrativa ou
senten€a superveniente.

n.€ 3 art.€ 114.€

3 - Em caso de decis‚o administrativa ou senten€a superveniente, o prazo previsto no n‹mero anterior conta-se a partir da data em que o declarante tome
conhecimento da decis‚o ou senten€a.

Com o OE 2009 foi aditado um novo prazo, especial, para apresenta€•o de declara€•o modelo 22 de substitui€•o) em caso de decis•o administrativa ou
senten€a superveniente, o prazo para o envio de uma declara€•o de substitui€•o, da qual resulte imposto inferior ou preju…zo fiscal superior ao da liquida€•o
anterior, conta-se a partir da data em que o declarante tome conhecimento da decis•o ou senten€a.

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2 - DECLARA‰”ES ESPECIAIS
Os campos relativos a declara€…es especiais s‚o de preenchimento obrigatŒrio somente nas situa€…es a† previstas:

 Declara€‚o do grupo,

 Declara€‚o do per†odo de liquida€‚o,

 Declara€‚o do per†odo de cessa€‚o,

 Declara€‚o com per†odo especial de tributa€‚o

ou

 Declara€‚o do exerc†cio do in†cio de tributa€‚o.

Ainda que ocorra dissolu€‚o da sociedade, sem preju†zo da observ’ncia do disposto na al†nea a) do n.Ž 2 do artigo 73.Ž do CIRC, a declara€‚o a apresentar
deve reportar-se a todo o per†odo de tributa€‚o, n‚o devendo ser assinalado nenhum dos campos deste quadro.

Este quadro destina-se a ser preenchido quando as empresas tenham de entregar a declaraۥo Modelo 22 para fins especiais.

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Campo 1
Declaraƒ„o do Grupo
Regime especial de tributaۥo dos grupos de sociedades

Existindo um grupo de sociedades, a sociedade dominante pode optar pela aplica€•o do regime especial de determina€•o da mat‡ria colectƒvel em rela€•o
a todas as sociedades do grupo.

Considera-se que existe um grupo de sociedades quando a sociedade dominante, det‡m, directa ou indirectamente, pelo menos 90% do capital de outra ou
outras sociedades ditas dominadas desde que tal participaۥo lhe confira mais de 50% dos direitos de voto.

A op€•o pelo regime estƒ condicionada ‹ verifica€•o cumulativa dos seguintes requisitos:

a) As sociedades pertencentes ao grupo t„m a sede e direc€•o efectiva em territ‚rio portugu„s e a totalidade dos seus rendimentos estƒ sujeita ao
regime geral de tributa€•o em IRC ‹ taxa normal mais elevada;

b) A sociedade dominante det‡m a participa€•o na(s) sociedade(s) dominada(s) hƒ mais de um ano, com refer„ncia ‹ data em que se inicia a
aplicaۥo do regime;

102
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c) A sociedade dominante n•o ‡ considerada dominada de nenhuma outra sociedade residente em territ‚rio portugu„s que re†na os requisitos para
ser qualificada como residente.

N•o podem fazer parte do grupo as sociedades que no in…cio ou durante a aplica€•o do regime se encontrem em determinadas situa€Šes, nomeadamente:

a) Estejam inactivas hƒ mais de um ano ou tenham sido dissolvidas;

b) Estejam em processo especial de recupera€•o ou de fal„ncia;

c) Registem preju…zos fiscais nos tr„s exerc…cios anteriores ao do in…cio de aplica€•o do regime;

d) Estejam sujeitas a uma taxa inferior ‹ taxa normal mais elevada e n•o renunciem ‹ sua aplica€•o.

A op€•o pela aplica€•o do regime ‡ comunicada ‹ DGCI pela sociedade dominante atrav‡s do envio de declara€•o de modelo oficial at‡ ao fim do terceiro
m„s do per…odo de tributa€•o em que se pretende iniciar a aplica€•o do regime e ‡ vƒlida por um per…odo renovƒvel de cinco exerc…cios.

Cessa a aplica€•o do regime quando deixarem de verificar-se os respectivos requisitos e ainda quando ocorram modifica€Šes na composi€•o do grupo com
entrada ou sa…da de novas sociedades e n•o seja feita a comunica€•o ‹ DGCI.

Quando for aplicƒvel o regime especial de tributa€•o dos grupos de sociedades, a sociedade dominante deverƒ apresentar a declara€•o peri‚dica de
rendimentos Mod. 22, em que determine o lucro tributƒvel do grupo e o correspondente imposto, assinalando o campo 1 do Quadro 04.4.

Cada uma das sociedades do grupo, incluindo a sociedade dominante, deve apresentar a sua declaraۥo de rendimentos onde seja determinado o imposto
como se aquele regime n•o fosse aplicƒvel, assinalando os campos 1 e 8 do Quadro 03.4.

As restantes empresas do grupo ter•o que preencher as declara€Šes Modelo 22 que s•o entregues juntamente com a declara€•o do Grupo.

EXEMPLO:

Grupo de empresas constitu†do por:

ALFA, SA (dominante)

BETA, SA

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CESSA, SA

(Tributa€‚o em grupo a partir de 2001)

a) ALFA,SA - entrega a declara€‚o do grupo, assinalando o Quadro.04. campo 1.

b) EntregarŽ, ainda, as restantes declaraƒ†es, de todas as empresas que formam o grupo, assinalando em cada uma delas os Campos 1 e 8 do
Q.03.4: ALFA,SA; BETA,SA e CESSA,SA. O Quadro 04.2 n‚o • preenchido.

104
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Artigo 112.€
Declaraƒ„o peri‚dica de rendimentos

6- Quando for aplicƒvel o regime especial de tributa€‚o dos grupos de sociedades:

a) A sociedade dominante deve apresentar ou enviar a declara€‚o periŒdica de rendimentos relativa ao lucro tributƒvel do grupo apurado nos termos
do artigo 64.Ž;

b) Cada uma das sociedades do grupo, incluindo a sociedade dominante, deve apresentar ou enviar a sua declara€‚o periŒdica de rendimentos onde
seja determinado o imposto como se aquele regime n‚o fosse aplicƒvel.

Campo 2
Declaraƒ„o do per…odo de liquidaƒ„o

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Ainda que ocorra dissolu€‚o da sociedade, sem preju†zo da observ’ncia do disposto na al†nea a) do n.Ž 2 do artigo 73.Ž do CIRC, a declara€‚o a apresentar
deve reportar-se a todo o per†odo de tributa€‚o, n‚o devendo ser assinalado nenhum dos campos deste quadro.

No exerc…cio do encerramento da liquida‚ƒo, desde que o per…odo de liquida€•o n•o ultrapasse tr„s anos, poder•o ser entregues duas declara€Šes de
rendimentos, sendo a primeira, obrigat€ria, referente ao per„odo decorrido desde o in„cio do exerc„cio at• … data em que esta se verificou
(declara€•o do per…odo de cessa€•o) e respeitando a segunda declara€•o, facultativa (declara€•o do per…odo de liquida€•o), a todo o per…odo de
liquida€•o, isto ‡, desde a data da dissolu‚ƒo at• … data da cessa‚ƒo, conforme previsto no artigo 73.ˆ do CIRC.

EXEMPLO DE DECLARA‰ŠO PER‹ODO DE LIQUIDA‰ŠO


(FACULTATIVA)

Data de Dissolu€‚o = 01/06/2005

Data de Cessa€‚o = 31/08/2007

A declara€•o relativa ao per…odo de liquida€•o tem por objectivo corrigir o lucro tributƒvel declarado durante este per…odo e que tem natureza provis‚ria.

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Ocorrendo a dissolu€•o e liquida€•o no mesmo exerc…cio, serƒ apresentada apenas uma declara€•o (do per„odo de cessa‚ƒo), sem preju…zo de a
determina€•o do lucro tributƒvel do per…odo anterior ‹ dissolu€•o dever ser autonomizada da determina€•o do lucro tributƒvel correspondente ao per…odo de
liquida€•o, juntando esta demonstra€•o ao processo de documenta€•o fiscal a que se refere o artigo 121.ˆ do CIRC.

LIQUIDA‰ŠO DE SOCIEDADES E OUTRAS ENTIDADES

O art. 73.ˆ refere a forma de determinar o lucro tributƒvel das sociedades em liquida€•o, o qual de harmonia com o disposto no seu n.ˆ 1, corresponderƒ a
todo o per…odo de liquida€•o.

Nos termos do C‚digo das Sociedades Comerciais, uma sociedade dissolvida entra imediatamente em liquida€•o cuja dura€•o serƒ, por via de regra, de 3
anos a contar da data da dissolu€•o, s‚ podendo ser prorrogado por delibera€•o dos s‚cios e nunca superior a 2 anos.

Verifica-se aqui um desvio ao princ…pio geral consignado no n.ˆ 1 do art. 8ˆ, segundo o qual o per…odo de tributa€•o, correspondente ao exerc…cio econ‚mico
coincide com o ano civil.

De facto estamos perante uma excep€•o ‹quele princ…pio, aliƒs consignada no n.ˆ 6 do art. 8.ˆ, em que se considera como per…odo tributƒvel todo o per…odo
em que decorre a liquidaۥo.

Assim, dispŠe o n.ˆ 1 do art. 73.ˆ que o lucro tributƒvel ‡ determinado com refer„ncia a todo o per…odo de liquida€•o tendo em conta que (n.ˆ 2 do art. 73.ˆ):

 No exerc…cio em que ocorrer a dissolu€•o, deverƒ ser feito o encerramento das contas com refer„ncia ‹ data da dissolu€•o, com vista a determinar
o lucro tributƒvel correspondente ao per…odo decorrido desde o in…cio do exerc…cio em que se verificou a dissolu€•o at‡ ‹ data desta;

 Durante o per…odo de liquida€•o haverƒ lugar anualmente ‹ determina€•o do lucro tributƒvel a t…tulo provis‚rio;

 Se o per…odo de liquida€•o n•o ultrapassar 3 anos, o lucro tributƒvel determinado a t…tulo provis‚rio, serƒ corrigido face ‹ determina€•o do lucro
tributƒvel correspondente a todo o per…odo de tributa€•o, cobrando-se ou anulando-se, a diferen€a apurada.

Se o per…odo de liquida€•o n•o ocorrer dentro dos 3 anos, os lucros tributƒveis de natureza provis‚ria tornar-se-•o definitivos, n•o se procederƒ ‹ liquida€•o
correctiva a que se refere o n.ˆ 8 do art. 83.ˆ, perdendo tamb‡m o sujeito passivo a possibilidade de deduzir os preju…zos fiscais eventualmente acumulados
at‡ ‹ data da dissolu€•o (n. 3 e 4 do art. 73.ˆ).

EXEMPLO

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Data da dissolu€‚o – 26/06/2006

Data da Liquida€‚o – 20/05/2008

Declara€…es a apresentar pela empresa BETA, Ld•

a) At• 31/05/2007 – Apresenta declara€‚o Modelo 22 do exerc†cio de 2006

b) At• 31/05/2008 – Apresenta declara€‚o Modelo 22 do exerc†cio de 2007

c) At• 20/6/2008 – Apresenta a declara€‚o referente ao per†odo de 1/01/2008 a 20/05/2008. (Obrigat‚ria)

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d) At• 20/6/2008 – Apresenta a declara€‚o referente ao per†odo de 26/6/2006 a 20/05/2008. (Facultativa)

Resultado da liquidaۥo

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Quanto ao resultado da liquida€•o (art. 74.ˆ), havendo partilha de bens patrimoniais pelos s‚cios, o valor a tomar em considera€•o para a determina€•o do
resultado, serƒ o valor de mercado dos mesmos.

Resultado da partilha

Relativamente ‹ tributa€•o dos s‚cios, o art. 75.ˆ estabelece que o valor atribu…do a cada s‚cio em resultado da partilha, abatido do pre€o de aquisi€•o das
correspondentes partes sociais, serƒ englobado para efeitos de tributa€•o em sede de IRS ou IRC (consoante o s‚cio seja pessoa singular ou colectiva), da
seguinte forma (n.ˆ 2 do art. 75.ˆ):

a) Se a diferen€a entre o valor atribu…do e o pre€o de aquisi€•o das partes sociais for positiva:

 ‘ considerada rendimento de aplica‚ƒo de capitais at‡ ao valor correspondente ‹s entradas verificadas para a realiza€•o do capital;

 ‘ganho de mais - valias, o valor que o ultrapassar

b) Se a diferen€a for negativa:

 ‘ menos-valia dedut…vel, mas apenas quando as partes sociais tenham permanecido na titularidade do sujeito passivo durante os 3 anos
imediatamente anteriores ‹ data da dissolu€•o.

Nos termos do art. 76.ˆ todas estas disposi€Šes s•o de aplicar igualmente ‹ liquida€•o de pessoas colectivas que n•o sejam sociedades.

EXEMPLO

A sociedade XPTO, Lda, com sede com capital social de 6 000,00, distribu†dos em partes iguais pelos sŒcios A e B, entrou em liquida€‚o atribuindo a cada
sŒcio, em resultado de partilha, o montante de 10 000,00.

O sŒcio A tinha adquirido a sua quota por 4 000,00 e o sŒcio B por 2 000,00.

Tributa€‚o do s‚cio A:

Valor da partilha 10 000,00

Valor da quota 3 000,00 (valor actual do capital social + aumentos de capital)

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Valor da aquisi€‚o 4 000,00

10 000,00 - 4 000,00 =6 000,00

10 000,00 - 3 000,00 =7 000,00

6 000,00 - 7 000,00 < O

10 000,00 - 4 000,00 =6 000,00 - rendimento de aplicaƒ„o de capitais

Tributa€‚o do s‚cio B:

Valor da partilha 10000 cts

Valor da quota 3000 cts (valor actual do capital social)

Valor de aquisi€‚o 2000 cts

10 000,00 - 2 000,00 = 8 000,00

10 000,00 - 3 000,00 = 7 000,00

8 000,00 - 7 000,00 > O

10 000,00 - 3 000,00 = 7 000,00 - rendimento de aplicaƒ„o de capitais

8 000,00 - 7 000,00 = 1 000, 00 - mais-valia tributŽvel (excesso)

Campos 3 e 6
Declaraƒ„o e data de cessaƒ„o
Ocorrendo cessaƒ„o de actividade, nos termos do n.Ž 5 do artigo 8.Ž do CIRC, deverƒ ser assinalado o campo 3, indicando-se a respectiva data.

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Neste caso, a declara€‚o de rendimentos serƒ apresentada no prazo de 30 dias a contar da data da cessaƒ„o, nos termos do n.Ž 3 do artigo 112.Ž do
mesmo CŒdigo.

No caso de cessa‚ƒo para efeitos fiscais, assinalar o campo 3 e indicar a correspondente data.

A cessa€•o da actividade ocorre nas situa€Šes previstas no n.ˆ 5 do artigo 8.ˆ do CIRC, devendo a declara€•o de rendimentos, relativa ao exerc…cio em que
a mesma se verificou, ser apresentada no prazo de 30 dias a contar da data da cessa€•o, nos termos do n.ˆ 3 do artigo 112.ˆ do mesmo C‚digo.

Artigo 112.€ n.€ 3

3 - No caso de cessa€‚o da actividade nos termos do n.Ž 5 do artigo 8.Ž, a declara€‚o de rendimentos relativa ao exerc†cio em que a mesma se verificou
deve ser apresentada ou enviada at• ao ‹ltimo dia ‹til do prazo de 30 dias a contar da data da cessa€‚o, aplicando-se igualmente este prazo para a
apresenta€‚o ou envio da declara€‚o relativa ao exerc†cio imediatamente anterior, quando ainda n‚o tenham decorrido os prazos mencionados nos n.Žs 1 e
2.

Artigo 8.€ n.€ 5


Per…odo de tributaƒ„o

5 - Para efeitos deste C‚digo, a cessaƒ„o da actividade ocorre:

112
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a) Relativamente „s entidades com sede ou direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s, na data do encerramento da liquidaƒ„o, ou na data da fus‚o ou
cis‚o, quanto „s sociedades extintas em consequ•ncia destas, ou na data em que a sede e a direc€‚o efectiva deixem de se situar em territŒrio portugu•s,
ou na data em que se verificar a aceita€‚o da heran€a jacente ou em que tiver lugar a declara€‚o de que esta se encontra vaga a favor do Estado, ou ainda
na data em que deixarem de verificar-se as condi€…es de sujei€‚o a imposto;

b) Relativamente „s entidades que n‚o tenham sede nem direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s, na data em que cessarem totalmente o exerc†cio da sua
actividade atrav•s de estabelecimento estƒvel ou deixarem de obter rendimentos em territŒrio portugu•s. encontra vaga a favor do Estado ou ainda na data
em que deixarem de verificar-se as condi€…es de sujei€‚o a imposto;

Of…cio-Circulado 20 063 de 2002-Mar-05


IRC - Cessaƒ„o de actividade

T•m sido colocadas diversas d‹vidas sobre a data em que ocorre a cessa€‚o de actividade, para efeitos de IRC, bem como sobre os procedimentos a
adoptar pelos servi€os para a sua verifica€‚o.

Assim, para conhecimento dos servi€os e uniformidade de procedimentos, divulga-se o seguinte entendimento, sancionado por despacho de 2002/02/27, do
Senhor Director-Geral, proferido na informa€‚o n.Ž 381/2002, da Direc€‚o de Servi€os do IRC:

1. Nos termos do n.Ž 5 do artigo 8.Ž do CIRC, a cessa€‚o de actividade, relativamente „s entidades com sede ou direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s,
ocorre na data do encerramento da liquida€‚o;

2. Estƒ subjacente a este conceito a cessa€‚o efectiva da obten€‚o de rendimentos ou da possibilidade da sua obten€‚o, em virtude da extin€‚o do sujeito
passivo;

3. Nestes termos, a cessa€‚o de actividade deverƒ reportar-se „ data do registo do encerramento da liquida€‚o, por ser esse o momento em que se
considera extinta a sociedade, conforme disposto no n.Ž 2 do artigo 160.Ž do CSC;

4. Assim, para verificaƒ„o desta data, dever„o os serviƒos solicitar aos contribuintes, documento comprovativo do pedido de registo do
encerramento da liquidaƒ„o na Conservat‚ria do Registo Comercial competente.

A cessa€•o de actividade ocorre nas situa€Šes previstas no n.ˆ 5 do art. 8 do CIRC e nomeadamente na data de registo do encerramento da liquida€•o.
Assim, duas situa€Šes se podem apresentar:

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• a dissolu‚ƒo no mesmo exerc„cio da liquida‚ƒo

• a dissolu‚ƒo em exerc„cio diferente que a liquida‚ƒo.

DISSOLU‰ŠO E LIQUIDA‰ŠO NO MESMO EXERC‹CIO

Em rela€•o ‹ primeira (dissolu‚ƒo no mesmo exerc„cio da liquida‚ƒo), a empresa apenas entrega uma declara€•o considerando a mesma como de
cessaۥo (Q.04.4 - campo 3) e preenchendo o campo 6 com a data da liquidaۥo (CESSAӥO).

EXEMPLO

A sociedade X, Lda fez a escritura de dissolu€‚o e de liquida€‚o em simult’neo em 20/05/2008, tendo efectuado o competente registo na ConservatŒria do
Registo Comercial.

Como deverƒ preencher a declara€‚o modelo 22?

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DISSOLU‰ŠO E LIQUIDA‰ŠO NO EXERC‹CIO SEGUINTE

Quando a dissolu‚ƒo se verificar em exerc„cio diferente da liquida‚ƒo, deve ter-se em aten€•o:

1. No ano da dissolu€•o terƒ que entregar apenas uma declara€•o, preenchendo, Quadro 01 - Per…odo Tributa€•o - 01/01 a 31/12.

“No Quadro 04 n•o deverƒ ser assinalado qualquer campo.“

2. Nos exerc…cios interm‡dios, entre o ano da dissolu‚ƒo e o da liquida‚ƒo e tendo em aten€•o que a liquida€•o continua, terƒ que apresentar uma
declara€•o normal sem qualquer inscri€•o no Q.04.4, considerando o per…odo de tributa€•o de 01/01 a 31/12.

3. No exerc…cio em que terminar a liquida‚ƒo terƒ, que entregar duas declara‚†es, assim:

I - Uma de cessa€•o onde ‡ apurado o resultado correspondente ao per…odo compreendido desde o in…cio do exerc…cio at‡ ‹ data da liquida€•o, assinalando
a posiۥo 3 e a respectiva data no campo 6 (Q.04.4).

II - Uma segunda declara€•o com toda a fase de liquida€•o, ou seja, desde a data da dissolu€•o at‡ ‹ data do encerramento da liquida€•o, considerando
esta declara€•o como “ declara‚ƒo do per„odo de liquida‚ƒo”, assinalando o campo 2 do Q.04.4.

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Neste caso, o per„odo de tributa‚ƒo • superior a um ano e o exerc…cio a que respeita esta declara€•o ‡ o exerc…cio em que se integra o ‰ltimo dia do
per…odo de liquida€•o.

DISSOLU‰ŠO E LIQUIDA‰ŠO EM EXERC‹CIO POSTERIOR

EXEMPLO

A sociedade X dissolveu-se em 01/03/2006 e faz o registo do encerramento da liquida€‚o no exerc†cio posterior, 20/05/2007.

Como preencher o Quadro 01 e 04.2 da declara€‚o do ano de dissolu€‚o?

Exerc†cio de 2007 (ano da liquida€‚o = ano da cessa€‚o) - entrega duas declara€…es:

De 01/01/2007 a 20/05/2007, considerada de cessaƒ„o

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De 01/03/2006 a 20/05/2007- Exerc…cio de 2007, considerada do per…odo de liquidaƒ„o

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Campos 4 e 5
Declaraƒ„o com per…odo especial de tributaƒ„o
(Antes da alteraƒ„o e Ap‚s a alteraƒ„o)
Os campos 4 e 5 s‚o assinalados sempre que o per†odo de tributa€‚o n‚o coincida com o ano civil, nos termos dos n.Ž 2 e 3 do artigo 8.Ž do CIRC. Na
declara€‚o correspondente ao per†odo referido na al†nea d) do n.Ž 4 do artigo 8.Ž deve-se assinalar o campo 4 e nas declara€…es dos exerc†cios seguintes,
de acordo com o per†odo de tributa€‚o adoptado, assinalar sempre o campo 5.

Artigo 8.€ n.€s 2 e 3


Per…odo de tributaƒ„o

2 - As pessoas colectivas com sede ou direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s que, nos termos da legisla€‚o aplicƒvel, estejam obrigadas „ consolida€‚o
de contas, bem como as pessoas colectivas ou outras entidades sujeitas a IRC que n‚o tenham sede nem direc€‚o efectiva neste territŒrio e nele
disponham de estabelecimento estƒvel, podem adoptar um per†odo anual de imposto diferente do estabelecido no n‹mero anterior, o qual deve ser mantido
durante, pelo menos, os cinco exerc†cios imediatos. [Redac€‚o dada pelo Decreto-Lei n.Ž 211/2005, de 7 de Dezembro]

3 - O Ministro das Finan€as pode, a requerimento dos interessados, a apresentar com a anteced•ncia m†nima de 60 dias contados da data do in†cio do
per†odo anual de imposto pretendido, tornar extensiva a outras entidades a faculdade prevista no n‹mero anterior, e nas condi€…es dele constantes, quando
raz…es de interesse econŒmico o justifiquem. [Redac€‚o dada pelo Decreto-Lei n.Ž 211/2005, de 7 de Dezembro]

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De harmonia com artigo 8.Ž do CŒdigo do IRC poder‚o as pessoas colectivas adoptar um per†odo de tributa€‚o diferente do normal, apŒs requerimento
dirigido ao Ministro das Finan€as .

Assim, no exerc…cio em que se inicia o novo per…odo, dever‚o as pessoas colectivas entregar a declara€‚o modelo 22 assinalando no Q.01 o per†odo a
que corresponde a declara€‚o (de 1 de Janeiro at• ao dia anterior ao do inicio do novo per†odo).

Dever‚o assinalar, ainda, no Q.04.4 o campo 4 antes da altera€‚o do per†odo.

EXEMPLO:

Em 2006 a firma Beta, SA solicitou um per†odo de tributa€‚o de 1 de Abril a 31 de Mar€o, o qual lhe foi deferido.

Relativamente ao exerc†cio de 2006, entrega declara€‚o mod.22 com as seguintes indica€…es:

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Em 2007, entrega a declara€‚o mod. 22, assinalando o novo per†odo de tributa€‚o, assumindo que o exerc…cio a que corresponde a declaraƒ„o ˆ o
que integra o primeiro dia do novo per…odo.

Nos anos posteriores apresenta anualmente a declara€•o modelo 22 com indica€•o do per…odo de tributa€•o e exerc…cio (quadro 01) seguindo a regra
anterior, assinalando no Q.04.4 o campo 5.

O prazo de apresenta€•o das declara€Šes vem estipulado no n.ˆ 2 do art. 112.ˆ do CIRC.

Artigo 112.€ n.€ 2

2 - Relativamente aos sujeitos passivos que, nos termos dos n.Žs 2 e 3 do artigo 8.Ž, adoptem um per†odo de tributa€‚o diferente do ano civil, a declara€‚o
deve ser apresentada ou enviada at• ao ‹ltimo dia ‹til do 5.Ž m•s posterior „ data do termo desse per†odo, prazo que • igualmente aplicƒvel relativamente
ao per†odo mencionado na al†nea d) do n.Ž 4 do artigo 8.Ž

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Circular 4/2006, de 20 de Fevereiro

Per…odo especial de tributaƒ„o. Per…odo de tributaƒ„o diferente do ano civil. Declaraƒ†es de Inscriƒ„o no Registo e de Alteraƒ†es

Considerando que, apŒs as altera€…es introduzidas ao artigo 8.Ž do CŒdigo do IRC pelo Decreto-Lei n.Ž 211/2005, de 7 de Dezembro, a op€‚o por um
per†odo especial de tributa€‚o ou pelo regresso ao per†odo de tributa€‚o coincidente com o ano civil deve ser efectuada, na maioria das situa€…es, atrav•s
de comunica€‚o „ DGCI, e que t•m sido suscitadas d‹vidas quanto „ forma dessa comunica€‚o, foi, por despacho de 13/02/2006 de Sua Excel•ncia o
Secretƒrio de Estado dos assuntos Fiscais, determinada a divulga€‚o das seguintes instru€…es:

1. O n.Ž 2 do artigo 8Ž do CŒdigo do IRC prev• a possibilidade de as pessoas colectivas com sede ou direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s e que, nos
termos da legisla€‚o aplicƒvel, estejam obrigadas „ consolida€‚o de contas, bem como as pessoas colectivas ou outras entidades sujeitas a IRC que n‚o
tenham sede nem direc€‚o efectiva neste territŒrio e nele disponham de estabelecimento estƒvel, optarem por um per†odo de tributa€‚o diferente do ano
civil.

2. Esta op€‚o n‚o carece de autoriza€‚o pr•via, sendo apenas necessƒria a sua comunica€‚o atempada „ DGCI, atrav•s da entrega:

- Da Declara€‚o de Inscri€‚o no Registo/In†cio de Actividade (n.Ž 4 do artigo 110.Ž do CŒdigo do IRC) quando se pretender a adop€‚o do per†odo especial
de tributa€‚o desde o in†cio de actividade; ou,

- Da Declara€‚o de Altera€…es (n.Ž 5 do artigo 110.Ž do CŒdigo do IRC), quando, posteriormente ao in†cio de actividade, se pretender adoptar um per†odo
especial de tributa€‚o ou passar de um per†odo especial de tributa€‚o para outro per†odo da mesma natureza.

3. Nos casos em que, apŒs ter decorrido o per†odo m†nimo de cinco exerc†cios completos com um per†odo especial de tributa€‚o, se pretender regressar ao
per†odo de tributa€‚o coincidente com o ano civil, os sujeitos passivos devem sempre comunicar tal facto, atrav•s da entrega da Declara€‚o de Altera€…es
(nŽ 5 do artigo 110Ž do CŒdigo do IRC), n‚o sendo relevante, para este efeito, o facto de a adop€‚o do per†odo especial de tributa€‚o ter dependido ou n‚o
de autoriza€‚o ministerial.

4. Para efeitos da contagem do prazo para a entrega da Declara€‚o de Altera€…es a que se refere o n.Ž 5 do art. 110.Ž do CŒdigo do IRC, deve
considerar-se como data da altera€•o a data do primeiro dia do novo per†odo de tributa€‚o.

5. A nova redac€‚o do n.Ž 2 do artigo 8Ž do CŒdigo do IRC • de aplica€‚o imediata (conforme o disposto na al†nea a) do n.Ž 1 do artigo 11.Ž do Decreto-Lei
n.Ž 211/2005, de 7 de Dezembro). Assim, a Declara€‚o de Altera€…es deverƒ ser apresentada relativamente „s situa€…es em que o primeiro dia do per†odo
especial de tributa€‚o adoptado ocorra apŒs a entrada em vigor daquele diploma, ou seja, depois de 12.12.2005, para o Continente, e de 22.12.2005, para

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as Regi…es AutŒnomas dos A€ores e da Madeira.

6. Nas situa€…es previstas no n.Ž 3 do artigo 8.Ž do CŒdigo do IRC – aquelas em que a adop€‚o de um per†odo especial de tributa€‚o carece de autoriza€‚o
ministerial – o prazo para a apresenta€‚o do requerimento, previsto na mesma norma, apenas • aplicƒvel aos pedidos apresentados apŒs 01.01.2006,
conforme determina a al†nea b) do n.Ž 1 do artigo 11.Ž do Decreto-Lei n.Ž 211/2005, de 7 de Dezembro.

7. Por•m, tendo em conta a proximidade da data de publica€‚o deste diploma e a data a partir da qual se aplica o prazo m†nimo para a apresenta€‚o do
requerimento em causa, devem considerar-se tempestivos os pedidos apresentados em Janeiro e Fevereiro do corrente ano relativos a per†odos especiais
de tributa€‚o cujo in†cio se reporte a 1 de Fevereiro ou a 1 de Mar€o de 2006.

8. Enquanto n‚o forem disponibilizados novos modelos declarativos devidamente adaptados „ possibilidade de op€‚o por um per†odo especial de
tributa€‚o ou regresso ao per†odo de tributa€‚o coincidente com o ano civil, os sujeitos passivos devem exercer essa op€‚o e inscrever o respectivo
per†odo de tributa€‚o no Quadro 40 – "Observa€…es", da Declara€‚o de Inscri€‚o no Registo/In†cio de Actividade ou de Altera€…es, a qual deve ser
remetida pelos Servi€os Locais de Finan€as „ Direc€‚o de Servi€os de Registo de Contribuintes para recolha posterior.

Oficio Circulado 40 592 de 1998-Jul-20


Adopƒ„o de um per…odo de tributaƒ„o diferente do ano civil
(1 de Julho a 30 de Junho do ano seguinte)

A altera€‚o do per†odo de tributa€‚o solicitado por V. Ex.•. mereceu deferimento por meu despacho de 98.07.10, proferido por subdelega€‚o, devendo o
in†cio do novo per†odo de tributa€‚o ser aplicado a partir de 98.07.01, devendo ser mantido, pelo menos, nos cinco exerc†cios imediatos, nos termos do n.Ž
2 do artigo 7.Ž do CŒdigo do IRC.

Relativamente ao per†odo de transi€‚o que decorre entre 01 de Janeiro de 1998 e o dia que antecede o in†cio do novo per†odo de tributa€‚o, dever‚o V.Ex•
apresentar a declara€‚o Mod. 22 conforme o previsto no n.Ž 2 do artigo 96.Ž do CŒdigo do IRC, e observar os seguintes procedimentos que lhes sejam
aplicƒveis:

1. Elaborar inventƒrios de situa€‚o, dos elementos activos e passivos na data do termo do per†odo.

2. Periodificar as reintegra€…es e amortiza€…es de acordo com o artigo 7.Ž do Decreto Regulamentar n.Ž 2/90, de 12 de Janeiro.

3. Registar as provis…es que correspondam a deprecia€…es dos activos e a perdas ou encargos potenciais.

4. Atender „ especializa€‚o dos custos e proveitos.

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5. Efectuar os pagamentos por conta cuja obriga€‚o ocorra de acordo com os prazos previstos no n.Ž 1 do artigo 82.Ž do CIRC, dentro do per†odo de
tributa€‚o em causa.

No primeiro exerc†cio anual dever‚o V. Ex.•s efectuar os pagamentos por conta, conforme determina o artigo 82.Ž do CIRC, tendo, no entanto em
considera€‚o que o ‹ltimo exerc†cio que servirƒ de base para o cƒlculo dos montantes a pagar foi inferior a 12 meses, torna-se necessƒrio converter a
correspondente colecta numa base anual, para ent‚o proceder em conformidade com o disposto no art.Ž 83.Ž do CIRC.

Circular 12/97
1997-Ago-07
PER‹ODO DE TRIBUTA‰ŠO - SOCIEDADES COMERCIAIS

Tendo-se suscitado d‹vidas sobre a rela€‚o existente entre a al†nea i) do n.Ž 1 do artigo 9.Ž do CŒdigo das Sociedades Comerciais e o n.Ž 3 do artigo 7.Ž do
CŒdigo do IRC, foi, por despacho de 30 de Dezembro de 1996, de Sua Excel•ncia o Secretƒrio de Estado dos Assuntos Fiscais, exarado na informa€‚o n.Ž
608/96, da Direc€‚o de Servi€os do IRC, sancionado o seguinte entendimento:

a) A adop€‚o do exerc†cio anual diferente do ano civil, ao abrigo do disposto na al†nea i) do artigo 9.Ž do CŒdigo das Sociedades Comerciais, aditada pelo
Decreto-Lei nŽ 328/95, de 9 de Dezembro, n‚o se reflecte automaticamente no dom†nio do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC);

b) Assim, as sociedades que pretendam adoptar um per†odo de tributa€‚o diferente do ano civil devem efectuar o requerimento previsto no nŽ 3 do artigo 7Ž
do CŒdigo do IRC, o qual sŒ poderƒ ser deferido, nos termos desta disposi€‚o, quando existam raz…es de interesse econŒmico que justifiquem aquela
adop€‚o.

Campo 7
Declaraƒ„o do exerc…cio do in…cio de tributaƒ„o
O campo 7 serƒ assinalado quando se trate da primeira declara€‚o apresentada pelo sujeito passivo apŒs o in†cio de actividade.

EXEMPLO I

A firma “Dias & Dias A Boavida, Lda.” iniciou a sua actividade em 15/09/2008. Deverƒ preencher deste modo o Quadro 01 e 04.2.

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EXEMPLO II

Um sujeito passivo n‚o residente iniciou em 20/06/2008 e logo na declara€‚o de in†cio, declarou pretender adoptar um per†odo de tributa€‚o a diferente a
iniciar em 01 de Outubro.

Deverƒ preencher deste modo o Quadro 01 e 04.2.

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Este campo serƒ sempre assinalado quando se trate da primeira declara€•o apresentada pelo sujeito passivo ap‚s o in…cio de actividade

Prˆ-preenchimento: Per…odo de tributaƒ„o (Quadro 01 e 04.2)

Estes campos ser•o preenchidos em fun€•o da informa€•o constante do sistema de gest•o de registo de contribuintes (cadastro).

Est•o abrangidas, as situa€Šes de:

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 Declara€Šes com Per…odos de tributa€•o diferentes do ano civil

 Declara€•o do exerc…cio do in…cio de actividade

 Declara€•o de cessa€•o de actividade

Em caso de erro, o sujeito passivo deve corrigir a informa€•o cadastral, atrav‡s de declara€•o de altera€Šes, sendo caso disso.

Campo 8
Declaraƒ„o do exerc…cio do in…cio de tributaƒ„o
As entidades n‚o residentes sem estabelecimento estƒvel, quando estejam obrigadas „ apresenta€‚o da declara€‚o de rendimentos no prazo de 30 dias
previsto nas al†neas b) e c) do n.Ž 5 do artigo 112.Ž do CIRC, devem indicar, no campo 8, a data da transmiss‚o ou a data da aquisi€‚o do incremento
patrimonial.

‘ introduzido um novo campo neste Quadro, destinado ‹s entidades n•o residentes sem estabelecimento estƒvel, para a indica€•o da data da transmiss•o,
nos casos em que esta seja relevante para a determinaۥo do facto gerador do imposto

Assim, estes sujeitos passivos deixam de preencher o campo 6

Artigo 112.€ do CIRC

5 - Nos casos previstos no n‹mero anterior, a declara€‚o deve ser apresentada, em duplicado, ou enviada:

b) Relativamente a ganhos resultantes da transmiss‚o onerosa de imŒveis, at• ao ‹ltimo dia ‹til do prazo de 30 dias a contar da data da transmiss‚o. (*)
(Redac€‚o dada pela Lei n.Ž 109-B/2001, de 27 de Dezembro - OE)

126
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c) Relativamente a incrementos patrimoniais derivados de aquisi€…es a t†tulo gratuito, at• ao ‹ltimo dia do prazo de 30 dias a contar da data da aquisi€‚o.
(Aditado pelo Decreto-Lei n.Ž 287/2003, de 12 de Novembro)

Relativamente aos n•o residentes sem estabelecimento estƒvel o facto gerador considera-se verificado:

 Ganhos resultantes de transmiss•o onerosa de im‚veis = verificado na data da transmiss•o.

 Incrementos Patrimoniais referidos na al…nea e) do nˆ 3 do art. 4ˆ, = na data de aquisi€•o.

A altera€•o deste campo ‡ acompanhada de outros ajustamentos:

Assim, as entidades n•o residentes sem estabelecimento estƒvel passam a preencher sempre o per„odo de tributa‚ƒo, seja qual for o ano em causa

Por outro lado, introduziu-se tamb‡m um novo campo no Quadro 08, para os rendimentos de capitais obtidos por estas entidades e que estejam sujeitos a
declaraۥo:

Entidades n„o residentes sem estabelecimento estŽvel


Exemplos de preenchimento do Quadro do per†odo de tributa€‚o

Caso 1: declara€‚o com rendimentos prediais

127
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Caso 2: declara€‚o com rendimentos de mais-valias por transmiss„o de im‚veis

Cƒlculo do imposto (Quadro 09 e 10) sem altera€‚o de preenchimento:

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3 - ANEXOS

ANEXO A
Derrama
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Este campo destina-se a indicar que o sujeito passivo junta „ declara€‚o Modelo 22 o Anexo A, o qual tem que ser preenchido para o cƒlculo da derrama,
pelos sujeitos passivos que, cumulativamente:

a) Tenham mat•ria colectƒvel no exerc†cio superior a 50.000,00 Euros;

b) Tenham estabelecimentos estƒveis ou representa€…es locais em mais de um munic†pio (artigo 14.Ž da Lei n.Ž 2/2007, de 15 de Janeiro).

A nova lei das finan€as locais (Lei n.ˆ 2/2007, de 15 de Janeiro), alterou de forma significativa o cƒlculo da derrama para o exerc…cio de 2007 e seguintes.

Com efeito, a base de incid„ncia da derrama passa a ser o lucro tributƒvel, podendo a respectiva taxa variar at‡ ao limite mƒximo de 1,5%.

De acordo com o previsto no n.ˆ 4 do artigo 14.ˆ da referida lei, os munic…pios podem deliberar o lan€amento de uma taxa reduzida de derrama para os
sujeitos passivos cujo volume de neg‚cios no ano anterior, n•o ultrapasse os € 150.000,00.

Neste caso, coexistir•o duas taxas no respectivo munic…pio: a taxa normal, aplicƒvel ‹ generalidade dos sujeitos passivos e uma reduzida, sendo esta
aplicƒvel apenas ‹quele universo, pelo que o campo 364 do Quadro 10 deve ser preenchido em conformidade com a taxa aplicƒvel.

Mant‡m-se a obrigatoriedade de apresenta€•o do Anexo A pelos sujeitos passivos que, cumulativamente:

a) Tenham mat‡ria colectƒvel no exerc…cio superior a € 50.000,00;

b)Tenham estabelecimentos estƒveis ou representa€Šes locais em mais de um munic…pio.

Nos casos de declara€Šes de substitui€•o relativas a exerc…cios anteriores a 2007, devem ser mantidas as regras de cƒlculo de derrama em vigor ‹ data, ou
seja, nos campos 1 e 3 do Quadro 06 do supra referido Anexo, onde se indica “lucro tributƒvel” deve utilizar-se a colecta.

Artigo 14.€ da Lei n.€ 2/2007 de 15 de Janeiro


Derrama

1 - Os munic†pios podem deliberar lan€ar anualmente uma derrama, at• ao limite mƒximo de 1,5% sobre o lucro tributƒvel sujeito e n‚o isento de imposto
sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC), que corresponda „ propor€‚o do rendimento gerado na sua ƒrea geogrƒfica por sujeitos passivos
residentes em territŒrio portugu•s que exer€am, a t†tulo principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agr†cola e n‚o residentes com
estabelecimento estƒvel nesse territŒrio.

130
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2 - Para efeitos de aplica€‚o do disposto no n‹mero anterior, sempre que os sujeitos passivos tenham estabelecimentos estƒveis ou representa€…es locais
em mais de um munic†pio e mat•ria colectƒvel superior a € 50000, o lucro tributƒvel imputƒvel „ circunscri€‚o de cada munic†pio • determinado pela
propor€‚o entre a massa salarial correspondente aos estabelecimentos que o sujeito passivo nele possua e a correspondente „ totalidade dos seus
estabelecimentos situados em territŒrio nacional.

3 - Quando o volume de negŒcios de um sujeito passivo resulte em mais de 50% da explora€‚o de recursos naturais que tornem inadequados os crit•rios
estabelecidos nos n‹meros anteriores, podem os munic†pios interessados, a t†tulo excepcional, propor, fundamentadamente, a fixa€‚o de um crit•rio
espec†fico de reparti€‚o da derrama, o qual, apŒs audi€‚o do sujeito passivo e dos restantes munic†pios interessados, • fixado por despacho conjunto do
Ministro das Finan€as e do ministro que tutela as autarquias locais.

4 - A assembleia municipal pode, por proposta da c’mara municipal, deliberar lan€ar uma taxa reduzida de derrama para os sujeitos passivos com um
volume de negŒcios no ano anterior que n‚o ultrapasse € 150000.

5 - Nos casos n‚o abrangidos pelo n.Ž 2, considera-se que o rendimento • gerado no munic†pio em que se situa a sede ou a direc€‚o efectiva do sujeito
passivo ou, tratando-se de sujeitos passivos n‚o residentes, no munic†pio em que se situa o estabelecimento estƒvel onde, nos termos do artigo 117.Ž do
CŒdigo do IRC, esteja centralizada a contabilidade.

6 - Entende-se por massa salarial o valor das despesas efectuadas com o pessoal e escrituradas no exerc†cio a t†tulo de remunera€…es, ordenados ou
salƒrios.

7 - Os sujeitos passivos abrangidos pelo n.Ž 2 indicam na declara€‚o periŒdica de rendimentos a massa salarial correspondente a cada munic†pio e
efectuam o apuramento da derrama que seja devida.

8 - A delibera€‚o a que se refere o n.Ž 1 deve ser comunicada por via electrŒnica pela c’mara municipal „ Direc€‚o-Geral dos Impostos at• ao dia 31 de
Dezembro do ano anterior ao da cobran€a por parte dos servi€os competentes do Estado.

9 - Caso a comunica€‚o a que se refere o n‹mero anterior seja recebida para al•m do prazo nele estabelecido, n‚o hƒ lugar „ liquida€‚o e cobran€a da
derrama.

10 - O produto da derrama paga • transferido para os munic†pios at• ao ‹ltimo dia ‹til do m•s seguinte ao do respectivo apuramento pela Direc€‚o-Geral
dos Impostos.

ANEXO B

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Regime Simplificado
Este campo destina-se a indicar que o sujeito passivo junta ‹ declara€•o Modelo 22 o Anexo B, o qual tem que ser preenchido para determina€•o o lucro
tributƒvel.

De harmonia com o disposto no art. 53.ˆ do CIRC, ficam abrangidos pelo regime simplificado de determina€•o do lucro tributƒvel os sujeitos passivos
residentes que exer€am a t…tulo principal, uma actividade comercial, industrial ou agr…cola que satisfa€am, cumulativamente, os seguintes requisitos:

a) N•o estejam isentos nem sujeitos a algum regime especial de tributa€•o;

b) N•o estejam obrigados ‹ revis•o legal de contas;

c) Apresentem, no exerc…cio anterior ao da aplica€•o do regime, um volume total anual de proveitos inferior a € 149 639,37

d) N•o optem pela aplica€•o do regime geral de determina€•o do lucro tributƒvel.

No exerc…cio do in…cio de actividade o enquadramento faz-se em conformidade com o volume de proveitos estimados.

Caso o volume de proveito estimado seja inferior a € 149.639,37, e, verificados os demais pressupostos jƒ referidos, o sujeito passivo fica enquadrado no
regime simplificado, podendo, contudo, optar pelo regime geral atrav‡s do preenchimento do Quadro 19 da declara€•o de inscri€•o no regime - in…cio de
actividade.

Op‚ƒo Pela Aplica‚ƒo Do Regime Geral

Os sujeitos passivos podem optar pelo regime geral, devendo faz„-lo na declara€•o de in…cio de actividade ou em declara€•o de altera€Šes, at‡ ao fim do 3.ˆ
m„s do per…odo de tributa€•o do in…cio da aplica€•o do regime.

A op€•o ‡ vƒlida por um per…odo de 3 exerc…cios, findo o qual caduca, excepto se for renovada nos termos e prazos referidos, ou seja, mediante declara€•o
de altera€Šes at‡ ao fim do 3ˆ m„s do per…odo de tributa€•o do in…cio da aplica€•o do regime.

Vig‡ncia do regime

O regime simplificado mant„m-se, verificados os respectivos pressupostos, por um per…odo m…nimo de 3 exerc…cios, automaticamente prorrogƒvel, salvo
opۥo pelo regime geral.

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O apuramento do lucro tributƒvel no regime simplificado ‡ feito atrav‡s da f‚rmula seguinte:

Lucro Tributƒvel = Coeficiente X Vendas de mercadorias e produtos e restantes proveitos, com exclus‚o da varia€‚o da produ€‚o e dos trabalhos para a
prŒpria empresa

Ser•o aplicados coeficientes de base t‡cnico-cient…fica, aprovados por portaria do Ministro das Finan€as.

At‡ ‹ aprova€•o destes, ‡ aplicado o coeficiente de 0,20 ‹s vendas de mercadorias e de produtos, subs…dios destinados ‹ explora€•o e de 0,45 aos
restantes proveitos, (o coeficiente de 0,20 ‡ tamb‡m aplicƒvel ao sector de alojamento e restaura€•o), com um m…nimo igual ao valor anual do salƒrio
m…nimo nacional mais elevado (€ 5 964,00).

IRC Liquidado = Taxa (20%, n.€ 3 do art. 80€) X Lucro TributŽvel

Uma vez que o lucro tributƒvel m…nimo ‡ no exerc…cio de 2008 de € 5964,00, o IRC m…nimo ‡ de € 1192,80.

Cessaۥo da aplicaۥo do regime simplificado

A aplica€•o do regime simplificado cessa, desde logo, por op€•o do sujeito passivo, ap‚s o decurso do per…odo m…nimo de perman„ncia no regime. Cessa
igualmente quando seja ultrapassado o limite do volume total de proveitos em 2 exerc…cios consecutivos ou num s‚ exerc…cio em montante superior a 25%
desse limite ou ainda se deixar de se verificar qualquer dos demais requisitos de que depende a aplicaۥo do regime.

Assim, se o volume total de proveitos for superior a € 187.049,21 num s‚ exerc…cio ou se for superior a 149.639,37, mas inferior ‹quele montante, em 2
exerc…cios consecutivos, hƒ lugar ‹ passagem para o regime geral a partir do exerc…cio seguinte ao da verifica€•o desses factos (n.ˆ 10 do art. 53ˆ).

As sociedades de profissionais, embora sujeitas ao regime de transpar„ncia fiscal, podem, nos termos do n.ˆ 13 do artigo 53.ˆ do C‚digo do IRC, ficar
abrangidas pelo regime simplificado. O coeficiente a aplicar ‹s respectivas presta€Šes de servi€os, para apuramento do lucro tributƒvel dos exerc…cios de
2007 e seguintes, ‡ de 0,70, face ‹ altera€•o introduzida no n.ˆ 2 do artigo 31.ˆ do C‚digo do IRS pela Lei n.ˆ 53-A/2006, de 29 de Dezembro (Or€amento do
Estado para 2007) aplicƒvel “ex vi” ao referido n.ˆ 13 do artigo 53.ˆ do C‚digo do IRC.

Tamb‡m aqui, nos casos de declara€Šes de substitui€•o relativas a exerc…cios anteriores a 2007, ‡ aplicƒvel o coeficiente 0,65, em vigor ‹ data.

Por for€a da altera€•o introduzida no n.ˆ 6 do artigo 53.ˆ do C‚digo do IRC pela Lei n.ˆ 67-A/2007, de 31 de Dezembro (Or€amento do Estado para 2008), ao
montante dos subs„dios destinados … explora‚ƒo passou a ser aplicƒvel o coeficiente 0,20, no apuramento do lucro tributƒvel relativo aos exerc…cios de

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2006 e seguintes.

Por este motivo, os sujeitos passivos que pretendam corrigir o apuramento do lucro tributƒvel relativo ao exerc…cio de 2006, podem adoptar um dos
procedimentos constantes do ponto 2.2 do Of…cio-Circulado n.ˆ 20126, de 2008-01-31.

Recorda-se tamb‡m que a referida lei introduziu uma nova disposi€•o no n.ˆ 16 no artigo 53.ˆ do C‚digo, pelo que aos sujeitos passivos de IRC
enquadrados no regime simplificado nƒo serˆ aplicˆvel o limite m…nimo de lucro tributƒvel a que se refere a parte final do n.ˆ 4 do artigo 53.ˆ, na liquida€•o
de IRC relativa ao exerc…cio de cessa€•o e sempre que esta ocorra ap‚s 2008-01-01.

ANEXO C
Regi†es Aut‚nomas
O anexo C deve ser entregue por:

• Qualquer pessoa colectiva ou equiparada, com sede ou direc€•o efectiva em territ‚rio portugu„s que possua sucursais, delega€Šes, ag„ncias,
escrit‚rios, instala€Šes ou qualquer forma de representa€•o permanente sem personalidade jur…dica pr‚pria em mais de uma circunscri€•o,

• Sujeitos passivos n•o residentes com estabelecimentos estƒveis em mais de uma circunscri€•o.

• Pelos sujeitos passivos que tenham rendimentos imputados ‹ Regi•o Aut‚noma dos A€ores, nos termos do Decreto Legislativo Regional n.ˆ 2/99/A de
20 de Janeiro, e/ou rendimentos imputƒveis ‹ Regi•o Aut‚noma da Madeira, nos termos do Decreto Legislativo Regional n.ˆ 3/2007/M e como tal
suscept…veis de beneficiarem da redu€•o de taxa a… prevista.

Com a publica€•o do Decreto Legislativo Regional n.ˆ 3/2007/M (Or€amento da Regi•o Aut‚noma da Madeira para 2007), a taxa regional do regime geral do
IRC (22,5%) passou a ser aplicƒvel, para os exerc…cios de 2007 e seguintes, a sujeitos passivos que:

a) Tenham sede, direc€•o efectiva ou estabelecimento estƒvel na Regi•o Aut‚noma da Madeira;

b) Tenham sede ou direc€•o efectiva noutra circunscri€•o e possuam sucursais, delega€Šes, ag„ncias, escrit‚rios, instala€Šes ou quaisquer formas
de representa€•o permanente sem personalidade jur…dica pr‚pria na Regi•o Aut‚noma da Madeira;

c) Tenham sede ou direc€•o efectiva fora do territ‚rio nacional e possuam estabelecimento estƒvel na Regi•o Aut‚noma da Madeira.

Os sujeitos passivos que obtenham rendimentos sujeitos a tributa€•o, imputƒveis ‹ Regi•o, est•o obrigados ‹ apresenta€•o do Anexo C da declara€•o

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modelo 22, devendo proceder ao seu preenchimento integral.

Nos casos de declara€Šes de substitui€•o relativas a exerc…cios anteriores a 2007, de sujeitos passivos para os quais n•o era aplicƒvel a taxa de IRC
referida, mant„m-se as regras de preenchimento, ou seja, no cƒlculo a efectuar no campo 13 do Anexo deve ser utilizada a taxa do continente.

QUADRO 05
Identificaƒ„o do representante legal e do Tˆcnico Oficial de Contas
š obrigatŒria a indica€‚o do N‹mero de Identifica€‚o Fiscal do Representante Legal.

Todos os sujeitos passivos s‚o obrigados a enviar a declara€‚o de rendimentos atrav•s da op€‚o TOC, com excepƒ„o das entidades que n‚o exercem a
t†tulo principal, actividade de natureza comercial, industrial ou agr†cola, quando n‚o estejam obrigadas a possuir contabilidade regularmente organizada, e
das entidades n„o residentes sem estabelecimento estƒvel.

FICHA DOUTRINARIA
Proc.2151/2006 – despacho de 2008.02.07, do Subdirector – Geral, substituto legal do Director - Geral

Obriga€‚o de nomea€‚o de liquidatƒrio de sociedade dissolvida

Nos termos do n.Ž 1 do artigo 151.Ž do CŒdigo das Sociedades Comerciais, salvo clƒusula do contrato de sociedade ou delibera€‚o em contrƒrio, no caso
da delibera€‚o de dissolu€‚o da sociedade n‚o proceder „ nomea€‚o de liquidatƒrios, os membros da administra€‚o da sociedade passam a ser

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liquidatƒrios desta a partir do momento em que ela se considere dissolvida.

Ou seja, a nomea€‚o de liquidatƒrio, no momento da delibera€‚o da dissolu€‚o da sociedade, n‚o • obrigatŒria, desde que inexista, no contrato de
sociedade, uma clƒusula inibidora dos efeitos do n.Ž 1 do artigo 151.Ž do CŒdigo das Sociedades Comerciais.

Por vƒrios motivos, nomeadamente pela responsabilidade pessoal e solidƒria em que o liquidatƒrio incorre, • muito importante que a administra€‚o
tributƒria tenha conhecimento da sua identidade.

No entanto, visto que esta conhecerƒ, ab initio, atrav•s da declara€‚o de inscri€‚o e de altera€…es, a identidade dos membros dos corpos gerentes da
sociedade, estarƒ em condi€…es de reconhecer quem, e a partir de que momento, s‚o os liquidatƒrios da sociedade em presen€a, no caso de n‚o existir
clƒusula do contrato de sociedade ou delibera€‚o em contrƒrio (n.Ž 1, do artigo 151.Ž C.S.C.).

O Sistema de Gest‚o de Registo de Contribuintes (SGRC) encontra-se preparado para assumir como liquidatƒrios os membros da administra€‚o existentes
„ data da dissolu€‚o na falta da sua indica€‚o expressa.

Assim, na impossibilidade dos servi€os receptores das declara€…es confirmarem a inexist•ncia da clƒusula inibidora referida no n.Ž 1 do artigo 151.Ž do
CŒdigo das Sociedades Comerciais, quando n‚o haja identifica€‚o dos liquidatƒrios no momento da dissolu€‚o, presume-se que s‚o liquidatƒrios os
membros da administra€‚o.

O n.Ž 9 do artigo 109.Ž do CŒdigo do IRC, que relativamente „s sociedades em liquida€‚o imp…e que as obriga€…es declarativas que ocorram
posteriormente

„ dissolu€‚o sejam da responsabilidade dos respectivos liquidatƒrios, tamb•m se revela de alguma import’ncia neste caso, na medida que, em ‹ltima
anƒlise, presumimos que quem apresenta a declara€‚o, sendo membro da administra€‚o, considera-se, portanto, liquidatƒrio.

N‚o obstante, nos casos em que a acta de dissolu€‚o n‚o nomeia qualquer liquidatƒrio, apesar do contrato de sociedade afastar a aplica€‚o do n.Ž 1 do
artigo 151.Ž do CŒdigo das Sociedades Comerciais, • obrigatŒria a nomea€‚o de liquidatƒrios em acta e, consequentemente, a sua identifica€‚o na
declara€‚o de altera€…es.

Circular 7/99 – DGCI de 1999-Abr-09

Considerando que jƒ decorreu o per†odo de instala€‚o da Associa€‚o dos T•cnicos Oficiais de Contas (ATOC), tendo sido eleitos os respectivos corpos
dirigentes e que, no ’mbito das suas atribui€…es, compete „ ATOC definir a forma de identifica€‚o da qualidade de T•cnico Oficial de Contas (TOC), foi,
por despacho de Sua Excel•ncia o Secretƒrio de Estado dos Assuntos Fiscais, de 31.03.99, sancionado o seguinte:

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1. A identifica€‚o do T•cnico Oficial de Contas, sem preju†zo da sua assinatura, faz-se mediante a aposi€‚o da vinheta emitida pela Associa€‚o dos
T•cnicos Oficiais de Contas.

2. A vinheta deverƒ ser colocada no espa€o a ela reservado e, no caso de declara€…es fiscais que ainda n‚o tenham espa€o para o efeito, junto „
assinatura do TOC.

3. Relativamente „s declara€…es entregues sem recurso a suporte papel, a DGCI e a ATOC encetar‚o dilig•ncias no sentido de encontrar a forma de
certifica€‚o da qualidade de TOC.

4. S‚o revogados os pontos 3, 4 e 5 da circular n.Ž 9/98, de 09.03, e o of†cio n.Ž 194, de 19.06.98, do Gabinete.

Circular 9/98-DGCI
1998-Mar-09

Tendo-se suscitado d‹vidas sobre a obrigatoriedade de assinatura dos T•cnicos Oficiais de Contas nas declara€…es do IVA, do IRC e do IRS a entregar a
partir de 1 de Janeiro de 1998, tendo em conta o n.Ž 11 do Despacho n.Ž 8470/97, de Sua Excel•ncia o Ministro das Finan€as, publicado no Diƒrio da
Rep‹blica n.Ž 227/97, II S•rie, de 1 de Outubro, foi por despacho de Sua Excel•ncia o Secretƒrio de Estado dos Assuntos Fiscais, de 26 de Fevereiro de
1998, sancionado o seguinte entendimento.

1. A obrigatoriedade de assinatura do T•cnico Oficial de Contas abrange apenas as declara€…es fiscais das entidades sujeitas a imposto sobre o rendimento
(IRS ou IRC) que possuam ou devam possuir contabilidade organizada, excluindo-se nomeadamente, as entidades que, no ’mbito do IRC, tenham o
regime simplificado de escritura€‚o previsto no n.Ž 1 do artigo 94Ž, os sujeitos passivos titulares de rendimentos das categorias B, C ou D do IRS que n‚o
tenham nem devam ter contabilidade organizada e, no ’mbito do IVA, quer os sujeitos passivos enquadrados no Regime Especial de Isen€‚o ou no
Regime dos Pequenos Retalhistas quer os que, para efeitos do registo das respectivas opera€…es, utilizem os livros previstos no artigo 50Ž do CIVA.

2. Os T•cnicos oficiais de Contas inscritos na respectiva Associa€‚o e os profissionais que, tendo sido aprovados no concurso extraordinƒrio aberto pelo
mencionado Despacho n.Ž 8470/97, tenham solicitado a respectiva inscri€‚o no prazo previsto no mesmo despacho, ou seja, at• 15 de Janeiro de 1998,
dever‚o assinar, na qualidade de t•cnicos Oficiais de Contas, a partir de 1 de Janeiro de 1998, as seguintes declara€…es fiscais das referidas entidades:

2.1 Declara€…es de in†cio, de altera€‚o ou de cessa€‚o de actividade, ocorrida a partir de 1 de Janeiro de 1998, previstas nos CŒdigos do IRS, IRC e IVA;

2.2 Declara€‚o anual respeitante ao exerc†cio de 1997 e seguintes prevista na al†nea d) do n.Ž 1 do artigo 28Ž do CIVA;

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2.3 Mapa recapitulativo dos clientes e/ou dos fornecedores, relativo „s opera€…es internas realizadas no exerc†cio de 1997 e seguintes, previsto nas al†neas
e) e f) do n.Ž 1 do artigo 28Ž do CIVA;

2.4 Declara€‚o periŒdica do IVA (modelo A, B ou C) prevista na al†nea c) do n.Ž 1 do artigo 28Ž e no artigo 40Ž, ambos do CIVA, relativa ao 4Ž trimestre de
1997 e seguintes, no caso dos sujeitos passivos enquadrados no Regime Normal com periodicidade trimestral, relativa ao m•s de Novembro de 1997 e
meses seguintes, tratando-se de sujeitos passivos com periodicidade mensal;

2.5 Anexo recapitulativo, previsto na al†nea c) do n.Ž 1 do artigo 2.Ž do RITI, relativo „s transmiss…es intracomunitƒrias isentas realizadas a partir do 4.Ž
trimestre de 1997 ou a partir de 1 de Novembro de 1997, respectivamente, para os sujeitos passivos com declara€‚o periŒdica trimestral ou mensal;

2.6 Anexo C „ declara€‚o M/2 do IRS, respeitante ao exerc†cio de 1997 e seguintes;

2.7 Declara€‚o Mod. 22 do IRC, respeitante ao exerc†cio de 1997 e seguintes.

2.8 Declara€‚o Mod. 10, a que se refere o artigo 114.Ž do CIRS, respeitante ao exerc†cio de 1997 e seguintes.

Nas declara€…es que digam respeito a per†odos anteriores aos mencionados, ainda que entregues apŒs 1 de Janeiro de 1998, n‚o • exigida a assinatura do
T•cnico Oficial de Contas.

3. A identifica€‚o do T•cnico Oficial de Contas deve ser feita mediante aposi€‚o da vinheta emitida pela Associa€‚o dos T•cnicos Oficiais de Contas
(ATOC) ou, em alternativa, no espa€o a ela destinada, por indica€‚o do n‹mero de inscri€‚o na Associa€‚o.

4. As declara€…es que ainda n‚o tenham Quadros para o efeito, a obrigatoriedade de assinatura e/ou da identifica€‚o nos termos do n.Ž 3 ocorrerƒ quando
forem aprovados novos modelos que passem a contemplar os referidos Quadros, sem preju†zo da sua aposi€‚o voluntƒria.

5. A DGCI e a ATOC trocar‚o entre si informa€‚o por forma a validar a inscri€‚o dos T•cnicos na Associa€‚o, incluindo a comunica€‚o, por parte da DGCI,
da forma de identifica€‚o utilizada.

Inf. 886/2000 da DSIRC

Nos termos do n.Ž 3 do artigo 94.Ž do CIRC, ser‚o recusadas as declara€…es que n‚o se mostrem devidamente assinadas pelo que a n‚o indica€‚o do NIF
do Representante Legal do sujeito passivo, torna a declara€‚o incompleta, constituindo fundamento para a recusa da recep€‚o da mesma;

Ainda que n‚o obtenha rendimentos em Portugal, o Representante Legal da entidade n‚o estƒ dispensado da obrigatoriedade de possuir n‹mero de

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identifica€‚o fiscal, por for€a do artigo 9.Ž do Decreto-Lei n.Ž 463/79, de 30 de Novembro.

QUADRO 07
APURAMENTO DO LUCRO TRIBUT•VEL
Este Quadro, A PREENCHER SOMENTE pelas entidades que exer€am, a t†tulo principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agr†cola,
QUANDO SUJEITAS AO REGIME GERAL DE DETERMINA€‚O DO LUCRO TRIBUTŠVEL bem como pelas entidades n‚o residentes com
estabelecimento estƒvel, destina-se ao apuramento do lucro tributƒvel e corresponde ao Resultado L†quido do Exerc†cio, apurado na contabilidade (o qual •
demonstrado na declara€‚o anual a que se refere a al†nea c) do n.Ž 1 do artigo 109.Ž do CIRC), eventualmente corrigido nos termos do CIRC e outras
disposi€…es legais aplicƒveis.

Este Quadro n‚o deve ser preenchido no caso de declara€‚o do grupo.

Mesmo que n‚o existam correc€…es para efeitos fiscais, deve ser sempre preenchido o campo 201.

Se o resultado l†quido do exerc†cio for nulo, o campo 201 • preenchido com o valor 0 (zero).

Tratando-se de sujeitos passivos com mais de um regime de tributa€‚o de rendimentos, o apuramento do lucro tributƒvel • feito globalmente,
efectuando-se a respectiva discrimina€‚o por regimes de tributa€‚o no Quadro 09, nos campos 301, 312 ou 323, no caso de preju†zo fiscal, ou nos campos
302, 313 ou 324, havendo lucro tributƒvel.

As linhas em branco podem ser utilizadas para evidenciar outras correc€…es para al•m das expressamente previstas no impresso. Neste caso, o sujeito
passivo deve juntar uma nota explicativa ao processo de documenta€‚o fiscal a que se refere o artigo 121.Ž do CIRC.

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O Quadro 07 destina-se ao apuramento do Lucro Tributƒvel ou do Preju…zo para efeitos fiscais. O Quadro parte do Resultado L…quido do Exerc…cio apurado
na contabilidade (conta 88) pelo que o valor a inscrever no campo 201 deve coincidir com o do campo A147 do Anexo A da IES/DA .

Apenas os sujeitos passivos residentes que exer‚am a t„tulo principal actividade de natureza comercial, industrial ou agr…cola (campo 1 do Quadro
03.3) quando sujeitos ao regime geral de determina€•o do lucro tributƒvel e os nƒo residentes com estabelecimento estˆvel (campo 3 do Quadro 03.3)
devem preencher este Quadro.

Exclusivamente preenchidos por sujeitos passivos que assinalaram:

Ou

Os restantes sujeitos passivos, ap€s o preenchimento da pˆgina do rosto, passam imediatamente ao Quadro 09 – Apuramento da Mat•ria
Colectˆvel.

APURAMENTO DO LUCRO TRIBUT•VEL

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Campo 201
Resultado L…quido do Exerc…cio
O valor a inscrever neste campo serƒ o Resultado L…quido do Exerc…cio apurado na contabilidade, o qual deverƒ reflectir todos os custos e perdas, proveitos
e ganhos do exerc…cio para al‡m do valor do imposto (IRC) imputƒvel ao exerc…cio.

Nos termos do artigo 17.ˆ do C‚digo do IRC, o lucro tributƒvel das entidades que exercem a t…tulo principal actividades de natureza comercial, industrial ou
agr…cola, ‡ constitu…do pela soma alg‡brica do resultado l…quido do exerc…cio e das varia€Šes patrimoniais positivas e negativas verificadas no per…odo e n•o
reflectidas naquele resultado, determinados com base na contabilidade e eventualmente corrigidos nos termos do referido C‚digo.

Artigo 17.€
Determinaƒ„o do lucro tributŽvel

1 - O lucro tributƒvel das pessoas colectivas e outras entidades mencionadas na al†nea a) do n.Ž 1 do artigo 3.Ž• constitu†do pela soma alg•brica do
resultado l†quido do exerc†cio e das varia€…es patrimoniais positivas e negativas verificadas no mesmo per†odo e n‚o reflectidas naquele resultado,
determinados com base na contabilidade e eventualmente corrigidos nos termos deste CŒdigo.

Ac‚rd„o do Tribunal Central Administrativo de 2/7/2002

Nos termos do art.Ž 17.Ž, n.Ž 1, do CIRC, ”O lucro tributƒvel das pessoas colectivas e outras entidades mencionadas na al†nea a) do n.Ž 1 do artigo 3 •
constitu†do pela soma alg•brica do resultado l†quido do exerc†cio e das varia€…es patrimoniais positivas e negativas verificadas no mesmo per†odo e n‚o
reflectidas naquele resultado, determinados com base na contabilidade e eventualmente corrigidos nos termos deste cŒdigo•.

No art.Ž 23.Ž do CIRC enuncia-se, a t†tulo exemplificativo, as situa€…es que podem integrar o grupo dos elementos negativos a relevar para efeitos de
determina€‚o do lucro tributƒvel, consagrando como crit•rio definidor que se consideram como custos ou perdas ”os que comprovadamente forem

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indispensƒveis para a realiza€‚o dos proveitos ou ganhos sujeitos a imposto ou para a manuten€‚o da fonte produtora•.

Sendo inequ†voco que a exist•ncia de mercadorias • um valor positivo, porque se destinam „ realiza€‚o de opera€…es de afluxo de valores positivos ao
r•dito da empresa, a perda material de mercadorias, seja a que t†tulo for, designadamente por furto, n‚o pode deixar de ser considerada como realidade
que foi ”indispensƒvel para a realiza€‚o dos proveitos ou ganhos sujeitos a imposto ou para a manuten€‚o da fonte produtora•.

Assim, demonstrado que ficou o furto de mercadorias mantidas em armaz•m pela Impugnante e a impossibilidade de fazer com as seguradoras assumam
contratualmente o risco por tal facto, nada obsta a que o valor desse furto seja considerado como custo ou perda para efeitos fiscais.

Campo 202
Variaƒ†es patrimoniais positivas n„o reflectidas no resultado l…quido
O regime fiscal aplicado ‹s varia€Šes patrimoniais n•o reflectidas no resultado l…quido do exerc…cio encontra-se previsto nos art.ˆs 21.ˆ e 24.ˆ.

As varia€Šes patrimoniais que aumentem a situa€•o l…1quida da empresa e que n•o se encontrem reflectidas na conta de resultados l…quidos, mas sim em
contas Resultados transitados, Reservas ou outras, ser•o de acrescer neste campo, salvo as relacionadas no artigo 21.ˆ do CIRC.

Assim, concorrem para a forma€•o do lucro tributƒvel, as varia€Šes patrimoniais positivas n•o reflectida nos resultado l…quido do exerc…cio, excepto:

 As entradas de capital, incluindo os pr‡mios de emiss•o de ac€Šes, bem como as coberturas de preju…zos, a qualquer t…tulo, feitas pelos titulares do
capital;

 As mais-valias potenciais ou latentes, ainda que expressas na contabilidade, incluindo as reservas de reavalia€•o legalmente autorizadas;

 As contribui€Šes, incluindo as participa€Šes nas perdas, do associado ao associante no Œmbito da associa€•o em participa€•o e da associa€•o ‹
quota.

Considerando que os incrementos patrimoniais, obtidos a t…tulo gratuito, passaram a constituir uma varia€•o uma varia€•o patrimonial, com a reforma do
patrim‚nio, implementada pelo DL 287/2003 de 12.11, para efeitos de determina€•o do lucro tributƒvel, deve considerar-se como valor de aquisi€•o dos
incrementos patrimoniais obtidos a t…tulo gratuito, seu valor de mercado, n•o podendo ser inferior ao que resultar das regras prevista no C‚digo do Imposto
do Selo (art. 21ˆ nˆ 2).

Exemplos de varia‚†es patrimoniais positivas:

143
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• Um ganho derivado de uma regulariza€•o de grande significado imputƒvel a exerc…cios anteriores, contabilizado na conta 59 – Resultados Transitados
(a Directriz Contabil…stica nˆ 8/92 clarifica a express•o “regulariza€Šes n•o frequentes e de grande significado”);

• Um subs…dio n•o destinado ‹ explora€•o ou a investimentos amortizƒveis, registado na conta 575 – Subs…dios, como por exemplo os subs…dios
destinados a incentivar a cria€•o de postos de trabalho e os destinados a incentivar o emprego de deficientes e reformados (note-se que tais subs…dios
deixaram de ser contabilizados nas contas de capital);

• Acr‡scimo patrimonial resultante da obten€•o de um bem, em consequ„ncia de sorteio ou concurso;

• Ganhos resultantes da aliena€•o de ac€Šes e quotas pr‚prias;

Artigo 21.€
VariaĠes patrimoniais positivas

1- Concorrem ainda para a forma€‚o do lucro tributƒvel as varia€…es patrimoniais positivas n‚o reflectidas no resultado l†quido do exerc†cio, excepto:

a) As entradas de capital, incluindo os pr•mios de emiss‚o de ac€…es, bem como as coberturas de preju†zos, a qualquer t†tulo, feitas pelos titulares
do capital;

b) As mais-valias potenciais ou latentes, ainda que expressas na contabilidade, incluindo as reservas de reavalia€‚o legalmente autorizadas;

c) As contribui€…es, incluindo a participa€‚o nas perdas, do associado ao associante, no ’mbito da associa€‚o em participa€‚o e da associa€‚o „
quota.

2- Para efeitos da determina€‚o do lucro tributƒvel, considera-se como valor de aquisi€‚o dos incrementos patrimoniais obtidos a t†tulo gratuito o seu
valor de mercado, n‚o podendo ser inferior ao que resultar da aplica€‚o das regras de determina€‚o do valor tributƒvel previstas no CŒdigo do
Imposto do Selo.

Campo 203
Variaƒ†es patrimoniais negativas n„o reflectidas no resultado l…quido
Dever•o ser mencionadas neste campo todas as varia€Šes patrimoniais negativas que n•o se encontrem reflectidas no Resultado L…quido do Exerc…cio e
n•o estejam excepcionadas no n.ˆ 1 do artigo 24.ˆ do C‚digo do IRC.

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 as que consistam em liberalidades ou n•o estejam relacionadas com a actividade do contribuinte sujeita a IRC;

 as menos-valias potenciais ou latentes, ainda que expressas na contabilidade;

 as sa…das, em dinheiro ou esp‡cie, em favor dos titulares do capital, a t…tulo de remunera€•o ou redu€•o do mesmo, ou de partilha de patrim‚nio;

 as presta€Šes do associante ao associado, no Œmbito da associa€•o em participa€•o;

Ser•o de incluir neste campo, por exemplo:

 Perdas resultantes da aliena€•o de ac€Šes e quotas pr‚prias

 As gratifica€Šes aos empregados a t…tulo de participa€•o nos resultados, nos termos do nˆ 2 e 3 do art. 24ˆ.

Nos termos do n.ˆ 2 do artigo 24.ˆ do C‚digo do IRC concorrem para a forma€•o do lucro tributƒvel do exerc…cio as varia€Šes patrimoniais negativas
relativas a gratifica€Šes e outras remunera€Šes do trabalho de membros de ‚rg•os sociais e trabalhadores da empresa, a t…tulo de participa€•o nos
resultados, desde que tais importŒncias sejam pagas ou colocadas ‹ disposi€•o dos beneficiƒrios at‡ ao fim do exerc…cio seguinte.

N•o ocorrendo o pagamento ou a coloca€•o ‹ disposi€•o no prazo referido deverƒ ser efectuada a liquida€•o do IRC que deixou de ser liquidado no
exerc…cio respectivo, utilizando para o efeito o campo 363 do Quadro 10 e os respectivos juros compensat‚rios a indicar no campo 366 do mesmo Quadro.

De acordo com o n.ˆ 3 do referido artigo 24.ˆ, ficam exclu„das do conceito de gratifica€•o, para serem assimiladas a lucros, as retribui€Šes efectuadas a
titulares do capital da sociedade que satisfa€am cumulativamente, as seguintes condi€Šes:

1. sejam membros do ‚rg•o de administra€•o;

2. possuam, directa ou indirectamente, uma participa€•o no capital social igual ou superior a 1% ( para o efeito, consideram-se participa€Šes indirectas as
detidas pelo c–njuge, respectivos ascendentes ou descendentes at‡ ao 2ˆ grau, aplicando-se igualmente, com as necessƒrias adapta€Šes, as regras
sobre a equipara€•o da titularidade estabelecidas no C‚digo das Sociedades Comerciais);

3. as importŒncias recebidas ultrapassem o dobro da remunera€•o mensal auferida no exerc…cio;

Assim, estas retribui€Šes s•o assimiladas a remunera€•o do capital e como tal tributadas, para efeitos de IRS, na categoria E, sendo tratadas como lucros,
com todas as consequ„ncias da… decorrentes, designadamente a da utiliza€•o dos mecanismos para elimina€•o da dupla tributa€•o econ‚mica (art. 40ˆ-A

145
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do CIRS) no caso de opۥo pelo englobamento.

O conceito de remunera€•o mensal foi clarificado atrav‡s da circular nˆ 8/2000 de 11 de Maio, onde se encontra definido como remunera€•o mensal m‡dia
do exerc…cio, ou seja, o valor das retribui€Šes totais anuais divididas por doze, por forma a imputar a cada um dos meses o total da remunera€•o auferida no
exerc…cio.

O conceito de remunera€•o integra todas as importŒncias que determinado membro do ‚rg•o de administra€•o tem direito como contrapartida do seu
trabalho, sendo esse o caso das remunera€Šes variƒveis, contratualmente previstas.

Artigo 24.€
VariaĠes patrimoniais negativas

1- Nas mesmas condi€…es referidas para os custos ou perdas, concorrem ainda para a forma€‚o do lucro tributƒvel as varia€…es patrimoniais negativas
n‚o reflectidas no resultado l†quido do exerc†cio, excepto:

a) As que consistam em liberalidades ou n‚o estejam relacionadas com a actividade do contribuinte sujeita a IRC;

b) As menos-valias potenciais ou latentes, ainda que expressas na contabilidade;

c) As sa†das, em dinheiro ou esp•cie, em favor dos titulares do capital, a t†tulo de remunera€‚o ou de redu€‚o do mesmo, ou de partilha do
patrimŒnio;

d) As presta€…es do associante ao associado, no ’mbito da associa€‚o em participa€‚o.

2- As varia€…es patrimoniais negativas relativas a gratifica€…es e outras remunera€…es do trabalho de membros de Œrg‚os sociais e trabalhadores da
empresa, a t†tulo de participa€‚o nos resultados, concorrem para a forma€‚o do lucro tributƒvel do exerc†cio a que respeita o resultado em que
participam, desde que as respectivas import’ncias sejam pagas ou colocadas „ disposi€‚o dos beneficiƒrios at• ao fim do exerc†cio seguinte.

3- N‚o obstante o disposto no n‹mero anterior, n‚o concorrem para a forma€‚o do lucro tributƒvel as varia€…es patrimoniais negativas relativas a
gratifica€…es e outras remunera€…es do trabalho de membros do Œrg‚o de administra€‚o da sociedade, a t†tulo de participa€‚o nos resultados, quando
os beneficiƒrios sejam titulares, directa ou indirectamente, de partes representativas de, pelo menos, 1% do capital social e as referidas import’ncias
ultrapassem o dobro da remunera€‚o mensal auferida no exerc†cio a que respeita o resultado em que participam, sendo a parte excedentƒria
assimilada, para efeitos de tributa€‚o, a lucros distribu†dos.

146
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4- Para efeitos da verifica€‚o da percentagem fixada no n‹mero anterior, considera-se que o beneficiƒrio det•m indirectamente as partes do capital da
sociedade quando as mesmas sejam da titularidade do c˜njuge, respectivos ascendentes ou descendentes at• ao 2.Ž grau, sendo igualmente
aplicƒveis, com as necessƒrias adapta€…es, as regras sobre a equipara€‚o da titularidade estabelecidas no CŒdigo das Sociedades Comerciais.

5- No caso de n‚o se verificar o requisito enunciado no n.Ž 2, ao valor do IRC liquidado relativamente ao exerc†cio seguinte adiciona-se o IRC que deixou
de ser liquidado em resultado da dedu€‚o das gratifica€…es que n‚o tiverem sido pagas ou colocadas „ disposi€‚o dos interessados no prazo indicado,
acrescido dos juros compensatŒrios correspondentes.

EXEMPLO

A • administrador e sŒcio da sociedade X, onde aufere uma remunera€‚o mensal m•dia de € 1 500. A Assembleia Geral que aprovou o resultado do
exerc†cio de 2008, decidiu atribuir-lhe uma gratifica€‚o de € 15 000.

Assim:

1500 x 2 x 14
= € 3 500
12

Neste caso, o limite a considerar • de €3 500,00, pelo que a dedu€‚o a indicar no campo 203 do Quadro 07 da declara€‚o modelo 22 do exerc†cio de 2008,
serƒ deste valor.

Por sua vez, o administrador serƒ tributado em IRS, em 2008, pelos mesmos € 3 500,00, na categoria A e por € 11 500 na categoria E.

Estas gratifica€…es devem ser indicadas no campo A0803 do Anexo A da IES/DA, sendo os beneficiƒrios identificados nos campos A0809, do mesmo
Quadro.

Circular 8, de 11.05.2000 - Direcƒ„o de Serviƒos do IRC


IRC - Gratificaƒ†es a membros do ‚rg„o de administraƒ„o

Tendo-se suscitado d‹vidas sobre a interpreta€‚o a dar ao disposto nos n.Žs 3 e 4 do art.Ž 24.Ž do CIRC, com a redac€‚o introduzida pela Lei n.Ž 3-B/2000,
de 4 de Abril (Lei do Or€amento do Estado para 2000), foi, por meu despacho de 04/05/00, sancionado o seguinte entendimento:

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Requalificaƒ„o do rendimento

1. De acordo com o disposto no n.Ž 3 do art. 24.Ž do CŒdigo do IRC, n‚o concorrem para a forma€‚o do lucro tributƒvel as varia€…es patrimoniais negativas
relativas a gratifica€…es e outras remunera€…es do trabalho de membros do Œrg‚o de administra€‚o da sociedade, a t†tulo de participa€‚o nos resultados,
quando os mesmos sejam titulares, directa ou indirectamente, de, pelo menos, 1% do capital social e as referidas import’ncias ultrapassem o dobro da
remunera€‚o mensal auferida no exerc†cio a que respeita o resultado, sendo o excedente assimilado, para efeitos de tributa€‚o, a lucros distribu†dos.

Conceito de remuneraƒ„o mensal

2. Por "remunera€‚o mensal" deverƒ entender-se a remunera€‚o mensal m•dia do exerc†cio, ou seja, o valor das retribui€…es totais anuais divididas por
doze, por forma a imputar a cada um dos meses o total da remunera€‚o auferida no exerc†cio.

Encargos inclu…dos no conceito de remuneraƒ„o

3. No conceito de remunera€‚o, dever‚o ser inclu†das todas as import’ncias que, nos termos do contrato, das normas que o regem ou dos usos, o membro
do Œrg‚o de administra€‚o tem direito como contrapartida do seu trabalho, sendo esse o caso das remunera€…es variƒveis que preencham aqueles
requisitos.

Titularidade do capital

4. De acordo com a nova redac€‚o do art. 24.Ž do CIRC, introduzida pela Lei n.Ž 3-B/2000 (OE/2000), a qual • de aplica€‚o retroactiva a 1 de Janeiro de
1999, ficam exclu†das do conceito de gratifica€‚o, para serem assimiladas a lucros, as retribui€…es efectuadas a titulares do capital da sociedade que
satisfa€am, cumulativamente, as seguintes condi€…es:

• sejam membros do Œrg‚o de administra€‚o;

• possuam, directa ou indirectamente, uma participa€‚o no capital social igual ou superior a 1%.

Para o efeito, consideram-se participa€…es indirectas as detidas pelo c˜njuge, respectivos ascendentes ou descendentes at• ao 2.Ž grau, aplicando-se
igualmente, com as necessƒrias adapta€…es, as regras sobre a equipara€‚o da titularidade estabelecidas no CŒdigo das Sociedades Comerciais;

• as import’ncias recebidas ultrapassem o dobro da remunera€‚o mensal auferida no exerc†cio.

Tributaƒ„o em sede de IRS

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5. Sendo o rendimento descaracterizado como remunera€‚o do trabalho e assimilado a remunera€‚o de capital, deverƒ, para efeitos de IRS, ser tributado
na Categoria E, sendo tratado como lucros, com todas as consequ•ncias da† decorrentes, designadamente a da utiliza€‚o dos mecanismos para elimina€‚o
da dupla tributa€‚o econŒmica.

Campo 204
O resultado l…quido pode ser negativo ou positivo. Soma dos campos 201 e 202 subtraindo o valor do campo 203, ou —RL +VP1-VP2.

A ACRESCER

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Campo 205
Matˆria colectŽvel/lucro tributŽvel imputado por sociedades transparentes, ACE’s ou AEIE’s
As sociedades transparentes, embora n•o sejam tributadas, salvo em rela€•o ‹s despesas sujeitas a tributa€•o aut‚noma, t„m que entregar a declara€•o
Modelo 22.

Nos termos do nˆ 2 do artigo 6.ˆ do C‚digo do IRC, os lucros ou preju…zos do exerc…cio, dos agrupamentos complementares de empresas e dos
agrupamentos europeus de interesse econ‚mico, com sede ou direc€•o efectiva em territ‚rio portugu„s que se constituam e funcionem nos termos legais,
s•o imputƒveis directamente aos respectivos membros, integrando-se no seu rendimento tributƒvel.

Isto significa que os s‚cios, quando pessoas colectivas, sujeitos a IRC devem adicionar ao lucro contabil…stico a mat‡ria colectƒvel que lhes for imputada,
neste campo.

Este regime consiste em que as sociedades transparentes, ainda que n•o distribuam o lucro, n•o sejam tributadas em IRC, imputando a sua mat‡ria
colectƒvel aos s‚cios, pela forma prevista no n.ˆ 3 do artigo 6ˆ do C‚digo do IRC, sujeitos a IRS se pessoas singulares e a IRC se forem pessoas colectivas.

Os lucros tributƒveis dos Agrupamentos Complementares de Empresas (ACE’s) e dos Agrupamentos Europeus de Interesse Econ‚mico (AEIE’s) (*)(2) s•o
igualmente imputados nos termos do n.ˆ 3 do artigo 6ˆ aos seus membros, pelo que estes, se estiverem sujeitos a IRC, ter•o que adicionar esses lucros a
este campo.

Nos termos do n.ˆ 9 do art. 5 do CIRC, considera-se para efeitos de tributa€•o do s‚cio ou membro n•o residente de uma sociedade transparente ou de um
ACE ou AEIE, que o mesmo tem um estabelecimento estƒvel em territ‚rio portugu„s.

Tendo sido apurado preju…zo fiscal serƒ o mesmo imputado no campo 227.

Artigo 6.€ do CIRC

2 - Os lucros ou preju†zos do exerc†cio, apurados nos termos deste CŒdigo, dos agrupamentos complementares de empresas e dos agrupamentos europeus
de interesse econŒmico, com sede ou direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s, que se constituam e funcionem nos termos legais, s‚o tamb•m imputƒveis
directamente aos respectivos membros, integrando-se no seu rendimento tributƒvel.

3 - A imputa€‚o a que se referem os n‹meros anteriores • feita aos sŒcios ou membros nos termos que resultarem do acto constitutivo das entidades a†
mencionadas ou, na falta de elementos, em partes iguais.

151
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Circular 8, de 16/02/1990
Direcƒ„o de Serviƒos do IRC

Regime de Transpar•ncia Fiscal aplicƒvel „s sociedades de profissionais

Raz„o das instruƒ†es

Tendo-se suscitado d‹vidas sobre o regime de transpar•ncia fiscal das sociedades de profissionais, nomeadamente no que respeita a reten€…es na fonte
relativas a rendimentos obtidos e a pagamentos por conta, foi, por despachos de 89.08.09 e 90.02.02 de Sua Excel•ncia o Secretƒrio de Estado dos
Assuntos Fiscais, sancionado o seguinte entendimento:

S‚o sociedades de profissionais as que no fim do per†odo de tributa€‚o re‹nam os seguintes requisitos referidos na al†nea a) do n.Ž 4 do art.Ž 5.Ž do CIRC.

Retenƒ„o na fonte

2. Sendo as sociedades de profissionais sujeitos passivos de IRC, est‚o sujeitas „s mesmas reten€…es na fonte que as restantes entidades residentes dado
que os artigos 75.Ž e 76.Ž do CIRC n‚o estabelecem quaisquer restri€…es.

Sociedades de revisores oficiais de contas

3. Em consequ•ncia, relativamente „s remunera€…es auferidas por sociedades de revisores oficiais de contas na qualidade de membros de Œrg‚os
estatutƒrios de pessoas colectivas, ainda que abrangidas pelo regime de transpar•ncia fiscal, hƒ reten€‚o na fonte de IRC nos termos da al†nea d) do n.Ž 1
do artigo 75.Ž do CIRC.

Imputaƒ„o de deduƒ†es Ž colecta

4. As dedu€…es mencionadas nas al†neas a) a d) do n.Ž 2 do artigo 71.Ž do CIRC, nas quais se incluem as reten€…es na fonte, devem, para cumprimento do
estabelecido no n.Ž 6 deste artigo, ser previamente quantificadas na sociedade de profissionais em impresso de modelo oficial e posteriormente imputadas
aos respectivos sŒcios nos termos que resultarem do acto constitutivo dessas entidades ou, na falta de elementos, em partes iguais.

5. As import’ncias referidas no n‹mero anterior ser‚o deduzidas ƒ colecta do IRS apurada com base na mat•ria colectƒvel que tenha tido em considera€‚o
a imputa€‚o prevista no artigo 5.Ž do CIRC a qual deve efectivar-se no ano em que se inclua o fim do per†odo de tributa€‚o da sociedade de profissionais.

Pagamentos por conta

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6. As referidas sociedades n‚o t•m de efectuar pagamentos por conta, obriga€‚o que incumbe em sede de IRS aos repeti-vos sŒcios enquanto titulares de
rendimentos da Categoria B.

Obrigaƒ†es acess‚rias

7. Como sujeitos passivos de IRC, e exercendo a t†tulo principal uma actividade de presta€‚o de servi€os, est‚o adstritas ao cumprimento das respectivas
obriga€…es acessŒrias, designadamente, a dispor de contabilidade organizada e a apresentar a declara€‚o periŒdica de rendimentos.

8. Devem ainda nos termos dos artigos 91.Ž e seguintes do CIRS as referidas entidades proceder a reten€‚o na fonte do IRS relativamente aos rendimentos
pagos ou postos „ disposi€‚o dos seus sŒcios, com excep€‚o dos relativos a lucros ou adiantamentos por conta de lucros efectuados nos termos do CŒdigo
das Sociedades Comerciais, visto n‚o revestirem, de acordo com o disposto na al†nea h) do artigo 6.Ž daquele CŒdigo, a natureza de rendimentos de
capitais.

Campo 206
Prˆmios de seguros e contribuiƒ†es
Nos termos do n.ˆ 4 do artigo 23ˆ do C‚digo do IRC, n•o s•o encargos dedut…veis:

• os pr‡mios de seguros de doen€a e acidentes pessoais;

• seguros e opera€Šes do ramo “vida”;

• contribui€Šes para fundos de pensŠes;

• contribui€Šes para regimes complementares de seguran€a social;

Independentemente da sua natureza obrigat‚ria ou facultativa face ‹ lei, ou ao contrato de trabalho, n•o s•o aceites como custos se n•o forem
considerados rendimentos de trabalho dependente nos termos da primeira parte do n.ˆ 3) da al…nea c) do n.ˆ 3 do art. 2.ˆ do CIRS, salvo se forem
considerados realiza€Šes de utilidade social nos termos e para efeitos do art. 40.ˆ do CIRC.

Artigo 23.€ do CIRC

4 - Excepto quando estejam abrangidos pelo disposto no artigo 40.Ž, n‚o s‚o aceites como custos os pr•mios de seguros de doen€a e de acidentes

153
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pessoais, bem como as import’ncias despendidas com seguros e opera€…es do ramo ”Vida•, contribui€…es para fundos de pens…es e para quaisquer
regimes complementares de seguran€a social que n‚o sejam considerados rendimentos de trabalho dependente, nos termos da primeira parte do n.Ž 3) da
al†nea b)do n.Ž 3 do artigo 2.Ž do CŒdigo do IRS.

Campo 207
Reintegraƒ†es e Amortizaƒ†es n„o aceites como custos
Devem ser acrescidas ao lucro contabil…stico, por n•o serem consideradas custo do exerc…cio, para efeitos fiscais, as reintegra€Šes e amortiza€Šes
enumeradas no n.ˆ 1 do artigo 33.ˆ do CIRC:

a) elementos do activo n•o sujeitos a deperecimento;

b) im‚veis na parte correspondente ao valor dos terrenos ou na n•o sujeita a deperecimento (sendo desconhecido o valor do terreno, deverƒ ser-lhe
atribu…do 25% do valor global, nos termos do nˆ 3 do artigo 11ˆ do Decreto Regulamentar nˆ 2/90, de 12 de Janeiro, com o limite m…nimo de 25% do
valor patrimonial constante da matriz, conforme nˆs. 3 e 4 do artigo 11ˆ e al…nea d) do artigo 23ˆ do referido diploma legal);

c) valores derivados da utiliza€•o de taxas de amortiza€•o superiores ‹s previstas;

d) valores para al‡m do per…odo mƒximo de vida †til do bem;

e) a viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, na parte correspondente ao valor de aquisi€•o ou de reavalia€•o excedente a € 29.927,87;

f) Independentemente do valor de aquisi€•o quaisquer reintegra€Šes relativas a barcos de recreio e aviŠes de turismo e todos os encargos com estes
relacionados, desde que tais bens n•o estejam afectos a empresas exploradoras de servi€o p†blico de transportes ou n•o se destinem a ser alugados
no exerc…cio da actividade normal da empresa sua proprietƒria;

g) As reintegra€Šes dos bens em que se tenha concretizado o reinvestimento do valor de realiza€•o, efectuado nos termos do art. 45.ˆ, na parte
correspondente ‹ mais-valia que tenha sido imputada ao custo de aquisi€•o. (Disposi€•o revogada pela Lei n.ˆ 30-G/2000, de 29 de Dezembro. O
disposto na anterior redac€•o do art. 44.ˆ do CIRC continua a aplicar-se aos bens adquiridos at‡ 31-12-2000, em consequ„ncia do reinvestimento dos
valores de realizaۥo).

Artigo 33.€
Reintegraƒ†es e amortizaƒ†es n„o aceites como custo

154
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1- N‚o s‚o aceites como custos:

a) As reintegra€…es e amortiza€…es de elementos do activo n‚o sujeitos a deperecimento;

b) As reintegra€…es de imŒveis na parte correspondente ao valor dos terrenos ou na n‚o sujeita a deperecimento;

c) As reintegra€…es e amortiza€…es que excedam os limites estabelecidos nos artigos anteriores;

d) As reintegra€…es e amortiza€…es praticadas para al•m do per†odo mƒximo de vida ‹til, ressalvando-se os casos especiais devidamente justificados
e aceites pela Direc€‚o-Geral dos Impostos;

e) As reintegra€…es das viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, na parte correspondente ao valor de aquisi€‚o ou de reavalia€‚o excedente a
6.000.000$ (€ 29.927,87), bem como dos barcos de recreio e avi…es de turismo e todos os encargos com estes relacionados, desde que tais bens
n‚o estejam afectos „ explora€‚o de servi€o p‹blico de transportes ou n‚o se destinem a ser alugados no exerc†cio da actividade normal da
empresa sua proprietƒria.

2- Para efeitos do disposto na al†nea d) do n‹mero anterior, o per†odo mƒximo de vida ‹til • o que se deduz das quotas m†nimas de reintegra€‚o e
amortiza€‚o, nos termos do n.Ž 6 do artigo 29.Ž, contado a partir do ano de in†cio de utiliza€‚o dos elementos a que respeitem.

EXEMPLO

A sociedade X adquiriu em 2003, uma viatura ligeira de passageiros pelo valor de € 35.000,00 em consequ•ncia de reinvestimento do valor total de
realiza€‚o de um bem do seu activo imobilizado corpŒreo no qual foi apurada em 2000, uma mais-valia de € 10.000,00.

Analisemos qual o valor a indicar no campo 207:

Neste cƒlculo temos de levar em considera€‚o o disposto na al†neas f) e g) do ex-artigo 32Ž do CŒdigo do IRC, aplicƒvel „ situa€‚o dado que a mais-valia
foi apurada em 1999, ou seja, na vig•ncia do regime anterior „ Lei nŽ 30-G/2000, de 29 de Dezembro. Assim, para al•m de se ter em conta o limite legal do
valor de aquisi€‚o (6.000 contos) • necessƒrio tamb•m fazer a imputa€‚o do valor de aquisi€‚o da mais-valia n‚o tributada.

Assim, temos:

• Amortiza€‚o contabilizada: € 35.000,00 X 25% = € 8.750,00;

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• Amortiza€‚o aceite por for€a da aplica€‚o da al†nea f): € 29.927,87 X 25% = € 7.481,97;

• Acr•scimo: € 8.750,00 - € 7.481,97 = € 1.268,03;

• Amortiza€‚o aceite por for€a da aplica€‚o da al†nea g): (€ 35.000,00 – € 10.000,00) X 25% = € 6.250,00;

• Acr•scimo: € 8.750,00 – € 6.250,00 = € 2.500,00;

• Conforme disposto no artigo 21Ž-A do Decreto Regulamentar nŽ 2/90, de 12 de Janeiro, a amortiza€‚o aceite serƒ: (€ 29.927,87 – € 10.000,00) X 25%
= € 4.981,97;

• Como a amortiza€‚o contabilizada foi de € 8.750,00 o acr•scimo a indicar no campo 207 serƒ de € 3.768,03, sendo € 1.268,03 por for€a da al†nea f) e
€ 2.500,00 por for€a da al†nea g), ambas do n.Ž 1 do ex-artigo 32.Ž do CŒdigo do IRC.

Para o exerc†cio de 2003 hƒ ainda lugar a uma tributa€‚o autŒnoma, conforme previsto no n.Ž 3 do artigo 81.Ž do CIRC, que neste exemplo seria de €
4.981,97 X 5% = € 249,09 (valor a indicar no campo 365 do Quadro 10). De notar que a tributa€‚o autŒnoma incide sobre o custo fiscalmente aceite.

Campo 208
Provis†es n„o dedut…veis ou para alˆm dos limites legais
Com a publica€•o do Decreto-Lei nˆ 35/2005, de 17 de Fevereiro - o qual transp–s para a ordem jur…dica interna a Directiva 2003/51/CE, que por sua vez
altera as directivas relativas ‹s contas anuais e ‹s contas consolidadas de certas formas de sociedades, bancos e outras institui€Šes financeiras e empresas
de seguros, e visa assegurar a coer„ncia entre a legisla€•o contabil…stica comunitƒria e as Normas Internacionais de Contabilidade – foi alterado o POC,
nomeadamente o seu nˆ 2.9 do cap…tulo 2 e aditado ao mesmo o nˆ 2.12, pelo que relativamente ‹s provisŠes estas passaram a designar-se:

• Ajustamentos de valores activos, se visam reconhecer as diferen€as entre quantias registadas a custo hist‚rico e as quantias decorrentes da
avalia€•o a pre€os de mercado, se inferior

• ProvisŠes, se t„m por objecto reconhecer as responsabilidades cuja natureza esteja claramente definida e que ‹ data do balan€o sejam de
ocorr„ncia provƒvel ou certa, mas incertas quanto ao seu valor ou data de ocorr„ncia.

A declaraۥo modelo 22 foi adaptada em conformidade com esta nova nomenclatura, tendo sido introduzidos novos campos no Quadro 07 (campos 270 e
272), no modelo cuja entrada em vigor ocorreu em 2006. Refira-se contudo que as altera€Šes introduzidas no impresso n•o reflectem qualquer mudan€a no

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tratamento fiscal das provisŠes, mantendo-se at‡ ‹ presente data todas as regras de dedu€•o anteriormente em vigor.

Provis†es fiscalmente dedut…veis

As provisŠes fiscalmente dedut…veis est•o enunciadas no n.ˆ 1 do artigo 34.ˆ do C‚digo do IRC:

a) ProvisŠes para cr‡ditos de cobran€a duvidosa - t„m por fim a cobertura de cr‡ditos resultantes da actividade normal que no fim do exerc…cio
possam ser considerados de cobran€a duvidosa, e sejam evidenciados como tal na contabilidade;

b) ProvisŠes para deprecia€•o de exist„ncias - t„m por fim cobrir as perdas de valor que sofreram as exist„ncias;

c) ProvisŠes para processos judiciais em curso - destinam-se a fazer face a obriga€Šes e encargos derivados de processos judiciais em curso por
factos que determinariam a sua inclus•o entre os custos do exerc…cio;

d) As que, de harmonia com a disciplina definida pelo Banco de Portugal e por for€a de uma imposi€•o de carƒcter gen‡rico e abstracto, tiverem
obrigatoriamente sido constitu…das pelas empresas sujeitas ‹ sua supervis•o, e pelas sucursais em Portugal de institui€Šes de cr‡dito e outras
institui€Šes financeiras com sede em outro Estado Membro da U.E., (com excep€•o das provisŠes para riscos gerais de cr‡dito); Id„ntico
tratamento ‡ conferido ‹s provisŠes obrigatoriamente constitu…das pelas empresas seguradoras, no Œmbito da disciplina do Instituto de Seguros de
Portugal; Relativamente ‹ provis•o para riscos gerais de cr‡dito, a constituir de harmonia com a disciplina definida pelo Banco de Portugal, eram
ainda aceites como encargos dedut…veis em 2001 e 2002, 50% do valor da varia€•o positiva destas provisŠes (n.ˆ 6 do art.ˆ 7ˆ da Lei nˆ 30-G/2000
de 29/12 Normas Transit‚rias);

e) As que, constitu…das por empresas que exer€am a industria extractiva do petr‚leo, se destinem ‹ reconstitui€•o de jazigos;

f) Provis•o para a reconstitui€•o paisag…stica de terrenos (t„m por fim fazer face aos encargos com a recupera€•o paisag…stica e ambiental dos locais
afectos ‹ explora€•o, ap‚s a cessa€•o desta, pelas empresas pertencentes ao sector das ind†strias extractivas);

As provisŠes referidas nas al…neas a) a d) t„m uma caracter…stica comum – a de se destinarem a cobrir riscos ou encargos de ocorr„ncias certas ou
provƒveis. Da… que, nos termos do n.ˆ 2 do artigo 34ˆ do C‚digo do IRC n•o devam subsistir se n•o se verificarem os eventos para os quais foram
constitu…das. Neste caso, dever•o ser consideradas como proveitos do exerc…cio assim como aquelas que sejam utilizadas para fins diversos dos
expressamente previstos.

Por se tratarem das provisŠes que mais d†vidas suscitam, concentraremos a nossa aten€•o nas provisŠes para cr‡ditos de cobran€a duvidosa.

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Provis„o para crˆditos de cobranƒa duvidosa

A provis•o para cr‡ditos de cobran€a duvidosa, estƒ consignada no artigo 35ˆ do C‚digo do IRC, considerando como tal aqueles em que o risco de
incobrabilidade se considere devidamente justificado.

Est•o nesta situa€•o os casos em que:

a) O devedor tenha pendente processo especial de recupera€•o de empresa e protec€•o de credores ou processo de execu€•o, fal„ncia ou
insolv„ncia;

b) Os cr‡ditos tenham sido reclamados judicialmente;

c) Os cr‡ditos estejam em mora hƒ mais de seis meses desde a data do respectivo vencimento e existam provas de terem sido efectuadas dilig„ncias
para o seu recebimento.

Nos casos previstos nas al…neas a) e b), porque se considera existir uma grande probabilidade do cr‡dito n•o ser recuperado, quer pelo facto do credor ter
recorrido aos tribunais, quer ainda por jƒ existir um processo pendente revelador da incapacidade do devedor solver as suas d…vidas, a provis•o poderƒ ser
constitu…da por 100% do valor em d…vida, a partir do momento em que se iniciaram quaisquer daqueles processos.

Tamb‡m se considera existir o risco de incobrabilidade quando jƒ decorreu o tempo considerado razoƒvel para a satisfa€•o da d…vida e, apesar das
dilig„ncias efectuadas, n•o foi poss…vel o seu recebimento (al…nea c).

Neste caso, ‹ medida que o tempo vai decorrendo o risco de incobrabilidade vai aumentando. Assim, estabelece o n.ˆ 2 daquele artigo, as percentagens
aceites fiscalmente tendo em conta o n†mero de meses da mora do cr‡dito:

a) 25% para cr‡ditos em mora hƒ mais de 6 meses e at‡ 12 meses;

b) 50% para cr‡ditos em mora hƒ mais de 12 meses e at‡ 18 meses;

c) 75% para cr‡ditos em mora hƒ mais de 18 meses e at‡ 24 meses;

d) 100% para cr‡ditos em mora hƒ mais de 24 meses.

O facto de um cr‡dito se encontrar em mora hƒ mais de 6 meses n•o ‡ por si s‚ um factor determinante para o considerar de cobran€a duvidosa. A

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considera€•o como de cobran€a duvidosa ‡ efectuada com base na avalia€•o do risco de incobrabilidade, tendo em conta as dilig„ncias efectuadas para o
seu recebimento. Se, por hip‚tese, a empresa considerar um cr‡dito como de cobran€a duvidosa ao fim de 24 meses em mora, deverƒ registar na
contabilidade como tal e constituir a respectiva provis•o em 100%, sendo a mesma aceite como custo fiscal.

Para efeitos fiscais, n•o s•o considerados de cobran€a duvidosa os seguintes cr‡ditos:

• Os cr‡ditos sobre o Estado, regiŠes aut‚nomas e autarquias locais ou aqueles em que estas entidades tenham prestado aval;

• Os cr‡ditos cobertos por seguro, com excep€•o da importŒncia correspondente ‹ percentagem de descoberto obrigat‚rio, ou por qualquer esp‡cie
de garantia real;

• Os cr‡ditos sobre pessoas singulares ou colectivas que detenham mais de 10% do capital da empresa ou sobre membros dos seus ‚rg•os sociais,
salvo nos casos previstos nas al…neas a) e b) do n.ˆ 1 do art. 35.ˆ;

• Os cr‡ditos sobre empresas participadas em mais de 10% do capital, salvo nos casos previstos nas al…neas a) e b) do n.ˆ 1 do art. 35.ˆ.

Artigo 34.€
Provis†es fiscalmente dedut…veis

1- Podem ser deduzidas para efeitos fiscais as seguintes provis…es:

a) As que tiverem por fim a cobertura de cr•ditos resultantes da actividade normal que no fim do exerc†cio possam ser considerados de cobran€a
duvidosa e sejam evidenciados como tal na contabilidade;

b) As que se destinarem a cobrir as perdas de valor que sofrerem as exist•ncias;

c) As que se destinarem a ocorrer a obriga€…es e encargos derivados de processos judiciais em curso por factos que determinariam a inclus‚o
daqueles entre os custos do exerc†cio;

d) As que, no ’mbito da disciplina definida pelo Banco de Portugal, e por for€a de uma imposi€‚o de carƒcter gen•rico e abstracto, tiverem sido
obrigatoriamente constitu†das pelas empresas sujeitas „ sua supervis‚o e pelas sucursais em Portugal de institui€…es de cr•dito e de outras
institui€…es financeiras com sede em outro Estado membro da Uni‚o Europeia, com excep€‚o da provis‚o para riscos gerais de cr•dito, bem como
as que, no ’mbito da disciplina definida pelo Instituto de Seguros de Portugal, e por for€a de uma imposi€‚o de carƒcter gen•rico e abstracto,
tiverem sido obrigatoriamente constitu†das pelas empresas de seguros submetidas „ sua supervis‚o e pelas sucursais em Portugal de empresas

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seguradoras com sede em outro Estado membro da Uni‚o Europeia, incluindo as provis…es t•cnicas legalmente estabelecidas;

e) As que, constitu†das por empresas que exer€am a ind‹stria extractiva do petrŒleo, se destinem „ reconstitui€‚o de jazigos;

f) As que, constitu†das pelas empresas pertencentes ao sector das ind‹strias extractivas, se destinarem a fazer face aos encargos com a
recupera€‚o paisag†stica e ambiental dos locais afectos „ explora€‚o, apŒs a cessa€‚o desta, nos termos da legisla€‚o aplicƒvel.

2- As provis…es a que se referem as al†neas a) a d) do n‹mero anterior que n‚o devam subsistir por n‚o se terem verificado os eventos a que se
reportam e as que forem utilizadas para fins diversos dos expressamente previstos neste artigo consideram-se proveitos do respectivo exerc†cio.

3- Quando se verifique a reposi€‚o de provis…es para riscos gerais de cr•dito ou de outras que n‚o visem a cobertura de riscos espec†ficos da actividade,
s‚o consideradas proveitos do exerc†cio, em primeiro lugar, aquelas que tenham sido custo fiscal no exerc†cio da respectiva constitui€‚o.

EXEMPLO

A contabilidade da sociedade “Cuidadosa, SA” evidencia em 2008/12/31, os seguintes valores na contabilidade:

clientes c/c . . . . . . . . . . . . . . . . € 100.000,00

clientes c/letras . . . . . . . . . . . . . . . € 3.000,00

clientes cobran€a duvidosa . . . . . . € 7.200,00

A subconta de clientes de cobran€a duvidosa apresenta a seguinte discrimina€‚o:

Cliente A: € 2.000,00 – com processo de fal•ncia pendente

Cliente B: € 5.000,00 – com um cr•dito em mora hƒ 20 meses, existindo provas de que os cr•ditos foram reclamados

Cliente C: € 200,00 de juros relativos a uma letra n‚o paga pelo cliente (o resto da d†vida jƒ foi provisionado antes)

A provis‚o fiscalmente dedut†vel serƒ:

Cliente A: € 2.000,00

Cliente B: € 5.000,00 X 75% = € 3.750,00 (porque jƒ decorreram mais de 18 meses „ data da constitui€‚o da provis‚o)

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Cliente C: € 0,00 (porque n‚o se trata de um cr•dito resultante da actividade normal da empresa)

Campo 209
Realizaƒ†es de utilidade social n„o dedut…veis
Ser•o acrescidos neste campo os encargos com realiza€Šes de utilidade social nƒo previstos ou fora dos limites previstos no artigo 40ˆ do C‚digo do IRC.

Nos termos do n.ˆ 1 do referido artigo s•o considerados custos ou perdas do exerc…cio os gastos suportados com a manuten€•o facultativa de creches,
lactƒrios, jardins-de-infŒncia, cantinas, bibliotecas e escolas, bem como outras realiza€Šes de utilidade social, reconhecidas pela DGCI, feitas em benef…cio
do pessoal ou dos reformados da empresa e seus familiares, desde que :

 Sejam feitas em benef…cio dos trabalhadores ou dos reformados da empresa e seus familiares

 Tenham carƒcter geral e n•o revistam a natureza de trabalho dependente

 Revestindo a natureza de rendimento de trabalho, sejam de dif…cil ou complexa individualiza€•o relativamente a cada um dos beneficiƒrios.

Nos termos do n.ˆ 2 s•o tamb‡m considerados custos ou perdas do exerc…cio at‡ ao limite de 15% das despesas com o pessoal escrituradas a t…tulo de
remunera€Šes, ordenados ou salƒrios, respeitantes ao exerc…cio, os suportados com contratos de seguro de doen€a e de acidentes pessoais, bem como
seguros de vida, contribui€Šes para fundos de pensŠes e equiparƒveis ou para quaisquer regimes complementares de seguran€a social, que garantam,
exclusivamente, o benef…cio de reforma, complemento de reforma, invalidez ou sobreviv„ncia, a favor dos trabalhadores da empresa.

A aceita€•o destes custos depende da verifica€•o das condi€Šes enunciadas no n.ˆ 4 do mesmo artigo.

A majora€•o prevista no n.ˆ 9 serƒ de mencionar no campo 236 do Quadro 07.

Artigo 40.€
RealizaĠes de utilidade social

1- S‚o tamb•m considerados custos ou perdas do exerc†cio os gastos suportados com a manuten€‚o facultativa de creches, lactƒrios, jardins-de-inf’ncia,
cantinas, bibliotecas e escolas, bem como outras realiza€…es de utilidade social, como tal reconhecidas pela Direc€‚o-Geral dos Impostos, feitas em
benef†cio do pessoal ou dos reformados da empresa e respectivos familiares, desde que tenham carƒcter geral e n‚o revistam a natureza de
rendimentos do trabalho dependente ou, revestindo-o, sejam de dif†cil ou complexa individualiza€‚o relativamente a cada um dos beneficiƒrios.

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(Redac€‚o dada pela Lei n.Ž 109-B/2001, de 27 de Dezembro - OE)

2- S‚o igualmente considerados custos ou perdas do exerc†cio, at• ao limite de 15% das despesas com o pessoal escrituradas a t†tulo de remunera€…es,
ordenados ou salƒrios respeitantes ao exerc†cio, os suportados com contratos de seguros de doen€a e de acidentes pessoais, bem como com
contratos de seguros de vida, contribui€…es para fundos de pens…es e equiparƒveis ou para quaisquer regimes complementares de seguran€a social,
que garantam, exclusivamente, o benef†cio de reforma, pr•-reforma, complemento de reforma, invalidez ou sobreviv•ncia a favor dos trabalhadores
da empresa.

3- O limite estabelecido no n‹mero anterior • elevado para 25%, se os trabalhadores n‚o tiverem direito a pens…es da seguran€a social.

4- Aplica-se o disposto nos n.Žs 2 e 3 desde que se verifiquem, cumulativamente, as seguintes condi€…es, „ excep€‚o das al†neas d) e e), quando se
trate de seguros de doen€a, de acidentes pessoais ou de seguros de vida que garantam exclusivamente os riscos de morte ou invalidez:

a) Os benef†cios devem ser estabelecidos para a generalidade dos trabalhadores permanentes da empresa ou no ’mbito de instrumento de
regulamenta€‚o colectiva de trabalho para as classes profissionais onde os trabalhadores se inserem;

b) Os benef†cios devem ser estabelecidos segundo um crit•rio objectivo e id•ntico para todos os trabalhadores ainda que n‚o pertencentes „ mesma
classe profissional, salvo em cumprimento de instrumentos de regulamenta€‚o colectiva de trabalho;

c) Sem preju†zo do disposto no n.Ž 6, a totalidade dos pr•mios e contribui€…es previstos nos n.Žs 2 e 3 deste artigo em conjunto com os rendimentos
da categoria A isentos nos termos do n.Ž 1 do artigo 15.Ž do Estatuto dos Benef†cios Fiscais n‚o devem exceder, anualmente, os limites naqueles
estabelecidos ao caso aplicƒveis, n‚o sendo o excedente considerado custo do exerc†cio;

d) Sejam efectivamente pagos sob a forma de presta€‚o pecuniƒria mensal vital†cia pelo menos dois ter€os dos benef†cios em caso de reforma,
invalidez ou sobreviv•ncia, sem preju†zo da remi€‚o de rendas vital†cias em pagamento que n‚o tenham sido fixadas judicialmente, nos termos e
condi€…es estabelecidos em norma regulamentar emitida pela respectiva entidade de supervis‚o, e desde que seja apresentada prova dos
respectivos pressupostos pelo sujeito passivo;

e) As disposi€…es de regime legal da pr•-reforma e do regime geral de seguran€a social sejam acompanhadas, no que se refere „ idade e aos
titulares do direito „s correspondentes presta€…es, sem preju†zo de regime especial de seguran€a social, de regime previsto em instrumento de
regulamenta€‚o colectiva de trabalho ou de outro regime legal especial, ao caso aplicƒveis;

f) A gest‚o e disposi€‚o das import’ncias despendidas n‚o perten€am „ prŒpria empresa e os contratos de seguros sejam celebrados com empresas
de seguros que possuam sede, direc€‚o efectiva ou estabelecimento estƒvel em territŒrio portugu•s e os fundos de pens…es ou equiparƒveis

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sejam constitu†dos de acordo com a legisla€‚o nacional;

g) N‚o sejam considerados rendimentos do trabalho dependente, nos termos da primeira parte do n.Ž 3) da al†nea b) do n.Ž 3 do artigo 2.Ž do CŒdigo
do IRS.

5- Para os efeitos dos limites estabelecidos nos n.Žs 2 e 3, n‚o s‚o considerados os valores actuais dos encargos com pensionistas jƒ existentes na
empresa „ data da celebra€‚o do contrato de seguro ou da integra€‚o em esquemas complementares de presta€…es de seguran€a social previstos na
respectiva legisla€‚o, devendo esse valor, calculado actuarialmente, ser certificado pelas seguradoras ou outras entidades competentes.

6- As dota€…es destinadas „ cobertura de responsabilidades com pens…es previstas no n.Ž 2 do pessoal no activo em 31 de Dezembro do ano anterior ao
da celebra€‚o dos contratos de seguro ou da entrada para fundos de pens…es, por tempo de servi€o anterior a essa data, s‚o igualmente aceites como
custos nos termos e condi€…es estabelecidos nos n.Žs 2, 3 e 4, podendo, no caso de aquelas responsabilidades ultrapassarem os limites estabelecidos
naqueles dois primeiros n‹meros, mas n‚o o dobro dos mesmos, o montante do excesso ser tamb•m aceite como custo, anualmente, por uma
import’ncia correspondente, no mƒximo, a um s•timo daquele excesso, sem preju†zo da considera€‚o deste naqueles limites, devendo o valor actual
daquelas responsabilidades ser certificado por seguradoras, sociedades gestoras de fundos de pens…es ou outras entidades competentes.

7- As contribui€…es suplementares destinadas „ cobertura de responsabilidades por encargos com pens…es, quando efectuadas em consequ•ncia de
altera€‚o dos pressupostos actuariais em que se basearam os cƒlculos iniciais daquelas responsabilidades e desde que devidamente certificadas pelas
entidades competentes, podem tamb•m ser aceites como custos ou perdas nos seguintes termos:

a) No exerc†cio em que sejam efectuadas, num prazo mƒximo de cinco, contado daquele em que se verificou a altera€‚o dos pressupostos actuariais;

b) Na parte em que n‚o excedam o montante acumulado das diferen€as entre os valores dos limites previstos nos n.Žs 2 ou 3 relativos ao per†odo
constitu†do pelos 10 exerc†cios imediatamente anteriores ou, se inferior, ao per†odo contado desde o exerc†cio da transfer•ncia das
responsabilidades ou da ‹ltima altera€‚o dos pressupostos actuariais e os valores das contribui€…es efectuadas e aceites como custos em cada um
desses exerc†cios.

8- Para efeitos do disposto na al†nea b) do n‹mero anterior, n‚o s‚o consideradas as contribui€…es suplementares destinadas „ cobertura de
responsabilidades com pensionistas, n‚o devendo igualmente ser tidas em conta para o cƒlculo daquelas diferen€as as eventuais contribui€…es
efectuadas para a cobertura de responsabilidades passadas nos termos do n.Ž 6.

9- Aos custos referidos no n.Ž 1, quando se reportem „ manuten€‚o de creches, lactƒrios e jardins-de-inf’ncia em benef†cio do pessoal da empresa, seus
familiares ou outros, s‚o imputados, para efeitos de determina€‚o do lucro tributƒvel, mais 40% da quantia efectivamente despendida.

163
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10 - No caso de incumprimento das condi€…es estabelecidas nos n.Žs 2, 3 e 4, „ excep€‚o das referidas nas al†neas c) e g) deste ‹ltimo n‹mero, ao valor
do IRC liquidado relativamente a esse exerc†cio deve ser adicionado o IRC correspondente aos pr•mios e contribui€…es considerados como custo em
cada um dos exerc†cios anteriores, nos termos deste artigo, agravado de uma import’ncia que resulta da aplica€‚o ao IRC correspondente a cada um
daqueles exerc†cios do produto de 10% pelo n‹mero de anos decorridos desde a data em que cada um daqueles pr•mios e contribui€…es foram
considerados como custo, n‚o sendo, em caso de resgate em benef†cio da entidade patronal, considerado como proveito do exerc†cio a parte do valor
do resgate correspondente ao capital aplicado.

11 - o caso de resgate em benef†cio da entidade patronal, n‚o se aplica o disposto no n‹mero anterior se, para a transfer•ncia de responsabilidades, forem
celebrados contratos de seguro de vida com outros seguradores, que possuam sede, direc€‚o efectiva ou estabelecimento estƒvel em territŒrio
portugu•s, ou se forem efectuadas contribui€…es para fundos de pens…es constitu†dos de acordo com a legisla€‚o nacional, em que, simultaneamente,
seja aplicada a totalidade do valor do resgate e se continuem a observar as condi€…es estabelecidas neste artigo.

12 - No caso de resgate em benef†cio da entidade patronal, o disposto no n.Ž 10 pode igualmente n‚o se aplicar, se for demonstrada a exist•ncia de
excesso de fundos originada por cessa€‚o de contratos de trabalho, previamente aceite pela Direc€‚o-Geral dos Impostos.

EXEMPLO

A empresa “Utilidades Sociais, Lda” celebrou em 2008 um contrato de seguro de doen€a a favor da generalidade dos seus trabalhadores, no montante de €
4.000,00.

As despesas com o pessoal no exerc†cio (remunera€…es) foram de € 20.000,00.

Os trabalhadores t•m direito a pens…es da seguran€a social.

O valor fiscalmente aceite ˆ 20.000,00 X 15% = 3.000,00

logo, acresce 1.000,00 no campo 209 do Quadro 07

Campo 210
Donativos n„o previstos ou para alˆm dos limites legais
Constituem donativos as entregas em dinheiro ou em esp‡cie concedidas sem contrapartidas que configurem obriga€Šes de carƒcter pecuniƒrio ou
comercial ‹s entidades publicas ou privadas previstas na lei, cuja actividade consista predominantemente na realiza€•o de iniciativas nas ƒreas social,

164
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cultural, ambiental, desportiva ou educacional.

No caso de donativos em esp‡cie, o valor a considerar para efeitos de dedu€•o ao lucro tributƒvel ‡ o valor fiscal que os bens tiverem no exerc…cio em que
forem doados.

S•o considerados custos ou perdas do exerc…cio, na sua totalidade, os donativos concedidos ‹s seguintes entidades:

• Estado, RegiŠes Aut‚nomas e autarquias locais e qualquer dos seus servi€os, estabelecimentos e organismos, ainda que personalizados;

• Associa€Šes de munic…pios e de freguesias;

• Funda€Šes em que o Estado, as RegiŠes Aut‚nomas ou as autarquias locais participem no patrim‚nio inicial;

• Funda€Šes de iniciativa exclusivamente privada que prossigam fins de natureza predominantemente social ou cultural, relativamente ‹ sua dota€•o
inicial, nas condi€Šes previstas no n.ˆ 9.

S•o considerados custos em valor correspondente a:

• 140% quando se destinarem exclusivamente a fins de carƒcter social,

• 120% se destinados exclusivamente a fins de carƒcter cultural, ambiental, desportivo e educacional

• 130% quando atribu…dos ao abrigo de contratos plurianuais.

Mecenato Social

S•o custos at‡ ao limite de 8/1000 do volume de vendas ou dos servi€os prestados, contando por 130% do respectivo montante, os donativos atribu…dos a:

• Institui€Šes particulares de solidariedade social, bem como pessoas colectivas legalmente equiparadas;

• Pessoas colectivas de utilidade p†blica administrativa e de mera utilidade p†blica que prossigam fins de caridade, assist„ncia, benefic„ncia e
solidariedade social e cooperativas de solidariedade social;

• Centros de cultura e desporto organizados nos termos dos Estatutos do Instituto Nacional de Aproveitamento dos Tempos Livres dos
Trabalhadores (INATEL), desde que destinados ao desenvolvimento de actividades de natureza social do Œmbito daquelas entidades;

165
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• Organiza€Šes n•o governamentais cujo objecto estatutƒrio se destine essencialmente ‹ promo€•o dos valores da cidadania, da defesa dos direitos
humanos, dos direitos das mulheres e da igualdade de g‡nero, nos termos legais aplicƒveis;

• Organiza€Šes n•o governamentais para o desenvolvimento;

• Outras entidades promotoras de iniciativas de aux…lio a popula€Šes carecidas de ajuda humanitƒria em consequ„ncia de catƒstrofes naturais ou de
outras situa€Šes de calamidade internacional, reconhecidas pelo Estado Portugu„s, mediante despacho conjunto dos ministros responsƒveis pelas
ƒreas das finan€as e dos neg‚cios estrangeiros.

Quando estes donativos se destinem a custear medidas de apoio ‹ infŒncia ou ƒ terceira idade, apoio de toxicodependentes e ou de doentes com sida,
promo€•o de iniciativas dirigidas ‹ cria€•o de oportunidades de trabalho e de reinser€•o social de pessoas, designadamente no Œmbito do rendimento social
de reinser€•o, programas de luta contra a pobreza, s•o considerados custo em valor correspondente a 140%.

S•o considerados em valor correspondente a 150%, os donativos concedidos ‹s entidades supra referidas e que se destinem a custear medidas de apoio ‹
fam…lia, designadamente apoio pr‡ natal a adolescentes e a mulheres em situa€•o de risco e apoios acolhimento e ajuda humana e social a m•es solteiras.

Mecenato Cultural, ambiental, desportivo e educacional

S•o custos at‡ ao limite de 6/1000 do volume de vendas ou dos servi€os prestados, os donativos atribu…dos a:

• Cooperativas culturais, institutos, funda€Šes e associa€Šes que prossigam actividades de investiga€•o, excepto as de natureza cient…fica, de cultura
e de defesa do patrim‚nio hist‚rico-cultural e do ambiente, e bem assim outras entidades sem fins lucrativos que desenvolvam ac€Šes no Œmbito
do teatro, do bailado, da m†sica, da organiza€•o de festivais e outras manifesta€Šes art…sticas e da produ€•o cinematogrƒfica, audiovisual e
literƒria;

• Museus, bibliotecas e arquivos hist‚ricos e documentais;

• Organiza€Šes n•o governamentais de ambiente (ONGA);

• Comit‡ Ol…mpico de Portugal, Confedera€•o do Desporto de Portugal, pessoas colectivas titulares do estatuto de utilidade p†blica desportiva;

• Associa€Šes promotoras do desporto e associa€Šes dotadas do estatuto de utilidade p†blica que tenham como objectam o fomento e a prƒtica de
actividades desportivas, com excep€•o das sec€Šes participantes em competi€Šes desportivas de natureza profissional;

166
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• Centros de cultura e desporto organizados nos termos dos Estatutos do INATEL, com excep€•o dos donativos abrangidos pela al…nea c) do n.ˆ 3;

• Estabelecimentos de ensino, escolas profissionais, escolas art…sticas e jardins-de-infŒncia legalmente reconhecidos pelo Minist‡rio da Educa€•o;

• Institui€Šes responsƒveis pela organiza€•o de feiras universais ou mundiais, nos termos a definir por resolu€•o do Conselho de Ministros.

S•o levados a custos em valor correspondente a 120% do respectivo montante, ou a 130% quando atribu…dos ao abrigo de contratos plurianuais.

Donativos a organismos associativos

S•o custos at‡ ao limite de 1/1000 do volume de vendas ou dos servi€os prestados, os donativos atribu…dos as importŒncias atribu…das pelos associados aos
respectivos organismos associativos, com vista ‹ satisfa€•o dos seus fins estatutƒrios.

Mecenato para a Sociedade de Informaƒ„o

S•o custos at‡ ao limite de 8/1000 do volume de vendas ou dos servi€os prestados, os donativos de equipamento informƒtico, programas de computador,
forma€•o e consultadoria na ƒrea da informƒtica, concedidos, nomeadamente pelo Estado, RegiŠes Aut‚nomas e Autarquias, Institui€Šes particulares de
Solidariedade social e pessoas colectivas de utilidade p†blica administrativa e outras entidades que prossigam fins de carƒcter cultural, cient…fico ou
tecnol‚gico e educacional.

S•o levados a custo em valor correspondente a 130% e, quando atribu…dos ao abrigo de contratos plurianuais, por 140%.

Mecenato cient…fico (Lei n.€ 26/2004, de 8 de Julho)

S•o custos em valor correspondente a 130% at‡ ao limite de 8/1000 do volume de vendas ou dos servi€os prestados, quando atribu…dos a entidades de
natureza privada.

Quando atribu…dos ao abrigo de contratos plurianuais s•o considerados custo em valor correspondente a 140%.

A usufrui€•o dos incentivos depende de acredita€•o, consubstanciando-se esta, na emiss•o do certificado Ci„ncia 2010.

Com o aditamento, pela Lei n.ˆ 53-A/2006 de 29 de Dezembro, dos art. 56.ˆ-D e 56.ˆ-G, ( actual art.ˆ 62.ˆ e 65.ˆ) ao Estatuto dos Benef…cios Fiscais, passou
a existir um limite global para os donativos.

167
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Assim, todas as dedu€Šes ao rendimento relativas a donativos no Œmbito do mecenato social, cultural, ambiental, educacional e desportivo, bem como os
donativos no Œmbito do mecenato para a sociedade de informa€•o, com excep€•o dos donativos ao Estado, n•o podem ultrapassar na sua globalidade
8/1000 do volume de vendas ou dos servi€os prestados.

EXEMPLO

No exerc†cio de 2008, a sociedade Y, concedeu um donativo de € 1.100.000,00, a um Lar de 3.• Idade, reconhecido como IPSS e outro no montante de €
200.000,00 concedido ao Comit• Ol†mpico de Portugal. Nesse exerc†cio apresenta um volume de vendas de € 125.000.000,00.

Aplicaƒ„o do limite:

€ 125.000.000,00 x 8/1000 = €1.000.000,00

€ 1.300.000,00 – € 1.000.000,00 = € 300.000,00

CŽlculo das majoraƒ†es: (40% x 1.100.000/1.300.000 x 1.000.000 = € 338.461,52) + (20% x 200.000/1.300.000 x 1.000.000 = € 30.769,22) = 369.230,74,
no entanto como 369.230,74 <1.000.000X 40%, deduz 400.000,00

Procedimentos:

• Acresce € 300.000,00 (campo 210 Q.07 da modelo 22)

• Deduz € 400.000,00 (campo 234 Q. 07 da modelo 22)

Artigo 62.€ do EBF


Deduƒ„o para efeitos da determinaƒ„o do lucro tributŽvel das empresas

1 - S‚o considerados custos ou perdas do exerc†cio, na sua totalidade, os donativos concedidos „s seguintes entidades:

a) Estado, Regi…es AutŒnomas e autarquias locais e qualquer dos seus servi€os, estabelecimentos e organismos, ainda que personalizados;

b) Associa€…es de munic†pios e de freguesias;

c) Funda€…es em que o Estado, as Regi…es AutŒnomas ou as autarquias locais participem no patrimŒnio inicial;

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d) Funda€…es de iniciativa exclusivamente privada que prossigam fins de natureza predominantemente social ou cultural, relativamente „ sua dota€‚o
inicial, nas condi€…es previstas no n.Ž 9.

2 - Os donativos referidos no n‹mero anterior s‚o considerados custos em valor correspondente a 140% do respectivo total quando se destinarem
exclusivamente „ prossecu€‚o de fins de carƒcter social, a 120% se destinados exclusivamente a fins de carƒcter cultural, ambiental, desportivo e
educacional ou a 130% quando atribu†dos ao abrigo de contratos plurianuais celebrados para fins espec†ficos que fixem os objectivos a prosseguir pelas
entidades beneficiƒrias e os montantes a atribuir pelos sujeitos passivos.

3 - S‚o considerados custos ou perdas do exerc†cio, at• ao limite de 8/1000 do volume de vendas ou dos servi€os prestados, os donativos atribu†dos „s
seguintes entidades:

a) Institui€…es particulares de solidariedade social, bem como pessoas colectivas legalmente equiparadas;

b) Pessoas colectivas de utilidade p‹blica administrativa e de mera utilidade p‹blica que prossigam fins de caridade, assist•ncia, benefic•ncia e
solidariedade social e cooperativas de solidariedade social;

c) Centros de cultura e desporto organizados nos termos dos Estatutos do Instituto Nacional de Aproveitamento dos Tempos Livres dos Trabalhadores
(INATEL), desde que destinados ao desenvolvimento de actividades de natureza social do ’mbito daquelas entidades;

d) Organiza€…es n‚o governamentais cujo objecto estatutƒrio se destine essencialmente „ promo€‚o dos valores da cidadania, da defesa dos direitos
humanos, dos direitos das mulheres e da igualdade de g•nero, nos termos legais aplicƒveis;

e) Organiza€…es n‚o governamentais para o desenvolvimento;

f) Outras entidades promotoras de iniciativas de aux†lio a popula€…es carecidas de ajuda humanitƒria em consequ•ncia de catƒstrofes naturais ou de outras
situa€…es de calamidade internacional, reconhecidas pelo Estado Portugu•s, mediante despacho conjunto dos ministros responsƒveis pelas ƒreas das
finan€as e dos negŒcios estrangeiros.

4 - Os donativos referidos no n‹mero anterior s‚o levados a custos em valor correspondente a 130% do respectivo total ou a 140% no caso de se
destinarem a custear as seguintes medidas:

a) Apoio „ inf’ncia ou „ terceira idade;

b) Apoio e tratamento de toxicodependentes ou de doentes com sida, com cancro ou diab•ticos;

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c) Promo€‚o de iniciativas dirigidas „ cria€‚o de oportunidades de trabalho e de reinser€‚o social de pessoas, fam†lias ou grupos em situa€…es de exclus‚o
ou risco de exclus‚o social, designadamente no ’mbito do rendimento social de inser€‚o, de programas de luta contra a pobreza ou de programas e
medidas adoptadas no contexto do mercado social de emprego.

5 - S‚o considerados custos ou perdas do exerc†cio, at• ao limite de 8/1000 do volume de vendas ou de servi€os prestados, em valor correspondente a
150%, os donativos concedidos „s entidades referidas nos n‹meros anteriores que se destinem a custear as seguintes medidas:

a) Apoio pr•-natal a adolescentes e a mulheres em situa€‚o de risco e „ promo€‚o de iniciativas com esse fim;

b) Apoio a meios de informa€‚o, de aconselhamento, de encaminhamento e de ajuda a mulheres grƒvidas em situa€‚o social, psicolŒgica ou
economicamente dif†cil;

c) Apoio, acolhimento e ajuda humana e social a m‚es solteiras;

d) Apoio, acolhimento, ajuda social e encaminhamento de crian€as nascidas em situa€…es de risco ou v†timas de abandono;

e) Ajuda „ instala€‚o de centros de apoio „ vida para adolescentes e mulheres grƒvidas cuja situa€‚o sŒcio-econŒmica ou familiar as impe€a de assegurar
as condi€…es de nascimento e educa€‚o da crian€a;

f) Apoio „ cria€‚o de infra-estruturas e servi€os destinados a facilitar a concilia€‚o da maternidade com a actividade profissional dos pais.

6 - S‚o considerados custos ou perdas do exerc†cio, at• ao limite de 6/1000 do volume de vendas ou dos servi€os prestados, os donativos atribu†dos „s
seguintes entidades:

a) Cooperativas culturais, institutos, funda€…es e associa€…es que prossigam actividades de investiga€‚o, excepto as de natureza cient†fica, de cultura e de
defesa do patrimŒnio histŒrico-cultural e do ambiente, e bem assim outras entidades sem fins lucrativos que desenvolvam ac€…es no ’mbito do teatro, do
bailado, da m‹sica, da organiza€‚o de festivais e outras manifesta€…es art†sticas e da produ€‚o cinematogrƒfica, audiovisual e literƒria;

b) Museus, bibliotecas e arquivos histŒricos e documentais;

c) Organiza€…es n‚o governamentais de ambiente (ONGA);

d) Comit• Ol†mpico de Portugal, Confedera€‚o do Desporto de Portugal, pessoas colectivas titulares do estatuto de utilidade p‹blica desportiva;

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e) Associa€…es promotoras do desporto e associa€…es dotadas do estatuto de utilidade p‹blica que tenham como objecto o fomento e a prƒtica de
actividades desportivas, com excep€‚o das sec€…es participantes em competi€…es desportivas de natureza profissional;

f) Centros de cultura e desporto organizados nos termos dos Estatutos do INATEL, com excep€‚o dos donativos abrangidos pela al†nea c) do n.Ž 3;

g) Estabelecimentos de ensino, escolas profissionais, escolas art†sticas e jardins-de-inf’ncia legalmente reconhecidos pelo Minist•rio da Educa€‚o;

h) Institui€…es responsƒveis pela organiza€‚o de feiras universais ou mundiais, nos termos a definir por resolu€‚o do Conselho de Ministros.

7 - Os donativos previstos no n‹mero anterior s‚o levados a custos em valor correspondente a 120% do respectivo total ou a 130% quando atribu†dos ao
abrigo de contratos plurianuais celebrados para fins espec†ficos que fixem os objectivos a prosseguir pelas entidades beneficiƒrias e os montantes a atribuir
pelos sujeitos passivos.

8 - S‚o considerados custos ou perdas do exerc†cio, at• ao limite de 1/1000 do volume de vendas ou dos servi€os prestados no exerc†cio da actividade
comercial, industrial ou agr†cola, as import’ncias atribu†das pelos associados aos respectivos organismos associativos a que perten€am, com vista „
satisfa€‚o dos seus fins estatutƒrios.

9 - Est‚o sujeitos a reconhecimento, a efectuar por despacho conjunto dos Ministros das Finan€as e da tutela, os donativos concedidos para a dota€‚o
inicial de funda€…es de iniciativa exclusivamente privada desde que prossigam fins de natureza predominantemente social ou cultural e os respectivos
estatutos prevejam que, no caso de extin€‚o, os bens revertam para o Estado ou, em alternativa, sejam cedidos „s entidades abrangidas pelo artigo 10.Ž do
CŒdigo do IRC.

10 - As entidades a que se referem as al†neas a), e) e g) do n.Ž 6 devem obter junto do ministro da respectiva tutela, previamente „ obten€‚o dos donativos,
a declara€‚o do seu enquadramento no presente cap†tulo e do respectivo interesse cultural, ambiental, desportivo ou educacional das actividades
prosseguidas ou das ac€…es a desenvolver.

11 - No caso de donativos em esp•cie, o valor a considerar para efeitos do cƒlculo da dedu€‚o ao lucro tributƒvel • o valor fiscal que os bens tiverem no
exerc†cio em que forem doados, deduzido, quando for caso disso, das reintegra€…es ou provis…es efectivamente praticadas e aceites como custo fiscal ao
abrigo da legisla€‚o aplicƒvel.

12 - A dedu€‚o a efectuar nos termos dos n.Žs 3 a 8, bem como do artigo 56.Ž-G, n‚o pode ultrapassar na sua globalidade 8/1000 do volume de vendas ou
dos servi€os prestados realizados pela empresa no exerc†cio.

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Circular n.€ 2/2004, de 20 de Janeiro


Tratamento Fiscal dos Donativos

Raz„o das instruƒ†es

A Circular n.Ž 12/2002, de 19 de Abril, veio esclarecer d‹vidas relativas ao enquadramento jur†dico-tributƒrio de donativos, em sede de IRS, IRC e IVA,
nomeadamente nos casos em que aos mesmos esteja associada a atribui€‚o aos doadores, por parte dos beneficiƒrios dos donativos, de determinadas
regalias em esp•cie, como sejam, por exemplo, a atribui€‚o de bilhetes de ingresso ou convites para eventos, a disponibiliza€‚o de salas e de outras
instala€…es ou a associa€‚o do nome do doador a certa obra ou iniciativa promovida pelo donatƒrio.

Subsistindo, ainda, algumas d‹vidas e alguma margem de indefini€‚o no que concerne ao enquadramento de certas realidades no ’mbito do Estatuto do
Mecenato, que importa aclarar, considerou-se oportuno, na sequ•ncia do Despacho nŽ 1287/2003-XV, de 26 de Maio, de S. Exa. O Secretƒrio de Estado
dos Assuntos Fiscais, rever o conte‹do da Circular nŽ12/2002, em ordem a concretizar, atrav•s da defini€‚o de crit•rios mais objectivos e, em alguns
casos, da fixa€‚o de limites para o valor das contrapartidas concedidas, as linhas de orienta€‚o a† consagradas.

I – IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO


Enquadramento em sede de IRC e de IRS

1. O regime tributƒrio aplicƒvel aos donativos atribu†dos no ’mbito do Estatuto do Mecenato, aprovado pelo Dec-Lei nŽ 74/99, de 16 de Mar€o, consiste, em
sede de IRC, na sua considera€‚o como custo ou perda do respectivo exerc†cio para efeitos da determina€‚o do lucro tributƒvel, acrescido da majora€‚o
respectiva, e, em sede de IRS, numa dedu€‚o „ colecta do imposto.

N‚o sendo a situa€‚o subsum†vel no ’mbito deste regime, aplicar-se-‚o as regras gerais previstas no CŒdigo do IRC, sendo aceites como custo, embora
sem qualquer majora€‚o, apenas os que comprovadamente forem indispensƒveis para a realiza€‚o de proveitos ou ganhos sujeitos a imposto ou para a
manuten€‚o da fonte produtora.

Assim, as import’ncias que revistam a natureza de donativos, fora do ’mbito do Estatuto do Mecenato, n‚o logram passar o teste da respectiva
indispensabilidade, pelo que n‚o s‚o aceites como custo para efeitos fiscais.

Ao inv•s, nas situa€…es em que as import’ncias atribu†das n‚o revistam a natureza de donativo, constituindo a contrapartida da aquisi€‚o de um bem ou
servi€o, as mesmas s‚o, em princ†pio, aceites como custo para efeitos fiscais „ luz do disposto no artŽ 23Ž do CŒdigo do IRC.

Conceito de donativo para efeitos do Estatuto do Mecenato

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2. Nos termos do n.Ž 2 do artigo 1.Ž do Dec-Lei nŽ 74/99, de 16 de Mar€o, apenas t•m relev’ncia fiscal "os donativos em dinheiro ou em esp‡cie concedidos
sem contrapartidas que configurem obriga€Šes de carƒcter pecuniƒrio ou comercial ‹s entidades p†blicas ou privadas nele previstas, cuja actividade
consista, predominantemente, na realiza€•o de iniciativas nas ƒreas cultural, ambiental, cient…fica ou tecnol‚gica, desportiva e educacional".

De acordo com esta regra, est‚o abrangidos pelo Estatuto do Mecenato os donativos, ou seja, as presta€…es de carƒcter gratuito em que impera o esp†rito
de liberalidade do doador.

› realiza€‚o de donativos aparece, todavia, frequentemente associada a atribui€‚o ao doador de determinadas regalias em esp•cie, como sejam a
atribui€‚o de convites ou bilhetes de ingresso para eventos, a disponibiliza€‚o das instala€…es do beneficiƒrio ao doador ou a associa€‚o do nome do
doador a certa obra ou iniciativa promovida pelo donatƒrio.

A quest‚o que se coloca • a de saber em que medida as mesmas constituem contrapartidas de carƒcter comercial, inviabilizadoras do enquadramento do
custo no ’mbito do Estatuto do Mecenato. Ora, nestas situa€…es, poderemos ainda estar no dom†nio dos negŒcios gratuitos „ luz das regras do direito
privado comum. De facto, para o efeito de recusar „ presta€‚o a natureza de gratuitidade n‚o basta que a regalia que lhe esteja associada seja desejada
pelo doador, • necessƒrio averiguar se aquela regalia foi desejada como correspectivo patrimonial do donativo de tal modo que se possa dizer ferido o
esp†rito de liberalidade do doador.

š neste quadro que importa interpretar o disposto no nŽ2 do artŽ1Ž do Dec-Lei nŽ 74/99, buscando a ratio do preceito. Assim, n‚o dever‚o ser exclu†das do
’mbito do Estatuto do Mecenato situa€…es que nele devam manifestamente ser inclu†das, por serem insignificantes as contrapartidas recebidas pelo doador
e, quando esteja em causa a associa€‚o do respectivo nome a um evento promovido pelo beneficiƒrio, por subsistir o esp†rito de liberalidade do doador.

Regalias em espˆcie atribu…das ao doador

2.1. Atente-se, por exemplo, que regalias como a disponibiliza€‚o ao doador de instala€…es do beneficiƒrio, a atribui€‚o de convites ou bilhetes de ingresso
para iniciativas promovidas pelo beneficiƒrio podem n‚o desvirtuar, necessariamente, o esp†rito de liberalidade do doador se revestirem um valor
manifestamente insignificante face ao donativo efectuado .

Assim, considera-se que as mencionadas regalias n‚o constituem, para efeitos do disposto no nŽ2 do art. 1Ž do Dec-Lei nŽ 74/99, de 16 de Mar€o,
contrapartidas de carƒcter pecuniƒrio ou comercial quando o valor de mercado das mesmas n‚o ultrapassar, anualmente, o limite de 5% dos donativos
atribu†dos.

Associaƒ„o do nome do doador a iniciativas promovidas pelo donatŽrio

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2.2. Nos casos em que a regalia se traduza numa associa€‚o p‹blica do nome do doador a determinada iniciativa, deve atender-se tamb•m ao modo como
essa associa€‚o se produz, admitindo-se que aos donativos concedidos no ’mbito da legisla€‚o do mecenato esteja associada a regalia da divulga€‚o do
nome do mecenas, desde que a mesma n‚o apresente "natureza comercial" mas meramente institucional.

Critˆrios de distinƒ„o

Assim, poder-se-‚o estabelecer as seguintes linhas de orienta€‚o:

a) Se a regalia consistir na associa€‚o do nome do doador a certa iniciativa, tendo como fito a busca de uma imagem pessoal ou institucional de
responsabilidade c†vica, que o identifique junto do p‹blico em geral, porque o esp†rito de liberalidade do doador • preponderante, estar-se-ƒ perante
donativos enquadrƒveis no Estatuto do Mecenato;

Para efeitos da concretiza€‚o da orienta€‚o estabelecida nesta al†nea dever‚o ter-se em aten€‚o os Seguintes crit•rios:

i) Na associa€‚o do nome do doador a determinadas iniciativas ou eventos promovidos pelo beneficiƒrio n‚o deverƒ ser feita qualquer refer•ncia a marcas,
produtos ou servi€os do mecenas, permitindo-se, apenas, a refer•ncia ao respectivo nome ou designa€‚o social e logotipo;

ii) A divulga€‚o do nome ou designa€‚o social do mecenas deve fazer-se de modo id•ntico e uniforme em rela€‚o a todos os mecenas, n‚o podendo a
mesma variar em fun€‚o do valor do donativo concedido;

iii) A identifica€‚o p‹blica do mecenas n‚o deve revestir a natureza de mensagem publicitƒria, devendo, pois, efectuar-se de forma discreta, num plano
secundƒrio relativamente ao evento ou obra aos quais aparece associada, em suportes destinados a divulgar ou enquadrar a prŒpria iniciativa – se
existentes – de acordo com os usos aceites neste dom†nio e sempre com alus‚o „ qualidade de mecenas.

b) Se, em vez disso, a regalia consistir na associa€‚o a certa iniciativa dos produtos comercializados pelo doador, ou mesmo do seu nome mas tendo como
fito a sua promo€‚o junto dos respectivos consumidores, o que se considera verificado quando n‚o seja observado algum dos crit•rios estabelecidos para
efeitos da al†nea a), porque o esp†rito de liberalidade do doador • secundarizado, estar-se-ƒ perante um patroc†nio, n‚o contemplado no Estatuto do
Mecenato.

II – IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO

Enquadramento em sede de IVA

1. Contrariamente ao que sucede no IRS e no IRC, a problemƒtica da qualifica€‚o dos donativos para efeitos do nŽ 2 do artigo 1Ž do Decreto-Lei nŽ 74/99,

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de 16 de Mar€o, n‚o assume a mesma relev’ncia no dom†nio do IVA.

Devido „ natureza do prŒprio imposto e ao tipo de realidades econŒmicas que o mesmo tributa, no IVA n‚o ocorre, em princ†pio, qualquer desconsidera€‚o
do donativo, designadamente quando existam contrapartidas de carƒcter pecuniƒrio ou comercial por parte dos beneficiƒrios.

Com efeito, a eventual ocorr•ncia de contrapartidas realizadas pelo beneficiƒrio n‚o retira „ presta€‚o do mecenas o seu carƒcter de doa€‚o, tal como esta
• definida pelo direito privado comum, pelo que o respectivo tratamento em sede de IVA serƒ sempre o decorrente de um contrato gratuito, salvo nos casos
– jƒ n‚o de todo mecenƒticos por aus•ncia de animus donandi – em que as presta€…es de ambas as partes se equivalem.

OperaĠes onerosas

Nesta ‹ltima situa€‚o, em que as contrapartidas associadas a um donativo reflectem, pelo seu valor, uma aus•ncia de esp†rito de liberalidade e, portanto,
uma inten€‚o de enriquecimento de parte a parte, estar-se-ƒ perante um contrato oneroso, sendo as correspondentes transmiss…es de bens ou presta€…es
de servi€os, efectuadas por qualquer dos intervenientes ou por ambos, submetidas „s regras gerais de tributa€‚o em IVA das opera€…es realizadas a t†tulo
oneroso.

Operaƒ†es a t…tulo gratuito

2. Nas rela€…es de †ndole mecenƒtica, nas quais, ainda que ocorra a realiza€‚o de contrapartidas pelo beneficiƒrio, estas s‚o de valor inferior ao do
donativo, a sujei€‚o ao imposto depende da eventual subsun€‚o das opera€…es decorrentes dessas rela€…es nas regras do CŒdigo do IVA (CIVA) que
assimilam, para efeitos de tributa€‚o, determinadas opera€…es gratuitas a opera€…es onerosas.

Operaƒ†es realizadas pelos beneficiŽrios dos donativos

Nesse dom†nio, quando no ’mbito de uma rela€‚o mecenƒtica o beneficiƒrio do donativo oferece determinados bens corpŒreos ao mecenas, a respectiva
transmiss‚o gratuita serƒ, em princ†pio, sujeita a imposto nos termos da al†nea f) do n.Ž 3 do artigo 3.Ž do CIVA se, relativamente a esses bens, a entidade
que os oferece tiver beneficiado do direito „ dedu€‚o, total ou parcial, do IVA que os onerou aquando da respectiva aquisi€‚o ou produ€‚o.

A verificarem-se os pressupostos de tributa€‚o dessas transmiss…es gratuitas, o respectivo valor tributƒvel, determinado nos termos da al†nea b) do n.Ž 2 do
artigo 16.Ž do CIVA, corresponde ao pre€o de aquisi€‚o dos bens ou, na sua falta, ao respectivo pre€o de custo, reportados ao momento de realiza€‚o das
opera€…es.

N‚o se verificarƒ no entanto a sujei€‚o a imposto, ainda que tenha havido lugar „ dedu€‚o total ou parcial do IVA contido nos bens objecto de transmiss‚o
gratuita, nos casos em que – em conformidade com o disposto no segundo parƒgrafo da al†nea f) do nŽ 3 do artigo 3Ž do CIVA – se esteja perante uma

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oferta de reduzido valor.

a) Exclusivamente para efeitos do enquadramento decorrente das rela€…es mecenƒticas abrangidas pelo Decreto-Lei nŽ 74/99, e tendo em considera€‚o o
disposto no artigo 6Ž do Estatuto do Mecenato, aditado pela Lei nŽ 107-B/2003, de 31 de Dezembro, consideram-se de pequeno valor, sendo exclu†das
portanto do ’mbito de incid•ncia do IVA, as ofertas de bens efectuadas pelos beneficiƒrios do mecenato aos mecenas cujo valor n‚o exceda 5% do
montante do donativo atribu†do.

Exemplo:

A t†tulo exemplificativo, considere-se uma situa€‚o em que, no ’mbito mecenƒtico, o sujeito passivo A concede a B um donativo no montante de 10 000 €.
Em troca, B oferece a A livros no valor de 600 €. O procedimento a adoptar por B, em mat•ria de IVA, deve ser o seguinte:

a) Se B n‚o tiver deduzido, total ou parcialmente, o IVA suportado na aquisi€‚o ou produ€‚o dos livros, a respectiva transmiss‚o gratuita para A n‚o se
encontra sujeita a imposto;

b) Se B tiver deduzido, total ou parcialmente, o IVA suportado na aquisi€‚o ou produ€‚o dos livros, dado que o valor destes • superior a 5% do montante
do donativo recebido, hƒ lugar a liquida€‚o do imposto pela respectiva transmiss‚o gratuita, o qual incidirƒ sobre o valor de 600 €.

Por sua vez, quando as contrapartidas disponibilizadas pelos beneficiƒrios do mecenato consistirem em presta€…es de servi€os, a correspondente sujei€‚o
a IVA decorre do disposto nas al†neas a) e b) do nŽ 2 do artigo 4Ž do CIVA, sendo o respectivo valor tributƒvel, de harmonia com o estabelecido na al†nea c)
do nŽ 2 do artigo 16Ž do CŒdigo, o valor normal dos servi€os.

› semelhan€a do que se referiu para o caso das ofertas de bens de pequeno valor, tais presta€…es de servi€os – exclusivamente para efeitos do
enquadramento das rela€…es mecenƒticas abrangidas pelo Decreto-Lei nŽ 74/99 – consideram-se n‚o sujeitas a IVA desde que o seu valor, acrescido do
valor daquelas ofertas de bens, quando existentes, n‚o seja superior a 5% do montante do donativo atribu†do.

Exemplo:

Como exemplo, admita-se uma situa€‚o em que o sujeito passivo A concede a B um donativo no valor de 10 000 €. Em contrapartida, B oferece a A um
conjunto de bilhetes de ingresso num espectƒculo que realiza, no valor global de 300 €. Neste caso, n‚o hƒ lugar „ tributa€‚o em IVA das presta€…es de
servi€os gratuitas efectuadas por B, uma vez que o respectivo valor n‚o ultrapassa 5% do donativo que auferiu.

Todavia, na hipŒtese de B, al•m dos bilhetes, ter oferecido tamb•m a A livros no valor de 400 €, ent‚o, dado que no seu conjunto as transmiss…es de bens
e as presta€…es de servi€os gratuitas, efectuadas por B a A, ultrapassam 5% do donativo recebido, B deverƒ proceder „ liquida€‚o do correspondente

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imposto, o qual incidirƒ sobre 700 €.

Divulgaƒ„o do nome do mecenas

3. No que respeita „s consequ•ncias, em sede de IVA, da divulga€‚o p‹blica do nome do mecenas, devem ser utilizados os crit•rios anteriormente
definidos para efeitos do IRS e do IRC. Assim, se face „queles crit•rios se estiver perante a mera refer•ncia „ identidade do mecenas, tal divulga€‚o n‚o
assume a natureza de uma presta€‚o de servi€os para efeitos do IVA. Se, pelo contrƒrio, o modo de divulga€‚o da identidade do mecenas denotar uma
inten€‚o comercial ou promocional, estar-se-ƒ perante uma presta€‚o de servi€os sujeita a imposto, devendo este ser liquidado tendo por base o valor
normal de tais servi€os.

Donativos em dinheiro ou em espˆcie atribu…dos pelos mecenas

4. Do ponto de vista da situa€‚o tributƒria dos sujeitos passivos que concedam donativos no ’mbito do mecenato, haverƒ que distinguir consoante se
tratem de donativos em dinheiro ou em esp•cie.

Tratando-se de donativos em dinheiro, a respectiva atribui€‚o encontra-se fora do ’mbito de incid•ncia do IVA.

No caso de os donativos serem concedidos em esp•cie, haverƒ lugar a sujei€‚o a imposto das transmiss…es de bens ou presta€…es de servi€os efectuadas
a t†tulo gratuito pelos mecenas, nos termos, respectivamente, da al†nea f) do nŽ 3 do artigo 3Ž e das al†neas a) e b) do nŽ 2 do artigo 4Ž, ambos do CIVA.

Repercuss„o n„o obrigat‚ria do imposto

Sempre que haja lugar a liquida€‚o do IVA pelas opera€…es realizadas a t†tulo gratuito, o nŽ 3 do artigo 36Ž do CIVA estabelece que a repercuss‚o do
imposto n‚o • obrigatŒria, podendo os sujeitos passivos que realizem essas opera€…es suportar, eles prŒprios, o montante do imposto devido e proceder „
sua entrega nos cofres do Estado, sem obrigatoriedade de efectuar o respectivo d•bito aos adquirentes dos bens ou destinatƒrios dos servi€os

CIRCULAR 12/2002 de 19 de Abril

Tendo sido suscitadas d‹vidas quanto ao enquadramento jur†dico-tributƒrio de donativos quando relativamente aos mesmos esteja associada a atribui€‚o
por parte do respectivo beneficiƒrio de regalias em esp•cie, como sejam a disponibiliza€‚o ao doador das instala€…es do beneficiƒrio ou a associa€‚o do
nome do doador a certa obra ou iniciativa cultural, foi por despacho de Sua Excel•ncia o Secretƒrio de Estado dos Assuntos Fiscais, de 25.03.2002,
sancionado o seguinte entendimento:

DL n.€ 74/99, de 16/03, e Estatuto do Mecenato

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O Decreto-Lei n.Ž 74/99, de 16 de Mar€o, que aprovou o Estatuto do Mecenato, veio proceder „ reformula€‚o integrada dos vƒrios tipos de donativos com
relev’ncia fiscal, considerando-se como tal, nos termos do n.Ž 2 do artigo 2.Ž daquele diploma, "os donativos em dinheiro ou em esp•cie concedidos sem
contrapartidas que configurem obriga€…es de carƒcter pecuniƒrio ou comercial", e desde que atribu†dos „s entidades previstas no prŒprio Estatuto.

Enquadramento dos donativos em sede de IRC e IRS

O regime tributƒrio aplicƒvel aos donativos atribu†dos no ’mbito daquele diploma consiste, em sede de IRC, na sua considera€‚o como custo ou perda do
respectivo exerc†cio para efeitos da determina€‚o do lucro tributƒvel, e, em sede de IRS, numa dedu€‚o „ colecta do imposto.

› realiza€‚o de donativos estƒ frequentemente associada a atribui€‚o - agora por parte do respectivo beneficiƒrio - de regalias em esp•cie, como sejam a
disponibiliza€‚o das instala€…es do beneficiƒrio ao doador ou a associa€‚o do nome do doador a certa obra ou iniciativa cultural. A quest‚o de saber em
que circunst’ncia n‚o pode jƒ dizer-se existir mecenato, por serem de natureza "comercial" as regalias facultadas pelo beneficiƒrio do donativo, tem
suscitado d‹vidas aos servi€os e aos contribuintes que importa resolver.

Qualificaƒ„o da liberalidade (do donativo)

A aprecia€‚o pela Administra€‚o Tributƒria da qualifica€‚o de determinada liberalidade como de donativo enquadrƒvel no ’mbito da legisla€‚o supra
referida dependerƒ sempre da exposi€‚o precisa dos elementos de facto, nomeadamente quanto „ respectiva natureza e valor, bem como de eventuais
regalias que em correspond•ncia lhe estejam associadas.

Donativo no “mbito do Mecenato

Para a qualifica€‚o de um donativo no ’mbito do Estatuto do Mecenato, deve apurar-se se a regalia eventualmente facultada pelo beneficiƒrio do mesmo
confirma o esp†rito de liberalidade do doador ou se, pelo contrƒrio, permite concluir pela exist•ncia de uma inten€‚o de enriquecimento, consubstanciando
um negŒcio oneroso.

Para o efeito de recusar ao donativo a natureza de mecenato n‚o basta que a regalia que lhe esteja associada seja desejada pelo doador, • necessƒrio
averiguar se aquela regalia foi desejada como correspectivo patrimonial do donativo de tal modo que se possa dizer ferido o esp†rito de liberalidade do
doador.

Aferiƒ„o casu…stica

Tal aferi€‚o • por natureza casu†stica, sendo de considerar, nomeadamente, a natureza e o valor concretos do donativo e a regalia em causa.

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Atente-se, por exemplo, que regalias como a disponibiliza€‚o ao doador de instala€…es do beneficiƒrio, ou a atribui€‚o de convites para iniciativas culturais
do beneficiƒrio podem confirmar o esp†rito de liberalidade do doador se revestirem um valor manifestamente desproporcionado face ao donativo realizado
ou se n‚o variarem de acordo com o montante do donativo. Mas poder‚o, quando n‚o seja esse o caso, indiciar uma inten€‚o de enriquecimento de parte
a parte.

Mecenato e Patroc…nio

Nos casos em que a regalia se traduza numa associa€‚o p‹blica do doador a determinada iniciativa, deve atender-se tamb•m ao modo como essa
associa€‚o se produz, considerando que aos donativos concedidos no ’mbito da legisla€‚o do mecenato deve admitir-se que esteja associada a regalia da
divulga€‚o do nome do mecenas, desde que essa regalia n‚o apresente "natureza comercial".

Assim, poder‚o estabelecer-se as seguintes linhas de orienta€‚o:

a) Se a regalia consistir na associa€‚o do nome do doador a certa iniciativa tendo como fito a busca de uma imagem pessoal ou institucional de
responsabilidade c†vica, que o identifique junto do p‹blico em geral, porque o esp†rito de liberalidade do doador • preponderante, estar-se-ƒ perante
donativos enquadrƒveis no Estatuto do Mecenato;

b) Se, em vez disso, a regalia consistir na associa€‚o a certa iniciativa dos produtos comercializados pelo doador, ou mesmo do seu nome mas tendo
como fito a sua promo€‚o junto dos respectivos consumidores, porque o esp†rito de liberalidade do doador • marginalizado, estar-se-ƒ perante mero
patroc†nio.

Articulaƒ„o entre o IVA e os impostos sobre o rendimento

Quest‚o controversa tamb•m • a de saber se a qualifica€‚o dada a um donativo em sede de IVA deve necessariamente corresponder „ sua qualifica€‚o
em sede de IRC (ou IRS), para efeitos da aplica€‚o do Estatuto do Mecenato.

A qualifica€‚o de um acto como gratuito ou oneroso deve ser uniforme em face do IRC e do IVA, devendo para o efeito recorrer-se ao ju†zo e crit•rios
enunciados acima. O facto de um acto ser qualificado de modo uniforme em sede de IRC e de IVA n‚o implica, contudo, que o seu tratamento seja id•ntico
para efeitos de ambos os impostos.

Importa ter em conta que o CŒdigo do IVA, dada a voca€‚o de universalidade e neutralidade do imposto, recorre a fic€…es vƒrias, equiparando
determinadas opera€…es gratuitas a opera€…es onerosas. Em resultado, um acto gratuito, e que seja tratado como tal em sede de IRC, poderƒ ser tratado
como oneroso em sede de IVA.

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Enquadramento em sede de IVA

Podem estabelecer-se, ent‚o, as seguintes orienta€…es quanto ao tratamento dos donativos em sede de IVA.

OperaĠes onerosas

a) Quando as regalias associadas a um donativo indiciem, pela sua natureza e valor, a aus•ncia do animus donandi e a inten€‚o de enriquecimento de
parte a parte, a opera€‚o • considerada onerosa e tributƒvel nos termos gerais.

OperaĠes gratuitas

b) Quando as regalias associadas a um donativo confirmem, pela sua natureza e valor, o esp†rito de liberalidade do doador, n‚o constituindo correspectivo
do mesmo, ent‚o estar-se-ƒ perante duas ou mais opera€…es gratuitas que devem ser tratadas de modo inteiramente autŒnomo e nos termos que se
seguem:

Entregas em dinheiro

i) Quanto „s entregas de dinheiro n‚o existe sujei€‚o a imposto

Transmiss†es de bens

ii) Quanto „s transmiss…es de bens, aplicar-se-ƒ o artigo 3.Ž, n.Ž 3, al†nea f) do CŒdigo do IVA, que determina que se considera transmiss‚o de bens a
transmiss‚o gratuita de bens da empresa quando relativamente aos mesmos tenha havido dedu€‚o total ou parcial do imposto. O imposto deverƒ ent‚o
tomar como valor tributƒvel apenas o pre€o de aquisi€‚o dos bens ou de bens similares ou, na sua falta, o pre€o de custo, tal como indica o artigo 16.Ž, n.Ž
2, al†nea b)

Assim, se o sujeito A oferecer a B um donativo de € 10.000, recebendo em troca publica€…es no valor de € 100, sŒ sobre este ‹ltimo valor deverƒ B liquidar
o imposto

Prestaƒ†es de serviƒos

iii) Quanto „s presta€…es de servi€os, aplicar-se-ƒ o artigo 4.Ž, n.Ž 2, al†neas a) e b) que determina que se considera presta€‚o de servi€os onerosa a
utiliza€‚o de bens da empresa para fins alheios „ mesma quando, relativamente a esses bens tenha havido dedu€‚o total ou parcial do imposto,
considerando-se tamb•m como presta€‚o de servi€os a t†tulo oneroso a presta€‚o de servi€os a t†tulo gratuito efectuada pela empresa para fins alheios „

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mesma. O imposto deverƒ ent‚o tomar como valor tributƒvel apenas o valor normal do servi€o, tal como disp…e o artigo 16.Ž, n.Ž 2, al†nea c) do CŒdigo do
IVA.

Assim, se o sujeito A oferecer a B um donativo de € 10.000, recebendo em troca a disponibiliza€‚o de uma sala para uma reuni‚o cujo valor normal de
loca€‚o • de € 100, sŒ sobre este ‹ltimo valor deverƒ B liquidar o imposto.

Importa ainda ter em conta que, nos termos do artigo 36.Ž, n.Ž 3 do CŒdigo do IVA, o imposto incidente sobre opera€…es gratuitas equiparadas a opera€…es
onerosas n‚o tem de ser obrigatoriamente repercutido pelo sujeito passivo. Significa isso que o sujeito passivo que disponibilize determinadas regalias em
fun€‚o de donativo que tenha recebido poderƒ proceder a uma liquida€‚o do IVA incidente sobre essas regalias a n†vel interno apenas, entregando o
imposto ao Estado sem o debitar ao mecenas

Campo 211
IRC e outros impostos incidentes directa ou indirectamente sobre lucros
Deverƒ ser acrescido neste campo o IRC, as tributa€Šes aut‚nomas, a derrama e outros impostos incidentes directa ou indirectamente sobre lucros que,
nos termos da al…nea a) do n.ˆ 1 do artigo 42.ˆ do C‚digo do IRC, n•o s•o dedut…veis para efeito de determina€•o do lucro tributƒvel.

O valor a indicar neste campo serƒ igual ao indicado no campo do Anexo A da IES/DA (excepto no caso de exist„ncia de impostos diferidos).

Uma quest•o importante ainda relacionada com este campo, prende-se com o tratamento fiscal da contabiliza€•o de impostos diferidos, ou seja, quando a
conta do Imposto Sobre o Rendimento apresenta saldos credores.

Sempre que tenham sido contabilizados impostos diferidos, ao abrigo da Directriz Contabil…stica n.ˆ 28, dever•o ser utilizados os campos 271 e 273,
respectivamente

Artigo 42.€ n.€ 1 al…nea a)


Encargos n„o dedut…veis para efeitos fiscais

1 - N‚o s‚o dedut†veis para efeitos de determina€‚o do lucro tributƒvel os seguintes encargos, mesmo quando contabilizados como custos ou perdas do
exerc†cio:

a) O imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC) e quaisquer outros impostos que directa ou indirectamente incidam sobre os lucros.

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Campo 212
Multas, coimas, juros compensat‚rios e demais encargos pela prŽtica de infracƒ†es
Trata-se dos encargos suportados pela empresa respeitantes ao pagamento de multas pela prƒtica de infrac€Šes de qualquer natureza.

O regime ‡ diferente do que fora estabelecido para o C‚digo da Contribui€•o Industrial, em que eram abrangidas apenas as multas fiscais para efeitos de
acr‡scimo ao lucro contabil…stico.

Princ…pio que se considera justo, uma vez que visa incutir no sujeito passivo uma postura mais regrada, n•o lhe permitindo atenuar a penaliza€•o atrav‡s de
uma imputa€•o ao resultado, de custos decorrentes de infrac€Šes cometidas.

Relativamente aos juros compensat‚rios, tamb‡m a sua n•o aceita€•o como custos para efeitos fiscais jƒ tinha sido estabelecida para efeitos de Cont.
Industrial, sendo-o, agora, atrav‡s da citada disposi€•o legal. Os encargos desta natureza devem ser acrescidos neste campo.

Uma d†vida frequentemente colocada prende-se com a aceita€•o ou n•o, dos juros de mora como custos fiscal. Um Ac‚rd•o do Supremo Tribunal
Administrativo de 2000/05/03, proferido no Processo nˆ 24 627, veio esclarecer esta quest•o indicando claramente que os juros de mora n•o s•o custo
fiscal.

Artigo 42.€ n.€ 1 al…nea d)

d) As multas, coimas e demais encargos pela prƒtica de infrac€…es, de qualquer natureza, que n‚o tenham origem contratual, incluindo os juros
compensatŒrios;

AC–RDŠO DO SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO


2000-Mai-03

1 - Os juros de mora relativos a impostos, sejam estes impostos dedut†veis ou n‚o aos proveitos (abrangidos ou n‚o pelo art.Ž 4.Ž do CIRC), n‚o s‚o
fiscalmente dedut†veis aos proveitos na determina€‚o do lucro tributƒvel, nos termos da al. d) do n.Ž 1 do art. 41.Ž CIRC. - 2 - Esta solu€‚o normativa
baseia-se numa certa concep€‚o moralista do direito fiscal e na unidade e coer•ncia do direito fiscal, pois seria intolerƒvel que o legislador obrigasse, por
um lado, a pagar os impostos a tempo e horas e, depois, permitisse que se tirassem proveitos do incumprimento. - 3 - O apelo „ identidade da natureza dos
juros de mora relativamente aos impostos de que s‚o obriga€‚o acessŒria n‚o justificaria a exclus‚o dos juros de mora como custos em todos os tipos de
impostos, como decorre da lei, pois no caso dos impostos fiscalmente dedut†veis tamb•m eles o deveriam ser (Processo n.Ž 24627; AcŒrd‚o de 3 de Maio

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de 2000 do STA, in CTF/399/Julho/Set./2000, pƒg. 359).

Campo 213
Indemnizaƒ†es por eventos segurŽveis
Este campo refere-se ‹s indemniza€Šes pagas pelos sujeitos passivos resultantes de eventos cujo risco seja segurƒvel, pelo que se o risco for suscept…vel
de ser objecto de contrato de seguro, a indemniza€•o devida pela verifica€•o do evento n•o pode ser considerada custo ou perda do exerc…cio.

S•o exemplo disso:

• Perdas por roubos;

• Perdas por sinistros com exist„ncias, imobilizados ou outros activos, quando regulƒveis.

As indemniza€Šes de natureza contratual, pagas a terceiros s•o aceites como custo fiscal.

No caso de custos obrigatoriamente suportados pelas empresas pelo facto de o valor da franquia estabelecida no contrato de seguro ser superior ao da
indemniza€•o, s•o os mesmos reconhecidos para efeitos fiscais, nos termos do art. 23.ˆ do CIRC.

No caso de custos suportados voluntariamente pelas empresas, como forma a evitar acr‡scimos em custos futuros, desde que o aumento de custos que
estas suportariam pelo agravamento dos pr‡mios de seguro, sejam efectivamente superior ao valor das indemniza€Šes por si pagas directamente, o valor
destas †ltimas ser•o consideradas custo fiscal, nos termos do mesmo artigo.

Artigo 42.€ n.€ 1 al…nea e)

e) As indemniza€…es pela verifica€‚o de eventos cujo risco seja segurƒvel;

Campo 277
Encargos n„o devidamente documentados
As despesas n•o documentadas n•o s•o encargos dedut…veis para efeitos fiscais, por for€a da al…nea g) do n.ˆ 1 do artigo 42.ˆ do C‚digo do IRC e como tal
devem ser acrescidas neste campo.

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Artigo 42.€ n.€ 1 al…nea g)

g) Os encargos n‚o devidamente documentados;

Campo 214
Despesas n„o documentadas
As despesas n•o documentadas que estejam a afectar o resultado l…quido do exerc…cio devem ser acrescidas neste campo.

Por despesa n•o documentada, serƒ de entender, toda aquela em rela€•o ‹ qual, n•o existe prova documental, n•o sendo revelada e provada a sua
natureza, origem e finalidade.

Para al‡m disso, estas despesas est•o sujeitas a tributa€•o aut‚noma ‹ taxa de 50%, conforme previsto no nˆ 1 do artigo 81ˆ do CIRC, sendo este valor
indicado no campo 365 do Quadro 10 – Tributa€Šes Aut‚nomas.

A taxa referida serƒ elevada para 70% nos casos em que tais despesas sejam efectuadas por sujeitos passivos de IRC, total ou parcialmente isentos, ou
que n•o exer€am, a t…tulo principal, actividades de natureza comercial, industrial ou agr…cola.

A tributa€•o aut‚noma prevista no nˆ 3 do mesmo artigo (despesas de representa€•o e encargos com viaturas ligeiras de passageiros ou mistas) n•o deve
ser indicada neste campo, mas apenas no 365 do Quadro 10.

Por for€a do disposto no artigo 12.ˆ do CIRC, verificando-se a exist„ncia de despesas confidenciais e ou n•o documentadas, haverƒ sempre lugar ‹
respectiva tributa€•o aut‚noma mesmo para os sujeitos passivos sujeitos ao regime de transpar„ncia fiscal a que se refere o artigo 6ˆ do C‚digo do IRC.

Artigo 81.€

1 - As despesas n‚o documentadas s‚o tributadas autonomamente, „ taxa de 50%, sem preju†zo da sua n‚o considera€‚o como custo nos termos do artigo
23.Ž

2 - A taxa referida no n‹mero anterior • elevada para 70% nos casos em que tais despesas sejam efectuadas por sujeitos passivos total ou parcialmente
isentos, ou que n‚o exer€am, a t†tulo principal, actividades de natureza comercial, industrial ou agr†cola.

Artigo 12.€

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As sociedades e outras entidades a que, nos termos do artigo 6.Ž, seja aplicƒvel o regime de transpar•ncia fiscal n‚o s‚o tributadas em IRC, salvo quanto
„s tributa€…es autŒnomas.

As Despesas n‚o documentadas:

• N‚o s‚o custo por aplica€‚o do artigo 23.Ž do CIRC

• Est‚o sujeitos a tributa€‚o autŒnoma „s taxas dos n.Ž 1 e 2 do artigo 81.Ž do CIRC (50% / 70%)

(s‚o acrescidos no campo 214 do Quadro 07 da declara€‚o modelo 22)

Os Encargos n‚o devidamente documentados:

• N‚o constituem encargo dedut†vel por aplica€‚o da al†nea g) do n.Ž 1 do artigo 42.Ž do CIRC

(s‚o acrescidos no novo campo 277 do Quadro 07 da declara€‚o modelo 22)

Campo 215
Menos-valias Contabil…sticas
Por razŠes de deperecimento, insuficiente capacidade produtiva, necessidades de substitui€•o do equipamento ou constata€•o de melhores oportunidades
de neg‚cio, ocorrem situa€Šes de aliena€•o de imobilizado nas empresas, que originam mais-valias ou menos-valias.

Estas mais-valias, que se traduzem por ganhos ocasionais de capital, sem qualquer liga€•o directa com o exerc…cio da actividade desenvolvida, raz•o por
que n•o se considera um rendimento produto mas um rendimento acr‡scimo, s•o consideradas proveitos para efeitos fiscais (n.ˆ 1 al…nea f) do art. 20.ˆ) e as
menos-valias, custos de acordo com o n.ˆ 1 al…nea i) do art. 23.ˆ.

As mais e as menos valias contabil…sticas n•o relevam para efeitos fiscais, raz•o pela qual as mais valias contabil…sticas s•o abatidas no quadro de
apuramento do lucro tributƒvel e as menos valias contabil…sticas s•o acrescidas no referido quadro, dado que jƒ influenciaram os resultados aquando do seu
apuramento. Simultaneamente procede-se ‹ inclus•o das mais ou menos valias fiscais, de acordo com o regime de tributa€•o aplicƒvel.

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A forma de apurar a mais-valia/menos-valia contabil…stica ‡ feita a partir da seguinte f‚rmula:

MVc / mvc = VR - (Vaq./ V reav - AAc)

Em que:

MVc / mvc . . . . . . Mais-valia contabil…stica /menos-valia contabil…stica

VR . . . . . . . . . . . . Valor de realizaۥo

Vaq . . . . . . . . . . . Valor de aquisiۥo

Vreav . . . . . . . . . . Valor de reavaliaۥo

AAc . . . . . . . . . . . Amortiza€Šes acumuladas contabilizadas

Em contrapartida ser•o deduzidas no campo 230, as menos-valias fiscais, nos termos da al…nea i) do nˆ 1 do artigo 23ˆ do C‚digo do IRC.

Artigo 23.€

1 - Consideram-se custos ou perdas os que comprovadamente forem indispensƒveis para a realiza€‚o dos proveitos ou ganhos sujeitos a imposto ou para a
manuten€‚o da fonte produtora, nomeadamente os seguintes:

i) Menos-valias realizadas;

Campo 217
Correcƒ†es nos casos de crˆdito de imposto
Quando houver rendimentos que d•o direito a cr‡dito de imposto por dupla tributa€•o internacional, nos termos do artigo 85.ˆ do C‚digo do IRC, deverƒ
indicar-se neste campo, por for€a da al…nea a) do n.ˆ 1 do artigo 62.ˆ, o montante de cr‡dito de imposto a que houver lugar.

No caso do sujeito passivo obter rendimentos no estrangeiro que d•o direito a cr‡dito de imposto por dupla tributa€•o internacional (art. 85.ˆ), os
rendimentos dever•o ser considerados, para efeitos de tributa€•o, pelas respectivas importŒncias il…quidas dos impostos sobre o rendimento pagos no

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estrangeiro.

A dedu€•o a considerar serƒ o menor dos seguintes valores:

• o do imposto pago no estrangeiro

ou

• a frac€•o do IRC correspondente aos rendimentos que no pa…s em causa possam ser tributados.

Artigo 62.€
Correcƒ†es nos casos de crˆdito de imposto e retenƒ„o na fonte

1 - Na determina€‚o da mat•ria colectƒvel sujeita a imposto, quando houver rendimentos obtidos no estrangeiro que d•em lugar a cr•dito de imposto por
dupla tributa€‚o internacional, nos termos do artigo 85.Ž, esses rendimentos devem ser considerados, para efeitos de tributa€‚o, pelas respectivas
import’ncias il†quidas dos impostos sobre o rendimento pagos no estrangeiro.

EXEMPLO

Uma sociedade obteve 3.000 de rendimentos il†quidos num pa†s estrangeiro, no qual pagou imposto no montante de 810.

Sendo 3.000 X 30% = 900, o imposto pago no estrangeiro • menor, pelo deverƒ ser este o valor a indicar tamb•m no campo 353 do Quadro 10.

Em caso de insufici•ncia de colecta, o remanescente pode ser deduzido at• ao fim dos cinco exerc†cios seguintes.

Campo 218
40% do aumento das reintegraƒ†es resultantes da reavaliaƒ„o do imobilizado corp‚reo
Existindo reavalia€Šes efectuadas ao abrigo de legisla€•o fiscal, ser•o de acrescer neste campo 40% dos acr‡scimos resultantes das reavalia€Šes.

O diploma legal de publica€•o mais recente sobre reavalia€Šes ‡ o Decreto-Lei n.ˆ 31/98, de 11 de Fevereiro.

Puderam proceder a esta reavaliaۥo, os sujeitos passivos de IRC:

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 Relativamente aos elementos do activo imobilizado corp‚reo e aos investimentos financeiros em im‚veis

 Desde que afectos a uma actividade comercial, industrial ou agr…cola

 Com um per…odo de vida †til igual ou superior a 5 anos

 Existentes e em utiliza€•o na data da reavalia€•o

A reavalia€•o consiste na actualiza€•o monetƒria dos valores dos bens acima referidos e das correspondentes reintegra€Šes acumuladas por aplica€•o dos
coeficientes de desvaloriza€•o monetƒria constantes da Portaria 222/97, multiplicados pelo factor 1,023.

N•o s•o dedut…veis para efeitos fiscais:

 40% do aumento das reintegra€Šes anuais resultantes da reavalia€•o

 a parte do valor l…quido contabil…stico dos elementos inutilizados ou destru…dos que tenham sido reavaliados na parte que corresponde ‹ reavalia€•o
efectuada.

EXEMPLO

Uma viatura ligeira de passageiros cujo valor de aquisi€‚o foi de 25.000 foi posteriormente reavaliada ao abrigo de legisla€‚o fiscal, sendo o valor
resultante da reavalia€‚o de 35.000.

A amortiza€‚o contabilizada serƒ: 35.000 X 25% = 8.750.

A amortiza€‚o sobre o custo de aquisi€‚o • de: 25.000 X 25% = 6.250.

Ent‚o:

Amortiza€‚o s/ reavalia€‚o: 6 250€

Amortiza€‚o c/ reavalia€‚o: 8 750 €

Diferen€a de amortiza€…es: 2 500€

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Valor a acrescer no Quadro 07 campo 218: 1000 € (40% x 2500)

DIPLOMAS QUE PERMITIRAM A REAVALIA‰ŠO DOS ACTIVOS IMOBILIZADO

Portaria n.€ 20 258 de 28/12/63


• N‚o adoptou coeficientes de desvaloriza€‚o da moeda;
• Considerou como custo fiscal a totalidade do aumento das reintegra€…es resultantes de reavalia€‚o
Decreto-Lei n.€ 126/77 de 2 de Abril
• Utiliza€‚o de coeficientes de desvaloriza€‚o da moeda ou do valor de substitui€‚o em novo;
• Permitiu a reavalia€‚o de todos os bens do imobilizado corpŒreo;
• Considerou como custo fiscal a totalidade do aumento das reintegra€…es resultantes de reavalia€‚o
Decreto-Lei n.€ 430/78 de 27 de Dezembro
• Permitiu reavaliar somente bens n‚o completamente reintegrados;
• Utiliza€‚o de coeficientes de desvaloriza€‚o da moeda;
• Aplica€‚o ao aumento das reintegra€…es resultantes de reavalia€‚o do coeficiente 0,4 para acr•scimo ao lucro contabil†stico para efeitos fiscais.
Decreto-Lei n.€ 219/82 de 2 de Junho
• Utiliza€‚o de coeficientes de desvaloriza€‚o da moeda;
• Possibilidade de reavaliar tamb•m os bens completamente reintegrados, que estivessem em utiliza€‚o.
Decreto-Lei n.€ 319-G/84, de 28 de Dezembro
• Utiliza€‚o de coeficientes de desvaloriza€‚o da moeda.
Decreto-Lei n.€ 118 -B/86, de 27 de Maio
• Utiliza€‚o de coeficientes de desvaloriza€‚o da moeda.
Decreto-Lei n.€ 111/88 de 2 de Abril
• Permitiu reavaliar os activos imobilizados corpŒreos, ainda que completamente reintegrados;
• Utiliza€‚o de coeficientes de desvaloriza€‚o da moeda.
Decreto-Lei n.€ 49/91 de 25 de Janeiro
189
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Decreto-Lei n.€ 49/91 de 25 de Janeiro
• Utiliza€‚o de coeficientes de desvaloriza€‚o da moeda;
• Aplica€‚o de 0,4 ao aumento das reintegra€…es anuais.
Decreto-Lei n.€ 22/92 de 14 de Fevereiro
• Permitiu a reavalia€‚o de bens do activo imobilizado das empresas objecto de privatiza€‚o
Decreto-Lei n.€ 264/92 de 24 de Novembro
• Permitiu a reavalia€‚o de bens do activo imobilizado das empresas em geral
Decreto-Lei n.€ 31/98 de 11 de Fevereiro
• Permitiu a reavalia€‚o de bens do activo imobilizado das empresas em geral

Caso as reavalia€Šes n•o tenham sido efectuadas ao abrigo de legisla€•o fiscal, serƒ acrescida a totalidade dos acr‡scimos das reintegra€Šes resultantes
de tal reavalia€•o, sendo para o efeito utilizado o campo 225, correspondente ‹ linha em branco, do Quadro 07.

Campo 220
Import“ncias devidas pelo aluguer de viaturas sem condutor
S•o acrescidas neste campo, por for€a da al…nea h) do n.ˆ 1 do artigo 42.ˆ do C‚digo do IRC, as importŒncias devidas pelo aluguer sem condutor de viaturas
ligeiras de passageiros ou mistas, na parte correspondente ao valor das reintegra€Šes dessas viaturas que, nos termos das al…neas c) e e) do artigo 33.ˆ,
n•o sejam aceites como custo.

O valor que n•o ‡ considerado custo serƒ o resultado da diferen€a entre o valor da amortiza€•o financeira inclu…da nas rendas pagas e o valor da
reintegra€•o ou amortiza€•o econ‚mica mƒxima permitida (al…neas c) e e) do n.ˆ 1 do art. 33.ˆ), correspondente ao mesmo per…odo de tempo daquela que
poderia ser praticada caso a viatura tivesse sido adquirida directamente. Assim, o locatƒrio deverƒ sempre procurar saber qual o valor de aquisi€•o da
viatura e qual o valor da amortiza€•o financeira inclu…do nas rendas (*)(3)

Artigo 42.€
Encargos n„o dedut…veis para efeitos fiscais

h) As import’ncias devidas pelo aluguer sem condutor de viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, na parte correspondente ao valor das reintegra€…es

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dessas viaturas que, nos termos das al†neas c) e e) do artigo 33.Ž, n‚o sejam aceites como custo;

O regime fiscal do aluguer de longa dura€•o encontra-se explicitado na circular n.ˆ 24/91, de 19 de Dezembro.

EXEMPLO

Contrato celebrado em 2008 referente ao aluguer sem condutor de uma viatura ligeira de passageiros:

 Valor da Viatura - 35 000

 Amortiza€‚o Financeira - 8 000

SŒ se aceita a parcela da amortiza€‚o financeira correspondente „ reintegra€‚o que seria aceite fiscalmente em caso de aquisi€‚o directa.

Assim:

8 000 - 7 500 = 500 valor a acrescer no campo 220

Tamb•m:

Tributa€‚o autŒnoma (artigo 81Ž CIRC): 7 500 x 10 % = 750

Note-se que a tributa€‚o autŒnoma incide sobre o custo fiscalmente aceite.

Circular 24/91
1991-Dez-19

1. No exerc†cio de 1990 a norma da al†nea i) do n.Ž 1 do artigo 41.Ž do CIRC apenas remetia para a al†nea f) do n.Ž 1 do artigo 32.Ž do mesmo diploma, pelo
que, neste exerc†cio, o valor a n‚o aceitar como custo, nos termos da norma em refer•ncia, corresponderƒ „ diferen€a entre o valor da amortiza€‚o
financeira (entendendo-se como tal o valor relativo „ recupera€‚o do custo da viatura) praticada atrav•s das rendas e o valor anual mƒximo permitido
(1000 contos), pelo que o locatƒrio deverƒ sempre procurar saber qual o valor da amortiza€‚o financeira inclu†da nas rendas pagas pelo aluguer.
Salienta-se que, dado que os contratos de aluguer t•m as mais variadas dura€…es e podem ser celebrados em qualquer altura do ano, o valor do limite
anual supra referido deverƒ, sendo caso disso, ser convertido em valores diƒrios.

2. Com a altera€‚o introduzida pelo Decreto-Lei nŽ 251-A/91, de 16 de Julho, a norma da al†nea i) do nŽ 1 do artigo 41Ž do CIRC passou a remeter, n‚o

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apenas para a al†nea f) do nŽ 1 do artigo 32Ž mas tamb•m para a al†nea c) do mesmo artigo, pelo que, para os exerc†cios de 1991 e seguintes, o valor que,
nos termos daquela norma, n‚o se aceitarƒ como custo serƒ o resultado da diferen€a entre o valor da amortiza€‚o financeira inclu†da nas rendas pagas e o
valor da reintegra€‚o mƒxima, correspondente ao mesmo per†odo de tempo, que poderia ser praticada caso a viatura tivesse sido adquirida directamente,
pelo que, para uma correcta aplica€‚o da al†nea i) do nŽ 1 do artigo 41Ž do CIRC, o locatƒrio deverƒ sempre procurar saber qual o valor de aquisi€‚o da
viatura e qual o valor da amortiza€‚o financeira inclu†da nas rendas.

Nos casos em que a amortiza€‚o financeira seja, num determinado ano, inferior „ referida reintegra€‚o mƒxima, a respectiva diferen€a serƒ tida em conta
para efeitos do cƒlculo da diferen€a a n‚o considerar como custo em anos seguinte.

› semelhan€a do que se referiu no ponto anterior e sempre que tal se justifique, os valores anuais dever‚o ser convertidos em valores diƒrios.

3. Nos casos em que o aluguer • seguido da compra pelo locatƒrio da viatura alugada, poder‚o os Servi€os, "a posteriori", proceder as correc€…es que se
mostrem devidas, pois podem calcular a amortiza€‚o financeira contida nos alugueres pagos, deduzindo ao valor de aquisi€‚o da viatura o valor pelo qual
a mesma foi vendida no final ao locatƒrio, sendo que a parte dessa amortiza€‚o financeira que exceda as reintegra€…es que, em cada per†odo, podiam ter
sido praticadas, caso a viatura tivesse sido adquirida directamente, n‚o serƒ aceite como custo para efeitos fiscais.

Ainda nos casos em que ao aluguer se segue a compra, pelo locatƒrio, da viatura alugada, o valor por que estƒ deverƒ ser registada no imobilizado (valor
de aquisi€‚o) corresponderƒ ao somatŒrio das seguintes parcelas:

a) Valor de transmiss‚o;

b) [Valor da viatura at• ao limite de 4000 contos – (valor de transmiss‚o + somatŒrio das amortiza€…es financeiras aceites atrav•s das rendas)].

Campo 222
Anulaƒ„o do efeito do mˆtodo da equival‡ncia patrimonial
O m‡todo da equival„ncia patrimonial consiste em reflectir no activo da participante as varia€Šes verificadas nos capitais pr‚prios da participada. Assim a
participa€•o ‡ registada pelo custo de aquisi€•o, sendo posteriormente ajustada face ‹s varia€Šes ocorridas nos capitais pr‚prios da participada.

Os proveitos e os custos bem como as varia€Šes patrimoniais decorrentes da utiliza€•o do m‡todo da equival„ncia patrimonial n•o concorrem para o
apuramento do lucro tributƒvel, devendo ser considerados como proveitos os lucros no exerc…cio em que se verifique o direito aos mesmos (art. 18ˆ nˆ 7).
Nestes termos ser•o feitos acr‡scimos neste campo sempre que tal se imponha.

192
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Artigo 18€ n.€ 7

7 - Os proveitos ou ganhos e os custos ou perdas, assim como quaisquer outras varia€…es patrimoniais, relevados na contabilidade em consequ•ncia da
utiliza€‚o do m•todo da equival•ncia patrimonial n‚o concorrem para a determina€‚o do lucro tributƒvel, devendo ser considerados como proveitos ou
ganhos para efeitos fiscais os lucros atribu†dos no exerc†cio em que se verifica o direito aos mesmos.

Campo 223
Despesas com ajudas de custo e de compensaƒ„o pela deslocaƒ„o em viatura pr‚pria do trabalhador
Face a esta nova redac€•o da al…nea f) para que se verifique a aceita€•o como custo daquelas despesas com ajudas de custo e de compensa€•o pela
desloca€•o em viatura pr‚pria do trabalhador ‡ necessƒrio que sendo efectivamente suportadas pela empresa, sejam facturadas a clientes e que exista um
mapa de controlo das referidas desloca€Šes.

Caso n•o se mostrem reunidas estas condi€Šes, aquelas despesas n•o ser•o dedut…veis, excepto na parte em que haja tributa€•o em sede de IRS, na
esfera do trabalhador.

Os mapas devem identificar o nome do beneficiƒrio, o local, motivo e data da desloca€•o e o montante diƒrio atribu…do.

Os documentos relativos despesas de compensa€•o pela desloca€•o do funcionƒrio em viatura pr‚pria devem nomeadamente conter um boletim itinerƒrio
com a indica€•o dos quil‚metros diƒrios percorridos e a matr…cula da viatura.

Sempre que os encargos sejam facturados a clientes o documento deve referir o valor facturado, a obra/servi€o a que respeita e autonomizar o montante
quer das ajudas de custo quer das desloca€Šes imputƒveis.

Artigo 42.€ n.€ 1 al. f)

f) As despesas com ajudas de custo e com compensa€‚o pela desloca€‚o em viatura prŒpria do trabalhador, ao servi€o da entidade patronal, n‚o
facturadas a clientes, escrituradas a qualquer t†tulo, sempre que a entidade patronal n‚o possua, por cada pagamento efectuado, um mapa atrav•s do qual
seja poss†vel efectuar o controlo das desloca€…es a que se referem aquelas despesas, designadamente os respectivos locais, tempo de perman•ncia,
objectivo e, no caso de desloca€‚o em viatura prŒpria do trabalhador, identifica€‚o da viatura e do respectivo proprietƒrio, bem como o n‹mero de
quilŒmetros percorridos, excepto na parte em que haja lugar a tributa€‚o em sede de IRS na esfera do respectivo beneficiƒrio;

FICHA DOUTRIN•RIA

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Artigo: 42€, n€ 1, f)

Processo: 1927/2000, com despacho concordante do Sr. Director-Geral dos Impostos, em 2004.02.13

Conte‹do: Pode o sŒcio gerente apresentar, do mesmo modo que os outros trabalhadores, despesas com ajudas de custo e com compensa€‚o pela
desloca€‚o em viatura prŒpria, comprovadamente indispensƒveis para a obten€‚o de proveitos, com a limita€‚o consagrada na al†nea f), do nŽ 1, do artŽ 42
do CŒdigo de IRC.

Campo 224
Correcƒ†es relativas a exerc…cios anteriores
Nos termos do nˆ 1 do artigo 18ˆ do C‚digo do IRC, os proveitos e os custos, assim como as outras componentes positivas ou negativas do lucro tributƒvel,
s•o imputƒveis ao exerc…cio a que digam respeito, de acordo com o princ…pio da especializa€•o dos exerc…cios.

Neste campo devem ser acrescidos os valores relativos a custos derivados de correc€Šes relativas a exerc…cios anteriores e que ‹ data do apuramento de
resultados do exerc…cio n•o eram manifestamente desconhecidos.

No caso de proveitos de exerc…cios anteriores ser•o os mesmos deduzidos na linha em branco do Quadro 07 (campo 237)

Artigo 18€ n.€s 1 e 2


Periodizaƒ„o do lucro tributŽvel

1 – Os proveitos e os custos, assim como as outras componentes positivas ou negativas do lucro tributƒvel, s‚o imputƒveis ao exerc†cio a que digam
respeito, de acordo com o princ†pio da especializa€‚o dos exerc†cios.

2 – As componentes positivas ou negativas consideradas como respeitando a exerc†cios anteriores sŒ s‚o imputƒveis ao exerc†cio quando na data de
encerramento das contas daquele a que deveriam ser imputadas eram imprevis†veis ou manifestamente desconhecidas.

Oficio Circulado 014/93


1993-Nov-23

Tem a Direc€‚o de Servi€os do IRC vindo a ser questionada sobre o tratamento dos custos e proveitos de exerc†cios anteriores, nomeadamente quanto „
n‚o imputa€‚o dos custos ao exerc†cio a que digam respeito, quando n‚o tenham sido aceites como componente negativa do lucro tributƒvel do exerc†cio
em que foram contabilizados, procedimento contrƒrio ao que, em regra, • adoptado quanto aos proveitos.

194
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Considerando-se que, de tal facto resulta uma incorrecta quantifica€‚o do rendimento real que deve constituir a base de tributa€‚o, foi submetido o assunto
„ considera€‚o superior, tendo sido por despacho de 29 de Mar€o de 1993, de Sua Excel•ncia o Subsecretƒrio de Estado Adjunto da Secretƒria de Estado
Adjunta e do Or€amento, sancionado o seguinte entendimento:

1. Nos termos do artigo 18Ž do CIRC os proveitos e custos, assim como as outras componentes positivas ou negativas do lucro tributƒvel s‚o imputadas ao
exerc†cio a que digam respeito, de acordo com o princ†pio da especializa€‚o dos exerc†cios.

2. Assim, e competindo aos Servi€os de Fiscaliza€‚o no ’mbito da anƒlise interna ou externa o controlo da mat•ria colectƒvel, determinada com base em
declara€‚o do contribuinte, devem os mesmos, sem preju†zo da penalidade ao caso aplicƒvel, fazer as correc€…es adequadas ao resultado l†quido do
exerc†cio a que os custos ou proveitos digam respeito, quando, nos termos do artigo 18Ž do CIRC, n‚o sejam consideradas componentes do exerc†cio da
sua contabiliza€‚o.

3. Exceptuam-se deste procedimento as provis…es, reintegra€…es e amortiza€…es quando n‚o contabilizadas como custos ou perdas do exerc†cio a que
respeitam.

Campo 251
Correcƒ†es relativas a preƒos de transfer‡ncia
De modo a evitar transfer„ncias de resultados em opera€Šes efectuadas entre entidades que mant„m entre si rela€Šes especiais atrav‡s da subfactura€•o
ou sobre factura€•o de forma a diminuir os proveitos e a aumentar os custos, foram estabelecidos m‡todos relativos aos pre€os de transfer„ncia.

Assim, nas opera€Šes comerciais ou financeiras efectuadas entre um sujeito passivo e qualquer outra entidade com a qual esteja em situa€•o de rela€Šes
especiais, o sujeito passivo deve adoptar as condi€Šes que seriam normalmente acordadas entre entidades independentes atrav‡s da utiliza€•o de um
m‡todo suscept…vel de assegurar o mais elevado grau de comparabilidade entre as opera€Šes que efectua e outras substancialmente id„nticas, em
situa€Šes normais de mercado ou de aus„ncia de rela€Šes especiais, observando assim o princ…pio da plena concorr„ncia, art. 58 n.ˆ 1.

A aplica€•o deste princ…pio deve, basear-se numa anƒlise individualizada das opera€Šes, tendo em vista a compara€•o entre as condi€Šes praticadas numa
transac€•o entre entidades relacionadas (opera€•o vinculada) e as praticadas entre entidades independentes (opera€•o n•o vinculada).

Para que o grau de comparabilidade seja adequado, ‡ necessƒrio que as situa€Šes em causa sejam suficientemente comparƒveis, devendo ser tidos em
conta:

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• As caracter…sticas espec…ficas dos bens, direitos e servi€os objecto de cada opera€•o e que s•o suscept…veis de influenciar o pre€o da opera€•o

• A posi€•o de mercado

• A situa€•o econ‚mica e financeira

• A estrat‡gia de neg‚cio e demais caracter…sticas relevantes das empresas envolvidas

• As fun€Šes por elas desempenhadas

• Os activos utilizados

• A reparti€•o do risco

Nos termos do n.ˆ 3 do art. 58,ˆ os m‡todos utilizados devem ser:

M•todo do pre‚o comparˆvel de mercado O pre€o de um bem ou de um servi€o praticado na transac€•o controlada (vinculada) terƒ de ser comparado
com o pre€o no mercado livre.

M•todo do pre‚o de revenda minorado Ao pre€o de venda ‡ deduzido uma margem bruta que corresponde ao montante necessƒrio para cobrir os
encargos de venda assim como outras despesas de explora€•o e realizar um lucro adequado ‹s fun€Šes desempenhadas pela empresa.

M•todo do custo majorado – Consiste em determinar, os custos suportados pelo fornecedor, em rela€•o aos bens ou servi€os transferidos para o
adquirente, empresa associada. Depois adiciona-se uma margem sobre o pre€o de custo de modo a obter um lucro apropriado de acordo com as condi€Šes
de mercado e as fun€Šes que desempenham.

M•todo do fraccionamento do lucro – Consiste em primeiro lugar, em determinar o montante dos lucros resultantes das transac€Šes controladas que
efectuaram. Os referidos lucros s•o divididos entre as empresas associadas numa base economicamente vƒlida, cuja partilha de lucros ocorra num acordo
realizado em plena concorr„ncia.

M•todo da margem l„quida da opera‚ƒo ou outro – A partir de uma base apropriada, determina a margem de lucro l…quida que realiza um contribuinte a
t…tulo de uma transac€•o controlada.

O m‡todo do fraccionamento do lucro e o m‡todo da margem l…quida da opera€•o ou outro s‚ devem ser aplicados quando os m‡todos anteriores n•o

196
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permitirem obter a medida mais fiƒvel das condi€Šes normalmente praticadas pelas entidades independentes.

O n.ˆ 4 do artigo 58.ˆ refere que existem rela€Šes especiais entre duas entidades, nas situa€Šes em que uma tem o poder de exercer, directa ou
indirectamente, uma influ„ncia significativa nas decisŠes de gest•o da outra, o que se considera verificado, designadamente entre:

 Uma entidade e os titulares do capital, ou os c–njuges, ascendentes ou descendentes destes, que detenham, directa ou indirectamente uma
participa€•o n•o inferior a 10% do capital ou dos direitos de voto;

 Entidades detidas pelos mesmos titulares do capital;

 Entidades e os seus membros dos ‚rg•os sociais ou de quaisquer ‚rg•os de administra€•o, direc€•o, ger„ncia ou fiscaliza€•o;

 Entidades que a maioria dos ‚rg•os sociais ou membros de quaisquer ‚rg•os de administra€•o, ou outros, sejam as mesmas pessoas ou sendo
pessoas diferentes, estejam ligadas por la€os familiares;

 Entidades ligadas por contrato de subordina€•o, de grupo paritƒrio ou outro de efeito equivalente;

 Empresas que se encontram em rela€•o de dom…nio;

 Entidades entre as quais, se verifica situa€•o de depend„ncia no exerc…cio da actividade, por for€a das rela€Šes comerciais, financeiras,
profissionais ou jur…dicas entre elas, directa ou indirectamente estabelecidas ou praticadas;

 Uma entidade residente e uma entidade sujeita a um regime fiscal claramente mais favorƒvel residente em pa…s territ‚rio ou regi•o constante da
lista aprovada pelo Ministro das Finan€as;

A entidade deve manter organizada, para o processo de documenta€•o fiscal a que se refere o art. 121.ˆ:

• A documenta€•o respeitante ‹ pol…tica adoptada em mat‡ria de pre€os de transfer„ncia, incluindo as directrizes ou instru€Šes relativas ‹ sua
aplicaۥo.

• Os contratos e outros actos jur…dicos celebrados com entidades que com ele est•o em situa€•o de rela€Šes especiais, com as modifica€Šes que
ocorrem e com informaۥo sobre o respectivo cumprimento.

• A documenta€•o e informa€•o relativa ‹quelas entidades a bem assim ‹s empresas e aos bens ou servi€os usados como termo de compara€•o,

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• As anƒlises funcionais e financeiras e os dados sectoriais,

• Demais informa€•o e elementos que tomou em considera€•o para a determina€•o dos termos e condi€Šes normalmente acordadas, entre
entidades independentes e para a selec€•o do m‡todo ou m‡todos utilizados.

De acordo com o n.ˆ 7 do artigo 58., o sujeito passivo deve indicar, na declara€•o anual de informa€•o contabil…stica e fiscal a exist„ncia ou inexist„ncia, no
exerc…cio a que aquela respeita, de opera€Šes com entidades com as quais estƒ em situa€•o de rela€Šes especiais, devendo ainda, no caso de declarar a
sua exist„ncia:

 Identificar as entidades em causa;

 Identificar e declarar o montante das opera€Šes realizadas com cada uma;

 Declarar se organizou ao tempo em que as opera€Šes tiveram lugar, e mant‡m, a documenta€•o relativa aos pre€os de transfer„ncia praticados.

Sempre que as regras n•o sejam observadas, em rela€•o a opera€Šes com entidades n•o residentes o sujeito passivo deve efectuar, na declara€•o
peri‚dica de rendimentos, as necessƒrias correc€Šes positivas na determina€•o do lucro tributƒvel, neste campo, pelo montante correspondente aos efeitos
imputƒveis a essa inobservŒncia.

Sempre que as regras n•o sejam observadas, em rela€•o a opera€Šes com entidades n•o residentes o sujeito passivo deve efectuar, neste campo, as
necessƒrias correc€Šes positivas, pelo montante correspondente aos efeitos imputƒveis a essa inobservŒncia.

Artigo 58.€
Preƒos de transfer‡ncia

1- Nas opera€…es comerciais, incluindo, designadamente, opera€…es ou s•ries de opera€…es sobre bens, direitos ou servi€os, bem como nas opera€…es
financeiras, efectuadas entre um sujeito passivo e qualquer outra entidade, sujeita ou n‚o a IRC, com a qual esteja em situa€‚o de rela€…es especiais,
devem ser contratados, aceites e praticados termos ou condi€…es substancialmente id•nticos aos que normalmente seriam contratados, aceites e
praticados entre entidades independentes em opera€…es comparƒveis.

2- O sujeito passivo deve adoptar, para a determina€‚o dos termos e condi€…es que seriam normalmente acordados, aceites ou praticados entre
entidades independentes, o m•todo ou m•todos suscept†veis de assegurar o mais elevado grau de comparabilidade entre as opera€…es ou s•ries de
opera€…es que efectua e outras substancialmente id•nticas, em situa€…es normais de mercado ou de aus•ncia de rela€…es especiais, tendo em conta,

198
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designadamente, as caracter†sticas dos bens, direitos ou servi€os, a posi€‚o de mercado, a situa€‚o econŒmica e financeira, a estrat•gia de negŒcio,
e demais caracter†sticas relevantes das empresas envolvidas, as fun€…es por elas desempenhadas, os activos utilizados e a reparti€‚o do risco.

3- Os m•todos utilizados devem ser:

a) O m•todo do pre€o comparƒvel de mercado, o m•todo do pre€o de revenda minorado ou o m•todo do custo majorado;

b) O m•todo do fraccionamento do lucro, o m•todo da margem l†quida da opera€‚o ou outro, quando os m•todos referidos na al†nea anterior n‚o
possam ser aplicados ou, podendo s•-lo, n‚o permitam obter a medida mais fiƒvel dos termos e condi€…es que entidades independentes
normalmente acordariam, aceitariam ou praticariam.

4 - Considera-se que existem rela€…es especiais entre duas entidades nas situa€…es em que uma tem o poder de exercer, directa ou indirectamente, uma
influ•ncia significativa nas decis…es de gest‚o da outra, o que se considera verificado, designadamente, entre:

a) Uma entidade e os titulares do respectivo capital, ou os c˜njuges, ascendentes ou descendentes destes, que detenham, directa ou indirectamente,
uma participa€‚o n‚o inferior a 10% do capital ou dos direitos de voto;

b) Entidades em que os mesmos titulares do capital, respectivos c˜njuges, ascendentes ou descendentes detenham, directa ou indirectamente, uma
participa€‚o n‚o inferior a 10% do capital ou dos direitos de voto;

c) Uma entidade e os membros dos seus Œrg‚os sociais, ou de quaisquer Œrg‚os de administra€‚o, direc€‚o, ger•ncia ou fiscaliza€‚o, e respectivos
c˜njuges, ascendentes e descendentes;

d) Entidades em que a maioria dos membros dos Œrg‚os sociais, ou dos membros de quaisquer Œrg‚os de administra€‚o, direc€‚o, ger•ncia ou
fiscaliza€‚o, sejam as mesmas pessoas ou, sendo pessoas diferentes, estejam ligadas entre si por casamento, uni‚o de facto legalmente
reconhecida ou parentesco em linha recta;

e) Entidades ligadas por contrato de subordina€‚o, de grupo paritƒrio ou outro de efeito equivalente;

f) Empresas que se encontrem em rela€‚o de dom†nio, nos temos em que esta • definida nos diplomas que estatuem a obriga€‚o de elaborar
demonstra€…es financeiras consolidadas;

g) Entidades entre as quais, por for€a das rela€…es comerciais, financeiras, profissionais ou jur†dicas entre elas, directa ou indirectamente
estabelecidas ou praticadas, se verifica situa€‚o de depend•ncia no exerc†cio da respectiva actividade, nomeadamente quando ocorre entre si

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qualquer das seguintes situa€…es:

1) O exerc†cio da actividade de uma depende substancialmente da ced•ncia de direitos de propriedade industrial ou intelectual ou de know-how
detidos pela outra;

2) O aprovisionamento em mat•rias-primas ou o acesso a canais de venda dos produtos, mercadorias ou servi€os por parte de uma dependem
substancialmente da outra;

3) Uma parte substancial da actividade de uma sŒ pode realizar-se com a outra ou depende de decis…es desta;

4) O direito de fixa€‚o dos pre€os, ou condi€…es de efeito econŒmico equivalente, relativos a bens ou servi€os transaccionados, prestados ou
adquiridos por uma encontra-se, por imposi€‚o constante de acto jur†dico, na titularidade da outra;

5) Pelos termos e condi€…es do seu relacionamento comercial ou jur†dico, uma pode condicionar as decis…es de gest‚o da outra, em fun€‚o de
factos ou circunst’ncias alheios „ prŒpria rela€‚o comercial ou profissional.

h) Uma entidade residente ou n‚o residente com estabelecimento estƒvel situado em territŒrio portugu•s e uma entidade sujeita a um regime fiscal
claramente mais favorƒvel residente em pa†s, territŒrio ou regi‚o constante da lista aprovada por portaria do Ministro de Estado e das Finan€as.

5- Para efeitos do cƒlculo do n†vel percentual de participa€‚o indirecta no capital ou nos direitos de voto a que se refere o n‹mero anterior, nas situa€…es
em que n‚o hƒ regras especiais definidas, s‚o aplicƒveis os crit•rios previstos no n.Ž 2 do artigo 483.Ž do CŒdigo das Sociedades Comerciais.

6- O sujeito passivo deve manter organizada, nos termos estatu†dos para o processo de documenta€‚o fiscal a que se refere o artigo 121.Ž, a
documenta€‚o respeitante „ pol†tica adoptada em mat•ria de pre€os de transfer•ncia, incluindo as directrizes ou instru€…es relativas „ sua aplica€‚o,
os contratos e outros actos jur†dicos celebrados com entidades que com ele est‚o em situa€‚o de rela€…es especiais, com as modifica€…es que
ocorram e com informa€‚o sobre o respectivo cumprimento, a documenta€‚o e informa€‚o relativa „quelas entidades e bem assim „s empresas e aos
bens ou servi€os usados como termo de compara€‚o, as anƒlises funcionais e financeiras e os dados sectoriais, e demais informa€‚o e elementos que
tomou em considera€‚o para a determina€‚o dos termos e condi€…es normalmente acordados, aceites ou praticados entre entidades independentes e
para a selec€‚o do m•todo ou m•todos utilizados.

7- O sujeito passivo deve indicar, na declara€‚o anual de informa€‚o contabil†stica e fiscal a que se refere o artigo 113.Ž, a exist•ncia ou inexist•ncia, no
exerc†cio a que aquela respeita, de opera€…es com entidades com as quais estƒ em situa€‚o de rela€…es especiais, devendo ainda, no caso de
declarar a sua exist•ncia:

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a) Identificar as entidades em causa;

b) Identificar e declarar o montante das opera€…es realizadas com cada uma;

c) Declarar se organizou, ao tempo em que as opera€…es tiveram lugar, e mant•m, a documenta€‚o relativa aos pre€os de transfer•ncia praticados.

8- Sempre que as regras enunciadas no n.Ž 1 n‚o sejam observadas, relativamente a opera€…es com entidades n‚o residentes, deve o sujeito passivo
efectuar, na declara€‚o a que se refere o artigo 112.Ž, as necessƒrias correc€…es positivas na determina€‚o do lucro tributƒvel, pelo montante
correspondente aos efeitos fiscais imputƒveis a essa inobserv’ncia.

9- Nas opera€…es realizadas entre entidade n‚o residente e um seu estabelecimento estƒvel situado em territŒrio portugu•s, ou entre este e outros
estabelecimentos estƒveis daquela situados fora deste territŒrio, aplicam-se as regras constantes dos n‹meros anteriores.

10 - O disposto nos n‹meros anteriores aplica-se igualmente „s pessoas que exer€am simultaneamente actividades sujeitas e n‚o sujeitas ao regime geral
de IRC.

11 - Quando a Direc€‚o-Geral dos Impostos proceda a correc€…es necessƒrias para a determina€‚o do lucro tributƒvel por virtude de rela€…es especiais
com outro sujeito passivo do IRC ou do IRS, na determina€‚o do lucro tributƒvel deste ‹ltimo devem ser efectuados os ajustamentos adequados que
sejam reflexo das correc€…es feitas na determina€‚o do lucro tributƒvel do primeiro.

12 - Pode a Direc€‚o-Geral dos Impostos proceder igualmente ao ajustamento correlativo referido no n‹mero anterior quando tal resulte de conven€…es
internacionais celebradas por Portugal e nos termos e condi€…es nas mesmas previstos.

13 - A aplica€‚o dos m•todos de determina€‚o dos pre€os de transfer•ncia, quer a opera€…es individualizadas, quer a s•ries de opera€…es, o tipo, a
natureza e o conte‹do da documenta€‚o referida no n.Ž 6 e os procedimentos aplicƒveis aos ajustamentos correlativos s‚o regulamentados por
portaria do Ministro das Finan€as.

A Portaria 1446 – C/2000, de 21.12 veio regulamentar a forma de aplica€•o dos m‡todos de determina€•o dos pre€os de transfer„ncia, prever em que
medida os acordos de partilha de custos e os acordos de presta€•o de servi€os intra grupo se encontram em conformidade com o princ…pio de plena
concorr„ncia, especificar o conte†do da informa€•o a preparar pelo sujeito passivo e definir os procedimentos aplicƒveis ao ajustamento correlativo.

Portaria 1446-C/2001 - Preƒos de transfer‡ncia

O regime dos pre€os de transfer•ncia tem como paradigma o princ†pio de plena concorr•ncia, em torno do qual se foi firmando um amplo consenso

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internacional por se entender que a sua adop€‚o permite n‚o sŒ estabelecer uma paridade no tratamento fiscal entre as empresas integradas em grupos
internacionais e empresas independentes como neutralizar certas prƒticas de evas‚o fiscal e assegurar a consequente protec€‚o da base tributƒvel interna.

O princ†pio estƒ incorporado nos modelos de conven€‚o destinados a eliminar a dupla tributa€‚o nos impostos sobre o rendimento da OCDE e das Na€…es
Unidas, e as regras sobre a sua aplica€‚o t•m vindo a ser desenvolvidas em sucessivos relatŒrios produzidos e divulgados pelo Comit• dos Assuntos
Fiscais da OCDE. A ades‚o „quele princ†pio por parte de um n‹mero crescente de pa†ses membros e n‚o membros da OCDE • revelador da aceita€‚o
cada vez mais generalizada da ideia segundo a qual a solu€‚o dos problemas suscitados pela prƒtica de pre€os de transfer•ncia por parte das empresas
multinacionais tem uma dimens‚o multilateral e que, al•m da preocupa€‚o natural com a salvaguarda das receitas fiscais, os pa†ses devem tamb•m
paralelamente instituir mecanismos conducentes „ elimina€‚o da potencial dupla tributa€‚o dos lucros, de modo a evitar obstƒculos ao investimento e ao
com•rcio internacionais.

A publica€‚o da presente portaria, em execu€‚o do disposto no n.Ž 13 do artigo 58.Ž do CŒdigo do IRC, vem conferir, no plano interno, uma import’ncia
acrescida a esta mat•ria, na sequ•ncia do processo iniciado com a redac€‚o daquele preceito introduzida pela Lei n.Ž 30-G/2000, de 29 de Dezembro, e
que estƒ perfeitamente inserido no contexto internacional que existe neste dom†nio. As altera€…es ent‚o introduzidas, complementadas pela presente
regulamenta€‚o, visam, adicionalmente, proporcionar a cria€‚o de condi€…es suscept†veis de dar resposta aos compromissos assumidos por Portugal no
’mbito de conven€…es destinadas a eliminar a dupla tributa€‚o.

O novo quadro legal revela um alinhamento com os princ†pios directores da OCDE sobre pre€os de transfer•ncia dirigidos „s empresas multinacionais e „s
administra€…es fiscais e colheu inspira€‚o tamb•m nas regulamenta€…es de carƒcter legal e administrativo e num conjunto de boas prƒticas seguidas por
pa†ses com maior experi•ncia nesta ƒrea.

A presente portaria cont•m as regras de aplica€‚o da pluralidade de m•todos que o artigo 58.Ž do CŒdigo do IRC enuncia para a determina€‚o dos termos
e condi€…es que seriam normalmente estabelecidos em situa€‚o de plena concorr•ncia e adopta o regime de obrigatoriedade de recurso ao m•todo mais
apropriado para cada opera€‚o, por se revelar mais apto a produzir a melhor estimativa de um pre€o independente e assegurar o mais elevado grau de
compatibilidade entre opera€…es vinculadas e opera€…es entre partes independentes, tomando em linha de conta os factos e circunst’ncias do caso
concreto, o conjunto dos dados dispon†veis e a fiabilidade relativa dos vƒrios m•todos.

Considerando que a eficiente aplica€‚o das regras sobre pre€os de transfer•ncia requer um elevado grau de colabora€‚o entre os contribuintes e a
administra€‚o tributƒria, • dado particular relevo „s obriga€…es relativas „ informa€‚o e documenta€‚o que o sujeito passivo deve obter, produzir e manter
para justificar a pol†tica adoptada em mat•ria de pre€os de transfer•ncia. Todavia, a lista elaborada sobre informa€‚o e documenta€‚o relevante n‚o •
exaustiva, sendo leg†tima a expectativa, por parte da administra€‚o tributƒria, que o contribuinte possua, e possa fornecer para anƒlise, os elementos que,
perante os factos e circunst’ncias concretas que caracterizam a sua actividade e num quadro de boas prƒticas comerciais e financeiras, deveria
razoavelmente deter para determinar e comprovar a conduta adoptada na fixa€‚o dos pre€os de transfer•ncia, sem que, no entanto, seja obrigado a

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incorrer em custos de observ’ncia desproporcionados.

Relativamente aos procedimentos aplicƒveis ao ajustamento correlativo, a tŒnica • colocada nas situa€…es referidas no n.Ž 12 do artigo 58.Ž do CŒdigo do
IRC, caso em que o ajustamento estƒ dependente de uma decis‚o da administra€‚o tributƒria, que culmina um processo iniciado com uma peti€‚o do
sujeito passivo a requerer a revis‚o da sua situa€‚o tributƒria, e implica o desencadeamento de consultas com as autoridades fiscais competentes do
Estado de resid•ncia da entidade que foi objecto do ajustamento primƒrio no quadro do procedimento amigƒvel previsto em conven€‚o que seja aplicƒvel.

Atrav•s da presente portaria completa-se uma primeira fase da regulamenta€‚o sobre os pre€os de transfer•ncia, para cuja aplica€‚o, nos casos de maior
complexidade t•cnica, • aconselhƒvel a consulta dos relatŒrios da OCDE que desenvolvem esta mat•ria, e cuja adop€‚o pelos pa†ses membros • objecto
de recomenda€…es aprovadas pelo Conselho desta organiza€‚o internacional.

A mat•ria dos pre€os de transfer•ncia deverƒ ainda ser completada com a publica€‚o de legisla€‚o espec†fica sobre as penalidades aplicƒveis „s situa€…es
de incumprimento das obriga€…es decorrentes da presente portaria, nomeadamente das obriga€…es acessŒrias relativas „ manuten€‚o de um processo de
documenta€‚o fiscal.

Importa sublinhar que as regras sobre pre€os de transfer•ncia n‚o permitem actuar com o rigor e a precis‚o prŒprios de uma ci•ncia exacta, porquanto a
fiabilidade dos resultados obtidos com a aplica€‚o das metodologias preconizadas para a determina€‚o dos termos e condi€…es que seriam normalmente
aceites ou praticados numa opera€‚o comparƒvel entre partes independentes depende, em grande medida, de anƒlises complexas e elaboradas, em que
entra um grande n‹mero de variƒveis, da disponibilidade e facilidade de recolha de dados comparƒveis externos e do maior ou menor apelo a crit•rios de
†ndole subjectiva e aos pressupostos bƒsicos assumidos.

Trata-se, portanto, de uma disciplina em cont†nua evolu€‚o e a carecer de constantes aperfei€oamentos induzidos pela experi•ncia e pela necessidade de
acompanhar as formas inovadoras como as empresas reestruturam os seus negŒcios num ambiente de globaliza€‚o, devendo, por isso, ser sujeita a
revis…es periŒdicas no sentido da sua actualiza€‚o.

ApŒs ser obtida uma experi•ncia relevante com a aplica€‚o das regras ora elaboradas, julga-se que o sistema fiscal portugu•s estarƒ, a m•dio prazo, em
condi€…es de poder acolher a recomenda€‚o da OCDE no sentido de regulamentar a possibilidade de celebra€‚o de acordos pr•vios sobre pre€os de
transfer•ncia.

Assim:

CAP‹TULO I
Das regras gerais e “mbito de aplicaƒ„o

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Artigo 1.€
Regras gerais sobre o princ…pio de plena concorr‡ncia

1 - Nas opera€…es efectuadas entre um sujeito passivo do IRS ou do IRC e qualquer outra entidade, sujeita ou n‚o a estes impostos, com a qual esteja em
situa€‚o de rela€…es especiais, devem ser contratados, aceites e praticados termos e condi€…es substancialmente id•nticos aos que normalmente seriam
contratados, aceites e praticados entre entidades independentes em opera€…es comparƒveis.

2 - A aplica€‚o do princ†pio enunciado no n.Ž 1 deve, como regra, basear-se numa anƒlise individualizada das opera€…es, excepto naquelas situa€…es,
nomeadamente as enumeradas nas al†neas seguintes, em que a anƒlise pode ser efectuada numa base agregada ou por s•ries de opera€…es, desde que se
trate de opera€…es t‚o intimamente interligadas ou continuadas que a sua desagrega€‚o conduziria „ perda de funcionalidade ou valor, ou quando se
revele impraticƒvel a determina€‚o do pre€o para cada opera€‚o, quer pelos elevados custos associados quer pela inexist•ncia ou insufici•ncia de
informa€‚o sobre opera€…es comparƒveis:

a) Fornecimento continuado de bens ou servi€os;

b) Ced•ncia do direito de explora€‚o de elementos incorpŒreos acompanhada de outras presta€…es;

c) Fixa€‚o dos pre€os de bens que apresentem complementaridade funcional ou identidade tipolŒgica, como sejam os inseridos numa linha de produtos.

3 - Para efeitos desta portaria, salvo quando de disposi€‚o expressa ou do contexto resulte um sentido contrƒrio, considera-se que:

a) O termo ”opera€…es• abrange as opera€…es financeiras e, bem assim, as opera€…es comerciais, incluindo qualquer opera€‚o ou s•rie de opera€…es que
tenha por objecto bens corpŒreos ou incorpŒreos, direitos ou servi€os, ainda que realizadas no ’mbito de um qualquer acordo, designadamente de partilha
de custos e de presta€‚o de servi€os intragrupo, ou de uma altera€‚o de estruturas de negŒcio, em especial quando esta envolva transfer•ncia de
elementos incorpŒreos ou compensa€‚o de danos emergentes ou lucros cessantes;

b) O termo ”opera€…es vinculadas• refere-se a opera€…es realizadas entre ”entidades relacionadas•;

c) O termo ”opera€…es n‚o vinculadas• refere-se a opera€…es realizadas entre entidades independentes;

d) O termo ”entidades relacionadas• refere-se a entidades entre as quais existem rela€…es especiais nos termos do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CŒdigo do IRC;

e) O termo ”entidade pertencente ao mesmo grupo• refere-se a entidade ligada ao sujeito passivo por rela€…es compreendidas em alguma das al†neas a) a
f) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CŒdigo do IRC.

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Artigo 2.Ž
œmbito de aplica€‚o

O princ†pio enunciado no n.Ž 1 do artigo anterior • aplicƒvel a:

a) Opera€…es vinculadas realizadas entre sujeito passivo do IRC ou do IRS e uma entidade n‚o residente;

b) Opera€…es realizadas entre uma entidade n‚o residente e um seu estabelecimento estƒvel, incluindo as realizadas entre um estabelecimento estƒvel
situado em territŒrio portugu•s e outros estabelecimentos estƒveis da mesma entidade situados fora deste territŒrio;

c) Opera€…es vinculadas realizadas entre entidades residentes em territŒrio portugu•s sujeitos passivos do IRC ou do IRS.

Artigo 3.€
Ajustamentos ao lucro tributŽvel

1 - Sempre que os termos e condi€…es de uma opera€‚o vinculada em que intervenha um sujeito passivo e uma entidade n‚o residente em territŒrio
portugu•s difiram dos que seriam normalmente acordados, aceites ou praticados entre entidades independentes, deve aquele efectuar, na declara€‚o
periŒdica de rendimentos a que se refere o artigo 112.Ž do CŒdigo do IRC, uma correc€‚o positiva correspondente aos efeitos fiscais imputƒveis „quele
desvio, por forma que o lucro tributƒvel determinado n‚o seja diferente do que se apuraria na aus•ncia de rela€…es especiais.

2 - Quando os termos e condi€…es de uma opera€‚o vinculada em que intervenha um sujeito passivo e uma entidade residente em territŒrio portugu•s
difiram dos que seriam normalmente acordados, aceites ou praticados entre entidades independentes, a Direc€‚o-Geral dos Impostos pode efectuar as
correc€…es ao lucro tributƒvel que sejam necessƒrias para que o respectivo montante corresponda ao que teria sido obtido se a opera€‚o se tivesse
processado numa situa€‚o normal de mercado.

CAP‹TULO II
Dos mˆtodos de determinaƒ„o dos preƒos de transfer‡ncia de acordo com o princ…pio de plena concorr‡ncia

Artigo 4.€
Determinaƒ„o do mˆtodo mais apropriado

1 - O sujeito passivo deve adoptar, para determina€‚o dos termos e condi€…es que seriam normalmente acordados, aceites ou praticados entre entidades
independentes, o m•todo mais apropriado a cada opera€‚o ou s•rie de opera€…es, tendo em conta o seguinte:

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a) O m•todo do pre€o comparƒvel de mercado, o m•todo do pre€o de revenda minorado ou o m•todo do custo majorado;

b) O m•todo do fraccionamento do lucro, o m•todo da margem l†quida da opera€‚o ou outro m•todo apropriado aos factos e „s circunst’ncias espec†ficas
de cada opera€‚o que satisfa€a o princ†pio enunciado no n.Ž 1 do artigo 1.Ž desta portaria, quando os m•todos referidos na al†nea anterior n‚o possam ser
aplicados ou, podendo s•-lo, n‚o permitam obter a medida mais fiƒvel dos termos e condi€…es que entidades independentes normalmente acordariam,
aceitariam ou praticariam.

2 - Considera-se como m•todo mais apropriado para cada opera€‚o ou s•rie de opera€…es aquele que • suscept†vel de fornecer a melhor e mais fiƒvel
estimativa dos termos e condi€…es que seriam normalmente acordos, aceites ou praticados numa situa€‚o de plena concorr•ncia, devendo ser feita a
op€‚o pelo m•todo mais apto a proporcionar o mais elevado grau de comparabilidade entre as opera€…es vinculadas e outras n‚o vinculadas e entre as
entidades seleccionadas para a compara€‚o, que conte com melhor qualidade e maior quantidade de informa€‚o dispon†vel para a sua adequada
justifica€‚o e aplica€‚o e que implique o menor n‹mero de ajustamentos para efeitos de eliminar as diferen€as existentes entre os factos e as situa€…es
comparƒveis.

3 - Duas opera€…es re‹nem as condi€…es para serem consideradas comparƒveis se s‚o substancialmente id•nticas, o que significa que as suas
caracter†sticas econŒmicas e financeiras relevantes s‚o anƒlogas ou suficientemente similares, de tal modo que as diferen€as existentes entre as
opera€…es ou entre as empresas nelas intervenientes n‚o s‚o suscept†veis de afectar de forma significativa os termos e condi€…es que se praticariam numa
situa€‚o normal de mercado ou, sendo-o, • poss†vel efectuar os necessƒrios ajustamentos que eliminem os efeitos relevantes provocados pelas diferen€as
verificadas.

4 - Sempre que existam d‹vidas fundadas acerca da fiabilidade dos valores que seriam obtidos com a aplica€‚o de um dado m•todo, o sujeito passivo
deve tentar confirmar tais valores mediante a aplica€‚o de outros m•todos, de forma isolada ou combinada.

5 - Se, no ’mbito de aplica€‚o de um m•todo, a utiliza€‚o de duas ou mais opera€…es n‚o vinculadas comparƒveis ou a aplica€‚o de mais de um m•todo
considerado igualmente apropriado conduzir a um intervalo de valores que assegurem um grau de comparabilidade razoƒvel, n‚o se torna necessƒrio
proceder a qualquer correc€‚o, caso as condi€…es relevantes da opera€‚o vinculada, nomeadamente o pre€o ou a margem de lucro, se situarem dentro
desse intervalo.

Artigo 5.€
Factores de comparabilidade

Para efeitos do artigo anterior, o grau de comparabilidade entre uma opera€‚o vinculada e uma opera€‚o n‚o vinculada deve ser avaliado, tendo em conta,
designadamente, os seguintes factores:

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a) As caracter†sticas espec†ficas dos bens, direitos ou servi€os que, sendo objecto de cada opera€‚o, s‚o suscept†veis de influenciar o pre€o das
opera€…es, em particular as caracter†sticas f†sicas, a qualidade, a quantidade, a fiabilidade, a disponibilidade e o volume de oferta dos bens, a forma
negocial, o tipo, a dura€‚o, o grau de protec€‚o e os benef†cios antecipados pela utiliza€‚o do direito e a natureza e a extens‚o dos servi€os;

b) As fun€…es desempenhadas pelas entidades intervenientes nas opera€…es, tendo em considera€‚o os activos utilizados e os riscos assumidos;

c) Os termos e condi€…es contratuais que definem, de forma expl†cita ou impl†cita, o modo como se repartem as responsabilidades, os riscos e os lucros
entre as partes envolvidas na opera€‚o;

d) As circunst’ncias econŒmicas prevalecentes nos mercados em que as respectivas partes operam, incluindo a sua localiza€‚o geogrƒfica e dimens‚o, o
custo da m‚o-de-obra e do capital nos mercados, a posi€‚o concorrencial dos compradores e vendedores, a fase do circuito de comercializa€‚o, a
exist•ncia de bens e servi€os suced’neos, o n†vel da oferta e da procura e o grau de desenvolvimento geral dos mercados;

e) A estrat•gia das empresas, contemplando, entre os aspectos suscept†veis de influenciar o seu funcionamento e conduta normal, a prossecu€‚o de
actividades de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, o grau de diversifica€‚o da actividade, o controle do risco, os esquemas de penetra€‚o no
mercado ou de manuten€‚o ou refor€o de quota e, bem assim, os ciclos de vida dos produtos ou direitos;

f) Outras caracter†sticas relevantes quanto „ opera€‚o em causa ou „s empresas envolvidas.

Artigo 6.€
Mˆtodo do preƒo comparŽvel de mercado

1 - A adop€‚o do m•todo do pre€o comparƒvel de mercado requer o grau mais elevado de comparabilidade com incid•ncia tanto no objecto e demais
termos e condi€…es da opera€‚o como na anƒlise funcional das entidades intervenientes.

2 - Este m•todo pode ser utilizado, designadamente, nas seguintes situa€…es:

a) Quando o sujeito passivo ou uma entidade pertencente ao mesmo grupo realiza uma transac€‚o da mesma natureza que tenha por objecto um servi€o
ou produto id•ntico ou similar, em quantidade ou valor anƒlogos, e em termos e condi€…es substancialmente id•nticos, com uma entidade independente no
mesmo ou em mercados similares;

b) Quando uma entidade independente realiza uma opera€‚o da mesma natureza que tenha por objecto um servi€o ou um produto id•ntico ou similar, em
quantidade ou valor anƒlogos, e em termos e condi€…es substancialmente id•nticos, no mesmo mercado ou em mercados similares.

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3 - Sempre que uma opera€‚o vinculada e uma opera€‚o n‚o vinculada n‚o sejam substancialmente comparƒveis, o sujeito passivo deve identificar e
quantificar os efeitos provocados pelas diferen€as existentes nos pre€os de transfer•ncia, que devem ser de natureza secundƒria, procedendo aos
ajustamentos necessƒrios para os eliminar, por forma a determinar um pre€o ajustado correspondente ao de opera€‚o n‚o vinculada comparƒvel.

Artigo 7.€
Mˆtodo do preƒo de revenda minorado

1 - A aplica€‚o do m•todo do pre€o de revenda minorado tem como base o pre€o de revenda praticado pelo sujeito passivo numa opera€‚o realizada com
uma entidade independente, tendo por objecto um produto adquirido a uma entidade com a qual esteja em situa€‚o de rela€…es especiais, ao qual •
subtra†da a margem de lucro bruto praticada por uma terceira entidade numa opera€‚o comparƒvel e com igual n†vel de representatividade comercial.

2 - A margem de lucro bruto comparƒvel pode ser determinada tomando como base de refer•ncia a margem sobre o pre€o de revenda praticada numa
opera€‚o n‚o vinculada comparƒvel efectuada por uma entidade pertencente ao mesmo grupo ou por uma entidade independente.

3 - A margem de lucro bruto deve possibilitar ao sujeito passivo a cobertura dos seus custos de venda e outros custos operacionais e proporcionar ainda um
lucro que, em condi€…es normais de mercado, constitua para uma entidade independente uma remunera€‚o apropriada, tendo em conta as fun€…es
exercidas, os activos utilizados e os riscos assumidos.

4 - Quando as opera€…es n‚o s‚o substancialmente comparƒveis em todos os aspectos considerados relevantes e as diferen€as t•m efeito significativo
sobre a margem bruta, o sujeito passivo deve fazer os ajustamentos necessƒrios para eliminar tal efeito, por forma a determinar a cobertura de custos e
uma margem de lucro ajustada correspondente „ de opera€‚o n‚o vinculada comparƒvel.

Artigo 8.€
Mˆtodo do custo majorado

1 - A aplica€‚o do m•todo do custo majorado tem como base o montante dos custos suportados por um fornecedor de um produto ou servi€o fornecido
numa opera€‚o vinculada, ao qual • adicionada a margem de lucro bruto praticada numa opera€‚o n‚o vinculada comparƒvel.

2 - A margem de lucro bruto adicionada aos custos pode ser determinada tomando como base de refer•ncia a margem de lucro bruto praticada numa
opera€‚o n‚o vinculada comparƒvel efectuada pelo sujeito passivo, por uma entidade pertencente ao mesmo grupo ou por uma entidade independente,
devendo, em qualquer dos casos, as referidas entidades exercer fun€…es similares, utilizar o mesmo tipo de activos e assumir id•nticos riscos, bem como,
preferencialmente, transaccionar produtos ou servi€os similares com entidades independentes e adoptar um sistema de custeio id•ntico ao praticado na
opera€‚o comparƒvel.

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3 - Sempre que as opera€…es n‚o sejam comparƒveis em todos os aspectos considerados relevantes e as diferen€as produzam um efeito significativo
sobre a margem de lucro bruto, o sujeito passivo deve fazer os ajustamentos necessƒrios para eliminar tal efeito, por forma a determinar a margem bruta
ajustada correspondente „ de opera€‚o n‚o vinculada comparƒvel.

Artigo 9.€
Mˆtodo do fraccionamento do lucro

1 - O m•todo do fraccionamento do lucro • utilizado para repartir o lucro global derivado de opera€…es complexas ou de s•ries de opera€…es vinculadas
realizadas de forma integrada entre as entidades intervenientes.

2 - A modalidade de aplica€‚o do m•todo admitida consiste em determinar o lucro global obtido pelas partes intervenientes nas opera€…es vinculadas e, de
seguida, proceder ao seu fraccionamento entre aquelas entidades, tendo como crit•rio o do valor relativo da contribui€‚o de cada uma para a realiza€‚o
das opera€…es, considerando para esse efeito as fun€…es exercidas, os activos utilizados e os riscos assumidos por cada uma e, bem assim, tomando como
refer•ncia dados externos fiƒveis que indiquem como • que entidades independentes exercendo fun€…es comparƒveis, utilizando o mesmo tipo de activos e
assumindo riscos id•nticos teriam avaliado as suas contribui€…es.

3 - Em alternativa, • admitida outra modalidade de aplica€‚o do m•todo, a qual consiste no fraccionamento do lucro global das opera€…es em duas fases:

a) Na primeira, a cada uma das entidades intervenientes • atribu†da uma frac€‚o do lucro global que reflicta a remunera€‚o apropriada suscept†vel de ser
obtida com o tipo de opera€…es que realiza, determinando-se a partir de dados comparƒveis sobre as remunera€…es normalmente obtidas por entidades
independentes quando realizam opera€…es similares e tendo em considera€‚o as fun€…es exercidas, os activos utilizados e os riscos assumidos, podendo
ser usado, para este efeito, qualquer dos restantes m•todos;

b) Na segunda, procede-se ao fraccionamento do lucro ou do preju†zo residual entre cada uma das entidades, em fun€‚o do valor relativo da sua
contribui€‚o, tendo em conta as fun€…es relevantes exercidas, os activos utilizados e os riscos assumidos e recorrendo, para o efeito, „ informa€‚o externa
dispon†vel que forne€a indica€…es sobre o modo como partes independentes repartiriam o lucro ou o preju†zo em circunst’ncias similares, sendo o lucro
assim atribu†do utilizado para determinar o pre€o.

4 - Este m•todo pode ser utilizado sempre que:

a) As opera€…es vinculadas revelem um elevado grau de integra€‚o, tornando dif†cil avaliar as opera€…es de forma individualizada;

b) A exist•ncia de activos incorpŒreos de elevado valor e especificidade torne imposs†vel estabelecer um grau apropriado de comparabilidade com

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opera€…es n‚o vinculadas e n‚o permita a aplica€‚o dos restantes m•todos.

5 - Sempre que as opera€…es realizadas n‚o sejam comparƒveis em todos os aspectos considerados relevantes, e as diferen€as identificadas produzam
um efeito significativo na anƒlise do fraccionamento do lucro, o sujeito passivo deve fazer os ajustamentos necessƒrios para eliminar tal efeito, por forma a
determinar a reparti€‚o do lucro global correspondente „ de opera€…es complexas ou s•ries de opera€…es n‚o vinculadas comparƒveis.

Artigo 10.€
Mˆtodo da margem l…quida da operaƒ„o

1 - O m•todo da margem l†quida da opera€‚o baseia-se no cƒlculo da margem de lucro l†quido obtida por um sujeito passivo numa opera€‚o ou numa s•rie
de opera€…es vinculadas tomando como refer•ncia a margem de lucro l†quido obtida numa opera€‚o n‚o vinculada comparƒvel efectuada pelo sujeito
passivo, por uma entidade pertencente ao mesmo grupo ou por uma entidade independente.

2 - A margem de lucro l†quido • calculada relativamente a um indicador apropriado, de acordo com as circunst’ncias e caracter†sticas de cada opera€‚o,
bem como a natureza da actividade, podendo ser representado pelas vendas, custo ou activos utilizados, ou outra grandeza relevante.

3 - Sempre que as opera€…es ou as empresas nelas intervenientes n‚o sejam comparƒveis em todos os aspectos considerados relevantes e as diferen€as
identificadas produzam um efeito significativo na margem de lucro l†quido das opera€…es, o sujeito passivo deve fazer os ajustamentos necessƒrios para
eliminar tal efeito, por forma a determinar a margem de lucro l†quido ajustada, correspondente „ de opera€‚o n‚o vinculada comparƒvel.

CAP‹TULO III
Dos acordos celebrados entre entidades relacionadas

Artigo 11.€
Acordos de partilha de custos

1 - Hƒ acordo de partilha de custos quando duas ou mais entidades acordam em repartir entre si os custos e os riscos de produzir, desenvolver ou adquirir
quaisquer bens, direitos ou servi€os, de acordo com o crit•rio da propor€‚o das vantagens ou benef†cios que cada uma das partes espera vir a obter da sua
participa€‚o no acordo, nomeadamente do direito a utilizar os resultados alcan€ados em projectos de investiga€‚o e desenvolvimento sem o pagamento de
qualquer contrapresta€‚o adicional.

2 - No acordo de partilha de custos celebrado entre entidades relacionadas, a aplica€‚o do princ†pio referido no artigo 1.Ž determina a exist•ncia de uma
rela€‚o de equival•ncia entre o valor da contribui€‚o imposta a cada uma das partes no acordo e o valor da contribui€‚o que seria imposta ou aceite por
uma entidade independente em condi€…es comparƒveis.

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3 - A quota-parte nas contribui€…es totais que • da responsabilidade de cada participante deve ser equivalente „ quota-parte que lhe for atribu†da nas
vantagens ou benef†cios globais resultantes do acordo, avaliada atrav•s de estimativas dos rendimentos adicionais a auferir no futuro ou das economias de
custos que se espera obter, podendo, para esse feito, no caso de n‚o ser poss†vel uma avalia€‚o directa e individualizada daquelas contrapartidas, ser
utilizada uma chave de reparti€‚o apropriada, que tenha em conta a natureza da actividade objecto do acordo e um indicador que reflicta de forma
adequada as vantagens ou benef†cios esperados, nomeadamente o volume de negŒcios, os custos como o pessoal, o valor acrescentado ou o capital
investido.

4 - Quando a contribui€‚o de um participante para um acordo de partilha de custos n‚o tiver correspond•ncia equivalente na parte que lhe for atribu†da nas
vantagens ou benef†cios esperados, deve haver lugar a uma compensa€‚o adequada de modo que seja restabelecido o necessƒrio equil†brio.

5 - Para efeitos da determina€‚o do lucro tributƒvel, as contribui€…es efectuadas por um participante num acordo de partilha de custos devem ser tratadas
de acordo com o regime que seria aplicƒvel „s despesas que o sujeito passivo realizaria se desenvolvesse directamente as mesmas actividades, ou se
adquirisse, numa opera€‚o n‚o vinculada comparƒvel, bens, direitos ou servi€os id•nticos aos que s‚o utilizados no ’mbito do acordo.

6 - Os custos globais, que, nos termos do acordo, sejam objecto de partilha pelos participantes, s‚o calculados l†quidos de subs†dios ou de outras
contrapartidas recebidas que tenham o mesmo efeito destes, n‚o sendo aceite qualquer majora€‚o desses custos por aplica€‚o de margens de lucro.

7 - No caso de acordos de aquisi€‚o conjunta de bens, direitos ou servi€os, o d•bito do custo de aquisi€‚o destes deve ser acrescido de margem adequada
aos custos de estrutura da entidade adquirente.

Artigo 12.€
Acordos de prestaƒ„o de serviƒos intragrupo

1 - Hƒ acordo de presta€‚o de servi€os intragrupo quando uma entidade membro de um grupo disponibiliza ou realiza para os outros membros do mesmo
um amplo conjunto de actividades, designadamente de natureza administrativa, t•cnica, financeira ou comercial.

2 - No acordo de presta€‚o de servi€os intragrupo celebrado entre entidades relacionadas a aplica€‚o do princ†pio referido no artigo 1.Ž exige que a
actividade prestada constitua um servi€o com valor econŒmico que justifique, para o membro do grupo que dele • destinatƒrio, o pagamento de um pre€o
ou a assun€‚o de um encargo que este estaria disposto a pagar ou a assumir em rela€‚o a uma entidade independente ou, bem assim, a realiza€‚o de
uma actividade a executar para si prŒprio.

3 - Na determina€‚o do pre€o de transfer•ncia de um servi€o cujo valor econŒmico esteja justificado nos termos do n‹mero anterior, devem ser utilizados
os m•todos descritos no cap†tulo II, com observ’ncia do disposto nas al†neas seguintes:

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a) O m•todo do pre€o comparƒvel de mercado deve ser considerado como m•todo mais apropriado quando os servi€os s‚o id•nticos ou substancialmente
similares, quanto „ sua natureza, qualidade, quantidade e frequ•ncia, aos prestados por entidades independentes ou quando, no quadro de uma actividade
normal e habitual, s‚o prestados a entidades independentes em mercados similares e em termos e condi€…es comparƒveis;

b) O m•todo do custo majorado deve ser considerado como o m•todo mais apropriado sempre que n‚o se disponha de dados com qualidade e quantidade
suficientes para aplicar o m•todo referido na al†nea anterior e quando, apŒs uma anƒlise das fun€…es exercidas, activos utilizados e riscos assumidos, seja
poss†vel estabelecer o mais elevado grau de comparabilidade com opera€…es similares n‚o vinculadas, sendo indispensƒvel para este efeito,
designadamente, que a estrutura dos custos suportados pelo prestador seja substancialmente id•ntica „ de entidade independente ou „ de entidade
pertencente ao mesmo grupo em opera€‚o n‚o vinculada comparƒvel, ou passe a s•-lo mediante a realiza€‚o dos ajustamentos necessƒrios.

4 - A contrapresta€‚o devida pelos servi€os prestados intragrupo deve incluir uma margem de lucro apropriada, devendo ser tidos em conta para esse
efeito todos os aspectos considerados relevantes, designadamente as alternativas econŒmicas dispon†veis ao destinatƒrio, a natureza da actividade de
presta€‚o dos servi€os, a relev’ncia dessa actividade para o grupo, a efici•ncia relativa do prestador do servi€o e qualquer vantagem que o grupo retire de
tal actividade, bem como a qualidade em que o prestador dos servi€os interv•m, sendo de distinguir as situa€…es em que actua unicamente como agente
na aquisi€‚o dos servi€os a terceiros por conta do grupo daquelas em que os presta directamente.

5 - Na determina€‚o do pre€o dos servi€os deve ser adoptado o m•todo directo, nos termos do qual o valor facturado • estabelecido de forma espec†fica
para cada tipo de servi€os, sempre que os respectivos custos sejam individualizƒveis e pass†veis de quantifica€‚o.

6 - Nos casos em que n‚o for poss†vel a aplica€‚o do m•todo directo deve ser adoptado o m•todo indirecto, o qual consiste em repartir os custos globais de
servi€os prestados pelas vƒrias entidades do grupo com base numa chave de reparti€‚o apropriada, que traduza a quota-parte do valor dos servi€os
atribu†vel a cada uma das entidades destinatƒrias e que permita obter um custo anƒlogo ao que entidades independentes estariam dispostas a aceitar em
opera€‚o n‚o vinculada comparƒvel.

7 - A chave de reparti€‚o referida no n‹mero anterior dever ser constru†da com base em indicadores que reflictam de forma adequada a natureza e a
utiliza€‚o dos servi€os prestados, podendo ser aceites, designadamente, o volume de vendas, a margem de lucro bruto, as despesas com o pessoal e as
unidades produzidas ou vendidas.

CAP‹TULO IV
Das obrigaƒ†es acess‚rias dos sujeitos passivos

Artigo 13.€
Processo de documentaƒ„o fiscal

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1 - O sujeito passivo deve dispor, nos termos do n.Ž 6 do artigo 58.Ž do CŒdigo do IRC, de informa€‚o e documenta€‚o respeitantes „ pol†tica adoptada na
determina€‚o dos pre€os de transfer•ncia e manter, de forma organizada, elementos aptos a provar:

a) A paridade de mercado nos termos e condi€…es acordados, aceites e praticados nas opera€…es efectuadas com entidades relacionadas;

b) A selec€‚o e utiliza€‚o do m•todo ou m•todos mais apropriados de determina€‚o dos pre€os de transfer•ncia que proporcionem uma maior
aproxima€‚o aos termos e condi€…es praticados por entidades independentes e que assegurem o mais elevado grau de comparabilidade das opera€…es ou
s•ries de opera€…es efectuadas com outras substancialmente id•nticas realizadas por entidades independentes em situa€‚o normal de mercado.

2 - O processo de documenta€‚o fiscal referido no n‹mero anterior rege-se tamb•m pelo disposto nos nŽs 1 e 2 do artigo 121.Ž do CŒdigo do IRC.

3 - Fica dispensado do cumprimento do disposto no n.Ž 1 o sujeito passivo que, no exerc†cio anterior, tenha atingido um valor anual de vendas l†quidas e
outros proveitos inferior a € 3.000.000.

Artigo 14.€
Informaƒ„o relevante

Para dar cumprimento „ obriga€‚o referida no artigo anterior, o sujeito passivo deve obter ou produzir e manter elementos informativos, designadamente
quanto aos seguintes aspectos:

a) Descri€‚o e caracteriza€‚o da situa€‚o de rela€…es especiais em conformidade com o disposto no n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CŒdigo do IRC que seja
aplicƒvel „s entidades com as quais realiza opera€…es comerciais, financeiras ou de outra natureza, bem como da evolu€‚o da rela€‚o societƒria do
v†nculo que constitua a origem da rela€‚o especial, incluindo, se for caso, o contrato de subordina€‚o, de grupo paritƒrio ou outro de efeito equivalente, ou,
bem assim, elementos demonstrativos da situa€‚o de depend•ncia a que se refere a al†nea g) do n.Ž 4 do mesmo artigo;

b) Caracteriza€‚o da actividade exercida pelo sujeito passivo e pelas entidades relacionadas com as quais realiza opera€…es e, em rela€‚o a cada uma
destas, indica€‚o discriminada, por natureza das opera€…es, dos valores das mesmas registados pelo sujeito passivo nos ‹ltimos tr•s anos, ou pelo per†odo
em que estas tenham tido lugar, se inferior, bem como, nos casos em que se justifique, a disponibiliza€‚o das contas sociais daquelas entidades;

c) Identifica€‚o detalhada dos bens, direitos ou servi€os que s‚o objecto das opera€…es vinculadas, e dos termos e condi€…es estabelecidos, quando tal
informa€‚o n‚o resulte dos contratos celebrados;

d) Descri€‚o das fun€…es exercidas, activos utilizados e riscos assumidos, quer pelo sujeito passivo, quer pelas entidades relacionadas envolvidas nas

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opera€…es vinculadas;

e) Estudos t•cnicos com incid•ncia em ƒreas essenciais do negŒcio, nomeadamente nas de investimento, financiamento, investiga€‚o e desenvolvimento,
mercado e reestrutura€‚o e reorganiza€‚o das actividades, bem como previs…es e or€amentos respeitantes „ actividade global e „ actividade por divis‚o
ou produto;

f) Directrizes relativas „ aplica€‚o da pol†tica adoptada em mat•ria de pre€os de transfer•ncia, independentemente da forma ou designa€‚o que lhes seja
atribu†da, que contenham instru€…es nomeadamente sobre as metodologias a utilizar, os procedimentos de recolha de informa€‚o, em especial de dados
comparƒveis internos e externos, as anƒlises a efectuar para avaliar da comparabilidade das opera€…es e as pol†ticas de custeio e de margens de lucro
praticadas;

g) Contratos e outros actos jur†dicos praticados tanto com entidades relacionadas como com entidades independentes, com as modifica€…es que ocorram e
com informa€‚o histŒrica sobre o respectivo cumprimento, devendo ainda ser fornecidos, quando n‚o constem expressamente dos instrumentos jur†dicos
existentes ou quando a prƒtica seguida se afaste do neles acordado, os elementos seguintes:

1) Defini€‚o do ’mbito de interven€‚o das partes envolvidas;

2) Condi€…es de entrega dos produtos e actividades acessŒrias envolvidas, designadamente servi€os pŒs-venda, assist•ncia t•cnica e garantias;

3) Pre€o e, se necessƒrio, respectiva forma de cƒlculo, e, ainda, se esta estiver associada a pressupostos, a indica€‚o dos mesmos e das circunst’ncias
em que ficam sujeitos a revis‚o, bem como a discrimina€‚o das respectivas regras e a explica€‚o detalhada dos ajustamentos plurianuais de pre€os,
apontando, nomeadamente, os efeitos quantitativos decorrentes de factores ligados aos ciclos econŒmicos;

4) Dura€‚o acordada ou prevista e modalidades de extin€‚o admitidas;

5) Penalidades e o respectivo procedimento de cƒlculo para a mora no cumprimento ou o incumprimento, qualquer que seja a sua forma de manifesta€‚o,
incluindo designadamente juros de mora;

a) Explica€‚o sobre a aplica€‚o do m•todo ou m•todos adoptados para a determina€‚o do pre€o de plena concorr•ncia em rela€‚o a cada opera€‚o e
indica€‚o das raz…es justificativas da selec€‚o do m•todo considerado mais apropriado;

b) Informa€‚o sobre os dados comparƒveis utilizados, evidenciando, no caso de recurso a entidade externa especializada em estudos de mercado, a
justifica€‚o da selec€‚o, nos casos em que se justifique, a ficha t•cnica dos estudos e, bem assim, uma anƒlise de sensibilidade e seguran€a estat†stica ou,
sendo interna a fonte dos dados, a respectiva ficha t•cnica;

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c) Detalhes sobre as anƒlises efectuadas para avaliar o grau de comparabilidade entre opera€…es vinculadas e opera€…es n‚o vinculadas e entre as
empresas nelas envolvidas, incluindo as anƒlises funcionais e financeiras, e sobre os eventuais ajustamentos efectuados para eliminar as diferen€as
existentes;

d) Estrat•gias e pol†ticas do negŒcio, nomeadamente quanto ao risco, que sejam suscept†veis de influenciar a determina€‚o dos pre€os de transfer•ncia ou
a reparti€‚o dos lucros ou perdas das opera€…es;

e) Quaisquer outras informa€…es, dados ou documentos considerados relevantes para a determina€‚o do pre€o de plena concorr•ncia, da comparabilidade
das opera€…es ou dos ajustamentos realizados.

Artigo 15.€
Documentaƒ„o de suporte • informaƒ„o relevante

1 - As informa€…es referidas nos artigos anteriores devem ter como suporte documentos produzidos pelo sujeito passivo ou por terceiros e reportar-se ao
exerc†cio da realiza€‚o das opera€…es, podendo consistir em:

a) Publica€…es oficiais, relatŒrios, estudos e bases de dados elaborados por entidades p‹blicas ou privadas;

b) RelatŒrios sobre estudos de mercado realizados por institui€…es nacionais ou estrangeiras reconhecidas;

c) Listas de pre€os ou de cota€…es divulgadas por bolsas de valores mobiliƒrios e bolsas de mercadorias;

d) Contratos ou outros actos jur†dicos praticados quer com entidades relacionadas, quer com entidades independentes, bem como documenta€‚o pr•via „
sua elabora€‚o e os textos de modifica€‚o ou aditamento aos mesmos;

e) Consultas ao mercado, cartas e outra correspond•ncia que contenham refer•ncias aos termos e condi€…es praticados entre o sujeito passivo e entidades
relacionadas;

f) Outros documentos emitidos relativamente „s opera€…es realizadas pelo sujeito passivo, nos termos das regras fiscais e comerciais aplicƒveis.

2 - Quando se trate de opera€…es de carƒcter continuado, com in†cio em exerc†cios anteriores, devem os sujeitos passivos proceder „ actualiza€‚o da
informa€‚o a que se refere o n‹mero anterior, caso os factos e as circunst’ncias associados „s opera€…es tenham sido substancialmente alterados.

3 - Os documentos que contenham informa€‚o em l†ngua estrangeira, quando solicitada a sua apresenta€‚o pelos servi€os da Direc€‚o-Geral dos

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Impostos, devem ser traduzidos previamente para a l†ngua portuguesa, sem preju†zo de esta poder, a requerimento do obrigado „ apresenta€‚o, dispensar
a tradu€‚o por se mostrar acess†vel o conhecimento do conte‹do desses documentos na l†ngua original.

Artigo 16.€
Documentaƒ„o relativa a acordos de partilha de custos e de prestaƒ„o de serviƒos intragrupo

1 - A documenta€‚o relativa a acordos de partilha de custos deve conter, entre outros, os seguintes elementos informativos:

a) Identifica€‚o dos participantes e de outras entidades relacionadas que participar‚o na actividade objecto do acordo ou que poder‚o vir a explorar ou
utilizar os resultados daquela actividade;

b) Natureza e tipo de actividades desenvolvidas no ’mbito do acordo;

c) Identifica€‚o e bases de avalia€‚o da quota-parte de cada participante nas vantagens ou benef†cios esperados;

d) Processo de presta€‚o de contas e m•todos utilizados para reparti€‚o dos custos, incluindo os cƒlculos a efectuar para determinar a contribui€‚o de
cada participante;

e) Pressupostos assumidos nas projec€…es dos benef†cios esperados, periodicidade de revis‚o das estimativas e previs‚o de ajustamentos resultantes de
altera€…es no funcionamento do acordo ou de outros factos;

f) Descri€‚o do m•todo utilizado para efectuar ajustamentos nas contribui€…es dos participantes motivadas por altera€…es nos pressupostos que serviram
de bases ao acordo ou por modifica€…es substanciais nele introduzidas posteriormente;

g) Dura€‚o prevista para o acordo;

h) Afecta€‚o antecipada de responsabilidades e tarefas associadas „ actividade do acordo entre os participantes e outras empresas;

i) Procedimentos de ades‚o e exclus‚o de um participante do ’mbito do acordo, bem como os procedimentos destinados a p˜r-lhe termo e, em qualquer
dos casos, as respectivas consequ•ncias;

j) Disposi€…es sobre pagamentos compensatŒrios.

2 - A documenta€‚o relativa a acordos de presta€‚o de servi€os intragrupo deve conter os seguintes elementos informativos:

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a) CŒpia do contrato;

b) Descri€‚o dos servi€os objecto do contrato;

c) Identifica€‚o das entidades beneficiƒrias dos servi€os;

d) Identifica€‚o dos encargos que s‚o imputƒveis aos servi€os e crit•rios utilizados para a respectiva reparti€‚o.

CAP‹TULO V
Do ajustamento correlativo

Artigo 17.€
Ajustamento correlativo

1 - Quanto a Direc€‚o-Geral dos Impostos proceda a correc€…es necessƒrias para a determina€‚o do lucro tributƒvel por virtude de rela€…es especiais com
outro sujeito passivo de IRC ou de IRS, na determina€‚o do lucro tributƒvel deste ‹ltimo deve ser efectuado o ajustamento adequado que seja reflexo das
correc€…es feitas na determina€‚o do lucro tributƒvel do primeiro.

2 - Pode a Direc€‚o-Geral dos Impostos proceder igualmente, nos termos do n.Ž 12 do artigo 58.Ž do CŒdigo do IRC, ao ajustamento correlativo referido no
n‹mero anterior quando tal resulte de conven€…es internacionais celebradas por Portugal e nos termos e condi€…es nelas previstos.

Artigo 18.€
Pedido de revis„o da situaƒ„o tributŽria

1 - Para efeitos do ajustamento previsto no n.Ž 2 do artigo anterior, o sujeito passivo deve apresentar ao director-geral dos Impostos um pedido de revis‚o
da sua situa€‚o tributƒria com fundamento em correc€…es efectuadas, ou proposta oficial de as efectuar por autoridade fiscal estrangeira competente, ao
lucro tributƒvel de entidades que com ele estejam relacionadas, das quais decorre, ou irƒ decorrer, uma dupla tributa€‚o n‚o conforme „s regras de
conven€‚o internacional celebrada por Portugal.

2 - O pedido de revis‚o, n‚o sujeito a formalidades essenciais, para al•m de conter a identifica€‚o completa da entidade requerente, deve ser
acompanhado de:

a) Identifica€‚o da entidade n‚o residente com a qual o sujeito passivo se encontra em situa€‚o de rela€…es especiais e cujas correc€…es ao lucro tributƒvel

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originaram ou s‚o suscept†veis de originar a ocorr•ncia de dupla tributa€‚o;

b) Identifica€‚o da autoridade fiscal estrangeira competente nos termos da conven€‚o ao caso aplicƒvel;

c) Descri€‚o e caracteriza€‚o das rela€…es especiais entre a entidade requerente e todas as entidades em causa, bem como das opera€…es realizadas;

d) Identifica€‚o dos per†odos de tributa€‚o abrangidos pelas correc€…es;

e) Identifica€‚o precisa das correc€…es ao lucro tributƒvel efectuadas pela autoridade fiscal estrangeira competente, assim como dos montantes em causa,
acompanhadas dos cƒlculos demonstrativos;

f) CŒpia dos documentos relevantes produzidos ou a produzir pela autoridade fiscal estrangeira, bem como dos apresentados junto desta, relativos „s
correc€…es que originaram ou s‚o suscept†veis de originar a dupla tributa€‚o, e, bem assim, cŒpias da correspond•ncia relativa a esta quest‚o
acompanhadas, em qualquer caso, se tal for solicitado pela Direc€‚o-Geral dos Impostos, da devida tradu€‚o para l†ngua portuguesa;

g) Enuncia€‚o de qualquer outro facto ou apresenta€‚o de qualquer outro documento relevante para a aprecia€‚o do pedido;

h) Proposta de solu€‚o ou solu€…es que permitam resolver a quest‚o.

3 - O sujeito passivo deve apresentar o seu pedido de revis‚o nos termos e no prazo previsto na conven€‚o ao caso aplicƒvel.

Artigo 19.€
Deferimento do pedido

1 - O deferimento do pedido de revis‚o nos termos do n.Ž 2 do artigo 17.Ž depende, designadamente, dos seguintes factos:

a) Da prova da exist•ncia de dupla tributa€‚o, actual ou potencial, n‚o conforme „s regras da conven€‚o ao caso aplicƒvel;

b) Da apresenta€‚o tempestiva do pedido;

c) Da colabora€‚o do sujeito passivo, nomeadamente no fornecimento de todos os documentos e informa€…es solicitados que se se relacionem com o
pedido e que permitam a determina€‚o e quantifica€‚o precisas dos ajustamentos a efectuar;

d) Da aceita€‚o, pelas autoridades competentes do outro Estado, do in†cio do processo de consultas para tratar da quest‚o no quadro do procedimento
amigƒvel ou de procedimento arbitral, quando aplicƒvel.

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2 - A decis‚o sobre o pedido de revis‚o • comunicada ao sujeito passivo nos termos legalmente previstos.

Artigo 20.€
Procedimento de ajustamento

1 - Para efeitos do disposto no n.Ž 1 do artigo 17.Ž, a Direc€‚o-Geral dos Impostos deve proceder ao ajustamento correlativo adequado na determina€‚o do
lucro tributƒvel do sujeito passivo no prazo de 180 dias a contar da data do conhecimento, ou da data em que for poss†vel obter o conhecimento, do tr’nsito
da decis‚o, quer administrativa quer judicial, das correc€…es positivas efectuadas ao lucro tributƒvel do outro sujeito passivo por virtude de ambos se
encontrarem numa situa€‚o de rela€…es especiais e de n‚o ter sido entre eles observado o princ†pio de plena concorr•ncia.

2 - Para efeitos do disposto no n.Ž 2 do artigo 17.Ž, no caso de a Direc€‚o-Geral dos Impostos, na sequ•ncia da revis‚o „ situa€‚o tributƒria do sujeito
passivo e das consultas estabelecidas com as autoridades fiscais competentes do outro Estado, no ’mbito dos procedimentos aplicƒveis, considerar
justificadas, no todo ou em parte, as correc€…es por aquelas efectuadas, quer quanto ao princ†pio em que se basearam, quer quanto ao montante, e, apŒs o
tr’nsito da decis‚o, administrativa ou judicial, relativamente a estas correc€…es, concluir pelo cabimento do ajustamento correlativo adequado na
determina€‚o do lucro tributƒvel do sujeito passivo, deve efectuƒ-lo no prazo de 120 dias a contar da data do acordo obtido com as autoridades do outro
Estado.

Artigo 21.€
Exerc…cio do ajustamento

1 - O ajustamento a efectuar na determina€‚o do lucro tributƒvel do sujeito passivo deve concretizar-se no exerc†cio ou exerc†cios em que as opera€…es
vinculadas que s‚o objecto das correc€…es se reflectiram no lucro tributƒvel, de modo que possa ser eliminada a dupla tributa€‚o dos lucros corrigidos.

2 - A decis‚o sobre o ajustamento • notificada ao sujeito passivo nos termos legalmente previstos.

Artigo 22.€
Modalidade do ajustamento

A Direc€‚o-Geral dos Impostos deve proceder ao reembolso do imposto que eventualmente for devido ao sujeito passivo no prazo de 90 dias contados da
data em que for efectuado o ajustamento correlativo.

CAP‹TULO VI
DisposiĠes especiais

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Artigo 23.€
Entidades abrangidas por regimes fiscais diferenciados

1 - Nos termos do n.Ž 10 do artigo 58.Ž do CŒdigo do IRC, o princ†pio enunciado no n.Ž 1 do artigo 1.Ž desta portaria deve igualmente ser observado, com as
necessƒrias adapta€…es, pelas pessoas que exer€am simultaneamente actividades sujeitas e n‚o sujeitas ao regime geral do IRC, incluindo as que
exer€am em mais de um espa€o fiscal.

2 - Relativamente „ situa€‚o prevista no n‹mero anterior, quando se verifiquem desvios na afecta€‚o das componentes positivas e negativas do lucro
tributƒvel entre as actividades sujeitas a regimes fiscais diferenciados, pode a Direc€‚o-Geral dos Impostos proceder „s correc€…es que sejam necessƒrias
para eliminar aqueles desvios.

Despacho da DGCI, de 17.01.2004, Proc 771/2002


Procedimento de aplicaƒ„o das normas antiabuso consagradas no C‚digo do IRC - informaƒ„o vinculativa

Do espectro de medidas antiabuso consagradas no CŒdigo do IRC, apenas estƒ sujeita ao procedimento a que se refere o artigo 63.Ž do CŒdigo de
Procedimento e de Processo Tributƒrio a prevista no n.Ž 10 do artigo 67.Ž.

N‚o • de aplicar tal procedimento a outras disposi€…es que n‚o re‹nam as caracter†sticas estabelecidas no n.Ž 2 do citado artigo 63.Ž do CŒdigo de
Procedimento e de Processo Tributƒrio, designadamente „s medidas constantes dos artigos 58.Ž, 59.Ž, 60.Ž e 61.Ž do CŒdigo do IRC, jƒ que as mesmas n‚o
sŒ n‚o se ajustam „ delimita€‚o conceitual acima referida como, tamb•m, cont•m elas mesmas, um procedimento tendencialmente completo em que os
direitos e garantias dos contribuintes se encontram plenamente assegurados

EXEMPLO:

A sociedade A, Lda, com sede em Lisboa adquiriu „ sociedade B, Lda, com sede no Brasil, uma mƒquina por valores considerados claramente acima dos
pre€os de mercado. A sociedade A • sŒcia maioritƒria de B.

Tratamento fiscal: acresce no CAMPO 251 do Quadro 07, o valor considerado acima do pre€o de mercado.

Campo 252
Pagamentos a entidades n„o residentes sujeitas a regime fiscal privilegiado
Dentro das medidas anti-abuso, o art. 59.ˆ, tenta controlar a deslocaliza€•o de rendimentos para pa…ses com regime fiscal claramente mais favorƒvel, os

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chamados “para…sos fiscais”, estabelecendo que n•o s•o dedut…veis para efeitos da determina€•o do lucro tributƒvel as importŒncias pagas ou devidas, a
qualquer t…tulo, a pessoas singulares ou colectivas residentes fora do territ‚rio portugu„s e a… submetidas a um regime fiscal claramente mais favorƒvel,
salvo se o sujeito passivo provar, conforme dispŠe o nˆ 1 do artigo, que:

 Correspondem a opera€Šes efectivamente realizadas

 N•o t„m um carƒcter anormal

 N•o s•o de montante exagerado

No n.ˆ 2 daquele artigo est•o definidas as circunstŒncias para que uma sociedade seja considerada como submetida a um regime fiscal mais favorƒvel,
estabelecendo para o efeito:

 que o territ‚rio da resid„ncia da sociedade conste da lista aprovada por Portaria do Ministro das Finan€as (Portaria 150/2004, de 13.02),

ou

 n•o seja a… tributada em imposto sobre o rendimento,

ou ainda

 que o imposto pago relativamente ‹s importŒncias devidas ou pagas seja igual ou inferior a 60% do imposto que seria devido se a entidade fosse
considerada residente em territ‚rio portugu„s.

Nos termos do nˆ 3, os sujeitos passivos devem ainda:

 possuir os cƒlculos efectuados para o apuramento do imposto que seria devido se a entidade fosse residente em territ‚rio portugu„s, caso n•o
conste da Portaria acima referida .

Nos termos do nˆ 4, devem os sujeitos passivos comprovar que as condi€Šes exigidas no nˆ 1 do citado artigo se verificam. Trata-se de uma situa€•o de
invers•o do ‚nus da prova, a qual deve ser apresentada ap‚s notifica€•o do sujeito passivo, efectuada com a anteced„ncia m…nima de 30 dias.

Quando o sujeito passivo n•o comprovar as tr„s condi€Šes exigidas na lei estas despesas al‡m de n•o serem dedut…veis, para efeitos de determina€•o do
lucro tributƒvel s•o consideradas despesas confidenciais e est•o sujeitas a tributa€•o aut‚noma ‹ taxa de:

221
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 35%, quando sejam efectuadas por sujeitos passivos que exer€am a t…tulo principal uma actividade comercial, industrial ou agr…cola (art. 81ˆ nˆ 8);

 55%, quando sejam efectuadas por sujeitos passivos total ou parcialmente isentos ou que n•o exer€am a t…tulo principal uma actividade comercial,
industrial ou agr…cola (art. 81ˆ nˆ 8);

Sendo ainda sujeitas a reten€•o na fonte ‹ taxa de 15% a t…tulo definitivo.

Artigo 59.€
Pagamentos a entidades n„o residentes sujeitas a um regime fiscal privilegiado

1 - N‚o s‚o dedut†veis para efeitos de determina€‚o do lucro tributƒvel as import’ncias pagas ou devidas, a qualquer t†tulo, a pessoas singulares ou
colectivas residentes fora do territŒrio portugu•s e a† submetidas a um regime fiscal claramente mais favorƒvel, salvo se o sujeito passivo puder provar que
tais encargos correspondem a opera€…es efectivamente realizadas e n‚o t•m um carƒcter anormal ou um montante exagerado.

2 - Considera-se que uma pessoa singular ou colectiva estƒ submetida a um regime fiscal claramente mais favorƒvel quando o territŒrio de resid•ncia da
mesma constar da lista aprovada por portaria do Ministro das Finan€as ou quando aquela a† n‚o for tributada em imposto sobre o rendimento id•ntico ou
anƒlogo ao IRS ou ao IRC, ou quando, relativamente „s import’ncias pagas ou devidas mencionadas no n‹mero anterior, o montante de imposto pago for
igual ou inferior a 60% do imposto que seria devido se a referida entidade fosse considerada residente em territŒrio portugu•s.

3 - Para efeitos do disposto no n‹mero anterior, os sujeitos passivos devem possuir e, quando solicitado pela Direc€‚o-Geral dos Impostos, fornecer os
elementos comprovativos do imposto pago pela entidade n‚o residente e dos cƒlculos efectuados para o apuramento do imposto que seria devido se a
entidade fosse residente em territŒrio portugu•s, nos casos em que o territŒrio de resid•ncia da mesma n‚o conste da lista aprovada por portaria do
Ministro das Finan€as.

4 - A prova a que se refere o n.Ž 1 deve ter lugar apŒs notifica€‚o do sujeito passivo, efectuada com a anteced•ncia m†nima de 30 dias.

Artigo 81.€

8 - S‚o sujeitas ao regime dos nŽs 1 ou 2, consoante os casos, sendo as taxas aplicƒveis, respectivamente, 35% ou 55%, as despesas correspondentes a
import’ncias pagas ou devidas, a qualquer t†tulo, a pessoas singulares ou colectivas residentes fora do territŒrio portugu•s e a† submetidas a um regime
fiscal claramente mais favorƒvel, tal como definido nos termos do CŒdigo, salvo se o sujeito passivo puder provar que tais encargos correspondem a
opera€…es efectivamente realizadas e n‚o t•m um carƒcter anormal ou um montante exagerado.

222
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Campo 253
Imputaƒ„o de lucros de sociedades n„o residentes sujeitas a regime fiscal privilegiado
O regime institu…do pelo artigo 60.ˆ tem como objectivo obstar ‹ utiliza€•o de filiais em para…sos fiscais para nelas concentrar rendimentos, evitando a sua
tributa€•o no estado de resid„ncia da sociedade m•e, determina que essas filiais est•o de certo modo sujeitas a um regime de “transpar„ncia fiscal”,
imputando aos s‚cios residentes em territ‚rio portugu„s, na propor€•o da respectiva participa€•o no capital social e independentemente da sua distribui€•o,
os lucros obtidos por sociedades residentes fora desse territ‚rio e a… submetidas a um regime fiscal mais favorƒvel.

Constitui pressuposto para aplicaۥo desta medida:

• A sociedade residente deter pelo menos 25% do capital social da “offshore”;

ou

• O capital da n•o residente seja detido em mais de 50% por residentes, representando cada uma pelo menos 10%.

Havendo distribui€•o de lucros, o s‚cio pode deduzir na base tributƒvel relativa ao exerc…cio em que estes rendimentos s•o obtidos, os valores que prove jƒ
terem sido imputados, at‡ ‹ sua ocorr„ncia, n•o obstante ter direito ao cr‡dito por dupla tributa€•o internacional.

Ou seja:

ELIMINA‰ŠO DA DUPLA TRIBUTA‰ŠO:

Lucro imputado => acresce no campo 253

Lucro distribu…do => deduz no campo 237

No Œmbito das obriga€Šes declarativas o processo de documenta€•o fiscal deverƒ integrar:

• Contas aprovadas pelos ‚rg•os sociais das sociedades n•o residentes

• Cadeia de participa€Šes

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• Demonstra€•o do cƒlculo da taxa efectiva de tributa€•o da sociedade n•o residente

Artigo 60.€
Imputaƒ„o de lucros de sociedades n„o residentes sujeitas a um regime fiscal privilegiado

1 - S‚o imputados aos sŒcios residentes em territŒrio portugu•s, na propor€‚o da sua participa€‚o social e independentemente de distribui€‚o, os lucros
obtidos por sociedades residentes fora desse territŒrio e a† submetidos a um regime fiscal claramente mais favorƒvel, desde que o sŒcio detenha, directa ou
indirectamente, uma participa€‚o social de, pelo menos, 25%, ou, no caso de a sociedade n‚o residente ser detida, directa ou indirectamente, em mais de
50%, por sŒcios residentes, uma participa€‚o social de, pelo menos, 10%.

2 - A imputa€‚o a que se refere o n‹mero anterior • feita na base tributƒvel relativa ao exerc†cio que integrar o termo do per†odo de tributa€‚o da sociedade
n‚o residente e corresponde ao lucro obtido por esta, depois de deduzido o imposto sobre o rendimento incidente sobre esses lucros, a que houver lugar de
acordo com o regime fiscal aplicƒvel no Estado de resid•ncia dessa sociedade.

3 - Para efeitos do disposto no n.Ž 1, considera-se que uma sociedade estƒ submetida a um regime fiscal claramente mais favorƒvel quando o territŒrio de
resid•ncia da mesma constar da lista aprovada por portaria do Ministro das Finan€as ou quando aquela a† n‚o for tributada em imposto sobre o rendimento
id•ntico ou anƒlogo ao IRC ou ainda quando o imposto efectivamente pago seja igual ou inferior a 60% do IRC que seria devido se a sociedade fosse
residente em territŒrio portugu•s.

4 - Excluem-se do disposto no n.Ž 1 as sociedades residentes fora do territŒrio portugu•s quando se verifiquem cumulativamente as seguintes condi€…es:

a) Os respectivos lucros provenham em, pelo menos, 75% do exerc†cio de uma actividade agr†cola ou industrial no territŒrio onde est‚o situadas ou do
exerc†cio de uma actividade comercial que n‚o tenha como intervenientes residentes em territŒrio portugu•s ou, tendo-os, esteja dirigida
predominantemente ao mercado do territŒrio em que se situa;

b) A actividade principal da sociedade n‚o residente n‚o consista na realiza€‚o das seguintes opera€…es:

1) Opera€…es prŒprias da actividade bancƒria, mesmo que n‚o exercida por institui€…es de cr•dito;

2) Opera€…es relativas „ actividade seguradora, quando os respectivos rendimentos resultem predominantemente de seguros relativos a bens situados fora
do territŒrio de resid•ncia da sociedade ou de seguros respeitantes a pessoas que n‚o residam nesse territŒrio;

3) Opera€…es relativas a partes de capital ou outros valores mobiliƒrios, a direitos da propriedade intelectual ou industrial, „ presta€‚o de informa€…es

224
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respeitantes a uma experi•ncia adquirida no sector industrial, comercial ou cient†fico ou „ presta€‚o de assist•ncia t•cnica;

4) Loca€‚o de bens, excepto de bens imŒveis situados no territŒrio de resid•ncia.

5 - Quando ao sŒcio residente sejam distribu†dos lucros relativos „ sua participa€‚o em sociedade n‚o residente a que tenha sido aplicƒvel o disposto no n.Ž
1, s‚o deduzidos na base tributƒvel relativa ao exerc†cio em que esses rendimentos sejam obtidos, at• „ sua concorr•ncia, os valores que o sujeito passivo
prove que jƒ foram imputados para efeitos de determina€‚o do lucro tributƒvel de exerc†cios anteriores, sem preju†zo de aplica€‚o nesse exerc†cio do
cr•dito de imposto por dupla tributa€‚o internacional a que houver lugar, nos termos da al†nea b) do n.Ž 2 do artigo 83.Ž e do artigo 85.Ž

6 - A dedu€‚o que se refere na parte final do n‹mero anterior • feita at• „ concorr•ncia do montante de IRC apurado no exerc†cio de imputa€‚o dos lucros,
apŒs as dedu€…es mencionadas nas al†neas a) a d) do n.Ž 2 do artigo 83.Ž, podendo, quando n‚o seja poss†vel efectuar essa dedu€‚o por insufici•ncia de
colecta no exerc†cio em que os lucros foram obtidos, o remanescente ser deduzido at• ao fim dos cinco exerc†cios seguintes.

7 - Para efeitos do disposto no n.Ž 1, o sŒcio residente deve integrar no processo de documenta€‚o fiscal a que se refere o artigo 121.Ž os seguintes
elementos:

a) As contas devidamente aprovadas pelos Œrg‚os sociais competentes das sociedades n‚o residentes a que respeita o lucro a imputar;

b) A cadeia de participa€…es directas e indirectas existentes entre entidades residentes e a sociedade n‚o residente;

c) A demonstra€‚o do imposto pago pela sociedade n‚o residente e dos cƒlculos efectuados para a determina€‚o do IRC que seria devido se a sociedade
fosse residente em territŒrio portugu•s, nos casos em que o territŒrio de resid•ncia da mesma n‚o conste da lista aprovada por portaria do Ministro das
Finan€as.

8 - Quando o sŒcio residente em territŒrio portugu•s, que se encontre nas condi€…es do n.Ž 1, esteja sujeito a um regime especial de tributa€‚o, a
imputa€‚o que lhe seria efectuada, nos termos a† estabelecidos, • feita directamente „s primeiras entidades, que se encontrem na cadeia de participa€‚o,
residentes nesse territŒrio e sujeitas ao regime geral de tributa€‚o, independentemente da sua percentagem de participa€‚o efectiva no capital da
sociedade n‚o residente, sendo aplicƒvel o disposto nos n.Žs 2 e seguintes, com as necessƒrias adapta€…es.

Portaria 150/2004 de 13 de Fevereiro


Aprova a lista dos pa…ses, territ‚rios e regi†es com regimes de tributaƒ„o privilegiada, claramente mais favorŽveis

A luta contra a evas‚o e fraude internacionais passa tamb•m pela adop€‚o de medidas defensivas, tradicionalmente designadas por medidas antiabuso,
traduzidas em prƒticas restritivas no ’mbito dos impostos sobre o rendimento e sobre o patrimŒnio, benef†cios fiscais e imposto do selo, que t•m como alvo

225
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opera€…es realizadas com entidades localizadas em pa†ses, territŒrios ou regi…es qualificados como ”para†sos fiscais• ou sujeitos a regimes de tributa€‚o
privilegiada.

Tendo em conta as dificuldades em definir ”para†so fiscal• ou ”regime fiscal claramente mais favorƒvel•, o legislador nacional, na esteira das orienta€…es
seguidas por outros ordenamentos jur†dico-fiscais, optou, nuns casos, por raz…es de seguran€a jur†dica, pelo sistema de enumera€‚o casu†stica e, noutros,
por um sistema misto, estando, no entanto, ciente de que tais solu€…es obrigam a revis…es periŒdicas dos pa†ses, territŒrios ou regi…es que figuram na lista.

Assim:

Manda o Governo, pelo Secretƒrio de Estado dos Assuntos Fiscais, nos termos do n.Ž 2 do artigo 3.Ž do Decreto-Lei n.Ž 88/94, de 2 de Abril, o seguinte:

Para todos os efeitos previstos na lei, designadamente no n.Ž 3 do artigo 16.Ž do CŒdigo do IRS, no n.Ž 2 do artigo 59.Ž e no n.Ž 3 e na al†nea c) do n.Ž 7 do
artigo 60.Ž do CŒdigo do IRC, na al†nea b) do artigo 26.Ž, no n.Ž 7 do artigo 41.Ž e no n.Ž 8 do artigo 42.Ž do EBF, no n.Ž 3 do artigo 7.Ž do CŒdigo do Imposto
do Selo, no artigo 3.Ž do Decreto-Lei n.Ž 88/94, de 2 de Abril, no n.Ž 4 do artigo 2.Ž e no n.Ž 3 do artigo 4.Ž do Decreto-Lei n.Ž 219/2001, de 4 de Agosto, no
n.Ž 7 do artigo 9.Ž e no n.Ž 3 do artigo 112.Ž do CŒdigo do Imposto Municipal sobre ImŒveis (CIMI) e no n.Ž 4 do artigo 17.Ž do CŒdigo do Imposto Municipal
sobre as Transmiss…es Onerosas de ImŒveis (CIMT), a lista dos pa†ses, territŒrios e regi…es com regimes de tributa€‚o privilegiada, claramente mais
favorƒveis, • a seguinte:

Andorra; Guiana; Ilha de Pitcairn;


Anguilha; Honduras; Polin•sia Francesa;
Ant†gua e Barbuda; Hong Kong; Porto Rico;
Antilhas Holandesas; Jamaica; Quatar;
Aruba; Jord’nia; Ilhas Salom‚o;
Ascens‚o; Ilhas Keslim; Samoa Americana;
Bahamas; Ilha de Kiribati; Samoa Ocidental;
Bahrain; Koweit; Ilha de Santa Helena;
Barbados; Labuƒn; Santa L‹cia;
Belize; L†bano; S‚o CristŒv‚o e Nevis;
Ilhas Bermudas; Lib•ria; S‚o Marino;
Bol†via; Liechtenstein; Ilha de S‚o Pedro e Miguelon;

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Bol†via; Liechtenstein; Ilha de S‚o Pedro e Miguelon;
Brunei; Luxemburgo (1) S‚o Vicente e Grenadinas;
Ilhas do Canal Ilhas Maldivas; Seychelles;
Ilhas Cayman; Ilha de Man; Suazil’ndia;
Ilhas Cocos e Kelling; Ilhas Marianas do Norte; Ilhas Svalbard;
Chipre; Ilhas Marshall; Ilha de Tokelau;
Ilhas Cook; Maur†cias; Tonga;
Costa Rica; MŒnaco; Trinidad e Tobago;
Djibouti; Montserrat; Ilha Trist‚o da Cunha;
Dominica; Nauru; Ilhas Turks e Caicos;
Emiratos Šrabes Unidos; Ilhas Natal; Ilha Tuvalu;
Ilhas Falkland ou Malvinas; Ilha de Niue; Uruguai;
Ilhas Fiji; Ilha Norfolk; Rep‹blica de Vanuatu;
G’mbia; Sultanato de Oman; Ilhas Virgens Brit’nicas;
Grenada; Ilhas Pac†fico; Ilhas Virgens dos E.U.A.
Gibraltar; Ilhas Palau; Rep‹blica Šrabe do Y•men.
Ilha de Guam; 56) Panamƒ;

(1) - apenas no que respeita „s sociedades holding no sentido da legisla€‚o luxemburguesa que se rege pela Lei de 31 de Julho de 1929 e pela Decis‚o
Gr‚-Ducal de 17 de Dezembro de 1938;

Campo 254
Subcapitalizaƒ„o
No seio de grupos internacionais ‡ mais vantajoso para uma sociedade assegurar o seu financiamento por via de um empr‡stimo, contra…do junto de outra
empresa do grupo, do que por aumento do capital social, dado que os juros s•o encargos dedut…veis para determina€•o do lucro tributƒvel e est•o sujeitas a
taxas de reten€•o inferiores ‹s dos dividendos pagos.

227
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Por este efeito, o estado da fonte v„ as suas receitas diminu…rem, sendo que o artˆ 61ˆ tende a obstar a este tipo de evas•o fiscal instituindo que n•o s•o
dedut…veis, para efeitos de determina€•o do lucro tributƒvel, os juros decorrentes do endividamento considerado excessivo, contra…do junto das entidades
n•o residentes com as quais existam rela€Šes especiais, nos termos do n.ˆ 4 do art. 58.ˆ.

Conforme determina o n.ˆ 3 daquele artigo, o endividamento ‡ considerado excessivo se o valor das d…vidas mantidas com cada uma das entidades acima
referidas, com refer„ncia a qualquer data do per…odo de tributa€•o, for superior ao dobro do valor da correspondente participa€•o no capital pr‚prio do
sujeito passivo.

O nˆ 2 do art. 61ˆ, refere que ‡ equiparada ‹ exist„ncia de rela€Šes especiais, a situa€•o de endividamento do contribuinte para com um terceiro n•o
residente em que tenha havido presta€•o de aval ou garantia por parte de uma das entidades referidas no n.ˆ 4 do art. 58ˆ.

Esta regra n•o terƒ aplica€•o, quando o sujeito passivo demonstre, no prazo de 30 dias ap‚s o termo do per…odo de tributa€•o, nos termos do n.ˆ 6, que
podia ter obtido o mesmo n…vel de endividamento e em condi€Šes anƒlogas de uma entidade independente.

Artigo 61.€
Subcapitalizaƒ„o

1 - Quando o endividamento de um sujeito passivo para com entidade que n‚o seja residente em territŒrio portugu•s ou em outro Estado-membro da Uni‚o
Europeia com a qual existam rela€…es especiais, nos termos definidos no n.Ž 4 do artigo 58.Ž, com as devidas adapta€…es, for excessivo, os juros
suportados relativamente „ parte considerada em excesso n‚o s‚o dedut†veis para efeitos de determina€‚o do lucro tributƒvel.

2 - š equiparada „ exist•ncia de rela€…es especiais a situa€‚o de endividamento do sujeito passivo para com um terceiro que n‚o seja residente em
territŒrio portugu•s ou em outro Estado-membro da Uni‚o Europeia, em que tenha havido presta€‚o de aval ou garantia por parte de uma das entidades
referidas no n.Ž 4 do artigo 58.Ž.

3 - Existe excesso de endividamento quando o valor das d†vidas em rela€‚o a cada uma das entidades referidas nos n‹meros anteriores, com refer•ncia a
qualquer data do per†odo de tributa€‚o, seja superior ao dobro do valor da correspondente participa€‚o no capital prŒprio do sujeito passivo.

4 - Para o cƒlculo do endividamento s‚o consideradas todas as formas de cr•dito, em numerƒrio ou em esp•cie, qualquer que seja o tipo de remunera€‚o
acordada, concedido pela entidade com a qual existem rela€…es especiais, incluindo os cr•ditos resultantes de opera€…es comerciais quando decorridos
mais de seis meses apŒs a data do respectivo vencimento.

5 - Para o cƒlculo do capital prŒprio adiciona-se o capital social subscrito e realizado com as demais rubricas como tal qualificadas pela regulamenta€‚o

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contabil†stica em vigor, excepto as que traduzem mais-valias ou menos-valias potenciais ou latentes, designadamente as resultantes de reavalia€…es n‚o
autorizadas por diploma fiscal ou da aplica€‚o do m•todo da equival•ncia patrimonial.

6 - Com excep€‚o dos casos de endividamento perante entidade residente em pa†s, territŒrio ou regi‚o com regime fiscal claramente mais favorƒvel que
conste de lista aprovada por portaria do Ministro de Estado e das Finan€as, n‚o • aplicƒvel o disposto no n.Ž 1 se, encontrando-se excedido o coeficiente
estabelecido no n.Ž 3, o sujeito passivo demonstrar, tendo em conta o tipo de actividade, o sector em que se insere, a dimens‚o e outros crit•rios
pertinentes, e tomando em conta um perfil de risco da opera€‚o que n‚o pressuponha o envolvimento das entidades com as quais tem rela€…es especiais,
que podia ter obtido o mesmo n†vel de endividamento e em condi€…es anƒlogas de uma entidade independente. [Redac€‚o dada pela Lei n.Ž 60-A/2005, de
30 de Dezembro - OE]7 - A prova mencionada no n‹mero anterior deve integrar o processo de documenta€‚o fiscal a que se refere o artigo 121.Ž
[Redac€‚o dada pelo Decreto-Lei n.Ž 211/2005, de 7 de Dezembro]

Conceito de endividamento excessivo: quando as d…vidas em qualquer data do per…odo de tributa€•o sejam superiores ao dobro da percentagem do
capital pr‚prio do sujeito passivo.

Capital pr€prio: capital social subscrito e realizado, presta€Šes suplementares, reservas livres e resultados transitados

Despacho - Proc 1195/2005 de 2005-Dez-31

Princ…pio da n„o descriminaƒ„o - Subcapitalizaƒ„o

Uma vez que a ratio decidendi dos acŒrd‚os interpretativos do Tribunal de Justi€a das Comunidades Europeias produz efeitos obrigatŒrios em rela€‚o a
todos os tribunais nacionais e, indirectamente, em rela€‚o a todos os sujeitos de direito, com efeitos retroactivos ao momento da entrada em vigor da
norma comunitƒria (excepto quando o contrƒrio consta do prŒprio acŒrd‚o), temos que a norma do art.Ž 61.Ž do CŒdigo do IRC, tanto na redac€‚o actual,
como na redac€‚o anterior, deve ser interpretada „ luz do AcŒrd‚o de 12 de Dezembro de 2002 daquele tribunal (Processo C-324/00, LanKhorst-Hohorst).

Ou seja, o regime da subcapitaliza€‚o a que se refere o artigo 61.Ž do CŒdigo do IRC deve ser afastado no que concerne aos endividamentos para com
entidades residentes noutro Estados Membros da Uni‚o Europeia.

Assim, no que concerne aos factos ocorridos mesmo anteriores ao acŒrd‚o, deve prevalecer a disposi€‚o de direito comunitƒrio que pro†be a exist•ncia de
uma norma de subcapitaliza€‚o semelhante ao nosso anterior art.Ž 61.Ž do CŒdigo do IRC.

Os Servi€os n‚o devem, pois, efectuar correc€…es, nestas situa€…es, ainda que as mesmas digam respeito a exerc†cios anteriores „ data da altera€‚o
legislativa do artigo 61.Ž do CŒdigo do IRC.

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Relativamente aos casos que jƒ adquiriram estabilidade na ordem jur†dico-tributƒria, devem manter-se os efeitos jƒ produzidos anteriormente.

Quanto aos casos pendentes, como sejam as reclama€…es ou os recursos, nada obsta a que lhes seja aplicƒvel a jurisprud•ncia comunitƒria, no sentido do
afastamento do regime da subcapitaliza€‚o no caso de endividamento perante entidades residentes noutros estados da Uni‚o Europeia, ainda que
referentes a datas anteriores „ da altera€‚o legislativa.

A referida orienta€‚o n‚o prejudica, contudo, que as opera€…es entre entidades relacionadas sejam abrangidas pelas regras dos pre€os de transfer•ncia
estabelecidas pelo artigo 58.Ž do CŒdigo do IRC e pela Portaria n.Ž 1446-C/2001, de 21 de Dezembro, sendo que, sem preju†zo do n.Ž 3 do artigo 13.Ž da
referida Portaria, cabe ao sujeito passivo manter, de forma organizada e no respectivo processo de documenta€‚o fiscal, os elementos aptos a comprovar
a adequa€‚o dos termos e condi€…es praticados.

Campo 255
Juros de suprimentos
Nos termos da al…nea j) do n.ˆ 1 do artigo 42.ˆ do CIRC, n•o s•o dedut…veis ao Lucro Tributƒvel os juros de suprimentos remunerados a uma taxa superior ‹
Euribor + 1,5%

Artigo 42.€ n.€ 1 al…nea j)

Os juros e outras formas de remunera€‚o de suprimentos e empr•stimos feitos pelos sŒcios „ sociedade, na parte em que excedam o valor correspondente
„ taxa de refer•ncia Euribor a 12 meses do dia da constitui€‚o da d†vida ou outra taxa definida por portaria do Ministro das Finan€as que utilize aquela taxa
como indexante.

Portaria 184/2002 de 4 de Marƒo

A al†nea j) do n.Ž 1 do artigo 42.Ž do CŒdigo do IRC estabelece que os juros e outras formas de remunera€‚o de suprimentos e empr•stimos feitos pelos
sŒcios „ sociedade, na parte em que excedam o valor correspondente „ taxa de refer•ncia EURIBOR a 12 meses do dia da constitui€‚o da d†vida, n‚o s‚o
dedut†veis para efeitos de determina€‚o do lucro tributƒvel, mesmo quando contabilizados como custos ou perdas do exerc†cio. De acordo com a redac€‚o
que lhe foi dada pela Lei n.Ž 85/2001, de 4 de Agosto, pode aquela taxa ser substitu†da por outra que a utilize como indexante, definida por portaria do
Ministro das Finan€as.

Define-se como valor limite da remunera€‚o de suprimentos e empr•stimos feitos pelos sŒcios „ sociedade a aceitar como custo o correspondente „ taxa
EURIBOR a 12 meses do dia da constitui€‚o da d†vida acrescida de um spread de 1,5%.

230
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Por outro lado, clarifica-se o ’mbito de aplica€‚o do preceito em causa, tendo em aten€‚o eventuais conflitos de normas, o que poderƒ verificar-se quanto
a situa€…es que, em concreto, fiquem simultaneamente abrangidas por esta disposi€‚o e pelas regras aplicƒveis aos pre€os de transfer•ncia,
reafirmando-se a especialidade destas relativamente „quela.

Assim:

Manda o Governo, pelo Ministro das Finan€as, nos termos da al†nea j) do n.Ž 1 do artigo 42.Ž do CŒdigo do IRC, o seguinte:

1.Ž Para os efeitos previstos na al†nea j) do n.Ž 1 do artigo 42.Ž do CŒdigo do IRC, na redac€‚o que lhe foi dada pela Lei n.Ž 85/2001, de 4 de Agosto, •
fixado em 1,5% o spread a acrescer „ taxa EURIBOR a 12 meses do dia da constitui€‚o da d†vida.

2.Ž›s situa€…es a que seja aplicƒvel o regime estabelecido no artigo 58.Ž do CŒdigo do IRC e na Portaria n.Ž 1446-C/2001, de 21 de Dezembro, e ainda „s
abrangidas por normas convencionais relativas a pre€os de transfer•ncia n‚o • aplicƒvel o disposto na al†nea j) do n.Ž 1 do artigo 42.Ž do CŒdigo do IRC.

Campo 256
Despesas de combust…veis
N•o s•o dedut…veis ao Lucro Tributƒvel as despesas com combust…veis na parte em que n•o seja feita prova de respeitarem a viaturas pertencentes ao
activo do sujeito passivo ou utilizadas em regime de loca€•o e de que n•o foram ultrapassados os consumos normais.

Artigo 42.€ n.€ 1 al…nea i)

As despesas com combust†veis na parte em que o sujeito passivo n‚o fa€a prova de que as mesmas respeitam a bens pertencentes ao seu activo ou por
ele utilizadas em regime de loca€‚o e de que n‚o s‚o ultrapassados os consumos normais

Campo 257
Diferenƒa positiva entre o valor patrimonial tributŽrio definitivo do im‚vel e o valor constante do contrato
Os alienantes e adquirentes de direitos reais sobre bens im‚veis devem adoptar, para efeitos de determina€•o do lucro tributƒvel nos termos do presente
c‚digo, valores normais de mercado que n•o poder•o ser inferiores aos valores patrimoniais tributƒrios que serviram de base ‹ liquida€•o do imposto
municipal sobre as transmissŠes onerosas de im‚veis (IMT) ou que serviriam, no caso de n•o haver lugar ‹ liquida€•o deste imposto.

231
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Sempre que, o valor constante do contrato seja inferior ao valor patrimonial ‡ este que deve ser considerado para efeitos de determina€•o do lucro
tributƒvel.

Assim:

 O alienante deve efectuar um ajustamento na declara€•o Modelo 22 do exerc…cio em que se verificou o proveito decorrente da transmiss•o do
im‚vel, correspondente ‹ diferen€a entre o valor patrimonial tributƒrio definitivo e o valor constante do contrato;

 O adquirente deve registar o im‚vel pelo valor patrimonial e efectuar as amortiza€Šes sobre esse valor.

Se o valor patrimonial n•o estiver determinado at‡ ao final do prazo estabelecido para entrega da declara€•o, terƒ de ser entregue uma declara€•o de
substitui€•o, durante o m„s de Janeiro do ano seguinte ‹quele em que os valores patrimoniais se tornaram definitivos.

Pode a DGCI proceder a correc€Šes sempre que disponha de elementos comprovativos de que o valor de transmiss•o foi superior ao valor patrimonial.

Artigo 58.€-A
Correcƒ†es ao valor de transmiss„o de direitos reais sobre bens im‚veis

1 - Os alienantes e adquirentes de direitos reais sobre bens imŒveis devem adoptar, para efeitos da determina€‚o do lucro tributƒvel nos termos do
presente CŒdigo, valores normais de mercado que n‚o poder‚o ser inferiores aos valores patrimoniais tributƒrios definitivos que serviram de base „
liquida€‚o do imposto municipal sobre as transmiss…es onerosas de imŒveis (IMT) ou que serviriam no caso de n‚o haver lugar „ liquida€‚o deste imposto.

2 - Sempre que, nas transmiss…es onerosas previstas no n‹mero anterior, o valor constante do contrato seja inferior ao valor patrimonial tributƒrio definitivo
do imŒvel, • este o valor a considerar pelo alienante e adquirente, para determina€‚o do lucro tributƒvel.

3 - Para aplica€‚o do disposto no n‹mero anterior:

a) O sujeito passivo alienante deve efectuar uma correc€‚o, na declara€‚o de rendimentos do exerc†cio a que • imputƒvel o proveito obtido com a
opera€‚o de transmiss‚o, correspondente „ diferen€a positiva entre o valor patrimonial tributƒrio definitivo do imŒvel e o valor constante do contrato;

b) O sujeito passivo adquirente, desde que registe contabilisticamente o imŒvel pelo seu valor patrimonial tributƒrio definitivo, deve tomar tal valor para a
base de cƒlculo das reintegra€…es e para a determina€‚o de qualquer resultado tributƒvel em IRC relativamente ao mesmo imŒvel.

4 - Se o valor patrimonial tributƒrio definitivo do imŒvel n‚o estiver determinado at• ao final do prazo estabelecido para a entrega da declara€‚o do

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exerc†cio a que respeita a transmiss‚o, os sujeitos passivos devem entregar a declara€‚o de substitui€‚o durante o m•s de Janeiro do ano seguinte „quele
em que os valores patrimoniais tributƒrios se tornaram definitivos.

5 - Relativamente ao adquirente, o disposto no n‹mero anterior n‚o • aplicƒvel quando se trate de correc€‚o ao valor das reintegra€…es do imŒvel, caso em
que as relativas a exerc†cios anteriores ser‚o consideradas como custo do exerc†cio em que o valor patrimonial tributƒrio se tornar definitivo.

6 - O disposto no presente artigo n‚o afasta a possibilidade de a Direc€‚o-Geral dos Impostos proceder, nos termos previstos na lei, a correc€…es ao lucro
tributƒvel sempre que disponha de elementos que comprovem que o pre€o efectivamente praticado na transmiss‚o foi superior ao valor considerado

Exemplo

O sujeito passivo “Vende ImŒvel, Lda” alienou um bem imŒvel em Junho de 2008, por € 650.000.

Em Novembro de 2008, foi notificado do valor patrimonial tributƒrio definitivo do imŒvel: € 700.000.

Correc€‚o a efectuar no Quadro 07 da declara€‚o modelo 22 do exerc†cio de 2008: € 50.000 (ajustamento positivo).

Of.Circulado n.€: 20136 2009-03-11


TRANSMISSŠO ONEROSA DE BENS IM–VEIS - ARTIGOS 58.€-A E 129.€ DO C–DIGO DOIRC

Tendo sido suscitadas d‹vidas sobre algumas quest…es respeitantes „ correc€‚o ao valor da transmiss‚o onerosa de direitos reais sobre bens imŒveis,
prevista no artigo 58.Ž-A do CŒdigo do Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC), bem como „ prova do pre€o efectivo dessas
transmiss…es, efectuada atrav•s do procedimento regulado nos artigos 91.Ž e 92.Ž da Lei Geral Tributƒria (LGT), aplicƒvel, com as necessƒrias adapta€…es,
por for€a da remiss‚o legal prevista no n.Ž 5 do artigo 129.Ž do CŒdigo do IRC, foi, por despacho de 6 de Mar€o de 2009, do substituto legal do Director –
Geral, sancionado o seguinte entendimento:

1. Nas transmiss…es onerosas de direitos reais sobre bens imŒveis, sempre que o valor constante do contrato seja inferior ao valor patrimonial tributƒrio
definitivo do imŒvel que serviu de base „ liquida€‚o do imposto municipal sobre as transmiss…es onerosas de imŒveis (IMT), • este o valor a considerar
tanto pelo alienante, como pelo adquirente.

2. Neste sentido, o sujeito passivo alienante:

i. Sempre que o valor patrimonial tributƒrio definitivo seja determinado at• ao final do prazo estabelecido para a entrega da Declara€‚o Modelo 22 relativa
ao exerc†cio em que se considera realizado o proveito obtido com a opera€‚o de transmiss‚o, deve efectuar uma correc€‚o no Quadro 07 dessa mesma

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declara€‚o [cf. al†nea a) do n.Ž 3 do artigo 58.Ž-A do CŒdigo do IRC];

ii. Quando o valor patrimonial tributƒrio definitivo n‚o esteja determinado at• ao final do prazo estabelecido para entrega da Declara€‚o Modelo 22 relativa
ao exerc†cio em que se considera realizado o proveito resultante da opera€‚o, deve apresentar a declara€‚o de substitui€‚o durante o m•s de Janeiro do
ano seguinte „quele em que os valores patrimoniais tributƒrios se tornaram definitivos (cf. n.Ž 4 do mesmo artigo).

3. Se, por•m, nos termos do artigo 129.Ž do CŒdigo do IRC, o sujeito passivo alienante pretender fazer prova de que o pre€o efectivamente praticado nas
transmiss…es de direitos reais sobre bens imŒveis foi inferior ao valor patrimonial tributƒrio que serviu de base „ liquida€‚o do IMT, n‚o deve efectuar as
correc€…es acima indicadas, pois o pedido de abertura de procedimento de produ€‚o de prova do pre€o efectivo tem efeito suspensivo da liquida€‚o, na
parte correspondente ao valor do ajustamento referido no n.Ž 2 do artigo 58.Ž-A.

4. O efeito suspensivo da liquida€‚o decorrente do procedimento a que alude o n.Ž 3 do artigo 129.Ž do CŒdigo do IRC dispensa, pois, o sujeito passivo da
inscri€‚o do montante do ajustamento no Quadro 07 da Declara€‚o Modelo 22 bem como de apresentar, sendo caso disso, a declara€‚o de substitui€‚o
destinada a corrigir o valor – fiscalmente considerado – da transmiss‚o.

5. Concomitantemente, o adquirente deve abster-se, tamb•m, de alterar o valor pelo qual registou o imŒvel e bem assim de influenciar os resultados que
tenham origem nesse activo.

6. Perante a relev’ncia que o valor patrimonial tributƒrio definitivo do imŒvel, que serviu de base „ liquida€‚o do IMT, pode assumir para a defini€‚o da
situa€‚o tributƒria tanto do alienante como do adquirente e cabendo ao primeiro a iniciativa de desencadear o procedimento previsto no artigo 129.Ž do
CŒdigo do IRC, a Direc€‚o de Finan€as, apŒs a recep€‚o do requerimento por este apresentado, deve dar conhecimento do facto ao adquirente, atrav•s de
uma comunica€‚o, efectuada num prazo n‚o superior a 30 dias.

7. Refira-se que, para efeitos de controlo da liquida€‚o, nomeadamente a sua suspens‚o na parte correspondente ao ajustamento referido no n.Ž 2 do artigo
58.Ž-A do CŒdigo do IRC, foi inclu†do na Declara€‚o Modelo 22 um campo (Campo 416 do Quadro 11), onde o sujeito passivo alienante deve inscrever o
montante do ajustamento nos casos em que tenha havido recurso ao procedimento a que refere o artigo 129.Ž do mesmo CŒdigo.

8. Todavia, a apresenta€‚o do requerimento a que se refere o artigo 129.Ž do CŒdigo do IRC deve ser comunicada, tamb•m, „s unidades org’nicas
legalmente incumbidas da inspec€‚o das entidades requerentes, para obstar a que seja efectuada qualquer liquida€‚o que contenda com o efeito
suspensivo do meio procedimental referido, designadamente nos casos em que o valor patrimonial tributƒrio definitivo n‚o esteja determinado at• ao final
do prazo estabelecido para entrega da Declara€‚o Modelo 22 referente ao exerc†cio em que se considera realizado o proveito relativo „ opera€‚o e em que
o sujeito passivo alienante, por recorrer ao mecanismo previsto no artigo 129.Ž do CŒdigo do IRC, fica desobrigado de proceder „ entrega da declara€‚o de
substitui€‚o.

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9. O procedimento de produ€‚o de prova do pre€o efectivamente praticado na transmiss‚o de imŒveis inicia-se, pois, com o pedido do sujeito passivo
dirigido ao Director de Finan€as competente, o qual deve ser apresentado no m•s de Janeiro do ano seguinte „quele em que ocorreram as transmiss…es,
caso o valor patrimonial tributƒrio jƒ se encontre definitivamente fixado. Prev•-se, assim, a entrega de um ‹nico requerimento relativamente a todas as
transmiss…es que tiveram lugar no ano anterior, desde que os imŒveis jƒ se encontrem avaliados.

No entanto, se nesse per†odo o valor patrimonial tributƒrio ainda n‚o estiver definitivamente fixado, o pedido deve ser efectuado nos 30 dias posteriores „
data em que a avalia€‚o se tornar definitiva.

10. O procedimento de produ€‚o de prova obedece, com as necessƒrias adapta€…es, ao estipulado para o procedimento relativo ao pedido de revis‚o da
mat•ria colectƒvel consagrado nos artigos 91.Ž e 92.Ž da LGT, sendo igualmente aplicƒvel o disposto no n.Ž 4 do artigo 86.Ž da mesma lei.

11. A remiss‚o efectuada no n.Ž 5 do artigo 129.Ž do CŒdigo do IRC para o meio procedimental dos artigos 91.Ž e 92.Ž da LGT abrange a necessidade de
promo€‚o de uma reuni‚o de peritos com o propŒsito de obter um acordo sobre o pre€o efectivamente pago pelo adquirente dos bens imŒveis, baseado,
n‚o sŒ, nos elementos resultantes do acesso ao segredo bancƒrio, mas tamb•m do exame das condi€…es especiais ou normais de mercado que rodearam
a transmiss‚o.

12. A faculdade que a administra€‚o fiscal tem de aceder „ informa€‚o bancƒria do requerente e dos respectivos administradores ou gerentes do per†odo
em que ocorreu a transmiss‚o e do exerc†cio anterior • uma condi€‚o do procedimento. Por isso, com vista „ abertura do procedimento, devem os
interessados anexar ao requerimento os documentos de autoriza€‚o para a administra€‚o fiscal aceder n‚o apenas „s suas prŒprias contas bancƒrias,
como „s contas dos seus administradores e gerentes.

13. A ren‹ncia expressa ao segredo bancƒrio n‚o •, pois, uma faculdade a exercer discricionariamente pela Administra€‚o Fiscal apenas quando se
suscitem d‹vidas sobre a exist•ncia de condi€…es anormais do mercado que determinaram a fixa€‚o de um pre€o inferior ao valor patrimonial tributƒrio do
bem imŒvel transmitido.

14. Do acesso „s contas bancƒrias do requerente e seus administradores e gerentes n‚o resulta, no entanto, uma prova absoluta de que o pre€o
efectivamente praticado corresponde ao valor constante do contrato.

15. Nesse sentido, a prova de que o pre€o efectivo corresponde ao valor constante do contrato depende, pois, da justifica€‚o das condi€…es anormais de
mercado em que se realizou a transmiss‚o, de que resultou a fixa€‚o de um pre€o inferior ao valor patrimonial tributƒrio definitivo do bem imŒvel
transmitido e da ren‹ncia expressa do requerente e dos respectivos administradores ou gerentes „ tutela conferida pelo segredo bancƒrio. Estes requisitos
devem ser preenchidos cumulativamente.

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16. No procedimento em causa s‚o admiss†veis os meios de prova geralmente admitidos no procedimento de revis‚o da mat•ria colectƒvel fixada por
m•todos indirectos a que se referem as normas da LGT.

17. A norma do n.Ž 2 do artigo 129.Ž do CŒdigo do IRC tem carƒcter meramente exemplificativo, n‚o prejudicando a eventualidade de o sujeito passivo
provar, por outros meios, que o pre€o efectivamente praticado foi inferior ao valor patrimonial tributƒrio.

18. Entre os meios probatŒrios a utilizar, figuram: o requerimento do reclamante, os elementos resultantes do exerc†cio do direito de acesso „ sua
informa€‚o bancƒria e „ dos seus administradores e gerentes, os cƒlculos efectuados pelos peritos avaliadores na determina€‚o do valor patrimonial
definitivo do bem imŒvel transmitido, as propostas de zonamento e os relatŒrios dos peritos avaliadores que lhe serviram de base (se necessƒrio) e
quaisquer outros meios probatŒrios que se mostrem de interesse.

19. Cabe aos peritos, em debate contraditŒrio, pronunciarem-se sobre os elementos obtidos, para conclu†rem se o pre€o efectivamente praticado
corresponde ou n‚o ao valor constante do contrato.

20. N‚o • incompat†vel com a natureza do procedimento a que se refere o artigo 129.Ž a aplica€‚o do disposto no n.Ž 6 do artigo 92.Ž da Lei Geral
Tributƒria. Ou seja, na falta de acordo entre os peritos, o Director de Finan€as ou funcionƒrio a quem tiver delegado essa compet•ncia resolve, segundo o
seu prudente ju†zo, tendo em conta as posi€…es dos peritos.

21. A autua€‚o ‹nica prevista no n.Ž 15 do artigo 91.Ž da LGT corresponde „ instaura€‚o de um ‹nico procedimento por cada requerimento apresentado nos
termos do n.Ž 3 do artigo 129.Ž do CŒdigo do IRC, ainda que respeitante a mais de um imŒvel ou transmiss‚o.

22. ApŒs a decis‚o do procedimento no sentido de deferimento total ou parcial ou de indeferimento do pedido, a Direc€‚o de Finan€as deve notificƒ-la quer
ao alienante quer ao adquirente.

23. O sujeito passivo adquirente, na posse da decis‚o referida no n‹mero anterior, pode, ent‚o, optar pelo procedimento previsto na al†nea b) do n.Ž 3 e no
n.Ž 5, ambos do artigo 58.Ž-A do CŒdigo do IRC.

24. No que toca ao alienante, se a prova n‚o for aceite ou se o for, apenas, parcialmente, • promovida a correspondente correc€‚o da liquida€‚o, que •,
neste caso, da compet•ncia da Direc€‚o-Geral dos Impostos, para o que deve a competente Direc€‚o de Finan€as proceder „ emiss‚o de um documento
de correc€‚o.

25. O documento de correc€‚o que pode resultar do procedimento do artigo 129.Ž do CŒdigo do IRC reporta-se „ aplica€‚o de m•todos directos e n‚o de
m•todos indirectos.

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26. A remiss‚o efectuada no n.Ž 5 do artigo 129.Ž do CŒdigo do IRC para o disposto nos artigos 91.Ž e 92.Ž da LGT, com as necessƒrias adapta€…es, diz
respeito apenas „s normas procedimentais – e n‚o materiais – que regulam a aplica€‚o de m•todos indirectos.

27. O procedimento referido, bem como o valor que dele resultar provado, sŒ tem consequ•ncias no ’mbito do IRC, como resulta claramente das
especificidades contidas nos artigos 58.Ž-A e 129.Ž do CŒdigo respectivo, n‚o produzindo quaisquer efeitos em sede de Imposto Municipal sobre ImŒveis
(IMI) ou IMT.

28. Por outro lado, tamb•m a impugna€‚o do acto de fixa€‚o do valor patrimonial tributƒrio prevista no CŒdigo do IMI n‚o tem efeito suspensivo quanto „
liquida€‚o do IRC nem suspende o prazo do pedido de produ€‚o de prova.

29. Por sua vez, o pedido de abertura do procedimento • condi€‚o pr•via de impugna€‚o judicial contra a liquida€‚o do IRC relativo „ transmiss‚o de
imŒveis cujo lucro tributƒvel tenha sido objecto de correc€‚o nos termos do artigo 58.Ž-A do CŒdigo do IRC ou, se n‚o houver lugar a liquida€‚o, do lucro
tributƒvel previsto no mesmo preceito legal, n‚o havendo lugar a reclama€‚o graciosa.

FICHA DOUTRIN•RIA
Correcƒ†es ao valor de transmiss„o de direitos reais sobre bens im‚veis: efeitos no adquirente

Processo: 1068/05, com despacho concordante do Sr. Director-Geral dos Impostos, de 3 de Junho de 2005

Conte‹do: O carƒcter excepcional das correc€…es a que alude o n.Ž 3 do art. 58.Ž-A do CIRC e das inerentes consequ•ncias na esfera contabil†stica
justificou que fosse conferida, nos termos do art. 129.Ž do mesmo CŒdigo, a possibilidade de os sujeitos passivos apresentarem elementos que comprovem
que o valor registado na sua contabilidade •, no que toca ao alienante, o verdadeiro pre€o de venda, e, no que toca ao adquirente, o verdadeiro custo
histŒrico pelo qual, face aos crit•rios de valorimetria presentes nos pontos 5.3 - Exist•ncias e 5.4.- Imobiliza€…es do Plano Oficial de Contabilidade (POC), o
bem foi (ou devia ter sido) registado.

Se tal facto n‚o for contestado ou n‚o puder ser provado, e no que respeita ao sujeito passivo adquirente, a consequ•ncia a extrair • a da assun€‚o tƒcita
de que n‚o foi observado o princ†pio contabil†stico do custo histŒrico, segundo o qual a aquisi€‚o deveria ter sido registada pelo pre€o efectivamente
praticado pelo que as suas demonstra€…es financeiras pecam por n‚o reunirem todas as caracter†sticas qualitativas necessƒrias, como sejam a fiabilidade e
a neutralidade (vide pontos 4 - Princ†pios contabil†sticos e 3.2.- Caracter†sticas qualitativas do POC) e por n‚o reflectirem a imagem verdadeira e
apropriada da situa€‚o patrimonial e dos resultados.

Dados os condicionalismos a que a lei fiscal subordina a dedutibilidade dos custos ou perdas, incluindo os relativos „s amortiza€…es e reintegra€…es,
maxime art. 1.Ž, n.Ž 3 do Decreto-Regulamentar n.Ž 2/90, de 12 de Janeiro, e tendo igualmente em vista que os sujeitos passivos poder‚o pretender sanar a

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contabilidade, repondo o valor de aquisi€‚o efectivamente praticado na transac€‚o do imŒvel, a lei veio permitir que o mesmo valor possa ser contabilizado
pelo adquirente e a servir como base de cƒlculo das reintegra€…es e da determina€‚o de qualquer resultado tributƒvel relacionado com o imŒvel.

Para tanto, no caso de existir uma diferen€a positiva entre aquele valor e o valor constante do contrato, para al•m de se obrigar o sujeito passivo alienante
a proceder „ respectiva correc€‚o na declara€‚o de rendimentos relativa ao exerc†cio em que • imputƒvel o proveito associado „ transmiss‚o do imŒvel,
permite-se ao sujeito passivo adquirente optar ou n‚o por registar o imŒvel pelo valor patrimonial tributƒrio definitivo.

Este registo •, todavia, condi€‚o legalmente indispensƒvel se o sujeito passivo adquirente pretender tomar o valor patrimonial tributƒrio definitivo como
base para efeitos de apuramento do custo da mercadoria vendida - no caso de o bem ter sido adquirido para revenda -, ou para cƒlculo das reintegra€…es e
de uma posterior mais-valia ou menos-valia, se o bem tiver sido integrado no imobilizado.

No que se refere ao tratamento fiscal no adquirente - do acr•scimo de valor dos bens imŒveis resultante da aplica€‚o de regras de avalia€‚o fiscais,
refira-se que tal acr•scimo determina um aumento no valor dos elementos do activo (mat•ria-prima, mercadoria, imobilizado corpŒreo ou imobilizado
financeiro), dando lugar „ concomitante inscri€‚o de igual montante numa rubrica do capital prŒprio.

Tudo se reconduz, pois, ao efeito de uma reavalia€‚o de elementos do activo para um valor patrimonial resultante da aplica€‚o de regras fiscais, devendo
por isso ter id•ntico tratamento fiscal com a subsun€‚o dessa varia€‚o patrimonial positiva ao disposto na ‹ltima parte da al†nea b) do n.Ž 1 do artigo 21.Ž
do CIRC, o que vale por dizer que n‚o influencia o lucro tributƒvel do exerc†cio em que se manifestar na contabilidade.

E como qualquer varia€‚o patrimonial resultante de uma reavalia€‚o, poderƒ a mesma vir a ser utilizada, apŒs considerada realizada, nomeadamente para
incorpora€‚o no capital social.

Campo 258
Import“ncias constantes de documentos emitidos por sujeitos passivos com NIF inexistente ou invŽlido
Tendo em vista o combate ‹ fraude e evas•o fiscais, a norma prevista na al…nea b) do n.ˆ 1 do art. 42.ˆrefere de forma taxativa a n•o relevŒncia fiscal, em
sede do adquirente, de documentos emitidos por fornecedores ou prestadores de servi€os n•o reconhecidos pela administra€•o fiscal.

Artigo 42.€
Encargos n„o dedut…veis para efeitos fiscais

b) As import’ncias constantes de documentos emitidos por sujeitos passivos com n‹mero de identifica€‚o fiscal inexistente ou invƒlido ou por sujeitos
passivos cuja cessa€‚o de actividade tenha sido declarada oficiosamente nos termos do n.Ž 6 do artigo 8.Ž;

238
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Campo 259
Custos ou perdas suportados com transmiss„o onerosa de partes de capital
Com a altera€•o introduzida pela Lei n.ˆ 32-B/2002 de 30.12 o artigo 23ˆ cont‡m nos n†meros 5, 6 e 7 uma norma de natureza anti-abuso, a qual visa evitar
a transfer„ncia de resultados negativos, decorrentes da aliena€•o de partes de capital, para as sociedades sujeitas ao regime geral do IRC.

Assim, n•o s•o aceites como custo fiscal, os custos suportados com a transmiss•o onerosa de partes de capital, quando detidas pelo alienante por per…odo
inferior a 3 anos e desde que, as referidas partes de capital, tenham sido adquiridas a:

 entidades com as quais existam rela€Šes especiais ( nos termos do nˆ 4 do art. 58ˆ)

 entidades com domic…lio em pa…s, territ‚rio ou regi•o com um regime de tributa€•o claramente mais favorƒvel, constante da lista aprovada pelo
Ministro das Finan€as

 a entidades residentes em territ‚rio portugu„s sujeitas a um regime especial de tributa€•o

Tamb‡m n•o s•o aceites fiscalmente os custos suportados com a transmiss•o onerosa de partes de capital quando, a entidade alienante tenha resultado
de:

 transforma€•o, incluindo a modifica€•o do objecto social, de sociedade ‹ qual fosse aplicado um regime diverso relativamente a estes custos ou
perdas, e

 tenham decorrido menos de 3 anos entre a data da verifica€•o desse facto e a data da transmiss•o.

Por fim n•o s•o aceites como custo fiscal os suportados com a transmiss•o onerosa de partes de capital e desde que a entidade adquirente seja:

 Entidades com as quais existam rela€Šes especiais ( nos termos do nˆ 4 do artˆ 58ˆ);

 Entidades com domic…lio em pa…s, territ‚rio ou regi•o com um regime de tributa€•o claramente mais favorƒvel, constante da lista aprovada pelo
Ministro das Finan€as;

 a entidades residentes em territ‚rio portugu„s sujeitas a um regime especial de tributa€•o.

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Campo 270
Ajustamento dos valores de activos dedut…veis ou para alˆm dos limites legais
A publica€•o do DL 35/2005, de 17 de Fevereiro, o qual transpŠe para a ordem interna a Directiva 2003/51/CE, que por sua vez altera as directivas relativas
‹s contas anuais e ‹s contas consolidadas de certas formas de sociedades, bancos e outras institui€Šes financeiras e empresas de seguros, e visa
assegurar a coer„ncia entre a legisla€•o contabil…stica comunitƒria e as Normas Internacionais de Contabilidade – foi alterado o POC, nomeadamente o seu
nˆ 2.9 do cap…tulo 2 e aditado ao mesmo o nˆ 2.12, pelo que relativamente ‹s provisŠes estas passaram a designar-se:

 Ajustamentos de valores activos, se visam reconhecer as diferen€as entre quantias registadas a custo hist‚rico e as quantias decorrentes da
avalia€•o a pre€os de mercado, se inferior.

 ProvisŠes, se t„m por objecto reconhecer as responsabilidades cuja natureza esteja claramente definida e que ‹ data do balan€o sejam de
ocorr„ncia provƒvel ou certa, mas incertas quanto ao seu valor ou data de ocorr„ncia.

Dever•o ser inscritas neste campo as, n•o dedut…veis ou para al‡m dos limites legais.

EXEMPLO

A conta 218 – Clientes de cobran€a duvidosa da sociedade “N‚o me Pagam, SA” subdivide-se do seguinte modo, „ data de 2008/12/31:

Cliente Saldo Mora Provis‚o const. em 2007


Cliente A € 40.000,00 12 meses € 20.000,00
Cliente B € 20.000,00 5 meses € 20.000,00
Cliente C € 5.000,00 14 meses € 1.250,00

Sabe-se que:

• O cliente A • tamb•m membro do Conselho Fiscal da empresa;

• O cr•dito do cliente B foi reclamado judicialmente em 2008;

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• O cliente C estƒ em d†vida hƒ 14 meses, embora se tenha diligenciado cobrar o respectivo valor. Em 2007 fora jƒ constitu†da uma provis‚o de €
1.250,00, que foi acrescida no Q. 07 da modelo 22.

Enquadramento fiscal:

• Provis‚o s/ cliente A - acresce na totalidade no Q. 07;

• Provis‚o s/ cliente B - aceite na totalidade;

• Provis‚o s/ cliente C - considerando que o valor de € 1.250,00 foi acrescido em 2006 e que fiscalmente pode ser aceite at• 50% da d†vida em
mora, deduz no campo 237 do Q. 07 os € 1.250,00

Campo 271
Impostos diferidos
Sempre que tenham sido contabilizados impostos diferidos, ao abrigo da Directriz Contabil…stica nˆ 28, dever•o ser utilizados os campos 271 e 273,
respectivamente.

MAIS-VALIAS
‘ pedida a discrimina€•o das mais-valias fiscais em quatro campos diferentes:

Campo 216 Mais-valias sem inten€‚o de reinvestimento (artigo 43Ž do CIRC)


Campo 274 Mais-valias com inten€‚o expressa de reinvestimento (artigo 45Ž do CIRC)
Campo 275 Acr•scimos por n‚o reinvestimento (artigo 45Ž nŽ 6)
Campo 276 Regime transitŒrio (nŽ 7 do artigo 7Ž da Lei nŽ 30-G/2000, de 29 de Dezembro e artigo 32Ž nŽ 8 da Lei nŽ 109-B/2001, de 27 de Dezembro)

Campo 216
Mais-Valias Fiscais sem intenƒ„o expressa de reinvestimento

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O art. 43.ˆ dƒ-nos o conceito de mais-valias e menos-valias fiscais, definindo como tais os ganhos obtidos voluntariamente ou as perdas sofridas
relativamente a elementos do activo imobilizado mediante transmiss•o onerosa, qualquer que seja o t…tulo por que se opere e, bem assim, num conceito
mais alargado, os derivados de sinistros e os resultantes da afecta€•o permanente dos mesmos elementos a fins alheios ‹ actividade exercida.

Trata-se de situa€Šes em que se consideram apenas as mais-valias e as menos-valias reais e n•o as mais-valias e as menos-valias potenciais ou latentes.

Ao alienar-se um elemento do activo imobilizado poderƒ resultar um ganho (mais-valia) ou uma perda (menos-valia) tendo em conta que a mais-valia ou a
menos-valia ‡ dada pela diferen€a entre o valor de realiza€•o l…quido dos encargos que lhe sejam inerentes e o valor de aquisi€•o deduzido das
amortiza€Šes praticadas sem preju…zo do disposto na parte final da al…nea a) do n.ˆ 5 do art. 29ˆ, conforme o disposto no n.ˆ 2 do art. 43.ˆ

Os coeficientes de desvalorizaۥo da moeda a aplicar aos bens alienados durante o ano 2008, constam da Portaria 362/2008 de 13 de Maio.

Portaria n.€ 362/2008 de 2008-Mai-13


Quadro de actualizaƒ„o dos coeficientes de desvalorizaƒ„o da moeda a que se referem os artigos 44.€ do CIRC e 50.€CIRS

Anos Coeficientes Anos Coeficientes


At• 1903 4209,48 1976 22,37
De 1904 a 1910 3918,52 1977 17,17
De 1911 a 1914 3758,31 1978 13,43
1915 3343,74 1979 10,6
1916 2736,88 1980 9,55
1917 2184,85 1981 7,81
1918 1558,82 1982 6,49
1919 1194,67 1983 5,18
1920 789,38 1984 4,02
1921 515,03 1985 3,36
1922 381,43 1986 3,04
1923 233,44 1987 2,79
1924 196,51 1988 2,52
242
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1924 196,51 1988 2,52
De 1925 a 1936 169,37 1989 2,26
De 1937 a 1939 164,47 1990 2,02
1940 138,4 1991 1,79
1941 122,92 1992 1,65
1942 106,13 1993 1,53
1943 90,37 1994 1,45
De 1944 a 1950 76,73 1995 1,4
De 1951 a 1957 70,37 1996 1,36
De 1958 a 1963 66,17 1997 1,34
1964 63,24 1998 1,3
1965 60,93 1999 1,28
1966 58,2 2000 1,25
De 1967 a 1969 54,44 2001 1,17
1970 50,41 2002 1,13
1971 47,98 2003 1,1
1972 44,85 2004 1,08
1973 40,78 2005 1,05
1974 31,27 2006 1,02
1975 26,72 2007 1

Portarias de coeficiente de actualiza€‚o monetƒrio:

243
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Campo 274
Mais-Valias Fiscais com intenƒ„o expressa de reinvestimento
Face ao disposto actualmente no art. 45.ˆ do CIRC, n•o concorre para o lucro tributƒvel do exerc…cio a que respeitar, metade da diferen€a positiva entre as
mais-valias e as menos valias realizadas desde que os valores de realiza€•o sejam reinvestidos nas condi€Šes previstas no referido art. 45.ˆ.

Deste modo, s‚ s•o de acrescer no campo 216 as mais-valias fiscais cujos valores de realiza€•o n•o haja inten€•o de reinvestir nas condi€Šes previstas no
artigo referido.

EXEMPLO

Mais-valias com inten€‚o expressa de reinvestimento (artigo 45Ž do CIRC)

Mais-valia fiscal obtida em 2004 (diferen€a positiva) = 1.000,00

Valor de realiza€‚o = 7.000,00

Inten€‚o de reinvestimento declarada = 7.000,00

Valores inclu†dos no lucro tributƒvel de 2004 = 500,00

O reinvestimento n‚o foi efectuado at• final do exerc†cio de 2006, nesta situa€‚o:

Valor a incluir em 2006: 575 (500 x 1,15) a indicar no campo 275

Campo 275
Acrˆscimos por n„o reinvestimento
244
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N•o sendo concretizado o reinvestimento at‡ ao fim do segundo exerc…cio seguinte ao da realiza€•o (terceiro exerc…cio seguinte, se respeitar a mais valias
apuradas em 2001), considerar-se-ƒ como proveito ou ganho desse exerc…cio a parte da mais-valia fiscal correspondente ao valor de realiza€•o n•o
reinvestido, ainda n•o inclu…da na base tributƒvel, majorado em 15%.

EXEMPLO

Mais-valias com inten€‚o expressa de reinvestimento (artigo 45.Ž do CIRC)

Mais-valia fiscal obtida em 2006 (diferen€a positiva) = 1.000,00

Valor de realiza€‚o = 12.000,00

Inten€‚o de reinvestimento declarada = 12.000,00

Valores inclu†dos no lucro tributƒvel de 2006 = 500,00

O reinvestimento foi efectuado parcialmente = 5.000,00

Valor a incluir em 2008: 7.000,00/12.000,00 X 500,00 X 1,15 = 335,42 a indicar no campo 275

Campo 276
Mais-Valias Fiscais – Regime Transit‚rio
Nos casos em que tenha sido aplicado, no exerc…cio de 2001, o regime previsto na Lei n.ˆ 30-G/2000, de 29 de Dezembro, (tributa€•o da diferen€a positiva
entre mais e menos valias, em 5 exerc…cios) a uma dada transmiss•o de bens do activo imobilizado corp‚reo, serƒ de acrescer no campo 216, 1/5 da
mesma.

No caso da transmiss•o de bens n•o reintegrƒveis, deverƒ aplicar-se ‹ diferen€a positiva entre mais e menos-valias realizadas antes de 2001/01/01, um dos
regimes transit‚rios previstos respectivamente, no n.ˆ 7 do artigo 7.ˆ da Lei n.ˆ 30-G/2000, de 29 Dezembro ou o do nˆ 8 do artˆ 32ˆ da Lei nˆ 109-B/2001, de
27 de Dezembro (OE para 2002).

Sobre estes regimes, recomenda-se a consulta ‹ circular nˆ 7/2002, de 2 de Abril e respectivos anexos com diversos exemplos ilustrativos.

245
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EXEMPLO

Uma sociedade reinvestiu em 1999, 10.000 em bens n‚o reintegrƒveis, estando associada a este reinvestimento uma mais-valia fiscal n‚o tributada de
2.000, realizada em 1998. Em 2002 vende por 9.000.

Cƒlculo da Mais-valia realizada em 2002:

MV = 9.000 - (10.000 - 2.000) X 1,07 = 9000 – 8560 = 440

Tributa€‚o da mais-valia fiscal:

• Mais-valia fiscal imputada, corrigida do coeficiente: 2.000 X 1,05 = 2.100;

• Menos-valia fiscal, caso n‚o existisse a mais-valia fiscal imputada = 440 – 2100 = -1.660;

• Logo, o valor a incluir no lucro tributƒvel, serƒ: 440 : 10 = 44, nos exerc†cios de 2002 a 2011, inclusive;

EXEMPLO

Regime transitŒrio (n.Ž 7 do artigo 7.Ž da Lei n.Ž 30-G/2000, de 29 de Dezembro e artigo 32.Ž n.Ž 8 da Lei n.Ž 109-B/2001, de 27 de Dezembro)

Bem n‚o reintegrƒvel

MV fiscal realizada em 1999: 2.000,00

Reinvestimento efectuado em 2000: 22.500,00

Aliena€‚o do bem objecto de reinvestimento em 2006: 23.000,00

MV fiscal = 23.000,00 – 22.500,00 = 500,00 (a tributar em 50% - acresce no campo 274)

MV diferida da tributa€‚o em 1999 = 2.000,00, a tributar em 10 exerc†cios (2006 a 2015, - 200,00 em cada ano - a acrescer no campo 276)

Esta mais-valia pode ser antecipadamente inclu†da na base tributƒvel de qualquer exerc†cio anterior a 2006, por 1.000,00, sem exig•ncia do novo
reinvestimento subsequente.

246
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Circular 7/2002 - Direcƒ„o de Serviƒos do IRC


2002-Abr-02

Tendo a interpreta€‚o do regime transitŒrio previsto no n.Ž 7 do artigo 7.Ž da Lei n.Ž 30-G/2000, de 29 de Dezembro, e nos n.Žs 8 e 9 do artigo 32.Ž da Lei n.Ž
109-B/2001, de 27 de Dezembro (Lei do OE para 2002) suscitado d‹vidas, divulgam-se os seguintes esclarecimentos:

Regime de tributaƒ„o das mais-valias realizadas

O tratamento, em sede de IRC, das mais-valias realizadas com a aliena€‚o dos bens do activo imobilizado, sempre que se verifique o reinvestimento dos
respectivos valores de realiza€‚o, tem vindo a sofrer sucessivas altera€…es desde a entrada em vigor do respectivo CŒdigo.

Assim, „ originƒria exclus‚o da tributa€‚o da diferen€a positiva entre as mais-valias e as menos-valias realizadas de bens do activo imobilizado sucedeu
um regime de diferimento da tributa€‚o dessa diferen€a, efectuando-se a tributa€‚o diferida pela via da reintegra€‚o fiscal dos bens objecto de
reinvestimento ou da determina€‚o da mais-valia fiscal relativamente aos mesmos.

A Lei n.Ž 30-G/2000 alterou o regime, consagrando um diferimento da tributa€‚o das mais-valias por 5 exerc†cios, desde que efectuado o reinvestimento
nas condi€…es estabelecidas no artigo 45.Ž do CŒdigo do IRC.

O referido regime foi novamente alterado pela Lei n.Ž 109-B/2001, passando o mesmo a consubstanciar-se numa exclus‚o parcial (50%) da tributa€‚o da
diferen€a positiva entre as mais-valias e as menos-valias realizadas.

A Lei n.Ž 30-G/2000 consagrou, no n.Ž 7 do artigo 7.Ž, um regime transitŒrio aplicƒvel „ diferen€a positiva entre as mais-valias e as menos-valias realizadas
antes de 1 de Janeiro de 2001, distinguindo consoante o reinvestimento se tenha concretizado ou venha a concretizar, no respectivo prazo legal, em bens
do activo imobilizado reintegrƒveis ou n‚o reintegrƒveis.

A Lei n.Ž 109-B/2001, que aprovou o OE para 2002, estabelece, no n.Ž 8 do artigo 32.Ž, relativamente „ parte da diferen€a positiva entre as mais-valias e as
menos-valias realizadas antes de 1 de Janeiro de 2001 e cujo reinvestimento se concretize em bens do activo imobilizado n‚o reintegrƒveis, um regime
transitŒrio diverso do previsto na Lei n.Ž 30-G/2000, com carƒcter optativo.

Simultaneamente, no n.Ž 9 do mesmo artigo, no que respeita „s mais-valias realizadas no exerc†cio de 2001, admite a possibilidade de os sujeitos passivos
optarem pelo regime de diferimento institu†do pela Lei n.Ž 30-G/2000 ou pelo novo regime de exclus‚o parcial da tributa€‚o.

Assim, importa distinguir as mais-valias realizadas antes de 1 de Janeiro de 2001 das realizadas no exerc†cio de 2001 e, relativamente „s primeiras,

247
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consoante o reinvestimento dos respectivos valores de realiza€‚o se tenha ou venha a ser concretizado em bens do activo imobilizado reintegrƒveis ou n‚o
reintegrƒveis.

1. DIFEREN‰A POSITIVA ENTRE AS MAIS-VALIAS E AS MENOS-VALIAS REALIZADAS ANTES DE 1 JANEIRO DE 2001

1.1. REINVESTIMENTO EM BENS REINTEGR•VEIS

Continuarƒ a aplicar-se o disposto nos artigos 42.Ž a 44.Ž (actuais artigos 43.Ž a 45.Ž) do CŒdigo do IRC, na redac€‚o anterior „ dada pela Lei n.Ž 30-G/2000,
at• „ realiza€‚o, inclusive, de mais-valias ou menos-valias relativas aos bens em que se tenha concretizado o reinvestimento dos valores de realiza€‚o
(vide exemplo n.Ž 1).

Assim:

a) As reintegra€…es fiscais devem continuar a ser calculadas com base no custo de aquisi€‚o ou de produ€‚o apŒs a dedu€‚o da parte da diferen€a positiva
entre as mais-valias e as menos-valias que lhe tiver sido imputada nos termos do n.Ž 6 do ent‚o artigo 44.Ž, da al†nea g) do n.Ž 1 do ent‚o artigo 32.Ž,
ambos do CŒdigo do IRC e, ainda, do artigo 21.Ž-A do Decreto-Regulamentar n.Ž 2/90, de 12 de Janeiro;

b) A respectiva mais-valia ou menos-valia fiscal que vier a ser realizada serƒ calculada nos termos do n.Ž 2 do ent‚o artigo 42.Ž (actual artigo 43.Ž) e do n.Ž
1 do ent‚o artigo 43.Ž (actual artigo 44.Ž), ambos do CŒdigo do IRC, ou seja, continuando a deduzir-se ao respectivo valor de aquisi€‚o quer a parte da
diferen€a positiva entre as mais-valias e as menos-valias anteriormente n‚o tributada e a ele imputada, nos termos da redac€‚o dos n.Žs 6 e 7 do ent‚o
artigo 44.Ž do CŒdigo do IRC, quer as reintegra€…es fiscais calculadas com base no custo de aquisi€‚o deduzido da diferen€a entre as mais-valias e as
menos-valias imputada.

Assim, ter-se-ƒ:

MVF = VR - (VA - MVImp - RF) x Coef em que,

MVF = Mais-valia fiscal

VR = Valor de realiza€‚o

VA = Valor de aquisi€‚o

MVImp = Mais-valia imputada nos termos do n.Ž 6 do ent‚o artigo 44.Ž do CIRC

248
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RF = Reintegra€…es praticadas, tendo em conta o disposto no n.Ž 6 do ent‚o artigo 44.Ž do CIRC

Coef = Coeficiente de desvaloriza€‚o da moeda referido no n.Ž 1 do ent‚o artigo 43.Ž do CIRC (actual artigo 44.Ž).

1.2. REINVESTIMENTO EM BENS NŠO REINTEGR•VEIS

1.2.1. REGIME DA AL‹NEA B) DO N.€ 7 DO ARTIGO 7.€ DA LEI N.€ 30-G/2000

Optando o sujeito passivo pela aplica€‚o do regime transitŒrio previsto na Lei n.Ž 30-G/2000, „ diferen€a positiva entre as mais-valias e as menos-valias
cujo reinvestimento dos respectivos valores de realiza€‚o tenha sido ou venha a ser efectuado em bens n‚o reintegrƒveis continua a aplicar-se o disposto
nos n.Žs 6 e 7 do ent‚o artigo 44.Ž do CŒdigo do IRC. Assim, essa diferen€a serƒ imputada - proporcionalmente „ parte que no total a reinvestir represente o
valor do reinvestimento - ao custo de aquisi€‚o ou de produ€‚o dos bens objecto de reinvestimento e a este deduzida para efeitos do cƒlculo da respectiva
mais-valia ou menos-valia, o qual obedecerƒ ao disposto no ent‚o artigo 42.Ž do CŒdigo do IRC, na redac€‚o anterior „ da Lei n.Ž 30-G/2000.

O apuramento da nova mais-valia far-se-ƒ, pois, de acordo com a seguinte fŒrmula:

MVF = VR - (VA - MVImp) x Coef. em que,

MVF = Mais-valia fiscal

VR = Valor de realiza€‚o

VA = Valor de aquisi€‚o

MVImp = Mais-valia fiscal imputada

Coef = Coeficiente de desvaloriza€‚o da moeda

Para efeitos da aplica€‚o do disposto na al†nea b) do n.Ž 7 do artigo 7.Ž daquela lei, a parte da diferen€a positiva entre as mais-valias e as menos-valias
relativa a bens n‚o reintegrƒveis, correspondente ao valor deduzido ao custo de aquisi€‚o ou de produ€‚o dos bens em que se concretizou o
reinvestimento nos termos do ent‚o n.Ž 6 do artigo 44.Ž do CŒdigo do IRC que poderƒ ser diferida durante 10 anos, serƒ a parte da nova mais-valia que n‚o
surgiria no caso de n‚o ter havido qualquer dedu€‚o ao custo de aquisi€‚o, com o limite da diferen€a positiva entre as mais-valias e as menos-valias
relativa a bens n‚o reintegrƒveis, ou seja:

249
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MVImp x Coef, com o limite de MVF, em que,

MVImp = Mais-valia fiscal imputada nos termos da anterior redac€‚o do n.Ž 6 do artigo 44.Ž do CIRC

Coef = Coeficiente de desvaloriza€‚o da moeda referido no ent‚o artigo 43.Ž do CIRC

MVF = Diferen€a positiva entre as mais-valias e as menos-valias relativa a bens n‚o reintegrƒveis

Deste modo, se a nova mais-valia obtida com a aliena€‚o dos bens n‚o reintegrƒveis em que se concretizou o reinvestimento for superior „ mais-valia
fiscal imputada corrigida pelo coeficiente de desvaloriza€‚o da moeda, sŒ • diferida por 10 anos a parte correspondente a esta ‹ltima (vide exemplo n.Ž 2).

Se a nova mais-valia for inferior „ prŒpria mais-valia fiscal imputada corrigida pelo coeficiente, todo o resultado • diferido por 10 anos (vide exemplo n.Ž 3).

Se for obtida uma menos-valia, n‚o hƒ qualquer parcela a diferir, sendo a mesma deduzida no Quadro 07 da declara€‚o de rendimentos Modelo 22 (vide
exemplo n.Ž 4).

1.2.2. REGIME DA LEI N.€ 109-B/2001

A Lei n.Ž 109-B/2001 prev•, no n.Ž 8 do artigo 32.Ž, relativamente „ diferen€a positiva entre as mais-valias e as menos-valias realizadas antes de 1 de
Janeiro de 2001 e cujo reinvestimento dos respectivos valores de realiza€‚o tenha sido ou venha a ser efectuado em bens n‚o reintegrƒveis, um regime
transitŒrio alternativo ao estabelecido na al†nea b) do n.Ž 7 do artigo 7.Ž da Lei n.Ž 30-G/2000. Tal regime consubstancia-se na possibilidade de o sujeito
passivo incluir na base tributƒvel de qualquer exerc†cio, desde que posterior a 1 de Janeiro de 2001 mas anterior ao da aliena€‚o dos bens a que estƒ
associada, 50% da mais-valia que lhes foi imputada.

Nesta alternativa, a mais-valia fiscal suspensa de tributa€‚o em 1 de Janeiro de 2001 e posteriormente tributada por metade do seu valor jƒ n‚o entra no
c˜mputo da mais-valia ou menos-valia que se venha a realizar com a aliena€‚o dos bens objecto de reinvestimento, n‚o dependendo a referida tributa€‚o
parcial da exig•ncia de novo reinvestimento (vide exemplo n.Ž 5).

2.DIFEREN‰A POSITIVA ENTRE AS MAIS-VALIAS E AS MENOS-VALIAS REALIZADAS EM 2001

Relativamente „ diferen€a positiva entre as mais-valias e as menos-valias realizadas em 2001, quer resulte da aliena€‚o de bens do activo imobilizado
reintegrƒveis ou n‚o reintegrƒveis e desde que se verifique a condi€‚o do reinvestimento, •, nos termos do n.Ž 9 do artigo 32.Ž da Lei n.Ž 109-B/2001,
conferida ao sujeito passivo a possibilidade de optar pelo novo regime de tributa€‚o parcial em 50%, institu†do por esta Lei.

250
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Esta op€‚o continua a aplicar-se ainda que estas mais-valias sejam realizadas com a aliena€‚o de bens em que se concretizou o reinvestimento de valores
de realiza€‚o respeitantes a mais-valias realizadas antes de 1 de Janeiro de 2001.

Simplesmente, neste caso, tratando-se de mais-valias relativas a bens n‚o reintegrƒveis, a op€‚o diz respeito apenas „ parte da mais-valia que n‚o •
objecto de diferimento por 10 anos (vide ponto 1.2.1 da presente circular e exemplos n.Žs 6 e 7).

Nos termos da al†nea c) do n.Ž 7 do artigo 7.Ž da Lei n.Ž 30-G/2000, n‚o se aplica o regime do actual artigo 45.Ž do CŒdigo do IRC quando o reinvestimento
a que se refere o n.Ž 1 deste artigo se tenha verificado no exerc†cio anterior ao da realiza€‚o, ou seja, no exerc†cio de 2000.

ANEXO — CIRCULAR N.€ 7/2002


EXEMPLOS
MAIS-VALIAS REALIZADAS ANTES DE 2001

EXEMPLO 1
REINVESTIMENTO EM BENS REINTEGR•VEIS

Mais-valia fiscal realizada (em 1999) e n‚o tributada -1000

Reinvestimento (em 2001) - 1500

Per†odo de vida ‹til - 4 anos

Valor de realiza€‚o (em 2003) - 400

Coeficiente de correc€‚o monetƒria (hipot•tico) - 1,05

*O sujeito passivo, na declara€‚o anual referente ao exerc†cio de 1999, declarou a inten€‚o de reinvestir todo o valor de realiza€‚o

• Cƒlculo das reintegra€…es fiscais relativas ao bem objecto de reinvestimento:

RF = (VA - MVImp) x taxa = (1500 - 1000) x 25% = 125

• Cƒlculo da mais-valia ou menos-valia fiscal realizada em 2003:

251
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MVF = VR - (VA - MVImp - RF) x Coef = 400 - (1500 - 1000 - 250 ) x 1,05 = 400 - 262,5 = 137,5

• Tributa€‚o da mais-valia fiscal no exerc†cio de 2003:

137,5 => De acordo com o regime em vigor neste exerc†cio

EXEMPLO 2
REINVESTIMENTO EM BENS NŠO REINTEGR•VEIS

Op‚ƒo pelo regime da Lei n.‹ 30-G/2000

Mais-valia fiscal realizada (em 1999) e n‚o tributada - 1 000

Reinvestimento (em 2001) - 1 500

Valor de realiza€‚o (em 2003) - 2 000

Coeficiente de correc€‚o monetƒria (hipot•tico) - 1,05

* O sujeito passivo, na declara€‚o anual referente ao exerc†cio de 1999, declarou a inten€‚o de reinvestir todo o valor de realiza€‚o

• Cƒlculo da mais-valia ou menos-valia fiscal realizada em 2003:

MVF = VR - (VA - MVImp) x Coef = 2000 - (1500 - 1000) x 1,05 = 2000 - 525 =1475

• Tributa€‚o da mais-valia fiscal:

1475 1000 x 1,05 = 1050

1050 : 10 = 105 => Valor a incluir no lucro tributƒvel dos exerc†cios de 2003 a 2012

1475 - 1050 = 425 (Mais-valia fiscal que se obteria em 2003 se n‚o houvesse a mais-valia fiscal imputada)

425 x 50% = 212,5 => Valor a tributar de acordo com o regime em vigor no exerc†cio de 2003

252
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EXEMPLO 3
REINVESTIMENTO EM BENS NŠO REINTEGR•VEIS

Op‚ƒo pelo regime da Lei n.‹ 30-G/2000

Mais-valia fiscal realizada (em 1999) e n‚o tributada - 1 000

Reinvestimento (em 2001) -1 500

Valor de realiza€‚o (em 2003) - 800

Coeficiente da correc€‚o monetƒria (hipot•tico) - 1,05

* O sujeito passivo, na declara€‚o anual referente ao exerc†cio de 1999, declarou a inten€‚o de reinvestir todo o valor de realiza€‚o

• Cƒlculo da mais-valia ou menos-valia fiscal realizada em 2003:

MVF = VR - (VA - MVImp) x Coef = 800 - (1500 - 1000) x 1,05 = 800 - 525 = 275

• Tributa€‚o da mais-valia fiscal:

275 1000 x 1,05 = 1050 (mais-valia fiscal imputada corrigida do coeficiente)

275 - 1050 = - 775 (menos-valia fiscal se n‚o houvesse a mais-valia fiscal imputada)

275 : 10 = 27,5 => Valor a incluir no lucro tributƒvel dos exerc†cios de 2003 a 2012

EXEMPLO 4
REINVESTIMENTO EM BENS NŠO REINTEGR•VEIS

Op‚ƒo pelo regime da Lei n.‹ 30-G/2000

Mais-valia fiscal realizada (em 1999) e n‚o tributada - 1 000

Reinvestimento (em 2001) - 1 500

253
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Valor de realiza€‚o (em 2003) - 400

Coeficiente de correc€‚o monetƒria (hipot•tico) - 1,05

* O sujeito passivo, na declara€‚o anual referente ao exerc†cio de 1999, declarou a inten€‚o de reinvestir todo o valor da realiza€‚o

• Cƒlculo da mais-valia ou menos-valia fiscal realizada em 2003:

MVF = VR - (VA - MV Imp) x Coef = 400 - (1500 - 1000) x 1,05 = 400 - 525 = 125

• Tratamento fiscal da menos valia:

-125 > 1000 x 1,05 = 1050 (mais-valia fiscal imputada corrigida do coeficiente)

>- 125 - 1050 = - 1175 (menos-valia fiscal se n‚o houvesse a mais-valia imputada)

=> O valor de 125 • deduzido na base tributƒvel do exerc†cio de 2003

EXEMPLO 5
REINVESTIMENTO EM BENS NŠO REINTEGR•VEIS

Op‚ƒo pelo regime da Lei n.‹ 109-B/2001

Mais-valia fiscal realizada (em 1999) e n‚o tributada - 1 000

Reinvestimento (em 2001) - 1 500

Valor de realiza€‚o (em 2003) - 2 000

Coeficiente de correc€‚o monetƒria (hipot•tico) - 1,05

• Tributa€‚o da mais-valia fiscal realizada em 1999 (antes de 2001.01.01):

• O sujeito passivo opta por incluir 500 (1000 x 50%) no lucro tributƒvel relativo a 2002.

254
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Nota: Esta op€‚o n‚o • prejudicada pelo facto de, posteriormente, n‚o ser efectuado o reinvestimento do valor de realiza€‚o obtido em 2003.

• Cƒlculo da mais-valia ou menos-valia fiscal realizada em 2003:

MVF = VR - VA x Coef = 2000 - 1500 x 1,05 = 2000 - 1575 = 425

• Tributa€‚o da mais-valia fiscal em 2003:

425 => Valor a tributar de acordo com o regime fiscal em vigor no exerc†cio de 2003

EXEMPLO 6
REINVESTIMENTO EM BENS REINTEGR•VEIS

Mais-valia fiscal realizada (em 1999) e n‚o tributada - 1 000

Reinvestimento em 1999 - 1 500

Per†odo de vida ‹til - 4 anos

Valor de realiza€‚o (em 2001) - 800

Coeficiente de correc€‚o monetƒria -1,03

* O sujeito passivo, na declara€‚o anual relativa ao exerc†cio de 1999, declarou a inten€‚o de reinvestir todo o valor de realiza€‚o

• Cƒlculo das reintegra€…es fiscais respeitantes ao bem objecto de reinvestimento:

RF = (VA - MVImp) x taxa = (1500 -1000) x 25% = 125

• Cƒlculo da mais-valia ou menos-valia fiscal realizada em 2001:

MVF = VR - ( VA - MVImp - RF) x Coef =800 - (1500 - 1000 - 250) x 1,03 =800 - 257,5 =542,5

• Tributa€‚o da mais-valia fiscal (op€…es):

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=> Pelo regime da Lei n.Ž 30-G/2000

542,5 : 5 = 108,5 => Valor a incluir no lucro tributƒvel dos exerc†cios de 2001 a 2005

=> Pelo regime da Lei n.Ž 109-B/2001

542,5 x 50% => 271,5 Valor a incluir no lucro tributƒvel do exerc†cio de 2001

EXEMPLO 7
REINVESTIMENTO EM BENS NŠO REINTEGR•VEIS

Mais-valia fiscal realizada (em 1999) e n‚o tributada - 1 000

Reinvestimento em 1999 - 1 500

Valor de realiza€‚o (em 2001) - 1 700

Coeficiente de correc€‚o monetƒria - 1,03

* O sujeito passivo, na declara€‚o anual referente ao exerc†cio de 1999, declarou a inten€‚o de reinvestir a totalidade do valor de realiza€‚o

• Cƒlculo da mais-valia ou menos-valia fiscal realizada em 2001:

MVF = VR - (VA - MVImp) x Coef =1700 - (1500 - 1000) x 1,03 = 1700 - 515 = 1185

• Tributa€‚o da mais-valia fiscal:

1185 1000 x 1,03 = 1030

1030 : 10 = 103 => Valor a incluir no lucro tributƒvel dos exerc†cios de 2001 a 2010

1185 - 1030 = 155

Op€…es de tributa€‚o:

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=> Regime da Lei n.Ž 30-G/2000

155 : 5 = 31 => Valor a incluir no lucro tributƒvel relativo aos exerc†cios de 2001 a 2005

=> Regime da Lei n.Ž 109-B/2001

155 x 50% = 77,5 => Valor a incluir no lucro tributƒvel do exerc†cio de 2001

RESUMO DAS MAIS-VALIAS

Regime Atˆ 31.12.2000 De 1.1.2001 a 31.12.2001 De 1.1.2002 a 31.12.2002 A partir de 1.1. 2003
Tributaƒ„o diferida em 5
exerc…cios, com in…cio no da Tributaƒ„o parcial, atrav•s Tributaƒ„o parcial, atrav•s
Tributaƒ„o diferida, atrav•s
realizaƒ„o, via acrˆscimo ao acr•scimo ao Q. 07 de 50% acr•scimo ao Q. 07 de 50%
Forma de tributaƒ„o da amortizaƒ„o dos bens
Q. 07 de 1/5 do saldo do saldo positivo entre as do saldo positivo entre as
objecto de reinvestimento
positivo entre as mais e mais e menos valias mais e menos valias
menos valias
No prŒprio exerc†cio, no No prŒprio exerc†cio, no No prŒprio exerc†cio, no
At• ao fim do 3.Ž exerc†cio exerc†cio anterior ou at• ao exerc†cio anterior ou at• ao exerc†cio anterior ou at• ao
Prazo do reinvestimento
seguinte ao da realiza€‚o fim do 2.Ž exerc†cio seguinte fim do 2.Ž exerc†cio seguinte fim do 2.Ž exerc†cio seguinte
ao da realiza€‚o ao da realiza€‚o ao da realiza€‚o
Os valores de realiza€‚o do
Imobilizado corpŒreo e do Os valores de realizaƒ„o do
imobilizado financeiro podem imobilizado financeiro
Natureza do reinvestimento Em Imobilizado CorpŒreo Em Imobilizado CorpŒreo ser reinvestidos em podem ser reinvestidos
Imobilizado corpŒreo e tambˆm em imobilizado
imobilizado financeiro, corp‚reo
respectivamente

257
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respectivamente
Acr•scimo ao IRC liquidado
do terceiro exerc†cio posterior Inclus‚o nos proveitos ou Inclus‚o nos proveitos ou Inclus‚o nos proveitos ou
ao da realiza€‚o, do imposto ganhos do segundo exerc†cio ganhos do segundo exerc†cio ganhos do segundo exerc†cio
Consequ‡ncias do n„o que deixou de ser pago, seguinte ao da realiza€‚o, da seguinte ao da realiza€‚o, da seguinte ao da realiza€‚o, da
reinvestimento acrescido de juros parte da mais-valia ainda n‚o parte da mais-valia ainda n‚o parte da mais-valia ainda n‚o
compensatŒrios, ou correc€‚o inclu†da no lucro tributƒvel, inclu†da no lucro tributƒvel, inclu†da no lucro tributƒvel,
do preju†zo fiscal consoante o majorada de 15%. majorada de 15%. majorada de 15%.
caso.
Mais valias geradas por Mais valias geradas por
Abrang‡ncia alienaƒ„o do imobilizado Idem alienaƒ„o do imobilizado Idem
corp‚reo corp‚reo e financeiro

Circular 7/2004 - DSIRC


2004-Mar-30
Regime Fiscal das Sociedades Gestoras de ParticipaĠes Sociais e Sociedades de Capital de Risco

Raz„o das Instruƒ†es

1. Tendo-se levantado d‹vidas sobre o regime fiscal aplicƒvel „s sociedades gestoras de participa€…es sociais (SGPS) e „s sociedades de capital de risco
(SCR), previsto no art. 31.Ž do Estatuto dos Benef†cios Fiscais (EBF), na redac€‚o que lhe foi dada pela Lei n.Ž 32-B/2002, de 30 de Dezembro (Lei do OE
para 2003), sanciona-se o seguinte entendimento:

Regime previsto no n.Ž 2 do art. 31.Ž do EBF

2. A Lei n.Ž 32-B/2002, de 30 de Dezembro, veio alterar o regime fiscal aplicƒvel „s mais-valias e „s menos-valias realizadas pelas SGPS e pelas SCR
consagrado no art. 31.Ž do EBF, dispondo o n.Ž 2 deste preceito que "as mais-valias e as menos-valias realizadas pelas SGPS e pelas SCR mediante a
transmiss‚o onerosa, qualquer que seja o t†tulo por que se opere, de partes de capital de que sejam titulares, desde que detidas por per†odo n‚o inferior a
um ano, e, bem assim, os encargos financeiros suportados com a sua aquisi€‚o, n‚o concorrem para a forma€‚o do lucro tributƒvel destas sociedades".

Regime previsto no n.€ 3 do art. 31.€ do EBF

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3. O n.Ž 3 do mesmo artigo, tendo a natureza de uma norma anti-abuso, afasta a aplica€‚o do regime previsto no n.Ž 2 relativamente "„s mais-valias
realizadas e aos encargos financeiros suportados quando as partes de capital tenham sido adquiridas a entidades com as quais existam rela€…es especiais,
nos termos do n.Ž 4 do art. 58.Ž do CŒdigo do IRC, ou entidades com domic†lio, sede ou direc€‚o efectiva em territŒrio sujeito a um regime fiscal mais
favorƒvel, constante de lista aprovada por portaria do Ministro das Finan€as, ou residentes em territŒrio portugu•s sujeitas a um regime especial de
tributa€‚o e tenham sido detidas, pela alienante, por per†odo inferior a tr•s anos e, bem assim, quando a alienante tenha resultado de transforma€‚o de
sociedade „ qual n‚o fosse aplicƒvel o regime previsto naquele n‹mero relativamente „s mais-valias das partes de capital objecto de transmiss‚o, desde
que, neste ‹ltimo caso, tenham decorrido menos de tr•s anos entre a data da transforma€‚o e a data da transmiss‚o."

Aplicaƒ„o temporal do novo regime

4. O n.Ž 5 do art. 38.Ž da Lei n.Ž 32-B/2002, por sua vez, prescreve que "a altera€‚o introduzida no art. 31.Ž do EBF aplica-se „s mais-valias e „s
menos-valias realizadas nos per†odos de tributa€‚o que se iniciem apŒs 1 de Janeiro de 2003, sem preju†zo de se continuar a aplicar, relativamente „
diferen€a positiva entre as mais-valias e as menos-valias realizadas antes de 1 de Janeiro de 2001, o disposto nas al†neas a) e b) do n.Ž 7 do artigo 7.Ž da
Lei n.Ž 30-G/2000, de 29 de Dezembro, ou, em alternativa, no n.Ž 8 do artigo 32.Ž da Lei n.Ž 109-B/2001, de 27 de Dezembro."

5. Assim, no que concerne ao ’mbito de aplica€‚o temporal do novo regime e no que respeita, concretamente, aos encargos financeiros, o mesmo •
aplicƒvel aos encargos financeiros suportados nos per†odos de tributa€‚o iniciados apŒs 1 de Janeiro de 2003, ainda que sejam relativos a financiamentos
contra†dos antes daquela data.

Exerc†cio em que dever‚o ser feitas as correc€…es fiscais dos encargos financeiros

6. Relativamente ao exerc†cio em que dever‚o ser desconsiderados como custos, para efeitos fiscais, os encargos financeiros, dever-se-ƒ proceder, no
exerc†cio a que os mesmos disserem respeito, „ correc€‚o fiscal dos que tiverem sido suportados com a aquisi€‚o de participa€…es que sejam suscept†veis
de virem a beneficiar do regime especial estabelecido no n.Ž 2 do art. 31.Ž do EBF, independentemente de se encontrarem jƒ reunidas todas as condi€…es
para a aplica€‚o do regime especial de tributa€‚o das mais-valias. Caso se conclua, no momento da aliena€‚o das participa€…es, que n‚o se verificam
todos os requisitos para aplica€‚o daquele regime, proceder-se-ƒ, nesse exerc†cio, „ considera€‚o como custo fiscal dos encargos financeiros que n‚o
foram considerados como custo em exerc†cios anteriores.

M•todo a utilizar para efeitos de afecta€‚o dos encargos financeiros „s participa€…es sociais

7. Quanto ao m•todo a utilizar para efeitos de afecta€‚o dos encargos financeiros suportados „ aquisi€‚o de participa€…es sociais, dada a extrema
dificuldade de utiliza€‚o, nesta mat•ria, de um m•todo de afecta€‚o directa ou espec†fica e „ possibilidade de manipula€‚o que o mesmo permitiria, deverƒ
essa imputa€‚o ser efectuada com base numa fŒrmula que atenda ao seguinte: os passivos remunerados das SGPS e SCR dever‚o ser imputados, em

259
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primeiro lugar, aos empr•stimos remunerados por estas concedidos „s empresas participadas e aos outros investimentos geradores de juros, afectando-se
o remanescente aos restantes activos, nomeadamente participa€…es sociais, proporcionalmente ao respectivo custo de aquisi€‚o.

Exemplo

8. Exemplo

Consideremos os seguintes valores activos e passivos (em euros) que constituem o balan€o de uma SGPS:

Valores activos

Empr•stimos concedidos remunerados - 50 000

Partes de capital (custo de aquisi€‚o) - 20 000

Outros activos - 10 000

Valores passivos

Empr•stimos obtidos remunerados - 90 000

De acordo com o ponto 7, temos:

• Passivos remunerados imputƒveis aos empr•stimos concedidos remunerados: 50 000

• Passivos remunerados imputƒveis aos restantes activos:

90 000 – 50 000 = 40 000

• Passivos remunerados imputƒveis „s partes de capital:

40 000 ------- 30 000

20 000 -------- x x = 26 666,70

• Supondo que os encargos financeiros suportados no exerc†cio ascenderam a € 1 800, a parcela dos encargos imputƒvel „s partes de capital serƒ:

260
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90 000 --------- 1 800

26 666,70 ---------------- x x = 533,30

Determinaƒ„o do regime fiscal aplicŽvel •s mais-valias e menos-valias

9. Para efeitos da determina€‚o do regime fiscal concretamente aplicƒvel „s mais-valias e „s menos-valias realizadas com a aliena€‚o de participa€…es
sociais (art. 31.Ž do EBF ou art. 23.Ž, 42.Ž e 43.Ž a 45.Ž todos do CŒdigo do IRC), deverƒ efectuar-se uma anƒlise casu†stica de cada opera€‚o e
subsequente agrupamento das mais-valias e menos-valias de acordo com o respectivo enquadramento legal.

Aquisi€‚o das partes de capital a uma entidade sujeita a um regime especial de tributa€‚o

10. Face ao disposto no n.Ž 3 do art. 31.Ž do EBF, • afastada a aplica€‚o do regime especial relativo „s mais-valias e aos encargos financeiros sempre que
as partes de capital alienadas tenham sido adquiridas, entre outras situa€…es, a uma entidade sujeita a um regime especial de tributa€‚o e tenham sido
detidas por um per†odo inferior a tr•s anos, o que se deverƒ considerar verificado, nomeadamente, sempre que a aquisi€‚o das partes de capital tenha sido
efectuada a outra SGPS ou SCR.

Havendo lugar a reinvestimento dos valores de realiza€•o nos termos do artigo 45ˆ do C‚digo do IRC, serƒ acrescida apenas 50% da mais-valia fiscal.

Neste caso, deverƒ ser preenchido o Quadro 10 do Anexo A da IES/DA, com vista ao controlo do reinvestimento.

EXEMPLO

Para um dado bem alienado no exerc†cio de 2002, temos:

Ano de aquisi€‚o: 1998

Valor de aquisi€‚o: 10.000

Ano de aliena€‚o: 2002

Valor de realiza€‚o: 6.000

Taxa de amortiza€‚o (conforme Decreto Regulamentar 2/90): 20%

261
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Coeficiente: 1,10

Amortiza€…es praticadas:

1998 - 2.000

1999 - 500

2000 - 500

2001 - 2.000

TOTAL - 5.000

Cƒlculo da mais-valia contabil†stica:

€ 6.000 – (10.000 – 5.000) = €1.000 (valor a deduzir no campo 229)

Cƒlculo da mais-valia fiscal:

6.000 – (10.000 – 6.000) X 1,10 = 6.000 – 4.400 = 1.600 (logo, caso exista inten€‚o de reinvestir o valor de realiza€‚o, serƒ de acrescer 800)

Campo 225
Este campo serƒ utilizado sempre que seja necessƒrio efectuar algum acr‡scimo que n•o esteja expressamente previsto nos campos 205 a 224 e 251 a 256
do Quadro 07.

Sempre que seja utilizado este campo, deverƒ juntar-se ao Dossier Fiscal nota explicativa dos cƒlculos que serviram de base aos acr‡scimos efectuados.

Campo 226
Soma dos campos 204 a 225 e 251 a 256.

A DEDUZIR

262
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Campo 227
Preju…zo fiscal imputado por A.C.E`s ou A.E.I.E`s
Nos termos do artigo 6.ˆ do CIRC as ACE’s ou AEIE’s imputam aos seus membros pessoas colectivas os seus lucros ou preju…zos fiscais apurados nos
termos do C‚digo, pelo que, no caso de haver preju…zos, as pessoas colectivas s‚cias devem deduzir ao seu lucro contabil…stico os referidos preju…zos
imputados pelas citadas entidades, em virtude da aplica€•o do regime da transpar„ncia fiscal previsto no mesmo artigo.

Campo 228
Reduƒ„o de Provis†es tributadas
A redu€•o de provisŠes ‡ deduzida ao lucro contabil…stico para efeitos da determina€•o do lucro tributƒvel, tal como jƒ anteriormente acontecia para efeitos
da Contribuiۥo Industrial.

S•o deduzidas neste campo as redu€Šes de provisŠes n•o tributadas, contabilizadas na conta 796 - “redu€Šes de amortiza€Šes e provisŠes”.

Esta dedu€•o visa evitar uma dupla tributa€•o que ocorreria no per…odo em que as mesmas tinham sido tributadas ou no per…odo em que se efectuava a sua
reduۥo ou reposiۥo.

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Campo 229
Mais-Valias contabil…sticas
As mais e as menos valias contabil…sticas n•o relevam para efeitos fiscais, raz•o pela qual as mais valias contabil…sticas s•o abatidas neste campo e as
menos valias contabil…sticas s•o acrescidas no campo 216, dado que jƒ influenciaram os resultados aquando do seu apuramento.

Campo 230
Menos - valias fiscais
O art. 43.ˆ dƒ-nos o conceito de mais-valias e menos-valias fiscais, definindo como tais os ganhos obtidos voluntariamente ou as perdas sofridas
relativamente a elementos do activo imobilizado mediante transmiss•o onerosa, qualquer que seja o t…tulo por que se opere e, bem assim, num conceito
mais alargado, os derivados de sinistros e os resultantes da afecta€•o permanente dos mesmos elementos a fins alheios ‹ actividade exercida.

Campo 231
Restituiƒ„o de impostos n„o dedut…veis e excesso de estimativa para impostos
S•o indicados neste campo os impostos que n•o foram considerados custo fiscal no exerc…cio da sua contabiliza€•o ou seja os que foram acrescidos no
campo 211.

A restitui€•o de impostos n•o dedut…veis e/ou o excesso de estimativa para impostos afectam positivamente o resultado l…quido do exerc…cio, pois
encontram-se contabilizados em contas de proveitos: 791 Рrestituiۥo de impostos e 7981 Рexcesso de estimativa para impostos, servindo pois este campo
para neutralizar esse efeito.

Campo 232
Rendimentos nos termos do artigo 46€
Este campo tem por objectivo eliminar a dupla tributa€•o econ‚mica dos lucros distribu…dos.

O nˆ 1 do artigo 46ˆ do C‚digo do IRC prev„ a dedu€•o ao lucro tributƒvel dos rendimentos inclu…dos na base tributƒvel, correspondentes a lucros
distribu…dos por entidades com sede ou direc€•o efectiva em territ‚rio portugu„s, sujeitas e n•o isentas de IRC ou sujeitas ao imposto especial de jogo, nas
quais o sujeito passivo detenha directamente uma participa€•o de capital n•o inferior a 10%, e desde que esta tenha permanecido na sua titularidade

264
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durante o ano anterior ‹ data da coloca€•o ‹ disposi€•o dos lucros.

O nˆ 2 do mesmo artigo tamb‡m permite a mesma dedu€•o para os rendimentos de participa€Šes sociais, independentemente da percentagem e do prazo,
nas seguintes sociedades: sociedades de desenvolvimento regional, sociedades de investimento, sociedades financeiras de corretagem.

Caso n•o se encontrem preenchidos os requisitos do nˆ 1, a dedu€•o serƒ apenas de 50%.

EXEMPLO I

Uma sociedade recebeu no ano 2008, 1.400 de dividendos distribu†dos por outra sociedade na qual participa em 5% hƒ mais de 2 anos.

Cƒlculo da dedu€‚o:

 Conforme nŽ8 do artigo 46Ž do CIRC: 50% X 1.400 = 700 (valor a deduzir no campo 232).

EXEMPLO II

A sociedade A com sede em Portugal, recebeu em 2008, lucros distribu†dos por uma sociedade com sede em Espanha, na qual det•m uma participa€‚o de
20%, hƒ cerca de 3 anos, contados na data em que os lucros foram colocados „ disposi€‚o

A sociedade residente tem na sua posse a prova que as entidades participadas cumprem as condi€…es estabelecidas no artigo 2.Ž da Directiva n.Ž
90/435/CEE, de 23 de Julho, mediante declara€‚o confirmada e autenticada pelas autoridades fiscais competentes do Estado membro da Uni‚o Europeia
em que s‚o residentes.

Enquadramento no artigo 46.Ž do CIRC:

Dedu€‚o integral (n.Ž 5 do artigo 46.Ž do CŒdigo do IRC) – campo 232 do Quadro 07

Artigo 46.€

1 - Na determina€‚o do lucro tributƒvel das sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, cooperativas e empresas p‹blicas, com sede ou direc€‚o
efectiva em territŒrio portugu•s, s‚o deduzidos os rendimentos, inclu†dos na base tributƒvel, correspondentes a lucros distribu†dos, desde que sejam
verificados os seguintes requisitos:

a) A sociedade que distribui os lucros tenha a sede ou direc€‚o efectiva no mesmo territŒrio e esteja sujeita e n‚o isenta de IRC ou esteja sujeita ao

265
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imposto referido no artigo 7.Ž;

b) A entidade beneficiƒria n‚o seja abrangida pelo regime da transpar•ncia fiscal previsto no artigo 6.Ž;

c) A entidade beneficiƒria detenha directamente uma participa€‚o no capital da sociedade que distribui os lucros n‚o inferior a 10% ou com um valor de
aquisi€‚o n‚o inferior a € 20000000 e esta tenha permanecido na sua titularidade, de modo ininterrupto, durante o ano anterior „ data da coloca€‚o „
disposi€‚o dos lucros ou, se detida hƒ menos tempo, desde que a participa€‚o seja mantida durante o tempo necessƒrio para completar aquele per†odo.

2 - O disposto no n‹mero anterior • aplicƒvel, independentemente da percentagem de participa€‚o e do prazo em que esta tenha permanecido na sua
titularidade, aos rendimentos de participa€…es sociais em que tenham sido aplicadas as reservas t•cnicas das sociedades de seguros e das m‹tuas de
seguros e, bem assim, aos rendimentos das seguintes sociedades:

a) (Revogada pela Lei n.Ž 55-B/2004, de 30 de Dezembro - OE)

b) Sociedades de desenvolvimento regional;

c) (Revogada pela Lei n.Ž 55-B/2004, de 30 de Dezembro - OE)

d) Sociedades de investimento;

e) Sociedades financeiras de corretagem.

3 - N‚o obstante o disposto no n.Ž 1, o regime a† consagrado • aplicƒvel, nos termos prescritos no n‹mero anterior, „s ag•ncias gerais de seguradoras
estrangeiras.

4 - O disposto no n.Ž 1 • igualmente aplicƒvel, verificando-se as condi€…es nele referidas, ao valor atribu†do na associa€‚o em participa€‚o, ao associado
constitu†do como sociedade comercial ou civil sob forma comercial, cooperativa ou empresa p‹blica, com sede ou direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s,
independentemente do valor da sua contribui€‚o relativamente aos rendimentos que tenham sido efectivamente tributados, distribu†dos por associantes
residentes no mesmo territŒrio.

5 - O disposto no n.Ž 1 • tamb•m aplicƒvel quando uma entidade residente em territŒrio portugu•s detenha uma participa€‚o, nos termos e condi€…es a†
referidos, em entidade residente noutro Estado membro da Uni‚o Europeia, desde que ambas essas entidades preencham os requisitos estabelecidos no
artigo 2.Ž da Directiva n.Ž 90/435/CEE, de 23 de Julho.

6 - O disposto nos n.Žs 1 e 5 • igualmente aplicƒvel aos rendimentos, inclu†dos na base tributƒvel, correspondentes a lucros distribu†dos que sejam

266
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imputƒveis a um estabelecimento estƒvel, situado em territŒrio portugu•s, de uma entidade residente noutro Estado membro da Uni‚o Europeia que
detenha uma participa€‚o, nos termos e condi€…es a† referidos, em entidade residente num Estado membro, desde que ambas essas entidades preencham
os requisitos e condi€…es estabelecidos no artigo 2.Ž da Directiva n.Ž 90/435/CEE, de 23 de Julho.

7 - Para efeitos do disposto nos n.Žs 5 e 6:

a) A defini€‚o de entidade residente • a que resulta da legisla€‚o fiscal do Estado membro em causa, sem preju†zo do que se achar estabelecido nas
conven€…es destinadas a evitar a dupla tributa€‚o;

b) O crit•rio de participa€‚o no capital referido no n.Ž 1 • substitu†do pelo da deten€‚o de direitos de voto quando este estiver estabelecido em acordo
bilateral.

8 - A dedu€‚o a que se refere o n.Ž 1 • apenas de 50% dos rendimentos inclu†dos no lucro tributƒvel correspondentes a:

a) Lucros distribu†dos, quando n‚o esteja preenchido qualquer dos requisitos previstos nas al†neas b) e c) do mesmo n‹mero e, bem assim, relativamente
aos rendimentos que o associado aufira da associa€‚o „ quota, desde que se verifique, em qualquer dos casos, a condi€‚o da al†nea a) do n.Ž 1;

b) Lucros distribu†dos por entidade residente noutro Estado membro da Uni‚o Europeia quando a entidade cumpre as condi€…es estabelecidas no artigo 2.Ž
da Directiva n.Ž 90/435/CEE, de 23 de Julho, e n‚o esteja verificado qualquer dos requisitos previstos na al†nea c) do n.Ž 1.

9 - Se a deten€‚o da participa€‚o m†nima referida no n.Ž 1 deixar de se verificar antes de completado o per†odo de um ano a† mencionado, deve corrigir-se
a dedu€‚o em conformidade com o disposto no n‹mero anterior, ou anular-se a mesma, sem preju†zo da considera€‚o do cr•dito imposto por dupla
tributa€‚o internacional a que houver lugar, de acordo com o disposto no artigo 85.Ž, respectivamente.

10 - [Revogado pela Lei n.Ž 53-A/2006, de 29 de Dezembro - OE]

11 - A dedu€‚o a que se refere o n.Ž 1 • reduzida a 50% quando os rendimentos provenham de lucros que n‚o tenham sido sujeitos a tributa€‚o efectiva,
excepto quando a beneficiƒria seja uma sociedade gestora de participa€…es sociais.

12 - Para efeitos do disposto no n.Ž 5 e na al†nea b) do n.Ž 8, o sujeito passivo deve provar que a entidade participada e, no caso do n.Ž 6, tamb•m a
entidade beneficiƒria cumprem as condi€…es estabelecidas no artigo 2.Ž da Directiva n.Ž 90/435/CEE, de 23 de Julho, mediante declara€‚o confirmada e
autenticada pelas autoridades fiscais competentes do Estado membro da Uni‚o Europeia de que • residente.

Campo 233

267
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Actualizaƒ„o de encargos de exploraƒ†es silv…colas


Este campo s‚ deve ser preenchido por empresas silv…colas e destina-se ‹ indica€•o do acr‡scimo resultante da actualiza€•o, pelos coeficientes de
desvaloriza€•o da moeda, da parte dos encargos plurianuais correspondentes ‹ percentagem que a extrac€•o efectuada no exerc…cio representa na
produۥo total.

Artigo 18.€
Periodizaƒ„o do lucro tributŽvel

6 - A parte dos encargos das explora€…es silv†colas plurianuais suportados durante o ciclo da produ€‚o equivalente „ percentagem que a extrac€‚o
efectuada no exerc†cio represente, na produ€‚o total do mesmo produto, e ainda n‚o considerada em exerc†cio anterior, • actualizada pela aplica€‚o dos
coeficientes constantes da portaria a que se refere o artigo 44.Ž

Campo 234
Benef…cios Fiscais
S•o indicados neste campo os Benef…cios Fiscais que operam por dedu€•o ao rendimento, os quais ser•o descriminados no Anexo F da IES/DA.

QUADRO S‹NTESE DOS BENEF‹CIOS FISCAIS DE IRC

DEDU‰”ES AO RENDIMENTO

Artigo 59Ž do EBF 50% dos dividendos de ac€…es adquiridas no ’mbito de privatiza€…es
Al†nea b) do nŽ 14 do artigo 22Ž do EBF Fundos de fundos de investimento
Art.Žs 62.Ž e 65.Ž do EBF Majora€…es nos termos do EBF
Artigo 19Ž do EBF Cria€‚o de emprego
Artigo 41Ž do CIRC Majora€‚o de quotiza€…es empresariais

Artigo 19.€ EBF


Criaƒ„o de empregos para jovens

268
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1 - Para a determina€‚o do lucro tributƒvel dos sujeitos passivos do IRC e dos sujeitos passivos do IRS com contabilidade organizada, os encargos
correspondentes „ cria€‚o l†quida de postos de trabalho para jovens e para desempregados de longa dura€‚o, admitidos por contrato de trabalho por tempo
indeterminado, s‚o considerados em 150% do respectivo montante contabilizado como custo do exerc†cio.

2 - Para efeitos do disposto no n‹mero anterior, considera-se:

a) 'Jovens' os trabalhadores com idade superior a 16 anos e inferior a 30 anos, aferida na data da celebra€‚o do contrato de trabalho, com excep€‚o dos
jovens com menos de 23 anos que n‚o tenham conclu†do o ensino secundƒrio e que n‚o estejam a frequentar uma oferta de educa€‚o-forma€‚o que
permita elevar o n†vel de escolaridade ou qualifica€‚o profissional para assegurar a conclus‚o desse n†vel de ensino;

b) 'Desempregados de longa dura€‚o' os trabalhadores dispon†veis para o trabalho, nos termos do Decreto-Lei n.Ž 220/2006, de 3 de Novembro, que se
encontrem desempregados e inscritos nos centros de emprego hƒ mais de 12 meses, sem preju†zo de terem sido celebrados, durante esse per†odo,
contratos a termo por per†odo inferior a 6 meses, cuja dura€‚o conjunta n‚o ultrapasse os 12 meses;

c) 'Encargos' os montantes suportados pela entidade empregadora com o trabalhador a t†tulo da remunera€‚o fixa e das contribui€…es para a seguran€a
social a cargo da mesma entidade;

d) 'Cria€‚o l†quida de postos de trabalho' a diferen€a positiva, num dado exerc†cio econŒmico, entre o n‹mero de contrata€…es eleg†veis nos termos do n.Ž 1
e o n‹mero de sa†das de trabalhadores que, „ data da respectiva admiss‚o, se encontravam nas mesmas condi€…es.

3 - O montante mƒximo da majora€‚o anual, por posto de trabalho, • o correspondente a 14 vezes a retribui€‚o m†nima mensal garantida.

4 - Para efeitos da determina€‚o da cria€‚o l†quida de postos de trabalho n‚o s‚o considerados os trabalhadores que integrem o agregado familiar da
respectiva entidade patronal.

5 - A majora€‚o referida no n.Ž 1 aplica-se durante um per†odo de cinco anos a contar do in†cio da vig•ncia do contrato de trabalho, n‚o sendo cumulƒvel,
quer com outros benef†cios fiscais da mesma natureza, quer com outros incentivos de apoio ao emprego previstos noutros diplomas, quando aplicƒveis ao
mesmo trabalhador ou posto de trabalho.

6 - O regime previsto no n.Ž 1 sŒ pode ser concedido uma vez em rela€‚o ao mesmo trabalhador, qualquer que seja a entidade patronal.

FICHA DOUTRIN•RIA

Assunto: Criaƒ„o L…quida de Postos de Trabalho

269
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Processo: 1498/2006, despacho de 26.09.2006 do DG

Conte‹do: A majora€‚o a que se refere o nŽ1 do artigo 17Ž do EBF, relativa „ cria€‚o l†quida de emprego para jovens, origina, para a entidade
empregadora, a dedu€‚o dos custos suportados com o trabalhador admitido, em valor correspondente a 150%, ao longo dos cinco anos a contar do in†cio
da vig•ncia do contrato.

Deste modo, o prazo de 5 anos a que se refere o nŽ3 do artigo 17Ž do EBF pode reflectir-se em 6 exerc†cios econŒmicos, sempre que o in†cio do contrato de
trabalho n‚o coincida com o in†cio do exerc†cio econŒmico.

Despacho SDG de 2004/06/09 - processo n€ 1016/04 DSIRC:

A nova redac€‚o do nŽ 2 do artigo 17Ž do EBF apresenta-se menos favorƒvel do que a anterior, pelo que, por for€a do disposto no n.Ž 1 do artigo 10Ž do
EBF, a redac€‚o agora em vigor sŒ terƒ aplicabilidade relativamente aos encargos suportados com a cria€‚o l†quida de emprego ocorrida a partir do
exerc†cio de 2003.

Relativamente aos encargos correspondentes „ cria€‚o l†quida de postos de trabalho ocorrida nos exerc†cios anteriores, mant•m-se o direito ao benef†cio
fiscal que era conferido pela anterior redac€‚o.

EXEMPLO DE APLICA‰ŠO

O Quadro de Pessoal da sociedade “Queremos Incentivos, SA” apresenta em 2004, dois funcionƒrios que re‹nem as condi€…es referidas no artigo 17Ž do
EBF:

Funcionƒrio A – admitido em 2001

Funcionƒrio B – admitido em 2004

 ambos geram € 800,00 de encargos mensais para a empresa

cŽlculo do benef…cio:

Funcionƒrio A – 800 X 14 X 50% = € 5.600,00

Funcionƒrio B – 800 X 14 X 50% = € 5.600,00, com o limite de € 5.118,40

270
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 Total do benef†cio: € 5.600,00 + € 5.118,40 = € 10.718,40

Artigo 41.€
QuotizaĠes a favor de associaĠes empresariais

1 - š considerado custo ou perda do exerc†cio, para efeitos da determina€‚o do lucro tributƒvel, o valor correspondente a 150% do total das quotiza€…es
pagas pelos associados a favor das associa€…es empresariais em conformidade com os estatutos.

2 - O montante referido no n‹mero anterior n‚o pode, contudo, exceder o equivalente a 2% o do volume de negŒcios respectivo.

INFORMA‰ŠO VINCULATIVA
Proc. 500/05, despacho de 2005.07.20, do Subdirector Geral dos Impostos
Enquadramento fiscal de quotizaĠes para associaĠes empresariais com sede no estrangeiro

O artigo 41.Ž do CŒdigo do IRC estabelece o regime fiscal aplicƒvel „s quotiza€…es pagas a favor de associa€…es empresariais, n‚o estabelecendo o
CŒdigo qualquer defini€‚o de associa€‚o empresarial, nem fazendo refer•ncia a se a mesma deverƒ ser situada ou n‚o em territŒrio portugu•s.

Assim, terƒ sido inten€‚o do legislador, ao estabelecer o benef†cio fiscal previsto no art.Ž 41.Ž do CIRC, promover o associativismo das empresas,
permitindo a majora€‚o dos custos relativos a quotas pagas a associa€…es empresariais que defendem os interesses dos seus associados,
independentemente de se tratar de associa€…es residentes ou n‚o residentes.

Por•m, sŒ podem ser majoradas as quotiza€…es cujo custo seja aceite, antes de mais, „ luz do art.Ž 23.Ž do CIRC, e que sejam efectuadas em
conformidade com o estatuto da empresa (para associa€…es de classe).

E se, no que respeita „s quotiza€…es obrigatŒrias, n‚o restam d‹vidas quanto „ sua considera€‚o como custo nos termos do art.Ž 23.Ž do CIRC, quanto „s
quotiza€…es n‚o obrigatŒrias sŒ poder‚o ser dedut†veis fiscalmente se concorrerem directa ou indirectamente para a realiza€‚o de proveitos sujeitos a IRC.

Campo 235 -
Anulaƒ„o do efeito do mˆtodo da equival‡ncia patrimonial
O m‡todo da equival„ncia patrimonial consiste em reflectir no activo da participante as varia€Šes verificadas nos capitais pr‚prios da participada. Assim a
participa€•o ‡ registada pelo custo de aquisi€•o, sendo posteriormente ajustada face ‹s varia€Šes ocorridas nos capitais pr‚prios da participada.

271
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Neste campo ser•o deduzidos os proveitos ou ganhos que resultem da aplica€•o do m‡todo de equival„ncia patrimonial e que tenham afectado os
resultados do exerc…cio, nos termos do n.ˆ 7 do artigo 18.ˆ do C‚digo do IRC.

Campo 236
40% das RealizaĠes de utilidade social
Nos termos do n.ˆ 9 do artigo 40.ˆ do C‚digo do IRC, os custos relativos ‹ manuten€•o de creches, lactƒrios e jardins-de-infŒncia, em benef…cio do pessoal
da empresa, seus familiares ou outros, s•o imputados, para efeitos de determina€•o do lucro tributƒvel, em mais 40% da quantia efectivamente dispendida,
sendo este acr‡scimo efectuado neste campo.

Artigo 40.€n€s 1 e 9
RealizaĠes de utilidade social

1 - S‚o tamb•m considerados custos ou perdas do exerc†cio os gastos suportados com a manuten€‚o facultativa de creches, lactƒrios, jardins-de-inf’ncia,
cantinas, bibliotecas e escolas, bem como outras realiza€…es de utilidade social, como tal reconhecidas pela Direc€‚o-Geral dos Impostos, feitas em
benef†cio do pessoal ou dos reformados da empresa e respectivos familiares, desde que tenham carƒcter geral e n‚o revistam a natureza de rendimentos
do trabalho dependente ou, revestindo-o, sejam de dif†cil ou complexa individualiza€‚o relativamente a cada um dos beneficiƒrios.

9 - Aos custos referidos no n.Ž 1, quando se reportem „ manuten€‚o de creches, lactƒrios e jardins-de-inf’ncia em benef†cio do pessoal da empresa, seus
familiares ou outros, s‚o imputados, para efeitos de determina€‚o do lucro tributƒvel, mais 40% da quantia efectivamente despendida.

Campo 272
Revers„o de ajustamentos de valores de activos tributados
O Decreto-Lei nˆ 35/2005, de 17 de Fevereiro - o qual transp–s para a ordem jur…dica interna a Directiva 2003/51/CE- cuja publica€•o visa assegurar a
coer„ncia entre a legisla€•o contabil…stica comunitƒria e as Normas Internacionais de Contabilidade – alterou o POC, nomeadamente o seu nˆ 2.9 do
cap…tulo 2 e aditado ao mesmo o nˆ 2.12, pelo que relativamente ‹s provisŠes estas passaram a designar-se:

• Ajustamentos de valores activos, se visam reconhecer as diferen€as entre quantias registadas a custo hist‚rico e as quantias decorrentes da
avalia€•o a pre€os de mercado, se inferior

• ProvisŠes, se t„m por objecto reconhecer as responsabilidades cuja natureza esteja claramente definida e que ‹ data do balan€o sejam de

272
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ocorr„ncia provƒvel ou certa, mas incertas quanto ao seu valor ou data de ocorr„ncia.

A declaraۥo modelo 22 foi adaptada em conformidade com esta nova nomenclatura, tendo sido introduzidos novos campos no Quadro 07 (campos 270 e
272), no modelo cuja entrada em vigor ocorreu em 2006. Refira-se contudo que as altera€Šes introduzidas no impresso n•o reflectem qualquer mudan€a no
tratamento fiscal das provisŠes, mantendo-se at‡ ‹ presente data todas as regras de dedu€•o anteriormente em vigor.

Campo 273
Impostos diferidos
Sempre que tenham sido contabilizados impostos diferidos, ao abrigo da Directriz Contabil…stica nˆ 28, dever•o ser utilizados os campos 271 e 273,
respectivamente

Campo 237
Linha em branco

Campo 238
Soma dos campos 227 a 237

Campo 239 e 240


Se a diferen€a alg‡brica dos campos 226 e 238 der resultado negativo, haverƒ preju…zo para efeitos fiscais, caso contrƒrio lucro tributƒvel que serƒ
transportado para o campo 301 do Quadro 9 para apuramento da mat‡ria colectƒvel.

QUADRO 08
Este Quadro deve ser preenchido exclusivamente por sujeitos passivos com rendimentos sujeitos a redu€‚o de taxa ou quando existam rendimentos que,

273
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embora enquadrados no regime geral, estejam numa das situa€…es referidas nos campos 246, 249, 262, 263 e 264.

OS RENDIMENTOS IMPUTADOS —S REGI”ES AUT–NOMAS, de acordo com os regimes previstos no Decreto Legislativo Regional n.Ž 2/99/A, de 20 de
Janeiro e no Decreto Legislativo Regional n.Ž 2/2001/M, de 20 de Fevereiro, s‚o considerados rendimentos do regime geral.

Este quadro destina-se a dar informa€•o dos vƒrios regimes que beneficiam de redu€•o de taxa de IRC

TABELA DE TAXAS DO IRC

Residentes Exercendo a t…tulo principal 25%


N•o exercendo a t…tulo principal 20%

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N•o exercendo a t…tulo principal 20%
N‚o residentes Com estabelecimento estƒvel 25%
Sem estabelecimento estƒvel – rendimentos prediais 15%
Sem estabelecimento estƒvel - rendimentos de mais-valias e 25%
incrementos patrimoniais obtidos a t…tulo gratuito
N‚o residentes Rendimentos propriedade Intelectual, know-how e 15%
assist„ncia t‡cnica, uso de equipamento agr…cola, industrial
ou comercial e comissŠes por intermedia€•o e outras
presta€Šes de servi€os
N‚o residentes Rendimentos da d…vida p†blica e outros rendimentos de 20%
capitais
N‚o residentes Rendimentos de lucros a entidades residentes na UE Isentos (art‹ 14‹)
N‚o residentes Pr‡mios de lotarias, rifas, apostas m†tuas, bingo e loto 35%

Para al‡m destas est•o tamb‡m previstas em outros diplomas, taxas reduzidas, as quais sinteticamente s•o as seguintes:

TAXAS REDUZIDAS

Artigo 56.ˆ do EBF Estabelecimentos de ensino particular 20%


Juros de dep‚sitos e outros rendimentos de capitais das
Artigo 49.ˆ do EBF 20%
CVR
Incentivos fiscais ‹ interioridade – novas entidades 15%
Artigo 43.ˆ do EBF
Incentivos fiscais ‹ interioridade – regime geral 10%
Artigo 35.ˆ do EBF Entidades Licenciadas na Zona Franca da Madeira 3%
DLR n.ˆ 30-A/M, de 31 de Ind†stria de bordados, tape€arias e ind†stria de vimes -
17,5%
Dezembro R. A. Madeira
Artigo 61.ˆ do EBF
Sociedades de gest•o e investimento imobiliƒrio 25%
At‡ 31/12/2005
275
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Sociedades de gest•o e investimento imobiliƒrio 25%
At‡ 31/12/2005

Campo 242
Estabelecimentos de ensino particular
Os estabelecimentos de ensino particular integrados no sistema educativo t„m a sua taxa de tributa€•o em IRC de 20%.

Artigo 56.€ do EBF


Estabelecimentos de ensino particular

Os rendimentos dos estabelecimentos de ensino particular integrados no sistema educativo ficam sujeitos a tributa€‚o em IRC „ taxa de 20%, salvo se
beneficiarem de taxa inferior.

Campo 243
Juros de dep‚sitos (CVR)
ComissŠes Vitivin…colas Regionais (artigo 52.ˆ do EBF): estas comissŠes, criadas nos termos da Lei n.ˆ 8/85, de 4 de Junho, e legisla€•o complementar,
est•o isentas de IRC, excepto, quanto aos juros de dep‚sitos e outros rendimentos de capitais, que s•o tributados ‹ taxa de 20%;

ARTIGO 52.€ do EBF


Comiss†es vitivin…colas regionais

S‚o isentos de IRC os rendimentos das comiss…es vitivin†colas regionais, reguladas nos termos do Decreto-Lei n.Ž 212/2004, de 23 de Agosto, e legisla€‚o
complementar, com excep€‚o dos juros de depŒsitos e outros rendimentos de capitais, que s‚o tributados „ taxa de 20%.

Campo 245
Incentivos Fiscais • interioridade
Determina o artigo 43.ˆ do EBF, que ‹s empresas que exer€am, directamente e a t…tulo principal, uma actividade econ‚mica de natureza agr…cola, comercial,
industrial ou de presta€•o de servi€os nas ƒreas do interior, adiante designadas ˜ƒreas beneficiƒrias™, s•o concedidos os benef…cios fiscais seguintes:

 ‘ reduzida a 15% a taxa do imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC), prevista no n.ˆ 1 do artigo 80.ˆ do respectivo C‚digo, para as

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entidades cuja actividade principal se situe nas ƒreas beneficiƒrias;

 No caso de instala€•o de novas entidades, cuja actividade principal se situe nas ƒreas beneficiƒrias, a taxa referida no n†mero anterior ‡ reduzida a
10% durante os primeiros cinco exerc…cios de actividade;

S•o condi€Šes, necessƒrias, para usufruir dos benef…cios, que:

 A determina€•o do lucro tributƒvel ser efectuada com recurso a m‡todos directos de avalia€•o;

 Terem situa€•o tributƒria regularizada;

 N•o terem salƒrios em atraso;

 N•o resultarem de cis•o efectuada nos †ltimos dois anos anteriores ‹ usufrui€•o dos benef…cios.

Os benef…cios fiscais previstos no artigo n•o s•o cumulƒveis com outros benef…cios de id„ntica natureza, n•o prejudicando a op€•o por outro mais favorƒvel.

Anteriormente, atrav‡s do DL 171/99 foram criadas diversas medidas de combate ‹ desertifica€•o, incentivadoras da recupera€•o acelerada das zonas do
interior, consubstanciadas em diversos benef…cios fiscais.

Inicialmente este regime era vƒlido apenas at‡ final do ano 2003, tendo sido objecto de altera€Šes e prorroga€Šes pelas leis do or€amento, mantendo-se em
vigor at‡ 2006.

A condi€•o principal para os incentivos fiscais ‡que as entidades exer€am a sua actividade nas ƒreas geogrƒficas delimitadas, as quais foram definidas pela
Portaria n.ˆ 1467-A/2001 de 31.12.

Considera-se que a actividade principal ‡ exercida nas zonas beneficiƒrias quando os sujeitos passivos tenham a sua sede ou direc€•o efectiva nessas
ƒreas e nelas concentre 75% da massa salarial.

Podem beneficiar destes incentivos todas as actividades econ‚micas, que re†nam as condi€Šes supra referidas, relativamente aos exerc…cios iniciados em
1.1.2001, excepto a agricultura e pesca, ind†stria carbon…fera e transportes

O sujeito passivo:

 N•o pode ter salƒrios em atraso

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 Deve ter a situa€•o tributƒria regularizada

 N•o pode ter resultado de cis•o de empresa, efectuada a partir da publica€•o da Lei 171/99

 Deve apresentar as declara€Šes assinadas por T‡cnico Oficial de Contas

 Deverƒ fazer constar do dossier fiscal todos os elementos indispensƒveis ao controlo do benef…cio

Um dos incentivos consubstancia-se na reduۥo da taxa do IRC:

 15%, para as entidades cuja actividade principal se situe nessas ƒreas.

 100%, para as novas entidades cuja actividade principal se situe nas ƒreas beneficiƒrias, mas s‚ durante os primeiros 5 anos

O incentivo correspondente ‹ redu€•o da taxa de IRC n•o pode, nos termos da Portaria 170/2002 de 28.02 ultrapassar 100.000 €, por entidade beneficiƒria,
durante um per…odo de 3 anos.

Artigo 43.€
Benef…cios fiscais relativos • interioridade

1 - ›s empresas que exer€am, directamente e a t†tulo principal, uma actividade econŒmica de natureza agr†cola, comercial, industrial ou de presta€‚o de
servi€os nas ƒreas do interior, adiante designadas ”ƒreas beneficiƒrias•, s‚o concedidos os benef†cios fiscais seguintes:

a) š reduzida a 15% a taxa de IRC, prevista no n.Ž 1 do artigo 80.Ž do respectivo CŒdigo, para as entidades cuja actividade principal se situe nas ƒreas
beneficiƒrias;

b) No caso de instala€‚o de novas entidades, cuja actividade principal se situe nas ƒreas beneficiƒrias, a taxa referida no n‹mero anterior • reduzida a 10%
durante os primeiros cinco exerc†cios de actividade;

c) As reintegra€…es e amortiza€…es relativas a despesas de investimentos at•€ 500.000, com exclus‚o das respeitantes „ aquisi€‚o de terrenos e de
ve†culos ligeiros de passageiros, dos sujeitos passivos de IRC que exer€am a sua actividade principal nas ƒreas beneficiƒrias podem ser deduzidas, para
efeitos da determina€‚o do lucro tributƒvel, com a majora€‚o de 30%;

d) Os encargos sociais obrigatŒrios suportados pela entidade empregadora relativos „ cria€‚o l†quida de postos de trabalho, por tempo indeterminado, nas

278
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ƒreas beneficiƒrias s‚o deduzidos, para efeitos da determina€‚o do lucro tributƒvel, com uma majora€‚o de 50%, uma ‹nica vez por trabalhador admitido
nessa entidade ou noutra entidade com a qual existam rela€…es especiais, nos termos do artigo 58.Ž do CŒdigo do IRC;

e) Os preju†zos fiscais apurados em determinado exerc†cio nos termos do CŒdigo do IRC s‚o deduzidos aos lucros tributƒveis, havendo-os, de um ou mais
dos sete exerc†cios posteriores.

2 - S‚o condi€…es para usufruir dos benef†cios fiscais previstos no n‹mero anterior:

a) A determina€‚o do lucro tributƒvel ser efectuada com recurso a m•todos directos de avalia€‚o;

b) Terem situa€‚o tributƒria regularizada;

c) N‚o terem salƒrios em atraso;

d) N‚o resultarem de cis‚o efectuada nos ‹ltimos dois anos anteriores „ usufrui€‚o dos benef†cios.

3 - Ficam isentas do pagamento de imposto municipal sobre as transmiss…es onerosas de imŒveis as aquisi€…es seguintes:

a) Por jovens, com idade compreendida entre os 18 e os 35 anos, de pr•dio ou frac€‚o autŒnoma de pr•dio urbano situado nas ƒreas beneficiƒrias,
destinado exclusivamente a primeira habita€‚o prŒpria e permanente, desde que o valor sobre o qual incidiria o imposto n‚o ultrapasse os valores mƒximos
de habita€‚o a custos controlados, acrescidos de 50%;

b) De pr•dios ou frac€…es autŒnomas de pr•dios urbanos, desde que situados nas ƒreas beneficiƒrias e afectos duradouramente „ actividade das
empresas.

4 - As isen€…es previstas no n‹mero anterior sŒ se verificam se as aquisi€…es forem devidamente participadas ao servi€o de finan€as da ƒrea onde
estiverem situados os imŒveis a adquirir, mediante declara€‚o de que conste n‚o ter o declarante aproveitado anteriormente de id•ntico benef†cio.

5 - As isen€…es previstas no n.Ž 3 ficam dependentes de autoriza€‚o do Œrg‚o deliberativo do respectivo munic†pio.

6 - Para efeitos do presente artigo, as ƒreas beneficiƒrias s‚o delimitadas de acordo com crit•rios que atendam, especialmente, „ baixa densidade
populacional, ao †ndice de compensa€‚o ou car•ncia fiscal e „ desigualdade de oportunidades sociais, econŒmicas e culturais.

7 - A defini€‚o dos crit•rios e a delimita€‚o das ƒreas territoriais beneficiƒrias, nos termos do n‹mero anterior, bem como todas as normas regulamentares
necessƒrias „ boa execu€‚o do presente artigo, s‚o estabelecidas por portaria do Ministro das Finan€as.

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8 - Os benef†cios fiscais previstos no presente artigo n‚o s‚o cumulativos com outros benef†cios de id•ntica natureza, n‚o prejudicando a op€‚o por outro
mais favorƒvel.

Campo 248
Estatuto Fiscal Cooperativo
Nos termos do artigo 7.ˆ da Lei n.ˆ 85/98, de 16 de Dezembro, a taxa de IRC aplicƒvel ao resultado tributƒvel das Cooperativas ‡ de 20%, com excep€•o
dos resultados provenientes de opera€Šes com terceiros, de actividades alheias aos fins cooperativos e dos abrangidos pela tributa€•o segundo o regime
especial de tributa€•o dos grupos de sociedades, aos quais serƒ aplicƒvel a taxa de 25%

ESTATUTO FISCAL COOPERATIVO


ARTIGO 7.€

3 - A taxa de IRC aplicƒvel ao resultado tributƒvel das cooperativas • de 20%, com excep€‚o dos resultados provenientes de opera€…es com terceiros, de
actividades alheias aos fins cooperativos e dos abrangidos pela tributa€‚o pelo lucro consolidado, aos quais serƒ aplicƒvel a taxa prevista no n.Ž 1 do artigo
69.Ž do CŒdigo do IRC.

EXEMPLO

Uma dada Cooperativa efectua a comercializa€‚o de fruta produzida pelos seus associados.

No exerc†cio de 2008, apresenta um Resultado L†quido de € (40.000), sendo:

 € 32 000, relativos ao sector de comercializa€‚o de fruta produzida pelos associados,

 € 6.000, relativos ao sector de comercializa€‚o de fruta adquirida a terceiros,

 € 2.000, de rendimentos de juros depŒsitos bancƒrios.

Qual o IRC a pagar?

O lucro de € 32.000 estƒ isento.

280
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Os resultados positivos da comercializa€‚o da fruta adquirida a terceiros (n‚o associados) e os juros de depŒsitos bancƒrios est‚o sujeitos „ taxa normal de
IRC.

O IRC de 2008 serƒ: (€ 6.000,00 + € 2.000,00) x 25% = € 2.000,00

Campo 260
Entidades licenciadas na Zona Franca da Madeira
Os rendimentos referidos no nˆ 1 do art. 35ˆdo EBF, relativos a actividades licenciadas na Zona Franca da Madeira a partir de 1.1.2003 at‡ 31.12.2006 s•o
tributados em IRC at‡ 31 de Dezembro de 2011 nos seguintes termos:

 2003 e 2004: 1%

 2005 e 2006: 2%

 2007 a 2011: 3%

Artigo 35.€ do EBF


Regime especial aplicŽvel •s entidades licenciadas na zona franca da Madeira a partir de 1 de Janeiro de 2003

1 - Os rendimentos das entidades licenciadas a partir de 1 de Janeiro de 2003 e at• 31 de Dezembro de 2006 para o exerc†cio de actividades industriais,
comerciais, de transportes mar†timos e de outros servi€os n‚o exclu†dos do presente regime que observem os respectivos condicionalismos previstos no n.Ž
1 do artigo 33.Ž s‚o tributados em IRC, at• 31 de Dezembro de 2011, nos seguintes termos:

a) Nos anos de 2003 e 2004, „ taxa de 1%;

b) Nos anos de 2005 e 2006, „ taxa de 2%;

c) Nos anos de 2007 a 2011, „ taxa de 3%.

2 - As entidades referidas no n‹mero anterior que pretendam beneficiar do presente regime dever‚o observar um dos seguintes tipos de requisitos:
(Redac€‚o dada pelo Decreto-Lei n.Ž 163/2003, de 24 de Julho)

281
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a) Cria€‚o de um at• cinco postos de trabalho nos seis primeiros meses de actividade e realiza€‚o de um investimento m†nimo de € 75 000 na aquisi€‚o de
activos fixos, corpŒreos ou incorpŒreos, nos dois primeiros anos de actividade;

b) Cria€‚o de seis ou mais postos de trabalho nos primeiros seis meses de actividade.

3 - As entidades referidas nos n‹meros anteriores ficar‚o sujeitas „ limita€‚o do benef†cio a conceder atrav•s da aplica€‚o de plafonds mƒximos „ mat•ria
colectƒvel objecto do benef†cio fiscal em sede de imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas, nos termos seguintes:

a) Cria€‚o de 1 at• 2 postos de trabalho — € 1.500.000;

b) Cria€‚o de 3 at• 5 postos de trabalho — € 2.000.000;

c) Cria€‚o de 6 at• 30 postos de trabalho — € 12.000.000;

d) Cria€‚o de 31 at• 50 postos de trabalho — € 20.000.000;

e) Cria€‚o de 51 at• 100 postos de trabalho — € 30.000.000;

f) Cria€‚o de mais de 100 postos de trabalho — € 125.000.000.

4 - A inser€‚o das entidades licenciadas nos escal…es de plafonds constantes do n.Ž 3 deverƒ efectuar-se em fun€‚o do n‹mero de postos de trabalho nelas
existentes em cada exerc†cio.

5 - Os rendimentos das sociedades gestoras de participa€…es sociais licenciadas a partir de 1 de Janeiro de 2003 e at• 31 de Dezembro de 2006 s‚o
tributados em IRC nos termos referidos no n.Ž 1, salvo os obtidos no territŒrio portugu•s, exceptuadas as zonas francas, ou em outros Estados membros da
Comunidade Europeia, que s‚o tributados nos termos gerais.

6 - As entidades referidas no n.Ž 1 que prossigam actividades industriais beneficiam ainda de uma dedu€‚o de 50% „ colecta do IRC desde que preencham,
pelo menos, duas das seguintes condi€…es:

a) Contribuam para a moderniza€‚o da economia regional, nomeadamente atrav•s da inova€‚o tecnolŒgica de produtos e de processos de fabrico ou de
modelos de negŒcio;

b) Contribuam para a diversifica€‚o da economia regional, nomeadamente atrav•s do exerc†cio de novas actividades de elevado valor acrescentado;

282
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c) Contribuam para a fixa€‚o na Regi‚o de recursos humanos de elevado m•rito e compet•ncia nos dom†nios t•cnico-cient†ficos;

d) Contribuam para a melhoria das condi€…es ambientais;

e) Criem, pelo menos, 15 postos de trabalho, que dever‚o ser mantidos durante um per†odo m†nimo de cinco anos.

7 - As entidades licenciadas na zona franca da Madeira a partir de 1 de Janeiro de 2003 e at• 31 de Dezembro de 2006 poder‚o, designadamente, exercer
as seguintes actividades econŒmicas:

a) Actividades dos servi€os relacionados com a agricultura e com a produ€‚o animal, excepto servi€os de veterinƒria e servi€os relacionados com a
silvicultura e a explora€‚o florestal (NACE A, 01.4 e 02.02);

b) Pesca, aquicultura e servi€os relacionados (NACE B, 05);

c) Ind‹strias transformadoras (NACE D);

d) Produ€‚o e distribui€‚o de electricidade, gƒs e ƒgua (NACE E, 40);

e) Com•rcio por grosso (NACE G, 50 e 51);

f) Transportes, armazenagem e comunica€…es (NACE I, 60, 61, 62, 63 e 64);

g) Actividades imobiliƒrias, alugueres e servi€os prestados „s empresas (NACE K, 70, 71, 72, 73 e 74);

h) Ensino superior, ensino para adultos e outras actividades educativas (NACE M, 80.3 e 80.4);

i) Outras actividades de servi€os colectivos (NACE O, 90, 92 e 93.01).

8 - Da lista de actividades prevista no n‹mero anterior encontram-se exclu†das as actividades de intermedia€‚o financeira, de seguro e das institui€…es
auxiliares de intermedia€‚o financeira e de seguros, bem como as actividades do tipo ”servi€os intragrupo•, designadamente centros de coordena€‚o, de
tesouraria e de distribui€‚o.

9 - ›s restantes situa€…es n‚o referidas nos n‹meros anteriores s‚o aplicƒveis, nos termos da legisla€‚o respectiva e relativamente „s actividades
industriais, comerciais, de transporte mar†timo e de outros servi€os n‚o exclu†dos do presente regime, os demais benef†cios fiscais e condicionalismos

283
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actualmente vigentes na zona franca da Madeira.

Campo 265
Entidades licenciadas na Zona Franca da Madeira
Os rendimentos referidos no nˆ 1 do art. 36ˆ do EBF, relativos a actividades licenciadas na Zona Franca da Madeira a partir de 1.1.2007 at‡ 31.12.2013 s•o
tributados em IRC at‡ 31 de Dezembro de 2020 nos seguintes termos:

 Anos de 2007 a 2009, ‹ taxa de 3%;

 Anos de 2010 a 2012, ‹ taxa de 4%;

 Anos de 2013 a 2020, ‹ taxa de 5%.

Artigo 36.€
Regime especial aplicŽvel •s entidades licenciadas na Zona Franca da Madeira a partir de 1 de Janeiro de 2007

1 - Os rendimentos das entidades licenciadas, a partir de 1 de Janeiro de 2007 e at• 31 de Dezembro de 2013, para o exerc†cio de actividades industriais,
comerciais, de transportes mar†timos e de outros servi€os n‚o exclu†dos do presente regime, que observem os respectivos condicionalismos previstos no
n.Ž 1 do artigo 33.Ž do presente Estatuto, s‚o tributados em IRC, at• 31 de Dezembro de 2020, nos seguintes termos:

a) Nos anos de 2007 a 2009, „ taxa de 3%;

b) Nos anos de 2010 a 2012, „ taxa de 4%;

c) Nos anos de 2013 a 2020, „ taxa de 5%.

2 - As entidades referidas no n‹mero anterior que pretendam beneficiar do presente regime devem iniciar as suas actividades no prazo de seis meses, no
caso de servi€os internacionais, e de um ano, no caso de actividades industriais ou de registo mar†timo, contado da data de licenciamento e devem ainda
observar um dos seguintes requisitos de elegibilidade:

a) Cria€‚o de um a cinco postos de trabalho, nos seis primeiros meses de actividade e realiza€‚o de um investimento m†nimo de € 75.000 na aquisi€‚o de
activos fixos corpŒreos ou incorpŒreos, nos dois primeiros anos de actividade;

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b) Cria€‚o de seis ou mais postos de trabalho, nos seis primeiros meses de actividade.

3 - As entidades referidas nos n‹meros anteriores ficam sujeitas „ limita€‚o do benef†cio a conceder, atrav•s da aplica€‚o de plafonds mƒximos „ mat•ria
colectƒvel a que • aplicƒvel a taxa reduzida prevista, nos termos seguintes:

a) 2 milh…es de euros pela cria€‚o de 1 e at• 2 postos de trabalho;

b) 2,6 milh…es de euros pela cria€‚o de 3 e at• 5 postos de trabalho;

c) 16 milh…es de euros pela cria€‚o de 6 e at• 30 postos de trabalho;

d) 26 milh…es de euros pela cria€‚o de 31 e at• 50 postos de trabalho;

e) 40 milh…es de euros, pela cria€‚o de 51 e at• 100 postos de trabalho;

f) 150 milh…es de euros pela cria€‚o de mais de 100 postos de trabalho.

4 - Os limites mƒximos da mat•ria colectƒvel previstos no n‹mero anterior s‚o determinados em fun€‚o do n‹mero de postos de trabalho que as entidades
beneficiƒrias mant•m em cada exerc†cio.

5 - As entidades referidas no n.Ž 1 que prossigam actividades industriais beneficiam ainda de uma dedu€‚o de 50% „ colecta do IRC desde que preencham,
pelo menos, duas das seguintes condi€…es:

a) Contribuam para a moderniza€‚o da economia regional, nomeadamente atrav•s da inova€‚o tecnolŒgica de produtos e de processos de fabrico ou de
modelos de negŒcio;

b) Contribuam para a diversifica€‚o da economia regional, nomeadamente atrav•s do exerc†cio de novas actividades de elevado valor acrescentado;

c) Promovam a contrata€‚o de recursos humanos altamente qualificados;

d) Contribuam para a melhoria das condi€…es ambientais;

e) Criem, pelo menos, 15 postos de trabalho, que devem ser mantidos durante um per†odo m†nimo de cinco anos.

6 - As entidades licenciadas na Zona Franca da Madeira, a partir de 1 de Janeiro de 2007 e at• 31 de Dezembro de 2013, podem, designadamente, exercer

285
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as seguintes actividades econŒmicas relacionadas com:

a) Agricultura e com a produ€‚o animal (NACE Rev. 1.1, sec€‚o A, cŒdigos 01.4 e 02.02);

b) Pesca, aquicultura e servi€os relacionados (NACE Rev. 1.1, sec€‚o B, cŒdigo 05);

c) Ind‹strias transformadoras (NACE Rev. 1.1, sec€‚o D);

d) Produ€‚o e distribui€‚o de electricidade, gƒs e ƒgua (NACE Rev. 1.1, sec€‚o E, cŒdigo 40);

e) Com•rcio por grosso (NACE Rev. 1.1, sec€‚o G, cŒdigos 50 e 51);

f) Transportes e comunica€…es (NACE Rev. 1.1, sec€‚o I, cŒdigos 60, 61, 62, 63 e 64);

g) Actividades imobiliƒrias, alugueres e servi€os prestados „s empresas (NACE Rev. 1.1, sec€‚o K, cŒdigos 70, 71, 72, 73 e 74);

h) Ensino superior, ensino para adultos e outras actividades educativas (NACE Rev. 1.1, sec€‚o M, cŒdigos 80.3 e 80.4);

i) Outras actividades de servi€os colectivos (NACE Rev. 1.1, sec€‚o O, cŒdigos 90, 92 e 93.01).

7 - Da lista de actividades prevista no n‹mero anterior encontram-se exclu†das as actividades de intermedia€‚o financeira, de seguros e das institui€…es
auxiliares de intermedia€‚o financeira e de seguros (NACE Rev. 1.1, sec€‚o J, 65, 66 e 67) bem como as actividades do tipo ”servi€os intragrupo•,
designadamente centros de coordena€‚o, de tesouraria e de distribui€‚o (NACE Rev. 1.1, sec€‚o K, cŒdigo 74).

8 - Os rendimentos das sociedades gestoras de participa€…es sociais licenciadas a partir de 1 de Janeiro de 2007 e at• 31 de Dezembro de 2013 s‚o
tributados em IRC nos termos referidos no n.Ž 1, salvo os obtidos no territŒrio portugu•s, exceptuadas as zonas francas, ou em outros Estados membros da
Uni‚o Europeia, que s‚o tributados nos termos gerais.

9 - ›s restantes situa€…es n‚o referidas nos n‹meros anteriores s‚o aplicƒveis, nos termos da legisla€‚o respectiva e relativamente „s actividades
industriais, comerciais, de transportes mar†timos e de outros servi€os n‚o exclu†dos do presente regime, os demais benef†cios fiscais e condicionalismos
actualmente vigentes na Zona Franca da Madeira.

10 - As entidades que estejam licenciadas ao abrigo dos regimes previstos nos artigos 33.Ž e 34.Ž do presente Estatuto podem beneficiar do novo regime, a
partir de 1 de Janeiro de 2012.

286
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Campo 261
Industria dos bordados, tapeƒarias e Industria de vimes
Nos ternos do Decreto Legislativo Regional n.ˆ 30-A/2003/M, de 31 de Dezembro, as entidades que desenvolvam actividades de ind†stria de bordados,
tape€arias e ind†stria de vimes beneficiaram de uma taxa de IRC de 17,5%.

Todos os sujeitos passivos nestas situa‚†es assinalam o campo 5 do Quadro 03.4

REGIME GERAL

OS RENDIMENTOS IMPUTADOS —S REGI”ES AUT–NOMAS, de acordo com os regimes previstos no Decreto Legislativo Regional n.Ž 2/99/A, de 20 de
Janeiro e no Decreto Legislativo Regional n.Ž 2/2001/M, de 20 de Fevereiro, s‚o considerados rendimentos do regime geral.

Campo 246
Regi„o Aut‚noma dos Aƒores
Os sujeitos passivos que tenham rendimentos imputados ‹ Regi•o Aut‚noma dos A€ores e como tal suscept…veis de poderem beneficiar de redu€•o de
taxa, ter•o obrigatoriamente de apresentar o Anexo C ‹ declara€•o Modelo 22.

As taxas aplicƒveis ‹ Regiƒo Aut€noma dos A‚ores correspondem ‹s taxas nacionais reduzidas em 30% (Decreto Legislativo Regional 02/99/A, de 20 de

287
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Janeiro) o que se traduz, para 2007 e seguintes:

 Numa taxa de 17,5% para os sujeitos passivos do Regime Geral

25% x 30% = 7,5% 25% - 7,5% = 17,5%

 Numa taxa de 14% para os sujeitos passivos enquadrados no Regime Simplificado de Determina€•o do Lucro Tributƒvel:

20% x 30% = 6% 20% - 6% = 14%

Decreto Legislativo Regional n.€ 2/99/A


Artigo 5€

1- ›s taxas nacionais do imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas, em vigor em cada ano, • aplicada uma redu€‚o de 30%.

2- A diminui€‚o da taxa nacional aplica-se ao IRC:

a) Devido por pessoas colectivas ou equiparadas que tenham a sede, direc€‚o efectiva ou estabelecimento estƒvel nos A€ores;

b) Devido por pessoas colectivas ou equiparadas que tenham sede ou direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s e possuam sucursais, delega€…es,
ag•ncias, escritŒrios, instala€…es ou quaisquer formas de representa€‚o permanente sem personalidade jur†dica prŒprias em mais de uma
circunscri€‚o;

c) Retido, a t†tulo definitivo, os rendimentos gerados na Regi‚o AutŒnoma dos A€ores, relativamente „s pessoas colectivas ou equiparadas que n‚o
tenham sede, direc€‚o efectiva ou estabelecimento estƒvel em territŒrio nacional.

3. O Imposto devido nos termos da al†nea b) do n.Ž 2 • determinado pela propor€‚o entre o volume anual correspondente „s instala€…es situadas nos
A€ores e o volume anual, total, de negŒcios do exerc†cio.

4. Na aplica€‚o da al†nea b), relativamente aos estabelecimentos estƒveis de entidades n‚o residentes, o volume de negŒcios efectuado no estrangeiro
serƒ imputado „ Regi‚o se o estabelecimento estƒvel, onde se centraliza a escrita, se situar nos A€ores.

Campo 249

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Regi„o Aut‚noma da Madeira


Os sujeitos passivos que tenham rendimentos imputados ‹ Regi•o Aut‚noma da Madeira e como tal suscept…veis de poderem beneficiar de redu€•o de
taxa, ter•o obrigatoriamente de apresentar o Anexo C ‹ declara€•o Modelo 22 e ser•o tributados ‹ taxa de 20%.

Com a publica€•o do Decreto Legislativo Regional n.ˆ 2/2001/M (Redac€•o dada pelo Decreto Legislativo Regional n.ˆ 2-A/2008/M, de 16 de Janeiro), a taxa
regional do regime geral do IRC (20%) passou a ser aplicƒvel, para os exerc…cios de 2008 e seguintes, a sujeitos passivos que:

a) Tenham sede, direc€•o efectiva ou estabelecimento estƒvel na Regi•o Aut‚noma da Madeira;

b) Tenham sede ou direc€•o efectiva noutra circunscri€•o e possuam sucursais, delega€Šes, ag„ncias, escrit‚rios, instala€Šes ou quaisquer formas de
representa€•o permanente sem personalidade jur…dica pr‚pria na Regi•o Aut‚noma da Madeira;

c) Tenham sede ou direc€•o efectiva fora do territ‚rio nacional e possuam estabelecimento estƒvel na Regi•o Aut‚noma da Madeira.

Os sujeitos passivos que obtenham rendimentos sujeitos a tributa€•o, imputƒveis ‹ Regi•o, est•o obrigados ‹ apresenta€•o do Anexo C da declara€•o
modelo 22, devendo proceder ao seu preenchimento integral.

Campo 262
Rendimentos Prediais de entidades n„o residentes sem estabelecimento estŽvel
Nos termos da al…nea f) n.ˆ 2 do art. 80.ˆ do CIRC a taxa aplicar aos rendimentos prediais auferidos por entidades n•o residentes sem estabelecimento
estƒvel ‡ de 15%.

Artigo 80.€

2 - Tratando-se de rendimentos de entidades que n‚o tenham sede nem direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s e a† n‚o possuam estabelecimento
estƒvel ao qual os mesmos sejam imputƒveis, a taxa do IRC • de 25%, excepto relativamente aos seguintes rendimentos:

f) Rendimentos prediais em que a taxa • de 15%.

Campo 263
Mais Valias/Incrementos patrimoniais obtidos por entidades n„o residentes sem estabelecimento estŽvel

289
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Os rendimentos de entidades n•o residentes que n•o disponham de estabelecimento estƒvel em territ‚rio portugu„s ao qual os mesmos sejam imputƒveis,
referentes a mais-valias/incrementos patrimoniais est•o sujeitos ƒ taxa de 25%.

Campo 264
Rendimentos de capitais obtidos por entidades n„o residentes sem estabelecimento estŽvel
Nos termos da al…nea c) n.ˆ 2 do art. 80.ˆ do CIRC a taxa aplicar aos rendimentos de capitais auferidos por entidades n•o residentes sem estabelecimento
estƒvel ‡ de 20%.

Artigo 80.€

2 - Tratando-se de rendimentos de entidades que n‚o tenham sede nem direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s e a† n‚o possuam estabelecimento
estƒvel ao qual os mesmos sejam imputƒveis, a taxa do IRC • de 25%, excepto relativamente aos seguintes rendimentos:

c)Rendimentos de t†tulos de d†vida e outros rendimentos de capitais n‚o expressamente tributados a taxa diferente, em que a taxa • de 20%.

QUADRO 09
Apuramento da matˆria colectŽvel
Este Quadro • de preenchimento OBRIGATŒRIO, mesmo nos casos em que o valor apurado n‚o d• origem ao pagamento do imposto.

Os valores das dedu€…es, a efectuar pela ordem indicada, devem ser inscritos somente at• „ concorr•ncia do lucro tributƒvel.

No regime simplificado, o valor a indicar no campo 400 n‚o pode ser inferior ao limite m†nimo referido, excepto nas situa€…es previstas no n.Ž 16 do artigo
53.Ž do CIRC.

A discrimina€‚o dos valores dos eventuais benef†cios fiscais indicados serƒ feita na declara€‚o de informa€‚o empresarial simplificada a que se refere a
al†nea c) do n.Ž 1 do artigo 109.Ž do CIRC.

Os valores da mat•ria colectƒvel a inscrever nos campos 311, 322, 333 ou 409, consoante o caso, s‚o sempre preenchidos.

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Havendo rendimentos imputƒveis „s Regi…es AutŒnomas dos A€ores e da Madeira, deve a correspondente colecta ser determinada no Anexo C, n‚o
devendo, por tal facto, ser autonomizados na coluna de redu€‚o de taxa deste Quadro, com excep€‚o das situa€…es expressamente previstas no Quadro
08.

Grupos de sociedades

Quando se tratar de declara€‚o do grupo, o lucro tributƒvel a inscrever no campo 382 corresponde „ diferen€a dos valores inscritos nos campos 380 e 381.
A respectiva mat•ria colectƒvel obt•m-se pela dedu€‚o a este valor de lucro tributƒvel dos montantes constantes dos campos 309 e 310.

No campo 381 sŒ deve ser inclu†da a parte dos lucros distribu†dos entre as sociedades do grupo que se encontre inclu†da nas bases tributƒveis individuais.

Todas as dedu€…es relativas ao regime especial de tributa€‚o de grupos de sociedades, s‚o efectuadas na coluna do regime geral.

Deduƒ„o de preju…zos

Os preju†zos fiscais dedut†veis devem corresponder aos preju†zos fiscais verificados em cada um dos exerc†cios, l†quidos do montante eventualmente jƒ
deduzido, nos termos do artigo 47.Ž do CIRC.

Havendo preju†zos de vƒrios exerc†cios a reportar, a dedu€‚o faz-se come€ando pelos preju†zos verificados hƒ mais tempo, transferindo-se para os
exerc†cios imediatos, por ordem cronolŒgica de ocorr•ncia, os preju†zos que n‚o for poss†vel deduzir por insufici•ncia do lucro tributƒvel, dentro do limite
dos seis exerc†cios seguintes ao da ocorr•ncia do preju†zo.

O campo 395 (dedu€‚o de preju†zos relativos ao ano N-7) • utilizado em conformidade com o disposto na al†nea e) do n.Ž 1 do artigo 43.Ž do Estatuto dos
Benef†cios Fiscais, sendo aplicƒvel a preju†zos fiscais dedut†veis e ocorridos em exerc†cios posteriores a 2001.

Nos termos do n.Ž 3 do artigo 47.Ž do CIRC, a dedu€‚o de preju†zos para os sujeitos passivos do regime simplificado n‚o pode prejudicar o limite m†nimo da
mat•ria colectƒvel a que se refere o n.Ž 4 do artigo 53.Ž do CIRC.

Nos termos dos n.Ž 1 e 3 do artigo 69.Ž do CIRC, pode ser autorizada a transmissibilidade de preju†zos fiscais no ’mbito de uma opera€‚o de fus‚o, cis‚o
ou de entrada de activos, mediante despacho do Ministro das Finan€as que fixarƒ um plano espec†fico de dedu€‚o de preju†zos.

Do mesmo modo, sempre que seja cessada a actividade de um sujeito passivo em virtude da transfer•ncia da sede ou direc€‚o efectiva para fora do

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territŒrio portugu•s, mas seja aqui mantido um estabelecimento estƒvel, este pode aproveitar dos preju†zos anteriores „quela cessa€‚o, na medida em que
correspondam aos elementos patrimoniais afectos ao estabelecimento estƒvel e seja obtida a autoriza€‚o do Director-Geral dos Impostos, ao abrigo do n.Ž
1) da al†nea c) do n.Ž 1 do artigo 15.Ž do CIRC.

Nos termos do n.Ž 8 do artigo 47.Ž do CIRC, os preju†zos fiscais n‚o s‚o dedut†veis quando se verificar, „ data do termo do per†odo de tributa€‚o em que •
efectuada a dedu€‚o, que, em rela€‚o „quele a que respeitam os preju†zos, foi modificado o objecto social da entidade a que respeita ou alterada, de forma
substancial, a natureza da actividade anteriormente exercida ou que se verificou a altera€‚o da titularidade de, pelo menos, 50% do capital social ou da
maioria dos direitos de voto.

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Neste Quadro procede-se ‹ discrimina€•o da mat‡ria colectƒvel pelos regimes de tributa€•o respectivos.

O somat‚rio dos campos 301 ou 302, com o 312 ou 313 e 323 ou 324, terƒ de corresponder ao valor apurado no campo 239 ou 240 do Quadro 07,
conforme o caso.

Os sujeitos passivos que n•o exer€am a t…tulo principal, actividade de natureza comercial, industrial ou agr…cola e os n•o residentes sem estabelecimento
estƒvel, n•o preenchem o Quadro 07, mas utilizar•o as colunas relativas ao regime de redu€•o de taxa deste Quadro, para apuramento da mat‡ria
colectƒvel.

Entidades que n„o exercem a t…tulo principal actividades de natureza comercial, industrial ou agr…cola

Regimes de tributa€‚o (Quadro 03.4):

O Quadro 08 n‚o • preenchido

Cƒlculo do imposto (Quadro 09 e 10):

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Exemplo

A ADC • uma associa€‚o desportiva e cultural legalmente constitu†da e com enquadramento no artigo 11.Ž do CIRC

No ano de 2008 apresenta os seguintes rendimentos:

• Quotas de associados: € 6.000,00

• Rendimentos l†quidos do bar da associa€‚o: € 2.000,00

• Subs†dio destinados aos fins estatutƒrios: € 1.500,00

Resoluƒ„o

Quotas de associados: € 6.000,00

Rendimento n‚o sujeito a imposto (n.Ž 3 do artigo 49.Ž do CIRC)

Subs†dio: € 1.500,00

Rendimento n‚o sujeito a imposto (n.Ž 3 do artigo 49.Ž do CIRC)

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Rendimentos l†quidos do bar da associa€‚o: € 2.000,00

Rendimento sujeito a imposto (artigo 11.Ž do CIRC) mas isento por for€a do artigo 54.Ž EBF

Tamb‡m n•o preenchem o Quadro 07, os sujeitos passivos enquadrados no regime simplificado de determina€•o do lucro tributƒvel, sendo este valor
apurado no Anexo B e transportado para o campo 400 do Quadro 09.

Uma vez indicado o lucro tributƒvel podem ser deduzidos os preju…zos fiscais dedut…veis nos termos do artigo 47.ˆ do C‚digo do IRC.

Artigo 47.€
Deduƒ„o de preju…zos fiscais

1 - Os preju†zos fiscais apurados em determinado exerc†cio, nos termos das disposi€…es anteriores, s‚o deduzidos aos lucros tributƒveis, havendo-os, de
um ou mais dos seis exerc†cios posteriores.

2 - Sem preju†zo do disposto no n‹mero seguinte, nos exerc†cios em que tiver lugar o apuramento do lucro tributƒvel com base em m•todos indirectos, os
preju†zos fiscais n‚o s‚o dedut†veis, ainda que se encontrem dentro do per†odo referido no n‹mero anterior, n‚o ficando, por•m, prejudicada a dedu€‚o,
dentro daquele per†odo, dos preju†zos que n‚o tenham sido anteriormente deduzidos.

3 - A determina€‚o do lucro tributƒvel segundo o regime simplificado n‚o prejudica a dedu€‚o, nos termos do n.Ž 1, dos preju†zos fiscais apurados em
per†odos anteriores „quele em que se iniciar a aplica€‚o do regime, excepto se da aplica€‚o dos coeficientes previstos no n.Ž 4 do artigo 53.Ž, isoladamente
ou apŒs a referida dedu€‚o de preju†zos, resultar lucro tributƒvel inferior ao limite m†nimo previsto na parte final do mesmo n‹mero, caso em que o lucro

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tributƒvel a considerar • o correspondente a esse limite.

4 - Quando se efectuarem correc€…es aos preju†zos fiscais declarados pelo sujeito passivo, devem alterar-se, em conformidade, as dedu€…es efectuadas,
n‚o se procedendo, por•m, a qualquer anula€‚o ou liquida€‚o, ainda que adicional, do IRC, se forem decorridos mais de seis anos relativamente „quele a
que o lucro tributƒvel respeite.

5 - No caso de o contribuinte beneficiar de isen€‚o parcial e ou de redu€‚o de IRC, os preju†zos fiscais sofridos nas respectivas explora€…es ou actividades
n‚o podem ser deduzidos, em cada exerc†cio, dos lucros tributƒveis das restantes.

6 - O per†odo mencionado na al†nea d) do n.Ž 4 do artigo 8.Ž, quando inferior a seis meses, n‚o conta para efeitos da limita€‚o temporal estabelecida no n.Ž
1.

7 - Os preju†zos fiscais respeitantes „s sociedades mencionadas no n.Ž 1 do artigo 6.Ž s‚o deduzidos unicamente dos lucros tributƒveis das mesmas
sociedades.

8 - O previsto no n.Ž 1 deixa de ser aplicƒvel quando se verificar, „ data do termo do per†odo de tributa€‚o em que • efectuada a dedu€‚o, que, em rela€‚o
„quele a que respeitam os preju†zos, foi modificado o objecto social da entidade a que respeita ou alterada, de forma substancial, a natureza da actividade
anteriormente exercida ou que se verificou a altera€‚o da titularidade de, pelo menos, 50% do capital social ou da maioria dos direitos de voto. (Redac€‚o
dada pela Lei n.Ž 39-A/2005, de 29 de Julho)

9 - O Ministro das Finan€as pode autorizar, em casos especiais de reconhecido interesse econŒmico e, mediante requerimento a apresentar na
Direc€‚o-Geral dos Impostos, antes da ocorr•ncia das altera€…es referidas no n‹mero anterior, que n‚o seja aplicƒvel a limita€‚o a† prevista.

10 - No caso de a modifica€‚o do objecto social ou a altera€‚o substancial da natureza da actividade anteriormente exercida ser consequ•ncia da
realiza€‚o de uma opera€‚o de fus‚o, cis‚o ou entrada de activos „ qual se aplique o regime previsto no artigo 68.Ž, o requerimento referido no n‹mero
anterior pode ser apresentado at• ao fim do m•s seguinte ao pedido do registo da opera€‚o na conservatŒria do registo comercial.

S‚ podem ser deduzidos preju…zos fiscais do exerc…cio n-6, quando este corresponda ao exerc…cio de 1996 ou posterior, uma vez que a altera€•o efectuada
ao n.ˆ 1 do ex-artigo 46.ˆ, elevando de cinco para seis anos a possibilidade de dedu€•o de preju…zos, entrou em vigor com o Decreto-Lei n.ˆ 18/97, de 21 de
Janeiro.

n.€ 2 do art. 3.€ do DL n.€ 18/97, de 21.01

As altera€…es (passagem de cinco para seis anos) sŒ se aplicam „s menos-valias e aos preju†zos fiscais apurados a partir do exerc†cio de 1996, inclusive.

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De salientar que nos exerc…cios em que o apuramento do lucro tributƒvel seja efectuado com base em m•todos indirectos, os preju„zos fiscais nƒo sƒo
dedut„veis, ainda que se encontrem dentro do per…odo referido.

Uma vez indicados os preju…zos fiscais dedut…veis, podem os mesmos ser deduzidos nos campos respectivos (309, 320 ou 331) at‡ ‹ concorr„ncia do lucro
tributƒvel, ou seja, o valor a indicar nestes campos n•o pode ser superior ao lucro tributƒvel, para cada um dos regimes de tributa€•o.

Considerando como N o exerc…cio a que respeita a declara€•o deverƒ inscrever-se, no respectivos campos, os preju…zos imputƒveis a cada exerc…cio
anterior, assim:

EXEMPLO 01

A empresa X, Ld• sujeita ao regime geral apresentou os seguintes resultados nos anos de 2001 a 2008:

Dedu€…es Efectuadas
2001 - 5 000 ,00 0
2002 - 2 000 ,00 0
2003 + 10 000 ,00 7 000 ,00
2005 + 3 000 ,00 0
2006 - 5 000 ,00 0
2007 + 1 000 ,00 1 000 ,00
2008 + 2 000,00 2 000,00

Se no exerc†cio de 2008 tiver um lucro de 2 500,00, deve preencher este quadro da seguinte forma:

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EXEMPLO

A firma Alfabeta, SA teve no ano de 2006, um lucro de 10 000,00, ao qual poderƒ deduzir os preju†zos de 2001 no valor de 500,00 e de 2003 no valor de 6
000,00.

A firma tem ainda benef†cios fiscais dedut†veis ƒ mat•ria colectƒvel no montante de 4 000,00.

Deverƒ preencher assim o Quadro 9:

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As dedu€Šes, (preju…zos fiscais ou benef…cios fiscais) devem ser inscritos apenas at• … concorr‡ncia do Lucro Tributƒvel e pela ordem indicada no
quadro. Se as dedu€Šes forem iguais ao Lucro Tributƒvel o valor do campo 311 serƒ igual a zero.

Aos campos 314 a 319, 325 a 330 e 401 a 406 aplica-se a mesma regra, tendo em atenۥo a imputaۥo a cada regime de tributaۥo.

Nos termos do n.ˆ 5 do artigo 47.ˆ, se o sujeito passivo beneficiar de isen€•o parcial e ou de redu€•o de taxa de IRC, os preju…zos fiscais sofridos nas
respectivas actividades ou explora€Šes n•o poder•o ser deduzidos, em cada exerc…cio, dos lucros tributƒveis das restantes.

FICHA DOUTRIN•RIA
Assunto: Deduƒ„o de preju…zos fiscais

Processo: 1664/06, com despacho do Subdirector-Geral do IR de 2006.11.21

Conte‹do: De acordo com o n.Ž 1 do art. 47.Ž do CIRC, os preju†zos fiscais apurados em determinado exerc†cio s‚o deduzidos aos lucros tributƒveis,
havendo-os, de um ou mais dos seis exerc†cios posteriores.

Quando o contribuinte beneficiar de isen€‚o parcial e ou de redu€‚o de IRC, os preju†zos fiscais sofridos nas respectivas explora€…es ou actividades n‚o
podem ser deduzidos, em cada exerc†cio, dos lucros tributƒveis das restantes (n.Ž 5 do art. 47.Ž do CIRC).

Assim, e conforme o disposto na al†nea b) do n.Ž 3 do art. 17.Ž do CIRC, • necessƒrio efectuar uma separa€‚o dos resultados imputƒveis a cada um dos
regimes de tributa€‚o, de modo a que os preju†zos apurados em regime de isen€‚o parcial e ou de redu€‚o de IRC n‚o possam ser deduzidos aos
restantes.

Por•m, terminada a aplica€‚o do regime de isen€‚o parcial ou de redu€‚o de taxa, considera-se que o remanescente de um preju†zo sofrido numa
actividade isenta ou com redu€‚o de taxa, que n‚o foi poss†vel reportar aos lucros tributƒveis sujeitos a id•ntico regime de tributa€‚o, pode vir a ser
reportado, desde que observados os limites temporais gerais que permitem o reporte, nos lucros tributƒveis da mesma empresa respeitantes ao conjunto
das suas actividades.

Assim, no caso de uma isen€‚o temporƒria de ’mbito geral, n‚o se p…e qualquer problema de reporte de preju†zos pois os preju†zos fiscais verificados
durante o per†odo de isen€‚o s‚o reportƒveis aos lucros tributƒveis apurados apŒs o termo da isen€‚o, observado o prazo em que essa dedu€‚o • poss†vel.

Campos 380, 381 e 382


REGIME ESPECIAL DOS GRUPOS DE SOCIEDADES

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Determina‚ƒo do lucro tributˆvel do grupo

O lucro tributƒvel ‡ calculado pela sociedade dominante atrav‡s da soma alg‡brica dos lucros tributƒveis e dos preju…zos fiscais apurados nas declara€Šes
individuais das sociedades pertencentes ao grupo.

Dedu‚ƒo dos preju„zos fiscais

Os preju…zos fiscais das sociedades do grupo relativos a exerc…cios an-teriores ao do in…cio de aplica€•o do regime s‚ podem ser deduzidos ao lucro
tributƒvel do grupo at‡ ‹ concorr„ncia do lucro tributƒvel da sociedade a que respeitem.

Terminada a aplica€•o do regime, podem as sociedades do grupo deduzir aqueles preju…zos na medida em que n•o tenham sido deduzidos ao lucro
tributƒvel do grupo.

Os preju…zos fiscais do grupo apurados em cada exerc…cio de aplica€•o do regime s‚ podem ser deduzidos aos lucros tributƒveis do grupo.

Quando houver continuidade de aplica€•o do regime ap‚s a sa…da de uma ou mais sociedades do grupo, extingue-se o direito ‹ dedu€•o da quota-parte dos
preju…zos fiscais respeitantes ‹quelas sociedades.

Uma vez obtido o valor l…quido no campo 382, o apuramento da mat‡ria colectƒvel do grupo efectua-se utilizando a coluna do regime geral.

No caso do regime especial de tributa€•o dos grupos de sociedades, a que se refere o artigo 63.ˆ do CIRC, o preenchimento da declara€•o do grupo,
inicia-se neste Quadro, no campo 380, no qual se deve indicar a soma alg‡brica dos resultados fiscais das sociedades que compŠem o grupo.

Artigo 64.€
Determinaƒ„o do lucro tributŽvel do grupo

1 - Relativamente a cada um dos per†odos de tributa€‚o abrangidos pela aplica€‚o do regime especial, o lucro tributƒvel do grupo • calculado pela
sociedade dominante, atrav•s da soma alg•brica dos lucros tributƒveis e dos preju†zos fiscais apurados nas declara€…es periŒdicas individuais de cada uma
das sociedades pertencentes ao grupo.

2 - O montante obtido nos termos do n‹mero anterior • corrigido da parte dos lucros distribu†dos entre as sociedades do grupo que se encontre inclu†da nas
bases tributƒveis individuais.

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Of…cio-Circulado n.€ 020 132 de 2008-Abr-14

LIQUIDA‰ŠO DE DERRAMA - REGIMES ESPECIAIS DE TRIBUTA‰ŠO

A nova lei das finan€as locais (Lei n.Ž 2/2007, de 15 de Janeiro), alterou a forma de cƒlculo da derrama para o exerc†cio de 2007 e seguintes.

Tendo sido suscitadas d‹vidas sobre o cƒlculo e a aplica€‚o de derrama aos regimes especiais de tributa€‚o do IRC, informa-se o seguinte:

Regime especial de tributa€‚o de grupos de sociedades

No ’mbito do regime especial de tributa€‚o de grupos de sociedades, a determina€‚o do lucro tributƒvel do grupo • feita pela forma referida no artigo 64.Ž
do CŒdigo do IRC, correspondendo „ soma alg•brica dos lucros tributƒveis e dos preju†zos fiscais apurados nas declara€…es periŒdicas individuais.

Se • verdade que nas declara€…es periŒdicas individuais n‚o hƒ um verdadeiro apuramento de colecta, o mesmo jƒ n‚o se pode dizer relativamente ao
lucro tributƒvel.

Com efeito, cada sociedade apura um lucro tributƒvel na sua declara€‚o individual.

Assim, para as sociedades que integram o per†metro do grupo abrangido pelo regime especial de tributa€‚o de grupos de sociedades, a derrama deverƒ ser
calculada e indicada individualmente por cada uma das sociedades na sua declara€‚o, sendo preenchido, tamb•m individualmente, o Anexo A, se for caso
disso.

O somatŒrio das derramas assim calculadas serƒ indicado no campo 364 do Quadro 10 da correspondente declara€‚o do grupo, competindo o respectivo
pagamento „ sociedade dominante, em conson’ncia com o entendimento sancionado por despacho de 2008-03-13, do substituto legal do Director-Geral.

Circular 5/2002 de 2002-Abr-02

5. Preju…zos apurados no “mbito do regime de tributaƒ„o pelo lucro consolidado

5.1 Os preju†zos apurados por uma sociedade no ’mbito do grupo e comunicados „ base tributƒvel consolidada n‚o s‚o objecto de correc€‚o nos termos
do disposto nos n.Žs 10, 11 e 12 do ex-artigo 59.Ž do CŒdigo do IRC quando a sociedade que os gerou sair do grupo abrangido pelo novo regime.

5.2 Os preju†zos fiscais consolidados apurados em exerc†cios anteriores ao da aplica€‚o do regime especial de tributa€‚o dos grupos de sociedades podem
ser deduzidos ao lucro tributƒvel do grupo apurado no ’mbito do novo regime.

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Circular 19/2002 de 2002-Jun-28


Regime especial de tributaƒ„o dos grupos de sociedades
Declaraƒ„o de alteraƒ†es

A Lei n.Ž 30-G/2000, de 29 de Dezembro, veio revogar, com efeitos a partir do per†odo de tributa€‚o que se inicie em 2001, o regime de tributa€‚o pelo
lucro consolidado previsto no artigo 59.Ž do CŒdigo do IRC, na anterior redac€‚o, e, em sua substitui€‚o, consagrou um novo regime de tributa€‚o dos
grupos de sociedades, previsto nos actuais artigos 63.Ž a 65.Ž do CŒdigo do IRC.

Raz„o das instruƒ†es

1. Considerando que, nos termos das al†neas d) e e) do n.Ž 8 do artigo 63.Ž do CŒdigo do IRC, sempre que ocorrerem altera€…es na composi€‚o do grupo,
quer pela entrada de novas sociedades que satisfa€am os requisitos legalmente exigidos quer pela sa†da de sociedades, deve a sociedade dominante
participar essas altera€…es „ DGCI mediante o envio da respectiva comunica€‚o nos termos e para os efeitos do n.Ž 7 do referido artigo, a presente circular
divulga o respectivo modelo, esclarecendo-se o seguinte:

a) A declara€‚o poderƒ ser reproduzida por fotocŒpia ou processada informaticamente, desde que seja esquematizada de acordo com o modelo anexo, de
prefer•ncia em formato A4.

b) Devem ser mencionadas na declara€‚o de altera€…es as entradas de sociedades que no in†cio do per†odo de tributa€‚o re‹nem os requisitos legalmente
exigidos para entrarem para o grupo;

c) Devem ainda ser mencionadas nesta declara€‚o as sa†das de sociedades ocorridas no per†odo de tributa€‚o anterior;

d) Declara€‚o de altera€…es

e) A declara€‚o deverƒ ser enviada at• ao fim do terceiro m•s do per†odo de tributa€‚o em que se pretende a continuidade da aplica€‚o deste regime
especial de tributa€‚o dos grupos de sociedades aos Servi€os da DGCI para:

2. Consideram-se vƒlidas as comunica€…es de altera€…es na composi€‚o do grupo efectuadas desde 1 de Janeiro de 2002 at• „ data da presente circular
atrav•s de documento diferente do modelo agora divulgado.

ObrigaĠes declarativas e de pagamento

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Quando for aplicƒvel o regime especial de tributa€•o dos grupos de sociedades, a sociedade dominante deverƒ apresentar a declara€•o peri‚dica de
rendimentos Mod. 22, em que determine o lucro tributƒvel do grupo e o correspondente imposto.

Cada uma das sociedades do grupo, incluindo a sociedade dominante, deve apresentar a sua declaraۥo de rendimentos onde seja determinado o imposto
como se aquele regime n•o fosse aplicƒvel.

No primeiro exerc…cio de aplica€•o do regime os pagamentos por conta s•o efectuados por cada uma das sociedades do grupo sendo o total destas
importŒncias tido em considera€•o para cƒlculo do imposto a pagar ou a recuperar pela sociedade dominante.

Nos exerc…cios seguintes, os pagamentos por conta ter•o por base a colecta correspondente ao lucro tributƒvel do grupo.

O pagamento do IRC incumbe ‹ sociedade dominante sendo qualquer das outras sociedades do grupo solidariamente responsƒvel, sem preju…zo do direito
de regresso pela parte do imposto que a cada uma delas efectivamente respeite.

No exerc…cio seguinte ‹quele em que terminar a aplica€•o do regime, os pagamentos por conta a efectuar por cada uma das sociedades do grupo ter•o
como base o imposto que lhes teria sido liquidado relativamente ao exerc…cio anterior, caso n•o estivessem abrangidas pelo regime.

Caso prŽtico:

Um dado grupo de sociedades tributado pelo regime especial de tributa€‚o de grupos sociedades, apresenta no exerc†cio de 2008, os seguintes resultados:

 Sociedade A (dominante): lucro tributƒvel de € 5.000,00

 Sociedade B: lucro tributƒvel de € 3.000,00

 Sociedade C: preju†zo fiscal de € 2.000,00

 a sociedade B distribuiu resultados internos de € 1.000,00 (inclu†dos na base tributƒvel individual)

Neste caso, o lucro tributƒvel do grupo •€ 5.000,00

Sempre que seja aplicƒvel este regime, a dedu€‚o de preju†zos fiscais rege-se pelo seguinte:

 Os preju†zos fiscais das sociedades do grupo referentes a exerc†cios anteriores ao do in†cio de aplica€‚o do regime, sŒ podem ser deduzidos ao

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lucro tributƒvel do grupo at• „ concorr•ncia do lucro tributƒvel da sociedade a que respeitam (al†nea a) do n.Ž 1 do artigo 65Ž do CŒdigo do IRC).

 Os preju†zos fiscais do grupo apurados em cada exerc†cio de aplica€‚o do regime sŒ podem ser deduzidos aos lucros tributƒveis do grupo (al†nea
b) do n.Ž 1 do mesmo artigo).

EXEMPLO:

Nesta situa€‚o, admita-se que no exerc†cio de 2008, as declara€…es do grupo apresentam os seguintes resultados:

 a sociedade dominante C: Lucro Tributƒvel de € 1.000,00

 as sociedades dominadas Y e Z, apresentam tamb•m Lucro Tributƒvel de € 200,00 cada

 a sociedade G apresenta Lucro Tributƒvel de € 500,00

 o grupo tem preju†zos fiscais dedut†veis de € 300,00

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Determinaƒ„o da matˆria colectŽvel do grupo (2008):

Soma alg•brica dos Lucros Tributƒveis = € 1.900,00

Preju†zos fiscais dedut†veis = € 800,00 (os € 300,00 do grupo mais os € 500,00 da sociedade G, em obedi•ncia „ al†nea a) do nŽ 1 do artigo 65Ž do CŒdigo
do IRC)

Mat•ria colectƒvel = € 1.100,00

Campo 395
Os preju…zos fiscais apurados pelos sujeitos passivos abrangidos pelos benef…cios relativos ‹ interioridade s•o deduzidos aos lucros tributƒveis de um ou
mais dos sete exerc…cios posteriores: novo campo 395 do Quadro 09

Nota: por interpreta€•o da administra€•o fiscal, este novo benef…cio ‡ aplicƒvel a todos os preju…zos fiscais em reporte ‹ data da entrada em vigor da norma
(2008-01-01), ou seja, no limite, aos preju…zos respeitantes ao exerc…cio de 2002, pelo que a disposi€•o s‚ terƒ eficƒcia para os exerc…cios de 2009 e
seguintes.

Artigo 43.€ do EBF


Benef…cios fiscais relativos • interioridade

1 - ›s empresas que exer€am, directamente e a t†tulo principal, uma actividade econŒmica de natureza agr†cola, comercial, industrial ou de presta€‚o de
servi€os nas ƒreas do interior, adiante designadas ”ƒreas beneficiƒrias•, s‚o concedidos os benef†cios fiscais seguintes:

e) Os preju†zos fiscais apurados em determinado exerc†cio nos termos do CŒdigo do IRC s‚o deduzidos aos lucros tributƒveis, havendo-os, de um ou mais
dos sete exerc…cios posteriores.

Campos 383, 386, 389 e 392


Preju…zos fiscais com transmiss„o autorizada
Nos termos do n.ˆs 1 e 3 do artigo 69.ˆ do CIRC, pode ver autorizada a transmissibilidade de preju…zos fiscais no Œmbito de uma opera€•o de fus•o, cis•o ou
de entrada de activos, mediante despacho do Ministro das Finan€as que fixarƒ um plano espec…fico de dedu€•o de preju…zos.

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Artigo 69.€
Transmissibilidade dos preju…zos fiscais

1 - Os preju†zos fiscais das sociedades fundidas podem ser deduzidos dos lucros tributƒveis da nova sociedade ou da sociedade incorporante, nos termos e
condi€…es estabelecidos no artigo 47.Ž e at• ao fim do per†odo referido no n.Ž 1 do mesmo artigo, contado do exerc†cio a que os mesmos se reportam,
desde que seja concedida autoriza€‚o pelo Ministro das Finan€as, mediante requerimento dos interessados entregue na Direc€‚o-Geral dos Impostos at•
ao fim do m•s seguinte ao do pedido do registo da fus‚o na conservatŒria do registo comercial.

Campos 384, 387, 390 e 393


Preju…zos fiscais com transmiss„o autorizada
Na determina€•o da mat‡ria colectƒvel dos sujeitos passivos n•o residentes com estabelecimento estƒvel, a dedu€•o dos preju…zos fiscais anteriores ‹
cessa€•o de actividade por virtude de deixarem de situar-se em territ‚rio portugu„s a sede e a direc€•o efectiva, fica condicionada a autoriza€•o do
director-geral dos Impostos, mediante requerimento dos interessados entregue at‡ ao fim do m„s seguinte ao da data da cessa€•o de actividade, em que se
demonstre a correspond„ncia aos elementos patrimoniais afectos.

Artigo 15.€
Definiƒ„o da matˆria colectŽvel

1 - Para efeitos deste CŒdigo:

309
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c) Relativamente „s entidades n‚o residentes com estabelecimento estƒvel em territŒrio portugu•s, a mat•ria colectƒvel obt•m-se pela dedu€‚o ao lucro
tributƒvel imputƒvel a esse estabelecimento, determinado nos termos do artigo 50.Ž, dos montantes correspondentes a:

1) Preju†zos fiscais imputƒveis a esse estabelecimento estƒvel, nos termos do artigo 47.Ž, com as necessƒrias adapta€…es, bem como os anteriores „
cessa€‚o de actividade por virtude de deixarem de situar-se em territŒrio portugu•s a sede e a direc€‚o efectiva, na medida em que correspondam aos
elementos patrimoniais afectos e desde que seja obtida a autoriza€‚o do director-geral dos Impostos mediante requerimento dos interessados entregue at•
ao fim do m•s seguinte ao da data da cessa€‚o de actividade, em que se demonstre aquela correspond•ncia;

Campos 385, 388, 391 e 394


Preju…zos fiscais n„o dedut…veis (artigo 47.€ n.€ 8 do CIRC)
A regra geral de dedu€•o de preju…zos deixa de ser aplicƒvel quando se verificar, ‹ data do termo do per…odo de tributa€•o em que ‡ efectuada a dedu€•o,
que, em rela€•o ‹quele a que respeitam os preju…zos, foi modificado o objecto social da entidade a que respeita ou alterada, de forma substancial, a
natureza da actividade anteriormente exercida ou que se verificou a alteraۥo da titularidade de, pelo menos, 50% do capital social ou da maioria dos
direitos de voto

O Ministro das Finan€as pode autorizar, em casos especiais de reconhecido interesse econ‚mico e, mediante requerimento a apresentar antes da
ocorr„ncia das altera€Šes referidas, que n•o seja aplicƒvel esta limita€•o

310
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Artigo 47.€

8 - O previsto no n.Ž 1 deixa de ser aplicƒvel quando se verificar, „ data do termo do per†odo de tributa€‚o em que • efectuada a dedu€‚o, que, em rela€‚o
„quele a que respeitam os preju†zos, foi modificado o objecto social da entidade a que respeita ou alterada, de forma substancial, a natureza da actividade
anteriormente exercida ou que se verificou a altera€‚o da titularidade de, pelo menos, 50% do capital social ou da maioria dos direitos de voto.

9 - O Ministro das Finan€as pode autorizar, em casos especiais de reconhecido interesse econŒmico e, mediante requerimento a apresentar na
Direc€‚o-Geral dos Impostos, antes da ocorr•ncia das altera€…es referidas no n‹mero anterior, que n‚o seja aplicƒvel a limita€‚o a† prevista.

FICHA DOUTRIN•RIA
Proc.104/2006, Despacho de 2008.01.04 do SEAF
N„o aplicaƒ„o da limitaƒ„o prevista no n€8 do artigo 47€ do CIRC

O n.Ž 8 do artigo 47Ž do CŒdigo do IRC deve ser interpretado no sentido de que a limita€‚o do direito de dedu€‚o de preju†zos decorrente da altera€‚o da
titularidade de, pelo menos, 50% do capital social ou da maioria dos direitos de voto n‚o serƒ aplicƒvel nas situa€…es em que se verifique que os novos
titulares do capital jƒ anteriormente detinham indirectamente a maioria do capital e a altera€‚o da titularidade decorra de uma opera€‚o de reestrutura€‚o
efectuada ao abrigo do regime especial de neutralidade estatu†do nos artigos 67Ž e seguintes do CŒdigo do IRC.

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FICHA DOUTRIN•RIA
Proc 3089/2005, Despacho de 2006.03.31 do Subdirector-Geral, como substituto legal do Director-Geral
Aplicaƒ„o da limitaƒ„o prevista no n€8 do artigo 47€ do CIRC aos preju…zos fiscais apurados no RETGS

Quando uma entidade faz parte de um grupo sujeito ao regime especial de tributa€‚o dos grupos de sociedades, os preju†zos fiscais apurados no ’mbito do
grupo seguem o regime espec†fico de dedu€‚o de preju†zos fiscais, previsto no artigo 65Ž do CIRC.

De acordo com esse regime, os preju†zos verificados em exerc†cios anteriores ao do in†cio de aplica€‚o do regime sŒ podem ser deduzidos ao lucro
tributƒvel do grupo at• ao limite do lucro tributƒvel da sociedade a que respeitam.

Os preju†zos fiscais apurados em cada exerc†cio do per†odo de aplica€‚o do regime sŒ podem ser deduzidos aos lucros tributƒveis do grupo.

Quando, durante a aplica€‚o do regime, haja lugar a fus…es entre sociedades do grupo ou uma sociedade incorpore uma ou mais sociedades n‚o
pertencentes ao grupo, os preju†zos fiscais das sociedades fundidas verificados em exerc†cios anteriores ao do in†cio do regime sŒ podem ser deduzidos ao
lucro tributƒvel do grupo at• ao limite do lucro tributƒvel da nova sociedade ou da sociedade incorporante, desde que seja obtida a autoriza€‚o prevista no
artigo 69Ž do CIRC.

Assim, a nova redac€‚o do nŽ8 do artigo 47Ž do CIRC, dada pela Lei nŽ39-A/2005, de 29 de Julho, sŒ poderƒ impor limita€…es na dedu€‚o dos preju†zos
fiscais gerados antes da aplica€‚o do regime especial de tributa€‚o dos grupos de sociedades e n‚o aos obtidos durante a aplica€‚o desse regime, visto
que se tratam de preju†zos fiscais do grupo e n‚o da sociedade que os gerou e apenas nos casos em que a altera€‚o da titularidade do capital tenha
ocorrido apŒs a entrada em vigor da referida lei.

Campos 400, 401 a 406, 407


Regime Simplificado
Nos termos do n.ˆ 3 do artigo 47.ˆ do CIRC, da dedu€•o dos preju…zos fiscais nos termos referidos, a efectuar no campo 407 pelos sujeitos passivos
enquadrados no regime simplificado, n•o pode resultar valor inferior ao limite m…nimo de lucro tributƒvel previsto no n.ˆ 4 do artigo 53.ˆ do CIRC.

Artigo 47.€
Deduƒ„o de preju…zos fiscais

3 - A determina€‚o do lucro tributƒvel segundo o regime simplificado n‚o prejudica a dedu€‚o, nos termos do n.Ž 1, dos preju†zos fiscais apurados em

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per†odos anteriores „quele em que se iniciar a aplica€‚o do regime, excepto se da aplica€‚o dos coeficientes previstos no n.Ž 4 do artigo 53.Ž, isoladamente
ou apŒs a referida dedu€‚o de preju†zos, resultar lucro tributƒvel inferior ao limite m†nimo previsto na parte final do mesmo n‹mero, caso em que o lucro
tributƒvel a considerar • o correspondente a esse limite.

Artigo 53.€
Regime simplificado de determinaƒ„o do lucro tributŽvel

4 - Na aus•ncia de indicadores de base t•cnico-cient†fica ou at• que estes sejam aprovados, o lucro tributƒvel, sem preju†zo do disposto no n.Ž 11, • o
resultante da aplica€‚o do coeficiente de 0,20 ao valor das vendas de mercadorias e de produtos e do coeficiente de 0,45 ao valor dos restantes proveitos,
com exclus‚o da varia€‚o de produ€‚o e dos trabalhos para a prŒpria empresa, com o montante m†nimo igual ao valor anual do salƒrio m†nimo nacional
mais elevado.

EXEMPLO

O sujeito passivo X, Lda, tributado pelo regime simplificado no exerc†cio de 2008, apresenta um lucro tributƒvel de € 7.239,40. Tem preju†zo fiscal dedut†vel
de € 2.000,00, relativo ao exerc†cio de 2004.

Como preencher o Quadro 09?

• Campo 400: € 7.239,40

• Campo 404: € 2.000,00

• Campo 407: € 1.275,40

• Campo 409: € 5.964,00

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Com o OE 2008 foi aditado um novo n.ˆ 16 ao artigo 53.ˆ do CIRC.

O limite m…nimo de lucro tributƒvel previsto no n.ˆ 4 do artigo 53.ˆ do CIRC, deixa de aplicar:

• Nos exerc…cios de in…cio e de cessa€•o de actividade;

• Aos sujeitos passivos que se encontrem com processos no Œmbito do C‚digo da Insolv„ncia e da Recupera€•o de Empresas, aprovado pelo
Decreto-Lei n.ˆ 53/2004, de 18 de Mar€o, a partir do exerc…cio da instaura€•o desse processo e at‡ ao exerc…cio da sua conclus•o;

• Aos sujeitos passivos que n•o tenham auferido proveitos durante o respectivo per…odo de tributa€•o e tenham entregue a declara€•o de cessa€•o
de actividade para efeitos de IVA.

Artigo 53.€
Regime simplificado de determinaƒ„o do lucro tributŽvel

16 - O montante m†nimo do lucro tributƒvel previsto na parte final do n.Ž 4 n‚o se aplica: [Aditado pela Lei n.Ž 67-A/2007, de 31 de Dezembro - OE]

a) Nos exerc†cios de in†cio e de cessa€‚o de actividade;

b) Aos sujeitos passivos que se encontrem com processos no ’mbito do CŒdigo da Insolv•ncia e da Recupera€‚o de Empresas, aprovado pelo Decreto-Lei
n.Ž 53/2004, de 18 de Mar€o, a partir do exerc†cio da instaura€‚o desse processo e at• ao exerc†cio da sua conclus‚o;

c) Aos sujeitos passivos que n‚o tenham auferido proveitos durante o respectivo per†odo de tributa€‚o e tenham entregue a declara€‚o de cessa€‚o de
actividade a que se refere o artigo 33.Ž do CŒdigo do IVA.

Exemplo:

O sujeito passivo “Cessado, Lda”, enquadrado no regime simplificado, apresenta um total de proveitos nulo no exerc†cio de 2008 e cessou a actividade para
efeitos de IVA em 2008-02-28

Lucro tributƒvel no regime simplificado, no exerc†cio de 2008: € 0,00

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Campos 310, 321, 332 e 408


Benef…cios Fiscais
No caso de donativos em esp‡cie, o valor a considerar para efeitos do cƒlculo da dedu€•o ao lucro tributƒvel ‡ o valor fiscal que os bens tiverem no
exerc…cio em que forem doados, deduzido, quando for caso disso, das reintegra€Šes ou provisŠes efectivamente praticadas e aceites como custo fiscal ao
abrigo da legisla€•o aplicƒvel.

Note-se que o benef…cio relativo a donativos em esp‡cie opera por dedu€•o ao lucro tributƒvel e n•o por dedu€•o ao rendimento

EXEMPLO

Em 2008, a sociedade “Doadora, SA” enquadrada no regime geral do IRC, concedeu um donativo de uma mƒquina adquirida em 2006 e que encontrava
registada no seu activo imobilizado da seguinte forma:

Valor de aquisi€‚o: 100.000

Amortiza€…es praticadas:

2006: 20.000

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2007: 25.000

Sabendo que a taxa mƒxima de amortiza€‚o prevista no Decreto Regulamentar n.Ž 2/90 para esta mƒquina • 20%, qual o valor dedut†vel deste donativo
em esp•cie?

Resposta:

O valor a deduzir no campo 310 do Quadro 09 da declara€‚o modelo 22 • € 60.000,00

Artigo 62.€ do EBF

11 - No caso de donativos em esp•cie, o valor a considerar, para efeitos do cƒlculo da dedu€‚o ao lucro tributƒvel, • o valor fiscal que os bens tiverem no
exerc†cio em que forem doados, deduzido, quando for caso disso, das reintegra€…es ou provis…es efectivamente praticadas e aceites como custo fiscal ao
abrigo da legisla€‚o aplicƒvel.

CAMPO 346
Deve ser sempre preenchido ainda que a mat‡ria colectƒvel seja igual a zero.

Determinaƒ„o da Matˆria ColectŽvel


Relativamente ‹s entidades residentes:

 Se exercem a t…tulo principal uma actividade de natureza comercial, industrial ou agr…cola (considerando-se que ‡ sempre esse o caso das
sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, das cooperativas e das empresas p†blicas), a mat‡ria colectƒvel ‡ determinada por dedu€•o
ao lucro tributƒvel, dos montantes relativos aos preju…zos fiscais, bem como dos benef…cios fiscais que a ele se mostrem de deduzir.

 Se n•o exercem a t…tulo principal uma actividade de natureza comercial, industrial ou agr…cola, a mat‡ria colectƒvel obt‡m-se deduzindo ao
rendimento global, constitu…do pela soma alg‡brica dos rendimentos l…quidos das vƒrias categorias de IRS, os montantes correspondentes aos
custos comuns e outros imputƒveis aos rendimentos sujeitos a imposto e deles n•o isentos, bem como dos benef…cios fiscais de que aproveitem e
que a ele se mostrem de deduzir.

Relativamente ‹s entidades nƒo residentes:

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 Se dispuserem de estabelecimento estƒvel em territ‚rio portugu„s, a mat‡ria colectƒvel serƒ igual ao lucro tributƒvel imputƒvel ao estabelecimento
estƒvel, deduzido dos preju…zos fiscais imputƒveis a esse estabelecimento estƒvel, bem como dos benef…cios fiscais que se mostrem de deduzir.

 Se n•o dispuserem de estabelecimento estƒvel em territ‚rio portugu„s, ou tendo-o, esses rendimentos n•o lhe sejam imputƒveis, a mat‡ria
colectƒvel serƒ determinada de acordo com as regras estabelecidas para os rendimentos das vƒrias categorias do IRS, sendo constitu…da pelos
rendimentos das diferentes categorias para efeitos de IRS, tomados separadamente.

QUADRO 10
CŽlculo do imposto
A liquida€•o, (em sentido restrito), consiste na aplica€•o da taxa ‹ mat‡ria colectƒvel, conduzindo assim ‹ obten€•o do imposto.

A mat‡ria colectƒvel que serve de base ‹ liquida€•o serƒdeterminada:

Pelo contribuinte

 Na declara€•o peri‚dica de rendimentos (ainda que entregue fora de prazo) a que se referem os art.ˆ 112.ˆ e 114.ˆ partindo da mat‡ria colectƒvel
que dela conste (al…nea a) do n.ˆ 1 do art.ˆ 83.ˆ);

 Na declara€•o de substitui€•o, entregue para corrigir erros, cometidos em autoliquida€•o anterior, em preju…zo da Administra€•o Fiscal (nˆ 1 do art.
114ˆ);

 Na declara€•o de substitui€•o, apresentada no prazo de um ano do termo do prazo legal, para corrigir erros de que tenha resultado imposto
superior ao devido (nˆ 2 do art. 114ˆ).

Pela DGCI, na falta de apresenta€•o da declara€•o peri‚dica referida no art.ˆ 112ˆ, que procederƒ ‹ liquida€•o, tendo em conta:

 A totalidade da mat‡ria colectƒvel do exerc…cio mais pr‚ximo que se encontre determinada. Neste caso, a liquida€•o efectuar-se-ƒ at‡ 30 de
Novembro do ano seguinte ‹quele a que respeita ou at‡ ao fim do 6ˆ m„s seguinte ao do termo do prazo para a apresenta€•o da declara€•o,
quando o per…odo de tributa€•o n•o coincida com o ano civil (al…nea b) do n.ˆ 1 do art.ˆ 83.ˆ);

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 Os elementos de que a administra€•o fiscal disponha (al…nea c) do n.ˆ 1 do art.ˆ 83.ˆ), na falta de liquida€•o nas condi€Šes atrƒs referidas.

A compet„ncia para a liquida€•o pertence, de acordo com o previsto no artigo 82ˆ:

 Ao sujeito passivo, que proceder ‹ autoliquida€•o na declara€•o peri‚dica de rendimentos, Modelo 22 a que se refere o art.ˆ 112ˆ, ou na declara€•o
de substitui€•o, a que alude o art.ˆ 114ˆ (art. 82ˆ, a) );

 Ž D.G.C.I., nos restantes casos (art. 82ˆ, b) ), isto ‡:

1) Quando o sujeito passivo n•o apresentar a declara€•o;

2) Quando, liquidado o imposto, seja de exigir imposto diferente do liquidado, nomeadamente em consequ„ncia de exame ‹ contabilidade ou por
erros de facto ou de direito verificados em qualquer liquidaۥo.

Taxas
O campo 347 • utilizado quando exista mat•ria colectƒvel sujeita ao regime geral (n.Ž 1 do artigo 80.Ž do CIRC). A taxa aplicƒvel aos rendimentos obtidos
em per†odos de tributa€‚o cujo in†cio ocorra a partir de 1 de Janeiro de 2004 • de 25%.

Os campos 348 e 349 destinam-se „ aplica€‚o de taxas previstas nos n.Ž 2 e 4 do artigo 80.Ž do CIRC, no Estatuto dos Benef†cios Fiscais ou em qualquer
outro diploma legal, sobre a mat•ria colectƒvel apurada no Quadro 09 e sujeita a este regime, e tamb•m para aplica€‚o da taxa do regime simplificado.

Note-se que sempre que sejam aplicadas taxas reduzidas, que n‚o as previstas no CIRC, deve ser assinalado o campo respectivo no Quadro 08 - regimes
de redu€‚o de taxa.

Sempre que existam RENDIMENTOS IMPUTŠVEIS › REGIˆO AUTžNOMA DOS A‡ORES, nos termos do Decreto Legislativo Regional n.Ž 2/99/A de 20
de Janeiro, e como tal suscept†veis de beneficiarem da taxa regional a† prevista, o cƒlculo da colecta • efectuado no Anexo C. Neste caso, • inscrito no
campo 350 o valor da colecta da Regi‚o AutŒnoma dos A€ores.

O campo 370 • utilizado sempre que existam RENDIMENTOS IMPUTŠVEIS › REGIˆO AUTžNOMA DA MADEIRA, nos termos do Decreto Legislativo
Regional n.Ž 2/2001/M de 20 de Fevereiro, sendo o cƒlculo da colecta igualmente efectuado no Anexo C.

DeduĠes

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As dedu€…es a inscrever nos campos 353 a 356 s‚o as referidas nas al†neas a) a e) do n.Ž 2 do artigo 83.Ž do CIRC. As dedu€…es relativas a benef†cios
fiscais devem ser discriminadas no Anexo F da declara€‚o de informa€‚o empresarial simplificada a que se refere a al†nea c) do n.Ž 1 do artigo 109.Ž do
CIRC, devendo os respectivos valores concordar exactamente.

O valor a inscrever no campo 358 n‚o pode ser negativo, pelo que, sempre que o total das dedu€…es for superior „ colecta, inscreve-se o valor 0 (zero).

O campo 371 destina-se „ inscri€‚o do montante correspondente „ diferen€a positiva apurada nos termos do disposto do n.Ž 1 do artigo 86.Ž do CIRC.

O valor das reten€…es na fonte • preenchido automaticamente pelo sistema em fun€‚o dos valores constantes das declara€…es modelo 10. O sujeito
passivo deve proceder „ altera€‚o do valor exibido nos casos em que considere que o mesmo n‚o estƒ correcto.

O montante dos pagamentos por conta • preenchido automaticamente pelo sistema. O sujeito passivo pode alterar os valores pr•-preenchidos mas deve
corrigir a informa€‚o constante do sistema de cobran€a em conformidade.

Tratando-se de DECLARA‰ŠO DE SUBSTITUIƒ„O, todo o Quadro 10 deve ser preenchido como se, se tratasse de uma primeira declara€‚o, n‚o devendo
ser inscrito no campo 360 o valor da autoliquida€‚o anteriormente efectuada.

O campo 363 destina-se, nomeadamente, „ indica€‚o do IRC que deixou de ser liquidado nos termos do n.Ž 5 do artigo 44.Ž (da anterior redac€‚o do
CŒdigo, para as situa€…es previstas no n.Ž 7 do artigo 7.Ž da Lei 30-G/2000, de 29 de Dezembro) e do n.Ž 5 do artigo 24.Ž, ambos do CIRC e na al†nea b) do
artigo 11.Ž do Decreto-Lei n.Ž 31/98, de 11 de Fevereiro. ESTE CAMPO NŠO PODE ASSUMIR VALORES NEGATIVOS.

O campo 372 destina-se „ reposi€‚o de benef†cios fiscais ainda que os mesmos possam respeitar a exerc†cios anteriores. š tamb•m utilizado nos casos em
que foram excedidos limites de benef†cios, como por exemplo nos casos dos incentivos fiscais „ interioridade sujeitos „ regra de minimis.

O campo 365 destina-se, nomeadamente, „ aplica€‚o das taxas de tributa€‚o autŒnoma referidas no artigo 81.Ž do CIRC e na al†nea b) do n.Ž 2 do artigo
15.Ž do Estatuto dos Benef†cios Fiscais. Existindo despesas n‚o documentadas e pagamentos a entidades n‚o residentes sujeitas a um regime fiscal
privilegiado, para al•m da tributa€‚o autŒnoma, devem as mesmas ser acrescidas nos campos 214 e 252, respectivamente, do Quadro 07.

A n‚o tributa€‚o em IRC das entidades abrangidas pelo regime de transpar•ncia fiscal, nos termos do artigo 6.Ž do CIRC n‚o as desobriga da apresenta€‚o
da declara€‚o periŒdica de rendimentos. Existindo despesas e encargos sujeitos a tributa€‚o autŒnoma nos termos do artigo 81.Ž, devem as mesmas ser
quantificadas no campo 365, competindo o correspondente pagamento „ entidade sujeita ao regime de transpar•ncia fiscal.

O campo 366 destina-se „ inscri€‚o de juros compensatŒrios, DESIGNADAMENTE, os estabelecidos no n.Ž 5 do artigo 44.Ž (anterior redac€‚o do CIRC,

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conforme jƒ referido na anota€‚o ao campo 363) e no n.Ž 5 do artigo 24.Ž, ambos do CIRC. Caso seja preenchido • solicitada informa€‚o adicional
relevante para efeitos de cobran€a, nos campos 366-A e 366-B.

Existindo total a pagar, apurado no campo 367, o mesmo • entregue atrav•s da respectiva guia de pagamento, no prazo estabelecido na al†nea b) do n.Ž 1
do artigo 96.Ž, ou no n.Ž 1 do artigo 100.Ž, ambos do CIRC, consoante o caso.

Tratando-se de declara€‚o de substitui€‚o com total a pagar apurado no campo 367, superior ao da declara€‚o anterior, deve ser efectuado o pagamento
apenas da diferen€a, no prazo estabelecido na al†nea c) do n.Ž 1 do artigo 96.Ž do CIRC.

Sempre que o pagamento seja efectuado fora do prazo legal, hƒ lugar a juros de mora, desde que o mesmo tenha sido feito apŒs a data de apresenta€‚o
da declara€‚o.

Derrama

O campo 364 destina-se „ indica€‚o da derrama, a qual incide sobre o lucro tributƒvel at• ao limite mƒximo de 1,5%.

De acordo com o previsto no n.Ž 4 do artigo 14.Ž da Lei n.Ž 2/2007, de 15 de Janeiro, os munic†pios podem deliberar o lan€amento de uma taxa reduzida de
derrama para os sujeitos passivos cujo volume de negŒcios no ano anterior n‚o ultrapasse os € 150.000,00. Neste caso, coexistir‚o duas taxas no
respectivo munic†pio: a taxa normal, aplicƒvel „ generalidade dos sujeitos passivos e uma reduzida, aplicƒvel apenas „quele universo.

No caso de declara€…es do grupo, no regime especial de tributa€‚o dos grupos de sociedades, o cƒlculo da derrama • efectuado de acordo com as
instru€…es constantes do Of†cio-Circulado n.Ž 20132/2008, de 14 de Abril.

As entidades residentes que n‚o exer€am, a t†tulo principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agr†cola e as entidades n‚o residentes sem
estabelecimento estƒvel, NˆO DEVEM INSCREVER QUALQUER VALOR no campo 364.

Sempre que se verifiquem as condi€…es referidas no n.Ž 2 do artigo 14.Ž da Lei n.Ž 2/2007, de 15 de Janeiro, a derrama • apurada no Anexo A da
declara€‚o, mesmo para as sociedades dominadas, tributadas segundo o regime especial de tributa€‚o de grupos de sociedades.

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Campo 347
Imposto • taxa normal
Os sujeitos passivos tributados pelo regime geral efectuam o cƒlculo do imposto no campo 347. A taxa do IRC aplicƒvel aos rendimentos obtidos em
per…odos de tributa€•o iniciados ap‚s 1 de Janeiro de 2004 ‡ de 25%.

Caso a declara€•o respeite a exerc„cios anteriores, deverƒ ser utilizada a taxa correspondente.

Campo 348 e 349


Imposto • taxa reduzida
Estes campos, destinam-se ‹ aplica€•o de taxas previstas nos n.ˆ 2 e 4 do artigo 80.ˆ do CIRC, no Estatuto dos Benef…cios Fiscais ou em qualquer outro
diploma legal, sobre a mat‡ria colectƒvel apurada no Quadro 09 e sujeita a este regime, e tamb‡m para aplica€•o da taxa do regime simplificado.

Sempre que sejam aplicadas taxas reduzidas, que n•o as previstas no CIRC, deve ser assinalado o campo respectivo no Quadro 08 - regimes de redu€•o
de taxa.

Taxas (exerc…cio de 2008)


artigo 80.€ CIRC
 Regime geral: 25%

 Regime geral Madeira: 20%

 Regime geral A€ores: 17,5 %

 Regime simplificado: 20%

 Regime simplificado A€ores: 14%

 Entidades que n‚o exercem a t†tulo principal actividades de natureza comercial, industrial ou agr†cola: 20%

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Taxas reduzidas
(exerc…cio de 2008)
 Artigo 56.Ž do EBF: Estabelecimentos de ensino particular - 20%

 Artigo 52.Ž do EBF: Juros de depŒsitos e outros rendimentos de capitais das CVR - 20%

 Artigo 43.Ž do EBF: Incentivos fiscais „ interioridade - 15% ou 10% (novas entidades)

 Lei 85/98, de 16 de Dezembro: Estatuto Fiscal Cooperativo - 20%

 Artigos 35.Ž e 36.Ž do EBF: Entidades licenciadas na Zona Franca da Madeira - 3%

 DLR 30-A/2003/M, de 31 de Dezembro: Ind‹stria de bordados, tape€arias e ind‹stria de vimes - 17,5%

Artigo 80.€
Taxas

1 - A taxa do IRC • de 25%, excepto nos casos previstos nos n‹meros seguintes.

2 - Tratando-se de rendimentos de entidades que n‚o tenham sede nem direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s e a† n‚o possuam estabelecimento
estƒvel ao qual os mesmos sejam imputƒveis, a taxa do IRC • de 25%, excepto relativamente aos seguintes rendimentos:

a) Rendimentos provenientes da propriedade intelectual ou industrial, da presta€‚o de informa€…es respeitantes a uma experi•ncia adquirida no sector
industrial, comercial ou cient†fico e bem assim da assist•ncia t•cnica, em que a taxa • de 15%;

b) Rendimentos derivados do uso ou da concess‚o do uso de equipamento agr†cola, industrial, comercial ou cient†fico, em que a taxa • de 15%;

c) Rendimentos de t†tulos de d†vida e outros rendimentos de capitais n‚o expressamente tributados a taxa diferente, em que a taxa • de 20%;

d) Pr•mios de rifas, totoloto, jogo de loto, bem como import’ncias ou pr•mios atribu†dos em quaisquer sorteios ou concursos, em que a taxa • de 35%;

e) Comiss…es por intermedia€‚o na celebra€‚o de quaisquer contratos e rendimentos de presta€…es de servi€os referidos no n.Ž 7) da al†nea c) do n.Ž 3 do
artigo 4.Ž, em que a taxa • de 15%.

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f) Rendimentos prediais em que a taxa • de 15%.

g) Juros e royalties, cujo beneficiƒrio efectivo seja uma sociedade de outro Estado membro da Uni‚o Europeia ou um estabelecimento estƒvel situado
noutro Estado membro de uma sociedade de um Estado membro, devidos ou pagos por sociedades comerciais ou civis sob forma comercial, cooperativas
e empresas p‹blicas residentes em territŒrio portugu•s ou por um estabelecimento estƒvel a† situado de uma sociedade de outro Estado membro, em que a
taxa • de 10% durante os primeiros quatro anos contados da data de aplica€‚o da Directiva n.Ž 2003/49/CE, do Conselho, de 3 de Junho, e de 5% durante
os quatro anos seguintes, desde que verificados os termos, requisitos e condi€…es estabelecidos na referida directiva, sem preju†zo do disposto nas
conven€…es bilaterais em vigor.

3 - Relativamente aos sujeitos passivos abrangidos pelo regime simplificado previsto no artigo 53.Ž, a taxa aplicƒvel • de 20%.

4 - Relativamente ao rendimento global de entidades com sede ou direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s que n‚o exer€am, a t†tulo principal, actividades
de natureza comercial, industrial ou agr†cola, a taxa • de 20%.

5 - As taxas previstas na al†nea g) do n.Ž 2 n‚o s‚o aplicƒveis:

a) Aos juros e royalties obtidos em territŒrio portugu•s por uma sociedade de outro Estado membro ou por um estabelecimento estƒvel situado noutro
Estado membro de uma sociedade de um Estado membro, quando a maioria do capital ou a maioria dos direitos de voto dessa sociedade s‚o detidos,
directa ou indirectamente, por um ou vƒrios residentes de pa†ses terceiros, excepto quando seja feita prova de que a cadeia de participa€…es n‚o tem como
objectivo principal ou como um dos objectivos principais beneficiar da redu€‚o da taxa de reten€‚o na fonte;

b) Em caso de exist•ncia de rela€…es especiais, nos termos do disposto no n.Ž 4 do artigo 58.Ž, entre o pagador ou o devedor e o beneficiƒrio efectivo dos
juros ou royalties, ou entre ambos e um terceiro, ao excesso sobre o montante dos juros ou royalties que, na aus•ncia de tais rela€…es, teria sido acordado
entre o pagador e o beneficiƒrio efectivo;

c) Ao montante dos juros correspondentes ao endividamento excessivo, determinado de acordo com as regras constantes do artigo 61.Ž

Campo 350
Imposto • taxa da Regi„o Aut‚noma dos Aƒores
Sempre que existam RENDIMENTOS IMPUTšVEIS Ž REGI•O AUT›NOMA DOS A”ORES, nos termos do Decreto Legislativo Regional n.ˆ 2/99/A de 20
de Janeiro, e como tal suscept…veis de beneficiarem da taxa regional a… prevista, o cƒlculo da colecta ‡ efectuado no Anexo C. Neste caso, ‡ inscrito neste
campo o valor da colecta da Regi•o Aut‚noma dos A€ores.

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Campo 370
Imposto • taxa da Regi„o Aut‚noma da Madeira
Este campo ‡ utilizado, sempre que existam RENDIMENTOS IMPUTšVEIS Ž REGI•O AUT›NOMA DA MADEIRA, nos termos do Decreto Legislativo
Regional n.ˆ 2/2001/M de 20 de Fevereiro, sendo o cƒlculo da colecta igualmente efectuado no Anexo C.

Campo 351
Colecta
Soma das colectas que resultarem da taxa de 25%, das taxas reduzidas e colecta da Regi•o Aut‚noma dos A€ores e /ou da Regi•o Aut‚noma da Madeira.

Exemplo

A sociedade Alfa, Lda, com sede no Lisboa, no exerc†cio de 2008 obteve um volume de negŒcios de € 1.000.000, assim repartido:

 750.000, imputƒveis ao estabelecimento da sede (75%);

 150.000, imputƒveis ao estabelecimento localizado no Funchal (15%);

 100.000, imputƒveis ao estabelecimento localizado em Ponta Delgada (10%);

CŠLCULO DA COLECTA, sabendo que a mat•ria colectƒvel foi de € 100.000, ƒs taxas das respectivas circunscri€…es:

 Continente: 75% x 100.000 x 25% = 18.750

 Madeira: 15% x 100.000 x 20% = 3.000

 A€ores: 10% x 100.000 x 17,5% = 1.750

COLECTA – Campo 351 - € 23 500

Assim, teremos:

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Campo 347 = €18.750

Campo 350 = €1.750

Campo 370 = € 3.000

Campo 353
Deduƒ†es - Dupla tributaƒ„o internacional
Essa dedu€•o consiste num cr‡dito de imposto, que corresponderƒ ‹ menor das seguintes importŒncias:

Quando existe Convenƒ„o para eliminar a dupla tributaƒ„o:

 Imposto sobre o rendimento pago no estrangeiro de acordo com o convencionado em CDT (Conven€•o para Eliminar a Dupla Tributa€•o)
celebrada por Portugal; (n.ˆ 2 do art.ˆ 85.ˆ).

 Frac€•o do IRC, calculado antes da dedu€•o, correspondente aos rendimentos que no pa…s em causa possam ser tributados.

Quando n„o existe Convenƒ„o para eliminar a dupla tributaƒ„o:

• Imposto sobre o rendimento pago no estrangeiro;

• Frac€•o do IRC, calculado antes da dedu€•o, correspondente aos rendimentos que no pa…s em causa possam ser tributados.

Este cr‡dito traduz-se na seguinte express•o: Cr‡dito = IR pago no estrangeiro ou convencionado

ou

Fracۥo da colecta do IRC = (rendimento obtido no estrangeiro + IR pago no estrangeiro) x taxa de IRC

Recorde-se que, nos termos do n.ˆ 1 do art.ˆ 62.ˆ, estes rendimentos dever•o ser considerados, para efeitos da determina€•o da mat‡ria colectƒvel, pelas
importŒncias il…quidas dos impostos sobre o rendimento pagos no estrangeiro.

Sobre o cƒlculo das dedu€Šes ‹ colecta por dupla tributa€•o internacional nos termos do artigo 85ˆ do CIRC, ver o exemplo apresentado no campo 217 do

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Quadro 07.

Campo 355
Deduƒ†es - Benef…cios Fiscais
No campo 355 s•o indicados os benef…cios fiscais que operam por dedu€•o ‹ colecta.

As dedu€Šes relativas a benef…cios fiscais devem ser discriminadas no Anexo F da declara€•o de informa€•o empresarial simplificada a que se refere a
al…nea c) do n.ˆ 1 do artigo 109.ˆ do CIRC, devendo os respectivos valores concordar exactamente.

QUADRO S‹NTESE DOS BENEF‹CIOS FISCAIS DE IRC


DEDU‰”ES — COLECTA

nŽ 1 do artigo 39.Ž do EBF Grandes projectos de investimento


nŽ 4 do artigo 39.Ž do EBF Projectos de investimento „ internacionaliza€‚o
DL 292/97 de 22-10 Despesas com investiga€‚o e desenvolvimento
DL 23/2004 de 23-01 Reserva Fiscal para Investimento
Lei 40/2005 de 3 Agosto SIFIDE

Nota: No que respeita „ Reserva Fiscal para Investimento, conv•m verificar se as dedu€…es efectuadas em 2003, est‚o correctas ou se hƒ lugar a
correc€…es fiscais. Para o efeito ver a circular 11/2004, de 18 de Maio e utilizar a fŒrmula nela expressa.

Circular 11/2004 de 2004-Mai-18


Reserva Fiscal para Investimento

Raz„o das instruƒ†es

Tendo sido suscitadas d‹vidas quanto „ aplica€‚o do Decreto-Lei n.Ž 23/2004, de 23 de Janeiro, que aprovou o Regime da Reserva Fiscal para
Investimento, foi, por despacho de 14 de Maio de 2004, de S.Ex.a o Secretƒrio de Estado dos Assuntos Fiscais, sancionado o seguinte entendimento:

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Al…nea c) do n•mero 1 do artigo 4.€

Nos termos desta disposi€‚o, uma das condi€…es para se poder beneficiar do regime prende-se com a manuten€‚o dos bens objecto do investimento "no
estabelecimento durante um per†odo de cinco anos".

Conceito de Estabelecimento

Dado que, de acordo com o n‹mero 1 do artigo 6.Ž e nos termos do Anexo I ao diploma, o montante mƒximo que a dedu€‚o „ colecta pode assumir •
diferenciado em raz‚o da regi‚o em que se situa o estabelecimento, considera-se "estabelecimento" as instala€…es f†sicas da empresa nas quais o
investimento foi efectuado, n‚o podendo os bens objecto desse investimento ser cedidos, locados ou alienados nem transferidos para outro
estabelecimento da mesma empresa durante um per†odo m†nimo de cinco anos, sob pena de aplica€‚o do disposto no n.Ž 2 do artigo 10.Ž.

Al…nea d) do n•mero 1 do artigo 4.€

De acordo com este preceito, o investimento tem de ser financiado "em, pelo menos, 25% atrav•s de recurso a fundos prŒprios isentos de qualquer aux†lio".

Financiamento do Investimento

Assim, a empresa beneficiƒria deve assegurar o financiamento de, pelo menos, 25% do investimento atrav•s de fundos prŒprios, seja atrav•s do recurso ao
auto-financiamento (meios prŒprios libertos) seja atrav•s do aumento dos seus capitais prŒprios. Estes fundos prŒprios devem ser isentos de qualquer
aux†lio, o que significa que, por exemplo, n‚o podem resultar de um empr•stimo bonificado nem estar associados a garantias que contenham elementos de
aux†lio.

Atente-se, igualmente, que nos termos do n.Ž 2 do artigo 6.Ž, a taxa de intensidade do aux†lio aplica-se apenas a 75% do investimento eleg†vel.

N•mero 2 do artigo 5.€

O "investimento inicial" • definido neste normativo como sendo "a diferen€a entre o investimento efectuado e as cess…es, amortiza€…es e reintegra€…es
relativas aos activos da empresa enquadrƒveis no n‹mero anterior".

Conceito de Investimento inicial

Quanto ao ’mbito desta defini€‚o, cabe esclarecer que:

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• A express‚o "investimento efectuado" refere-se ao investimento considerado eleg†vel nos termos do n.Ž 1 daquele artigo;

• "as cess…es, amortiza€…es e reintegra€…es relativas aos activos da empresa enquadrƒveis no n‹mero anterior" compreendem todas as cess…es,
amortiza€…es e reintegra€…es relativas a bens do activo imobilizado corpŒreo eleg†vel da empresa.

Nestes termos, o investimento inicial corresponderƒ „ diferen€a entre os custos do investimento em bens eleg†veis e as cess…es, amortiza€…es e
reintegra€…es de todos os activos fixos corpŒreos inclu†dos no balan€o da empresa que n‚o sejam imŒveis classificados como pr•dios urbanos ou parte
destes nem outros activos relativamente aos quais o artigo 21.Ž do CŒdigo do IVA exclua o direito „ dedu€‚o.

N•mero 1 do artigo 6.€

A dedu€‚o „ colecta "n‚o pode exceder o montante correspondente „ aplica€‚o das taxas mƒximas de aux†lios estabelecidas pela Comiss‚o Europeia para
Portugal, para aux†lios regionais e para aux†lios em investiga€‚o industrial e pr•-concorrencial, constantes do anexo I ao presente decreto-lei, do qual faz
parte integrante".

Intensidade de aux†lio: m•todo de cƒlculo

Quanto ao m•todo do cƒlculo da intensidade do aux†lio, cabe referir que as taxas s‚o, tal como consta do anexo I ao decreto-lei, expressas em termos de
equivalente de subven€‚o l†quida, obedecendo o respectivo cƒlculo aos princ†pios estabelecidos no anexo I das Orienta€…es Relativas aos Aux†lios Estatais
com Finalidade Regional (98/C 74/06), publicadas no Jornal Oficial das Comunidades Europeias, de 10 de Mar€o de 1998.

Assim, a intensidade do aux†lio dos projectos serƒ calculada de acordo com a seguinte fŒrmula:

Reserva fiscal em t
Intensidade do Aux†lio =
Investimento eleg†vel em t + 1 Investimento eleg†vel em t + 2
+
(1+i) (1+i)2

i = taxa de desconto de refer•ncia comunitƒria em vigor no ano em que • constitu†da a reserva fiscal (para Portugal, • de 4,43% a taxa de desconto em
vigor desde 1.1.2004).

Atente-se, no entanto, que, nos termos do n.Ž 2 do artigo 6.Ž, a taxa de intensidade do aux†lio aplica-se apenas a 75% do investimento eleg†vel.

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A taxa mƒxima de aux†lios aplicƒvel ao investimento corresponde „ que estiver estabelecida no anexo I ao decreto-lei para a regi‚o onde se localiza o
estabelecimento em que for efectuado esse investimento.

Aplicaƒ„o do regime aos grupos de sociedades

No caso de sociedades abrangidas pelo regime especial de tributa€‚o dos grupos de sociedades previsto no artigo 63.Ž do CŒdigo do IRC, hƒ que ter em
aten€‚o o seguinte:

Grupos de sociedades: aplica€‚o do regime

i) A dedu€‚o a que se refere o n.Ž 1 do artigo 2.Ž do decreto-lei em refer•ncia • efectuada ao montante da colecta que estƒ na origem do IRC liquidado, ou
seja, „ colecta do grupo, porquanto nas declara€…es individuais das sociedades que o constituem n‚o hƒ lugar a liquida€‚o de imposto.

ii) Dado que o decreto-lei em refer•ncia faz depender a aplica€‚o do benef†cio da satisfa€‚o de requisitos espec†ficos e subordina o montante da dedu€‚o „
verifica€‚o de certas condi€…es e limites, haverƒ que ter em aten€‚o, relativamente ao seu aproveitamento no ’mbito da colecta do grupo, a satisfa€‚o
desses elementos.

iii) Assim, quando se verifique que das sociedades que fazem parte do grupo algumas desenvolvem actividades n‚o enquadrƒveis no n.Ž 1 do artigo 3.Ž do
diploma em apre€o, o grupo apenas poderƒ beneficiar do regime da reserva fiscal para investimento relativamente „ parte proporcional da colecta do grupo
que corresponder „ soma das "colectas" individuais apuradas com base nos valores constantes da declara€‚o de cada sociedade que tenha enquadramento
no regime.

iv) Por outro lado, dada a necessidade, por for€a do regime institu†do, de ter em conta a "colecta" individual de cada sociedade em que se realiza o
investimento, dever-se-ƒ, em ordem „ determina€‚o do montante da dedu€‚o possibilitada pelo regime, proceder nos seguintes termos:

a) uma vez apurada a colecta do grupo, realizar-se-ƒ a sua imputa€‚o proporcional a cada uma das sociedades abrangidas em raz‚o da respectiva
"colecta" individual;

b) seguidamente, para cada sociedade do grupo que pretenda e possa beneficiar do regime, caberƒ apurar o montante correspondente „ "dedu€‚o „
colecta individual" at• 20% do resultado da imputa€‚o referida;

c) por fim, a soma das dedu€…es assim apuradas em cada sociedade • objecto da dedu€‚o „ colecta global do grupo de sociedades. Isto sem preju†zo do
necessƒrio cumprimento dos demais requisitos estabelecidos no decreto-lei em quest‚o.

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Processo de documentaƒ„o fiscal


Dossier Fiscal

Sem preju†zo das demais obriga€…es acessŒrias tamb•m previstas no artigo 8.Ž do decreto-lei em ep†grafe, alerta-se para o cumprimento do disposto no n.Ž
1, apresentando-se, em anexo, o modelo da declara€‚o e do respectivo formulƒrio que, „ semelhan€a da declara€‚o e formulƒrio relativos „s despesas de
investiga€‚o e desenvolvimento que constituem o anexo II „quele decreto-lei, devem integrar o processo de documenta€‚o fiscal a que refere o artigo 121.Ž
do CŒdigo do IRC.

SIFIDE - Sistema de Inventivos Fiscais em investigaƒ„o e desenvolvimento (Lei n.€ 40/2005, de 3 de Agosto):
Em que consiste?

• Novo benef…cio fiscal de IRC, o qual opera por dedu€•o ‹ colecta do IRC do exerc…cio de 2006

Per„odo de vig‡ncia do benef„cio:

• Cinco anos

Quem pode beneficiar?

• Os sujeitos passivos de IRC residentes em territ‚rio portugu„s que exer€am, a t…tulo principal ou n•o, uma actividade de natureza agr…cola,
industrial, comercial e de servi€os

• Sujeitos passivos de IRC n•o residentes com estabelecimento estƒvel em Portugal

Como funciona?

• Dedu€•o ‹ COLECTA, e at‡ ‹ sua concorr„ncia, do valor correspondente ‹s despesas com investiga€•o e desenvolvimento, na parte que n•o
tenha sido objecto de comparticipaۥo financeira do Estado a fundo perdido, numa dupla percentagem:

a) Taxa de base - 20% das despesas realizadas naquele per…odo;

b) Taxa incremental - 50% do acr‡scimo das despesas realizadas naquele per…odo em rela€•o ‹ m‡dia aritm‡tica simples dos dois exerc…cios
anteriores, at‡ ao limite de 750.000 euros, o qual poderƒ ser revisto por decreto-lei.

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Despesas eleg„veis:

Despesas que se refiram a actividades de investigaۥo e desenvolvimento, considerando-se:

a) ˜Despesas de investiga€•o™ as realizadas pelo sujeito passivo de IRC com vista ‹ aquisi€•o de novos conhecimentos cient…ficos ou t‡cnicos;

b) ˜Despesas de desenvolvimento™ as realizadas pelo sujeito passivo de IRC atrav‡s da explora€•o de resultados de trabalhos de investiga€•o ou de
outros conhecimentos cient…ficos ou t‡cnicos com vista ‹ descoberta ou melhoria substancial de mat‡rias-primas, produtos, servi€os ou processos
de fabrico.

Obriga‚†es acess€rias:

A dedu€•o deve ser justificada por declara€•o comprovativa, a requerer pelas entidades interessadas, ou de prova da apresenta€•o do pedido de emiss•o
dessa declara€•o, de que as actividades exercidas ou a exercer correspondem efectivamente a ac€Šes de investiga€•o ou desenvolvimento, dos
respectivos montantes envolvidos, do cƒlculo do acr‡scimo das despesas em rela€•o ‹ m‡dia dos dois exerc…cios anteriores e de outros elementos
considerados pertinentes, emitida por entidade nomeada por despacho do Ministro da Ci„ncia, Tecnologia e Ensino Superior, a integrar no processo de
documenta€•o fiscal do sujeito passivo a que se refere o artigo 121.ˆ do C‚digo do IRC.

Obriga‚†es contabil„sticas:

A contabilidade dos sujeitos passivos de IRC beneficiƒrios do regime previsto na presente lei darƒ express•o ao imposto que deixe de ser pago em resultado
da dedu€•o mediante men€•o do valor correspondente no anexo ao balan€o e ‹ demonstra€•o de resultados relativa ao exerc…cio em que se efectua a
deduۥo.

Campo 356
Pagamento Especial Por Conta
Na declara€•o Modelo 22 de 1998 foi criada uma rubrica pr‚pria para fazer a dedu€•o como cr‡dito de imposto do pagamento especial por conta, n•o
podendo da… resultar um valor negativo.

Independentemente da obriga€•o de efectuarem pagamentos por conta, as entidades residentes e as entidades n•o residentes com estabelecimento
estƒvel em territ‚rio portugu„s, que exer€am a t…tulo principal, uma actividade comercial, industrial ou agr…cola, e que n•o estejam abrangidas pelo regime

333
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simplificado de determina€•o do lucro tributƒvel, s•o ainda obrigadas, nos termos do art.ˆ 98ˆ, a efectuar um pagamento especial por conta, durante o m„s
de Mar€o ou, em duas presta€Šes, durante os meses de Mar€o e Outubro do exerc…cio a que o pagamento respeita ou, no caso de adoptarem um per…odo
de tributa€•o n•o coincidente com o ano civil, no 3.ˆ m„s ou no 3.ˆ e 10.ˆ m„s do per…odo de tributa€•o respectivo (art.ˆ 98ˆ, n.ˆ 1).

De acordo com o n.ˆ 2 deste artigo, o montante deste pagamento serƒ igual ‹ diferen€a entre:

 valor correspondente a 1% do volume de neg‚cios (vendas e servi€os prestados) relativo ao exerc…cio anterior, com o limite m…nimo de 1 000 €
(*)(4) e quando superior serƒ igual a este limite, acrescido de 20% da parte excedente, com o limite mƒximo de 70 000 €, (n.ˆ 2 do art.ˆ 98)

 e o montante dos pagamentos por conta efectuados no exerc…cio anterior.

N•o haverƒ pagamento especial por conta no ano de in…cio de actividade e no seguinte.

As sociedades sujeitas ao regime de transpar„ncia fiscal n•o est•o sujeitas a efectua-lo.

Ficam dispensados de efectuara pagamento especial por conta:

• Os sujeitos passivos isentos nos termos do artigo 9.ˆ e 10.ˆ do CIRC e do Estatuto Cooperativo;

• Os sujeitos passivos que se encontrem com processos no Œmbito do C‚digo da Insolv„ncia e da Recupera€•o de Empresas;

• Os sujeitos passivos que tenham deixado de efectuar vendas ou presta€Šes de servi€os e tenham entregue a respectiva declara€•o de cessa€•o
de actividade para efeitos de IVA.

No caso do regime especial de tributa€•o dos grupos de sociedades ‡ devido um pagamento especial por cada uma das sociedades dominadas, a efectuar
pela dominante.

O valor pago ‡ dedut…vel ‹ colecta l…quida do IRC do exerc…cio a que respeita, at‡ ‹ sua concorr„ncia, e, se insuficiente, at‡ ao quarto exerc…cio seguinte.

Findo este prazo apenas, pode ser recuperado, se:

• N•o houver afastamento em mais de 10%, para menos, relativamente ‹ m‡dia dos rƒcios de rentabilidade das empresas do sector de actividade
em que se inserem, a publicar em portaria do Ministro das Finan€as;

• A situa€•o que deu origem ao reembolso seja considerada justificada por ac€•o de inspec€•o feita a pedido do sujeito passivo.

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A ac€•o de inspec€•o a pedido do sujeito passivo ‡ formulada nos termos do Dec. Lei n.ˆ 6/99, de 08.01, e objecto de pagamento pelo requerente de uma
importŒncia variƒvel entre um m…nimo de € 3.152,40 e um mƒximo de € 34.915,85, calculado nos termos da Portaria n.ˆ 939/99, de 20.10.

Em caso de cessa€•o de actividade o pagamento especial por conta ‡ reembolsƒvel at‡ ao terceiro exerc…cio posterior ‹quele a que o pagamento respeita,
relativamente ‹ parte que n•o tiver sido deduzida ‹ colecta.

O reembolso deverƒ ser solicitado, mediante requerimento do sujeito passivo, dirigido ao chefe do servi€o local de finan€as da ƒrea da sede ou do
estabelecimento estƒvel, nos noventa dias seguintes ao da cessa€•o da actividade (n.ˆ 2 do art.ˆ 87ˆ).

Neste campo serƒ indicado o Pagamento Especial por Conta efectuado em 2008, e o saldo nƒo deduzido nem reembolsado, em qualquer dos quatro
exerc„cios anteriores (2004 a 2007), at• … concorr‡ncia da colecta.

EXEMPLO

Exerc†cios 2006 2007


Total do volume negŒcios 250 000,00 350 000,00
Pagamento p/ conta 500,00 0
PEC 1 500,00 1 000,00
Valor dedut†vel 1 500,00 1 500,00 + 1 000,00
Colecta l†quida 0 1 300,00
Valor deduzido 0 1 300,00
Saldo a deduzir at• ao 4.Ž exerc†cio seguinte 1 500,00 1 200,00

O incumprimento do disposto no artigo 98.ˆ do C‚digo do IRC ‡ punido, nos termos da al…nea f) do n.ˆ 5 do artigo 114.ˆ do Regime Geral das Infrac€Šes
Tributƒrias, com coima variƒvel entre 50% e o valor da presta€•o tributƒria em falta, no caso de neglig„ncia, e com coima variƒvel entre o valor e o triplo da
presta€•o tributƒria em falta, quando a infrac€•o for cometida dolosamente. (n.ˆ 5 do artigo 27.ˆ da Lei n.ˆ 32-B/2002, de 30 de Dezembro)

Sobre a forma e regras de dedu€•o do pagamento especial por conta, recomenda-se a leitura do of…cio - circulado nˆ 20.070, de 2002/06/26.

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Of…cio-Circulado 20 070 de 2002-Jun-26


Pagamento especial por conta (PEC) exerc…cios de 1998/1999/2000

A redac€‚o do ex-artigo 74.Ž-A do CŒdigo do IRC (actual artigo 87.Ž), que havia sido aditado pelo Decreto-Lei n.Ž 44/98, de 3 de Mar€o, foi alterada pela Lei
n.Ž 30-G/2000, de 29 de Dezembro. Por sua vez, o artigo 7.Ž da referida Lei n.Ž 30-G/2000, nos seus n.Žs 8 e 9, introduziu, para esta mat•ria, um regime
transitŒrio, cuja redac€‚o foi, entretanto, alterada pelo n.Ž 2 do artigo 7.Ž da Lei n.Ž 85/2001, de 4 de Agosto.

Neste ’mbito, tendo-se tomado conhecimento da exist•ncia de diversas interpreta€…es das normas acima indicadas, relativas „ recupera€‚o dos
Pagamentos especiais por conta referentes aos per†odos de tributa€‚o de 1998, 1999 e 2000, devem os Servi€os, na aplica€‚o das mesmas, observar o
seguinte:

1. PEC/1998

1.1 Devem ser deferidos todos os pedidos de reembolsos cujos requerimentos foram apresentados no prazo previsto no n.Ž 2 do anterior artigo 74.Ž-A do
CŒdigo do IRC (redac€‚o do Decreto-Lei n.Ž 44/98, de 3.03), ou seja, apresentados nos 30 dias seguintes ao termo do prazo de apresenta€‚o da declara€‚o
periŒdica de rendimentos relativa ao ‹ltimo exerc†cio em que era poss†vel a dedu€‚o nos termos do n.Ž 1 daquele artigo ou, no caso de cessa€‚o de
actividade, da declara€‚o do per†odo em que esta ocorrer.

1.2 Devem ser indeferidos todos os pedidos de reembolsos cujos requerimentos n‚o foram apresentados no prazo acima citado, devendo, no entanto,
informar-se o sujeito passivo de que, no caso de continuidade de actividade, o pagamento especial por conta pode ser deduzido at• ao quarto exerc†cio
seguinte „quele a que diz respeito (neste caso, at• ao exerc†cio de 2002).

1.3 No caso de cessa€‚o de actividade, n‚o tendo sido recuperado o pagamento especial por conta nos termos da redac€‚o anterior dos n.Žs 1 e 2 do
ex-artigo 74.Ž-A do CŒdigo do IRC, devem ser indeferidos todos os pedidos de reembolsos cujos requerimentos n‚o foram apresentados no prazo
estabelecido no n.Ž 2 daquele artigo.

2. PEC 1999/2000

2.1 N‚o havendo cessa€‚o de actividade, devem ser indeferidos todos os pedidos de reembolsos, tenham os requerimentos sido apresentados dentro ou
fora do prazo legalmente estabelecido, face ao regime previsto nos n.Žs 8 e 9 do artigo 7.Ž da Lei n.Ž 30-G/2000, de 29 de Dezembro, com a redac€‚o que
lhe foi dada pelo n.Ž 2 do artigo 7.Ž da Lei n.Ž 85/2001, de 4 de Agosto, sem preju†zo dos pedidos jƒ decididos.

2.2 De facto, os pagamentos especiais por conta relativos aos per†odos de tributa€‚o de 1999 e 2000 que, „ data da entrada em vigor da Lei n.Ž 85/2001,

336
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de 4 de Agosto, n‚o tenham sido deduzidos „ colecta ou reembolsados ao abrigo da redac€‚o anterior dos n.Žs 1 e 2 do ex-artigo 74.Ž-A do CŒdigo do IRC,
s‚o ainda dedut†veis „ colecta at• ao quarto exerc†cio seguinte „quele a que digam respeito, sem preju†zo de, relativamente „ parte que ainda assim n‚o
possa ser deduzida, poder ser solicitado o respectivo reembolso findo o ‹ltimo daqueles exerc†cios, em requerimento apresentado nos 30 dias seguintes ao
termo do prazo de apresenta€‚o da declara€‚o periŒdica de rendimentos relativa a este exerc†cio ou, no caso de cessa€‚o de actividade, da declara€‚o do
per†odo em que esta ocorrer.

Est•o sujeitos a este pagamento, todos os sujeitos passivos n•o abrangidos pelo regime simplificado, a que se refere o artigo 53.ˆ do CIRC, sendo o cƒlculo
efectuado nos termos do artigo 98.ˆ do mesmo diploma legal.

EXEMPLO

Considere-se um sujeito passivo de IRC, que nos anos de 1999 a 2002, inclusive, efectuou pagamentos especiais por conta no valor de € 498,80, em cada
ano. Nos exerc†cios de 1999 a 2002, n‚o efectuou a dedu€‚o dos mesmos, por inexist•ncia de colecta. A declara€‚o modelo 22, relativa ao exerc†cio de
2003 apresenta colecta, no valor de € 1.200,00. Qual o valor a indicar no campo 356?

O valor a indicar no campo 356 serƒ€ 1.200,00, o qual corresponde aos pagamentos efectuados em 1999, 2000 e parte de 2001.

EXEMPLO DE C•LCULO PARA 2008

Um sujeito passivo de IRC apresenta no exerc†cio de 2007 um volume de negŒcios de € 230 000,00. Efectuou pagamentos por conta de € 100,00.

Qual o montante de pagamento especial por conta a efectuar em 2008?

1% do volume de negŒcios = € 2 300,00

€ 2 300,00 - € 1 250,00 (limite m†nimo) = € 1 050,00

€ 1 050,00 x 20% = € 210,00

PEC em 2008

€ 1 250,00 + € 210,00 - € 100,00 = € 1 560,00

EXEMPLO DE CALCULO PARA 2009

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Um sujeito passivo de IRC apresenta no exerc†cio de 2008 um volume de negŒcios de € 150 000,00. Neste exerc†cio estava obrigado a efectuar € 500 de
pagamentos por conta

No entanto efectuou um montante de pagamento por conta superior ao devido (€ 1 000,00).

No cƒlculo do PEC, apenas pode deduzir os montantes por conta devidos nos termos do art.Ž 97.Ž do CIRC

Cƒlculo do PEC devido = € 1 000,00+20% (1%x € 150 000-1 000) – 500 = € 600

Em resumo para o cƒlculo do pagamento especial por conta a efectuar em 2009, poderƒ utilizar-se a seguinte formula (sempre que o volume de neg‚cios
seja > € 100 000,00)

PEC = € 1 000,00 +[20% (1% volume de negŒcios) - € 1 000,00] – pagamentos por conta devidos no ano anterior

Com a altera€•o ao art.ˆ 98.ˆ, redac€•o dada pelo OE de 2009, ao cƒlculo do pagamento especial por conta impede-se a dedu‚ƒo de pagamentos por
conta efectuados no exerc…cio anterior quando os mesmos nƒo tenham sido calculados nos termos legalmente estabelecidos

Artigo 98.€
Pagamento especial por conta

1 - Sem preju†zo do disposto na al†nea a) do n.Ž 1 do artigo 96.Ž, os sujeitos passivos a† mencionados, excepto os abrangidos pelo regime simplificado
previsto no artigo 53.Ž, ficam sujeitos a um pagamento especial por conta, a efectuar durante o m•s de Mar€o ou, em duas presta€…es, durante os meses
de Mar€o e Outubro do ano a que respeita ou, no caso de adoptarem um per†odo de tributa€‚o n‚o coincidente com o ano civil, no 3.Ž m•s e no 10.Ž m•s
do per†odo de tributa€‚o respectivo.

2 - O montante do pagamento especial por conta • igual a 1 % do volume de negŒcios relativo ao exerc†cio anterior, com o limite m†nimo de (euro) 1000, e,
quando superior, serƒ igual a este limite acrescido de 20 % da parte excedente, com o limite mƒximo de (euro) 70 000.

3 - Ao montante apurado nos termos do n‹mero anterior deduzem-se os pagamentos por conta calculados nos termos do artigo anterior, efectuados no
exerc†cio anterior.

4 - Para efeitos do disposto no n.Ž 2, o volume de negŒcios corresponde ao valor das vendas e dos servi€os prestados.

5 - No caso dos bancos, empresas de seguros e outras entidades do sector financeiro para as quais esteja prevista a aplica€‚o de planos de contabilidade

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espec†ficos, o volume de negŒcios serƒ substitu†do pelos juros e proveitos equiparados e comiss…es ou pelos pr•mios brutos emitidos, consoante a
natureza da actividade exercida pelo sujeito passivo.

6 - Nos sectores de revenda de combust†veis, de tabacos, de ve†culos sujeitos ao imposto automŒvel e de ƒlcool e bebidas alcoŒlicas podem n‚o ser
considerados, no cƒlculo do pagamento especial por conta, os impostos abaixo indicados, quando inclu†dos nos proveitos:

a) Impostos especiais sobre o consumo (IEC);

b) Imposto automŒvel (IA).

7 - Para efeitos do disposto na al†nea a) do n‹mero anterior, quando n‚o for poss†vel determinar os impostos efectivamente inclu†dos nos proveitos,
poder‚o ser deduzidas as seguintes percentagens:

a) 50% nos proveitos relativos „ venda de gasolina;

b) 40% nos proveitos relativos „ venda de gasŒleo;

c) 60% nos proveitos relativos „ venda de cigarros;

d) 10% nos proveitos relativos „ venda de cigarrilhas e charutos;

e) 30% nos proveitos relativos „ venda de tabacos de corte fino destinados a cigarros de enrolar;

f) 30% nos proveitos relativos „ venda dos restantes tabacos de fumar.

8 - Para efeitos do disposto do n.Ž 2, em rela€‚o „s organiza€…es de produtores e aos agrupamentos de produtores do sector agr†cola que tenham sido
reconhecidos ao abrigo de regulamentos comunitƒrios, os proveitos das actividades para as quais foi concedido o reconhecimento s‚o exclu†dos do cƒlculo
do pagamento especial por conta.

9 - O pagamento especial por conta a efectuar pelos sujeitos passivos de IRC que, no exerc†cio anterior „quele a que o mesmo respeita, apenas tenham
auferido rendimentos isentos, corresponde ao montante m†nimo previsto no n.Ž 2, sem preju†zo do disposto no n.Ž 3.

10 - O disposto no n.Ž 1 n‚o • aplicƒvel no exerc†cio de in†cio de actividade e no seguinte.

11 - Ficam dispensados de efectuar o pagamento especial por conta

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a) Os sujeitos passivos totalmente isentos de IRC nos termos dos artigos 9.Ž e 10.Ž do CŒdigo do IRC e do Estatuto Fiscal Cooperativo;

b) Os sujeitos passivos que se encontrem com processos no ’mbito do CŒdigo dos Processos Especiais de Recupera€‚o da Empresa e de Fal•ncia,
aprovado pelo Decreto-Lei n.Ž 132/93, de 23 de Abril, a partir da data de instaura€‚o desse processo.

c) Os sujeitos passivos que tenham deixado de efectuar vendas ou presta€…es de servi€os e tenham entregue a correspondente declara€‚o de cessa€‚o de
actividade a que se refere o artigo 33.Ž do CŒdigo do IVA.

12 - Quando seja aplicƒvel o regime especial de tributa€‚o dos grupos de sociedades, • devido um pagamento especial por conta por cada uma das
sociedades do grupo, incluindo a sociedade dominante, cabendo a esta ‹ltima as obriga€…es de determinar o valor global do pagamento especial por conta,
deduzindo o montante dos pagamentos por conta respectivos, e de proceder „ sua entrega.

REGIŠO AUTONOMA DOS A‰ORES


Decreto Legislativo Regional 40/2003/A de 6 de Novembro

Segunda alteraƒ„o ao Decreto Legislativo Regional n.€ 2/99/A, de 20 de Janeiro, adaptaƒ„o do sistema fiscal nacional, alterado pelo Decreto
Legislativo Regional n.€ 33/99/A, de 30 de Dezembro

A Constitui€‚o e o Estatuto Pol†tico-Administrativo da Regi‚o AutŒnoma dos A€ores consagram o poder da Regi‚o para adaptar o sistema fiscal nacional,
no sentido da promo€‚o da correc€‚o das desigualdades entre o continente e as Regi…es AutŒnomas decorrentes da insularidade, com a consequente
diminui€‚o das press…es fiscais.

A Lei n.Ž 13/98, de 24 de Fevereiro, desenvolveu os termos e os limites do exerc†cio daquele poder.

O Decreto Legislativo Regional n.Ž 2/99/A, de 20 de Janeiro, concretizou a adapta€‚o do quadro fiscal nacional „ nossa realidade insular e foi a primeira
express‚o do poder legislativo regional nesta mat•ria.

Em 1998 foi criado o pagamento especial por conta, para os contribuintes sujeitos ao imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas (IRC),
designadamente as empresas que exer€am, a t†tulo principal, actividades de natureza comercial, industrial ou agr†cola e n‚o abrangidas pelo regime
simplificado.

O regime do pagamento especial por conta, que foi actualizado em 2003, prev• agora que os contribuintes estejam obrigados a efectuar o pagamento de

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um montante correspondente „ diferen€a entre 1% dos proveitos e ganhos no ano anterior, com os limites m†nimo (euro) 1250 e mƒximo de (euro) 200 000,
e o montante dos pagamentos por conta efectuados no ano anterior.

Foram assim alterados a base de incid•ncia e os limites previstos anteriormente, que evidenciaram o facto da redu€‚o nos A€ores da taxa nacional do IRC
em 30% n‚o estar a ser considerada na liquida€‚o do pagamento especial por conta.

Na verdade, esta forma de liquida€‚o deve considerar a adapta€‚o aos A€ores do sistema fiscal nacional, operada pelo Decreto Legislativo Regional n.Ž
2/99/A, de 20 de Janeiro, em mat•ria de IRC.

SŒ assim se assegura de facto a coer•ncia do sistema e se respeita a configura€‚o regional da taxa do IRC.

š por esta via normativa que se pode aclarar qualquer d‹vida interpretativa.

Assim, a Assembleia Legislativa Regional dos A€ores decreta, nos termos da al†nea i) do n.Ž 1 do artigo 227.Ž da Constitui€‚o e da al†nea f) do n.Ž 1 do
artigo 31.Ž do Estatuto Pol†tico-Administrativo, o seguinte:

Artigo 1.€
’mbito

O artigo 5.Ž do Decreto Legislativo Regional n.Ž 2/99/A, de 20 de Janeiro, alterado pelo Decreto Legislativo Regional n.Ž 33/99/A, de 30 de Dezembro, passa
a ter a seguinte redac€‚o:

”Artigo 5.Ž
IRC

1 - ...

2 - ...

a) ...

b) ...

c) ...

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3 - ...

4 - ...

5 - A reduƒ„o referida nos n•meros anteriores aplica-se • percentagem prevista na f‚rmula de cŽlculo para o apuramento especial por conta,
bem como aos limites m…nimo e mŽximo fixados.˜

Artigo 2.€
Entrada em vigor

O presente diploma entra em vigor no dia imediato ao da sua aplica€‚o.

Resumo sobre a deduƒ„o do pagamento especial por conta em 2008


Pagamentos efectuados em:

 2004 => Dedut…veis ‹ colecta, at‡ ao exerc…cio de 2008, sem preju…zo do direito ao reembolso nas condi€Šes previstas no n.ˆ 3 do artigo 87.ˆ do
CIRC

 2005 => Dedut…veis ‹ colecta, at‡ ao exerc…cio de 2009, sem preju…zo do direito ao reembolso nas condi€Šes previstas no n.ˆ 3 do artigo 87.ˆ do
CIRC

 2006 => Dedut…veis ‹ colecta, at‡ ao exerc…cio de 2010, sem preju…zo do direito ao reembolso nas condi€Šes previstas no n.ˆ 3 do artigo 87.ˆ do
CIRC

 2007 => Dedut…veis ‹ colecta, at‡ ao exerc…cio de 2011, sem preju…zo do direito ao reembolso nas condi€Šes previstas no n.ˆ 3 do artigo 87.ˆ do
CIRC

Artigo 87.€
Pagamento especial por conta

1 - A dedu€‚o a que se refere a al†nea e) do n.Ž 2 do artigo 83.Ž• efectuada ao montante apurado na declara€‚o a que se refere o artigo 112.Ž do prŒprio
exerc†cio a que respeita ou, se insuficiente, at• ao quarto exerc†cio seguinte, depois de efectuadas as dedu€…es referidas nas al†neas a) a d) do n.Ž 2 e com

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observ’ncia do n.Ž 7, ambos do artigo 83.Ž.

2 - Em caso de cessa€‚o de actividade no prŒprio exerc†cio ou at• ao terceiro exerc†cio posterior „quele a que o pagamento especial por conta respeita, a
parte que n‚o possa ter sido deduzida nos termos do n‹mero anterior, quando existir, • reembolsada mediante requerimento do sujeito passivo, dirigido ao
chefe do servi€o de finan€as da ƒrea da sede, direc€‚o efectiva ou estabelecimento estƒvel em que estiver centralizada a contabilidade, apresentado nos
90 dias seguintes ao da cessa€‚o da actividade.

3 - Os sujeitos passivos que n‚o s‚o suscept†veis de ser abrangidos pelo regime de tributa€‚o previsto no artigo 53.Ž podem ainda, sem preju†zo do
disposto no n.Ž 1, ser reembolsados da parte que n‚o foi deduzida ao abrigo do mesmo preceito, desde que preenchidos os seguintes requisitos:

a) N‚o se afastem, em rela€‚o ao exerc†cio a que diz respeito o pagamento especial por conta a reembolsar, em mais de 10%, para menos, da m•dia dos
rƒcios de rentabilidade das empresas do sector de actividade em que se inserem, a publicar em portaria do Ministro das Finan€as;

b) A situa€‚o que deu origem ao reembolso seja considerada justificada por ac€‚o de inspec€‚o feita a pedido do sujeito passivo formulado nos 90 dias
seguintes ao termo do prazo de apresenta€‚o da declara€‚o periŒdica relativa ao mesmo exerc†cio. (Aditado pela Lei n.Ž 32-B/2002, de 30 de Dezembro -
OE)

FICHAS DOUTRIN•RIAS
Assunto: Restituiƒ„o do PEC em caso de sa…da de sociedades do grupo
Proc. n€ : 3724/2003, com despacho concordante do Senhor Subdirector-Geral do IR, em 2004.10.13

Conte•do: Nos termos do n.Ž 5 do art. 98.Ž do CŒdigo do IRC, no regime especial de tributa€‚o dos grupos de sociedades • devido um pagamento especial
por conta por cada uma das sociedades dominadas, a efectuar pela dominante.

O montante do PEC relativo „s sociedades dominadas, efectuado no exerc†cio em que estas saem do grupo, n‚o • dedut†vel „ colecta do grupo, sendo
imputƒvel „quelas sociedades.

Todavia, a sociedade dominante actua como representante do grupo e, portanto, •, no conjunto das sociedades, o “sujeito passivo de facto“. Assim, os
pedidos de reembolso feitos, oportunamente, pelas sociedades dominadas que saem do grupo, s‚o concretizados na esfera da sociedade dominante.

Assunto: Recuperaƒ„o dos PEC em caso de fus„o


Proc. n€ : 1380/2002, com despacho concordante do Senhor Subdirector-Geral do IR, em 2004.06.22

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Conte‹do:

1 - De acordo com o n.Ž 2 do art. 87Ž do CŒdigo do IRC, em caso de cessa€‚o de actividade, o pagamento especial por conta que, nos termos daquele
preceito, n‚o possa ter sido deduzido „ colecta, • reembolsado mediante requerimento do sujeito passivo, dirigido ao chefe do servi€o de finan€as da ƒrea
da sede, direc€‚o efectiva ou estabelecimento estƒvel em que estiver centralizada a contabilidade, apresentado nos 90 dias seguintes ao da cessa€‚o da
actividade.

2 - A cessa€‚o de actividade, nos termos da al†nea a) do n.Ž 5 do art. 8Ž do CŒdigo do IRC, ocorre na data da fus‚o relativamente „s sociedades extintas
em consequ•ncia desta.

3 - Nos termos do art. 112Ž do CŒdigo das Sociedades Comerciais, a extin€‚o das sociedades incorporadas verifica-se com a inscri€‚o da fus‚o no registo
comercial, transmitindo-se os direitos e obriga€…es para a sociedade incorporante, sendo que a data de registo • a data da apresenta€‚o, de acordo com o
n.Ž 2 do art. 55Ž do CŒdigo do Registo Comercial.

4 - Considerando o regime espec†fico da recupera€‚o dos PEC em caso de cessa€‚o de actividade e que a sociedade com direito „ dedu€‚o do PEC se
extinguiu com o registo da fus‚o, deverƒ ser a incorporante a solicitar o reembolso nos termos do n.Ž 2 do art. 87Ž do CŒdigo do IRC, uma vez que assumiu
todos os direitos e obriga€…es da sociedade incorporada, sendo neste caso t‚o sŒ o direito a solicitar o reembolso do PEC face „ cessa€‚o da actividade da
sociedade incorporada.

Assunto: Dispensa de efectuar o Pagamento Especial por Conta


Proc.€n€: 570/2004, com despacho concordante do SEAF, em 2004.06.01

Conte•do: Face ao disposto no nŽ 10 do art. 98Ž do CŒdigo do IRC, sŒ est‚o dispensadas do Pagamento Especial por Conta (PEC) as entidades a†
indicadas, ou seja, os sujeitos passivos que se encontrem com processos no ’mbito do CŒdigo dos Processos Especiais de Recupera€‚o de Empresa e de
Fal•ncia e os totalmente isentos de IRC nos termos dos artigos 9Ž e 10Ž daquele diploma e do Estatuto Fiscal Cooperativo, ainda que suportem imposto por
reten€‚o na fonte a t†tulo definitivo.

Relativamente „ possibilidade de excluir da base de cƒlculo deste pagamento os rendimentos isentos de imposto, • a mesma de afastar, face ao quadro
legal actual.

Assunto: Restituiƒ„o de PEC em caso de fus„o com eficŽcia retroactiva


Proc. n€ : 3529/2003, com despacho concordante do Senhor Subdirector-Geral do IR, em 2004.03.19

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Conte•do: Verificados os requisitos exigidos pelo n.Ž 7 do artigo 68.Ž do CŒdigo do IRC, a fus‚o reporta os seus efeitos fiscais „ data constante do projecto
de fus‚o, sucedendo a sociedade incorporante nos direitos e obriga€…es das sociedades incorporadas.

Tendo estas sociedades efectuado os Pagamentos Especiais por Conta, (PEC) em data posterior „quela a que a fus‚o se reporta, a dedu€‚o dos mesmos
• efectuada „ colecta apurada pela sociedade incorporante, relativa ao respectivo exerc†cio que, por sua vez, nos termos do n.Ž 8 do mesmo preceito,
engloba os resultados realizados pelas sociedades incorporadas durante o per†odo decorrido entre a data fixada no projecto e a data de produ€‚o de efeitos
jur†dicos da opera€‚o.

Relembra-se o facto de que, nos termos do n.Ž 7 do artigo 83.Ž do CIRC, n‚o pode resultar valor negativo das dedu€…es efectuadas „ colecta.

Campo 357
Total das DeduĠes
Soma dos campos 352 a 356.

As dedu€Šes ‹ colecta s•o efectuadas at‡ ‹ concorr„ncia desta e pela ordem indicada nos campos 352 a 356. Se o total das dedu€Šes for igual ‹ colecta o
campo 357 deve ser igual a zero.

Campo 358
IRC Liquidado
Corresponde ‹ diferen€a entre os quadros 351 e 357. Nos termos do n.ˆ 7 do artigo 71.ˆ do CIRC, n•o pode resultar valor negativo das dedu€Šes
efectuadas ‹ colecta.

Campo 371
Resultado da Liquidaƒ„o
Com a publica€•o do Or€amento do Estado para 2005, foi aditado ao C‚digo do IRC uma nova disposi€•o denominada “Resultado da Liquida€•o”,
consubstanciada no artigo 86ˆ do C‚digo do IRC.

Apesar de n•o se tratar de uma regra de determina€•o da mat‡ria colectƒvel, pois os seus efeitos situam-se na ƒrea da liquida€•o do imposto, justifica-se a
sua abordagem no contexto deste manual, sobretudo por duas razŠes:

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 ‡ uma mat‡ria nova, na medida em que ‡ aplicƒvel pela primeira vez no exerc…cio de 2005;

 ‡ uma medida de limita€•o de benef…cios fiscais que pode implicar uma completa reformula€•o da liquida€•o do IRC, desde o apuramento do lucro
tributƒvel;

Nos termos do artigo 86.ˆ do C‚digo do IRC, para as entidades que exer€am, a t…tulo principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agr…cola,
n•o abrangidas pelo regime simplificado, bem como os n•o residentes com estabelecimento estƒvel o IRC liquidado, nos termos do nˆ 1 do artigo 83ˆ,
liquido das dedu€Šes previstas nas al…neas b) e d) do mesmo artigo n•o pode ser inferior a 60% do IRC que seria devido na aus„ncia de:

 Benef…cios fiscais (tal como definidos no pr‚prio artigo);

 Benef…cios do regime do n.ˆ 13 do artigo 40.ˆ (realiza€Šes de utilidade social);

 Benef…cios do regime artigo 69.ˆ (transmissibilidade de preju…zos no Œmbito de um processo de fus•o);

Para o efeito, consideram-se benef…cios fiscais:

 Cria€•o de emprego para jovens – artigo 19.ˆ do EBF;

 Dividendos de ac€Šes decorrentes de processos de privatiza€•o – artigo 67.ˆ do EBF;

 Donativos no Œmbito do mecenato;

 Dedu€Šes ‹ colecta, com excep€•o dos benef…cios fiscais de natureza contratual;

 Os incentivos fiscais ‹ interioridade;

 Acr‡scimos de amortiza€Šes resultantes de reavalia€•o efectuada ao abrigo de legisla€•o fiscal;

A anƒlise dos benef…cios abrangidos por esta limita€•o, permite concluir que o artigo 86.ˆ do C‚digo do IRC n•o exerce os seus efeitos apenas ao n…vel do
cƒlculo do imposto, pois a exist„ncia de diversos benef…cios com natureza de dedu€•o ao rendimento obrigarƒ os sujeitos passivos a recalcular o lucro
tributƒvel, para averiguar se hƒ lugar ou n•o ‹ aplica€•o da norma.

Refira-se que a aplica€•o do artigo 86.ˆ do C‚digo do IRC n•o levarƒ ‹ altera€•o do preenchimento da declara€•o modelo 22, isto ‡, os sujeitos passivos

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n•o ter•o de “retirar” quaisquer benef…cios da declara€•o, apenas efectuando a correc€•o ao IRC liquidado atrav‡s de acr‡scimo a indicar no campo 371 do
Quadro 10.

EXEMPLO

Um sujeito passivo de IRC, enquadrado no regime geral, apresenta, no exerc†cio de 2008, uma mat•ria colectƒvel nula e um preju†zo fiscal de € 50.000,00,
tendo ainda usufru†do de uma dedu€‚o ao rendimento de € 60.000,00, ao abrigo do artigo 19.Ž do EBF. Apesar de n‚o existir mat•ria colectƒvel, haverƒ
lugar „ aplica€‚o do artigo 86.Ž do CIRC?

Liquidaƒ„o com benef…cios Liquidaƒ„o “sem” benef…cios


IRC liquidado = 0 10.000 X 25% = 2.500
IRC liquidado = 2.500
2.500 X 60% = 1.500

Consequ•ncia: acresce 1.500 (1.500 - 0) no campo 371 do Quadro 10 da declara€‚o modelo 22

EXEMPLO:

Um sujeito passivo de IRC, enquadrado no regime geral, apresenta, no exerc†cio de 2005, uma mat•ria colectƒvel de € 230.000,00 usufruindo de um
benef†cio fiscal de € 170.000,00, ao abrigo do artigo 17.Ž do EBF.

Liquidaƒ„o com benef…cio Liquidaƒ„o sem benef…cio


230.000 X 25% = 57.500 400.000 X 25% = 100.000
100.000 X 60% = 60.000

Consequ•ncia: acresce no campo 371 do Quadro 10 da declara€‚o modelo22 € 2.500,00 (€ 60.000,00 - € 57.500,00)

FICHA DOUTRIN•RIA

Assunto: Aplicaƒ„o da limitaƒ„o prevista no artigo 86.€

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Processo: 1263/2006, Despacho n.€ 56/2008-XVII, de 2008.01.04 do SEAF

De acordo com o previsto no artigo 86.Ž do CŒdigo do IRC, aditado pelo n.Ž 1 do artigo 29.Ž da Lei n.Ž 55-B/2004, de 30.12 (Lei do OE para 2005),
relativamente „s entidades que exer€am, a t†tulo principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agr†cola, n‚o abrangidas pelo regime
simplificado, bem como „s n‚o residentes com estabelecimento estƒvel em territŒrio portugu•s, o imposto liquidado nos termos do n.Ž 1 do artigo 83.Ž do
CŒdigo do IRC, l†quido das dedu€…es previstas nas al†neas b) e d) do n.Ž 2 do mesmo artigo, correspondentes „ dupla tributa€‚o internacional e aos
benef†cios fiscais, n‚o pode ser inferior a 60% do montante que seria apurado se o sujeito passivo n‚o usufru†sse de benef†cios fiscais, dos regimes
previstos no n.Ž 13 do artigo 40.Ž e no artigo 69.Ž, ambos do CŒdigo do IRC.

No ’mbito deste preceito, parece que se pretendeu abarcar um vasto elenco de benef†cios fiscais (expressamente enumerados no n.Ž 2) e situa€…es que,
embora formalmente n‚o sejam tratadas como um benef†cio fiscal, constituem medidas de carƒcter excepcional que contrariam o regime geral, como seja
o caso do regime de transmissibilidade de preju†zos fiscais, por se tratar de uma excep€‚o „ regra da identidade jur†dica consagrada na lei em rela€‚o ao
reporte de preju†zos, e o caso do n.Ž 13 do artigo 40.Ž do CŒdigo do IRC, no qual se aceita como custo a totalidade das contribui€…es suplementares para
fundos de pens…es e equiparƒveis destinadas „ cobertura de responsabilidades com pens…es que, em resultado da aplica€‚o das normas internacionais de
contabilidade, sejam efectuadas por determina€‚o do Banco de Portugal.

Uma vez que a limita€‚o opera atrav•s de uma correc€‚o ao montante do imposto que seria liquidado caso o sujeito passivo n‚o usufru†sse de benef†cios
fiscais, dos regimes previstos no n.Ž 13 do artigo 40.Ž e do artigo 69.Ž, todos do CŒdigo do IRC, ficam abrangidas as situa€…es em que, retirando-se os
benef†cios fiscais, se apura imposto liquidado (Campo 358 do quadro 10 da Declara€‚o Mod. 22 de IRC ), por forma a n‚o criar situa€…es de desigualdade.

Os sujeitos passivos t•m assim de comparar a sua situa€‚o em concreto, com usufrui€‚o dos benef†cios e sem benef†cios. Isto •, t•m de comparar o valor
do IRC liquidado usufruindo dos benef†cios com aquele que se apuraria na aus•ncia desses benef†cios, aplicar o limite de 60% ao imposto que seria
liquidado sem usufrui€‚o dos benef†cios e, quando haja diferen€a entre este valor e o calculado com usufrui€‚o dos benef†cios, deve ser a mesma
acrescida no quadro 10 da declara€‚o Mod.22 de IRC.

Nas restantes situa€…es, em que sem usufrui€‚o dos benef†cios fiscais continua a n‚o se apurar imposto liquidado, n‚o poderƒ operar a limita€‚o prevista
no artigo 86.Ž do CŒdigo IRC.

Assim, nos casos em que os sujeitos passivos aproveitem de benef†cios fiscais que operam por dedu€‚o ao rendimento, tais como o relativo „ cria€‚o de
emprego para jovens, previsto no artigo 17.Ž e o relativo „s ac€…es adquiridas no ’mbito das privatiza€…es, previsto no artigo 59.Ž, ambos do Estatuto dos
Benef†cios Fiscais, e apurem preju†zos fiscais e, na aus•ncia desses benef†cios fiscais, continuem a n‚o apurar imposto liquidado, n‚o hƒ lugar „ aplica€‚o
do disposto no artigo 86.Ž

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Da mesma forma, nas situa€…es em que se aplica o regime previsto no novo n.Ž 13 do artigo 40.Ž do CŒdigo de IRC e em que o resultado tributƒvel sem a
usufrui€‚o deste regime n‚o • positivo, n‚o • poss†vel a aplicabilidade da limita€‚o prevista na norma em quest‚o.

Tamb•m n‚o se aplica a limita€‚o supramencionada, nas situa€…es em que da dedu€‚o dos preju†zos fiscais autorizados, nos termos previstos no artigo
69.Ž do CŒdigo do IRC, n‚o resulta mat•ria colectƒvel, quando, na aus•ncia deste benef†cio fiscal, tamb•m resultasse mat•ria colectƒvel nula.

Ao inv•s, se na aus•ncia de benef†cios fiscais e/ou dos regimes apontados o sujeito passivo passa a apurar lucro tributƒvel e, subsequentemente, imposto
liquidado, tem lugar a limita€‚o prevista no artigo 86.Ž do CŒdigo do IRC.

Campo 359
RetenĠes na Fonte
Ao IRC l…quido das dedu€Šes supra citadas poderƒ, ainda, deduzir-se neste campo o valor das reten€Šes na fonte de IRC que tenha a natureza de imposto
por conta.

As reten€Šes na fonte deste campo, s•o as referidas nas al…neas a) e b) do n.ˆ 2 e a) a c) do n.ˆ 3 do artigo 71.ˆ do CIRS, respectivamente, por for€a do n.ˆ
4 do artigo 88.ˆ do CIRC, as quais est•o sujeitas ‹s taxas de 25%, 35% e 20%.

Bem, como as reten€Šes que incidiram sobre rendimentos prediais e outros rendimentos de capitais (taxa de 15%) e rendimentos respeitantes a
remunera€Šes auferidas na qualidade de membros de ‚rg•os estatutƒrios de pessoas colectivas e outras entidades (taxa de 20%) nos termos do n.ˆ 4 do
art. 88.ˆ do CIRC, conjugado com o n.ˆ 1 do art. 101.ˆ do CIRS.

A al…nea f) do n.ˆ 2 do art. 83.ˆ do CIRC refere que as reten€Šes a deduzir s•o aquelas n•o suscept…veis de ser compensadas ou reembolsadas
directamente nos termos da legisla€•o aplicƒvel (DL 263/92, de 24 de Novembro), por motivo de reclama€•o, impugna€Šes, etc.

As reten€Šes na fonte que poderiam ser deduzidas ‹ colecta das sociedades ou entidades a que se aplica o regime da transpar„ncia fiscal podem ser
abatidas ‹ colecta dos seus s‚cios ou membros, nos termos do n.ˆ 5 do artigo 83.ˆ do CIRC.

TAXAS DE RETEN‰ŠO NA FONTE

Rendimentos provenientes da propriedade intelectual ou industrial e bem  Residentes e n‚o residentes com estabelecimento estƒvel: 15%
assim da presta€‚o de informa€…es respeitantes a uma experi•ncia
adquirida no sector industrial, comercial ou cient†fico  N‚o residentes: 15%

349
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adquirida no sector industrial, comercial ou cient†fico  N‚o residentes: 15%
Rendimentos derivados do uso ou da concess‚o do uso de equipamento  Residentes e n‚o residentes com estabelecimento estƒvel: 15%
agr†cola, industrial, comercial ou cient†fico, bem como da assist•ncia
t•cnica  N‚o residentes: 15%
Rendimento de ac€…es  Residentes e n‚o residentes com estabelecimento estƒvel: 15%
 N‚o residentes: 15%
Juros de depŒsitos „ ordem ou a prazo  Residentes e n‚o residentes com estabelecimento estƒvel: 20%
 N‚o residentes: 20%
Rendimentos de t†tulos de d†vida, de opera€…es de reporte, cess…es de  Residentes e n‚o residentes com estabelecimento estƒvel: 20%
cr•dito, contas de t†tulos com garantia de pre€o ou de outras opera€…es
similares ou afins  N‚o residentes: 20%
Rendimentos de aplica€‚o de capitais n‚o abrangidos nas al†neas  Residentes e n‚o residentes com estabelecimento estƒvel: 15%
anteriores tal como s‚o definidos para efeitos de IRS, quando o seu
devedor seja sujeito passivo de IRC ou quando os mesmos constituam
encargo relativo „ actividade empresarial ou profissional de sujeitos  N‚o residentes: 20%;
passivos de IRS que devam possuir contabilidade
Rendimentos Prediais  Residentes e n‚o residentes com estabelecimento estƒvel: 15%
 N‚o residentes: 15%
Remunera€…es auferidas na qualidade de membro de Œrg‚os estatutƒrios  Residentes e n‚o residentes com estabelecimento estƒvel: 20%
de pessoas colectivas e outras entidades  N‚o residentes: 25%
Pr•mios de lotarias, apostas m‹tuas desportivas e bingo  Residentes e n‚o residentes com estabelecimento estƒvel: 25%
 N‚o residentes: 35%
Pr•mios de rifas, totoloto, loto, sorteios e concursos  Residentes e n‚o residentes com estabelecimento estƒvel: 35%
 N‚o residentes: 35%
Rendimentos derivados do exerc†cio da actividade de profissionais de  N‚o residentes: 25%;
espectƒculos ou desportistas obtidos por n‚o residentes

350
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espectƒculos ou desportistas obtidos por n‚o residentes
Rendimentos provenientes da intermedia€‚o na celebra€‚o de quaisquer  N‚o residentes: 15%;
contratos e rendimentos de outras presta€…es de servi€os, realizados ou
utilizados em territŒrio portugu•s, com excep€‚o dos relativos a
transportes, comunica€…es e actividades financeiras.

Campo 360
Pagamento por Conta
Um dos aspectos inovadores presentes na reforma fiscal de 1989 ‡ a adop€•o dos pagamentos por conta do imposto devido a final do pr‚prio exerc…cio em
que se gera o rendimento. A inten€•o do legislador subjacente ‹ cria€•o deste regime prende-se com a preocupa€•o de aproximar a data de percep€•o dos
rendimentos e a do pagamento do respectivo imposto. Deste modo, a carga tributƒria ‡ fraccionada no tempo, evitando-se assim os inconvenientes que
adviriam para o contribuinte do pagamento integral e unitƒrio do imposto.

Este sistema aplica-se apenas ‹s seguintes entidades:

• Residentes que exer€am, a titulo principal, actividade de natureza comercial, industrial ou agr…cola;

• N•o residentes com estabelecimento estƒvel em Portugal.

e ‡ l‚gico que apenas estas entidades estejam abrangidas pelo novo sistema, atenta a exist„ncia de uma certa estabilidade no exerc…cio da sua actividade
e, consequentemente, na obtenۥo dos rendimentos dela derivados.

Os prazos estipulados para o cumprimento destas obriga€Šes s•o os seguintes:

Julho
Entidades cujo per†odo de tributa€‚o coincide com o ano civil Setembro
Dezembro

351
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Dezembro

S•timo m•s
Entidades que optaram por um per†odo de tributa€‚o diferente do ano civil
Nono m•s
(Art. 8.Ž n.Žs 2 e 3)
Decimo segundo m•s

352
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Artigo 96.€
Regras de pagamento

1 - As entidades que exer€am, a t†tulo principal, actividade de natureza comercial, industrial ou agr†cola, bem como as n‚o residentes com estabelecimento
estƒvel em territŒrio portugu•s, devem proceder ao pagamento do imposto nos termos seguintes:

a) Em tr•s pagamentos por conta, com vencimento nos meses de Julho, Setembro e Dezembro do prŒprio ano a que respeita o lucro tributƒvel ou, nos
casos dos n.Žs 2 e 3 do artigo 8.Ž, no 7.Ž, 9.Ž e 12.Ž meses do respectivo per†odo de tributa€‚o.

Os pagamentos por conta ser•o abatidos ao IRC global, liquido das dedu€Šes a que se refere o n.ˆ 2 do artigo 83.ˆ do CIRC:

• Dupla tributa€•o Internacional

• Benef…cios Fiscais

• Reten€Šes na fonte

e, se dessa dedu€•o resultar valor negativo, a empresa terƒ direito a reembolso, igual ao valor absoluto correspondente a esse valor negativo adicionado
dos pagamentos por conta.

Os pagamentos por conta s•o calculados nos termos do nˆ 1 do artigo 97ˆ do CIRC, e correspondem a 90% ou 70% do montante apurado, conforme o
volume de neg‚cios do sujeito passivo seja superior ou n•o a € 498.797,90, respectivamente.

Artigo 97.€
CŽlculo dos pagamentos por conta

1 - Os pagamentos por conta s‚o calculados com base no imposto liquidado nos termos do n.Ž 1 do artigo 83.Ž relativamente ao exerc†cio imediatamente
anterior „quele em que se devam efectuar esses pagamentos, l†quido da dedu€‚o a que se refere a al†nea f) do n.Ž 2 do mesmo artigo.

2- Os pagamentos por conta dos contribuintes cujo volume de negŒcios do exerc†cio imediatamente anterior „quele em que se devam efectuar esses
pagamentos seja igual ou inferior a € 498.797,90 correspondem a 70% do montante do imposto referido no n‹mero anterior, repartido por tr•s montantes
iguais, arredondados, por excesso, para euros. [Redac€‚o dada pela Lei n.Ž 64-A/2008, de 31 de Dezembro - OE]

3 - Os pagamentos por conta dos contribuintes cujo volume de negŒcios do exerc†cio imediatamente anterior „quele em que se devam efectuar esses

353
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pagamentos seja superior a € 498.797,90 correspondem a 90% do montante do imposto referido no n.Ž 1, repartido por tr•s montantes iguais,
arredondados, por excesso, para euros. [Redac€‚o dada pela Lei n.Ž 64-A/2008, de 31 de Dezembro - OE]

4 - No caso referido na al†nea d) do n.Ž 4 do artigo 8.Ž, o imposto a ter em conta para efeitos do disposto no n.Ž 1 • o que corresponderia a um per†odo de 12
meses, calculado proporcionalmente ao imposto relativo ao per†odo a† mencionado.

5 - Tratando-se de sociedades de um grupo a que seja aplicƒvel pela primeira vez o regime especial de tributa€‚o dos grupos de sociedades, os
pagamentos por conta relativos ao primeiro exerc†cio s‚o efectuados por cada uma dessas sociedades e calculados nos termos do n.Ž 1, sendo o total das
import’ncias por elas entregue tomado em considera€‚o para efeito do cƒlculo da diferen€a a pagar pela sociedade dominante ou a reembolsar-lhe, nos
termos do artigo 96.Ž

6 - No exerc†cio seguinte „quele em que terminar a aplica€‚o do regime previsto no artigo 63.Ž, os pagamentos por conta a efectuar por cada uma das
sociedades do grupo s‚o calculados nos termos do n.Ž 1 com base no imposto que lhes teria sido liquidado relativamente ao exerc†cio anterior se n‚o
estivessem abrangidas pelo regime.

7 - No exerc†cio em que deixe de haver tributa€‚o pelo regime especial de tributa€‚o dos grupos de sociedades, observa-se o seguinte:

a) Os pagamentos por conta a efectuar apŒs a ocorr•ncia do facto determinante da cessa€‚o do regime s‚o efectuados por cada uma das sociedades do
grupo e calculados da forma indicada no n‹mero anterior;

b) Os pagamentos por conta jƒ efectuados pela sociedade dominante „ data da ocorr•ncia da cessa€‚o do regime s‚o tomados em considera€‚o para
efeito do cƒlculo da diferen€a que tiver a pagar ou que deva ser-lhe reembolsada nos termos do artigo 96.Ž.

Nos termos do n.ˆ 4 do artigo 96.ˆ, os contribuintes s•o dispensados de efectuar pagamentos por conta quando o imposto do exerc…cio de refer„ncia para o
respectivo cƒlculo for inferior a €199,52 .

EXEMPLO DE C•LCULO DE PAGAMENTOS POR CONTA:

Volume de negŒcios do exerc†cio n-1: € 250.000,00

Colecta do exerc†cio n-1: € 50.000,00 (campo 351 do Quadro 10)

Reten€…es na fonte: € 2.000,00 (campo 359 do Quadro 10)

C•LCULO DO PAGAMENTO POR CONTA 2008:

354
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(€ 50.000,00 – € 2.000,00) x 0,75 = € 36.000,00, ou seja 3 pagamentos de € 12.000,00, a efectuar em Julho, Setembro e Dezembro, ou no 7Ž, 9Ž e 12Ž
meses do respectivo per†odo de tributa€‚o.

Na Lei do OE de 2009, s•o alterados os coeficientes de cƒlculo dos pagamentos por conta de IRC, tendo agora como base 70% da colecta do exerc…cio
anterior para os sujeitos passivos com volume de neg‚cios do exerc…cio anterior € 498.797,90.

Para os restantes sujeitos passivos a base passa a ser 90% da colecta do exerc…cio anterior.

Exemplo

Sujeito passivo com volume de negŒcios em 2008 = € 100.000,00 e colecta de IRC = € 20.000,00 nesse exerc†cio

(n‚o existem reten€…es na fonte)

Pagamentos por conta a efectuar em 2009:

€ 20.000,00 x 70% = € 14.000,00 (3 presta€…es de € 4.667,00)

355
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FICHAS DOUTRIN•RIAS
Assunto: Pagamentos por conta e pagamento especial por conta dos per…odos de tributaƒ„o inferiores a um ano
Proc. n.€ : 806/2003, com despacho concordante do Sr. Director-Geral dos Impostos, em 2004.04.23

Conte•do: • Relativamente aos PAGAMENTOS POR CONTA de per†odos de tributa€‚o inferiores a um ano referentes a per†odos de transi€‚o de um
per†odo especial de tributa€‚o para um per†odo coincidente com o ano civil, considerando que:

O artigo 97.Ž do CŒdigo do IRC n‚o • expl†cito quanto ao cƒlculo dos pagamentos por conta dos sujeitos passivos que nos termos do n.Ž 3 do art. 8Ž do
CIRC s‚o autorizados novamente a adoptar o per†odo de tributa€‚o coincidente com o ano civil, nomeadamente para o exerc†cio do per†odo de transi€‚o
do per†odo especial para o per†odo coincidente com o ano civil (per†odo especial de tributa€‚o inferior a um ano). Este per†odo especial de tributa€‚o •
constitu†do pelo per†odo decorrido entre o primeiro dia do per†odo especial de tributa€‚o e o ‹ltimo dia do ano civil;

Face ao disposto no n.Ž 4 do artigo 97.Ž do CIRC, o imposto a ter em conta para efeitos do disposto no n.Ž 1 • o que corresponderia a um per†odo de doze
meses, calculado proporcionalmente ao imposto relativo ao per†odo a†mencionado;

O princ†pio que vigora nesta mat•ria •, assim, o da proporcionalidade, pelo que deve ser aplicado a todos os casos iguais, isto •, a todos os per†odos de
transi€‚o (inferiores a um ano) independentemente de estarmos a “transitar”de um per†odo coincidente com o ano civil para um per†odo especial de
tributa€‚o (caso expresso no n.Ž 4 do art. 97Ž) ou de um per†odo especial de tributa€‚o para um per†odo coincidente com o ano civil, situa€‚o esta n‚o
expressamente contemplada no n.Ž 4 do art. 97Ž do CIRC.

Por outro lado, considerando ainda que:

O IRC • devido por cada exerc†cio econŒmico, em conson’ncia com o princ†pio da anualidade dos impostos, conforme disp…e o artigo 8.Ž do CIRC, quer
estes exerc†cios tenham ou n‚o um per†odo de tributa€‚o inferior, igual ou superior a um ano;

Nos termos da al†nea a) do n.Ž 1 do artigo 96Ž do CIRC os sujeitos passivos na situa€‚o a† prevista devem efectuar tr•s pagamentos por conta com
vencimento no 7.Ž, 9.Ž e 12.Ž meses do respectivo per†odo de tributa€‚o; Verifica-se que, nos per†odos de tributa€‚o (inferiores a um ano)
independentemente de estarmos a “transitar” de um per†odo de tributa€‚o coincidente com o ano civil para um per†odo especial de tributa€‚o ou de um
per†odo especial de tributa€‚o para um per†odo de tributa€‚o coincidente com o ano civil, sŒ haverƒ obriga€‚o de efectuar pagamentos por conta nos casos
em que essa obriga€‚o se verifique dentro desse mesmo per†odo, isto •, nos casos em que exista 7.Ž e/ou 9.Ž m•s do respectivo per†odo de transi€‚o.

3. Relativamente ao PAGAMENTO ESPECIAL POR CONTA observa-se que:

356
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O n.Ž 1 do art. 98Ž do CŒdigo do IRC para o caso dos sujeitos passivos com os per†odos especiais de tributa€‚o n‚o • explicito, uma vez que, apenas refere
que os sujeitos passivos ficam sujeitos a um pagamento especial por conta a efectuar no 3Ž m•s e no 10.Ž m•s do per†odo de tributa€‚o respectivo, ao
passo que para os sujeitos passivos que adoptam um per†odo de tributa€‚o coincidente com o ano civil ficam sujeitos a um pagamento especial por conta a
efectuar durante o m•s de Mar€o ou, em duas presta€…es, durante os meses de Mar€o e Outubro do ano a que respeita.

No entanto, face „ raz‚o de ser da norma em causa, decorre tamb•m a interpreta€‚o de que nos per†odos especiais de tributa€‚o os sujeitos passivos
ficam sujeitos a um Pagamento Especial por Conta (PEC) a efectuar durante o 3Ž m•s numa ‹nica presta€‚o, ou em duas presta€…es durante o 3.Ž e 10.Ž
m•s.

4. Por outro lado, o art. 98Ž do CŒdigo do IRC nada refere para o caso dos sujeitos passivos com os per†odos de tributa€‚o inferiores a um ano em
consequ•ncia de altera€‚o do respectivo per†odo nos termos dos nŽs 2 e 3 do artigo 8Ž do CIRC.

Estes per†odos de tributa€‚o inferiores a um ano s‚o, pois, os per†odos de transi€‚o ou intercalares e que resultam da passagem de um per†odo de
tributa€‚o coincidente com o ano civil para um per†odo especial de tributa€‚o (n‚o coincidente com o ano civil) e vice-versa. Assim sendo, „ semelhan€a
da interpreta€‚o dada para os pagamentos por conta nestes casos temos que:

Para per†odos de tributa€‚o inferiores a um ano, quer sejam per†odos de transi€‚o de um per†odo especial de tributa€‚o para um per†odo coincidente com o
ano civil ou sejam per†odos de transi€‚o de um per†odo coincidente com o ano civil para um per†odo diferente do ano civil (per†odo especial de tributa€‚o),
se a data em que se verificaria a obriga€‚o do pagamento (3.Ž m•s do per†odo de tributa€‚o) ocorrer para al•m do termo do respectivo per†odo, n‚o haverƒ
lugar a PEC por n‚o se verificar esta obriga€‚o naquele per†odo de transi€‚o (inferior a um ano).

No caso da data da eventual 2.• presta€‚o do PEC (10.Ž m•s do respectivo per†odo) ultrapassar o termo do per†odo de transi€‚o, o sujeito passivo fica
obrigado ao pagamento da totalidade do PEC que se mostrar devido numa ‹nica presta€‚o, ou seja no 3.Ž m•s, obviamente, se este ocorrer.

O mesmo racioc†nio deverƒ ser aplicado, com as devidas adapta€…es, na situa€‚o a que se reporta o Decreto-Lei 128/2003, de 26 de Junho, uma vez que
este Decreto-Lei altera os prazos de entrega do pagamento especial por conta relativamente ao exerc†cio de 2003.

Campo 361
IRC a pagar
Haverƒ IRC a pagar se a diferen€a entre os campos (358-359-360) for positiva.

357
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Campo 362
IRC a recuperar
Haverƒ IRC a recuperar se a diferen€a entre os campos (358-359-360) for negativa.

Campo 363
IRC de exerc…cios anteriores
Nos termos do ex-artigo 44.ˆ do CIRC, as empresas podem excluir do lucro tributƒvel do IRC o saldo positivo entre as mais-valias e as menos-valias fiscais.
Contudo, devem proceder nos dois anos seguintes ao reinvestimento total ou parcial do valor de realizaۥo respeitantes aos elementos do activo imobilizado
alienado ou sinistrado.

Caso n•o tenha procedido a esse reinvestimento no prazo estabelecido, terƒ que adicionar ao IRC liquidado em rela€•o ao segundo exerc…cio posterior ao
da realiza€•o, o IRC que deixou de ser liquidado por efeito da referida exclus•o, valor a incluir neste campo.

Pode tamb‡m, ser inclu…do neste campo, o IRC que deixou de ser liquidado em resultado da dedu€•o de gratifica€Šes decididas em Assembleia-geral que
n•o tiverem sido pagas ou colocadas ‹ disposi€•o dos interessados at‡ 31 de Dezembro do ano n+1, acrescido dos juros compensat‚rios no campo 366,
nos termos do n.ˆ 5 artigo 24.ˆ do CIRC.

Tamb‡m, relativamente ‹s empresas que beneficiem do cr‡dito fiscal ao investimento previsto no Dec.Lei n.ˆ 121/95 de 31 de Maio, se os bens objecto de
reinvestimento n•o permanecerem na empresa durante um per…odo m…nimo de 3 anos, serƒ adicionado, neste campo, ao IRC relativo ao exerc…cio em que a
empresa alienou os bens o IRC que deixou de ser liquidado, acrescido dos juros compensat‚rios correspondentes, nos termos do art. 8.ˆ do Decreto-lei
121/95 de 31 de Maio.

O artigo 9.ˆ do DL 31/98, de 11 de Fevereiro prev„, no caso de entrega ao locador de bens objecto de loca€•o financeira, que ao valor do IRC liquidado na
declara€•o do ano de entrega dos bens seja adicionado o IRC de exerc…cio anteriores, que em face da reavalia€•o deixou de ser liquidado, agravado com
10% do IRC que deixou de ser liquidado em cada ano, no caso de uma empresa reavaliar os bens objecto de contrato de locaۥo financeira.

Id„ntica serƒ a situa€•o prevista na al…nea b) do artigo 11ˆ do Decreto-Lei nˆ 31/98, de 11 de Fevereiro (utiliza€•o indevida de reservas de reavalia€•o).

Este campo serƒ pois utilizado quando houver lugar a liquida€•o de imposto relativo a exerc…cios anteriores, pelo que jamais poderƒo ser inscritos neste
campo valores negativos.

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EXEMPLO

A administra€‚o da sociedade “Gratificadora, SA”na aprova€‚o das contas do exerc†cio de 2005 decidiu atribuir uma gratifica€‚o ao pessoal de € 10.000, a
qual, contudo, n‚o colocou „ disposi€‚o dos mesmos, at• 2006/12/31.

Consequ•ncia: • devido IRC no valor de € 3.000 (10.000 X 30%) a indicar no campo 363 do Quadro 10

S•o tamb‡m devidos juros compensat‚rios.

Campo 372
Reposiƒ„o de Benef…cios Fiscais
Este campo destina-se „ reposi€‚o de benef†cios fiscais ainda que os mesmos possam respeitar a exerc†cios anteriores. š tamb•m utilizado nos casos em
que foram excedidos limites de benef†cios, como por exemplo nos casos dos incentivos fiscais „ interioridade sujeitos „ regra de minimis.

‘ aditado um novo campo para todas as situa€Šes em que os sujeitos passivos estejam obrigados a efectuar correc€Šes a favor do Estado, derivadas de
reposi€•o de benef…cios fiscais

Assim, para este efeito, deixa de se utilizar o campo 363 como at‡ aqui

A correcۥo passa a ser efectuada neste novo campo 372

Exemplos de utiliza€‚o deste campo: sujeitos passivos que excedam os limites de minimis (artigo 43.Ž do EBF: incentivos fiscais „ interioridade e artigo
81.Ž do OE de 2008: remunera€‚o convencional do capital social)

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Nestes casos, o valor a inscrever neste campo • o montante de imposto a corrigir (excedente da minimis para 2008: € 200.000,00).

Campo 364
Derrama
A nova lei das finan€as locais (Lei n.ˆ 2/2007, de 15 de Janeiro), alterou de forma significativa o cƒlculo da derrama para o exerc…cio de 2007 e seguintes.

Com efeito, a base de incid„ncia da derrama passa a ser o lucro tributƒvel, podendo a respectiva taxa variar at‡ ao limite mƒximo de 1,5%.

De acordo com o previsto no n.ˆ 4 do artigo 14.ˆ da referida lei, os munic…pios podem deliberar o lan€amento de uma taxa reduzida de derrama para os
sujeitos passivos cujo volume de neg‚cios no ano anterior n•o ultrapasse os € 150.000,00.

Neste caso, coexistir•o duas taxas no respectivo munic…pio: a taxa normal, aplicƒvel ‹ generalidade dos sujeitos passivos e uma reduzida, sendo esta
aplicƒvel apenas ‹quele universo, pelo que o campo 364 do Quadro 10 deve ser preenchido em conformidade com a taxa aplicƒvel.

Mant‡m-se a obrigatoriedade de apresenta€•o do Anexo A pelos sujeitos passivos que, cumulativamente:

a) Tenham mat‡ria colectƒvel no exerc…cio superior a € 50.000,00;

b) Tenham estabelecimentos estƒveis ou representa€Šes locais em mais de um munic…pio.

Nos casos de declara€Šes de substitui€•o relativas a exerc…cios anteriores a 2007, devem ser mantidas as regras de cƒlculo de derrama em vigor ‹ data, ou
seja, nos campos 1 e 3 do Quadro 06 do supra referido Anexo, onde se indica “lucro tributƒvel” deve utilizar-se a colecta.

Exemplo

Um sujeito passivo de IRC, com sede em Faro, apresenta no exerc†cio de 2008, um lucro tributƒvel de € 20.000,00

O volume de negŒcios obtido por este sujeito passivo em 2007 foi € 100.000,00 (este valor • confirmado pelo sistema, durante a valida€‚o central, por
cruzamento com a informa€‚o constante da IES)

Cƒlculo da derrama:

€ 20.000,00 x 0,50 % (taxa reduzida) = € 100,00

360
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Of.Circulado n.€: 20.134 de 2009-02-12


TAXAS DE DERRAMA LAN‰ADA PARA COBRAN‰A EM 2009 - EXERC‹CIO DE 2008

Para conhecimento e informa€‚o aos interessados, divulga-se a lista de Munic†pios, com a indica€‚o dos cŒdigos do Distrito/Concelho e das taxas de
derrama lan€adas para cobran€a em 2009, necessƒrias ao preenchimento da declara€‚o periŒdica de rendimentos modelo 22.

Nos termos da Lei das Finan€as Locais (Lei n.Ž 2/2007, de 15 de Janeiro) estas taxas incidem sobre o Lucro Tributƒvel do IRC relativo ao exerc†cio de
2008.

CžDIGO TAXA GERAL TAXA REDUZIDA


DISTRITO CONCELHO
DIST. CONC. DERRAMA DERRAMA
AVEIRO ŠGUEDA 01 01 1,50 -
ALBERGARIA-A-VELHA 01 02 1,50 -
ANADIA 01 03 - -
AROUCA 01 04 1,50 -
AVEIRO 01 05 1,40 1,30
CASTELO PAIVA 01 06 - -
ESPINHO 01 07 1,50 -
ESTARREJA 01 08 1,50 -
FEIRA 01 09 1,50 -
ŸLHAVO 01 10 1,50 -
MEALHADA 01 11 1,00 -
MURTOSA 01 12 - -
OLIVEIRA AZEMšIS 01 13 1,20 0,75
OLIVEIRA BAIRRO 01 14 1,50 -
OVAR 01 15 1,50 -
S. JOˆO MADEIRA 01 16 1,14 1,00
SEVER VOUGA 01 17 1,50 -

361
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CžDIGO TAXA GERAL TAXA REDUZIDA


DISTRITO CONCELHO
DIST. CONC. DERRAMA DERRAMA
VAGOS 01 18 - -
VALE CAMBRA 01 19 1,50 -
BEJA ALJUSTREL 02 01 1.20 -
ALMOD VAR 02 02 1.50 1,00
ALVITO 02 03 - -
BARRANCOS 02 04 - -
BEJA 02 05 1,50 1,00
CASTRO VERDE 02 06 1.50 -
CUBA 02 07 1,00 -
FERREIRA ALENTEJO 02 08 1,50 -
MšRTOLA 02 09 - -
MOURA 02 10 1,50 -
ODEMIRA 02 11 1,00 0,50
OURIQUE 02 12 - -
SERPA 02 13 1,50 -
VIDIGUEIRA 02 14 - -
BRAGA AMARES 03 01 - -
BARCELOS 03 02 1,00 -
BRAGA 03 03 1,50 -
CABECEIRAS BASTO 03 04 1,50 -
CELORICO BASTO 03 05 - -
ESPOSENDE 03 06 - -
FAFE 03 07 1,50 -
GUIMARˆES 03 08 1,50 1,25

362
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CžDIGO TAXA GERAL TAXA REDUZIDA


DISTRITO CONCELHO
DIST. CONC. DERRAMA DERRAMA
POVOA LANHOSO 03 09 - -
TERRAS BOURO 03 10 1,00 0,05
VIEIRA MINHO 03 11 - -
VILA NOVA FAMALICˆO 03 12 1,20 -
VILA VERDE 03 13 1,50 -
VIZELA 03 14 1,50 -
BRAGAN‡A ALFANDEGA Fš 04 01 - -
BRAGAN‡A 04 02 - -
CARRAZEDA ANSIˆES 04 03 - -
FREIXO ESPADA CINTA 04 04 - -
MACEDO CAVALEIROS 04 05 - -
MIRANDA DOURO 04 06 - -
MIRANDELA 04 07 - -
MOGADOURO 04 08 - -
TORRE MONCORVO 04 09 - -
VILA FLOR 04 10 - -
VIMIOSO 04 11 - -
VINHAIS 04 12 - -
CASTELO BRANCO BELMONTE 05 01 - -
CASTELO BRANCO 05 02 - -
COVILHˆ 05 03 1,50 -
FUNDˆO b) 05 04 1,50 0,75
IDANHA A NOVA 05 05 - -
OLEIROS 05 06 - -

363
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CžDIGO TAXA GERAL TAXA REDUZIDA


DISTRITO CONCELHO
DIST. CONC. DERRAMA DERRAMA
PENAMACOR 05 07 - -
PROEN‡A A NOVA 05 08 - -
SERTˆ 05 09 0,75 -
VILA REI 05 10 - -
VILA VELHA RžDˆO 05 11 1,20 0,60
COIMBRA ARGANIL 06 01 - -
CANTANHEDE 06 02 - -
COIMBRA 06 03 1,50 1,20
CONDEIXA A NOVA 06 04 - -
FIGUEIRA FOZ 06 05 1,50 1,00
GžIS 06 06 - -
LOUSˆ 06 07 1,10 -
MIRA 06 08 - -
MIRANDA DO CORVO 06 09 1,50 -
MONTEMOR O VELHO 06 10 - -
OLIVEIRA HOSPITAL 06 11 - -
PAMPILHOSA SERRA 06 12 - -
PENACOVA 06 13 - -
PENELA 06 14 - -
SOURE a) 06 15 1,40 -
TŠBUA 06 16 - -
VILA NOVA POIARES 06 17 1,50 -
šVORA ALANDROAL 07 01 1,50 -
ARRAIOLOS 07 02 1,50 -

364
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CžDIGO TAXA GERAL TAXA REDUZIDA


DISTRITO CONCELHO
DIST. CONC. DERRAMA DERRAMA
BORBA 07 03 - -
ESTREMOZ 07 04 - -
šVORA 07 05 1,50 1,00
MONTEMOR O NOVO 07 06 1,50 1,00
MORA 07 07 1,50 -
MOURˆO 07 08 1,20 -
PORTEL 07 09 - -
REDONDO 07 10 - -
REGUENGOS MONSARAZ 07 11 1,50 -
VENDAS NOVAS 07 12 1,50 -
VIANA ALENTEJO 07 13 1,00 -
VILA VI‡OSA 07 14 1,30 -
FARO ALBUFEIRA 08 01 - -
ALCOUTIM 08 02 - -
ALJEZUR 08 03 - -
CASTRO MARIM 08 04 - -
FARO 08 05 1,50 0,50
LAGOA 08 06 - -
LAGOS 08 07 - -
LOULš 08 08 - -
MONCHIQUE 08 09 - -
OLHˆO 08 10 - -
PORTIMˆO 08 11 - -
S. BRŠS ALPORTEL 08 12 - -

365
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CžDIGO TAXA GERAL TAXA REDUZIDA


DISTRITO CONCELHO
DIST. CONC. DERRAMA DERRAMA
SILVES 08 13 - -
TAVIRA 08 14 1,50 -
VILA BISPO 08 15 - -
V. REAL STO. ANTžNIO 08 16 - -
GUARDA AGUIAR BEIRA 09 01 - -
ALMEIDA 09 02 - -
CELORICO BEIRA 09 03 - -
FIG. CASTELO RODRIGO 09 04 - -
FORNOS ALGODRES 09 05 1,50 -
GOUVEIA 09 06 1,50 1,00
GUARDA 09 07 0,75 0,50
MANTEIGAS 09 08 - -
MEDA 09 09 - -
PINHEL 09 10 - -
SABUGAL 09 11 - -
SEIA 09 12 1,50 1,35
TRANCOSO 09 13 - -
VILA NOVA FOZ C A 09 14 - -
LEIRIA ALCOBA‡A 10 01 1,20 -
ALVAIŠZERE 10 02 - -
ANSIˆO 10 03 - -
BATALHA 10 04 1,20 0,95
BOMBARRAL 10 05 - -
CALDAS RAINHA 10 06 1,30 -

366
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CžDIGO TAXA GERAL TAXA REDUZIDA


DISTRITO CONCELHO
DIST. CONC. DERRAMA DERRAMA
CASTANHEIRA P‰RA 10 07 - -
FIGUEIRž VINHOS 10 08 - -
LEIRIA 10 09 1,50 1,30
MARINHA GRANDE 10 10 1,50 0,75
NAZARš 10 11 - -
žBIDOS 10 12 - -
PEDRžGˆO GRANDE 10 13 - -
PENICHE 10 14 - -
POMBAL a) 10 15 1,50 -
PORTO MžS 10 16 1,40 -
LISBOA ALENQUER 11 01 1,50 -
AMADORA 11 15 1,50 1,00
ARRUDA VINHOS 11 02 1,50 1,20
AZAMBUJA 11 03 1,50 -
CADAVAL 11 04 - -
CASCAIS 11 05 1,50 -
LISBOA 11 06 1,50 -
LOURES 11 07 1,50 1,00
LOURINHˆ 11 08 - -
MAFRA 11 09 1,50 -
ODIVELAS 11 16 1,50 -
OEIRAS 11 10 1,50 -
SINTRA 11 11 1,50 -
SOBRAL MONTE AGRA‡O 11 12 1,50 1,00

367
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CžDIGO TAXA GERAL TAXA REDUZIDA


DISTRITO CONCELHO
DIST. CONC. DERRAMA DERRAMA
TORRES VEDRAS 11 13 1,50 -
VILA FRANCA XIRA 11 14 1,50 -
PORTALEGRE ALTER CHˆO 12 01 1,50 -
ARRONCHES 12 02 - -
AVIS 12 03 1,00 0,50
CAMPO MAIOR 12 04 1,50 -
CASTELO VIDE 12 05 - -
CRATO 12 06 1,50 -
ELVAS 12 07 1,50 -
FRONTEIRA 12 08 0,75 -
GAVIˆO 12 09 - -
MARVˆO 12 10 1,50 -
MONFORTE 12 11 - -
NISA 12 12 1.50 -
PONTE SOR 12 13 - -
PORTALEGRE 12 14 1,50 1,00
SOUSEL 12 15 - -
PORTO AMARANTE 13 01 - -
BAIˆO 13 02 - -
FELGUEIRAS 13 03 - -
GONDOMAR 13 04 1,50 -
LOUSADA 13 05 - -
MAIA 13 06 1,50 -
MARCO CANAVEZES 13 07 1,50 -

368
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CžDIGO TAXA GERAL TAXA REDUZIDA


DISTRITO CONCELHO
DIST. CONC. DERRAMA DERRAMA
MATOSINHOS 13 08 1,50 0,75
PA‡OS FERREIRA 13 09 1,50 0,50
PAREDES 13 10 - -
PENAFIEL 13 11 1,50 -
PORTO 13 12 1,50 1,40
POVOA VARZIM 13 13 - -
SANTO TIRSO 13 14 1,50 -
TROFA 13 18 1,30 -
VALONGO 13 15 1,50 -
VILA CONDE 13 16 1,50 -
VILA NOVA GAIA 13 17 1,50 -
SANTARšM ABRANTES 14 01 1,50 -
ALCANENA 14 02 1,50 -
ALMEIRIM 14 03 1,50 1,00
ALPIAR‡A 14 04 1,50 1,00
BENAVENTE 14 05 1,50 0,50
CARTAXO 14 06 1,35 0,75
CHAMUSCA 14 07 1,25 -
CONSTœNCIA 14 08 1,50 -
CORUCHE 14 09 1,50 -
ENTRONCAMENTO 14 10 1,50 -
FERREIRA Z‰ZERE 14 11 - -
GOLEGˆ 14 12 1,50 -
MA‡ˆO 14 13 - -

369
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CžDIGO TAXA GERAL TAXA REDUZIDA


DISTRITO CONCELHO
DIST. CONC. DERRAMA DERRAMA
OURšM 14 21 1,50 -
RIO MAIOR 14 14 1,40 -
SALVATERRA MAGOS 14 15 1,50 1,00
SANTARšM 14 16 1,50 -
SARDOAL 14 17 - -
TOMAR 14 18 1,50 0,50
TORRES NOVAS a) 14 19 1,50 -
VILA NOVA BARQUINHA 14 20 1,35 1,20
SET¡BAL ALCŠCER SAL 15 01 1,40 -
ALCOCHETE 15 02 1,50 -
ALMADA a) 15 03 1,50 -
BARREIRO 15 04 1,50 -
GRœNDOLA 15 05 1,30 0,70
MOITA 15 06 1,50 -
MONTIJO 15 07 1,50 -
PALMELA 15 08 1,50 1,00
SANTIAGO CACEM 15 09 1,50 -
SEIXAL 15 10 1,50 -
SESIMBRA 15 11 1,50 -
SET¡BAL 15 12 1,50 -
SINES a) 15 13 1,50 -
VIANA CASTELO ARCOS VALDEVEZ 16 01 - -
CAMINHA 16 02 - -
MELGA‡O 16 03 - -

370
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CžDIGO TAXA GERAL TAXA REDUZIDA


DISTRITO CONCELHO
DIST. CONC. DERRAMA DERRAMA
MON‡ˆO 16 04 - -
PAREDES COURA 16 05 1,20 -
PONTE BARCA 16 06 1,50 0,50
PONTE LIMA 16 07 - -
VALEN‡A 16 08 1,50 -
VIANA CASTELO 16 09 1,50 -
VILA NOVA CERVEIRA 16 10 1,20 -
VILA REAL ALIJO 17 01 1,00 -
BOTICAS 17 02 - -
CHAVES 17 03 - -
MESˆO FRIO 17 04 - -
MONDIM BASTO 17 05 - -
MONTALEGRE 17 06 - -
MUR‡A 17 07 - -
PESO RšGUA 17 08 1,50 1,25
RIBEIRA PENA 17 09 - -
SABROSA 17 10 - -
STA. MARTA PENAGUIˆO 17 11 - -
VALPA‡OS 17 12 - -
VILA POUCA AGUIAR 17 13 - -
VILA REAL 17 14 1,50 -
VISEU ARMAMAR 18 01 1,20 0,50
CARREGAL SAL 18 02 - -
CASTRO D'AIRE 18 03 - -

371
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CžDIGO TAXA GERAL TAXA REDUZIDA


DISTRITO CONCELHO
DIST. CONC. DERRAMA DERRAMA
CINFˆES 18 04 - -
LAMEGO a) 18 05 1,50 -
MANGUALDE 18 06 1,00 0,50
MOIMENTA BEIRA 18 07 - -
MORTŠGUA 18 08 - -
NELAS 18 09 1,50 -
OLIVEIRA FRADES 18 10 1,50 1,00
PENALVA CASTELO 18 11 - -
PENEDONO 18 12 - -
RESENDE 18 13 1,50 0,75
SANTA COMBA DˆO 18 14 1,50 -
S. JOˆO PESQUEIRA 18 15 - -
S. PEDRO SUL 18 16 1,50 -
SATˆO 18 17 - -
SERNANCELHE 18 18 - -
TABUA‡O 18 19 - -
TAROUCA 18 20 - -
TONDELA 18 21 1,50 -
VILA NOVA PAIVA 18 22 - -
VISEU 18 23 1,50 1,35
VOUZELA 18 24 - -

Note-se que alguns munic†pios deliberaram isen€‚o de derrama para todas as entidades com volume de negŒcios inferior a € 150.000,00:

372
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 Almada

 Horta

 Lamego

 Pombal

 Sines

 Soure

 Torres Novas

Fund‚o: isen€‚o de derrama para entidades com sede no concelho

SituaĠes especiais:

 Regime de transpar„ncia fiscal: n•o hƒ lugar ‹ liquida€•o de derrama ainda que exista lucro tributƒvel

 RETGS: para as sociedades tributadas segundo o regime especial de tributa€•o de grupos de sociedades, a derrama deverƒ ser calculada
individualmente por cada uma sociedades na sua declaraۥo

O somat‚rio das derramas assim calculadas serƒ indicado no campo 364 do Quadro 10 da correspondente declara€•o do grupo, competindo o pagamento ‹
sociedade dominante.

Exemplo

Cƒlculo de derrama no regime especial de tributa€‚o de grupos de sociedades

Os resultados fiscais de um dado grupo de sociedades, cuja dominante • a sociedade C, s‚o os seguintes:

373
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O lucro tributƒvel do grupo •€ 25.000,00

A derrama devida pelo grupo • 450,00 (300 + 150), ou seja, n‚o se aplica a taxa de derrama ao LT do grupo

Campo 365
Tributaƒ†es Aut‚nomas
Este campo, destina-se ‹ indica€•o do valor das tributa€Šes aut‚nomas do exerc…cio, nomeadamente ‹s referidas artigo 81ˆ do CIRC.

Despesas n•o documentadas (campo 214 do Q. 07) ‹ taxa de 50% ou, nos casos de sujeitos passivos total ou parcialmente isentos ou que n•o exer€am, a

374
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t…tulo principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agr…cola, ‹taxa de 70%, sem preju…zo da sua n•o considera€•o como custo nos termos
do art. 23.ˆ do CIRC;

Encargos dedut…veis relativos a despesas de representa€•o e os relacionados com viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, motos ou motociclos,
efectuados ou suportados por sujeitos passivos n•o isentos subjectivamente e que exer€am, a t…tulo principal, actividade de natureza comercial, industrial ou
agr…cola, excluindo os ve…culos movidos exclusivamente a energia el‡ctrica, ‹taxa de 10%, com as seguintes particularidades (Lei n.ˆ 64/2008, de 05.12):

 No caso de viaturas ligeiras de passageiros ou mistas cujos n…veis homologados de emiss•o de CO2 sejam inferiores a 120g/km, no caso de serem
movidas a gasolina, e inferiores a 90g/km, no caso de serem movidas a gas‚leo, desde que, em ambos os casos, tenha sido emitido certificado de
qualidade, tributa€•o aut‚noma ‹ taxa de 5%.

 Tratando-se de viaturas ligeiras de passageiros ou mistas cujo custo de aquisi€•o seja superior a € 40.000 e o sujeito passivo apresente preju…zos
fiscais nos 2 exerc…cios anteriores ‹quele a que os inerentes encargos dizem respeito, tributa€•o aut‚noma ‹ taxa de 20%.

O certificado de qualidade poderƒ ser obtido atrav‡s do endere€o electr‚nico:

www.dgv.pt/veiculos/guia_pesquisa.asp

Todas as situa€Šes referenciadas no art. 81.ˆ do CIRC dever•o ser obrigatoriamente discriminadas no Quadro 11da declara€•o modelo 22.

Encargos dedut…veis nos termos da al…nea f) do n.ˆ 1 do art. 42.ˆ do CIRC, n•o facturados a clientes, excepto na parte em que haja tributa€•o em sede de
IRS na esfera do respectivo beneficiƒrio, bem como os n•o dedut…veis suportados pelos sujeitos passivos que apresentem preju…zo fiscal no exerc…cio a que
respeitam, ‹ taxa de 5%;

Esta tributa€•o aut‚noma n•o se aplica aos sujeitos passivos do regime simplificado.

375
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As despesas correspondentes a importŒncias pagas ou devidas, a qualquer t…tulo, a pessoas singulares ou colectivas, sediadas em pa…ses, territ‚rios e
regiŠes com regime fiscal claramente mais favorƒvel, (ver Portaria n.ˆ 150/2004, de 13 de Fevereiro) est•o sujeitas ao mesmo regime das despesas
confidenciais, sendo tributadas autonomamente ‹ taxa de:

• 35% no caso de sujeitos passivos de IRC que exer€am a t…tulo principal actividades de natureza comercial, industrial ou agr…cola;

ou

• 55%, nos casos em que tais despesas sejam efectuadas por sujeitos passivos de IRC, total ou parcialmente isentos, ou que n•o exer€am a t…tulo
principal actividades de natureza comercial, industrial ou agr…cola.

Estƒ tamb‡m prevista uma tributa€•o aut‚noma de 40%, para os casos de incumprimento previstos na al…nea b) do nˆ 2 do artigo 20.ˆ-A do Estatuto dos
Benef…cios Fiscais (contribui€Šes das entidades patronais para regimes de seguran€a social).

376
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Nos termos do n.ˆ 11 do artigo 81.ˆ do CIRC, s•o tributados autonomamente, ‹ taxa de 20%, os lucros distribu…dos por entidades sujeitas a IRC a sujeitos
passivos que beneficiam de isenۥo total ou parcial, abrangendo, neste caso, os rendimentos de capitais, quando as partes sociais a que respeitam os
lucros n•o tenham permanecido na titularidade do mesmo sujeito passivo, de modo ininterrupto, durante o ano anterior ‹ data da sua coloca€•o ‹ disposi€•o
e n•o venham a ser mantidas durante o tempo necessƒrio para completar esse per…odo.

Os valores dos lucros sujeitos a esta tributa€•o aut‚noma s•o indicados no campo 417 do Quadro 11.

Exemplo (cŽlculo de tributaƒ†es aut‚nomas)

Um sujeito passivo de IRC com sede em Lisboa, enquadrado no regime geral, apresenta, no exerc†cio de 2008, os seguintes custos:

 Despesas de representa€‚o: € 2.000,00

 Encargos dedut†veis suportados com viaturas ligeiras de passageiros: € 3.000,00

 Encargos dedut†veis suportados com uma viatura ligeira de passageiros, movida a gasolina e com n†veis homologados de emiss‚o de CO (†ndice
2) inferiores a 120 g/km: € 1.000,00

N‚o existindo outras tributa€…es autŒnomas, o valor a indicar no campo 365 do Quadro 10 •:

(o cƒlculo • verificado pela aplica€‚o)

Artigo 81.€

377
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Taxas de tributaƒ„o aut‚noma

1 - As despesas n‚o documentadas s‚o tributadas autonomamente, „ taxa de 50%, sem preju†zo da sua n‚o considera€‚o como custo nos termos do artigo
23.Ž [Redac€‚o dada pela Lei n.Ž 67-A/2007, de 31 de Dezembro - OE]

2 - A taxa referida no n‹mero anterior • elevada para 70% nos casos em que tais despesas sejam efectuadas por sujeitos passivos total ou parcialmente
isentos, ou que n‚o exer€am, a t†tulo principal, actividades de natureza comercial, industrial ou agr†cola.

3 - S‚o tributados autonomamente, excluindo os ve†culos movidos exclusivamente a energia el•ctrica: [Redac€‚o dada pela Lei n.Ž 64/2008, de 5 de
Dezembro]

a) › taxa de 10%, os encargos dedut†veis relativos a despesas de representa€‚o e os relacionados com viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, motos
ou motociclos, efectuados ou suportados por sujeitos passivos n‚o isentos subjectivamente e que exer€am, a t†tulo principal, actividade de natureza
comercial, industrial ou agr†cola; [Redac€‚o dada pela Lei n.Ž 64/2008, de 5 de Dezembro]

b) › taxa de 5%, os encargos dedut†veis, suportados pelos sujeitos passivos mencionados no n‹mero anterior, respeitantes a viaturas ligeiras de
passageiros ou mistas cujos n†veis homologados de emiss‚o de CO2 sejam inferiores a 120g/km, no caso de serem movidos a gasolina, e inferiores a
90g/km, no caso de serem movidos a gasŒleo, desde que, em ambos os casos, tenha sido emitido certificado de conformidade. [Redac€‚o dada pela Lei
n.Ž 64/2008, de 5 de Dezembro]

4 - S‚o tributados autonomamente, „ taxa de 20%, os encargos dedut†veis, suportados pelos sujeitos passivos mencionados no n‹mero anterior,
respeitantes a viaturas ligeiras de passageiros ou mistas cujo custo de aquisi€‚o seja superior a € 40.000, quando os sujeitos passivos apresentem
preju†zos fiscais nos dois exerc†cios anteriores „quele a que os referidos encargos digam respeito. [Redac€‚o dada pela Lei n.Ž 64/2008, de 5 de Dezembro]

5 - Consideram-se encargos relacionados com viaturas ligeiras de passageiros, motos e motociclos, nomeadamente, as reintegra€…es, rendas ou alugueres,
seguros, despesas com manuten€‚o e conserva€‚o, combust†veis e impostos incidentes sobre a sua posse ou utiliza€‚o. (Anterior n.Ž 4; Passou a n.Ž 5 pela
Lei n.Ž 32-B/2002, de 30 de Dezembro - OE)

6 - Excluem-se do disposto no n.Ž 3 os encargos relacionados com viaturas ligeiras de passageiros, motos e motociclos, afectos „ explora€‚o do servi€o
p‹blico de transportes, destinados a serem alugados no exerc†cio da actividade, normal do sujeito passivo, bem como as reintegra€…es relacionadas com
viaturas relativamente „s quais tenha sido celebrado o acordo previsto no n.Ž 8) da al†nea b) do n.Ž 3 do artigo 2.Ž do CŒdigo do IRS. (Anterior n.Ž 5; Passou
a n.Ž 6 pela Lei n.Ž 32-B/2002, de 30 de Dezembro - OE)

7 - Consideram-se despesas de representa€‚o, nomeadamente, os encargos suportados com recep€…es, refei€…es, viagens, passeios e espectƒculos

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oferecidos no Pa†s ou no estrangeiro a clientes ou a fornecedores ou ainda a quaisquer outras pessoas ou entidades. (Anterior n.Ž 6; Passou a n.Ž 7 pela Lei
n.Ž 32-B/2002, de 30 de Dezembro - OE)

8 - S‚o sujeitas ao regime dos n.Žs 1 ou 2, consoante os casos, sendo as taxas aplicƒveis, respectivamente, 35% ou 55%, as despesas correspondentes a
import’ncias pagas ou devidas, a qualquer t†tulo, a pessoas singulares ou colectivas residentes fora do territŒrio portugu•s e a† submetidas a um regime
fiscal claramente mais favorƒvel, tal como definido nos termos do CŒdigo, salvo se o sujeito passivo puder provar que tais encargos correspondem a
opera€…es efectivamente realizadas e n‚o t•m um carƒcter anormal ou um montante exagerado. (Anterior n.Ž 7; Passou a n.Ž 8 pela Lei n.Ž 32-B/2002, de
30 de Dezembro - OE)

9 -S‚o ainda tributados autonomamente, „ taxa de 5%, os encargos dedut†veis relativos a despesas com ajudas de custo e com compensa€‚o pela
desloca€‚o em viatura prŒpria do trabalhador, ao servi€o da entidade patronal, n‚o facturadas a clientes, escrituradas a qualquer t†tulo, excepto na parte
em que haja lugar a tributa€‚o em sede de IRS na esfera do respectivo beneficiƒrio, bem como os encargos n‚o dedut†veis nos termos da al†nea f) do n.Ž 1
do artigo 42.Ž suportados pelos sujeitos passivos que apresentem preju†zo fiscal no exerc†cio a que os mesmos respeitam.

10 - Excluem-se do disposto nos n.Žs 3 e 9 os sujeitos passivos a que seja aplicado o regime previsto no artigo 53.Ž (Aditado pela Lei n.Ž 55-B/2004, de 30
de Dezembro - OE)

11 - S‚o tributados autonomamente, „ taxa de 20%, os lucros distribu†dos por entidades sujeitas a IRC a sujeitos passivos que beneficiam de isen€‚o total
ou parcial, abrangendo, neste caso, os rendimentos de capitais, quando as partes sociais a que respeitam os lucros n‚o tenham permanecido na titularidade
do mesmo sujeito passivo, de modo ininterrupto, durante o ano anterior „ data da sua coloca€‚o „ disposi€‚o e n‚o venham a ser mantidas durante o
tempo necessƒrio para completar esse per†odo. (Aditado pelo Decreto-Lei n.Ž 192/2005, de 7 de Novembro)

12 -Ao montante do imposto determinado, de acordo com o disposto no n‹mero anterior, • deduzido o imposto que eventualmente tenha sido retido na
fonte, n‚o podendo nesse caso o imposto retido ser deduzido ao abrigo do n.Ž 2 do artigo 83.Ž (Aditado pelo Decreto-Lei n.Ž 192/2005, de 7 de Novembro)

Despacho de 14/09/2006 - Processo: 2879/2005

Assunto: Despesas com viaturas e transportes

Processo: 2879/2005, com despacho do Senhor Subdirector-Geral do IR, em substitui€‚o do Senhor Director-Geral, em 14.09.2006

Conte‹do:

“1 - Em sede de IRC, determina o n.Ž 3 do art.Ž 81.Ž que s‚o tributados autonomamente, „ taxa de 5%, os encargos dedut†veis relativos a despesas de

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representa€‚o e os relacionados com viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, motos e motociclos, efectuados ou suportados por sujeitos passivos n‚o
isentos subjectivamente e que exer€am, a t†tulo principal, actividade de natureza comercial, industrial ou agr†cola.

2 - Est‚o abrangidos por esta tributa€‚o todos os encargos dedut†veis relativos a este tipo de viaturas, designadamente, reintegra€…es, rendas ou
alugueres, seguros, despesas com manuten€‚o e conserva€‚o, combust†veis e impostos incidentes sobre a sua posse ou utiliza€‚o (vd. art. 81.Ž, n.Ž 5).

3 - Contudo, foram expressamente exclu†dos desta norma, os encargos relacionados com viaturas ligeiras de passageiros, motos e motociclos, afectos „
explora€‚o do servi€o p‹blico de transportes, destinados a serem alugados no exerc†cio de actividade normal do sujeito passivo, bem como as
reintegra€…es relacionadas com viaturas relativamente „s quais tenha sido celebrado o acordo previsto no n.Ž 8 da al†nea b) do n.Ž 3 do art. 2.Ž do CŒdigo
do IRS (cfr. n.Ž 6 do art. 81.Ž do CŒdigo do IRC). Ou seja, pretendeu-se excluir do ’mbito da aplica€‚o do n.Ž 3 do art. 81.Ž, os casos em que a utiliza€‚o
das viaturas estƒ directamente relacionada com a explora€‚o do servi€o p‹blico de transportes ou com o aluguer das viaturas no exerc†cio da actividade
normal do sujeito passivo.

4 - No caso de servi€os de transporte de passageiros prestados pelos hot•is e ag•ncias de viagens como sejam transferes e pequenos circuitos tur†sticos,
prestados exclusivamente aos seus clientes e realizados em ve†culos ligeiros de passageiros de sua propriedade, considera-se que tais servi€os se
encontram no ’mbito da actividade normal do sujeito passivo, porquanto a utiliza€‚o das viaturas relaciona-se directamente com a actividade por eles
desenvolvida, sendo esses servi€os cobrados e facturados aos clientes.

5 - Assim, as despesas relacionadas com as referidas viaturas, afectas ao servi€o de transferes, n‚o est‚o sujeitas a tributa€‚o autŒnoma, por se dever
considerar que as mesmas est‚o abrangidas pela excep€‚o prevista no n.Ž 6 do art. 81.Ž do CŒdigo do IRC.”

Campo 366
Juros compensat‚rios
Os juros compensat‚rios visam indemnizar o Estado pelo atraso na cobran€a do imposto em raz•o do incumprimento do sujeito passivo.

Nas situa€Šes previstas no n.ˆ 5 do artigo 45.ˆ do CIRC, sempre que n•o for concretizado o reinvestimento do valor de realiza€•o, ou, se for, as quotas,
ac€Šes ou t…tulos do Estado forem alienadas antes do prazo previsto, ao IRC resultante da diferen€a positiva entre as mais-valias e menos-valias fiscais
deve ser acrescido o valor dos juros compensat‚rios calculados ƒ taxa do juro legal prevista no n.ˆ 1 ao art. 559.ˆ do C‚digo Civil.

As taxas de juros compensat‚rios evolu…ram da seguinte forma:

De 06/05/88 a 19/03/89 13,5%


De 20/03/89 a 20/05/93 14,5%
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De 20/03/89 a 20/05/93 14,5%
De 21/05/93 a 29/10/93 13,5%
De 30/10/93 a 20/01/94 13%
De 21/01/94 a 30/09/94 12%
De 01/10/94 a 30/08/95 10,5%
De 31/08/95 a 01/02/96 9,5%
De 02/02/96 a 12/12/96 8,75%
De 13/12/96 a 6/5/97 7%
De 7/5/97 a 25/2/98 6%
De 26/2/98 a 6/11/98 5%
De 7/11/98 a 19/12/98 4,25%
De 20/12/98 31/12/98 3,25%
De 1/1/99 30/04/2003 7%
01/05/2003 4%

Os juros compensat‚rios contam-se dia a dia desde o termo do prazo de apresenta€•o da declara€•o ou do dia imediato ao termo do prazo de pagamento
at‡ ao termo do prazo para a entrega da declara€•o de rendimentos ou da sua autoliquida€•o, se anterior.

Artigo 96.€
Regras de pagamento

5 - Se o pagamento a que se refere a al†nea a) do n.Ž 1 n‚o for efectuado nos prazos a† mencionados, come€am a correr imediatamente juros
compensatŒrios, que s‚o contados at• ao termo do prazo para apresenta€‚o da declara€‚o ou at• „ data do pagamento da autoliquida€‚o, se anterior, ou,
em caso de mero atraso, at• „ data da entrega por conta, devendo, neste caso, ser pagos simultaneamente.

Portaria n.€ 291/2003 de 8 de Abril

A fixa€‚o da taxa dos juros legais e dos estipulados sem determina€‚o de taxa ou quantitativo compete, nos termos do n.Ž 1 do artigo 559.Ž do CŒdigo Civil,

381
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na redac€‚o dada pelo Decreto-Lei n.Ž 200-C/80, de 24 de Junho, aos Ministros das Finan€as e da Justi€a.

Atendendo „ evolu€‚o verificada nas taxas de infla€‚o e das opera€…es passivas, a taxa fixada em 1999 encontra-se desajustada face „ realidade
sŒcio-econŒmica.

Assim:

Manda o Governo, pelas Ministras de Estado e das Finan€as e da Justi€a, ao abrigo do n.Ž 1 do artigo 559.Ž do CŒdigo Civil, na redac€‚o dada pelo
Decreto-Lei n.Ž 200-C/80, de 24 de Junho, o seguinte:

1.Ž A taxa anual dos juros legais e dos estipulados sem determina€‚o de taxa ou quantitativo • fixada em 4%.

2.Ž š revogada a Portaria n.Ž 263/99, de 12 de Abril.

3.Ž A presente portaria produz efeitos a partir do dia 1 do m•s seguinte ao da sua publica€‚o.

Campo 369
Juros mora
Se os pagamentos por conta do IRC n•o fossem efectuados nos prazos previstos na al…nea a) do n.ˆ 1 do artigo 82.ˆ do CIRC (actual 96.ˆ), eram devidos
juros de mora, os quais seriam inscritos neste campo, contados a 2% ao m„s, por cada m„s de calendƒrio em que se verificasse a mora at‡ ao m„s da
entrega da declara€•o Modelo 22, nos termos do n.ˆ 5 do referido artigo.

O Decreto-lei 7/96, de 7 de Fevereiro, alterou o n.ˆ 5 do referido artigo, passando a ser exigidos juros compensat‚rios ao inv‡s de juros de mora nas
liquida€Šes efectuadas depois da entrada em vigor do diploma (12/02/96).

Assim, este campo deixou de ser preenchido para liquida€Šes efectuadas ap‚s essa data.

Os juros de mora configuram como uma indemniza€•o pelo atraso no pagamento do imposto. Encontram-se regulados pelo art. 44ˆ da Lei Geral Tributƒria
sendo devidos sempre que o sujeito passivo n•o pague o imposto dentro do prazo legal. A taxa dos juros de mora ‡ de 1% ao m„s ou frac€•o (DL 73/99, de
16.03 e artigo 4ˆ do DL 49 169, de 5 de Agosto).

Campo 367

382
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Total a pagar

Haverƒ imposto a pagar, se :

Campos 361 ou (-362 + 363 +364+365+366+369) for superior a 0

Portaria 514/2003, de 2 de Julho


Aprova o modelo que constitui o documento •nico de cobranƒa relativo • entrega do imposto autoliquidado, dos pagamentos por conta e do
pagamento especial por conta do imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas

Com a implementa€‚o do novo sistema de gest‚o de fluxos financeiros, a administra€‚o fiscal dotar-se-ƒ das condi€…es necessƒrias a uma vis‚o integrada
do cumprimento, por parte dos sujeitos passivos, das correlativas obriga€…es de pagamento.

A concep€‚o e funcionamento daquele sistema tem por base a adop€‚o de novos mecanismos no que respeita „ cobran€a dos vƒrios impostos,
nomeadamente pela introdu€‚o de procedimentos mais c•leres tanto para o cumprimento das obriga€…es de pagamento como para o respectivo controlo.

Assim:

Manda o Governo, pela Ministra de Estado e das Finan€as, nos termos do artigo 40.Ž do Decreto-Lei n.Ž 492/88, de 30 de Dezembro, que regulamenta as
formas de cobran€a e reembolsos dos impostos sobre o rendimento, o seguinte:

1.Ž š aprovado o modelo, em anexo, que constitui o documento ‹nico de cobran€a (DUC), nos termos da Portaria n.Ž 797/99, de 15 de Setembro, relativo „
entrega do imposto autoliquidado, dos pagamentos por conta e do pagamento especial por conta do imposto sobre o rendimento das pessoas colectivas
(IRC).

2.Ž A obrigatoriedade de utiliza€‚o do novo modelo • aplicƒvel aos pagamentos a efectuar a partir de 1 de Janeiro de 2004, independentemente do per†odo
a que se reportem.

Campo 368

383
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Total a recuperar
Haverƒ imposto a recuperar, se:

Campos (-362 + 363 + 364+365+366+369) for inferior a 0

Relativamente ao prazo para a Administra€•o Fiscal efectuar o reembolso, de acordo com os n.ˆ 3 e 6 do artigo 96.ˆ do CIRC, quando a declara€•o for
apresentada dentro do prazo legal o reembolso serƒ processado at‡ ao fim do 3.ˆ m„s seguinte ao da sua apresenta€•o, acrescendo ‹ quantia a restituir,
juros indemnizat‚rios a taxa id„ntica ‹ aplicƒvel aos juros de compensat‚rios a favor do estado.

Artigo 96.€

3 - O reembolso • efectuado, quando a declara€‚o periŒdica de rendimentos for enviada ou apresentada no prazo legal e desde que a mesma n‚o
contenha erros de preenchimento, at• ao fim do 3.Ž m•s imediato ao da sua apresenta€‚o ou envio.

6 - N‚o sendo efectuado o reembolso no prazo referido no n.Ž 3, acrescem „ quantia a restituir juros indemnizatŒrios a taxa id•ntica „ aplicƒvel aos juros
compensatŒrios a favor do Estado.

JUROS COMPENSAT–RIOS

Os juros compensat‚rios visam indemnizar o Estado pelo atraso na cobran€a do imposto em raz•o do incumprimento do sujeito passivo

S•o vƒrios os artigos que ao longo do CIRC se referem aos juros compensat‚rios, sendo o artigo 94.ˆ o que de uma forma gen‡rica as situa€Šes em que os
mesmos s•o devidos juros compensat‚rios, quando:

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 N•o tiverem sido pagas, at‡ ao fim do exerc…cio, as gratifica€Šes por aplica€•o de resultados atribu…das aos membros dos ‚rg•os sociais e
trabalhadores da empresa;

 Por facto imputƒvel ao contribuinte, for retardada a liquida€•o de parte ou da totalidade do imposto devido;

 O pagamento especial por conta ou os pagamentos por conta n•o forem efectuados no prazo legal;

 Tendo sido suspenso ou limitado o pagamento por conta, se verificar que deixou de pagar-se uma importŒncia superior a 20% da que, em
condi€Šes normais teria sido entregue

 As importŒncias retidas na fonte ou que o deveriam ter sido n•o forem entregues nos Cofres do Estado ou o sejam fora do prazo.

Campo 366-A
Juros compensat‚rios declarados por atraso na entrega da declaraƒ„o
Entende-se haver retardamento da liquida€•o sempre que a declara€•o peri‚dica de rendimentos, a que se refere a al…nea b) do n.ˆ 1 do art.ˆ 109.ˆ e o art.ˆ
112ˆ, e na qual os sujeitos passivos de IRC t„m que proceder ‹ autoliquida€•o do imposto, seja apresentada ou enviada fora do prazo estabelecido, sem
que o imposto devido se encontre totalmente pago no prazo legal (art.ˆ 94ˆ nˆ4).

Os juros compensat‚rios contam-se dia a dia desde o termo do prazo de apresenta€•o da declara€•o, ou do termo do prazo de entrega do imposto a pagar
antecipadamente ou a reter, at‡ ao suprimento, correc€•o ou detec€•o da falta que motivou o retardamento da liquida€•o, n•o podendo exceder 180 dias no
caso de erro do sujeito passivo evidenciado na declara€•o (nˆs 2 e 5 do artigo 35ˆ da LGT e nˆ 3 do art. 94ˆ do CIRC).

Campo 366-B
Juros compensat‚rios declarados por outros motivos
Relativamente ‹ falta total ou parcial do pagamento especial por conta a que se refere o art.ˆ 98, os juros contam-se desde o dia imediato ao termo do
respectivo prazo, at‡ ao termo do prazo para a entrega da declara€•o de rendimentos ou da autoliquida€•o, se anterior, devendo os juros vencidos ser
pagos conjuntamente com o imposto devido.

Se apenas se verificar um atraso no pagamento especial por conta, os juros contam-se desde o dia imediato ao do termo do respectivo prazo, at‡ ‹ data em

385
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que seja feito o pagamento especial por conta (Art.ˆ 94ˆ, n.ˆs 2 e 3 e 35.ˆ da LGT).

Os juros compensat‚rios acrescem ao montante do imposto calculado.

A taxa dos juros compensat‚rios corresponde ‹ taxa dos juros legais prevista no n.ˆ 1 do art.ˆ 559ˆ do C‚digo Civil em vigor ‹ data em que se tiver iniciado o
retardamento da liquida€•o ou do pagamento especial por conta, que actualmente ‡ de 4% (n.ˆ 10 do art.ˆ 35ˆ da LGT).

QUADRO 11
Outras informaĠes
Nos campos 413, 414, 415, 417, 420 e 421, devem ser indicados os valores que serviram de base ao cƒlculo das tributa€…es autŒnomas referidas no n.Ž 3,
4, 9 e 11 do artigo 81.Ž do CIRC.

O campo 412 corresponde ao somatŒrio dos valores constantes dos campos 420 e 421.

O campo 416 deve ser assinalado sempre que o sujeito passivo tenha efectuado o pedido de demonstra€‚o a que se refere o artigo 129.Ž do CIRC (prova
do pre€o efectivo na transmiss‚o de imŒveis). Neste caso, o valor inscrito neste campo n‚o deve ser acrescido no campo 257 do Quadro 07.

386
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Este Quadro ‡ de preenchimento obrigat‚rio, ainda que com valor nulo, para os sujeitos passivos residentes que exer€am a t…tulo principal, actividades de
natureza comercial, industrial ou agr…cola e tamb‡m para os n•o residentes com estabelecimento estƒvel no territ‚rio nacional.

Campo 410
Total de proveitos do exerc…cio
Devem ser indicados os proveitos do exerc…cio, valor que coincidirƒ com o campo respectivo do Anexo A da IES/Declara€•o Anual de informa€•o

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contabil…stica e fiscal.

O objectivo deste campo consiste em proporcionar informa€•o ‹ base de dados com vista ao correcto enquadramento do sujeito passivo, nomeadamente
quanto ao regime simplificado.

Campo 411
Volume de neg‚cios do exerc…cio
Total de Vendas + Presta€Šes de Servi€os

Campo 412
Encargos com viaturas – n.€ 3 art. 81.€ do CIRC
Devem ser indicados os totais dos encargos dedut…veis relativos a viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, motos ou motociclos, efectuados ou
suportados e que serviram de base ao cƒlculo das tributa€Šes aut‚nomas. Soma dos valores inscritos nos campos 420 e 421.

Campo 420
Encargos com viaturas – al…nea b) n.€ 3 art. 81.€ do CIRC
Devem ser indicados os montantes de encargos dedut…veis relativos a viaturas ligeiras de passageiros ou mistas cujos n…veis homologados de emiss•o de
CO2 sejam inferiores a 120g/km, no caso de serem movidos a gasolina, e inferiores a 90g/km, no caso de serem movidos a gas‚leo, desde que, em ambos
os casos, tenha sido emitido certificado de conformidade.

Campo 421
Encargos com viaturas – al…nea a) n.€ 3 art. 81.€ do CIRC
Devem ser indicados os montantes de encargos dedut…veis relacionados com viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, motos ou motociclos, efectuados
ou suportados por sujeitos passivos n•o isentos subjectivamente e que exer€am, a t…tulo principal, actividade de natureza comercial, industrial ou agr…cola

Campo 413
Encargos com viaturas – n.€ 4 art. 81.€ do CIRC

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Devem ser indicados os montantes de os encargos dedut…veis respeitantes a viaturas ligeiras de passageiros ou mistas cujo custo de aquisi€•o seja superior
a € 40.000, suportados por sujeitos passivos que apresentem preju…zos fiscais nos dois exerc…cios anteriores ‹quele a que os referidos encargos digam
respeito e que serviram de base ao cƒlculo das tributa€Šes aut‚nomas.

Campo 414
Despesas de representaƒ„o – n.€ 3 e 7 art. 81.€ do CIRC
Devem ser indicados os montantes de encargos dedut†veis relativos despesas de representa€‚o, efectuados ou suportados e que serviram de base ao
calculo das tributa€…es autŒnomas.

Estes campos destinam-se ‹ indica€•o dos encargos sujeitos a tributa€•o aut‚noma, cujo valor ‡ indicado no campo 365. A base de cƒlculo das tributa€Šes
aut‚nomas ‡ o custo fiscal.

Campo 415
Despesas de com ajudas de custo e de compensaƒ„o pela deslocaƒ„o em viatura pr‚pria do trabalhador – n.€9 art. 81.€
do CIRC
As despesas com ajudas de custo e com compensa€•o pela desloca€•o em viatura pr‚pria do trabalhador, ao servi€o da entidade patronal, n•o facturadas
a clientes, escrituradas a qualquer t…tulo, sempre que a entidade patronal n•o possua, por cada pagamento efectuado, um mapa atrav‡s do qual, seja
poss…vel efectuar o controlo das desloca€Šes a que se referem aquelas despesas, designadamente os respectivos locais, tempo de perman„ncia, objectivo
e, no caso de desloca€Šes em viatura pr‚pria do trabalhador identifica€•o da viatura e do respectivo proprietƒrio, bem como do n†mero de quil‚metros
percorridos, excepto na parte em que haja lugar a tributa€•o em sede de IRS na esfera do respectivo beneficiƒrio.

Face a esta nova redac€•o da al…nea f) para que se verifique a aceita€•o como custo daquelas despesas ‡ necessƒrio que sendo efectivamente suportadas
pela empresa, sejam facturadas a clientes e que exista um mapa de controlo das referidas desloca€Šes. Caso n•o se mostrem reunidas estas condi€Šes,
aquelas despesas n•o ser•o dedut…veis, excepto na parte em que haja tributa€•o em sede de IRS, na esfera do trabalhador.

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Campo 417
Lucros Distribu…dos por entidades sujeitas a IRC a Sujeitos Passivos que beneficiem de isenƒ„o total ou parcial – n.€ 11
art. 81.€ do CIRC
Nos termos do n.ˆ 11 do artigo 81.ˆ do C‚digo do IRC, s•o tributados autonomamente, ‹ taxa de 20%, os lucros distribu…dos por entidades sujeitas a IRC a
sujeitos passivos que beneficiam de isenۥo total ou parcial, abrangendo, neste caso, os rendimentos de capitais, quando as partes sociais a que respeitam
os lucros n•o tenham permanecido na titularidade do mesmo sujeito passivo, de modo ininterrupto, durante o ano anterior ‹ data da sua coloca€•o ‹
disposi€•o e n•o venham a ser mantidas durante o tempo necessƒrio para completar esse per…odo.

Artigo 81.€
Taxas de tributaƒ„o aut‚noma

11 - S‚o tributados autonomamente, „ taxa de 20%, os lucros distribu†dos por entidades sujeitas a IRC a sujeitos passivos que beneficiam de isen€‚o total

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ou parcial, abrangendo, neste caso, os rendimentos de capitais, quando as partes sociais a que respeitam os lucros n‚o tenham permanecido na titularidade
do mesmo sujeito passivo, de modo ininterrupto, durante o ano anterior „ data da sua coloca€‚o „ disposi€‚o e n‚o venham a ser mantidas durante o
tempo necessƒrio para completar esse per†odo. (Aditado pelo Decreto-Lei n.Ž 192/2005, de 7 de Novembro)

12 - Ao montante do imposto determinado, de acordo com o disposto no n‹mero anterior, • deduzido o imposto que eventualmente tenha sido retido na
fonte, n‚o podendo nesse caso o imposto retido ser deduzido ao abrigo do n.Ž 2 do artigo 83.Ž (Aditado pelo Decreto-Lei n.Ž 192/2005, de 7 de Novembro)

Campo 419
Empresas de fabricaƒ„o ou distribuiƒ„o de produtos petrol…feros refinados
Tributa€•o aut‚noma para empresas de fabrica€•o ou distribui€•o de produtos petrol…feros refinados

Nos termos do n.ˆ 2 do art.ˆ 4 da Lei n.ˆ 64/2008, determina uma tributa€•o aut‚noma para empresas de fabrica€•o ou distribui€•o de produtos petrol…feros
refinados, que consiste na sujei€•o ƒ taxa de 25%, da diferen€a positiva entre a margem bruta de produ€•o determinada com base na aplica€•o dos
m‡todos FIFO ou do custo m‡dio ponderado no custeio das mat‡rias-primas consumidas e a determinada com base na aplica€•o do m‡todo de custeio
adoptado na contabilidade.

Art.€ 4 da Lei n.€ 64/2008 de 5 de Dezembro

1 - As empresas de fabrica€‚o ou distribui€‚o de produtos petrol†feros refinados ficam obrigadas, para efeitos fiscais, a adoptar os m•todos FIFO (First In
First Out) ou do Custo M•dio Ponderado no custeio das mat•rias-primas consumidas, devendo ser usado o mesmo m•todo para todos os inventƒrios que
tenham uma natureza e uso semelhantes nos sucessivos exerc†cios.

2 - A diferen€a positiva entre a margem bruta de produ€‚o determinada com base na aplica€‚o dos m•todos FIFO ou do custo m•dio ponderado no custeio
das mat•rias-primas consumidas e a determinada com base na aplica€‚o do m•todo de custeio adoptado na contabilidade estƒ sujeita a uma tributa€‚o
autŒnoma em IRC, „ taxa de 25%.

3 - A tributa€‚o autŒnoma em IRC apurada nos termos do n‹mero anterior n‚o • dedut†vel para quaisquer efeitos na determina€‚o do lucro tributƒvel, tanto
em contas individuais como em Œptica de grupo.

4 - š vedada a repercuss‚o no pre€o dos produtos vendidos do encargo suportado com a tributa€‚o autŒnoma em IRC, cabendo „ autoridade reguladora da
concorr•ncia a sua fiscaliza€‚o.

391
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5 - O disposto nos n‹meros anteriores aplica-se aos exerc†cios de 2008 e seguintes.

Campo 416
Transmiss„o onerosa de direitos reais sobre bens im‚veis
Este campo destina-se a indicar o valor da diferen€a positiva entre o valor considerado para efeitos de IMT e o valor constante do contrato, nos casos em
que houve recurso ao pedido de revis•o previsto no artigo 129.ˆ do CIRC

EXEMPLO

Um sujeito passivo vendeu um imŒvel em 2008, por € 50 000,00. O valor da avalia€‚o • de € 70 000,00. O sujeito passivo contestou este valor ao abrigo
do artigo 129.Ž do CIRC, em Janeiro de 2009.

Assim:

N‚o acresce a diferen€a positiva (€ 20 000,00) no campo 257 do Quadro 7.

Indica o valor de € 20 000,00 no campo 416 do Quadro 11.

Artigo 129.€
Prova do preƒo efectivo na transmiss„o de im‚veis

1 - O disposto no n.Ž 2 do artigo 58.Ž-A n‚o • aplicƒvel se o sujeito passivo fizer prova de que o pre€o efectivamente praticado nas transmiss…es de direitos
reais sobre bens imŒveis foi inferior ao valor patrimonial tributƒrio que serviu de base „ liquida€‚o do imposto municipal sobre as transmiss…es onerosas de
imŒveis.

2 - Para efeitos do disposto no n‹mero anterior, o sujeito passivo pode, designadamente, demonstrar que os custos de constru€‚o foram inferiores aos
fixados na portaria a que se refere o n.Ž 3 do artigo 62.Ž do CŒdigo do Imposto Municipal sobre ImŒveis, caso em que ao montante dos custos de constru€‚o
dever‚o acrescer os demais indicadores objectivos previstos no referido CŒdigo para determina€‚o do valor patrimonial tributƒrio.

3 - A prova referida no n.Ž 1 deve ser efectuada em procedimento instaurado mediante requerimento dirigido ao director de finan€as competente e
apresentado em Janeiro do ano seguinte „quele em que ocorreram as transmiss…es, caso o valor patrimonial tributƒrio jƒ se encontre definitivamente
fixado, ou nos 30 dias posteriores „ data em que a avalia€‚o se tornou definitiva, nos restantes casos.

392
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4 - O pedido referido no n‹mero anterior tem efeito suspensivo da liquida€‚o, na parte correspondente ao valor do ajustamento previsto no n.Ž 2 do artigo
58.Ž-A, a qual, no caso de indeferimento total ou parcial do pedido, serƒ da compet•ncia da Direc€‚o-Geral dos Impostos.

5 - O procedimento previsto no n.Ž 3 rege-se pelo disposto nos artigos 91.Ž e 92.Ž da Lei Geral Tributƒria, com as necessƒrias adapta€…es, sendo igualmente
aplicƒvel o disposto no n.Ž 4 do artigo 86.Ž da mesma lei.

6 - Em caso de apresenta€‚o do pedido de demonstra€‚o previsto no presente artigo, a administra€‚o fiscal pode aceder „ informa€‚o bancƒria do
requerente e dos respectivos administradores ou gerentes referente ao exerc†cio em que ocorreu a transmiss‚o e ao exerc†cio anterior.

7 - A impugna€‚o judicial contra a liquida€‚o do imposto relativo „ transmiss‚o de imŒveis cujo lucro tributƒvel tenha sido fixado nos termos do artigo
58.Ž-A, ou se n‚o houver lugar a liquida€‚o do lucro tributƒvel previsto no mesmo preceito legal, depende de pr•via apresenta€‚o do pedido previsto no
presente artigo, n‚o havendo lugar a reclama€‚o graciosa.

8 - A impugna€‚o do acto de fixa€‚o do valor patrimonial tributƒrio, prevista no artigo 77.Ž do CŒdigo do Imposto Municipal sobre ImŒveis e no artigo 134.Ž
do CŒdigo de Procedimento e de Processo Tributƒrio, n‚o tem efeito suspensivo quanto „ liquida€‚o do IRC nem suspende o prazo para dedu€‚o do
pedido de demonstra€‚o previsto no presente artigo.

Campo 418
Data em que ocorreu a transmiss„o das partes sociais
(Art. 46.€, n.€ 9 e art. 81.€, n.€ 11)
No caso referido na †ltima parte do parƒgrafo explicativo do campo 417, deve ser preenchido este campo, indicando a data em que ocorreu a transmiss•o
das partes sociais.

O campo 418 deve ser tamb‡m preenchido nas situa€Šes referidas no n.ˆ 9 do artigo 46.ˆ do C‚digo do IRC. Nos termos desta disposi€•o legal, se a
deten€•o da participa€•o m…nima referida no n.ˆ 1 do referido artigo 46ˆ deixar de se verificar antes de completado o per…odo de um ano a… mencionado,
deve corrigir-se a dedu€•o em conformidade, ou anular-se a mesma, sem preju…zo da considera€•o do cr‡dito imposto por dupla tributa€•o internacional a
que houver lugar, de acordo com o disposto no artigo 85.ˆ.

Recorde-se, que a correc€•o a que se refere o n.ˆ 9 do artigo 46.ˆ deve ser efectuada atrav‡s de entrega ou envio da declara€•o de substitui€•o, no prazo
de 60 dias a contar da data da verifica€•o do facto que a determinou, relativa a cada um dos exerc…cios em que jƒ tenha decorrido o prazo de apresenta€•o
ou envio da declara€•o peri‚dica de rendimentos (campo 4 do Quadro 04.1).

393
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QUADRO 12
RetenĠes na Fonte
Os valores deste Quadro s‚o preenchidos automaticamente em fun€‚o dos elementos constantes da declara€‚o modelo 10.

Sempre que tenham sido indicados valores no campo 359 do Quadro 10 (reten€…es na fonte) diferentes dos pr•-preenchidos, • necessƒrio proceder „
identifica€‚o das entidades retentoras atrav•s do respectivo NIF, indicando igualmente o valor retido.

O sistema de reten€•o na fonte previsto nos art.ˆ 88.ˆ a 90ˆA, impŠe, ‹s entidades pagadoras dos rendimentos, o dever legal de reter o imposto devido por
esses rendimentos e de o entregar nos cofres do Estado.

O sujeito passivo da rela€•o jur…dica e da obriga€•o de imposto, no caso da reten€•o na fonte ter natureza de pagamento por conta do imposto devido a
final, continua a ser o titular do rendimento e ‡ em rela€•o a ele que se devem verificar os pressupostos da tributa€•o.

Com este sistema, a administraۥo fiscal pretende:

 Reduzir o n†mero de obriga€Šes fiscais;

 Simplificar a actua€•o dos servi€os;

 Aproximar o momento da cobran€a do imposto ao momento da percep€•o dos rendimentos, permitindo, assim, ao contribuinte pagar o imposto na
justa medida que vai recebendo o rendimento de modo a ter um menor encargo no final;

394
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 Encurtar o intervalo temporal entre o momento em que ocorre o facto gerador e o pagamento;

 Possibilitar um fluxo regular de receitas aos cofres do Estado;

 Diminuir a evas•o.

Deste modo est•o sujeitos a reten€•o na fonte os seguintes rendimentos obtidos em territ‚rio portugu„s:

Rendimentos provenientes da propriedade intelectual ou industrial e bem assim da presta€•o de informa€Šes respeitantes a uma experi„ncia adquirida no
sector industrial, comercial ou cient…fico:

 Residentes e n•o residentes com estabelecimento estƒvel: 15% (art. 101ˆ nˆ 1 do CIRS)

 N•o residentes: 15% (art. 80ˆ nˆ 2, a) do CIRC)

Rendimentos derivados do uso ou da concess•o do uso de equipamento agr…cola, industrial, comercial ou cient…fico, bem como da assist„ncia t‡cnica:

 Residentes e n•o residentes com estabelecimento estƒvel: 15% (art. 101ˆ nˆ 1 do CIRS)

 N•o residentes: 15% (art. 80ˆ nˆ 2- a) e b) do CIRC)

Rendimento de ac€Šes:

 Residentes e n•o residentes com estabelecimento estƒvel: 15% (art. 101ˆ nˆ 1 do CIRS)

 N•o residentes: 25% (art. 80ˆ nˆ 2 do CIRC)

Juros de dep‚sitos ‹ ordem ou a prazo

 Residentes e n•o residentes com estabelecimento estƒvel: 20% (art. 71.ˆ n.ˆ 3, a) do CIRS)

 N•o residentes: 20%;

Rendimentos de t…tulos de d…vida, de opera€Šes de reporte, cessŠes de cr‡dito, contas de t…tulos com garantia de pre€o ou de outras opera€Šes similares ou

395
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afins

 Residentes e n•o residentes com estabelecimento estƒvel: 20% (art. 71.ˆ n.ˆ 3, b) do CIRS)

 N•o residentes: 20%; (art. 80ˆ nˆ 2, c) do CIRC)

Rendimentos de aplica€•o de capitais n•o abrangidos nas al…neas anteriores tal como s•o definidos para efeitos de IRS, quando o seu devedor seja sujeito
passivo de IRC ou quando os mesmos constituam encargo relativo ‹ actividade empresarial ou profissional de sujeitos passivos de IRS que devam possuir
contabilidade

 Residentes e n•o residentes com estabelecimento estƒvel: 15% (art. 101ˆ nˆ 1 do CIRS)

 N•o residentes: 20%; (art. 71.ˆ n.ˆ 3, d) do CIRS)

Rendimentos Prediais

 Residentes e n•o residentes com estabelecimento estƒvel: 15% (art. 101ˆ nˆ 1 a) do CIRS)

 N•o residentes: 15%; (art. 80.ˆ n.ˆ 2 f) do CIRC)

Remunera€Šes auferidas na qualidade de membro de ‚rg•os estatutƒrios de pessoas colectivas e outras entidades

 Residentes e n•o residentes com estabelecimento estƒvel: 20% (art. 88.ˆ n.ˆ1,d) e 4 do CIRC)

 N•o residentes: 25%; (art. 88.ˆ n.ˆ 5 do CIRC)

Pr‡mios de lotarias, apostas m†tuas desportivas e bingo:

 Residentes e n•o residentes com estabelecimento estƒvel: 25% (art. 71.ˆ n.ˆ 2, f) do CIRS)

 N•o residentes: 35%; (art. 80.ˆ n.ˆ 2 d) do CIRC)

Pr‡mios de rifas, totoloto, loto, sorteios e concursos

 Residentes e n•o residentes com estabelecimento estƒvel: 35% art. 71.ˆ n.ˆ 2, b) do CIRS)

396
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 N•o residentes: 35%; (art. 80.ˆ n.ˆ 2 d) do CIRC)

Rendimentos derivados do exerc…cio da actividade de profissionais de espectƒculos ou desportistas obtidos por n•o residentes

 N•o residentes: 25%;

Rendimentos provenientes, da intermedia€•o na celebra€•o de quaisquer contratos e rendimentos de outras presta€Šes de servi€os, realizados ou utilizados
em territ‚rio portugu„s, com excep€•o dos relativos a transportes, comunica€Šes e actividades financeiras.

 N•o residentes: 15%; (art. 80.ˆ n.ˆ 2 e) do CIRC)

As reten€Šes na fonte t„m sempre a natureza de imposto pago por conta, isto ‡, n•o liberam da obriga€•o do imposto devido no final, excepto quando:

 Se trate de rendimentos de capitais exclu…dos das isen€Šes previstas no Estatuto dos Benef…cios Fiscais e nos artigos 9ˆ e 10ˆ do IRC (al…nea a), n.ˆ
3 do art.ˆ 88.ˆ)

 N•o se tratando de rendimentos prediais, o titular dos rendimentos seja uma entidade n•o residente que n•o tenha estabelecimento estƒvel em
territ‚rio portugu„s ou que tendo-o esses rendimentos n•o lhe sejam imputƒveis (al…nea b) n.ˆ 3 do art.ˆ 88.ˆ). Situa€•o em que em que t„m
carƒcter definito.

QUADRO 13
Retenƒ†es na Fonte na qualidade de entidade registadora ou depositŽria
Tratando-se de rendimentos de valores mobiliƒrios sujeitos a registo ou dep‚sito, emitidos por entidades residentes em territ‚rio portugu„s, a obriga€•o de
efectuar a reten€•o na fonte ‡ da responsabilidade das entidades registadoras ou depositƒrias.

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Controlos automŽticos na fase de liquidaƒ„o


No ano de 2009 as declara€…es modelo 22 v‚o ser sujeitas a dois controlos automƒticos em fase pr•via „ liquida€‚o e logo que se encontrem na situa€‚o
de certas na base de dados central:

 Controlo de preju†zos deduzidos

 Controlo de benef†cios fiscais a sujeitos passivos com d†vidas

No ’mbito destes controlos e sempre que os valores declarados pelo sujeito passivo n‚o estejam em conformidade com os elementos constantes da base
dados serƒ emitida uma comunica€‚o ao contribuinte.

A declara€‚o • marcada com um cŒdigo de anomalia.

Durante este per†odo procede-se „ anƒlise das declara€…es

Controlo dos benef…cios Fiscais – Contribuintes com d…vidas

Para efeitos deste controlo consideram-se as declara€…es do exerc†cio de 2008 com os seguintes campos preenchidos:

 Quadro 07 – Campo 234

 Quadro 08 - Campo 245

 Quadro 09 - Campo 310, 321, 322 e 408

 Quadro 10 - Campo 355

398
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Controlo de preju…zos dedut…veis

S‚o submetidas a este controlo todas as declara€…es modelo 22 apresentadas em 2009.

DERRAMA
Com a publica€•o da nova Lei das finan€as locais – Lei n.ˆ 2/2007, de 15 de Janeiro, a derrama, a partir do exerc…cio de 2007, passou a ser calculada com
base no lucro tributƒvel declarado pelo sujeito passivo, pela aplica€•o de uma taxa mƒxima de 1,5%.

Hƒ lugar ‹ liquida€•o de derrama no caso de IRC devido por:

• Sujeitos passivos residentes que exer€am a t…tulo principal actividades de natureza comercial, industrial ou agr…cola ou

• N•o residentes com estabelecimento estƒvel.

Os sujeitos passivos que cumulativamente:

• Possuam estabelecimentos estƒveis ou representa€Šes locais em mais que um munic…pio e

• Tenham mat‡ria colectƒvel superior a € 50.000,00,

• Devem apresentar o Anexo A da declara€•o modelo 22, sendo o cƒlculo da derrama a… efectuado, de acordo com n.ˆ 2 do artigo 14.ˆ da referida
Lei.

Nestes casos, o lucro tributƒvel imputƒvel ‹ circunscri€•o de cada munic…pio ‡ determinado pela propor€•o entre a massa salarial correspondente aos
estabelecimentos que o sujeito passivo nele possua e a correspondente ‹ totalidade dos seus estabelecimentos situados em territ‚rio nacional.

De acordo com o previsto no n.ˆ 4 do artigo 14.ˆ da referida lei, os munic…pios podem deliberar o lan€amento de uma taxa reduzida de derrama para os
sujeitos passivos cujo volume de neg‚cios no ano anterior n•o ultrapasse os € 150.000,00.

Neste caso, coexistir•o duas taxas no respectivo munic…pio: a taxa normal, aplicƒvel ‹ generalidade dos sujeitos passivos e uma reduzida, sendo esta
aplicƒvel apenas ‹quele universo, pelo que o campo 364 do Quadro 10 deve ser preenchido em conformidade com a taxa aplicƒvel.

399
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Exemplo:

Um sujeito passivo de IRC, com sede em Faro, apresenta no exerc†cio de 2008, um lucro tributƒvel de € 20.000,00

O volume de negŒcios obtido por este sujeito passivo em 2007 foi € 100.000,00 (este valor • confirmado pelo sistema, durante a valida€‚o central, por
cruzamento com a informa€‚o constante da IES)

Cƒlculo da derrama:

€ 20.000,00 x 0,50 % (taxa reduzida) = € 100,00

Situa‚†es especiais:

Regime de transpar„ncia fiscal: n•o hƒ lugar ‹ liquida€•o de derrama ainda que exista lucro tributƒvel.

RETGS: para as sociedades tributadas segundo o regime especial de tributa€•o de grupos de sociedades, a derrama deverƒ ser calculada individualmente
por cada uma sociedades na sua declaraۥo.

Exemplo

Cƒlculo de derrama no regime especial de tributa€‚o de grupos de sociedades

Os resultados fiscais de um dado grupo de sociedades, cuja dominante • a sociedade C, s‚o os seguintes:

400
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O lucro tributƒvel do grupo • € 25.000,00

A derrama devida pelo grupo • 450,00 (300 + 150), ou seja, n‚o se aplica a taxa de derrama ao LUCRO TRIBUTŠVEL do grupo

O somat‚rio das derramas assim calculadas serƒ indicado no campo 364 do Quadro 10 da correspondente declara€•o do grupo, competindo o pagamento ‹
sociedade dominante.

ANEXO A

401
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DECLARAÇÉO MODELO 22
Este anexo serŽ obrigatoriamente apresentado:

1. Pelos sujeitos passivos que, cumulativamente:

a) Tenham mat•ria colectƒvel no exerc†cio superior a 50 000,00 Euros;

b) Tenham estabelecimentos estƒveis ou representa€…es locais em mais de um munic†pio (artigo 14.Ž da Lei n.Ž 2/2007, de 15 de Janeiro).

Neste caso, o apuramento da derrama serŽ feito nos Quadros 04,05 e 06.

QUADROS 01 e 02
NIPC E EXERC‹CIO
Os elementos a indicar nestes Quadros ser‚o os mesmos que foram inscritos na declara€‚o modelo 22.

QUADRO 03
N›MERO DE PAGINAS
Sempre que o n‹mero de munic†pios em que a empresa tenha estabelecimentos estƒveis exceder as linhas dispon†veis no Quadro 04, deverƒ apresentar o
n‹mero de Anexos necessƒrios para o efeito.

402
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Neste caso, assinalarƒ no campo 1 deste Quadro o n‹mero de Anexos entregues, utilizando o campo 2 para a numera€‚o sequencial dos mesmos.

QUADRO 04
DISTRIBUI‰ŠO DA MASSA SALARIAL
A coluna 1 destina-se „ identifica€‚o dos munic†pios onde a empresa tenha estabelecimentos estƒveis ou representa€…es locais, incluindo sempre o da
sede, independentemente de o respectivo munic†pio ter ou n‚o lan€ado derrama.

Na coluna 2 deve ser indicado o cŒdigo correspondente ao distrito/munic†pio, jƒ divulgado pelos Servi€os Centrais da DGCI. Em caso de d‹vida ou
desconhecimento poderƒ solicitar esta informa€‚o em qualquer servi€o de finan€as ou nos postos de informa€…es.

Na coluna 3 serƒ indicado o valor das despesas efectuadas com o pessoal e escrituradas, no exerc†cio, a t†tulo de remunera€…es, ordenados e salƒrios
correspondentes aos estabelecimentos que o sujeito passivo possui em cada um dos munic†pios indicados nas colunas 1 e 2.

Na coluna 4 deve ser indicada a taxa da derrama lan€ada por cada um dos munic†pios para o exerc†cio em refer•ncia. Os Servi€os Centrais da DGCI
procedem anualmente „ divulga€‚o destas taxas. Por exemplo, no caso de ser 1,5% indicar 1,50.

O valor do produto a inscrever na coluna 5, resulta da multiplica€‚o da massa salarial pela taxa de derrama indicada na coluna 4 (note se que esta ‹ltima •
uma percentagem e n‚o um valor absoluto).

Tratando-se de outro crit•rio espec†fico n‚o dever‚o preencher a massa salarial.

403
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404
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QUADRO 05
TOTAL GERAL
Os valores a indicar nos campos 1 e 2 deste Quadro corresponder‚o aos totais evidenciados nas colunas 3 e 5 do Quadro 04.

Sendo apresentados mais que um Anexo, este Quadro s‚ deverŽ estar preenchido na •ltima pŽgina, e os valores a inscrever corresponder‚o ao
somatŒrio dos totais evidenciados nas colunas 3 e 5 de cada uma das pƒginas.

A taxa m•dia a indicar no campo 3, obt•m-se pela divis‚o do produto (campo 2) pela massa salarial (campo 1) e serƒ arredondada para as cent•simas,
fazendo-se o arredondamento para a cent•sima imediatamente superior, no caso de o d†gito representativo das mil•simas ser igual ou superior a cinco.

QUADRO 06
APURAMENTO DA DERRAMA
No campo 1 serƒ inscrita a soma dos valores indicados nos campos 302, 313, 382 e 400 (Lucro Tributƒvel) todos do Campo 9 da declara€‚o modelo 22.

O campo 2 deverƒ conter a taxa m•dia calculada no campo 3 do Quadro 05.

405
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O valor a inscrever no campo 3 obt•m-se do produto do lucro tributƒvel (campo 1) pela taxa m•dia (campo 2).

O valor obtido no campo 3 deverƒ ser transportado para o campo 364 (Derrama) do Quadro 10 da declara€‚o modelo 22.

Tal como referido para o Quadro 05, no caso de existir mais do que uma pƒgina, este Quadro sŒ serƒ preenchido na ‹ltima.

Nos casos de declara€Šes de substitui€•o relativas a exerc„cios anteriores a 2007, devem ser mantidas as regras de cˆlculo de derrama em vigor …
data, ou seja, nos campos 1 e 3 do Quadro 06 do supra referido Anexo, onde se indica “lucro tributƒvel” deve utilizar-se a colecta.

ANEXO B
DECLARAÇÉO MODELO 22
Este anexo deverƒ ser apresentado por todos os sujeitos passivos tributados pelo regime simplificado de determina€‚o do lucro tributƒvel, a que se refere o
artigo 53.Ž do CIRC.

No ’mbito do IRC, est‚o abrangidos pelo regime simplificado de determina€‚o do lucre tributƒvel, os sujeitos passivos residentes que satisfa€am,
cumulativamente, seguintes condi€…es:

a) Exer€am, a t†tulo principal, actividade comercial, industrial ou agr†cola,

b) N‚o estejam nem isentos nem sujeitos a algum regime especial de tributa€‚o,

406
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c) N‚o estejam obrigados „ revis‚o legal de contas,

d) Apresentem, no exerc†cio anterior ao da aplica€‚o do regime um volume total € 149,639,37,

e) N‚o tenham optado pela aplica€‚o do regime geral de determina€‚o do lucro tributƒvel.

Considera-se, para efeitos do requisito mencionada em b), como regime especial de tributa€‚o o regime de tributa€‚o dos grupos de sociedades previsto
nos artigos 63.Ž e 64.Ž do CIRC e o regime de transpar•ncia fiscal, a que se refere o art. 6.Ž.

As sociedades de profissionais, embora sujeitas ao regime de transpar•ncia fiscal, podem, nos termos do nŽ 13 do artigo 53.Ž do CIRC, ficar abrangidas
pelo regime simplificado. Neste caso, o coeficiente a utilizar para apuramento do lucro tributƒvel serƒ0,70, sendo os proveitos indicados no campo 13.

No campo 1 deverƒ ser indicado d valor das vendas de mercadorias e de produtos Os servi€os prestados no ’mbito de actividades hoteleiras e similares,
restaura€‚o e bebidas s‚o indicados no campo 3.

No campo 4 s‚o indicados apenas os subs†dios „ explora€‚o.

No campo 5 ser‚o indicados os valores dos restantes proveitos, com exclus„o da variaƒ„o da produƒ„o e dos trabalhos para a pr‚pria empresa.

Os campos 14 e 15 destinam-se „ indica€‚o do ajustamento positivo a que se refere o artigo 58.Ž-A do CIRC.

Nos termos do n.Ž 4 do artigo 53.Ž do CIRC o lucro tributŽvel n„o pode ser inferior ao valor anual da retribuiƒ„o mensal m…nima garantida.

Em consequ•ncia, se o valor obtido no campo 12 for inferior ao referido deverƒ ser este o valor a considerar no lucro tributƒvel a inscrever no campo 400
do Quadro 09 da declarar‚o modelo 22

O valor apurado no campo 12 deverŽ ser transportado para o campo 400 do Quadro 09 da declaraƒ„o modelo 22 n„o devendo ser preenchido o
Quadro 07.

407
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Exemplo

O sujeito passivo "Simplesmente Simples, Lda." enquadrado no regime simplificado no exerc…cio de 2005, apresenta um volume de proveitos,
exclusivamente relativos a vendas de mercadorias, de € 28.000,00

408
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Preenchimento do Anexo B:

Campo 1 = 28.000 campo 6 = 5.600 campo 12 = 5.600

Transporte para o Quadro 09 da Modelo 22: campo 400 = 6.250 (*)(5)

409
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410
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Com o OE 2008 foi aditado um novo n.ˆ 16 ao artigo 53.ˆ do CIRC.

O limite m…nimo de lucro tributƒvel previsto no n.ˆ 4 do artigo 53.ˆ do CIRC, deixa de aplicar:

• Nos exerc…cios de in…cio e de cessa€•o de actividade;

• Aos sujeitos passivos que se encontrem com processos no Œmbito do C‚digo da Insolv„ncia e da Recupera€•o de Empresas, aprovado pelo
Decreto-Lei n.ˆ 53/2004, de 18 de Mar€o, a partir do exerc…cio da instaura€•o desse processo e at‡ ao exerc…cio da sua conclus•o;

• Aos sujeitos passivos que n•o tenham auferido proveitos durante o respectivo per…odo de tributa€•o e tenham entregue a declara€•o de cessa€•o
de actividade para efeitos de IVA.

Exemplo 1:

O sujeito passivo “Cessado, Lda.”, enquadrado no regime simplificado, apresenta um total de proveitos nulo no exerc†cio de 2008 e cessou a actividade
para efeitos de IVA em 2008-02-28

Lucro tributƒvel no regime simplificado, no exerc†cio de 2008: € 0,00

A cessa€‚o serƒ verificada por valida€‚o central.

Exemplo 2:

411
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O sujeito passivo “Iniciado, Lda.”, enquadrado no regime simplificado, apresenta um total de proveitos de € 3.000,00 (relativos a vendas) no exerc†cio de
2008, tendo declarado in†cio de actividade em 31/5/2008

Lucro tributƒvel em 2008: € 3.000,00 X 0,20 = € 600,00

O m…nimo seria 14 x € 426 = € 5.964

Exemplo 3:

O sujeito passivo “Isento, Lda.”, enquadrado no regime simplificado, com in†cio de actividade em 1DEZ2007, apresenta um total de proveitos de € 500,00
no exerc†cio de 2008 e estƒ enquadrado no regime de isen€‚o para efeitos de IVA

Lucro tributƒvel em 2008: € 5.964,00 (€ 426,00 X 14)

REGIME SIMPLIFICADO DE DETERMINAÅÄO DO LUCRO TRIBUTÖVEL


A Lei n.ˆ 30-G/2000, de 29 de Dezembro, instituiu, em sede de IRC, um regime simplificado de determina€•o do lucro tributƒvel aos contribuintes de
pequena dimens•o.

Assim, de harmonia com o disposto no art. 53ˆ do CIRC, ficam abrangidos pelo regime simplificado de determina€•o do lucro tributƒvel os sujeitos passivos
residentes que exer€am a t…tulo principal, uma actividade comercial, industrial ou agr…cola que satisfa€am, cumulativamente, os seguintes requisitos:

a) N•o estejam isentos nem sujeitos a algum regime especial de tributa€•o;

b) N•o estejam obrigados ‹ revis•o legal de contas;

c) Apresentem, no exerc…cio anterior ao da aplica€•o do regime, um volume total anual de proveitos inferior a € 149 639,37

d) N•o optem pela aplica€•o do regime geral de determina€•o do lucro tributƒvel.

No exerc…cio do in…cio de actividade o enquadramento faz-se em conformidade com o volume de proveitos estimados.

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Opƒ„o Pela Aplicaƒ„o Do Regime Geral


Os sujeitos passivos podem optar pelo regime geral, devendo faz„-lo na declara€•o de in…cio de actividade ou em declara€•o de altera€Šes, at‡ ao fim do 3.ˆ
m„s do per…odo de tributa€•o do, in…cio de aplica€•o do regime.

A op€•o ‡ vƒlida por um per…odo de 3 exerc…cios, findo o qual caduca, excepto se for renovada nos termos e prazos referidos, ou seja, mediante declara€•o
de altera€Šes at‡ ao fim do 3.ˆ m„s do per…odo de tributa€•o do in…cio da aplica€•o do regime.

Nos termos do n.ˆ 2 do art.ˆ 53ˆ do CIRC, no exerc…cio do in…cio de actividade, o enquadramento do sujeito passivo num dado regime de determina€•o do
lucro tributƒvel ‡ efectuado em conformidade com o valor total anual de proveitos estimado, constante da respectiva declara€•o de in…cio de actividade.

Assim, nestas situa€Šes, a indica‚ƒo da op‚ƒo pelo regime geral apenas serˆ vˆlida se o sujeito passivo reunir todos os pressupostos referidos no n.ˆ 1
do art.ˆ 53ˆ do CIRC, nomeadamente se o valor total anual de proveitos estimado for inferior ou igual a € 149.639,37.

No caso daquele valor estimado ser superior ao limite legal, o sujeito passivo fica enquadrado no regime geral de determina€•o do lucro tributƒvel, n•o
por op€•o, mas por obriga‚ƒo legal.

Nestes termos, ‡ entendimento da Administra€•o fiscal, que nestas situa€Šes o preenchimento do Quadro 19 da declara€•o de in…cio de actividade, n•o
produz efeitos.

Vig‡ncia do regime
O regime simplificado mant„m-se, verificados os respectivos pressupostos, por um per…odo m…nimo de 3 exerc…cios, automaticamente prorrogƒvel, salvo
opۥo pelo regime geral.

O apuramento do lucro tributƒvel no regime simplificado ‡ feito atrav‡s da f‚rmula seguinte:

Lucro Tributƒvel = Coeficiente X Vendas de mercadorias e produtos e restantes proveitos, com exclus‚o da varia€‚o da produ€‚o e dos trabalhos para a
prŒpria empresa.

Em princ…pio, ser•o aplicados coeficientes de base t‡cnico-cient…fica, aprovados por portaria do Ministro das Finan€as.

At‡ ‹ aprova€•o destes, ‡ aplicado o coeficiente de 0,20 ‹s vendas de mercadorias e de produtos e de 0,45 aos restantes proveitos, (o coeficiente de 0,20 ‡

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tamb‡m aplicƒvel ao sector de alojamento e restaura€•o), com um m…nimo igual ao valor anual do salƒrio m…nimo nacional mais elevado (para 2008, ainda,
€5 964,00).

IRC Liquidado = Taxa (20%, n.ˆ 3 do art. 80ˆ) X Lucro Tributƒvel

Cessaƒ„o da aplicaƒ„o do regime simplificado


A aplica€•o do regime simplificado cessa, desde logo, por op€•o do sujeito passivo, ap‚s o decurso do per…odo m…nimo de perman„ncia no regime. Cessa
igualmente quando seja ultrapassado o limite do volume total de proveitos em 2 exerc…cios consecutivos ou num s‚ exerc…cio em montante superior a 25%
desse limite ou ainda se deixar de se verificar qualquer dos demais requisitos de que depende a aplicaۥo do regime.

Assim, se o volume total de proveitos for superior a € 187 049,21 num s‚ exerc…cio ou se for superior a 149 639,37, mas inferior ‹quele montante, em 2
exerc…cios consecutivos, hƒ lugar ‹ passagem para o regime geral a partir do exerc…cio seguinte ao da verifica€•o desses factos (n.ˆ 10 do art. 53ˆ).

Deduƒ„o de preju…zos fiscais


S•o dedut…veis ao lucro tributƒvel apurado segundo o regime simplificado os preju…zos fiscais de exerc…cios anteriores ao do in…cio da aplica€•o do regime,
mas de tal modo que o lucro tributƒvel a considerar nunca fique abaixo do valor anual do salƒrio m…nimo mais elevado (n.ˆ3 , art. 47ˆ).

Deduƒ†es • colecta
Nos casos em que seja aplicƒvel o regime simplificado, n•o hƒ lugar ‹s dedu€Šes ‹ colecta respeitantes ‹ dupla tributa€•o econ‚mica de lucros distribu…dos,
‹ dupla tributa€•o internacional e ‹ colecta da contribui€•o autƒrquica (n.ˆ 3 do art. 83ˆ).

Pagamentos por Conta


Os sujeitos passivos abrangidos pelo regime simplificado est•o obrigados a efectuar os pagamentos por conta, em conformidade com o disposto nos artigos
96ˆ e 97ˆ do C‚digo do IRC, os quais corresponder•o a 75% do imposto liquidado nos termos do n.ˆ 1 do art. 83ˆ relativamente ao exerc…cio imediatamente
anterior ‹quele em que se devam efectuar esses pagamentos, l…quido das reten€Šes na fonte, repartido por 3 montantes iguais, arredondados por excesso
para o milhar de escudos.

Pagamentos Especiais por Conta

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N•o hƒ lugar, ao pagamento especial por conta para os sujeitos passivos abrangidos pelo regime simplificado (n.ˆ 1 do art. 98ˆ).

Nos termos do n.ˆ 4 do artigo 27.ˆ da Lei n.ˆ 32-B/2002, de 30 de Dezembro, os sujeitos passivos de IRC que tenham anteriormente optado pelo regime
geral de determina€•o do lucro tributƒvel podem, em virtude da altera€•o introduzida no n.ˆ 2 do artigo 98.ˆ do C‚digo do IRC, optar pelo regime
simplificado, ainda que n•o tenha decorrido o per…odo m…nimo de perman„ncia naquele regime, atrav‡s da entrega da declara€•o de altera€Šes a que se
referem os artigos 110.ˆ e 111.ˆ do C‚digo do IRC, at‡ ao fim do 3.ˆ m„s do per…odo de tributa€•o com in…cio em 2003.

Tributaƒ†es Aut‚nomas
No Œmbito do regime simplificado n•o hƒ lugar ‹s tributa€Šes aut‚nomas previstas no n.ˆ 3 e 9 do art. 81ˆ do C‚digo do IRC, referentes ‹s despesas de
representa€•o e aos encargos com viaturas ligeiras de passageiros e ajudas de custo, nos termos do n.ˆ 10 do referido artigo.

Mant„m-se, no entanto, as tributa€Šes aut‚nomas respeitantes ‹s despesas confidenciais ou n•o documentadas e as relativas ‹s importŒncias pagas ou
devidas, a qualquer t…tulo, a pessoas singulares ou colectivas residentes fora do territ‚rio portugu„s e a… submetidas a um regime claramente mais favorƒvel,
previstas, respectivamente, nos ns. 1 e 8 do referido art. 81ˆ do C‚digo do IRC.

Crˆdito Fiscal ao Investimento (CFI)


Os sujeitos passivos cujo lucro tributƒvel for determinado pelo regime simplificado n•o podem beneficiar do regime do CFI (al…nea a), do n.ˆ 9 do art. 11.ˆ da
Lei n.ˆ 30-G/2000).

Artigo 53.€
Regime simplificado de determinaƒ„o do lucro tributŽvel

1 - Ficam abrangidos pelo regime simplificado de determina€‚o do lucro tributƒvel os sujeitos passivos residentes que exer€am, a t†tulo principal, uma
actividade de natureza comercial, industrial ou agr†cola, n‚o isentos nem sujeitos a algum regime especial de tributa€‚o, com excep€‚o dos que se
encontrem sujeitos „ revis‚o legal de contas, que apresentem, no exerc†cio anterior ao da aplica€‚o do regime, um volume total anual de proveitos n‚o
superior a 30.000.000$ (€ 149.639,37) e que n‚o optem pelo regime de determina€‚o do lucro tributƒvel previsto na sec€‚o II do presente cap†tulo.

2 - No exerc†cio do in†cio de actividade, o enquadramento no regime simplificado faz-se, verificados os demais pressupostos, em conformidade com o valor
total anual de proveitos estimado, constante da declara€‚o de in†cio de actividade, caso n‚o seja exercida a op€‚o a que se refere o n‹mero anterior.

3 - O apuramento do lucro tributƒvel resulta da aplica€‚o de indicadores de base t•cnico-cient†fica definidos para os diferentes sectores da actividade

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econŒmica, os quais devem ser utilizados „ medida que venham a ser aprovados.

4 - Na aus•ncia de indicadores de base t•cnico-cient†fica ou at• que estes sejam aprovados, o lucro tributƒvel, sem preju†zo do disposto no n.Ž 11, • o
resultante da aplica€‚o do coeficiente de 0,20 ao valor das vendas de mercadorias e de produtos e do coeficiente de 0,45 ao valor dos restantes proveitos,
com exclus‚o da varia€‚o de produ€‚o e dos trabalhos para a prŒpria empresa, com o montante m†nimo igual ao valor anual do salƒrio m†nimo nacional
mais elevado.

5 - Em lista aprovada por portaria do Ministro das Finan€as s‚o determinados os indicadores a que se refere o n.Ž 3 e, na aus•ncia daqueles indicadores,
s‚o estabelecidos, pela mesma forma, crit•rios t•cnicos que, ponderando a import’ncia relativa de concretas componentes dos custos das vƒrias
actividades empresariais e profissionais, permitam proceder „ correcta subsun€‚o dos proveitos de tais actividades „s qualifica€…es contabil†sticas
relevantes para a fixa€‚o do coeficiente aplicƒvel nos termos do n.Ž 4.

6 - Para os efeitos do disposto no n.Ž 4, aplica-se aos servi€os prestados no ’mbito de actividades hoteleiras e similares, restaura€‚o e bebidas, bem como
ao montante dos subs†dios destinados „ explora€‚o que tenha por efeito compensar redu€…es nos pre€os de venda de mercadorias e produtos, o
coeficiente de 0,20 a† indicado.

7 - A op€‚o pela aplica€‚o do regime geral de determina€‚o do lucro tributƒvel deve ser formalizada pelos sujeitos passivos:

a) Na declara€‚o de in†cio de actividade;

b) Na declara€‚o de altera€…es a que se referem os artigos 110.Ž e 111.Ž, at• ao fim do 3.Ž m•s do per†odo de tributa€‚o do in†cio da aplica€‚o do regime.

8 - A op€‚o referida no n‹mero anterior • vƒlida por um per†odo de tr•s exerc†cios, findo o qual caduca, excepto se o sujeito passivo manifestar a inten€‚o
de a renovar pela forma prevista na al†nea b) do n‹mero anterior.

9 - O regime simplificado de determina€‚o do lucro tributƒvel mant•m-se, verificados os respectivos pressupostos, pelo per†odo m†nimo de tr•s exerc†cios,
prorrogƒvel automaticamente por iguais per†odos, salvo se o sujeito passivo comunicar, pela forma prevista na al†nea b) do n.Ž 7, a op€‚o pela aplica€‚o do
regime geral de determina€‚o do lucro tributƒvel.

10 - Cessa a aplica€‚o do regime simplificado quando o limite do total anual de proveitos a que se refere o n.Ž 1 for ultrapassado em dois exerc†cios
consecutivos ou se o for num ‹nico exerc†cio em montante superior a 25% desse limite, caso em que o regime geral de determina€‚o do lucro tributƒvel se
aplica a partir do exerc†cio seguinte ao da verifica€‚o de qualquer desses factos.

11 - Os valores de base contabil†stica necessƒrios para o apuramento do lucro tributƒvel s‚o pass†veis de correc€‚o pela Direc€‚o-Geral dos Impostos nos

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termos gerais sem preju†zo do disposto na parte final do n‹mero anterior.

12 - Em caso de correc€‚o aos valores de base contabil†stica referidos no n‹mero anterior por recurso a m•todos indirectos, de acordo com o artigo 90.Ž da
lei geral tributƒria, • aplicƒvel, com as necessƒrias adapta€…es, o disposto nos artigos 52.Ž a 57.Ž

13 - As entidades referidas na al†nea b) do n.Ž 1 do artigo 6.Ž s‚o abrangidas pelo disposto no presente artigo aplicando-se, para efeitos do disposto no n.Ž 4,
os coeficientes previstos no n.Ž 2 do artigo 31.Ž do CŒdigo do IRS.

14 -Sempre que, da aplica€‚o dos indicadores de base t•cnico-cient†fica a que se refere o n.Ž 3, se determine um lucro tributƒvel superior ao que resulta
dos coeficientes estabelecidos no n.Ž 4, ou se verifique qualquer altera€‚o ao montante m†nimo de lucro tributƒvel previsto na parte final do mesmo
n‹mero, com excep€‚o da que decorra da actualiza€‚o do valor da retribui€‚o m†nima mensal, pode o sujeito passivo, no exerc†cio da entrada em vigor
daqueles indicadores ou da altera€‚o do referido montante m†nimo, optar, no prazo e nos termos previstos na al†nea b) do n.Ž 7, pela aplica€‚o do regime
geral de determina€‚o do lucro tributƒvel, ainda que n‚o tenha decorrido o per†odo m†nimo de perman•ncia no regime simplificado.

15 - Para efeitos do disposto nos n.Žs 1, 4 e 10, aos valores a† previstos deve adicionar-se o valor do ajustamento positivo a que se refere o n.Ž 2 do artigo
58.Ž-A.

16 - O montante m†nimo do lucro tributƒvel previsto na parte final do n.Ž 4 n‚o se aplica: [Aditado pela Lei n.Ž 67-A/2007, de 31 de Dezembro - OE]

a) Nos exerc†cios de in†cio e de cessa€‚o de actividade; [Aditada pela Lei n.Ž 67-A/2007, de 31 de Dezembro - OE]

b) Aos sujeitos passivos que se encontrem com processos no ’mbito do CŒdigo da Insolv•ncia e da Recupera€‚o de Empresas, aprovado pelo Decreto-Lei
n.Ž 53/2004, de 18 de Mar€o, a partir do exerc†cio da instaura€‚o desse processo e at• ao exerc†cio da sua conclus‚o; [Aditada pela Lei n.Ž 67-A/2007, de
31 de Dezembro - OE]

c) Aos sujeitos passivos que n‚o tenham auferido proveitos durante o respectivo per†odo de tributa€‚o e tenham entregue a declara€‚o de cessa€‚o de
actividade a que se refere o artigo 33.Ž do CŒdigo do IVA. [Aditada pela Lei n.Ž 67-A/2007, de 31 de Dezembro - OE]

As sociedades de profissionais, embora sujeitas ao regime de transpar„ncia fiscal, podem, nos termos do n.ˆ 13 do artigo 53.ˆ do C‚digo do IRC, ficar
abrangidas pelo regime simplificado. O coeficiente a aplicar ‹s respectivas presta€Šes de servi€os, para apuramento do lucro tributƒvel dos exerc…cios de
2007 e seguintes, ‡ de 0,70, face ‹ altera€•o introduzida no n.ˆ 2 do artigo 31.ˆ do C‚digo do IRS pela Lei n.ˆ 53-A/2006, de 29 de Dezembro (Or€amento do
Estado para 2007) aplicƒvel “ex vi” ao referido n.ˆ 13 do artigo 53.ˆ do C‚digo do IRC.

Tamb‡m aqui, nos casos de declara€Šes de substitui€•o relativas a exerc…cios anteriores a 2007, ‡ aplicƒvel o coeficiente 0,65, em vigor ‹ data.

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Por for€a da altera€•o introduzida no n.ˆ 6 do artigo 53.ˆ do C‚digo do IRC pela Lei n.ˆ 67-A/2007, de 31 de Dezembro (Or€amento do Estado para 2008), ao
montante dos subs…dios destinados ‹ explora€•o passou a ser aplicƒvel o coeficiente 0,20, no apuramento do lucro tributƒvel relativo aos exerc…cios de 2006
e seguintes.

Por este motivo, os sujeitos passivos que pretendam corrigir o apuramento do lucro tributƒvel relativo ao exerc…cio de 2006, podem adoptar um dos
procedimentos constantes do ponto 2.2 do Of…cio-Circulado n.ˆ 20126, de 2008-01-31.

Of…cio-Circulado n.€ 20126, de 2008-01-31

Com a recente publica€‚o da Lei do Or€amento do Estado para 2008 – Lei n.Ž 67-A/2007, de 31 de Dezembro – foi alterado o enquadramento fiscal dos
subs†dios „ explora€‚o, para efeitos dos regimes simplificados de tributa€‚o em sede de IRS e de IRC.

Com efeito, e contrariamente ao que vinha acontecendo, a nova redac€‚o dos artigos 31.Ž (n.Ž 5) do CŒdigo do IRS e 53.Ž (n.Ž 6) do CŒdigo do IRC
determina que aos subs†dios „ explora€‚o seja aplicada, em sede desses regimes, o coeficiente de 0,2.

Acresce que se estabeleceu nessa mesma Lei que esta medida tem efeitos retroactivos ao exerc†cio/ano de 2006 e sobre esta mesma mat•ria, tendo por
base o Parecer n.Ž 59/07 do Centro de Estudos Fiscais, foi proferido o Despacho n.Ž 1223/2007-XVII, de 2007-10-30, do Secretƒrio de Estado dos Assuntos
Fiscais, que determina:

“Caso seja aprovada a proposta de altera€•o aos artigos 31.ˆ do CIRS e 53.ˆ n.ˆ 6 do CIRC, constante da PPL do OE 2008, ficar•o resolvidas todas as
situa€Šes verificadas ap‚s o exerc…cio de 2006. Para as situa€Šes anteriores, caso tenham sido apresentadas reclama€Šes sobre esta mat‡ria, dever•o as
mesmas ser apreciadas ‹ luz da redac€•o actualmente vigente para os referidos artigos e do entendimento que resulta do levantamento/anƒlise detalhada
na informa€•o n.ˆ 1282/2007 da DSIRC.”

Deste modo, e tendo em vista o uniforme procedimento dos servi€os, esclarece-se o seguinte:

1. Rendimentos do ano de 2007 – sujeitos passivos de IRS e de IRC

Atendendo a que as obriga€…es declarativas relativas a este ano/exerc†cio apenas ter‚o de ser cumpridas apŒs 2008-01-01, o novo enquadramento
tributƒrio dos subs†dios „ explora€‚o em sede dos regimes simplificados de tributa€‚o jƒ se encontra devidamente acautelado em sede dos Modelos
declarativos desses impostos (declara€…es Modelo 3 e Modelo 22).

2. Rendimentos do ano de 2006

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2.1. Sujeitos passivos de IRS

Atendendo ao carƒcter retroactivo da norma em apre€o, n‚o pode a altera€‚o legislativa deixar de ser considerada como um facto superveniente nos
termos da segunda parte do n.Ž 4 do artigo 70.Ž do CŒdigo do Procedimento e de Processo Tributƒrio (CPPT) e, como tal, apŒs a sua entrada em vigor –
2008-01-01 – come€ou a contar-se o prazo para a interposi€‚o de reclama€‚o graciosa com fundamento no novo enquadramento legal, mais favorƒvel aos
contribuintes.

Assim, os sujeitos passivos de IRS que se sintam lesados relativamente „ forma como os subs†dios „ explora€‚o auferidos em 2006 foram tributados,
podem, alternativamente, proceder „ entrega de declara€‚o de substitui€‚o ou de reclama€‚o graciosa, impreterivelmente at• ao dia 29 de Abril do corrente

ano (120 dias apŒs a entrada em vigor da Lei do OE/2008), conforme n.Žs 1 e 4 do artigo 70.Ž do CPPT.

Por outro lado, e tendo em vista a minimiza€‚o de eventuais situa€…es de contencioso administrativo, devem os chefes dos Servi€os de Finan€as dar

a maior prioridade e celeridade no tratamento das declara€…es que venham a ser apresentadas com esta finalidade, de forma a possibilitar a sua rƒpida
liquida€‚o.

2.2. Sujeitos passivos de IRC

No tocante aos sujeitos passivos deste imposto que, porventura, se sintam lesados relativamente „ forma como os subs†dios „ explora€‚o auferidos em
2006 foram tributados, o procedimento a adoptar deve ser ajustado em fun€‚o de ter existido ou n‚o liquida€‚o adicional por parte dos servi€os.

Assim, os sujeitos passivos cujo lucro tributƒvel do exerc†cio de 2006 n‚o tenha sido objecto de correc€‚o oficiosa, podem adoptar um dos seguintes
procedimentos:

a) Entrega de declara€‚o de substitui€‚o at• ao ‹ltimo dia ‹til do m•s de Maio do corrente ano, conforme n.Ž 2 do artigo 114.Ž do CŒdigo do IRC;

b) Dedu€‚o de reclama€‚o graciosa da autoliquida€‚o, no prazo de dois anos apŒs a apresenta€‚o da declara€‚o Modelo 22 relativa ao exerc†cio de 2006,
conforme n.Ž 1 do artigos 131.Ž do CPPT.

Nos casos em que tenha havido liquida€‚o adicional por parte dos servi€os, os sujeitos passivos que eventualmente se sintam lesados relativamente „
forma como os subs†dios „ explora€‚o auferidos em 2006 foram tributados, podem, „ semelhan€a do jƒ referido para o IRS, proceder „ entrega de
reclama€‚o graciosa at• ao dia 29 de Abril do corrente ano.

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3. Rendimentos dos anos de 2005 e anteriores – sujeitos passivos de IRS e de IRC

De acordo com o teor do jƒ referido Despacho n.Ž 1223/2007-XVII, de 2007-10-30, do Secretƒrio de Estado dos Assuntos Fiscais, o entendimento a†
plasmado aplica-se exclusivamente „s situa€…es em que os contribuintes atempadamente apresentaram reclama€‚o graciosa contra a liquida€‚o de
imposto (IRS ou IRC), por discordarem do enquadramento que „ data foi dado, em sede do regime simplificado de tributa€‚o, aos subs†dios „ explora€‚o
que haviam recebido.

Consequentemente, n‚o constitui o referido Despacho fundamento para a aprecia€‚o de quest…es que em devido tempo n‚o tenham sido suscitadas
atrav•s do meio prŒprio para o fazer – a interposi€‚o de reclama€‚o graciosa.

Por outro lado, e tendo em vista o esclarecimento dos servi€os em sede da aprecia€‚o destas reclama€…es graciosas, em anexo ao presente
Of†cio-Circulado divulga-se um Memorando, s†ntese da informa€‚o n.Ž 1282/2007 da Direc€‚o de Servi€os do IRC (para a qual remete o Despacho do
Secretƒrio de Estado dos Assuntos Fiscais), e relativamente ao qual n‚o se poderƒ deixar de fazer as necessƒrias ressalvas face ao IRS, nomeadamente
no que se refere ao coeficiente de tributa€‚o de 45% que, em sede deste imposto, • de 65%.

4. Procedimento contra-ordenacional associado • entrega das declaraƒ†es de rendimentos, de substituiƒ„o

N‚o obstante o disposto no artigo 116.Ž do Regime Geral das Infrac€…es Tributƒrias, n‚o se pode descurar que, para as situa€…es visadas no presente
Of†cio-Circulado, a entrega de uma declara€‚o de substitui€‚o para o ano de 2006, seja por parte de um sujeito passivo de IRS ou de um sujeito passivo de
IRC, apenas se destina a dar cumprimento ao novo enquadramento tributƒrio dos subs†dios „ explora€‚o, introduzido pela Lei do Or€amento do Estado
para 2008, embora com efeitos reportados a 2006-01-01.

Assim, e no tocante „s declara€…es de IRS Modelo 3, de substitui€‚o, hƒ que atender ao disposto no Of†cio-Circulado n.Ž 60037/2004, de 18 de Outubro, da
Šrea da Justi€a Tributƒria, que as isenta da aplica€‚o de coima.

Quanto „s declara€…es Modelo 22 que nos mesmos moldes venham a ser entregues pelos sujeitos passivos de IRC, foi sancionado pelo meu despacho de
14 de Janeiro de 2008, proferido na informa€‚o n.Ž 16-GAB/2007, o entendimento segundo o qual, por uma quest‚o de igualdade de tratamento, n‚o lhes
serƒ aplicada qualquer coima, desde que se destinem exclusivamente a dar cumprimento ao novo enquadramento tributƒrio dos subs†dios „ explora€‚o.

ANEXO C
DECLARAÇÉO MODELO 22
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REGI”ES AUTONOMAS
Este Anexo ˆ obrigatoriamente apresentado:

1 - Por qualquer pessoa colectiva ou equiparada, com sede ou direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s, que possua sucursais, delega€…es, ag•ncias,
escritŒrios, instala€…es ou qualquer forma de representa€‚o permanente sem personalidade jur†dica prŒpria em mais de uma circunscri€‚o.

Entende-se por circunscri€‚o, o territŒrio do continente ou de uma regi‚o autŒnoma, consoante o caso.

2 - Pelos sujeitos passivos n‚o residentes com estabelecimentos estƒveis em mais de uma circunscri€‚o.

3 - Pelos sujeitos passivos que tenham rendimentos imputƒveis „ Regi‚o AutŒnoma dos A€ores, nos termos do Decreto Legislativo Regional n.Ž 2/99/A de
20 de Janeiro, e/ou rendimentos imputƒveis „ Regi‚o AutŒnoma da Madeira, nos termos do Decreto Legislativo Regional n.Ž 2/2001/M de 20 de Fevereiro e
como tal suscept†veis de beneficiarem da aplica€‚o das taxas regionais.

Quando utilizado, deve acompanhar a declara€‚o modelo 22, assinalando o campo 3 do quadro 04.3 da referida declara€‚o, n‚o podendo ser apresentado
separadamente.

Na declara€•o de 2009, procedeu-se a uma reformula€•o do Anexo C, o qual passa a conter 3 Quadros para as seguintes situa€Šes:

 Quadro 04: aplica€•o do regime geral e das taxas regionais

 Quadro 05: aplica€•o das taxas regionais a outros regimes (que n•o o geral)

 Quadro 06: aplica€•o do regime geral sem aplica€•o das taxas regionais

QUADRO 3
REPARTI‰ŠO DO VOLUME ANUAL DE NEG–CIOS
Os valores a indicar nos campos 1, 2 e 3, respeitam ao volume anual, de negŒcios do exerc†cio.

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No cƒlculo n‚o dever‚o ser considerados os rendimentos isentos.

O volume global de negŒcios corresponde ao valor total das transmiss…es de bens e presta€…es de servi€os, com exclus‚o do imposto sobre o valor
acrescentado.

Os rƒcios a calcular nos campos 4 e 5, ser‚o obtidos pela divis‚o dos valores indicados nos campos 2 e 3 pelo valor inscrito no campo 1, respectivamente.

O somatŒrio dos campos 4 e 5 nunca poderƒ ser superior a 1,00.

No caso de sujeitos passivos com estabelecimentos em mais de uma circunscri€•o, o imposto ‡ determinado pela propor€•o entre o volume anual
correspondente ‹s instala€Šes situadas nas RegiŠes Aut‚nomas e o volume anual, total, de neg‚cios n•o isento, do exerc…cio.

422
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QUADRO 4
REGIME GERAL COM APLICA‰ŠO DAS TAXAS REGIONAIS
O quadro 04 destina-se aos sujeitos passivos que re‹nam as condi€…es para aplica€‚o das taxas regionais conforme supra referido e que se encontrem
enquadrados no regime geral.

423
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Exemplo 1
Aplicaƒ„o do regime geral e das taxas regionais

Sujeito passivo enquadrado no regime geral, com sede no continente e instala€…es em ambas as Regi…es AutŒnomas

424
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QUADRO 5
REGIME SIMPLIFICADO E DE REDU‰ŠO DE TAXA COM APLICA‰ŠO DAS TAXAS REGIONAIS
O quadro 05 deve ser preenchido pelos sujeitos passivos que se encontrem nas condi€…es supra referidas e que estejam enquadrados no regime

425
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simplificado ou no regime de redu€‚o de taxa.

Exemplo 2
Aplicaƒ„o das taxas regionais a outros regimes (que n„o o geral)

Sujeito passivo enquadrado no regime simplificado, com sede e ‹nica instala€‚o na Regi‚o AutŒnoma dos A€ores

426
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QUADRO 6
REGIME GERAL SEM APLICA‰ŠO DAS TAXAS REGIONAIS
O quadro 06 • aplicƒvel aos sujeitos passivos que se encontrem nas condi€…es acima referidas mas relativamente aos quais n‚o sejam aplicƒveis as taxas

427
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regionais, como por exemplo: sujeitos passivos tributados segundo o regime especial de tributa€‚o de grupos de sociedades e institui€…es financeiras.

Exemplo 3
Aplicaƒ„o do regime geral sem aplicaƒ„o das taxas regionais

Grupo de sociedades com sede na R. A. A€ores e instala€…es na R.A. Madeira e continente

428
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Quadro 10 da declara€•o Modelo 22: ‡ necessƒrio efectuar a distribui€•o da colecta pelas diferentes circunscri€Šes:

429
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OPERACIONALIDADE DOS DIPLOMAS QUE ESTABELECEM REDU‰ŠO DE TAXA DO IRC PARA AS REGI”ES
AUT–NOMAS
Sede nos A€ores e
Sede no continente Sede no continente Sede no continente Sede na Madeira e Sede na Madeira e
instala€…es em
e instala€…es na R. e instala€…es na R. e instala€…es nas instala€…es no instala€…es na R.
qualquer outra
A. dos A€ores A. da Madeira duas R. A. continente A. dos A€ores
circunscri€‚o
Aplica€‚o da
redu€‚o „ taxa da Sim N•o Sim N•o Sim Sim
R. A. dos Aƒores
Aplica€‚o da
redu€‚o „ taxa da N•o N•o N•o Sim a) Sim a) N•o
R. A. da Madeira
a) a redu€‚o de taxa sŒ • aplicƒvel aos sujeitos passivos do regime geral de determina€‚o do lucro tributƒvel.

Todos os sujeitos passivos que se encontrem nas condi€Šes indicadas na tabela, devem preencher o Quadro 07 do Anexo A da declara€•o modelo 22.

Se a situa€•o corresponde a um “N•o”, apenas dever•o preencher o referido Quadro at‡ ao campo 5, se a sua situa€•o concreta corresponde a um “Sim”,

430
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deverƒ ser preenchido todo o Quadro.

Circular 14/2002 de 9 de Maio

Adaptaƒ„o do sistema fiscal nacional

No uso das compet•ncias que lhe s‚o atribu†das pela Constitui€‚o da Rep‹blica, pelos Estatutos Pol†tico Administrativos e pela Lei de Finan€as das
Regi…es AutŒnomas, as Assembleias Regionais dos A€ores e da Madeira procederam „ adapta€‚o do sistema fiscal nacional „s especificidades regionais.
No que respeita ao Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas, a referida adapta€‚o, para al•m da cria€‚o de benef†cios fiscais, centrou-se na
redu€‚o das taxas gerais.

Raz„o das instruƒ†es

Suscitando-se d‹vidas quanto „ aplica€‚o das disposi€…es que procedem „quela adapta€‚o, esclarece-se o seguinte:

Natureza das reduĠes de taxa

1. As redu€…es de taxa consagradas na legisla€‚o regional emitida no quadro da adapta€‚o do sistema fiscal nacional „s especificidades das Regi…es
AutŒnomas dos A€ores e da Madeira n‚o se configuram como regimes especiais de tributa€‚o relativamente ao regime geral do IRC em que, com as
particularidades decorrentes daquela adapta€‚o, se integram. A aus•ncia de fundamento extra fiscal determina a sua natureza de medida estrutural
tendente a compensar os custos da insularidade.

Aplicaƒ„o das taxas regionais

2. A aplica€‚o das taxas regionais aos sujeitos passivos com domic†lio fiscal nas Regi…es AutŒnomas ou que a† exer€am actividade atrav•s de uma
qualquer forma de representa€‚o permanente opera por forma diversa relativamente a cada uma das Regi…es, de acordo com a legisla€‚o regional
respectiva. Nesta mat•ria, relevam as disposi€…es legais referidas nos n‹meros seguintes.

Taxas aplicŽveis na Regi„o Aut‚noma dos Aƒores

2.1. O Decreto Legislativo Regional n.Ž 2/99/A, de 20 de Janeiro, consagra, no seu artigo 5.Ž, uma redu€‚o de 30% „s taxas nacionais do IRC, aplicƒvel aos
sujeitos passivos com sede ou direc€‚o efectiva na Regi‚o AutŒnoma dos A€ores ou que a† exer€am a sua actividade atrav•s de uma representa€‚o
permanente. Neste ‹ltimo caso, o IRC devido • o que resulta da aplica€‚o da taxa da Regi‚o „ mat•ria colectƒvel determinada pela propor€‚o, no per†odo
de tributa€‚o, entre o volume de negŒcios relativo „s instala€…es situadas nos A€ores e o volume de negŒcios total.

431
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Taxa aplicŽvel na Regi„o Aut‚noma da Madeira

2.2. O Decreto Legislativo Regional n.Ž 2/2001/M, de 20 de Fevereiro, prev• que a taxa do IRC, a que se refere o n.Ž 1 do artigo 80.Ž do respectivo CŒdigo,
para vigorar na Regi‚o AutŒnoma da Madeira • de 29%, relativamente aos exerc†cios iniciados em 2001. Na redac€‚o dada pelo Decreto Legislativo
Regional n.Ž 29-A/2001/M, de 20 de Dezembro, foi a referida taxa reduzida para 27%, sendo aplicƒvel aos exerc†cios iniciados apŒs 1 de Janeiro de 2002. A
taxa regional • aplicƒvel aos sujeitos passivos com domic†lio fiscal na Regi‚o AutŒnoma da Madeira, quando o imposto em causa, nos termos da Lei de
Finan€as das Regi…es AutŒnomas, constitua receita da Regi‚o AutŒnoma.

O artigo 3.Ž do mesmo DLR estabelece, expressamente, que todas as restantes taxas do IRC previstas quer no artigo 80.Ž quer em qualquer outra
disposi€‚o do CŒdigo do IRC permanecem inalteradas. Assim, a taxa regional • aplicƒvel somente aos sujeitos passivos residentes que tenham sede ou
direc€‚o efectiva na Regi‚o AutŒnoma e que exer€am, a t†tulo principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agr†cola, com exclus‚o dos
que estejam abrangidos pelo regime simplificado de determina€‚o do lucro tributƒvel. Quanto aos n‚o residentes, a taxa regional • aplicƒvel somente aos
que exer€am a sua actividade na Regi‚o atrav•s de estabelecimento estƒvel a† situado.

Repartiƒ„o de taxas

2.3. Com base na legisla€‚o citada e tendo em aten€‚o que, no caso de serem aplicadas a taxa geral nacional e uma ou mais taxas regionais ou, ainda,
apenas as taxas regionais, a mat•ria colectƒvel sobre que cada uma incide • determinada pela aplica€‚o „ mat•ria colectƒvel global da percentagem do
volume de negŒcios realizado em cada circunscri€‚o em rela€‚o ao volume negŒcios total, pode estabelecer-se o seguinte quadro relativo „ reparti€‚o das
taxas:

Sede da empresa Estabelecimento Taxa aplicŽvel


Continente R. Aut. A€ores Nacional s/% M.C. do CONT
Regional s/% M.C. da RAA
R. Aut.Madeira Nacional s/% M.C. do CONT.
Nacional s/% M.C. da RAM
R. Aut. A€ores Continente Regional s/% M.C. da RAA
Nacional s/% M.C. CONT
R. Aut. Madeira Regional s/% M.C. da RAA
Nacional s/% M.C. da RAM

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Nacional s/% M.C. da RAM
R. Aut. Madeira Continente Regional s/% M.C. da RAM
Nacional s/% M.C. do CONT
R. Aut. A€ores Regional s/% M.C. da RAM
Regional s/% M.C. da RAA
Apuramento da Mat•ria Colectƒvel
imputƒvel „s Regi…es AutŒnomas

3. Assim, o apuramento da mat•ria colectƒvel imputƒvel a cada circunscri€‚o por parte de empresas que exer€am a sua actividade no territŒrio nacional
atrav•s de estabelecimentos situados em diferentes circunscri€…es • efectuado de forma unitƒria. Este m•todo de reparti€‚o dispensa a elabora€‚o de
contabilidades separadas, sem preju†zo de as empresas que desenvolvam actividade em diversas circunscri€…es deverem organizar a sua contabilidade
por forma a poderem apurar o volume de negŒcios imputƒvel a cada Regi‚o.

4. No tocante „ aplica€‚o das taxas de tributa€‚o autŒnoma a que se refere o artigo 81.Ž do CŒdigo do IRC, por parte de sujeitos passivos que exer€am a
sua actividade em diversas circunscri€…es, deverƒ observar-se o seguinte:

Taxas de tributaƒ„o aut‚noma

4.1. As taxas de tributa€‚o autŒnoma previstas no n.Ž 1 do artigo 81.Ž do CŒdigo do IRC s‚o, de acordo com a legisla€‚o regional emitida no quadro da
adapta€‚o do sistema fiscal nacional „s especificidades das Regi…es AutŒnomas:

- Reduzidas de 30% relativamente aos sujeitos passivos domiciliados ou com representa€‚o permanente na Regi‚o AutŒnoma dos A€ores;

- Mantidas inalteradas relativamente aos sujeitos passivos domiciliados ou com representa€‚o permanente na Regi‚o AutŒnoma da Madeira.

4.2. As taxas de tributa€‚o autŒnoma previstas no n.Ž 3 do artigo 81.Ž do CŒdigo do IRC s‚o, de acordo com a legisla€‚o regional aplicƒvel, determinadas
na percentagem de 20% da taxa normal mais elevada do IRC que, no exerc†cio a que respeitem, vigorar na circunscri€‚o a que corresponde a receita do
IRC

Assim, relativamente aos exerc†cios iniciados a partir de 1 de Janeiro de 2001 e de 2002, as taxas aplicƒveis „s despesas e encargos a que se refere

433
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Assim, relativamente aos exerc†cios iniciados a partir de 1 de Janeiro de 2001 e de 2002, as taxas aplicƒveis „s despesas e encargos a que se refere
aquela disposi€‚o legal s‚o as seguintes:

Regi„o Exerc…cio Taxa aplicŽvel


R. Aut. dos A€ores 2001 20% x (32% x 70%) = 4,48%
2002 20% x (30% x 70%) = 4,2%
R. Aut. da Madeira 2001 20% x 29% = 5,8%
2002 20% x 27% = 5,4%

434
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2002 20% x 27% = 5,4%

Imputa€‚o de despesas e encargos „s Regi…es AutŒnomas

4.3. No caso de o sujeito passivo possuir instala€…es em mais do que uma circunscri€‚o, a base tributƒvel sobre que incidem as taxas de tributa€‚o
autŒnoma • constitu†da pela reparti€‚o proporcional, em fun€‚o do volume de negŒcios imputƒvel a cada Regi‚o AutŒnoma, das despesas e encargos a
que se referem, respectivamente, os n.Žs 1 e 3 do artigo 81.Ž do CŒdigo do IRC.

Retenƒ„o na fonte

5. A redu€‚o das taxas nacionais de IRC prevista na legisla€‚o emitida pela Assembleia Regional dos A€ores tem aplica€‚o generalizada, tanto „s taxas
gerais como especiais - nos termos referidos nos pontos anteriores - como „s taxas de reten€‚o na fonte, quer tenham natureza liberatŒria quer tenham a
natureza de pagamento por conta do imposto devido a final. Salienta-se que a legisla€‚o regional da Madeira limita a redu€‚o de taxa do IRC apenas „
prevista no n.Ž 1 do artigo 80.Ž do respectivo CŒdigo, estabelecendo que todas as restantes taxas do IRC, previstas quer no artigo 80.Ž quer em qualquer
outra disposi€‚o do CŒdigo do IRC, permanecem inalteradas.

Nos termos do DLR 3/2001/M, de 22 de Fevereiro, apenas hƒ lugar „ redu€‚o das taxas gerais de IRS com reflexo nas tabelas de reten€‚o a que se refere
o Decreto-Lei n.Ž 42/91, de 22 de Janeiro. Nestes termos, as taxas de reten€‚o relativas a rendimentos sujeitos a IRC gerados na Regi‚o AutŒnoma da
Madeira s‚o, em qualquer caso, id•nticas „s aplicƒveis no Continente.

Assim,

N„o residentes sem estabelecimento estŽvel

5.1. Estando em causa reten€…es sobre rendimentos obtidos na Regi‚o AutŒnoma dos A€ores por entidades n‚o residentes sem estabelecimento estƒvel
em territŒrio portugu•s, a taxa aplicƒvel • a prevista nas diversas al†neas do n.Ž 2 do artigo 80.Ž do CŒdigo do IRC, reduzida de 30%. Tratando-se de
rendimentos prediais, aplica-se-lhes a taxa de reten€‚o do IRS que vigorar na Regi‚o.

Para o efeito relevam as regras de conex‚o fiscal constantes do n.Ž 3 do artigo 4.Ž do CŒdigo do IRC.

Entidades com sede ou estabelecimento estŽvel na Regi„o Aut‚noma dos Aƒores

5.2. Relativamente a rendimentos obtidos por entidades com sede ou direc€‚o efectiva nos A€ores tributados em IRC por reten€‚o na fonte a t†tulo
definitivo, a taxa aplicƒvel • a prevista no n.Ž 4 do artigo 80.Ž do CŒdigo do IRC, ou outra legalmente aplicƒvel, reduzida de 30%.

435
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5.3. Nos restantes casos, em que a reten€‚o tenha natureza de pagamento por conta, deverƒ esta efectuar-se de acordo com as taxas de reten€‚o do IRS
que vigorem na Regi‚o, sempre que os titulares dos rendimentos sejam sujeitos passivos de IRC com sede, direc€‚o efectiva ou estabelecimento estƒvel
situado na Regi‚o AutŒnoma dos A€ores, ainda que exer€am a sua actividade em mais do que uma circunscri€‚o

A redu€•o de taxa prevista para a Regi•o Aut‚noma da Madeira opera apenas sobre a taxa do regime geral. Assim, quando o sujeito passivo estƒ
enquadrado no regime simplificado, apenas aproveita a redu€•o de taxa sobre os rendimentos obtidos na Regi•o Aut‚noma dos A€ores.

Mat•ria colectƒvel: 120.000 X 0,2 = 24.000

Colecta „ taxa normal: 4.800 = (24.000 X 20%)

Colecta com aplica€‚o das taxas regionais:

A€ores: 0,25 X 4.800 X 0,7 = 840

Colecta restante. (1 – 0,25) X 4.800 = 3.600

Colecta total 4.440

O Anexo C deve acompanhar a declara€•o modelo 22, assinalando o campo 3 do Quadro 04.5 do rosto da referida declara€•o, n•o podendo ser
apresentado separadamente.

INFORMAÇÉO EMPRESARIAL SIMPLIFICADA / DECLARAÇÉO ANUAL DE


INFORMAÇÉO CONTABILISTICA E FISCAL
INDICA‡¢ES GERAIS

FOLHA DE ROSTO

QUADRO 01 - Per†odo de Tributa€‚o

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QUADRO 02 - Šrea da sede, direc€‚o efectiva ou estabelecimento estƒvel

QUADRO 03 - Identifica€‚o do Sujeito Passivo

QUADRO 04 - Designa€‚o da Actividade EconŒmica e Estabelecimentos

QUADRO 05 - Anexo que devem acompanhar a declara€‚o

QUADRO 06 - Declara€…es especiais

QUADRO 07 - Tipo de declara€‚o

QUADRO 08 - Situa€‚o da Empresa

QUADRO 09 - Identifica€‚o do Sujeito Passivo ou Representante Legal e do TOC

QUADRO 10 - Acontecimentos Marcantes

ANEXO A - ENTIDADES RESIDENTES QUE EXER‡AM, A TŸTULO PRINCIPAL, ACTIVIDADE DE NATUREZA COMERCIAL, INDUSTRIAL OU
AGRŸCOLA E NˆO RESIDENTES COM ESTABELECIMENTO ESTŠVEL

QUADRO 01 - N.Ž de Identifica€‚o Fiscal

QUADRO 02 - Exerc†cio

QUADRO 03 - Demonstra€‚o dos Resultados por Naturezas

QUADRO 04 - Balan€o

QUADRO 05 - Anexo ao Balan€o e „ Demonstra€‚o dos Resultados

QUADRO 06 - Outras informa€…es contabil†sticas e fiscais

QUADRO 07 - Delibera€‚o de Aprova€‚o de Contas - aplica€‚o dos resultados conforme delibera€‚o que aprovou as contas do exerc†cio

437
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QUADRO 08 - RelatŒrio de Gest‚o / Parecer do žrg‚o de Fiscaliza€‚o / Certifica€‚o Legal das Contas

QUADRO 09 - Mais-Valias: Reinvestimento dos Valores de Realiza€‚o

QUADRO 10 - Opera€…es com entidades relacionadas (territŒrio nacional)

QUADRO 11 - Com•rcio ElectrŒnico

ANEXO A 1 - CONTAS CONSOLIDADAS

QUADRO 01 - N.Ž de Identifica€‚o Fiscal

QUADRO 02 - Exerc†cio

QUADRO 03 - Demonstra€‚o Consolidada dos Resultados Por Naturezas

QUADRO 04 - Balan€o Consolidado

QUADRO 05 - Anexo ao Balan€o e „ Demonstra€‚o dos Resultados Consolidados

QUADRO 07 - Delibera€‚o de Aprova€‚o de Contas Consolidadas

QUADRO 08 - RelatŒrio Consolidado de Gest‚o / Parecer do žrg‚o de Fiscaliza€‚o / Certifica€‚o Legal das Contas Consolidadas

ANEXO B - Empresas do Sector Financeiro (Decreto-Lei n.Ž 298/92, de 31 de Dezembro)

QUADRO 01 - N.Ž de Identifica€‚o Fiscal

QUADRO 02 - Exerc†cio

QUADRO 02-A - A contabilidade encontra-se organizada conforme

QUADRO 03 - Demonstra€‚o de resultados - NCA

QUADRO 03-A - Demonstra€‚o de resultados - PCSB

438
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QUADRO 04 - Balan€o - NCA

QUADRO 04-A - Balan€o - PCSB

QUADRO 05 - Anexo ao balan€o e „ demonstra€‚o de resultados

QUADRO 06 - Outras informa€…es contabil†sticas e fiscais

QUADRO 07 - Delibera€‚o de aprova€‚o de contas - aplica€‚o dos resultados conforme delibera€‚o que aprovou as contas do exerc†cio

QUADRO 08 - RelatŒrio de gest‚o / Parecer do Œrg‚o de fiscaliza€‚o / Certifica€‚o legal das contas

QUADRO 09 - Mais-valias: reinvestimento dos valores de realiza€‚o

QUADRO 10 - Opera€…es com entidades relacionadas (territŒrio nacional)

QUADRO 11 - Com•rcio electrŒnico

ANEXO C - Empresas do Sector Segurador (Decreto-Lei n.Ž 94-B/98, de 17 de Abril)

QUADRO 01 - N.Ž de Identifica€‚o Fiscal

QUADRO 02 - Exerc†cio

QUADRO 03 - Conta de ganhos e perdas - Conta t•cnica do seguro n‚o vida

QUADRO 04 - Conta de ganhos e perdas - Conta t•cnica do seguro vida

QUADRO 05 - Conta de ganhos e perdas - Conta n‚o t•cnica

QUADRO 06 - Balan€o

QUADRO 07 - Anexo ao balan€o e „ conta de ganhos e perdas

QUADRO 08 - Outras informa€…es contabil†sticas e fiscais

439
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QUADRO 09 - Delibera€‚o de aprova€‚o de contas

QUADRO 10 - RelatŒrio de gest‚o/Parecer do Œrg‚o de fiscaliza€‚o/Certifica€‚o legal das contas

QUADRO 11 - Mais-valias: reinvestimento dos valores de realiza€‚o

QUADRO 12 - Opera€…es com entidades relacionadas (territŒrio nacional)

QUADRO 13 - Com•rcio electrŒnico

ANEXO C 1 - CONTAS CONSOLIDADAS

QUADRO 01 - N.Ž de Identifica€‚o Fiscal

QUADRO 02 - Exerc†cio

QUADRO 03 - Conta de ganhos e perdas consolidados - Conta t•cnica do seguro n‚o vida

QUADRO 04 - Conta de ganhos e perdas consolidados - Conta t•cnica do seguro de vida

QUADRO 05 - Conta de ganhos e perdas consolidados - Conta n‚o t•cnica

QUADRO 06 - Balan€o consolidado

QUADRO 07 - Anexo ao balan€o e „ conta de ganhos e perdas consolidados

QUADRO 08 - Delibera€‚o de aprova€‚o de contas consolidadas

QUADRO 09 - RelatŒrio consolidado de gest‚o/Parecer do Œrg‚o de fiscaliza€‚o/Certifica€‚o legal das contas consolidadas

ANEXO D - ENTIDADES RESIDENTES QUE NˆO EXER‡AM, A TŸTULO PRINCIPAL, ACTIVIDADE COMERCIAL, INDUSTRIAL OU AGRŸCOLA

QUADRO 01 - N.Ž de Identifica€‚o Fiscal

QUADRO 02 - Exerc†cio

440
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QUADRO 03 - Rendimentos Comerciais, Industriais ou Agr†colas

QUADRO 04 - Rendimentos de Capitais

QUADRO 05 - Rendimentos Prediais

QUADRO 06 - Mais-Valias

QUADRO 07 - Apuramento da Mat•ria Colectƒvel

ANEXO E - ENTIDADES NˆO RESIDENTES SEM ESTABELECIMENTO ESTŠVEL

QUADRO 02 - Exerc†cio

QUADRO 03 - Rendimentos Prediais

QUADRO 04 - Mais-Valias

QUADRO 05 - Outros Rendimentos

ANEXO F - BENEFŸCIOS FISCAIS

QUADRO 03 - Rendimentos Isentos

QUADRO 04 - Dedu€…es ao Rendimento

QUADRO 05 - Dedu€…es ao Lucro Tributƒvel

QUADRO 06 - Dedu€…es „ Colecta

QUADRO 07 - Mecenato

QUADRO 08 - Incentivos Fiscais „ Interioridade (art.Ž 43.Ž do EBF) sujeitos „ regra de MINIMIS

QUADRO 09 - Incentivos Fiscais „ Interioridade Ligados ao Investimento Sujeitos „s Taxas Mƒximas de Aux†lios Regionais (art.Ž 43.Ž do EBF)

441
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ANEXO G - REGIMES ESPECIAIS

QUADRO 03 - Regime de Transpar•ncia Fiscal

ANEXO H - OPERA‡¢ES COM NˆO RESIDENTES

QUADRO 03 - Pre€os de Transfer•ncia, regime Fiscal Privilegiado e Subcapitaliza€‚o

QUADRO 04 - Rendimentos Obtidos no Estrangeiro

ANEXO I - SUJEITOS PASSIVOS SINGULARES COM CONTABILIDADE ORGANIZADA

QUADRO 04 - Identifica€‚o do(s) Sujeito(s) Passivo(s)

QUADRO 05 - Demonstra€‚o dos Resultados

QUADRO 06 - Custo das Mercadorias Vendidas e das Mat•rias Consumidas

QUADRO 07 - Varia€‚o da Produ€‚o

QUADRO 08 - Balan€o

QUADRO 09 - Opera€…es com entidades relacionadas e/ou entidades sujeitas a regime fiscal privilegiado

QUADRO 10 - Rendimentos auferidos no exerc†cio de uma actividade de presta€‚o de servi€os, por conta prŒpria

QUADRO 11 - Discrimina€‚o por actividades

QUADRO 12 - Outras informa€…es contabil†sticas e fiscais

QUADRO 13 - Com•rcio ElectrŒnico

QUADRO 14 - Mais-Valias: Reinvestimento dos Valores de Realiza€‚o

QUADRO 15 - Parecer do ROC

442
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QUADRO 16 - Aplica€‚o dos Resultados

ANEXO L - ELEMENTOS CONTABILŸSTICOS E FISCAIS

QUADRO 01 - N‹mero de Identifica€‚o Fiscal

QUADRO 02 - Ano

QUADRO 03 - Opera€…es Internas Activas

QUADRO 04 - Opera€…es Internas Passivas

QUADRO 05 - Opera€…es com o Exterior

QUADRO 06 - Desenvolvimento do Imposto Dedut†vel por Taxas

QUADRO 07 - Recebimentos Antecipados

QUADRO 08 - Opera€…es localizadas em Portugal, quando o fornecedor n‚o tenha aqui Sede ou Representa€‚o

QUADRO 09 - Opera€…es fora do campo do imposto

ANEXO M - OPERA‡¢ES REALIZADAS EM ESPA‡O DIFERENTE DA SEDE

QUADRO 03 - Localiza€‚o das Opera€…es

QUADROS 04, 05, 06, 07 e 08

ANEXO N - REGIMES ESPECIAIS

QUADRO 03 - Regimes Particulares

QUADRO 04 - Opera€…es sujeitas a legisla€‚o especial

ANEXO O - MAPA RECAPITULATIVO DE CLIENTES

443
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QUADRO 01 - N‹mero de Identifica€‚o Fiscal

QUADRO 02 - Ano a que respeita

QUADRO 03 - Rela€‚o dos Clientes dos Bens e ou Servi€os

ANEXO P - MAPA RECAPITULATIVO DE FORNECEDORES

QUADRO 01 - N‹mero de Identifica€‚o Fiscal

QUADRO 02 - Ano a que respeita

QUADRO 03 - Rela€‚o dos Fornecedores dos Bens e ou Servi€os

ANEXO Q - IMPOSTO DO SELO

QUADRO 01

QUADRO 02 - N‹mero de Identifica€‚o Fiscal

QUADRO 03 - Ano

QUADRO 04 - Opera€…es e factos sujeitos a Imposto do Selo

QUADRO 05 - Imposto do Selo Compensado

QUADRO 06 - N‹mero e Valor l†quido Contabil†stico dos ImŒveis

QUADRO 07 - Participa€…es Financeiras

ANEXO R - ESTABELECIMENTOS DA EMPRESA

QUADRO 01 - N.Ž de Identifica€‚o

QUADRO 02 - Exerc†cio

444
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QUADRO 03 - N‹mero de estabelecimentos da empresa

QUADRO 04 - Estabelecimentos localizados no territŒrio nacional

QUADRO 05 - Estabelecimentos localizados fora do territŒrio nacional

ANEXO S - ESTABELECIMENTOS DA EMPRESA

QUADRO 01 - N.Ž de Identifica€‚o Fiscal

QUADRO 02 - Exerc†cio

QUADRO 03 - A contabilidade encontra-se organizada conforme

QUADRO 04 - Balc…es da Institui€‚o Financeira

QUADRO 05 - Contas NCA

QUADRO 05-A - Contas PCSB

ANEXO T - ESTABELECIMENTOS DA EMPRESA

QUADRO 01 - N.Ž de Identifica€‚o Fiscal

QUADRO 02 - Exerc†cio

QUADRO 03 - Estabelecimentos da Empresa Seguradora

QUADRO 04 - Contas - PCES

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INDICAÇÖES GERAIS
As presentes instru€…es DEVEM SER RIGOROSAMENTE OBSERVADAS, de forma a eliminar defici•ncias de preenchimento que, frequentemente,
ocasionam ac€…es de fiscaliza€‚o e dificuldades no tratamento informƒtico e estat†stico que podem ser facilmente evitƒveis.

Com a publica€‚o do Decreto-Lei n.Ž 8/2007, de 17 de Janeiro, foi criada a Informa€‚o Empresarial Simplificada (lES).

Este decreto-lei concretiza novas medidas de eliminaۥo e simplificaۥo de actos no sector do registo comercial e dos actos notariais conexos.

Cria a Informa€•o Empresarial Simplificada (IES), que agrega num †nico acto o cumprimento de quatro obriga€Šes legais pelas empresas que se
encontravam dispersas e nos termos das quais era necessƒrio prestar informa€•o materialmente id„ntica a diferentes organismos da Administra€•o P†blica
por quatro vias diferentes.

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Que agrega num ‹nico acto o cumprimento das seguintes obriga€…es:

Entrega da declara€‚o anual de informa€‚o contabil†stica e fiscal prevista na al†nea c) do n.Ž 1 do artigo 109.Ždo CIRC e no n.Ž 1 do artigo 113.Ž do
CIRS, quando respeite a pessoas singulares titulares de estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada (EIRL);

Registo da presta€‚o de contas junto das conservatŒrias do registo comercial (n.Ž 1 do artigo 15.Ž do CŒdigo do Registo Comercial);

Presta€‚o de informa€‚o de natureza estat†stica ao Instituto Nacional de Estat†stica (n.Ž 1 do artigo 6.Ž da Lei do Sistema Estat†stico Nacional);

Presta€‚o de informa€‚o relativa a dados contabil†sticos anuais para fins estat†sticos ao Banco de Portugal (artigo 13.Ž da Lei Org’nica do Banco
de Portugal).

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Com o regime agora aprovado, todas estas obriga€Šes passam a cumprir-se integralmente com o envio electr‚nico da informa€•o contabil…stica sobre as
empresas, realizado uma †nica vez:

• A entrega da declara€•o anual de informa€•o contabil…stica e fiscal

• O registo da presta€•o de contas

• A presta€•o de informa€•o de natureza estat…stica ao Instituto Nacional de Estat…stica (INE)

• A presta€•o de informa€•o relativa a dados contabil…sticos anuais para fins estat…sticos ao Banco de Portugal

As obriga€…es fiscais previstas no n.Ž 1 do artigo 113.Ž do CIRS, quando respeite a pessoas singulares que n„o sejam titulares de estabelecimentos
individuais de responsabilidade limitada (EIRL), nas al†neas d), e) e f) do n.Ž 1 do artigo 28.Ž do CIVA e no n.Ž 1 do artigo 52.Ž e artigo 56.Ž do CŒdigo do
Imposto do Selo (CIS), s‚o cumpridas atrav•s do envio da Declara€‚o Anual de informa€‚o contabil†stica e fiscal (DA)

A lES / DA deve ser enviada pelos seguintes sujeitos passivos:

Sujeitos Passivos de IRS que possuam ou devam possuir contabilidade organizada;

• Sujeitos Passivos de IRS que apesar de n‚o possu†rem contabilidade organizada, devam enviar qualquer um dos anexos que integram a
declara€‚o (por ex.: anexo L, etc.);

• Sujeitos Passivos de IRC, incluindo as entidades ou organismos p‹blicos, que devam enviar qualquer um dos anexos que integram a declara€‚o.

O cumprimento das obriga€…es legais previstas na lES / DA • efectuado obrigatoriamente atrav•s do envio da respectiva informa€‚o para o Minist•rio das
Finan€as (DGCI), por transmiss‚o electrŒnica de dados (Internet), atrav•s do endere€o www.e-financas.gov.pt.

Para o envio da lES/DA devem ser observadas as normas definidas na Portaria n.Ž 499/2007, de 30 de Abril e na Portaria n.€ 1339/2005, de 30 de
Dezembro, respectivamente.

A lES / DA deve ser enviada at• ao •ltimo dia •til do m‡s de Junho. Para os sujeitos passivos do IRC que adoptem um per†odo de tributaƒ„o diferente
do ano civil, deverƒ ser apresentada at• ao ‹ltimo dia ‹til do sexto m‡s seguinte „ data do termo desse per†odo, reportando-se a informa€‚o ao per†odo
de tributa€‚o para efeitos dos anexos de IRC e, para efeitos dos anexos do IVA e do Imposto do Selo ao ano civil cujo termo naquele per†odo se inclua.

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No caso de cessaƒ„o da actividade, nos termos do n.Ž 5 do artigo 8.Ž do CIRC, a IES relativa ao exerc†cio em que a mesma se verificou deve ser
apresentada no prazo referido no n.Ž 3 do artigo 112.Ž (30 dias), aplicando-se igualmente esse prazo para a apresenta€‚o ou envio da declara€‚o relativa
ao exerc†cio imediatamente anterior, quando ainda n‚o tenham decorrido os prazos mencionados nos n.Žs 2 e 3 do artigo 113Ž do CIRC.

Aplica-se ‹s situa€Šes em que a cessa€•o de actividade para efeitos de IRC, ocorre antes de 31 de Maio

Exemplo:

Cessa€‚o em 2008/03/31

Terƒ de enviar a modelo 22 e a IES, dos exerc†cios de 2007 e 2008 at• 2008/04/30

Para o envio da Declara€‚o anual de informa€‚o contabil†stica e fiscal relativa a anos/exerc†cios anteriores a 2006, devem proceder do seguinte modo:


Primeiras declara€…es para os anos/exerc†cios de 1999 a 2002, inclusive, devem ser enviadas atrav•s da aplica€‚o da Declara€‚o Anual
disponibilizada em 2006 (impressos vigentes em 2006);


Primeiras declara€…es para os anos/exerc†cios de 2003 a 2005, inclusive, devem ser enviadas atrav•s da aplica€‚o da lES/DA


Declara€…es de substitui€‚o para os anos/exerc†cios de 1999 a 2005, inclusive, podem ser enviadas atrav•s de qualquer uma das duas aplica€…es
dispon†veis (por op€‚o do sujeito passivo);

Os sujeitos passivos de IRC abrangidos pelo Regime Simplificado de Determinaƒ„o do Lucro TributŽvel devem entregar o anexo A. Sempre que se
encontrem na situa€‚o de usufruir qualquer benef†cio fiscal, devem ainda apresentar o anexo F.

Os anexos A, B, C e I devem ser entregues enquanto n‚o for declarada a cessa€‚o de actividade, ainda que, durante o ano a que os mesmos se reportam,
n‚o tenham sido realizadas opera€…es. Os restantes anexos sŒ devem ser apresentados pelos sujeitos passivos que tenham realizado opera€…es
suscept†veis de serem mencionadas nos respectivos anexos.

Os anexos A1, B1 e C1 (modelos n‚o oficiais) devem ser enviados pela empresa-m‚e, n‚o devendo ser acompanhados de qualquer outro anexo. Devem
ser enviados apenas para o exerc†cio de 2006 e seguintes.

Nos termos do artigo 129.Ž do CIRS e do artigo 121.Ž do CIRC deve ser constitu†do um processo de documenta€‚o fiscal (DOSSIER FISCAL), que deverƒ
conter os documentos constantes do mapa anexo „ Portaria n.Ž 359/2000, de 20 de Junho. Este Dossier deve ser constitu†do at• „ data limite de entrega da

449
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IES/Declara€‚o anual e, em regra, deve ser mantido no domic†lio do sujeito passivo.

As excep€…es previstas dizem respeito aos sujeitos passivos que de acordo com o despacho n.Ž 5515/2005, de 2 de Mar€o, do Secretƒrio de Estado dos
Assuntos Fiscais, publicado no Diƒrio da Rep‹blica, 2~ s•rie, n.Ž 52, de 15 de Mar€o de 2005, devam ser inspeccionados pela Direc€‚o de Servi€os de
Inspec€‚o Tributƒria (DSIT) e „s sociedades abrangidas pelo Regime Especial de Tributa€‚o dos Grupos de Sociedades (artigo 63.Ž do CIRC) que devem
proceder „ entrega do referido Dossier num Servi€o de Finan€as.

O Dossier Fiscal pode ainda ser entregue na Direc€‚o de Servi€os de Inspec€‚o Tributƒria (DSIT) — Av. Duque de Švila, n.Ž 71, 1150-021 LISBOA, sempre
que a empresa deva ser inspeccionada por aquela Direc€‚o de Servi€os.

A identifica€‚o das empresas referidas no despacho n.Ž 5515/2005, de 2 de Mar€o, do Secretƒrio de Estado dos Assuntos Fiscais, foi publicada no Diƒrio da
Rep‹blica, 2.• s•rie, n.Ž 124, de 30 de Junho de 2005 (Despacho n.Ž 14 412/2005, do Director Geral dos Impostos).

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FOLHA DE ROSTO

QUADRO 01
Per…odo de Tributaƒ„o
Neste quadro deve ser inscrito o per†odo de tributa€‚o para efeitos do IRC, tendo em conta o seguinte:

• O per†odo de tributa€‚o a indicar, em termos gerais, coincide com o ano civil, devendo ser inscrito no formato ano-m•s-dia (exemplo: De
2007/01/01 a 2007/12/31);

• O per†odo de tributa€‚o pode ser inferior a um ano, nos casos previstos nas al†neas a), b), c) e d) do n.Ž 4 do artigo 8.Ž do CIRC;

No campo 2 deve ser assinalado o ano ou exerc†cio a que respeitam os rendimentos.

Os sujeitos passivos do IRC que, nos termos dos nos 2 e 3 do artigo 8.Ž do CIRC, tenham adoptado ou estejam autorizados a praticar um per†odo de
tributa€‚o diferente do ano civil, devem inscrever o ano correspondente ao primeiro dia do per†odo de tributa€‚o.

QUADRO 02
•rea da sede, direcƒ„o efectiva ou estabelecimento estŽvel
Inscrever neste quadro o nome do concelho da ƒrea da sede, direc€‚o efectiva ou estabelecimento estƒvel em que estiver centralizada a contabilidade.

Se se tratar de concelho onde existam vƒrios servi€os de finan€as, indicar tamb•m o respectivo n‹mero (exemplo: Lisboa 2; Sintra 4).

No caso de o sujeito passivo ser um n‚o residente sem estabelecimento estƒvel, o servi€o de finan€as a indicar deve ser o da ƒrea de resid•ncia, sede ou
direc€‚o efectiva do representante legal.

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QUADRO 03
Identificaƒ„o do Sujeito Passivo
Os sujeitos passivos de IRC devem indicar a firma ou denomina€‚o de acordo com o constante no cart‚o de identifica€‚o de pessoa colectiva ou
equiparada, inscrevendo o respectivo n‹mero (NIPC) no campo 2.

Os sujeitos passivos de IRS, ainda que a sua actividade seja exercida no “mbito de Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada
(EIRL), devem indicar o nome do titular dos rendimentos e o n‹mero de identifica€‚o fiscal (n‹mero de contribuinte) que consta do respectivo cart‚o de
contribuinte emitido pelo Minist•rio das Finan€as.

Quando a declara€‚o respeitar „ actividade de heranƒa indivisa, deve ser indicado o nome e o n‹mero equiparado a pessoa colectiva atribu…do •
heranƒa indivisa ou, caso n‚o o tenha ainda sido, o n‹mero de identifica€‚o atribu†do ao autor da heran€a pelo Minist•rio da Justi€a.

Quando, num agregado familiar, dois ou mais membros sejam obrigados ao preenchimento desta declara€‚o, deve ser entregue uma declara€‚o por cada
membro do agregado que a ela esteja obrigado.

QUADRO 04
Designaƒ„o da Actividade Econ‚mica e Estabelecimentos
O cŒdigo de CAE a indicar no campo 1 deve referir-se ao cŒdigo da actividade principal da empresa de acordo com a classifica€‚o portuguesa das
actividades econŒmicas em vigor (Decreto-Lei n.Ž 197, de 27 de Agosto de 2003 - CAE Rev. 2.1).

Actividade econ€mica principal: corresponde „ actividade com maior import’ncia no conjunto das actividades exercidas pela empresa. O crit•rio para a
sua aferi€‚o • o valor acrescentado bruto ao custo dos factores. Na impossibilidade da sua determina€‚o por este crit•rio, considera-se como principal a
que representa o maior volume de negŒcios ou, em alternativa, a que ocupa, com carƒcter de perman•ncia, o maior n‹mero de pessoas ao servi€o.

Sempre que o campo 1 seja preenchido, deve ser obrigatoriamente indicada no campo 2 a percentagem da actividade principal no conjunto das
actividades exercidas. Caso seja exercida apenas uma actividade comercial ou industrial, deve inscrever 100.

452
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No campo 3 deve ser inscrito o cŒdigo mencionado na tabela de actividades aprovada pela Portaria n.Ž 1011/2001, de 21 de Agosto, com as
correspondentes altera€…es e aditamentos introduzidas pela Portaria n.Ž 256/2004, de 9 de Mar€o, correspondente „ actividade exercida.

No campo 4, deve ser indicado o n‹mero total de estabelecimentos que a empresa possui em territŒrio nacional e no estrangeiro, incluindo a sede, ainda
que nos mesmos n‚o seja exercida actividade produtiva.

Estabelecimento: corresponde a uma empresa ou parte de uma empresa (fƒbrica, oficina, mina, armaz•m, loja, escritŒrio, entreposto, sucursal, filial,
ag•ncia, etc.) situada num local topograficamente identificado. Nesse local, ou a partir dele, exercem-se actividades econŒmicas para as quais, regra geral,
uma ou vƒrias pessoas trabalham (eventualmente a tempo parcial) por conta de uma mesma empresa. A sede da empresa deve ser considerada como um
estabelecimento.

QUADRO 05
Anexo que devem acompanhar a declaraƒ„o
Este quadro destina-se „ indica€‚o do n•mero de anexos que acompanham a lES / DECLARA‡ˆO ANUAL DE INFORMA‡AO CONTABILISTICA E
FISCAL.

Anexo A1 – Os documentos referentes „ presta€‚o de contas consolidadas das entidades residentes que exercem, a t†tulo principal, actividade
comercial, industrial ou agr†cola, quer tenham elaborado as suas contas consolidadas em conformidade com o Plano Oficial de Contas, quer tenham
optado por elaborar as suas contas consolidadas em conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade, nos termos do n.Ž 1 do art.Ž 12.Ž do
Decreto-lei n.Ž 35/2005, de 17 de Fevereiro, devem digitalizar os documentos referidos no n.Ž 2 do art.Ž 42.Ž do CŒdigo do Registo Comercial, aprovado pelo
Decreto-Lei n.Ž 403/86, de 3 de Dezembro, e submete-lo como um ficheiro em formato “PDF”.

Anexo B1 - Na sequ•ncia da publica€‚o do Regulamento (CE) n.Ž 1606/2002 e ao abrigo do Decreto-Lei n.Ž 35/2005, as contas consolidadas das entidades
sujeitas „ supervis‚o do Banco de Portugal s‚o elaboradas em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (NIC/NIRF), nos termos
do Aviso n.Ž 1/2005 do Banco de Portugal.

Considerando que estas normas n‚o estabelecem formatos harmonizados para apresenta€‚o das demonstra€…es financeiras ou para a estrutura das notas
constantes do anexo „s contas, os elementos que comp…em as contas consolidadas previstos na lei geral, nomeadamente os referidos no artigo 3.Ž do
Aviso n.Ž 6/2003 do Banco de Portugal, devem ser enviados em formato “PDF”.

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Anexo C1 – Os documentos referentes „ presta€‚o de contas consolidadas das empresas do Sector Segurador (Anexo C1), que tenham elaborado as suas
contas consolidadas em conformidade com o Plano de Contas das Empresas de Seguros (aprovado pela Norma n.Ž 7 do Instituto de Seguros de Portugal),
quer tenham optado por elaborar as suas contas consolidadas em conformidade com as Normas Internacionais de Contabilidade, devem digitalizar os
documentos referidos no n.Ž 2 do art.Ž 42.Ž do CŒdigo do Registo Comercial, aprovado pelo Decreto-Lei n.Ž 403/86, de 3 de Dezembro, e submete-lo como
um ficheiro em formato “PDF”.

As declara€…es que incluam ficheiros em formato “PDF” n‚o podem exceder 5MB.

Relativamente aos anexos a entregar e ao seu preenchimento, consulte as instru€…es de cada anexo.

QUADRO 06
DeclaraĠes especiais
Este quadro n‚o • de preenchimento obrigatŒrio, sendo de assinalar o respectivo campo de acordo com as situa€…es a† previstas.

Campo 1 - Declaraƒ„o de consolidaƒ„o

Deve ser assinalado sempre que se pretenda enviar o Anexo A1, o Anexo B1 ou o Anexo C1

Campo 2 - Declaraƒ„o do per…odo de cessaƒ„o

Deve ser assinalado sempre que a declara€‚o respeite „ declara€‚o do per†odo de cessa€‚o.

Ocorrendo cessaƒ„o de actividade, nos termos do n.€ 5 do artigo 8.€ do CIRC, a declara€‚o de cessa€‚o deve ser apresentada at• ao •ltimo dia •til
do prazo de 30 dias •teis a contar da data do registo do encerramento da liquidaƒ„o, na ConservatŒria do Registo Comercial (C.R.C.).

Caso a liquidaƒ„o da sociedade e o correspondente registo na C.R.C. ocorram no mesmo ano/exerc†cio, os valores a inscrever nos anexos A, B ou C
devem reflectir as operaƒ†es de liquidaƒ„o, imediatamente anteriores „ partilha, devendo a declara€‚o ser considerada de “Cessaƒ„o”;

Caso a liquidaƒ„o da sociedade e o correspondente registo na C.R.C. ocorram em anos/exerc…cios diferentes:

454
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• Para o(s) ano(s)/exerc†cio(s) anterior(es) ao referido registo, os valores a inscrever nos anexos A, B ou C devem reflectir as opera€…es de
liquida€‚o imediatamente anteriores „ partilha, devendo a declara€‚o ser considerada “Normal”;

• Para o ano/exerc†cio em que ocorreu o registo na C.R.C., os anexos A, B ou C podem ser apresentados sem qualquer valor, devendo a declara€‚o
ser considerada de “Cessa€‚o”.

Os restantes anexos da declara€‚o devem deixar de ser apresentados logo que n‚o sejam efectuadas as opera€…es que a† deveriam ser mencionadas.

Os sujeitos passivos de IRS devem apresentar a declara€‚o de cessa€‚o nos termos previstos no artigo 114.Ž do CIRS.

Campos 3 e 4 - Declara€‚o com per†odo especial de tributa€‚o

Devem ser assinalados sempre que o per…odo de tributaƒ„o n„o coincida com o ano civil, nos termos dos n.Žs 2 e 3 do artigo 8.Ž do CIRC. Na declara€‚o
correspondente ao per†odo referido na al†nea d) do n.Ž 4 do artigo 8.Ž deve ser assinalado o campo 3 e nas declara€…es dos exerc†cios seguintes, de acordo
com o per†odo de tributa€‚o adoptado, assinalar sempre o campo 4.

Nos casos de sujeitos passivos com per†odo especial de tributa€‚o, os eventuais anexos do IVA e do Imposto do Selo devem fazer parte integrante da
declara€‚o anual cujo per†odo de tributa€‚o inclua o termo do ano civil.

Campo 5 - Declara€‚o do exerc†cio do in†cio de tributa€‚o

Deve ser assinalado sempre que a declara€‚o respeite „ declara€‚o de exerc†cio de in†cio da tributa€‚o.

QUADRO 07
Tipo de declaraƒ„o
O campo 2 deve ser assinalado sempre que se pretenda substituir um ou mais anexos da declara€‚o.

Regra geral, deve ser enviada a folha de rosto e apenas o(s) anexo(s) que se pretende substituir. Sempre que haja necessidade de substituir o anexo A
ou o anexo R, devem ser enviados ambos os Anexos, mesmo que um deles n„o seja objecto de qualquer alteraƒ„o.

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Procedimento id•ntico deve ser adoptado para cada um destes conjuntos de dois anexos:

• Anexos B e S, anexos C e T e anexos I (apenas quando apresentado pelos EIRL) e R.

Em qualquer dos casos, deve(m) o(s) anexo(s) ser(em) preenchido(s) na †ntegra.

QUADRO 08
Situaƒ„o da Empresa
Este quadro sŒ deve ser preenchido quando a declara€‚o inclua, pelo menos, um dos seguintes anexos: A, 8, C e I (apenas quando preenchido pelos
EIRL).

No campo 1, deve ser indicada a situa€‚o da empresa no final do per†odo identificado no quadro 01, por escolha de uma das seguintes op€…es:

01 - Em actividade;

02 - Fim de actividade;

03 - Dissolvida;

04 - Liquidada.

O c‚digo 02 deve ser indicado para as situa€…es em que a empresa deixou de realizar opera€…es, mas ainda n‚o foi dissolvida, nem liquidada.

O c‚digo 03 deve ser indicado aquando da dissolu€‚o da empresa e at• que a mesma seja liquidada.

Nos casos em que tenha sido assinalado o cŒdigo 02, 03 ou 04, deve ser indicado, no campo 2, a data a partir da qual essa situa€‚o se verificou.

Nas situa€…es que n‚o se integrem nos cŒdigos 02, 03 ou 04, deve ser assinalada a op€‚o “em actividade” (cŒdigo 01) no campo 1 e preenchidos os
campos 3 e 4, “Paragem de actividade” e “Meses”, do quadro 10.

Em qualquer das situa€…es anteriormente referidas devem os anexos A, B, C ou I (EIRL) ser preenchidos, ainda que a empresa n‚o tenha efectuado

456
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qualquer opera€‚o/registo contabil†stico durante o exerc†cio.

QUADRO 09
Identificaƒ„o do Sujeito Passivo ou Representante Legal e do TOC
š obrigatŒria a indica€‚o do N‹mero de Identifica€‚o Fiscal do Representante Legal, da empresa, devendo ter em aten€‚o os seguintes aspectos:

• Os sujeitos passivos de IRS, residentes, devem indicar o seu NIF;

• Os sujeitos passivos de IRS n‚o residentes devem indicar o NIF do Representante nomeado nos termos do artigo 130.Ž do CIRS;

• As entidades n„o residentes sem estabelecimento estƒvel devem indicar os elementos relativos ao representante legal designado nos termos do
artigo 118.Ž do CIRC.

š obrigatŒria a indica€‚o do N‹mero de Identifica€‚o Fiscal do TOC para as entidades sujeitas a imposto sobre o rendimento que possuam ou devam
possuir contabilidade regularmente organizada.

QUADRO 10
Acontecimentos Marcantes
Este quadro sŒ deve ser preenchido quando a declara€‚o inclua, pelo menos, um dos seguintes anexos: A, B, C ou I (apenas quando preenchido por EIRL).

Caso se tenha verificado, no exerc†cio econŒmico, algum acontecimento com efeitos na estrutura da empresa e/ou outro que tenha afectado a
comparabilidade dos dados, devem identificar-se esses acontecimentos atrav•s das op€…es:

Campo 1 - Fus„o

A fus‚o de sociedades encontra-se definida nos artigos 97.Ž e seguintes do CŒdigo das Sociedades Comerciais (CSC):

457
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“Duas ou mais sociedades, ainda que de tipo diverso, podem fundir-se mediante a sua reuni•o numa s‚” (n.ˆ 1 do artigo 97.ˆ do CSC).

“A fus•o pode realizar-se:

• Mediante a transfer„ncia global do patrim‚nio de uma ou mais sociedades para outra, (...);

• Mediante a constitui€•o de uma nova sociedade, para a qual se transferem globalmente os patrim‚nios das sociedades fundidas (...)“(n.ˆ 4 do
artigo 97.ˆ do CSC).

Este campo deve ser assinalado por todas as empresas intervenientes na fus‚o, devendo as mesmas ser identificadas nos campos A0001 (NIF Empresa
Origem) e A0003 (NIF Empresa Destino), conforme a sua posi€‚o em termos de origem ou destino da fus‚o. O NIF da empresa identificada no quadro 03
deve ser devidamente inscrito em pelo menos um dos campos A0001 ou A0003. Os campos A0001 a A0004 – NIF empresa origem e NIF empresa destino
- s‚o flex†veis, permitindo, assim, utilizar tantos campos quanto os necessƒrios.

Campo 2 - Cis„o

A cis‚o de sociedades encontra-se definida nos artigos 118.Ž e seguintes do CSC:

“‘ permitido a uma sociedade:

• Destacar parte do seu patrim‚nio para com ela constituir outra sociedade;

• Dissolver-se e dividir o seu patrim‚nio, sendo cada uma das partes resultantes destinada a constituir uma nova sociedade;

• Destacar partes do seu patrim‚nio ou dissolver-se, dividindo o seu patrim‚nio em duas ou mais partes, para as fundir com sociedades jƒ
existentes ou com partes do patrim‚nio de outras sociedades, separadas por id„nticos processos e com igual finalidade.” (n.ˆ 1 do artigo 118.ˆ
do CSC).

Este campo deve ser assinalado por todas as empresas intervenientes na cis‚o, devendo as mesmas ser identificadas nos campos A0005 (NIF Empresa
Origem) e A0007 (NIF Empresa Destino), conforme a sua posi€‚o em termos de origem ou destino da cis‚o. O NIF da empresa identificada no quadro 03
deve ser devidamente inscrito em pelo menos um dos campos A0005 ou A0007. Os campos A0005 a A0008 – NIF empresa origem e NIF empresa destino
- s‚o flex†veis, permitindo, assim, utilizar tantos campos quanto os necessƒrios.

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Campo 3 - Paragem de actividade.

No caso de ter ocorrido uma paragem na actividade da empresa, n‚o necessita preencher os campos A0001 e A0003, mas deve indicar o n‹mero de
meses de inactividade no campo 4.

Campo 5 - Outros.

Deve indicar quais os acontecimentos no campo 6.

O campo 6 pode assumir os seguintes valores:

01 - Transfer•ncia de parte significativa dos trabalhadores de empresas do grupo, sem cis‚o;

02 - Transfer•ncia de parte significativa dos trabalhadores para empresas do grupo, sem cis‚o;

03 - Alienaƒ„o de parte significativa de patrimŒnio produtivo, sem cis‚o;

04 - Aquisiƒ„o de parte significativa de patrimŒnio produtivo, sem cis‚o,

05 - Encerramento de parte significativa de patrimŒnio produtivo, sem cis‚o;

06 - Transfer•ncia total ou parcial de actividade de outra empresa, sem cis‚o;

07 - Transfer•ncia total ou parcial de actividade para outra empresa, sem cis‚o;

08 - Mudan€a de actividade com manuten€‚o da actividade da empresa original e com cria€‚o de outra empresa;

09 - Mudan€a de actividade com manuten€‚o da actividade da empresa original e sem cria€‚o de outra empresa;

10 - Outros acontecimentos.

Para os acontecimentos que envolvem outras empresas devem as mesmas ser identificadas nos campos A0009 (NIF Empresa Origem) e A00011 (NIF
Empresa Destino), conforme a sua posi€‚o em termos de origem ou destino do acontecimento, respectivamente. Os campos A0009 a A00012 – NIF
empresa origem e NIF empresa destino - s‚o flex†veis, permitindo, assim, utilizar tantos campos quanto os necessƒrios.

459
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Deve assinalar no campo 6 todos os acontecimentos marcantes ocorridos no per†odo de tributa€‚o.

Este campo permite escolher mais do que uma op€‚o.

460
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ANEXO A
ENTIDADES RESIDENTES QUE EXERÇAM, A TÜTULO PRINCIPAL, ACTIVIDADE DE
NATUREZA COMERCIAL, INDUSTRIAL OU AGRÜCOLA E NÉO RESIDENTES COM
ESTABELECIMENTO ESTàVEL
No ’mbito da Informa€‚o Empresarial Simplificada (lES), criada pelo Decreto-Lei n.Ž8/2007, de 17 de Janeiro, o Anexo A deve ser apresentado
CONJUNTAMENTE com o Anexo R pelas entidades residentes que exerƒam, a t…tulo principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou
agr…cola, ou por entidades n„o residentes com estabelecimento estŽvel.

Com a submiss‚o conjunta e por via electrŒnica dos referidos Anexos, considera-se disponibilizada a informa€‚o necessƒria ao cumprimento das quatro
obriga€…es legais compreendidas na lES:

• Entrega da declara€‚o anual de informa€‚o contabil†stica e fiscal (al†nea c) do n.Ž 1 do artigo 109.Ž do CIRC);

• Registo da presta€‚o de contas junto das conservatŒrias do registo comercial (n.Ž 1 do artigo 15.Ž do CŒdigo do Registo Comercial);

• Presta€‚o de informa€‚o de natureza estat†stica ao Instituto Nacional de Estat†stica (n.Ž 1 do artigo 6.Ž da Lei do Sistema Estat†stico Nacional);

• Presta€‚o de informa€‚o relativa a dados contabil†sticos anuais para fins estat†sticos ao Banco de Portugal (artigo 13.Ž da Lei Org’nica do Banco
de Portugal).

Estas quatro obriga€…es legais s‚o exclusivamente cumpridas atrav•s da entrega da lES (n.Ž 3 do artigo 2.Ž do Decreto-Lei n.Ž 8/2007, de 17 de Janeiro).

Encontrando-se na situa€‚o de usufruir qualquer benef†cio fiscal, deve ainda preencher o Anexo F (Benef†cios Fiscais).

Elementos que comp†em o novo Anexo A da IES

Parte contabil…stica:

• Demonstra€•o dos resultados por naturezas

461
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• Balan€o (anal…tico)

• ABDR

• Desdobramentos das contas da demonstra€•o dos resultados: 62, 63, 64, 68, 69, 73, 78, 79, 27 e 42

• Cr‡ditos comerciais com o exterior e importa€•o de bens

• Outras informa€Šes contabil…sticas (suprimentos e aquisi€•o de vales de refei€•o)

Parte jur…dica:

• Delibera€•o de aprova€•o de contas

• Forma de aplica€•o dos resultados

• Relat‚rio de gest•o

• Parecer do ‚rg•o de fiscaliza€•o

• Certifica€•o legal das contas

Parte fiscal:

• Mais-valias: reinvestimento dos valores de realiza€•o

• Opera€Šes com entidades residentes relacionadas (artigo 58ˆ CIRC)

QUADRO 01
N.€de Identificaƒ„o Fiscal
Inscrever o n‹mero de identifica€‚o de pessoa colectiva ou equiparado (NIPC) atribu†do pelo Minist•rio da Justi€a e constante do respectivo CARTˆO DE

462
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IDENTIFICA‡ˆO DE PESSOA COLECTIVA.

QUADRO 02
Exerc…cio
Indicar o exerc†cio a que respeitam os rendimentos.

Tendo-se adoptado um per†odo de tributa€‚o diferente do ano civil, deve ser indicado o ano em que se integre o primeiro dia do referido per†odo.

QUADRO 03
Demonstraƒ„o dos Resultados por Naturezas
Corresponde „ Demonstra€‚o dos Resultados por Naturezas do POC (Decreto-Lei n.Ž 410/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es aplicƒveis),
remetendo-se para o referido diploma todas as indica€…es quanto ao ’mbito das suas rubricas.

A coluna N-1 s‚ deve ser preenchida se a declara€‚o respeitar ao exerc†cio de 2006.

QUADRO 04
Balanƒo
Corresponde ao Balan€o do POC (Decreto-Lei n.Ž 410/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es aplicƒveis). Remete-se para o referido diploma
todas as indica€…es quanto ao ’mbito das suas rubricas.

A coluna N-1 sŒ deve ser preenchida se a declara€‚o respeitar ao exerc†cio de 2006.

463
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QUADRO 05
Anexo ao Balanƒo e • Demonstraƒ„o dos Resultados
Corresponde quase integralmente ao Anexo ao Balan€o e • Demonstra€‚o dos Resultados do POC (Decreto-lei n.Ž 410/89, de 21 de Novembro e
respectivas altera€…es aplicƒveis). Remete-se para o referido diploma todas as indica€…es quanto ao ’mbito dos seus campos.

O quadro 05 • composto por um vasto conjunto de quadros (de 0501 a 0548), a preencher quando aplicƒveis.

Todos os campos do quadro 05 compreendem espa€os de escrita livre para a inser€‚o dos elementos que se entendam ‹teis „ melhor compreens‚o da
informa€‚o econŒmica e financeira da empresa. Do conte‹do divulgado nestes campos depende a qualidade da informa€‚o das empresas.

Em complemento ao POC (Decreto-lei n.Ž 41 0/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve atender-se „s seguintes especifica€…es:

Quadro 0504 / Nota 4 - Cotaƒ†es utilizadas para convers†es em euros

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei n.€ 41 0/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve indicar o tipo de moeda estrangeira
(campos A0401 a A0404 e A0409 a A0412) e a respectiva cota€‚o (campos A0405 a A0408 e A0413 a A0416) utilizada para convers‚o dos valores
inscritos nas contas de balan€o e demonstra€‚o dos resultados.

A identifica€‚o do tipo de moeda serƒ efectuada de acordo com a norma ISO 4217, dispon†vel em www.e-financas.gov.pt, na Ajuda/Quest…es
Frequentes/Quest…es Fiscais.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas linhas quanto as necessƒrias.

Quadro 0507 / Nota 7- Pessoas ao serviƒo e horas trabalhadas

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei n.Ž 410/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve indicar nos campos A0417 a A0425 o
n‹mero m•dio de pessoas ao serviƒo na empresa durante os meses do ano em que a empresa esteve em actividade, para cada uma das categorias de
pessoal identificadas.

O campo A0417 - Pessoas ao servi‚o da empresa, remuneradas e nƒo remuneradas - deve incluir o pessoal que trabalha para a empresa e que recebe

464
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uma remuneraƒ„o em dinheiro ou em esp•cie como contrapartida do trabalho prestado (incluindo os sŒcios), o pessoal que trabalha para a empresa sem
usufruir qualquer tipo de remunera€‚o (ex: sŒcios trabalhadores, trabalhadores familiares), o pessoal ausente por um per†odo n‚o superior a um m•s (ex:
doen€a, f•rias, forma€‚o profissional) e o pessoal de outras empresas que se encontre a trabalhar na empresa, sendo por esta directamente remunerado.

N„o deve incluir o pessoal a trabalhar na empresa cuja remunera€‚o • suportada por outra entidade, os prestadores de servi€os (profissionais liberais), o
pessoal da empresa ausente por um per†odo superior a um m•s (ex: doen€a, servi€o militar obrigatŒrio, licen€a sem vencimento) e o pessoal com v†nculo „
empresa deslocado para outras empresas, sendo nessas directamente remunerado.

O campo A0419 - Pessoas remuneradas ao servi‚o da empresa (assalariados) - deve incluir todas as pessoas que, nos termos de um contrato de
trabalho, exercem a sua actividade na empresa, recebendo em contrapartida uma remunera€‚o. Devem ser exclu†dos os empresƒrios em nome individual
que trabalham na sua prŒpria empresa, os prestadores de servi€os e ainda os trabalhadores de outras empresas que se encontrem a trabalhar na empresa
observada, sendo remunerados pela empresa de origem e mantendo com ela o v†nculo laboral.

Inclui tamb•m: Aprendizes (campo A0420) - pessoal em regime de aprendizagem para o desempenho de uma fun€‚o administrativa, de com•rcio,
produ€‚o ou outra, e Trabalhadores no domic„lio (campo A0421) - trabalhadores da empresa (com contrato a prazo ou sem termo) que exer€am
actividade no seu domic†lio.

O campo A1508 - Pessoas nƒo remuneradas ao servi‚o da empresa (nƒo assalariados)- deve incluir o pessoal que trabalha para a empresa sem
usufruir qualquer tipo de remunera€…es ( ex. sŒcios, trabalhadores, trabalhadores familiares, gerentes n‚o remunerados, etc.)

O campo A0418 - Pessoas ao servi‚o da empresa a tempo completo - deve incluir o pessoal que trabalha para a empresa (remunerado e n‚o
remunerado) e que cumpre habitualmente o horƒrio normal de trabalho em vigor na empresa, para a respectiva categoria profissional ou na respectiva
profiss‚o ou um horƒrio superior ao horƒrio normal de trabalho. O pessoal com horƒrio inferior ao horƒrio normal n‚o deve ser considerado a tempo
completo.

O campo A1509 - Pessoas remuneradas ao servi‚o da empresa a tempo completo - deve incluir o pessoal remunerado que trabalha para a empresa e
que cumpre habitualmente o horƒrio normal de trabalho em vigor na empresa, para a respectiva categoria profissional ou na respectiva profiss‚o ou um
horƒrio superior ao horƒrio normal de trabalho. O pessoal com horƒrio inferior ao horƒrio normal n‚o deve ser considerado a tempo completo.

O campo A1510 - Pessoas ao servi‚o da empresa a tempo parcial - deve incluir o pessoal que trabalha para a empresa (remunerado e n‚o remunerado)
e que cumpre um horƒrio inferior ao horƒrio normal em vigor na empresa, para a respectiva categoria profissional ou na respectiva profiss‚o.

O campo A0422 - Pessoas remuneradas ao servi‚o da empresa a tempo parcial - deve incluir o pessoal remunerado que cumpre um horƒrio inferior ao

465
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horƒrio normal em vigor na empresa, para a respectiva categoria profissional ou na respectiva profiss‚o.

O campo A0424 - Pessoas ao servi‚o da empresa afectas … investiga‚ƒo e desenvolvimento - deve incluir o pessoal que trabalha para a empresa em
investiga€‚o e desenvolvimento (ex: estudos de concep€‚o, fabrico e comercializa€‚o de novos produtos, de comercializa€‚o ou de racionaliza€‚o
industrial, etc.).

O campo A0423 - Prestadores de servi‚os - deve incluir o pessoal em regime de presta€‚o de servi€os (ex: profissionais liberais) e que efectua trabalhos
para a empresa com carƒcter regular. Os prestadores de servi€os cujo trabalho para a empresa • esporƒdico n‚o devem ser considerados na resposta.

O campo A0425 - Pessoas ao servi‚o colocadas atrav•s de ag‡ncias de trabalho temporˆrio - deve incluir o pessoal que trabalha para a empresa e
cuja remuneraƒ„o ˆ suportada por outra entidade.

Numero mˆdio de pessoas – Os valores inscritos para cada uma das categorias de pessoal identificadas nesta nota, devem ser valores m•dios do
exerc†cio e devem ser obtidos dividindo a soma do pessoal da empresa para a Categoria X no ‹ltimo dia ‹til de cada m•s de actividade no exerc†cio pelo
numero de meses de actividade do exerc†cio.

Nos campos A0426 a A0430, e A1511 a A1513 deve indicar o n‹mero de horas efectivamente trabalhadas no ano por cada uma das categorias de pessoal
identificadas.

N‹ de horas trabalhadas no ano — n‹mero total de horas que o pessoal ao servi€o efectivamente consagrou ao trabalho. Inclui as horas extraordinƒrias.
Inclui ainda o tempo passado no local de trabalho na execu€‚o de tarefas tais como a prepara€‚o dos instrumentos de trabalho, prepara€‚o e manuten€‚o
de ferramentas, os tempos de trabalho mortos mas pagos devidos a aus•ncias ocasionais de trabalho, paragem de mƒquinas ou acidentes e pequenas
pausas para caf•. Exclui as horas de aus•ncia independentemente de terem sido remuneradas ou n‚o.

Quadro 0510/ Nota 10 - Movimentos no activo imobilizado, amortizaĠes e ajustamentos

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei n.Ž 41 0/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es aplicƒveis), devem ser inscritos os movimentos
ocorridos nas rubricas do activo imobilizado constantes no balan€o e nas respectivas amortiza€…es e ajustamentos.

Na coluna 3, Aumentos, devem ser considerados os montantes totais das aquisi€…es efectuadas durante o ano sem transfer•ncias.

Estes aumentos podem resultar de trabalhos para a pr‚pria empresa (coluna 4) ou de aquisi€…es em 1• m„o (coluna 5). As aquisi€Šes em 1œ m•o
compreendem aquisi€…es que ainda n‚o tenham sido utilizadas no Pa†s e que sejam consideradas como activo imobilizado. Os bens adquiridos no
estrangeiro s‚o sempre considerados aquisi€…es em 1• m‚o.

466
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Os montantes da coluna 9, Saldo final, correspondem ao somatŒrio: Saldo Inicial (coluna 1) + Reavalia€‚o / Ajustamentos (coluna 2) + Aumentos (coluna
3) — Aliena€…es (coluna 6) + Transfer•ncias (coluna 7) — Abates (coluna 8).

Os valores da coluna 9 devem coincidir com os valores inscritos no quadro 04, Balan€o, na coluna 1, activo bruto.

Na coluna 10, Por memŒria: Valor de realiza€‚o”, deve inscrever-se o valor da realiza€‚o por aliena€‚o, reembolso ou indemniza€‚o, ou seja, o valor da
venda do bem, no caso de uma aliena€‚o, o valor do reembolso, no caso de uma devolu€‚o, ou o valor da indemniza€‚o, no caso de um sinistro.

Esta nota evidencia as aliena€Šes de imobilizado, pelo que existindo valores na coluna 6 do mapa terƒ de estar preenchido um dos campos 216, 274 ou 276
do Quadro 07 da declaraۥo modelo 22 (mais-valias)

O somat‚rio dos valores relativos a refor€o das amortiza€Šes e ajustamentos constantes da coluna 2 da segunda parte do mapa devem corresponder aos
valores inscritos nos campos A0107 + A0108 da Demonstraۥo dos Resultados

Do mesmo modo o somat‚rio dos valores inscritos na coluna 3 terƒ de corresponder ao valor inscrito no campo A0132 da Demonstra€•o dos Resultados

Quadro 0513/ Nota 13 - ReavaliaĠes do imobilizado

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei n.Ž 410/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve ser inscrito o valor do custo histŒrico,
o valor das reavalia€…es (fiscais e outras) e o valor contabil†stico reavaliado, para cada uma das rubricas de imobiliza€…es corpŒreas e investimentos
financeiros, discriminadas no quadro.

Os valores a inscrever devem ser l†quidos de amortiza€…es e devem incluir as sucessivas reavalia€…es.

Quadro 0514 / Nota 14 - Outras informaƒ†es relativas ao imobilizado corp‚reo e em curso

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei n.Ž 410/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es aplicƒveis), devem ser inscritos nos campos A0440 a
A0442 e A0450 a A0458, para cada uma das actividades econ‚micas desenvolvidas pela empresa, os valores respeitantes a coluna 1 - Imobiliza€…es
corpŒreas, coluna 2 - Total de aumentos de imobiliza€…es corpŒreas, coluna 3 - Aumentos de imobiliza€…es corpŒreas em edif†cios e outras constru€…es e
coluna 4 - Imobiliza€…es em curso (CorpŒreas e IncorpŒreas e Investimentos Financeiros)

Estes campos s‚o flex†veis permitindo, assim, utilizar tantas linhas quanto as necessƒrias.

467
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A identifica€‚o das actividades econŒmicas deve ser efectuada de acordo com a tabela de cŒdigos CAE Rev. 2.1, dispon†vel em www.e-financas.gov.pt, na
Ajuda/Quest…es Frequentes/Quest…es Fiscais.

Deve ser considerada como actividade econŒmica cada uma das actividades exercidas pela empresa, isoladamente considerada, quer se trate de
actividade de produ€‚o de bens ou servi€os para terceiros, de actividades de fornecimento de bens n‚o durƒveis, de servi€os de apoio „ actividade
principal da empresa, como por exemplo contabilidade, servi€os administrativos, repara€‚o, etc.

Em cada coluna, o somatŒrio dos valores atribu†dos „s vƒrias actividades econŒmicas deve corresponder aos valores da empresa, ou seja o valor do
campo A0442 deve ser igual ao valor do campo A021 8, coluna 1 e o valor do campo A0458 deve corresponder ao somatŒrio dos campos
A0205+A0216+A0225, coluna 1.

Deve ainda ser inscrito, em rela€‚o „s imobiliza€…es corpŒreas e em curso, o valor global para cada uma das contas discriminadas no quadro, bem como
os custos financeiros capitalizados, respeitantes ao exerc†cio e acumulados.

Quadro 0515/ Nota 15 - Valores contabil…sticos de bens utilizados em regime de locaƒ„o financeira

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei n.Ž 410/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es aplicƒveis), devem ser indicados os bens utilizados em
regime de loca€‚o financeira, com men€‚o dos respectivos valores contabil†sticos — valor contabilizado, constante no contrato e amortiza€…es
acumuladas.

A identifica€‚o das contas / sub contas do imobilizado corpŒreo deve ser efectuada por selec€‚o das respectivas contas / sub contas do POC:

414 – Investimentos em ImŒveis

421 - Terrenos e recursos naturais

422 – Edif†cios e outras constru€…es

423 – Equipamento bƒsico

424 – Equipamento de transporte

425 – Ferramentas e utens†lios

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426 – Equipamento administrativo

4271 – Embalagens retornƒveis

4279 – Outras taras e outro vasilhame

429 – Outras imobiliza€…es corpŒreas

Quadro 0516/ Nota 16 - Empresas do grupo e associadas em que participa

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei n.Ž410/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es aplicƒveis), devem ser inscritos, para cada uma das
empresas do grupo ou associadas em que participa, o n‹mero de identifica€‚o fiscal e denomina€‚o da empresa (caso seja n‚o residente), a natureza
da rela€‚o (empresa do grupo ou associada), o pa†s da sede de acordo com a norma ISO 3166 (parte num•rica), dispon†vel em www.e-financas.gov.pt na
Ajuda/Quest…es Frequentes/Quest…es Fiscais, o capital prŒprio, o resultado l†quido do ‹ltimo exerc†cio, a frac€‚o do capital detido e a participa€‚o de
direitos de voto.

Deve indicar ainda se estƒ inclu†da ou n‚o na consolida€‚o de contas e, no primeiro caso, o m•todo de consolida€‚o utilizado, de acordo com os seguintes
cŒdigos:

01 - M•todo de consolida€‚o integral;

02 - M•todo de consolida€‚o proporcional:

03 - M•todo de equival•ncia patrimonial.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas colunas quanto as necessƒrias.

Quadro 0517 / Nota 17 - Ac€…es e quotas inclu†das na conta “T†tulos negociƒveis” cujo valor contabil†stico por empresa represente mais de 5% do activo
circulante da detentora.

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei n.Ž 41 0/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve inscrever, em rela€‚o „s ac€…es e
quotas inclu†das na conta “T†tulos negociƒveis” cujo valor contabil†stico por empresa represente mais de 5% do activo circulante da detentora, para cada
uma dessas empresas, o n‹mero de identifica€‚o fiscal e denomina€‚o da empresa (caso seja n‚o residente), a natureza da rela€‚o - empresa do grupo ou
associada, o pa†s da sede de acordo com a norma ISO 3166 (parte num•rica), dispon†vel em www.e-financas.gov.pt na Ajuda/Quest…es

469
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Frequentes/Quest…es Fiscais, a quantidade, o valor nominal e o valor de balan€o.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas colunas quanto as necessƒrias.

Quadro 0518 / Nota 18 - Discriminaƒ„o da conta 4154 “Fundos” e indicaƒ„o das respectivas afectaƒ†es

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei n.Ž 41 0/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve inscrever o valor para cada uma das
rubricas discriminadas no quadro.

Nos casos em que preencher o campo “Outras Rubricas” deve discriminar as rubricas consideradas nesse campo no espa€o destinado a comentƒrios.

Quadro 0519 / Nota 19 - Activo circulante por categorias de bens

Em conformidade com o POC (Decreto-lei n.Ž 410/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve inscrever para cada uma das rubricas
discriminadas no quadro o valor do custo histŒrico e o valor de mercado.

Quadro 0522 / Nota 22 - Exist‡ncias que se encontram fora da empresa

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei n.Ž 410/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve inscrever os valores globais das
exist•ncias que se encontram fora da empresa - exist•ncias consignadas; exist•ncias em tr’nsito e exist•ncias „ guarda de terceiros.

Quadro 0523 / Nota 23 - D…vidas de cobranƒa duvidosa

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei n.Ž 410/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve inscrever os valores globais das
d†vidas de cobran€a duvidosa inclu†das em cada uma das rubricas de d†vidas de terceiros constantes no quadro.

Os valores inscritos neste quadro devem ser confrontados com os crit•rios fiscais de aceita€‚o dos custos relacionados com cr•ditos de cobran€a duvidosa
previstos no artigo 35.Ž do CIRC.

Conceito (fiscal) de crˆditos de cobranƒa duvidosa:

Aqueles em que o risco de incobrabilidade se encontra devidamente justificado:

• Quando o devedor tenha pendente processo especial de recupera€•o de empresa e protec€•o de credores ou processo de execu€•o, fal„ncia ou
insolv„ncia

470
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• Quando os cr‡ditos tenham sido reclamados judicialmente

• Quando os cr‡ditos estejam em mora hƒ mais de seis meses desde a data do vencimento e existam provas de ter sido diligenciado o seu
recebimento

Quadro 0525/ Nota 25 - D…vidas activas e passivas com o pessoal da empresa

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei n.Ž 410/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve indicar o valor global das d†vidas
activas e passivas respeitantes ao pessoal da empresa.

Quadro 0527 / Nota 27 - Obrigaƒ†es convert…veis, T…tulos de participaƒ„o e outros t…tulos ou direitos similares emitidos pela empresa

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei n.Ž 410/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve indicar, para cada um dos t†tulos
emitidos pela empresa e discriminados no quadro, a quantidade e o valor nominal, bem como os direitos que estes conferem aos seus detentores, no
campo destinado a comentƒrios.

Quadro 0528 / Nota 28 - D†vidas ao estado e outros entes p‹blicos em situa€‚o de mora

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei n.Ž 410/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve inscrever os saldos devedores e
credores, para cada uma das rubricas inclu†das na conta ‘Estado e outros entes p‹blicos”, referentes a d†vidas em situa€‚o de mora.

Deve ser assegurado o correcto preenchimento desta nota - responsabilidade de TOC e administradores/gerentes

Quadro 0531 / Nota 31 - Compromissos financeiros que n„o figurem no balanƒo

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei n.Ž 410/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve indicar o valor dos compromissos
relativos a empresas do grupo, o valor dos compromissos contingentes relativos a pens…es, e o valor de outros compromissos financeiros que n‚o figurem
no balan€o, ‹teis para a aprecia€‚o da situa€‚o financeira da empresa.

Quadro 0534/ Nota 34 - Movimentos ocorridos nas provis†es

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei n.Ž 410/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve inscrever os movimentos ocorridos no
exerc†cio nas diferentes rubricas da conta de provis…es, de acordo com a discrimina€‚o requerida pelo quadro.

471
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Na rubrica “Outras Provis…es” deve inscrever o valor das subcontas n‚o especificadas no quadro, para que os valores totais deste correspondam aos
valores totais registados na conta 29 - Provis…es do POC.

As provisŠes identificadas neste quadro n•o t„m aceita€•o fiscal .

Verificar o preenchimento do campo 208 do Quadro 07 da declaraۥo modelo 22

Quadro 0537 / Nota 37 - ParticipaĠes (>10%) no capital subscrito por cada uma das pessoas colectivas.

Deve inscrever para cada uma das pessoas colectivas que detenham pelo menos 10% no capital subscrito da empresa, o n‹mero de identifica€‚o fiscal e
denomina€‚o (caso seja n‚o residente), o pa†s de localiza€‚o da sede, de acordo com a norma ISO 3166 (parte num•rica), dispon†vel em
www.e-financas.gov.pt na Ajuda/Quest…es Frequentes/Quest…es Fiscais, o valor e percentagem da sua participa€‚o no capital subscrito, bem como a sua
participa€‚o no que se refere ao direito de voto.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas linhas quanto as necessƒrias.

Este quadro constitui um auxiliar ao correcto enquadramento dos lucros distribu…dos.

Verificar o preenchimento do campo 232 do Quadro 07 da declara€•o modelo 22 - aplica€•o do artigo 46ˆ do CIRC.

Quadro 0539 / Nota 39 - Variaƒ†es das Reservas de Reavaliaƒ„o ocorridas no exerc…cio

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei n.Ž 410/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve indicar as varia€…es das reservas de
reavalia€‚o ocorridas no exerc†cio, inscrevendo o saldo no in†cio do exerc†cio, as reavalia€…es registadas nas contas durante o exerc†cio, as partes das
mesmas que no decurso do exerc†cio foram incorporadas no capital ou que delas foram transferidas de qualquer outro modo, com men€‚o „ natureza de
tais transfer•ncias, no espa€o destinado a comentƒrios.

A identifica€‚o do tipo de reavalia€‚o deve ser efectuada por selec€‚o de um dos cŒdigos seguintes:

01 – Ao abrigo de legisla€‚o fiscal;

02 – Outras.

Quadro 0540 / Nota 40 - Variaƒ†es nas rubricas de capital pr‚prio

472
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Em conformidade com o POC (Decreto-Lei n.Ž 410/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve indicar e justificar os movimentos
ocorridos no exerc†cio em cada uma das rubricas de capitais prŒprios, constantes no quadro.

Verificar se no exerc…cio ocorreram opera€Šes sujeitas a mais-valias

Verificar se no exerc…cio ocorreram opera€Šes que originem varia€Šes patrimoniais a acrescer ou a deduzir no Quadro 07 da declara€•o modelo 22 - campos
202 e 203

Exemplos: regulariza€Šes de grande significado (DC n.ˆ 8), gratifica€Šes de balan€o.

Quadro 0541 /Nota 41 - Demonstraƒ„o do custo das mercadorias vendidas e das matˆrias consumidas

As compras a incluir na linha 2 devem incluir as chamadas despesas adicionais de compras, tais como direitos aduaneiros, despesas alfandegƒrias, IVA
n‚o dedut†vel, seguros, fretes, despesas de despachante, etc., ainda que tenham sido previamente registadas na classe 6.

O valor indicado na linha A0594 deve corresponder ao somat‚rio dos campos A101 e A102 da Demonstra€•o de Resultados

Quadro 0542 /Nota 42 - Demonstraƒ„o da variaƒ„o da produƒ„o

Este quadro • utilizado somente para os valores das exist•ncias de produtos resultantes de opera€…es de fabrica€‚o ou transforma€‚o na empresa. O
somatŒrio dos campos A0598, colunas 1, 2 e 3, deve corresponder ao valor do campo A0127, coluna 2 do quadro 03.

OS CONTRIBUINTES CUJA ACTIVIDADE SEJA MERAMENTE COMERCIAL, NŠO TENDO PRODU‰ŠO PR–PRIA, NŠO T‘M DE PREENCHER ESTE
QUADRO.

Quadro 0543 / Nota 43 - Remuneraƒ†es atribu…das aos membros dos ‚rg„os sociais

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei n.Ž 410/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve indicar, para cada um dos Œrg‚os, as
remunera€…es atribu†das aos membros dos Œrg‚os sociais que estejam relacionadas com o exerc†cio das respectivas fun€…es.

No espa€o destinado a Comentƒrios, deve ainda indicar as responsabilidades assumidas relativamente a pens…es de reforma dos antigos membros dos
Œrg‚os discriminados no quadro.

Quadro 0544 / Nota 44 - Repartiƒ„o de valores por actividades econ‚micas e por mercados geogrŽficos

473
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Em conformidade com o POC (Decreto-Lei n.Ž 41 0/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es aplicƒveis), as variŽveis solicitadas neste quadro
devem ser preenchidas para cada uma das actividades econ‚micas desenvolvidas pela empresa (estes campos s„o flex…veis permitindo, assim,
utilizar tantas colunas quanto as necessŽrias) e para os mercados geogrƒficos indicados, sendo a identifica€‚o das actividades econŒmicas efectuada
de acordo com a tabela de cŒdigos CAE Rev.2.l. dispon†vel em www.e-financas.gov.pt na Ajuda/Quest…es Frequentes/Quest…es Fiscais.

Quanto „ reparti€‚o por mercados geogrƒficos, o mercado intracomunitƒrio cobre os 24 pa†ses da Uni‚o Europeia excluindo Portugal (que estƒ identificado
no mercado interno), enquanto o mercado extra-comunitƒrio engloba os restantes pa†ses do mundo.

Deve ser considerada como actividade econŒmica cada uma das actividades exercidas pela empresa, isoladamente considerada, quer se trate de
actividade de produ€‚o de bens ou servi€os para terceiros, de actividade de fornecimento de bens n‚o durƒveis, de servi€os de apoio „ actividade principal
da empresa, como por exemplo contabilidade, servi€os administrativos, repara€‚o, etc.

No campo A1427 deve tamb•m ser inclu†do o valor das Pens…es.

O somatŒrio dos valores atribu†dos „s vƒrias actividades e aos vƒrios mercados deve corresponder aos valores da empresa.

Quadro 0545 / Nota 45 – Demonstraƒ„o dos Resultados Financeiros

A coluna N-1 sŒ deve ser preenchida se a declara€‚o respeitar ao exerc†cio de 2006.

Quadro 0544 / Nota 46 – Demonstraƒ„o dos Resultados ExtraordinŽrios

A coluna N-1 sŒ deve ser preenchida se a declara€‚o respeitar ao exerc†cio de 2006.

QUADRO 06
Outras informaƒ†es contabil…sticas e fiscais
Este quadro compreende um conjunto de informa€‚o detalhada sobre algumas rubricas do balan€o e da demonstra€‚o dos resultados e informa€‚o
adicional caracterizadora da situa€‚o da empresa.

No preenchimento dos campos deste quadro, para al•m das indica€…es do POC (Decreto-Lei n.Ž 410/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es

474
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aplicƒveis) relativamente ao ’mbito das contas do balan€o e da demonstra€‚o dos resultados, deve atender-se tamb•m „s seguintes especifica€…es:

Quadro 061 - Desdobramento de contas da demonstraƒ„o dos resultados e balanƒo

Campo A0613 - Aluguer de longa dura‚ƒo ou “leasing” operacional - Contrato de aluguer, em que a manuten€‚o do bem estƒ a cargo do proprietƒrio e
n‚o do utilizador.

Campo A0631- Pagamentos a trabalhadores colocados atrav•s de ag‡ncias - Inclui os pagamentos a ag•ncias de emprego e organiza€…es similares,
as quais suportam a remunera€‚o de pessoal que trabalha na empresa.

Campo A0636 - “Por mem€ria: Remunera‚†es, a prestadores de servi‚os, registadas em subcontas da conta POC 622 e na conta POC 641”- Inclui
os custos suportados pela empresa, a t†tulo de remunera€‚o pelo servi€o prestado aos prestadores de servi€o identificados no campo A0423 – “Prestadores
de servi€os” do Quadro 0507/Nota 7 – “Pessoas ao servi€o e horas trabalhadas”.

Quadro 062 - Crˆditos comerciais com o exterior e importaƒ„o de outros bens

Entidades nƒo residentes - s‚o todas as entidades que n‚o se enquadram nas caracter†sticas definidas para as Entidades residentes.

Entidades Residentes na economia portuguesa - agentes que t•m um centro de interesse no territŒrio econŒmico de Portugal. Neste conceito
englobam-se, entre outras, as pessoas colectivas de direito privado com sede em Portugal, bem como as sucursais, ag•ncias ou quaisquer outras formas
de representa€‚o estƒvel no territŒrio nacional de pessoas colectivas ou outras entidades n‚o residentes.

Cr•ditos comerciais - por cr•ditos comerciais entende-se a parte das d†vidas comerciais, a receber e a pagar (clientes e fornecedores), cuja contraparte
• uma entidade:

Das Administra€…es P‹blicas – O sector das administra€…es p‹blicas inclui os subsectores da Administra€‚o Central, da Administra€‚o Regional e
Local e dos Fundos de Seguran€a Social. Encontra-se dispon†vel no site do Banco de Portugal na Internet, em
http://www.bportugal.pt/stats/Download/SPA Listas.pdf. uma lista das entidades classificadas neste sector para fins estat†sticos. No campo A0677
devem ser inscritos os valores das dividas comerciais a receber das Administra€…es P‹blicas, l†quidos de adiantamentos.

N‚o residente na economia portuguesa. Os valores a inscrever nos campos A0666, A0669 e A0670 devem ser l†quidos de adiantamentos.

Importa‚ƒo de outros bens – deve inscrever-se no campo A0671 o valor das aquisi€…es a n‚o residentes de bens imobilizados, excepto terrenos e
edif†cios, realizadas durante o exerc†cio econŒmico e contido no saldo das contas 42 e 43 do POC.

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Quadro 063 - Outras informaƒ†es Contabil…sticas e fiscais

No campo A0672 deve ser inscrito o respectivo valor contabil†stico, correspondente ao saldo credor reportado ao ‹ltimo dia do per†odo de tributa€‚o
indicado na declara€‚o.

Nos campos A0674 e A0675 (estes campos s‚o flex†veis permitindo, assim, utilizar tantas linhas quantas as necessƒrias) devem ser indicados os NlFs dos
sŒcios ou elementos do seu agregado familiar que tenham efectuado suprimentos e empr•stimos „ sociedade, no ano a que a declara€‚o respeita.

O valor a inscrever deve corresponder „s entregas efectuadas durante o ano.

Quadro 063 - informaĠes sobre suprimentos:

Campos A0674 e A0675 – suprimentos e empr‡stimos efectuados pelos s‚cios ou qualquer elemento do seu agregado familiar: deve ser inscrito o valor das
entregas efectuadas durante o ano.

Exemplo:

O s‚cio A efectuou suprimentos de 1.000,00 em Janeiro de 2006. Em Mar€o a sociedade devolveu-lhe este valor. Em Julho de 2006, efectuou novo
suprimento de 3.000,00.

Valor a inscrever no campo A0674: 4.000,00

QUADRO 07
Deliberaƒ„o de Aprovaƒ„o de Contas — aplicaƒ„o dos resultados conforme deliberaƒ„o que aprovou as contas do exerc…cio
Este quadro deve reflectir as decis…es tomadas na Assembleia Geral de aprova€‚o de contas, sobre a aplica€‚o dos resultados.

Os campos 1 ou 2 s‚o de preenchimento obrigatŒrio. Se assinalou o campo 1 deve responder „s quest…es colocadas nos pontos 1 a 6, deste quadro.

Caso tenha respondido, na quest‚o colocada no ponto 6, que as suas contas foram aprovadas de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade
(NIC), ou se assinalou o campo 16 do Quadro 7, deve entregar os documentos referidos no n.Ž 2 do artigo 42.Ž do CŒdigo do registo Comercial aprovado

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pelo Decreto-Lei n.Ž 403/86, de 3 de Dezembro, num sŒ ficheiro em formato “PDF”.

Caso a declara€‚o esteja a ser apresentada por uma empresa p•blica apenas devem ser preenchidos os campos 1 ou 2, campo 14 e os campos 15 ou 16.

Caso a declara€‚o esteja a ser apresentada por uma representaƒ„o permanente de sociedade com sede no estrangeiro apenas devem ser preenchidos os
campos 1 ou 2, campos 15 ou 16 e campo 17.

No campo A0801 deve ser inscrito o valor correspondente ao somatŒrio do saldo da conta Resultados Transitados (A0288, coluna 1) com o valor do
Resultado L†quido do Exerc†cio (A0289, coluna 1).

No campo A0806 deve ser inscrito, com sinal negativo, o valor relativo „ cobertura, pelos titulares do capital, de preju†zos apurados em anos anteriores.

O valor do campo A0808 deve reflectir o valor que, apŒs a aplica€‚o de resultados, ficou em Resultados Transitados.

Sempre que o campo A0803 seja preenchido e inclua beneficiƒrios sŒcios ou accionistas • obrigatŒria a discrimina€‚o do valor atribu†do a cada um, nos
campos A0809 a A0814.

Efectuar a transfer„ncia do resultado l…quido do exerc…cio para resultados transitados (em 1/1 de cada ano)

Tendo ocorrido cobertura de preju…zos, apurados em anos anteriores, inscrever o valor no campo A0806 com sinal negativo;

Identificar os s‚cio-gerentes que beneficiaram de gratifica€Šes.

Exemplo de preenchimento:

Resultado do exerc…cio = 2.000,00

Resultados transitados = -3.000,00

Cobertura de preju…zos = 1.000,00

A0801 = -1.000,00 A0806 = -1.000,00

A0808 = 0 => este valor deverƒ corresponder ao saldo da conta 59 (resultados transitados) ap‚s a delibera€•o da AG que aprovou os resultados;

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QUADRO 08
Relat‚rio de Gest„o / Parecer do –rg„o de Fiscalizaƒ„o / Certificaƒ„o Legal das Contas
Os campos 1 ou 2 s‚o de preenchimento obrigatŒrio. Se assinalou o campo 1 deve assinalar os campos 3 ou 4. Se assinalou o campo 4 deve assinalar
os campos 5 ou 6.

Os campos 7 ou 8 s‚o de preenchimento obrigatŒrio pelas entidades que n‚o sejam empresas p‹blicas. Se assinalou o campo 7 deve assinalar os
campos 9 ou 10. Se assinalou o campo 9 deve assinalar os campos 11 ou 12.

Tratando-se de empresa p•blica, deve assinalar os campos 13 ou 14. Caso assinale o campo 13 deve assinalar os campos 15 ou 16.

Os campos 17 ou 18 s‚o de preenchimento obrigatŒrio. O campo 17 deve ser assinalado se o sujeito passivo de IRC estiver obrigado a ter certifica€‚o
legal das suas contas por um Revisor Oficial de Contas (ROC), de acordo com o artigo 42.Ž do Decreto-Lei n.Ž 487/99, de 16 de Novembro (Estatuto do
Revisor Oficial de Contas).

Se assinalou o campo 17, deve assinalar os campos 19 ou 20.

Caso tenha sido assinalado o campo 19, os campos 21 ou 22 s‚o de preenchimento obrigatŒrio.

Caso tenha sido assinalado o campo 21, devem ser preenchidos os campos 23 a 28, de acordo com a respectiva situa€‚o.

Caso tenham sido assinalados os campos 24, 26 ou 27, deve ser obrigatoriamente preenchido o campo A0850.

Tratando-se de uma sociedade aberta que tenha valores mobiliŽrios admitidos • negociaƒ„o em mercado regulamentado, cujos documentos de
presta€‚o de contas est‚o sujeitos a publica€‚o integral nos termos do n.Ž 3 do artigo 72.Ž do CIRC, deve assinalar o campo 29 ou 30.

Indicar se foi elaborado o relat‚rio de gest•o e se o mesmo foi assinado por todos os membros da ger„ncia/administra€•o

Indicar o parecer do ‚rg•o de fiscaliza€•o

Indicar o parecer do ROC/SROC e se a certificaۥo legal foi emitida

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QUADRO 09
Mais-Valias: Reinvestimento dos Valores de Realizaƒ„o
O presente quadro destina-se a dar cumprimento ao n.Ž 5 do artigo 45.Ž do CIRC, pelo que o seu preenchimento apenas • obrigatŒrio quando haja inten€‚o
de efectuar reinvestimento.

O valor de realiza€‚o corresponde ao valor de aliena€‚o dos bens alienados, no exerc†cio a que a declara€‚o respeita, discriminado por Imobilizado
CorpŒreo e Partes de Capital.

Na coluna “reinvestimento’ deve ser inscrito:

• Campo “N -1” exerc†cio anterior ao da declara€‚o, apenas nas situa€…es em que tenha havido reinvestimento no exerc†cio anterior e se pretenda
afectar o mesmo ao valor de realiza€‚o do ano N.

• Campo “N” exerc†cio da declara€‚o

• Campo “valor” o montante reinvestido (valor de aquisi€‚o dos bens) no ano N -1 e ano N, respectivamente.

Na coluna “Saldo apurado entre as mais-valias e a menos-valias” deve ser inscrito o valor apurado no mapa das mais-valias e menos-valias, discriminado
por Imobilizado CorpŒreo e Partes de Capital. O transporte deste valor para o quadro 07 da declara€‚o mod. 22, deve ser efectuado de acordo com as
regras estabelecidas no artigo 45.Ž do CIRC.

Exemplo:

Por motivos de simplifica€‚o, o exemplo n‚o farƒ a separa€‚o entre Imobilizado CorpŒreo e Partes de Capital.

A empresa “A” em 2007 alienou bens no valor de 10 000 euros, tendo apurado um saldo positivo entre as mais-valias e as menos-valias no montante de 1
500 euros. A empresa havia adquirido bens, em 2006, no valor de 2 500 euros que pretende afectar „s aliena€…es efectuadas em 2007, e neste exerc†cio
adquiriu bens no valor de 5 000 euros.

Considerando que em 2008 e 2009 irƒ reinvestir o valor de 1 000 euros e 3 000 euros, respectivamente, o quadro 09, em cada um dos anos a seguir

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indicados deve ser preenchido da seguinte forma:

IES/DA relativa a 2007

Saldo apurado entre as


Valor Realiza€‚o Reinvestimento
mais-valias e as menos-valias
Ano Valor
10 000,00 N 2007 5 000,00 1 500,00
N-1 2006 2 500,00

IES/DA relativa a 2008

Saldo apurado entre as


Valor Realiza€‚o Reinvestimento
mais-valias e as menos-valias
Ano Valor
N 2008 1 000,00
N-1 2007

IES/DA relativa a 2009

Saldo apurado entre as


Valor Realiza€‚o Reinvestimento
mais-valias e as menos-valias
Ano Valor
N 2009 1 500,00
N-1 2008

O preenchimento do Quadro corresponde ‹ manifesta€•o da inten€•o de reinvestir valores de realiza€•o prevista no n.ˆ 5 do artigo 45.ˆ CIRC;

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Aplicƒvel a elementos do activo imobilizado corp‚reo e partes de capital, detidos por per…odo n•o inferior a um ano;

O reinvestimento n•o pode ser concretizado em bens em estado de uso adquiridos a s.p. com os quais existam rela€Šes especiais.

EXEMPLO:

Em 2006 ocorreu a aliena€•o de um bem do activo imobilizado corp‚reo = 40.000 tamb‡m partes de capital = 10.000;

MVF apurada = 2.000, sendo 1.700 do imobilizado corp‚reo e 300 das partes de capital;

Reinvestido no pr‚prio exerc…cio = 10.000 em imobilizado corp‚reo

Tributaۥo da mais-valia (modelo 22 - Quadro 07 - novo campo 274) = 1.000 (50% * 2.000)

CAMPOS A PREENCHER:

Valores de realizaۥo: A0901 = 40.000 A0902 = 10.000

Valor reinvestido: A0905 = 10.000 A0906 = 0

Mais-valias: A0907 = 1.700 A0908 = 300

QUADRO 10
Operaƒ†es com entidades relacionadas (territ‚rio nacional)
Este quadro destina-se a dar cumprimento ao n.Ž 7 do artigo 58.Ž do CIRC, pelo que deverŽ ser preenchido sempre que o declarante tenha efectuado
opera€…es com outro sujeito passivo do IRC ou IRS, com o qual esteja em situa€‚o de rela€…es especiais.

Deve ainda ser preenchido quando o declarante exer€a simultaneamente actividades sujeitas e n‚o sujeitas ao regime geral do IR. Neste caso o campo
relativo ao N.Ž de Identifica€‚o Fiscal n‚o deve ser preenchido, devendo, no entanto inscrever o cŒdigo da rela€‚o especial, H ou HI ou H2, no respectivo
campo.

481
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Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas colunas quanto as necessƒrias.

CAMPOS A2002, A2004 e A2006

Indique a natureza das rela€…es especiais com as seguintes letras:

Situa€‚o prevista na al†nea a) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC A

Situa€‚o prevista na al†nea b) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC B

Situa€‚o prevista na al†nea o) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC C

Situa€‚o prevista na al†nea d) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC D

Situa€‚o prevista na al†nea e) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC E

Situa€‚o prevista na al†nea f) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC F

Situa€‚o prevista no n.Ž 1 da al†nea g) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC G1

Situa€‚o prevista no n.Ž 2 da al†nea g) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC G2

Situa€‚o prevista no n.Ž 3 da al†nea g) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC G3

Situa€‚o prevista no n.Ž 4 da al†nea g) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC G4

Situa€‚o prevista no n.Ž 5 da al†nea g) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC G5

Exerc†cio simult’neo de actividades sujeitas e n‚o sujeitas ao regime

Geral H

• Zona Franca da Madeira H1

• Zona Franca da Ilha de Santa Maria H2

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Estes campos devem ser preenchidos com 00 sempre que a declara€‚o se reporte a exerc†cios anteriores a 2002.

ORGANIZA‰ŠO DA DOCUMENTA‰ŠO

A organiza€‚o da documenta€‚o relativamente aos pre€os de transfer•ncia deve ser efectuada ao tempo em que as opera€…es tiveram lugar e deve
obedecer ao disposto nos artigos 13.Ž a 16.Ž da Portaria n.Ž 1446-C/2001, de 21 de Dezembro.

De acordo com o n.Ž 6 do artigo 58.Ž do CIRC e o n.Ž 2 do artigo 13.Ž da Portaria n.Ž 1446-C/2001, de 21 de Dezembro, esta documenta€‚o deve fazer parte
integrante do processo de documenta€‚o fiscal (DOSSIER FISCAL), previsto no artigo 121.Ž do CIRC.

O campo 3 deve ser assinalado sempre que o sujeito passivo, apesar de ter efectuado opera€…es relacionadas, no exerc†cio anterior, tenha atingido um
valor anual de vendas l†quidas e outros proveitos inferior a 3.000.000 euros (n.Ž 3 do artigo 13.Ž da Portaria n.Ž 1446-C/2001, de 21 de Dezembro).

Destina-se este quadro a identificar as opera€Šes efectuadas com entidades residentes com as quais existam rela€Šes especiais;

‘ tamb‡m aplicƒvel a sujeitos passivos que exer€am em simultŒneo actividades sujeitas e n•o sujeitas ao regime geral de IRC;

Opera€Šes a relevar:

• Vendas e presta€Šes de servi€os;

• Presta€•o e aquisi€•o de servi€os intragrupo;

• Proveitos financeiros;

• Compras;

• Acordos de partilha de custos e custos financeiros;

CONCEITO DE RELA‰”ES ESPECIAIS


a) Opera€Šes entre uma entidade e os titulares de capital, respectivos c–njuges, ascendentes ou descendentes, que detenham directa ou indirectamente,
uma participa€•o n•o inferior a 10% do capital ou dos direitos de voto (al…nea a) do n.ˆ 4 do artigo 58.ˆ CIRC)

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b) Opera€Šes entre entidades em que os mesmos titulares de capital, respectivos c–njuges, ascendentes ou descendentes, detenham directa ou
indirectamente, uma participa€•o n•o inferior a 10% do capital ou dos direitos de voto (al…nea b) do nˆ 4 do artigo 58ˆ CIRC)

c) Opera€Šes entre uma entidade e os membros dos seus ‚rg•os sociais (administra€•o, direc€•o, ger„ncia ou fiscaliza€•o), e respectivos c–njuges,
ascendentes ou descendentes (al…nea c) do nˆ 4 do artigo 58ˆ CIRC)

d) Opera€Šes entre entidades em que a maioria dos membros dos seus ‚rg•os sociais (administra€•o, direc€•o, ger„ncia ou fiscaliza€•o) sejam as
mesmas pessoas ou, sendo pessoas diferentes, estejam ligadas por casamento, uni•o de facto, ou parentesco em linha recta (al…nea d) do nˆ 4 do
artigo 58ˆ CIRC)

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e) Opera€Šes entre entidades ligadas por contrato de subordina€•o (artigos 493.ˆ a 508.ˆ do CSC), de grupo paritƒrio (artigo 492.ˆ CSC) ou outro de efeito
equivalente (al…nea e) do nˆ 4 do artigo 58ˆ CIRC)

f) Opera€Šes entre entidades que se encontrem em rela€•o de dom…nio => obriga€•o de elaborar demonstra€Šes financeiras consolidadas => empresas
interligadas e empresas participadas (al…nea f) do nˆ 4 do artigo 58ˆ CIRC)

g) Opera€Šes entre entidades em que se verifica situa€•o de depend„ncia no exerc…cio da respectiva actividade: quando o exerc…cio da actividade
depende substancialmente da ced„ncia de direitos industriais ou intelectuais ou de know-how, detidos pela outra (nˆ 1 al…nea g) do nˆ 4 do artigo 58ˆ
CIRC)

h) Opera€Šes entre entidades em que se verifica situa€•o de depend„ncia no exerc…cio da respectiva actividade: quando a aquisi€•o de mat‡rias-primas
ou o acesso a canais de venda dependem substancialmente da outra (nˆ 2 al…nea g) do nˆ 4 do artigo 58ˆ CIRC)

i) Opera€Šes entre entidades em que se verifica situa€•o de depend„ncia no exerc…cio da respectiva actividade: quando uma parte substancial da
actividade s‚ pode realizar-se com a outra ou depende das decisŠes desta (nˆ 3 al…nea g) do nˆ 4 do artigo 58ˆ CIRC)

j) Opera€Šes entre entidades em que se verifica situa€•o de depend„ncia no exerc…cio da respectiva actividade: quando o direito de fixar pre€os e
condi€Šes de mercado, se encontra por imposi€•o constante de acto jur…dico, na titularidade da outra ( nˆ 4 al…nea g) do nˆ 4 do artigo 58ˆ CIRC)

k) Opera€Šes entre entidades em que se verifica situa€•o de depend„ncia no exerc…cio da respectiva actividade: quando uma pode condicionar as
decisŠes de gest•o da outra, em fun€•o de factos alheios ‹ sua rela€•o comercial (nˆ 5 al…nea g) do nˆ 4 do artigo 58ˆ CIRC)

Considera-se existir rela€Šes especiais nas opera€Šes entre uma entidade residente ou um estabelecimento estƒvel de uma entidade n•o residente e uma

485
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entidade sujeita a um regime fiscal claramente mais favorƒvel residente em pa…s, territ‚rio ou regi•o constante da lista aprovada pelo Ministro das Finan€as.


Exerc…cio simultŒneo de actividades sujeitas e n•o sujeita ao regime geral de IRC;

Exemplos: sujeitos passivos com actividade na Zona Franca da Madeira, Zona Franca da Ilha de Santa Maria, abrangidos pelo artigo 7ˆ do CIRC (obtenham
rendimentos sujeitos ao imposto especial de jogo)

Obriga€…es declarativas:


Operaƒ†es entre residentes: preencher o Quadro 10 do Anexo A da Declara€‚o Anual;


Operaƒ†es entre residentes e n„o residentes: preencher o Anexo H da Declara€‚o Anual;

ORGANIZA‰ŠO DA DOCUMENTA‰ŠO
A organiza€•o da documenta€•o relativamente aos pre€os de transfer„ncia deverƒ ser efectuada ao tempo em que as opera€Šes tiveram lugar e deve
obedecer ao disposto nos artigos 13ˆ a 16ˆ da Portaria n.ˆ 1446-C/2001, de 21 de Dezembro.

De acordo com o n.ˆ 6 do artigo 58.ˆ do CIRC e o n.ˆ 2 do artigo 13.ˆ da Portaria n.ˆ 1446-C/2001. de 21 de Dezembro. esta documenta€•o deve fazer parte
integrante do processo de documen1a€•o fiscal (DOSSIER FISCAL), previsto no artigo 121.ˆ do CIRC.

Quadro 10 do Anexo A da Declaraƒ„o Anual


Relaƒ†es especiais - organizaƒ„o da documentaƒ„o:
 Jun€•o ao Dossier Fiscal (Portaria 1446-C/2001, 21-12):

 Informa€•o relevante (artigo 14ˆ);

 Documenta€•o de suporte ‹ informa€•o relevante (artigo 15ˆ);

 Documenta€•o relativa a acordos de partilha de custos e presta€•o de servi€os intragrupo (artigo 16ˆ)

Portaria n.€ 1446-C/2001, de 21 de Dezembro


Artigo 13.€

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Processo de documentaƒ„o fiscal

1- O sujeito passivo deve dispor, nos termos do n.Ž 6 do artigo 58.Ž do CŒdigo do IRC, de informa€‚o e documenta€‚o respeitantes „ pol†tica adoptada na
determina€‚o dos pre€os de transfer•ncia e manter, de forma organizada, elementos aptos a provar:

a) A paridade de mercado nos termos e condi€…es acordados, aceites e praticados nas opera€…es efectuadas com entidades relacionadas;

b) A selec€‚o e utiliza€‚o do m•todo ou m•todos mais apropriados de determina€‚o dos pre€os de transfer•ncia que proporcionem uma maior
aproxima€‚o aos termos e condi€…es praticados por entidades independentes e que assegurem o mais elevado grau de comparabilidade das
opera€…es ou s•ries de opera€…es efectuadas com outras substancialmente id•nticas realizadas por entidades independentes em situa€‚o normal
de mercado.

2- O processo de documenta€‚o fiscal referido no n‹mero anterior rege-se tamb•m pelo disposto nos n.Žs 1 e 2 do artigo 121.Ž do CŒdigo do IRC.

3- Fica dispensado do cumprimento do disposto no n.Ž 1 o sujeito passivo que, no exerc†cio anterior, tenha atingido um valor anual de vendas l†quidas e
outros proveitos inferior a euros 3.000.000.

Artigo 14.€
Informaƒ„o relevante

Para dar cumprimento „ obriga€‚o referida no artigo anterior, o sujeito passivo deve obter ou produzir e manter elementos informativos, designadamente
quanto aos seguintes aspectos:

a) Descri€‚o e caracteriza€‚o da situa€‚o de rela€…es especiais em conformidade com o disposto no n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CŒdigo do IRC que seja
aplicƒvel „s entidades com as quais realiza opera€…es comerciais, financeiras ou de outra natureza, bem como da evolu€‚o da rela€‚o societƒria do
v†nculo que constitua a origem da rela€‚o especial, incluindo, se for caso, o contrato de subordina€‚o, de grupo paritƒrio ou outro de efeito
equivalente, ou, bem assim, elementos demonstrativos da situa€‚o de depend•ncia a que se refere a al†nea g) do n.Ž 4 do mesmo artigo;

b) Caracteriza€‚o da actividade exercida pelo sujeito passivo e pelas entidades relacionadas com as quais realiza opera€…es e, em rela€‚o a cada uma
destas, indica€‚o discriminada, por natureza das opera€…es, dos valores das mesmas registados pelo sujeito passivo nos ‹ltimos tr•s anos, ou pelo
per†odo em que estas tenham tido lugar, se inferior, bem como, nos casos em que se justifique, a disponibiliza€‚o das contas sociais daquelas
entidades;

c) Identifica€‚o detalhada dos bens, direitos ou servi€os que s‚o objecto das opera€…es vinculadas, e dos termos e condi€…es estabelecidos, quando tal

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informa€‚o n‚o resulte dos contratos celebrados;

d) d)Descri€‚o das fun€…es exercidas, activos utilizados e riscos assumidos, quer pelo sujeito passivo, quer pelas entidades relacionadas envolvidas nas
opera€…es vinculadas;

e) e)Estudos t•cnicos com incid•ncia em ƒreas essenciais do negŒcio, nomeadamente nas de investimento, financiamento, investiga€‚o e
desenvolvimento, mercado e reestrutura€‚o e reorganiza€‚o das actividades, bem como previs…es e or€amentos respeitantes „ actividade global e „
actividade por divis‚o ou produto;

f) Directrizes relativas „ aplica€‚o da pol†tica adoptada em mat•ria de pre€os de transfer•ncia, independentemente da forma ou designa€‚o que lhes
seja atribu†da, que contenham instru€…es nomeadamente sobre as metodologias a utilizar, os procedimentos de recolha de informa€‚o, em especial de
dados comparƒveis internos e externos, as anƒlises a efectuar para avaliar da comparabilidade das opera€…es e as pol†ticas de custeio e de margens
de lucro praticadas;

g) Contratos e outros actos jur†dicos praticados tanto com entidades relacionadas como com entidades independentes, com as modifica€…es que ocorram
e com informa€‚o histŒrica sobre o respectivo cumprimento, devendo ainda ser fornecidos, quando n‚o constem expressamente dos instrumentos
jur†dicos existentes ou quando a prƒtica seguida se afaste do neles acordado, os elementos seguintes:

1) Defini€‚o do ’mbito de interven€‚o das partes envolvidas;

2) Condi€…es de entrega dos produtos e actividades acessŒrias envolvidas, designadamente servi€os pŒs-venda, assist•ncia t•cnica e garantias;

3) Pre€o e, se necessƒrio, respectiva forma de cƒlculo, e, ainda, se esta estiver associada a pressupostos, a indica€‚o dos mesmos e das
circunst’ncias em que ficam sujeitos a revis‚o, bem como a discrimina€‚o das respectivas regras e a explica€‚o detalhada dos ajustamentos
plurianuais de pre€os, apontando, nomeadamente, os efeitos quantitativos decorrentes de factores ligados aos ciclos econŒmicos;

4) Dura€‚o acordada ou prevista e modalidades de extin€‚o admitidas;

5) Penalidades e o respectivo procedimento de cƒlculo para a mora no cumprimento ou o incumprimento, qualquer que seja a sua forma de
manifesta€‚o, incluindo designadamente juros de mora;

h) Explica€‚o sobre a aplica€‚o do m•todo ou m•todos adoptados para a determina€‚o do pre€o de plena concorr•ncia em rela€‚o a cada opera€‚o e
indica€‚o das raz…es justificativas da selec€‚o do m•todo considerado mais apropriado;

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i) Informa€‚o sobre os dados comparƒveis utilizados, evidenciando, no caso de recurso a entidade externa especializada em estudos de mercado, a
justifica€‚o da selec€‚o, nos casos em que se justifique, a ficha t•cnica dos estudos e, bem assim, uma anƒlise de sensibilidade e seguran€a
estat†stica ou, sendo interna a fonte dos dados, a respectiva ficha t•cnica;

j) Detalhes sobre as anƒlises efectuadas para avaliar o grau de comparabilidade entre opera€…es vinculadas e opera€…es n‚o vinculadas e entre as
empresas nelas envolvidas, incluindo as anƒlises funcionais e financeiras, e sobre os eventuais ajustamentos efectuados para eliminar as diferen€as
existentes;

k) Estrat•gias e pol†ticas do negŒcio, nomeadamente quanto ao risco, que sejam suscept†veis de influenciar a determina€‚o dos pre€os de transfer•ncia
ou a reparti€‚o dos lucros ou perdas das opera€…es;

l) Quaisquer outras informa€…es, dados ou documentos considerados relevantes para a determina€‚o do pre€o de plena concorr•ncia, da
comparabilidade das opera€…es ou dos ajustamentos realizados.

Artigo 15.€
Documentaƒ„o de suporte • informaƒ„o relevante

1- As informa€…es referidas nos artigos anteriores devem ter como suporte documentos produzidos pelo sujeito passivo ou por terceiros e reportar-se ao
exerc†cio da realiza€‚o das opera€…es, podendo consistir em:

a) Publica€…es oficiais, relatŒrios, estudos e bases de dados elaborados por entidades p‹blicas ou privadas;

b) RelatŒrios sobre estudos de mercado realizados por institui€…es nacionais ou estrangeiras reconhecidas;

c) Listas de pre€os ou de cota€…es divulgadas por bolsas de valores mobiliƒrios e bolsas de mercadorias;

d) Contratos ou outros actos jur†dicos praticados quer com entidades relacionadas, quer com entidades independentes, bem como documenta€‚o
pr•via „ sua elabora€‚o e os textos de modifica€‚o ou aditamento aos mesmos;

e) Consultas ao mercado, cartas e outra correspond•ncia que contenham refer•ncias aos termos e condi€…es praticados entre o sujeito passivo e
entidades relacionadas;

f) Outros documentos emitidos relativamente „s opera€…es realizadas pelo sujeito passivo, nos termos das regras fiscais e comerciais aplicƒveis.

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2- Quando se trate de opera€…es de carƒcter continuado, com in†cio em exerc†cios anteriores, devem os sujeitos passivos proceder „ actualiza€‚o da
informa€‚o a que se refere o n‹mero anterior, caso os factos e as circunst’ncias associados „s opera€…es tenham sido substancialmente alterados.

3- Os documentos que contenham informa€‚o em l†ngua estrangeira, quando solicitada a sua apresenta€‚o pelos servi€os da Direc€‚o-Geral dos
Impostos, devem ser traduzidos previamente para a l†ngua portuguesa, sem preju†zo de esta poder, a requerimento do obrigado „ apresenta€‚o,
dispensar a tradu€‚o por se mostrar acess†vel o conhecimento do conte‹do desses documentos na l†ngua original.

Artigo 16.€
Documentaƒ„o relativa a acordos de partilha de custos e de prestaƒ„o de serviƒos intragrupo

1- A documenta€‚o relativa a acordos de partilha de custos deve conter, entre outros, os seguintes elementos informativos:

a) Identifica€‚o dos participantes e de outras entidades relacionadas que participar‚o na actividade objecto do acordo ou que poder‚o vir a explorar
ou utilizar os resultados daquela actividade;

b) Natureza e tipo de actividades desenvolvidas no ’mbito do acordo;

c) Identifica€‚o e bases de avalia€‚o da quota-parte de cada participante nas vantagens ou benef†cios esperados;

d) Processo de presta€‚o de contas e m•todos utilizados para reparti€‚o dos custos, incluindo os cƒlculos a efectuar para determinar a contribui€‚o
de cada participante;

e) Pressupostos assumidos nas projec€…es dos benef†cios esperados, periodicidade de revis‚o das estimativas e previs‚o de ajustamentos
resultantes de altera€…es no funcionamento do acordo ou de outros factos;

f) Descri€‚o do m•todo utilizado para efectuar ajustamentos nas contribui€…es dos participantes motivadas por altera€…es nos pressupostos que
serviram de bases ao acordo ou por modifica€…es substanciais nele introduzidas posteriormente;

g) Dura€‚o prevista para o acordo;

h) Afecta€‚o antecipada de responsabilidades e tarefas associadas „ actividade do acordo entre os participantes e outras empresas;

i) Procedimentos de ades‚o e exclus‚o de um participante do ’mbito do acordo, bem como os procedimentos destinados a p˜r-lhe termo e, em
qualquer dos casos, as respectivas consequ•ncias;

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j) Disposi€…es sobre pagamentos compensatŒrios.

2- A documenta€‚o relativa a acordos de presta€‚o de servi€os intragrupo deve conter os seguintes elementos informativos:

a) CŒpia do contrato;

b) Descri€‚o dos servi€os objecto do contrato;

c) Identifica€‚o das entidades beneficiƒrias dos servi€os;

d) Identifica€‚o dos encargos que s‚o imputƒveis aos servi€os e crit•rios utilizados para a respectiva reparti€‚o.

Organizaƒ„o do Dossier de preƒos de transfer‡ncia:

Est•o dispensados os sujeitos passivos com valor anual de vendas e outros proveitos inferior a 3.000.000,00 euros.

Quadro 10 - operaĠes com entidades relacionadas:

Anexo H: opera€…es com n‚o residentes:

o Entidades n‚o residentes (relacionadas);

o Estabelecimentos estƒveis;

o Entidades sujeitas a regime fiscal privilegiado;

QUADRO 11
Comˆrcio Electr‚nico
Considera-se que hŽ presenƒa na Internet quando se verifique uma ou mais das seguintes situa€…es:

• Uso de S†tio ou Pƒgina de Internet para fins comerciais;

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• Uso de correio electrŒnico para fins comerciais;

• Uso de grupos de discuss‚o electrŒnicos para fins comerciais;

• Uso de outro tipo de tecnologia aplicƒvel na Internet para fins comerciais (por exemplo: faixas publicitƒrias ou liga€…es ao prŒprio S†tio ou Pƒgina
de Internet, em Pƒginas de Internet mantidas por terceiros).

Sempre que tenham sido efectuadas encomendas via Internet e as mesmas tenham sido satisfeitas pela mesma via (Internet), devem os respectivos
valores ser inscritos nos campos A2101 e A2102 consoante digam respeito a transmiss…es ou aquisi€…es, respectivamente.

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ANEXO A 1
CONTAS CONSOLIDADAS
No ’mbito da Informa€‚o Empresarial Simplificada (lES), criada pelo Decreto-Lei n.Ž 8/2007, de 17 de Janeiro, o Anexo A1, referente a contas
consolidadas, deve ser apresentado pelas entidades residentes que exer€am, a t†tulo principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou
agr†cola. (Decreto-Lei n.Ž 238/91 de 2 de Julho, art. 1.Ž).

Com a submiss‚o, por via electrŒnica, do referido Anexo, considera-se disponibilizada a informa€‚o necessƒria ao cumprimento das seguintes obriga€…es
legais compreendidas na lES:

• Registo da presta€‚o de contas junto das conservatŒrias do registo comercial (n.Ž 1 do artigo 15.0 do CŒdigo do Registo Comercial);

• Presta€‚o de informa€‚o de natureza estat†stica ao Instituto Nacional de Estat†stica (n.Ž 1 do artigo 6.Ž da Lei do Sistema Estat†stico Nacional);

• Presta€‚o de informa€‚o relativa a dados contabil†sticos anuais para fins estat†sticos ao Banco de Portugal (artigo 13.Ž da Lei Org’nica do Banco
de Portugal).

Estas obriga€…es legais s‚o exclusivamente cumpridas atrav•s da entrega da lES (n.Ž 3 do artigo 2.Ž do Decreto-Lei n.Ž 8/2007, de 17 de Janeiro).

Este anexo deve ser preenchido pela empresa-m‚e, n‚o devendo ser acompanhado de qualquer outro anexo. Deve ser enviado apenas para o exerc†cio de
2006 e seguintes.

QUADRO 01
N.€de Identificaƒ„o Fiscal
Inscrever o n‹mero de identifica€‚o de pessoa colectiva ou equiparado (NIPC) atribu†do pelo Minist•rio da Justi€a e constante do respectivo CARTAO DE
IDENTIFICA‡AO DE PESSOA COLECTIVA.

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QUADRO 02
Exerc…cio
Indicar o exerc†cio a que respeitam os rendimentos.

Tendo-se adoptado um per†odo de tributa€‚o diferente do ano civil, deve ser indicado o ano em que se integre o primeiro dia do referido per†odo.

QUADRO 03
Demonstraƒ„o Consolidada dos Resultados Por Naturezas
Corresponde „ Demonstra€‚o Consolidada dos Resultados por Naturezas do POC (Decreto-Lei nŽ410/89 de 21 de Novembro, Decreto-Lei n.Ž 238/91 de 2
de Julho e respectivas altera€…es aplicƒveis), remetendo-se para os referidos diplomas todas as indica€…es quanto ao ’mbito das suas rubricas.

QUADRO 04
Balanƒo Consolidado
Corresponde ao Balan€o consolidado do POC (Decreto-Lei nŽ410/89 de 21 de Novembro, Decreto-Lei n.Ž 238/91 de 2 de Julho e respectivas altera€…es
aplicƒveis), remetendo-se para os referidos diplomas todas as indica€…es quanto ao ’mbito das suas rubricas.

QUADRO 05
Anexo ao Balanƒo e • Demonstraƒ„o dos Resultados Consolidados
Corresponde quase integralmente ao Anexo ao Balan€o e „ Demonstra€‚o dos Resultados consolidados do POC (Decreto-Lei nŽ 410/89 de 21 de

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Novembro, Decreto-Lei n.Ž 238/91 de 2 de Julho e respectivas altera€…es aplicƒveis), remetendo-se para os referidos diplomas todas as indica€…es quanto
ao ’mbito dos seus campos.

O quadro 05 • decomposto por um vasto conjunto de quadros/notas (de 0501 a 0550), a preencher quando aplicƒveis.

Todas as notas do quadro 05 compreendem espa€os de escrita livre para a inser€‚o dos elementos que se entendam ‹teis „ melhor compreens‚o da
informa€‚o econŒmica e financeira da empresa. Do conte‹do divulgado nestas notas depende a qualidade da informa€‚o das empresas.

Em complemento ao POC (Decreto-Lei n.Ž 410/89 de 21 de Novembro, Decreto-Lei n.Ž 238/91 de 2 de Julho e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve
atender-se „s seguintes especifica€…es:

Quadro 0501 / Nota 1 - Empresas inclu…das na consolidaƒ„o

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei nŽ410/89 de 21 de Novembro, Decreto-Lei n.Ž 238/91 de 2 de Julho e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve
inscrever para cada uma das empresas inclu…das na consolidaƒ„o, o n‹mero de identifica€‚o fiscal e denomina€‚o (caso seja n‚o residente), o pa†s de
localiza€‚o da sede, de acordo com a norma ISO 3166 (parte num•rica), dispon†vel em www.e-financas.gov.pt, na Ajuda/Quest…es Frequentes! Quest…es
Fiscais, o valor e percentagem (directa e indirecta) da sua participa€‚o no capital subscrito, bem como a sua participa€‚o no que se refere ao direito de
voto.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas linhas quanto as necessƒrias.

No campo destinado a Comentƒrios, explique as raz…es para a inclus‚o.

Quadro 0502 / Nota 2 - Empresas exclu…das da consolidaƒ„o

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei nŽ410/89 de 21 de Novembro, Decreto-Lei n.Ž 238/91 de 2 de Julho e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve
inscrever para cada uma das empresas exclu…das da consolidaƒ„o, o n‹mero de identifica€‚o fiscal e denomina€‚o (caso seja n‚o residente), o pa†s de
localiza€‚o da sede, de acordo com a norma ISO 3166 (parte num•rica), dispon†vel em www.e-financas.gov.pt, na Ajuda/Quest…es Frequentes/ Quest…es
Fiscais, o valor e percentagem (directa e indirecta) da sua participa€‚o no capital subscrito, bem como a sua participa€‚o no que se refere ao direito de
voto.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas linhas quanto as necessƒrias.

No campo destinado a comentƒrios, explique os motivos da exclus‚o.

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Quadro 0503 / Nota 3 - Empresas associadas

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei nŽ410/89 de 21 de Novembro, Decreto-Lei n.Ž 238/91 de 2 de Julho e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve
inscrever para cada uma das empresas associadas, o n•mero de identificaƒ„o fiscal e denomina€‚o (caso seja n‚o residente), o pa†s de localiza€‚o
da sede, de acordo com a norma ISO 3166 (parte num•rica), dispon†vel em www.e-financas.gov.pt, na Ajuda/Quest…es Frequentes/ Quest…es Fiscais, o
valor e percentagem (directa e indirecta) da sua participa€‚o no capital subscrito, bem como a sua participa€‚o no que se refere ao direito de voto.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas linhas quanto as necessƒrias.

Quadro 0505 / Nota 5 - Empresas objecto de consolidaƒ„o proporcional

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei nŽ410/89 de 21 de Novembro, Decreto-Lei n.Ž 238/91 de 2 de Julho e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve
inscrever para cada uma das empresas consolidadas pelo mˆtodo proporcional, o n•mero de identifica€‚o fiscal e denomina€‚o (caso seja n‚o
residente), o pa…s de localizaƒ„o da sede, de acordo com a norma ISO 3166 (parte num•rica), dispon†vel em www.e-financas.gov.pt, na Ajuda/Quest…es
Frequentes! Quest…es Fiscais, o valor e percentagem (directa e indirecta) da sua participa€‚o no capital subscrito, bem como a sua participa€‚o no que se
refere ao direito de voto.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas linhas quanto as necessƒrias.

No campo destinado a Comentƒrios, deve inscrever outras explica€…es e comentƒrios que considere relevantes.

Quadro 0506 / Nota 6 - Empresas n„o referidas nas notas 1 a 5

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei nŽ410/89 de 21 de Novembro, Decreto-Lei n.Ž 238/91 de 2 de Julho e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve
inscrever, para cada uma das empresas n„o referidas nas notas 1 a 5, o n•mero de identifica€‚o fiscal e denomina€‚o da empresa (caso seja n‚o
residente), o pa†s da sede, de acordo com a norma ISO 3166 (parte num•rica), dispon†vel em www.e-financas.gov.pt, na Ajuda/Quest…es Frequentes!
Quest…es Fiscais e a participa€‚o de direitos de voto, o valor e percentagem directa e indirecta da sua participa€‚o no capital subscrito, o capital prŒprio e o
resultado do ‹ltimo exerc†cio.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas colunas quanto as necessƒrias.

Quadro 0507 / Nota 7 - N•mero mˆdio de trabalhadores ao serviƒo das empresas inclu…das na consolidaƒ„o

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Em conformidade com o POC (Decreto-Lei nŽ410/89 de 21 de Novembro, Decreto-Lei n.Ž 238/91 de 2 de Julho e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve
indicar no campo A5427 o n‹mero m•dio de trabalhadores ao servi€o das empresas inclu†das na consolida€‚o durante o exerc†cio e no campo A5428 o
n‹mero m•dio de trabalhadores ao servi€o das empresas inclu†das na consolida€‚o proporcional durante o exerc†cio.

Os campos A5427 e A5428 - Trabalhadores ao servi‚o da empresa - deve incluir o pessoal que trabalha para a empresa e que recebe uma remunera€‚o
em dinheiro ou em esp•cie como contrapartida do trabalho prestado (incluindo os sŒcios), o pessoal que trabalha para a empresa sem usufruir qualquer tipo
de remunera€‚o (ex. sŒcios trabalhadores, trabalhadores familiares), o pessoal ausente por um per†odo n‚o superior a um m•s (ex. doen€a, f•rias,
forma€‚o profissional) e o pessoal de outras empresas que se encontre a trabalhar na empresa, sendo por esta directamente remunerado. N‚o deve incluir
o pessoal a trabalhar na empresa cuja remunera€‚o • suportada por outra entidade, os prestadores de servi€os (profissionais liberais), o pessoal da
empresa ausente por um per†odo superior a um m•s (ex. doen€a, servi€o militar obrigatŒrio, licen€a sem vencimento) e o pessoal com v†nculo „ empresa
deslocado para outras empresas, sendo nessas directamente remunerado.

Quadro 0521 / Nota 21 - Compromissos financeiros e outras conting‡ncias que n„o figurem no balanƒo consolidado

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei n.Ž410/89 de 21 de Novembro, Decreto-Lei n.Ž 238/91 de 2 de Julho e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve
indicar o montante global dos compromissos financeiros relativos a pens…es e o montante global dos compromissos financeiros relativos a empresas do
grupo n‚o inclu†das na consolida€‚o, que n‚o figurem no balan€o consolidado, ‹teis para a aprecia€‚o da situa€‚o financeira da empresa. Deve ainda, no
campo destinado a Comentƒrios, inscrever outros compromissos financeiros ou outras conting•ncias que n‚o figurem no balan€o consolidado.

Quadro 0524 / Nota 24 - Cotaƒ†es utilizadas para convers†es em euros

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei nŽ410/89 de 21 de Novembro, Decreto-Lei n.Ž 238/91 de 2 de Julho e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve
indicar o tipo de moeda estrangeira (campos A5431 a A5432 e A5435 a A5436) e a respectiva cota€‚o (campos A5433 a A5434 e A5437 a A5438) utilizada
para convers‚o dos valores inscritos nas contas de balan€o e demonstra€‚o dos resultados.

A identifica€‚o do tipo de moeda serƒ efectuada de acordo com a norma ISO 4217, dispon†vel em www.e-financas.gov.pt, na Ajuda/Quest…es Frequentes/
Quest…es Fiscais.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas linhas quanto as necessƒrias.

Quadro 0536 / Nota 36 - Repartiƒ„o de valores por mercados geogrŽficos

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei n.Ž410/89 de 21 de Novembro, Decreto-Lei n.Ž 238/91 de 2 de Julho e respectivas altera€…es aplicƒveis), devem

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as variƒveis solicitadas neste quadro ser preenchidas, pelo valor l†quido consolidado para os mercados geogrƒficos indicados. Na reparti€‚o por mercados
geogrƒficos, o mercado intracomunitƒrio cobre os 24 pa†ses da Uni‚o Europeia excluindo Portugal (que estƒ identificado no mercado interno), enquanto o
mercado extra-comunitƒrio engloba os restantes pa†ses do mundo.

Deve ainda indicar, no campo destinado a comentƒrios, o valor l†quido consolidado das vendas e das presta€…es de servi€os para cada uma das
actividades econŒmicas, na medida em que as actividades econŒmicas do conjunto das empresas inclu†das na consolida€‚o, difiram substancialmente
umas das outras.

Quadro 0539 / Nota 39 - Remuneraƒ†es atribu…das a membros dos ‚rg„os sociais da empresa-m„e

Em conformidade com o POC (Decreto-lei n.Ž 410/89 de 21 de Novembro, Decreto-Lei n.Ž 238/91 de 2 de Julho e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve
indicar, para cada um dos Œrg‚os, as remunera€…es atribu†das aos membros dos Œrg‚os sociais da empresa-m‚e que estejam relacionadas com o exerc†cio
das respectivas fun€…es nesta e nas empresas filiais.

No campo destinado a Comentƒrios, deve ainda indicar as responsabilidades assumidas relativamente a pens…es de reforma dos antigos membros dos
Œrg‚os discriminados no quadro.

Quadro 0542 / Nota 42 - ReavaliaĠes do imobilizado

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei nŽ410/89 de 21 de Novembro, Decreto-Lei n.Ž 238/91 de 2 de Julho e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve
inscrever o valor do custo histŒrico, o valor das reavalia€…es — fiscais e outras, e o valor contabil†stico reavaliado, para cada uma das rubricas de
imobiliza€…es corpŒreas e investimentos financeiros, discriminadas no quadro.

Os valores a inscrever devem ser l†quidos de amortiza€…es e devem incluir as sucessivas reavalia€…es.

Quadro 0546 / Nota 46 - Movimentos ocorridos nas provis†es

Em conformidade com o POC (Decreto-Lei n.Ž 410/89 de 21 de Novembro, Decreto-Lei n.Ž 238/91 de 2 de Julho e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve
inscrever os movimentos ocorridos no exerc†cio nas diferentes rubricas da conta de provis…es, de acordo com a discrimina€‚o requerida pelo quadro.

Na rubrica “Outras Provis…es” deve inscrever o valor das subcontas n‚o especificadas no quadro, para que os valores consolidados totais deste
correspondam aos valores consolidados totais registados na conta 29 — Provis…es do POC.

Quadro 0547 / Nota 47 - Valores contabil…sticos de bens utilizados em regime de locaƒ„o financeira

498
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Em conformidade com o POC (Decreto-Lei n.Ž 41 0/89, de 21 de Novembro, Decreto-Lei n.Ž 238/91 de 2 de Julho e respectivas altera€…es aplicƒveis),
devem ser indicados os bens utilizados em regime de loca€‚o financeira, com men€‚o dos respectivos valores contabil†sticos — valor contabilizado,
constante no contrato e amortiza€…es acumuladas.

A identifica€‚o das contas / subcontas do imobilizado corpŒreo deve ser efectuada por selec€‚o das respectivas contas / subcontas do P00.

Quadro 0550 / Nota 50 - Informaƒ†es sobre matˆrias ambientais

Deve indicar os crit•rios para o reconhecimento, mensura€‚o e divulga€‚o sobre mat•rias ambientais, previstas pela Directriz Contabil†stica n.Ž 29.

Quadro 0551 / Nota 51 - Outras Informaƒ†es consideradas relevantes para a compreens„o da situaƒ„o financeira e dos resultados consolidados

Em conformidade com a nota 50 anexa ao Balan€o e „ Demonstra€‚o dos Resultados Consolidados do P00 (Decreto-Lei nŽ410/89 de 21 de Novembro,
Decreto-Lei n.Ž 238/91 de 2 de Julho e respectivas altera€…es aplicƒveis), deve indicar outras informa€…es consideradas relevantes para a compreens‚o da
situa€‚o financeira e dos resultados do conjunto das empresas inclu†das na consolida€‚o.

QUADRO 07
Deliberaƒ„o de Aprovaƒ„o de Contas Consolidadas
Este quadro deve reflectir as decis…es tomadas na Assembleia-geral de aprova€‚o de contas consolidadas.

Os campos 1 ou 2 s‚o de preenchimento obrigatŒrio. Se assinalou o campo 1 deve responder „s quest…es colocadas nos pontos 1 a 6, deste quadro.

No campo A5901 deve ser inscrito o valor correspondente ao valor dos resultados consolidados.

QUADRO 08
Relat‚rio Consolidado de Gest„o / Parecer do –rg„o de Fiscalizaƒ„o / Certificaƒ„o Legal das Contas Consolidadas

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Os campos 1 ou 2 s‚o de preenchimento obrigatŒrio. Se assinalou o campo 1 deve assinalar os campos 3 ou 4. Se assinalou o campo 4 deve assinalar os
campos 5 ou 6.

Os campos 7 ou 8 s‚o de preenchimento obrigatŒrio. Se assinalou o campo 7 deve assinalar os campos 9 ou 10. Se assinalou o campo 9 deve assinalar os
campos 11 ou 12.

Os campos 13 ou 14 s‚o de preenchimento obrigatŒrio. O campo 13 deve ser assinalado se a entidade estiver obrigado a ter certifica€‚o legal das suas
contas consolidadas por um Revisor Oficial de Contas (ROC), de acordo com o artigo 42.Ž do Decreto-Lei n.Ž 487/99, de 16 de Novembro (Estatuto do
Revisor Oficial de Contas).

Se assinalou o campo 13, deve assinalar os campos 15 ou 16.

Caso tenha sido assinalado o campo 15, os campos 17 ou 18 s‚o de preenchimento obrigatŒrio.

Caso tenha sido assinalado o campo 17, devem ser preenchidos os campos 19 a 24, de acordo com a respectiva situa€‚o.

Caso tenham sido assinalados os campos 20, 22 ou 23, deve ser obrigatoriamente preenchido o campo A5950.

Os campos 25 ou 26 s‚o de preenchimento obrigatŒrio. Se assinalou o campo 25 deve assinalar os campos 27 ou 28.

500
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ANEXO B
Empresas do Sector Financeiro
(Decreto-Lei n.á 298/92, de 31 de Dezembro)
No ’mbito da Informa€‚o Empresarial Simplificada (lES), criada pelo Decreto-Lei n.Ž 8/2007, de 17 de Janeiro, o Anexo B deve ser apresentado
CONJUNTAMENTE com o Anexo S pelas empresas do sector financeiro (Decreto-Lei n.Ž 298/92, de 31 de Dezembro).

Com a submiss‚o, por via electrŒnica, do referido Anexo, considera-se disponibilizada a informa€‚o necessƒria ao cumprimento das seguintes obriga€…es
legais compreendidas na lES:

• Registo da presta€‚o de contas junto das conservatŒrias do registo comercial (n.Ž 1 do artigo 15.0 do CŒdigo do Registo Comercial);

• Presta€‚o de informa€‚o de natureza estat†stica ao Instituto Nacional de Estat†stica (n.Ž 1 do artigo 6.Ž da Lei do Sistema Estat†stico Nacional);

• Presta€‚o de informa€‚o relativa a dados contabil†sticos anuais para fins estat†sticos ao Banco de Portugal (artigo 13.Ž da Lei Org’nica do Banco
de Portugal).

Estas obriga€…es legais s‚o exclusivamente cumpridas atrav•s da entrega da lES (n.Ž 3 do artigo 2.Ž do Decreto-Lei n.Ž 8/2007, de 17 de Janeiro).

Este anexo • composto por quadros distintos, consoante a contabilidade da empresa se encontre organizada conforme o PCSB (Plano de Contas para o
Sistema Bancƒrio) ou as NCA (Normas de Contabilidade Ajustadas).

QUADRO 01
N.€de Identificaƒ„o Fiscal
Inscrever o n‹mero de identifica€‚o de pessoa colectiva ou equiparado (NIPC) atribu†do pelo Minist•rio da Justi€a e constante do respectivo CARTAO DE
IDENTIFICA‡AO DE PESSOA COLECTIVA.

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QUADRO 02
Exerc…cio
Indicar o exerc†cio a que respeitam os rendimentos.

Tendo-se adoptado um per†odo de tributa€‚o diferente do ano civil, deve ser indicado o ano em que se integre o primeiro dia do referido per†odo.

QUADRO 02-A
A contabilidade encontra-se organizada conforme
Os campos 1 ou 2 s‚o de preenchimento obrigatŒrio.

Assinalar o campo 1 se a contabilidade da empresa, no exerc†cio a que respeitam os rendimentos, estiver organizada de acordo com as NCA (Normas de
Contabilidade Ajustadas);

Assinalar o campo 2 se a contabilidade da empresa, no exerc†cio a que respeitam os rendimentos, estiver organizada de acordo com o PCSB (Plano de
Contas para o Sistema BancŽrio);

QUADRO 03
Demonstraƒ„o de resultados - NCA
O Quadro 03 deve ser preenchido apenas pelas empresas com contabilidade organizada conforme as NCA (Normas de Contabilidade Ajustadas).

Os campos BO1O1 a B0125 deste quadro correspondem „s rubricas da demonstra€‚o de resultados, definidas em modelo anexo „ Instru€‚o n.Ž 18/2005
do Banco de Portugal. Portugal, remetendo-se para a referida Instru€‚o todas as indica€…es quanto ao seu ’mbito.

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QUADRO 03-A
Demonstraƒ„o de resultados - PCSB
O Quadro 03A deve ser preenchido apenas pelas empresas com contabilidade organizada conforme o PCSB (Plano de Contas para o Sistema Bancƒrio).

Os campos B0201 a B0234 deste quadro correspondem „s rubricas da demonstra€‚o de resultados, definidas em modelo anexo ao PCSB, aprovado pelo
Decreto-Lei nŽ 91/90, de 17 de Mar€o e definido atrav•s da Instru€‚o n.Ž 4/96 do Banco de Portugal (BNBP nŽ1, de 17 de Junho), remetendo-se para a
referida Instru€‚o e respectivas altera€…es todas as indica€…es quanto ao seu ’mbito.

QUADRO 04
Balanƒo - NCA
O Quadro 04 deve ser preenchido apenas pelas empresas com contabilidade organizada conforme as NCA (Normas de Contabilidade Ajustadas).

Os campos B0301 a B0345 deste quadro correspondem „s rubricas do balan€o definidas em modelo anexo „ Instru€‚o n.Ž 18/2005 do Banco de Portugal,
remetendo-se para a referida Instru€‚o todas as indica€…es quanto ao seu ’mbito.

QUADRO 04-A
Balanƒo - PCSB
O Quadro 04A deve ser preenchido apenas pelas empresas com contabilidade organizada conforme o PCSB (Plano de Contas para o Sistema Bancƒrio).

Os campos B0401 a B0445 deste quadro correspondem „s rubricas do balan€o, definidas em modelo anexo ao PCSB, aprovado pelo Decreto-Lei n.Ž 91/90,
de 17 de Mar€o e definido atrav•s da Instru€‚o n.Ž 4/96 do Banco de Portugal (BNBP n.Ž 1, de 17 de Junho), remetendo-se para a referida Instru€‚o e
respectivas altera€…es todas as indica€…es quanto ao seu ’mbito.

503
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QUADRO 05
Anexo ao balanƒo e • demonstraƒ„o de resultados
O Quadro 05, de formato livre, deve ser utilizado pelas empresas para colocar toda a informa€‚o anexa ao balan€o e „ demonstra€‚o de resultados,
independentemente de a empresa ter a sua contabilidade organizada de acordo com as NCA (Normas de Contabilidade Ajustadas) ou o PCSB (Plano de
Contas para o Sistema Bancƒrio).

Para as empresas com contabilidade organizada de acordo com o PCSB, o conte‹do deste campo deverƒ seguir as normas definidas na Instru€‚o do
Banco de Portugal n.Ž 4/96 - Anexo VI.

QUADRO 06
Outras informaƒ†es contabil…sticas e fiscais
Quadro 061 - Pessoas ao serviƒo e horas trabalhadas

No campo B0501 indicar o n‹mero de m•dio de pessoas ao servi€o da empresa, remuneradas e n‚o remuneradas, durante os meses do ano em que a
empresa esteve em actividade.

Pessoas ao servi‚o da empresa (remuneradas e n„o remuneradas) — deve incluir o pessoal que trabalha para a empresa e que recebe uma
remunera€‚o em dinheiro ou em esp•cie como contrapartida do trabalho prestado, o pessoal que trabalha para a empresa sem usufruir qualquer tipo de
remunera€‚o, o pessoal ausente por um per†odo n‚o superior a um m•s (ex: doen€a, f•rias, forma€‚o profissional) e o pessoal de outras empresas que se
encontre a trabalhar na empresa, sendo por esta directamente remunerado.

N„o deve incluir o pessoal a trabalhar na empresa cuja remunera€‚o • suportada por outra entidade, os prestadores de servi€os (profissionais liberais), o
pessoal da empresa ausente por um per†odo superior a um m•s (ex.: doen€a, servi€o militar obrigatŒrio, licen€a sem vencimento) e o pessoal com v†nculo
„ empresa deslocado para outras empresas, sendo nessas directamente remunerado.

Nˆ m‡dio de pessoas ao servi€o - calcular:

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Soma do pessoal ao servi€o no †ltimo dia †til de cada m„s de actividade do ano
N†mero de meses de actividade do ano

No campo B0509 indicar o n‹mero m•dio de mulheres ao servi€o da empresa, remuneradas e n‚o remuneradas, durante os meses do ano em que a
empresa esteve em actividade.

No campo B0502 indicar o n‹mero m•dio de pessoas ao servi€o da empresa a tempo completo, durante os meses do ano em que a empresa esteve em
actividade.

Pessoas ao servi‚o da empresa a tempo completo — deve incluir o pessoal que trabalha para a empresa e que cumpre habitualmente o horƒrio normal
de trabalho em vigor na empresa, para a respectiva categoria profissional ou na respectiva profiss‚o, ou um horƒrio superior ao horƒrio normal de trabalho.
O pessoal com horƒrio inferior ao horƒrio normal n‚o deve ser considerado a tempo completo.

No campo B0503 indicar o n‹mero m•dio de pessoas ao servi€o da empresa a tempo parcial, durante os meses do ano em que a empresa esteve em
actividade.

Pessoas ao servi‚o da empresa a tempo parcial — deve incluir o pessoal que trabalha para a empresa e que cumpre um horƒrio inferior ao horƒrio
normal, em vigor na empresa, para a respectiva categoria profissional ou na respectiva profiss‚o.

No campo B0504 indicar o n‹mero m•dio de pessoas remuneradas ao servi€o da empresa, durante os meses do ano em que a empresa esteve em
actividade.

Pessoas remuneradas ao servi‚o da empresa — deve incluir todas as pessoas que, nos termos de um contrato de trabalho, exercem a sua actividade na
empresa, recebendo em contrapartida uma remunera€‚o. Devem ser exclu†dos os empresƒrios em nome individual que trabalham na sua prŒpria empresa,
bem como os prestadores de servi€os.

No campo B0505 indicar o n‹mero m•dio de mulheres remuneradas ao servi€o da empresa, durante os meses do ano em que a empresa esteve em
actividade.

No campo B0506 indicar o n‹mero m•dio de pessoas n‚o remuneradas ao servi€o da empresa, durante os meses do ano em que a empresa esteve em
actividade.

Pessoas nƒo remuneradas ao servi‚o da empresa — inclui os indiv†duos que exercem uma actividade na empresa e que, por n‚o estarem vinculados

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por um contrato do trabalho, sujeito ou n‚o a forma escrita, n‚o recebem uma remunera€‚o regular. em dinheiro e/ou g•neros pelo tempo trabalhado ou
trabalho fornecido. Inclui nomeadamente os trabalhadores com emprego por conta prŒpria, os trabalhadores familiares n‚o remunerados, os membros de
cooperativas de produ€‚o e os trabalhadores destacados.

No campo B0507 indicar o n‹mero de horas trabalhadas no ano pelo total das pessoas ao servi€o da empresa a tempo completo.

No campo B0508 indicar o n‹mero de horas trabalhadas no ano pelo total das pessoas ao servi€o da empresa a tempo parcial.

N‹ de horas trabalhadas no ano — n‹mero total de horas que o pessoal ao servi€o efectivamente consagrou ao trabalho. Inclui as horas extraordinƒrias.
Inclui ainda o tempo passado no local de trabalho na execu€‚o de tarefas tais como a prepara€‚o dos instrumentos de trabalho, prepara€‚o e manuten€‚o
de ferramentas, os tempos de trabalho mortos mas pagos devidos a aus•ncias ocasionais de trabalho, paragem de mƒquinas ou acidentes e pequenas
pausas para caf•. Exclui as horas de aus•ncia independentemente de terem sido remuneradas ou n‚o.

Quadro 062 - InventŽrio de t…tulos em base individual - NCA

O Quadro 062 deve ser preenchido apenas pelas empresas com contabilidade organizada conforme as NCA (Normas de Contabilidade Ajustadas).

Para o preenchimento do inventƒrio de t†tulos em base individual, o mesmo t†tulo deve ser considerado tantas vezes, quantas as diferentes categorias de
activos nas quais se encontra inclu†do.

Nas colunas 2 e 4 deste quadro deve inscrever-se o valor de balan€o total relativo a cada t†tulo, l†quido de todos os ajustamentos feitos em contas de
balan€o, conforme a natureza dos t†tulos e as pol†ticas contabil†sticas aplicƒveis, designadamente quaisquer montantes registados a t†tulo de imparidade ou
outras correc€…es de valor.

Activos financeiros detidos para negocia‚ƒo — Inclui os activos adquiridos com a principal finalidade de venda num prazo muito prŒximo, os activos
que fa€am parte de uma carteira de instrumentos financeiros identificados que sejam geridos em conjunto e para os quais exista evid•ncia de um modelo
real recente de obten€‚o de lucros a curto prazo ou um instrumento derivado com custo de substitui€‚o positivo (excepto no caso de um derivado que seja
um instrumento de cobertura designado e eficaz), de acordo com o disposto na IAS 39.

Outros activos financeiros ao justo valor atrav•s de resultados (fair value option) — Inclui os activos financeiros que, n‚o sendo detidos para
negocia€‚o, sejam designados ao justo valor atrav•s da conta de resultados no momento do reconhecimento inicial, de acordo com o disposto na al†nea b)
do parƒgrafo 9 da IAS 39.

Activos financeiros dispon„veis para venda -. Inclui os activos financeiros n‚o derivados que sejam designados como dispon†veis para venda ou n‚o

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sejam classificados como (a) empr•stimos concedidos ou contas a receber, (b) investimentos detidos at• „ maturidade ou (c) activos financeiros pelo justo
valor atrav•s da conta de resultados, de acordo com o disposto na IAS 39.

Activos titularizados nƒo desreconhecidos — Inclui todos aqueles activos que, tendo sido objecto de ced•ncia no ’mbito de uma opera€‚o de
securitiza€‚o, n‚o respeitam as condi€…es necessƒrias para que sejam desreconhecidos, nos termos da IAS 39.

Activos com acordo de recompra — Inclui os activos a que se refere o parƒgrafo 37 da IAS 39, designadamente aqueles que tendo sido cedidos a
terceiros, se encontram sujeitos a um acordo de recompra nas condi€…es a que a norma se refere.

Investimentos detidos at• … maturidade - Inclui activos financeiros n‚o derivados com pagamentos fixos ou determinƒveis, com uma maturidade
determinada, relativamente aos quais exista inten€‚o e capacidade de deter at• ao vencimento, de acordo com o disposto na IAS 39.

Activos nƒo correntes detidos para venda e opera‚†es descontinuadas — Inclui os activos cujo valor de balan€o se prev• que venha a ser recuperado
atrav•s de aliena€‚o (num prazo superior a 12 meses) e n‚o atrav•s da sua utiliza€‚o continuada, desde que abrangidos pelo tratamento disposto na IFRS
5. Pode-se incluir nesta categoria, por exemplo, os activos adquiridos em reembolso de cr•dito prŒprio, quando n‚o arrendados.

Quadro 062-A - InventŽrio da carteira de t…tulos - PCSB

O Quadro 062-A deve ser preenchido apenas pelas empresas com contabilidade organizada conforme o PCSB (Plano de Contas para o Sistema Bancƒrio).

Os campos B3601 a B371 7 deste quadro correspondem „s rubricas definidas em modelo anexo ao PCSB, aprovado pelo Decreto-Lei n.Ž 91/90, de 17 de
Mar€o e definido atrav•s da Instru€‚o n.Ž 4/96 do Banco de Portugal (BNBP nŽ1, de 17 de Junho), remetendo-se para a referida Instru€‚o e respectivas
altera€…es todas as indica€…es quanto ao seu ’mbito.

T„tulos — Negocia‚ƒo — s‚o t†tulos adquiridos pelas institui€…es com o objectivo de aplica€‚o a curto e a muito curto prazo, o qual n‚o deverƒ exceder os
6 meses.

Quadro 063 - Outros activos tang…veis e intang…veis - Movimento do exerc…cio - NCA

O Quadro 063 deve ser preenchido apenas pelas empresas com contabilidade organizada conforme as NCA (Normas de Contabilidade Ajustadas) e com
valores correspondentes aos movimentos do exerc†cio a que respeitam os rendimentos.

Os campos B0801 a B0829 deste quadro correspondem „s rubricas da situa€‚o anal†tica definida nas NCA, utilizadas para reporte da informa€‚o
contabil†stica, preparada de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC) e com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), com base

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na Instru€‚o n.Ž 23/2004 do Banco de Portugal, remetendo-se para a referida Instru€‚o e Regulamento todas as indica€…es quanto ao seu ’mbito.

Quadro 063-A - Imobilizaƒ†es corp‚reas e incorp‚reas - Movimento do exerc…cio - PCSB

O Quadro 063-A deve ser preenchido apenas pelas empresas com contabilidade organizada conforme o PCSB (Plano de Contas para o Sistema Bancƒrio)
e com valores correspondentes aos movimentos do exerc†cio a que respeitam os rendimentos.

Os campos B3801 a B3832 deste quadro correspondem „s contas do PCSB, aprovado pelo Decreto-Lei n.Ž 91/90, de 17 de Mar€o e definido atrav•s da
Instru€‚o n.Ž 4/96 do Banco de Portugal (BNBP nŽ1, de 17 de Junho), remetendo-se para a referida Instru€‚o e respectivas altera€…es todas as indica€…es
quanto ao seu ’mbito.

Quadro 064-A - Desdobramento de juros e custos equiparados - PCSB

O Quadro 064-A deve ser preenchido apenas pelas empresas com contabilidade organizada conforme o PCSB (Plano de Contas para o Sistema Bancƒrio).

Os campos B3901, B3905 e B3909 deste quadro correspondem „s contas do PCSB, aprovado pelo Decreto-Lei nŽ 91/90, de 17 de Mar€o e definido atrav•s
da Instru€‚o nŽ4/96 do Banco de Portugal (BNBP nŽ1, de 17 de Junho) remetendo-se para a referida Instru€‚o e respectivas altera€…es todas as indica€…es
quanto ao seu ’mbito.

Quadro 065 - Bens em locaƒ„o financeira - Produƒ„o do ano

O Quadro 065 deve ser preenchido por todas as empresas, independentemente de terem a sua contabilidade organizada conforme as NCA (Normas de
Contabilidade Ajustadas) ou conforme o PCSB (Plano de Contas para o Sistema Bancƒrio).

Pretende-se a discrimina€‚o dos bens em loca€‚o financeira detidos pela empresa (e apenas respeitantes „ produ€‚o do prŒprio ano/exerc†cio a que
reportam os rendimentos), por sectores institucionais, por actividades econŒmicas, por tipo de bens de equipamento e por tipo de imŒveis.

Quadro 066 - Participaƒ„o no capital social

O Quadro 066 deve ser preenchido por todas as empresas, independentemente de terem a sua contabilidade organizada conforme as NCA (Normas de
Contabilidade Ajustadas) ou conforme o PCSB (Plano de Contas para o Sistema Bancƒrio).

Pretende-se a discrimina€‚o das participa€…es no capital social das entidades nacionais (p‹blicas e privadas) e das entidades n‚o residentes.

Quadro 067 - Outras informaĠes

508
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O Quadro 067 deve ser preenchido por todas as empresas, independentemente de terem a sua contabilidade organizada conforme as NCA (Normas de
Contabilidade Ajustadas) ou conforme o PCSB (Plano de Contas para o Sistema Bancƒrio).

Pretende-se informa€‚o sobre o valor dispendido na aquisi€‚o de vales de refei€‚o no exerc†cio a que respeitam os rendimentos.

QUADRO 07
Deliberaƒ„o de aprovaƒ„o de contas - aplicaƒ„o dos resultados conforme deliberaƒ„o que aprovou as contas do exerc…cio
Este quadro deve reflectir as decis…es tomadas na Assembleia-geral de aprova€‚o de contas, sobre a aplica€‚o dos resultados.

Os campos 1 ou 2 s‚o de preenchimento obrigatŒrio. Se assinalou o campo 1 deve responder „s quest…es colocadas nos pontos 1 a 5, deste quadro.

Caso a declara€‚o esteja a ser apresentada por uma empresa p‹blica, apenas devem ser preenchidos os campos 1 ou 2 e o campo 14.

Caso a declara€‚o esteja a ser apresentada por uma representa€‚o permanente de sociedade com sede no estrangeiro, apenas devem ser preenchidos os
campos 1 ou 2 e o campo 15.

No campo B1701 deve ser inscrito o valor correspondente ao somatŒrio do saldo da conta Resultados Transitados com o valor do Resultado L†quido.

Podem ainda ser inclu†das no campo B1701 as reservas que n‚o sejam de carƒcter legal ou estatutƒrio, que possam ser distribu†veis no exerc†cio.

No campo B1710 deve ser inscrito, com sinal negativo, o valor relativo „ cobertura, pelos titulares do capital, de preju†zos apurados em anos anteriores.

O valor do campo B1712 deve reflectir o valor que, apŒs a aplica€‚o de resultados, ficou em Resultados Transitados. Sempre que o campo B1707 seja
preenchido e inclua beneficiƒrios sŒcios ou accionistas, • obrigatŒria a discrimina€‚o do valor atribu†do a cada um, nos campos B1713 a B1722.

QUADRO 08
Relat‚rio de gest„o / Parecer do ‚rg„o de fiscalizaƒ„o / Certificaƒ„o legal das contas

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Os campos 1 ou 2 s‚o de preenchimento obrigatŒrio. Se assinalou o campo 1 deve assinalar os campos 3 ou 4. Se assinalou o campo 4 deve assinalar o
campo 5 ou 6.

Os campos 7 ou 8 s‚o de preenchimento obrigatŒrio pelas entidades entregadoras que n‚o sejam empresas p‹blicas. Se assinalou o campo 7 deve
assinalar os campos 9 ou 10. Se assinalou o campo 9 deve assinalar os campos 11 ou 12.

Se a entidade entregadora • uma empresa p‹blica, tem que assinalar o campo 13 ou 14. Caso assinale o campo 13 deve assinalar os campos 15 ou 16.

Os campos 17 ou 18 s‚o de preenchimento obrigatŒrio. O campo 17 deve ser assinalado se o sujeito passivo de IRC estiver obrigado a ter certifica€‚o
legal das suas contas por um Revisor Oficial de Contas (ROC), de acordo com o artigo 42.Ž do Decreto-Lei n.Ž 487/99, de 16 de Novembro (Estatuto do
Revisor Oficial de Contas).

Se assinalou o campo 17, deverƒ assinalar os campos 19 ou 20.

Caso tenha sido assinalado o campo 19, os campos 21 ou 22 s‚o de preenchimento obrigatŒrio.

Caso tenha sido assinalado o campo 21, devem ser preenchidos os campos 23 a 28, de acordo com a respectiva situa€‚o.

O campo B1750 deve ser preenchido sempre que tenha sido assinalado o campo 24, ou o campo 26 ou o campo 27.

Tratando-se de uma sociedade aberta que tenha valores mobiliŽrios admitidos • negociaƒ„o em mercado regulamentado, cujos documentos de
presta€‚o de contas est‚o sujeitos a publica€‚o integral nos termos do n.Ž 3 do artigo 72.Ž do CIRC, deve assinalar o campo 29 ou 30.

QUADRO 09
Mais-valias: reinvestimento dos valores de realizaƒ„o
O presente quadro destina-se a dar cumprimento ao n.Ž 5 do artigo 45.Ž do CIRC, pelo que o seu preenchimento apenas • obrigatŒrio quando haja inten€‚o
de efectuar reinvestimento.

O valor de realiza€‚o corresponde ao valor de aliena€‚o dos bens alienados, no exerc†cio a que a declara€‚o respeita, discriminado por Imobilizado
CorpŒreo e Partes de Capital.

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Na coluna “reinvestimento’ deve ser inscrito:

• Campo “N -1” exerc†cio anterior ao da declara€‚o, apenas nas situa€…es em que tenha havido reinvestimento no exerc†cio anterior e se pretenda
afectar o mesmo ao valor de realiza€‚o do ano N.

• Campo “N” exerc†cio da declara€‚o

• Campo “valor” o montante reinvestido (valor de aquisi€‚o dos bens) no ano N -1 e ano N, respectivamente.

Na coluna “Saldo apurado entre as mais-valias e a menos-valias” deve ser inscrito o valor apurado no mapa das mais-valias e menos-valias, discriminado
por Imobilizado CorpŒreo e Partes de Capital. O transporte deste valor para o quadro 07 da declara€‚o mod. 22, deve ser efectuado de acordo com as
regras estabelecidas no artigo 45.Ž do CIRC.

Exemplo:

Por motivos de simplifica€‚o, o exemplo n‚o farƒ a separa€‚o entre Imobilizado CorpŒreo e Partes de Capital.

A empresa “A” em 2007 alienou bens no valor de 10 000 euros, tendo apurado um saldo positivo entre as mais-valias e as menos-valias no montante de 1
500 euros. A empresa havia adquirido bens, em 2006, no valor de 2 500 euros que pretende afectar „s aliena€…es efectuadas em 2007, e neste exerc†cio
adquiriu bens no valor de 5 000 euros.

Considerando que em 2008 e 2009 irƒ reinvestir o valor de 1 000 euros e 3 000 euros, respectivamente, o quadro 09, em cada um dos anos a seguir
indicados deve ser preenchido da seguinte forma:

IES/DA relativa a 2007

Saldo apurado entre as


Valor Realiza€‚o Reinvestimento
mais-valias e as menos-valias
Ano Valor
10 000,00 N 2007 5 000,00 1 500,00
N-1 2006 2 500,00

511
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IES/DA relativa a 2008

Saldo apurado entre as


Valor Realiza€‚o Reinvestimento
mais-valias e as menos-valias
Ano Valor
N 2008 1 000,00
N-1 2007

IES/DA relativa a 2009

Saldo apurado entre as


Valor Realiza€‚o Reinvestimento
mais-valias e as menos-valias
Ano Valor
N 2009 1 500,00
N-1 2008

QUADRO 10
Operaƒ†es com entidades relacionadas (territ‚rio nacional)
Este quadro destina-se a dar cumprimento ao n.Ž 7 do artigo 58.Ž do CIRC, pelo que deverƒ ser preenchido sempre que o declarante tenha efectuado
opera€…es com outro sujeito passivo do IRC ou IRS, com o qual esteja em situa€‚o de rela€…es especiais.

Deve ainda ser preenchido quando o declarante exer€a simultaneamente actividades sujeitas e n‚o sujeitas ao regime geral do IR Neste caso o campo
relativo ao N.Ž de Identifica€‚o Fiscal n‚o deve ser preenchido, devendo, no entanto inscrever o cŒdigo da rela€‚o especial, H ou H1 ou H2, no respectivo
campo.

512
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Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas colunas quanto as necessƒrias.

CAMPOS B1902, B1904 e B1906

Indique a natureza das rela€…es especiais com as seguintes letras:

Situa€‚o prevista na al†nea a) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC A

Situa€‚o prevista na al†nea b) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC B

Situa€‚o prevista na al†nea o) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC C

Situa€‚o prevista na al†nea d) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC D

Situa€‚o prevista na al†nea e) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC E

Situa€‚o prevista na al†nea f) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC F

Situa€‚o prevista no n.Ž 1 da al†nea g) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC G1

Situa€‚o prevista no n.Ž 2 da al†nea g) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC G2

Situa€‚o prevista no n.Ž 3 da al†nea g) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC G3

Situa€‚o prevista no n.Ž 4 da al†nea g) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC G4

Situa€‚o prevista no n.Ž 5 da al†nea g) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC G5

Exerc†cio simult’neo de actividades sujeitas e n‚o sujeitas ao regime

Geral H

• Zona Franca da Madeira H1

• Zona Franca da Ilha de Santa Maria H2

513
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Estes campos devem ser preenchidos com 00 sempre que a declara€‚o se reporte a exerc†cios anteriores a 2002.

ORGANIZA‰ŠO DA DOCUMENTA‰ŠO

A organiza€‚o da documenta€‚o relativamente aos pre€os de transfer•ncia deve ser efectuada ao tempo em que as opera€…es tiveram lugar e deve
obedecer ao disposto nos artigos 13.Ž a 16.Ž da Portaria n.Ž 1446-C/2001, de 21 de Dezembro.

De acordo com o n.Ž 6 do artigo 58.Ž do CIRC e o n.Ž 2 do artigo 13.Ž da Portaria n.Ž 1446-C/2001, de 21 de Dezembro, esta documenta€‚o deve fazer parte
integrante do processo de documenta€‚o fiscal (DOSSIER FISCAL), previsto no artigo 121.Ž do CIRC.

O campo 3 deverƒ ser assinalado sempre que o sujeito passivo, apesar de ter efectuado opera€…es relacionadas, no exerc†cio anterior, tenha atingido um
valor anual de vendas l†quidas e outros proveitos inferior a 3 000 euros (n.Ž 3 do artigo 13.Žda Portaria n.Ž 1446-C/2001, de 21 de Dezembro).

QUADRO 11
Comˆrcio electr‚nico
Considera-se que hƒpresenƒa na Internet quando se verifique uma ou mais das seguintes situa€…es:

• Uso de S†tio ou Pƒgina de Internet para fins comerciais;

• Uso de correio electrŒnico para fins comerciais;

• Uso de grupos de discuss‚o electrŒnicos para fins comerciais;

• Uso de outro tipo de tecnologia aplicƒvel na Internet para fins comerciais (por exemplo: faixas publicitƒrias ou liga€…es ao prŒprio S†tio ou Pƒgina
de Internet, em Pƒginas de Internet mantidas por terceiros).

Sempre que tenham sido efectuadas encomendas via Internet e as mesmas tenham sido satisfeitas pela mesma via (Internet), devem os respectivos
valores ser inscritos nos campos B1950 e B1951 consoante digam respeito a transmiss…es ou aquisi€…es, respectivamente.

514
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ANEXO C
Empresas do Sector Segurador
(Decreto-Lei n.á 94-B/98, de 17 de Abril)
No ’mbito da Informa€‚o Empresarial Simplificada (lES), criada pelo Decreto-Lei n.Ž 8/2007, de 17 de Janeiro, o Anexo C deve ser apresentado
CONJUNTAMENTE com o Anexo T pelas empresas pertencentes ao Sector Segurador (Decreto-Lei n.Ž 94-B/98, de 17 de Abril).

Com a submiss‚o, por via electrŒnica, do referido Anexo, considera-se disponibilizada a informa€‚o necessƒria ao cumprimento das seguintes obriga€…es
legais compreendidas na lES:

• Registo da presta€‚o de contas junto das conservatŒrias do registo comercial (n.Ž 1 do artigo 15.0 do CŒdigo do Registo Comercial);

• Presta€‚o de informa€‚o de natureza estat†stica ao Instituto Nacional de Estat†stica (n.Ž 1 do artigo 6.Ž da Lei do Sistema Estat†stico Nacional);

• Presta€‚o de informa€‚o relativa a dados contabil†sticos anuais para fins estat†sticos ao Banco de Portugal (artigo 13.Ž da Lei Org’nica do Banco
de Portugal).

Estas obriga€…es legais s‚o exclusivamente cumpridas atrav•s da entrega da lES (n.Ž 3 do artigo 2.Ž do Decreto-Lei n.Ž 8/2007, de 17 de Janeiro).

As rubricas (econŒmico-financeiras) relativas „ Conta de Ganhos e Perdas, ao Balan€o, ao Anexo ao Balan€o e „ Conta de Ganhos e Perdas e aos
Desdobramentos de Custos e Proveitos devem ser entendidas de acordo com o estabelecido pelo Plano de Contas das Empresas de Seguros (PCES),
aprovado pela Norma n.Ž 7/94 do Instituto de Seguros de Portugal, remetendo-se para a referida Norma e respectivas altera€…es todas as indica€…es
quanto ao seu ’mbito.

QUADRO 01
N.€de Identificaƒ„o Fiscal
Inscrever o n‹mero de identifica€‚o de pessoa colectiva ou equiparado (NIPC) atribu†do pelo Minist•rio da Justi€a e constante do respectivo CARTAO DE

515
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IDENTIFICA‡AO DE PESSOA COLECTIVA.

QUADRO 02
Exerc…cio
Indicar o exerc†cio a que respeitam os rendimentos.

Tendo-se adoptado um per†odo de tributa€‚o diferente do ano civil, deve ser indicado o ano em que se integre o primeiro dia do referido per†odo.

QUADRO 03
Conta de ganhos e perdas - Conta tˆcnica do seguro n„o vida
Os campos CO1O1 a C0133 deste quadro devem ser entendidos de acordo com o estabelecido para a conta t•cnica do seguro n‚o vida no Plano de
Contas das Empresas de Seguros (PCES), aprovado pela Norma n.Ž 7/94 do Instituto de Seguros de Portugal, remetendo-se para a referida Norma e
respectivas altera€…es todas as indica€…es quanto ao seu ’mbito.

QUADRO 04
Conta de ganhos e perdas - Conta tˆcnica do seguro vida
Os campos C0201 a C0236 deste quadro devem ser entendidos de acordo com o estabelecido para a conta t•cnica do seguro vida no Plano de Contas das
Empresas de Seguros (PCES), aprovado pela Norma n.Ž 7/94 do Instituto de Seguros de Portugal, remetendo-se para a referida Norma e respectivas
altera€…es todas as indica€…es quanto ao seu ’mbito.

QUADRO 05

516
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Conta de ganhos e perdas - Conta n„o tˆcnica


Os campos C0301 a C0329 deste quadro devem ser entendidos de acordo com o estabelecido para a conta n‚o t•cnica no Plano de Contas das Empresas
de Seguros (PCES), aprovado pela Norma n.Ž 7/94 do Instituto de Seguros de Portugal, remetendo-se para a referida Norma e respectivas altera€…es todas
as indica€…es quanto ao seu ’mbito.

No campo C0301 o valor a inscrever deve corresponder ao valor do campo C0133, que representa o Resultado da conta t•cnica do seguro n‚o vida.

No campo C0302 o valor a inscrever deve corresponder ao valor do campo C0236, que representa o Resultado da conta t•cnica do seguro vida.

QUADRO 06
Balanƒo
Os campos C0401 a C0507 deste quadro devem ser entendidos de acordo com o estabelecido para o Balan€o no Plano de Contas das Empresas de
Seguros (PCES), aprovado pela Norma n.Ž 7/94 do Instituto de Seguros de Portugal, remetendo-se para a referida Norma e respectivas altera€…es todas as
indica€…es quanto ao seu ’mbito.

QUADRO 07
Anexo ao balanƒo e • conta de ganhos e perdas
Este quadro deve ser entendido de acordo com o estabelecido para o Anexo ao balan€o e „ conta de ganhos e perdas no Plano de Contas das Empresas
de Seguros (PCES), aprovado pela Norma n.Ž 7/94 do Instituto de Seguros de Portugal, remetendo-se para a referida Norma e respectivas altera€…es todas
as indica€…es quanto ao seu ’mbito.

O quadro 07 • composto por um vasto conjunto de quadros (0701 a 0745), a preencher quando aplicƒveis.

Todos os campos do quadro 07 compreendem espa€os de escrita livre para a inser€‚o dos elementos que se entendam ‹teis „ melhor compreens‚o da
informa€‚o econŒmica e financeira da empresa. Do conte‹do divulgado nestes campos depende a qualidade da informa€‚o das empresas.

517
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Em complemento „ Norma n.Ž 7/94 do Instituto de Seguros de Portugal e respectivas altera€…es aplicƒveis, deve atender-se „s seguintes especifica€…es:

Quadro 0704 / Nota 4 - CotaĠes utilizadas

Em conformidade com a Norma n.Ž 7/94 do Instituto de Seguros de Portugal e respectivas altera€…es aplicƒveis deve indicar o tipo de moeda estrangeira
(campos C0601 a C0604 e C0609 a C0612) e a respectiva cota€‚o (campos C0605 a C0608 e C0613 a C0616) utilizada para convers‚o dos valores
inscritos nas contas de balan€o e ganhos e perdas.

A identifica€‚o do tipo de moeda serƒ efectuada de acordo com a norma ISO 4217, dispon†vel em www.e-financas.gov.pt, na Ajuda/Quest…es
Frequentes/Quest…es Fiscais.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas linhas quanto as necessƒrias.

Quadro 0706 I Nota 6 - Empresas do grupo e associadas

Em conformidade com a Norma n.Ž 7/94 do Instituto de Seguros de Portugal e respectivas altera€…es aplicƒveis devem ser inscritos, para cada uma das
empresas do grupo ou associadas em que participa, o n‹mero de identifica€‚o fiscal e denomina€‚o da empresa (caso seja n‚o residente), a natureza
da rela€‚o (empresa do grupo ou associada), o pa†s da sede de acordo com a norma ISO 3166 (parte num•rica), dispon†vel em www.e-financas.gov.pt na
Ajuda/Quest…es Frequentes/Quest…es Fiscais, o capital prŒprio, o resultado l†quido do ‹ltimo exerc†cio, a frac€‚o do capital detido e a participa€‚o de
direitos de voto.

Deve indicar ainda se estƒ inclu†da ou n‚o na consolida€‚o de contas e, no primeiro caso, o m•todo de consolida€‚o utilizado, de acordo com os seguintes
cŒdigos:

01 — M•todo de consolida€‚o integral;

02 — M•todo de consolida€‚o proporcional;

03 — M•todo de equival•ncia patrimonial.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas colunas quanto as necessƒrias.

Quadro 0705 / Nota 7 - N•mero mˆdio de trabalhadores

518
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No campo C0637 indicar o n‹mero m•dio de pessoas ao servi€o da empresa durante os meses do ano em que a empresa esteve em actividade.

Pessoas ao servi‚o da empresa — deve incluir o pessoal que trabalha para a empresa e que recebe uma remunera€‚o em dinheiro ou em esp•cie como
contrapartida do trabalho prestado, o pessoal que trabalha para a empresa sem usufruir qualquer tipo de remunera€‚o, o pessoal ausente por um per†odo
n‚o superior a um m•s (ex: doen€a, f•rias, forma€‚o profissional) e o pessoal de outras empresas que se encontre a trabalhar na empresa, sendo por esta
directamente remunerado.

N„o deve incluir o pessoal a trabalhar na empresa cuja remunera€‚o • suportada por outra entidade, os prestadores de servi€os (profissionais liberais), o
pessoal da empresa ausente por um per†odo superior a um m•s (ex.: doen€a, servi€o militar obrigatŒrio, licen€a sem vencimento) e o pessoal com v†nculo
„ empresa deslocado para outras empresas, sendo nessas directamente remunerado.

Nˆ m‡dio de pessoas ao servi€o - calcular:

Soma do pessoal ao servi€o no †ltimo dia †til de cada m„s de actividade do ano
N†mero de meses de actividade do ano

No campo C0638 indicar o n‹mero m•dio de pessoas remuneradas ao servi€o da empresa, durante os meses do ano em que a empresa esteve em
actividade.

Pessoas remuneradas ao servi‚o da empresa - deve incluir todas as pessoas que, nos termos de um contrato de trabalho, exercem a sua actividade na
empresa, recebendo em contrapartida uma remunera€‚o. Devem ser exclu†dos os empresƒrios em nome individual que trabalham na sua prŒpria empresa,
bem como os prestadores de servi€os.

No campo C0639 indicar o n‹mero m•dio de pessoas n‚o remuneradas ao servi€o da empresa, durante os meses do ano em que a empresa esteve em
actividade.

Pessoas nƒo remuneradas ao servi‚o da empresa - inclui os indiv†duos que exercem uma actividade na empresa e que, por n‚o estarem vinculados por
um contrato de trabalho, sujeito ou n‚o a forma escrita, n‚o recebem uma remunera€‚o regular, em dinheiro e/ou g•neros pelo tempo trabalhado ou
trabalho fornecido.

Inclui nomeadamente os trabalhadores com emprego por conta prŒpria, os trabalhadores familiares n‚o remunerados, os membros de cooperativas de
produ€‚o e os trabalhadores destacados.

519
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No campo C0640 indicar o n‹mero m•dio de pessoas ao servi€o da empresa a tempo completo, durante os meses do ano em que a empresa esteve em
actividade.

Pessoas ao servi‚o da empresa a tempo completo - deve incluir o pessoal que trabalha para a empresa e que cumpre habitualmente o horƒrio normal
de trabalho em vigor na empresa, para a respectiva categoria profissional ou na respectiva profiss‚o, ou um horƒrio superior ao horƒrio normal de trabalho.
O pessoal com horƒrio inferior ao horƒrio normal n‚o deve ser considerado a tempo completo.

No campo C0643 indicar o n‹mero m•dio de pessoas ao servi€o da empresa a tempo parcial, durante os meses do ano em que a empresa esteve em
actividade.

Pessoas ao servi‚o da empresa a tempo parcial — deve incluir o pessoal que trabalha para a empresa e que cumpre um horƒrio inferior ao horƒrio
normal, em vigor na empresa, para a respectiva categoria profissional ou na respectiva profiss‚o.

No campo C0646 indicar o n‹mero de horas trabalhadas no ano pelo total das pessoas ao servi€o da empresa a tempo completo.

No campo C0649 indicar o n‹mero de horas trabalhadas no ano pelo total das pessoas ao servi€o da empresa a tempo parcial.

N‹ de horas trabalhadas no ano — n‹mero total de horas que o pessoal ao servi€o efectivamente consagrou ao trabalho. Inclui as horas extraordinƒrias, o
tempo passado no local de trabalho na execu€‚o de tarefas como a prepara€‚o dos instrumentos de trabalho ou a prepara€‚o e manuten€‚o de
ferramentas, os tempos de trabalho mortos mas pagos devidos a aus•ncias ocasionais de trabalho, a paragem de mƒquinas ou acidentes e as pequenas
pausas para caf•. Exclui as horas de aus•ncia independentemente de terem sido remuneradas ou n‚o.

Quadro 0722 / Nota 22 - InventŽrio de t…tulos e participaƒ†es financeiras

Os campos C0765 a C1638 deste quadro devem ser entendidos de acordo com o estabelecido para o Inventƒrio de T†tulos e Participa€…es Financeiras no
Plano de Contas das Empresas de Seguros (PCES), aprovado pela Norma n.Ž7/94 do Instituto de Seguros de Portugal, remetendo-se para a referida Norma
e respectivas altera€…es todas as indica€…es quanto ao seu ’mbito.

Na coluna 5 deste quadro deve inscrever-se o valor de balan€o total relativo a cada t†tulo, l†quido de todos os ajustamentos feitos em contas de balan€o,
conforme a natureza dos t†tulos e as pol†ticas contabil†sticas aplicƒveis.

T„tulos — Negocia‚ƒo — s‚o t†tulos adquiridos pelas institui€…es com o objectivo de aplica€‚o a curto e a muito curto prazo, o qual n‚o deverƒ exceder os
6 meses.

520
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Quadro 0723 / Nota 23 - Imobilizaƒ†es incorp‚reas e imobilizaƒ†es corp‚reas

O Quadro 0723 deve ser preenchido com valores correspondentes aos movimentos do exerc†cio a que respeitam os rendimentos.

Os campos C1639 a C1678 deste quadro dever‚o ser entendidos de acordo com o estabelecido para o Balan€o no Plano de Contas das Empresas de
Seguros (PCES), aprovado pela Norma n.Ž 7/94 do Instituto de Seguros de Portugal, remetendo-se para a referida Norma e respectivas altera€…es todas as
indica€…es quanto ao seu ’mbito.

QUADRO 08
Outras informaƒ†es contabil…sticas e fiscais
Quadro 081 - Desdobramentos de custos e proveitos

Os campos C0801 a C0831 deste quadro devem ser entendidos de acordo com o estabelecido para o Balan€o no Plano de Contas das Empresas de
Seguros (PCES), aprovado pela Norma n.Ž 7/94 do Instituto de Seguros de Portugal, remetendo-se para a referida Norma e respectivas altera€…es todas as
indica€…es quanto ao seu ’mbito.

Quadro 082 - Outras informaĠes

Indicar o valor dispendido na aquisi€‚o de vales de refei€‚o no exerc†cio a que respeitam os rendimentos.

QUADRO 09
Deliberaƒ„o de aprovaƒ„o de contas
Este quadro deve reflectir as decis…es tomadas na Assembleia-geral de aprova€‚o de contas, sobre a aplica€‚o dos resultados.

Os campos 1 ou 2 s‚o de preenchimento obrigatŒrio. Se assinalou o campo 1 deve responder „s quest…es colocadas nos campos 1 a 5 deste quadro.

521
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Caso a declara€‚o esteja a ser apresentada por uma empresa p‹blica apenas devem ser preenchidos os campos 1 ou 2 e o campo 14.

Caso a declara€‚o esteja a ser apresentada por uma representa€‚o permanente de sociedade com sede no estrangeiro, apenas devem ser preenchidos os
campos 1 ou 2 e o campo 15.

No campo C0901 deve ser inscrito o valor correspondente ao somatŒrio do saldo da conta Resultados Transitados (C0463) com o valor do Resultado do
Exerc†cio (C0464).

No campo C0906 deve ser inscrito, com sinal negativo, o valor relativo „ cobertura, pelos titulares do capital, de preju†zos apurados em anos anteriores.

O valor do campo C0908 deve reflectir o valor que, apŒs a aplica€‚o dos resultados, ficou em Resultados Transitados.

Sempre que o campo C0903 seja preenchido e inclua beneficiƒrios sŒcios ou accionistas, • obrigatŒria a discrimina€‚o do valor atribu†do a cada um, nos
campos C0909 a C0914.

QUADRO 10
Relat‚rio de gest„o/Parecer do ‚rg„o de fiscalizaƒ„o/Certificaƒ„o legal das contas
Os campos 1 ou 2 s‚o de preenchimento obrigatŒrio. Se assinalou o campo 1 deve assinalar os campos 3 ou 4. Se assinalou o campo 4 deve assinalar os
campos 5 ou 6.

Os campos 7 ou 8 s‚o de preenchimento obrigatŒrio pelas entidades entregadoras que n‚o sejam empresas p‹blicas. Se assinalou o campo 7 deve
assinalar os campos 9 ou 10. Se assinalou o campo 9 deve assinalar os campos 11 ou 12.

Se a entidade entregadora • uma empresa p‹blica, tem que assinalar o campo 13 ou 14. Caso assinale o campo 13 deve assinalar os campos 15 ou 16.

Os campos 17 ou 18 s‚o de preenchimento obrigatŒrio. O campo 17 deve ser assinalado se o sujeito passivo de IRC estiver obrigado a ter certifica€‚o
legal das suas contas por um Revisor Oficial de Contas (ROC), de acordo com o artigo 42Ž do Decreto-Lei n.Ž 487/99, de 16 de Novembro (Estatuto do
Revisor Oficial de Contas).

Se assinalou o campo 17, deverƒ assinalar os campos 19 ou 20.

522
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Caso tenha sido assinalado o campo 19, os campos 21 ou 22 s‚o de preenchimento obrigatŒrio.

Caso tenha sido assinalado o campo 21, devem ser preenchidos os campos 23 a 28, de acordo com a respectiva situa€‚o.

O campo C0950 deve ser preenchido sempre que tenha sido assinalado o campo 24, ou o campo 26 ou o campo 27.

Tratando-se de uma sociedade aberta que tenha valores mobiliŽrios admitidos • negociaƒ„o em mercado regulamentado, cujos documentos de
presta€‚o de contas est‚o sujeitos a publica€‚o integral nos termos do n.Ž 3 do artigo 72.Ž do CIRC, deve assinalar o campo 29 ou 30.

QUADRO 11
Mais-valias: reinvestimento dos valores de realizaƒ„o
O presente quadro destina-se a dar cumprimento ao n.Ž 5 do artigo 45.Ž do CIRC, pelo que o seu preenchimento apenas • obrigatŒrio quando haja inten€‚o
de efectuar reinvestimento.

O valor de realiza€‚o corresponde ao valor de aliena€‚o dos bens alienados, no exerc†cio a que a declara€‚o respeita, discriminado por Imobilizado
CorpŒreo e Partes de Capital.

Na coluna “reinvestimento’ deve ser inscrito:

• Campo “N -1” exerc†cio anterior ao da declara€‚o, apenas nas situa€…es em que tenha havido reinvestimento no exerc†cio anterior e se pretenda
afectar o mesmo ao valor de realiza€‚o do ano N.

• Campo “N” exerc†cio da declara€‚o

• Campo “valor” o montante reinvestido (valor de aquisi€‚o dos bens) no ano N -1 e ano N, respectivamente.

Na coluna “Saldo apurado entre as mais-valias e a menos-valias” deve ser inscrito o valor apurado no mapa das mais-valias e menos-valias, discriminado
por Imobilizado CorpŒreo e Partes de Capital. O transporte deste valor para o quadro 07 da declara€‚o mod. 22, deve ser efectuado de acordo com as
regras estabelecidas no artigo 45.Ž do CIRC.

523
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Exemplo:

Por motivos de simplifica€‚o, o exemplo n‚o farƒ a separa€‚o entre Imobilizado CorpŒreo e Partes de Capital.

A empresa “A” em 2007 alienou bens no valor de 10 000 euros, tendo apurado um saldo positivo entre as mais-valias e as menos-valias no montante de 1
500 euros. A empresa havia adquirido bens, em 2006, no valor de 2 500 euros que pretende afectar „s aliena€…es efectuadas em 2007, e neste exerc†cio
adquiriu bens no valor de 5 000 euros.

Considerando que em 2008 e 2009 irƒ reinvestir o valor de 1 000 euros e 3 000 euros, respectivamente, o quadro 09, em cada um dos anos a seguir
indicados deve ser preenchido da seguinte forma:

IES/DA relativa a 2007

Saldo apurado entre as


Valor Realiza€‚o Reinvestimento
mais-valias e as menos-valias
Ano Valor
10 000,00 N 2007 5 000,00 1 500,00
N-1 2006 2 500,00

IES/DA relativa a 2008

Saldo apurado entre as


Valor Realiza€‚o Reinvestimento
mais-valias e as menos-valias
Ano Valor
N 2008 1 000,00
N-1 2007

524
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IES/DA relativa a 2009

Saldo apurado entre as


Valor Realiza€‚o Reinvestimento
mais-valias e as menos-valias
Ano Valor
N 2009 1 500,00
N-1 2008

525
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QUADRO 12
Operaƒ†es com entidades relacionadas (territ‚rio nacional)
Este quadro destina-se a dar cumprimento ao n.Ž 7 do artigo 58.Ž do CIRC, pelo que deverƒ ser preenchido sempre que o declarante tenha efectuado
opera€…es com outro sujeito passivo do IRC ou IRS, com o qual esteja em situa€‚o de rela€…es especiais.

Deve ainda ser preenchido quando o declarante exer€a simultaneamente actividades sujeitas e n‚o sujeitas ao regime geral do IR Neste caso o campo
relativo ao N.Ž de Identifica€‚o Fiscal n‚o deve ser preenchido, devendo, no entanto inscrever o cŒdigo da rela€‚o especial, H ou H1 ou H2, no respectivo
campo.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas colunas quanto as necessƒrias.

CAMPOS C2102, C2104 e C2106

Indique a natureza das rela€…es especiais com as seguintes letras:

Situa€‚o prevista na al†nea a) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC A

Situa€‚o prevista na al†nea b) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC B

Situa€‚o prevista na al†nea o) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC C

Situa€‚o prevista na al†nea d) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC D

Situa€‚o prevista na al†nea e) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC E

Situa€‚o prevista na al†nea f) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC F

Situa€‚o prevista no n.Ž 1 da al†nea g) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC G1

Situa€‚o prevista no n.Ž 2 da al†nea g) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC G2

526
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Situa€‚o prevista no n.Ž 3 da al†nea g) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC G3

Situa€‚o prevista no n.Ž 4 da al†nea g) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC G4

Situa€‚o prevista no n.Ž 5 da al†nea g) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC G5

Exerc†cio simult’neo de actividades sujeitas e n‚o sujeitas ao regime Geral H

• Zona Franca da Madeira H1

• Zona Franca da Ilha de Santa Maria H2

Estes campos devem ser preenchidos com 00 sempre que a declara€‚o se reporte a exerc†cios anteriores a 2002.

ORGANIZA‰ŠO DA DOCUMENTA‰ŠO

A organiza€‚o da documenta€‚o relativamente aos pre€os de transfer•ncia deve ser efectuada ao tempo em que as opera€…es tiveram lugar e deve
obedecer ao disposto nos artigos 13.Ž a 16.Ž da Portaria n.Ž 1446-C/2001, de 21 de Dezembro.

De acordo com o n.Ž 6 do artigo 58.Ž do CIRC e o n.Ž 2 do artigo 13.Ž da Portaria n.Ž 1446-C/2001, de 21 de Dezembro, esta documenta€‚o deve fazer parte
integrante do processo de documenta€‚o fiscal (DOSSIER FISCAL), previsto no artigo 121.Ž do CIRC.

O campo 3 deverƒ ser assinalado sempre que o sujeito passivo, apesar de ter efectuado opera€…es relacionadas, no exerc†cio anterior, tenha atingido um
valor anual de vendas l†quidas e outros proveitos inferior a 3 000 euros (n.Ž 3 do artigo 13.Žda Portaria n.Ž 1446-C/2001, de 21 de Dezembro).

QUADRO 13
Comˆrcio electr‚nico
Considera-se que hƒpresenƒa na Internet quando se verifique uma ou mais das seguintes situa€…es:

• Uso de S†tio ou Pƒgina de Internet para fins comerciais;

527
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• Uso de correio electrŒnico para fins comerciais;

• Uso de grupos de discuss‚o electrŒnicos para fins comerciais;

• Uso de outro tipo de tecnologia aplicƒvel na Internet para fins comerciais (por exemplo: faixas publicitƒrias ou liga€…es ao prŒprio S†tio ou Pƒgina
de Internet, em Pƒginas de Internet mantidas por terceiros).

Sempre que tenham sido efectuadas encomendas via Internet e as mesmas tenham sido satisfeitas pela mesma via (Internet), devem os respectivos
valores ser inscritos nos campos B1950 e B1951 consoante digam respeito a transmiss…es ou aquisi€…es, respectivamente.

ANEXO C 1
CONTAS CONSOLIDADAS
No ’mbito da Informa€‚o Empresarial Simplificada (lES), criada pelo Decreto-Lei n.Ž 8/2007, de 17 de Janeiro, o Anexo C1, referente a contas
consolidadas (Decreto-Lei n.Ž 147/94, de 25 de Maio), deve ser apresentado pelas empresas pertencentes ao Sector Segurador (Decreto-Lei n.Ž 94-B/98,
de 17 de Abril).

Com a submiss‚o, por via electrŒnica, do referido Anexo, considera-se disponibilizada a informa€‚o necessƒria ao cumprimento das seguintes obriga€…es
legais compreendidas na lES:

• Registo da presta€‚o de contas junto das conservatŒrias do registo comercial (n.Ž 1 do artigo 15.Ž do CŒdigo do Registo Comercial);

• Presta€‚o de informa€‚o de natureza estat†stica ao Instituto Nacional de Estat†stica (n.Ž 1 do artigo 6.Ž da Lei do Sistema Estat†stico Nacional);

• Presta€‚o de informa€‚o relativa a dados contabil†sticos anuais para fins estat†sticos ao Banco de Portugal (artigo 13.Ž da Lei Org’nica do Banco
de Portugal).

Estas obriga€…es legais s‚o exclusivamente cumpridas atrav•s da entrega da lES (n.Ž 3 do artigo 2.Ž do Decreto-Lei n.Ž 8/2007, de 17 de Janeiro).

Este anexo deve ser preenchido pela empresa-m‚e, n‚o devendo ser acompanhado de qualquer outro anexo. Deve ser enviado apenas para o exerc†cio de
2006 e seguintes.

528
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As rubricas (econŒmico-financeiras) relativas „ Conta de Ganhos e Perdas Consolidados, ao Balan€o Consolidado e ao Anexo ao Balan€o e „ Conta de
Ganhos e Perdas Consolidados devem ser entendidas de acordo com o estabelecido pelo Plano de Contas das Empresas de Seguros (PCES), aprovado
pela Norma n.Ž 7/94 do Instituto de Seguros de Portugal, remetendo-se para a referida Norma e respectivas altera€…es todas as indica€…es quanto ao seu
’mbito.

QUADRO 01
N.€de Identificaƒ„o Fiscal
Inscrever o n‹mero de identifica€‚o de pessoa colectiva ou equiparado (NIPC) atribu†do pelo Minist•rio da Justi€a e constante do respectivo CARTAO DE
IDENTIFICA‡AO DE PESSOA COLECTIVA.

QUADRO 02
Exerc…cio
Indicar o exerc†cio a que respeitam os rendimentos.

Tendo-se adoptado um per†odo de tributa€‚o diferente do ano civil, deve ser indicado o ano em que se integre o primeiro dia do referido per†odo.

QUADRO 03
Conta de ganhos e perdas consolidados - Conta tˆcnica do seguro n„o vida
Os campos C5101 a C5131 deste quadro devem ser entendidos de acordo com o estabelecido para a conta t•cnica do seguro n‚o vida no Plano de Contas
das Empresas de Seguros (PCES), aprovado pela Norma n.Ž 7/94 do Instituto de Seguros de Portugal, bem como com o estabelecido na Norma n.Ž 31/95,
daquele Instituto, remetendo-se para as referidas Normas e respectivas altera€…es todas as indica€…es quanto ao seu ’mbito.

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QUADRO 04
Conta de ganhos e perdas consolidados - Conta tˆcnica do seguro de vida
Os campos C5201 a C5231 deste quadro devem ser entendidos de acordo com o estabelecido para a conta t•cnica do seguro de vida no Plano de Contas
das Empresas de Seguros (PCES), aprovado pela Norma n.Ž 7/94 do Instituto de Seguros de Portugal, bem como com o estabelecido na Norma n.Ž 31/95,
daquele Instituto, remetendo-se para as referidas Norma e respectivas altera€…es todas as indica€…es quanto ao seu ’mbito.

QUADRO 05
Conta de ganhos e perdas consolidados - Conta n„o tˆcnica
Os campos C5301 a C5329 deste quadro devem ser entendidos de acordo com o estabelecido para a conta n‚o t•cnica no Plano de Contas das Empresas
de Seguros (PCES), aprovado pela Norma n.Ž 7/94 do Instituto de Seguros de Portugal, bem como com o estabelecido na Norma n.Ž 31/95, daquele
Instituto, remetendo-se para as referidas Normas e respectivas altera€…es todas as indica€…es quanto ao seu ’mbito.

No campo C5301 o valor a inscrever deve corresponder ao valor do campo C5131, que representa o Resultado da conta t•cnica do seguro n‚o vida.

No campo C5302 o valor a inscrever deve corresponder ao valor do campo C5231 que representa o Resultado da conta t•cnica do seguro de vida.

QUADRO 06
Balanƒo consolidado
Os campos C5401 a C5501 deste quadro devem ser entendidos de acordo com o estabelecido para o Balan€o no Plano de Contas das Empresas de
Seguros (PCES), aprovado pela Norma n.Ž 7/94 do Instituto de Seguros de Portugal, bem como com o estabelecido na Norma n.Ž 31/95, daquele Instituto,
remetendo-se para as referidas Normas e respectivas altera€…es todas as indica€…es quanto ao seu ’mbito.

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QUADRO 07
Anexo ao balanƒo e • conta de ganhos e perdas consolidados
Este quadro deve ser entendido de acordo com o estabelecido para o Anexo ao balan€o e „ conta de ganhos e perdas no Plano de Contas das Empresas
de Seguros (PCES), aprovado pela Norma n.Ž 7/94 do Instituto de Seguros de Portugal, bem como com o estabelecido na Norma n.Ž 31/95, daquele
Instituto, remetendo-se para as referidas Normas e respectivas altera€…es todas as indica€…es quanto ao seu ’mbito.

O quadro 07 • composto por um vasto conjunto de quadros (0701 a 0750), a preencher quando aplicƒveis.

Todos os campos do quadro 07 compreendem espa€os de escrita livre para a inser€‚o dos elementos que se entendam ‹teis „ melhor compreens‚o da
informa€‚o econŒmica e financeira da empresa. Do conte‹do divulgado nestes campos depende a qualidade da informa€‚o das empresas.

Em complemento „s Normas n.Ž 7/94 e 31/95 do Instituto de Seguros de Portugal e respectivas altera€…es aplicƒveis, deve atender-se „s seguintes
especifica€…es:

Quadro 0701 / Nota 1 - Empresas inclu…das na consolidaƒ„o

Em conformidade com as Normas n.Ž 7/94 e 31/95 do Instituto de Seguros de Portugal e respectivas altera€…es aplicƒveis deve inscrever para cada uma
das empresas inclu…das na consolidaƒ„o, o n‹mero de identifica€‚o fiscal e denomina€‚o (caso seja n‚o residente), o pa†s de localiza€‚o da sede, de
acordo com a norma lSO 3166 (parte num•rica), dispon†vel em www.e-financas.gov.pt, na Ajuda/Quest…es Frequentes! Quest…es Fiscais, o valor e
percentagem (directa e indirecta) da sua participa€‚o no capital subscrito, bem como a sua participa€‚o no que se refere ao direito de voto.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas linhas quanto as necessƒrias.

No campo destinado a Comentƒrios, explique as raz…es para a inclus‚o.

Quadro 0702 / Nota 2 - Empresas exclu…das da consolidaƒ„o

Em conformidade com as Normas n.Ž 7/94 e 31/95 do Instituto de Seguros de Portugal e respectivas altera€…es aplicƒveis deve inscrever para cada uma
das empresas exclu…das da consolidaƒ„o, o n‹mero de identifica€‚o fiscal e denomina€‚o (caso seja n‚o residente), o pa†s de localiza€‚o da sede, de
acordo com a norma ISO 3166 (parte num•rica), dispon†vel em www.e-financas.gov.pt, na Ajuda/Quest…es Frequentes! Quest…es Fiscais, o valor e

531
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percentagem (directa e indirecta) da sua participa€‚o no capital subscrito, bem como a sua participa€‚o no que se refere ao direito de voto.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas linhas quanto as necessƒrias.

No campo destinado a comentƒrios, explique os motivos da exclus‚o.

Quadro 0703 / Nota 3 - Empresas associadas

Em conformidade com as Normas n.Ž7/94 e 31/95 do Instituto de Seguros de Portugal e respectivas altera€…es aplicƒveis deve inscrever para cada uma
das empresas associadas, o n‹mero de identifica€‚o fiscal e denomina€‚o (caso seja n‚o residente), o pais de localiza€‚o da sede, de acordo com a
norma ISO 3166 (parte num•rica), dispon†vel em www.e-financas.gov.pt, na Ajuda/Quest…es Frequentes! Quest…es Fiscais, o valor e percentagem (directa
e indirecta) da sua participa€‚o no capital subscrito, bem como a sua participa€‚o no que se refere ao direito de voto.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas linhas quanto as necessƒrias.

Quadro 0704/ Nota 4 - Empresas - consolidaƒ„o proporcional

Em conformidade com as Normas n.Ž 7/94 e 31/95 do Instituto de Seguros de Portugal e respectivas altera€…es aplicƒveis deve inscrever para cada uma
das empresas consolidadas pelo m•todo proporcional, o n‹mero de identifica€‚o fiscal e denomina€‚o (caso seja n„o residente), o pais de localiza€‚o da
sede, de acordo com a norma ISO 3166 (parte num•rica), dispon†vel em www.e-financas.gov.pt, na Ajuda/Quest…es Frequentes! Quest…es Fiscais, o valor
e percentagem (directa e indirecta) da sua participa€‚o no capital subscrito, bem como a sua participa€‚o no que se refere ao direito de voto.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas linhas quanto as necessƒrias.

No campo destinado a Comentƒrios, deve inscrever outras explica€…es e comentƒrios que considere relevantes.

Quadro 0705 / Nota 5 - Empresas n„o referidas nas notas 1 a 4

Em conformidade com as Normas n.Ž 7/94 e 31/95 do Instituto de Seguros de Portugal e respectivas altera€…es aplicƒveis deve inscrever, para cada uma
das empresas n‚o referidas nas notas 1 a 4, o n‹mero de identifica€‚o fiscal e denomina€‚o da empresa (caso seja n‚o residente), o pa†s da sede, de
acordo com a norma ISO 3166 (parte num•rica), dispon†vel em www.e-financas.gov.pt, na Ajuda/Quest…es Frequentes/ Quest…es Fiscais e a participa€‚o
de direitos de voto, o valor e percentagem directa e indirecta da sua participa€‚o no capital subscrito, o capital prŒprio e o resultado do ‹ltimo exerc†cio.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas colunas quanto as necessƒrias.

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Quadro 0706/Nota 6 - N•mero mˆdio de trabalhadores ao serviƒo das empresas inclu…das na consolidaƒ„o

No campo C5627 indicar o n‹mero m•dio de pessoas ao servi€o das empresas inclu†das na consolida€‚o durante os meses do ano em que as empresas
estiveram em actividade.

No campo C5628 indicar o n‹mero m•dio de pessoas ao servi€o das empresas inclu†das na consolida€‚o proporcional durante os meses do ano em que as
empresas estiveram em actividade.

Pessoas ao servi‚o da empresa — deve incluir o pessoal que trabalha para a empresa e que recebe uma remunera€‚o em dinheiro ou em esp•cie como
contrapartida do trabalho prestado (incluindo sŒcios), o pessoal que trabalha para a empresa sem usufruir qualquer tipo de remunera€‚o (ex: sŒcios
trabalhadores, trabalhadores familiares), o pessoal ausente por um per†odo n‚o superior a um m•s (ex. doen€a, f•rias, forma€‚o profissional) e o pessoal
de outras empresas que se encontre a trabalhar na empresa, sendo por esta directamente remunerado. N„o deve incluir o pessoal a trabalhar na empresa
cuja remunera€‚o • suportada por outra entidade, os prestadores de servi€os (profissionais liberais), o pessoal da empresa ausente por um per†odo superior
a um m•s (ex.: doen€a, servi€o militar obrigatŒrio, licen€a sem vencimento) e o pessoal com v†nculo „ empresa deslocado para outras empresas, sendo
nessas directamente remunerado.

Nˆ m‡dio de pessoas ao servi€o - calcular:

Soma do pessoal ao servi€o no †ltimo dia †til de cada m„s de actividade do ano
N†mero de meses de actividade do ano

Quadro 0720 / Nota 20 - Cotaƒ†es utilizadas para convers†es em euros

Em conformidade com as Normas n.Ž 7/94 e 31/95 do Instituto de Seguros de Portugal e respectivas altera€…es aplicƒveis deve indicar o tipo de moeda
estrangeira (campos C5631, C5632, C5635 e C5638) e a respectiva cota€‚o (campos C5633, C5634, C5637 e C5638) utilizada para convers‚o dos valores
inscritos nas contas de balan€o e ganhos e perdas.

A identifica€‚o do tipo de moeda serƒ efectuada de acordo com a norma ISO 4217, dispon†vel em www.e-financas.gov.pt, na Ajuda/Quest…es Frequentes/
Quest…es Fiscais.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas linhas quanto as necessƒrias.

Quadro 0722 / Nota 22 - InventŽrio de t…tulos e participaƒ†es financeiras

533
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Os campos C5735 a C5823 deste quadro devem ser entendidos de acordo com o estabelecido para o Inventƒrio de T†tulos e Participa€…es Financeiras no
Plano de Contas das Empresas de Seguros (PCES), aprovado pela Norma n.Ž 7/94 do Instituto de Seguros de Portugal, bem como com o estabelecido na
Norma n.Ž 31/95, daquele Instituto, remetendo-se para as referidas Normas e respectivas altera€…es todas as indica€…es quanto ao seu ’mbito.

QUADRO 08
Deliberaƒ„o de aprovaƒ„o de contas consolidadas
Este quadro deve reflectir as decis…es tomadas na Assembleia-geral de aprova€‚o de contas, sobre a aplica€‚o dos resultados.

Os campos 1 ou 2 s‚o de preenchimento obrigatŒrio. Se assinalou o campo 1 deve responder „s quest…es colocadas nos campos 1 a 6 deste quadro.

No campo C5901 deve ser inscrito o valor correspondente ao valor dos resultados consolidados.

QUADRO 09
Relat‚rio consolidado de gest„o/Parecer do ‚rg„o de fiscalizaƒ„o/Certificaƒ„o legal das contas consolidadas
Os campos 1 ou 2 s‚o de preenchimento obrigatŒrio. Se assinalou o campo 1 deve assinalar o campo 3 ou 4. Se assinalou o campo 4 deve assinalar o
campo 5 ou 6.

Os campos 7 ou 8 s‚o de preenchimento obrigatŒrio. Se assinalou o campo 7 deve assinalar os campos 9 ou 10. Se assinalou ocampo9deve assinalar os
11 ou 12.

Os campos 13 ou 14 s‚o de preenchimento obrigatŒrio. O campo 13 deve ser assinalado se a entidade estiver obrigado a ter certifica€‚o legal das suas
contas por um Revisor Oficial de Contas (ROC), de acordo com o artigo 42Ž do Decreto-Lei nŽ 487/99, de 16 de Novembro (Estatuto do Revisor Oficial de
Contas).

Se assinalou o campo 13, deverƒ assinalar os campos 15 ou 16.

534
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Caso tenha sido assinalado o campo 15, os campos 17 ou 18 s‚o de preenchimento obrigatŒrio.

Caso tenha assinalado o campo 17, devem ser preenchidos os campos 19 a 24, de acordo com a respectiva situa€‚o.

O campo C5950 deve ser preenchido sempre que tenha sido assinalado o campo 20, 22 ou 23.

Os campos 25 ou 26 s‚o de preenchimento obrigatŒrio. Se assinalou o campo 25, deve assinalar os campos 27 ou 28.

ANEXO D
ENTIDADES RESIDENTES QUE NÉO EXERÇAM, A TÜTULO PRINCIPAL, ACTIVIDADE
COMERCIAL, INDUSTRIAL OU AGRÜCOLA
No ’mbito da Informa€‚o Empresarial Simplificada (lES), criada pelo Decreto-Lei n.Ž 8/2007, de 17 de Janeiro, o Anexo D deve ser apresentado pelas
entidades residentes que n„o exerƒam, a t…tulo principal, actividade comercial, industrial ou agr…cola, desde que obtenham rendimentos sujeitos a
tributa€‚o e n‚o isentos.

Com a submiss‚o conjunta e por via electrŒnica dos referidos Anexos, considera-se disponibilizada a informa€‚o necessƒria ao cumprimento das quatro
obriga€…es legais compreendidas na lES:

• Entrega da declara€‚o anual de informa€‚o contabil†stica e fiscal (al†nea c) do n.Ž 1 do artigo 109.Ž do CIRC);

• Registo da presta€‚o de contas junto das conservatŒrias do registo comercial (n.Ž 1 do artigo 15.Ž do CŒdigo do Registo Comercial);

• Presta€‚o de informa€‚o de natureza estat†stica ao Instituto Nacional de Estat†stica (n.Ž 1 do artigo 6.Ž da Lei do Sistema Estat†stico Nacional);

• Presta€‚o de informa€‚o relativa a dados contabil†sticos anuais para fins estat†sticos ao Banco de Portugal (artigo 13.Ž da Lei Org’nica do Banco
de Portugal).

Estas quatro obriga€…es legais s‚o exclusivamente cumpridas atrav•s da entrega da lES (n.Ž 3 do artigo 2.Ž do Decreto-Lei n.Ž 8/2007, de 17 de Janeiro).

No caso de auferir rendimentos abrangidos por isen€‚o ou encontrando-se na situa€‚o de usufruir qualquer benef†cio fiscal, deverƒ ainda preencher o

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Anexo F (Benef†cios Fiscais).

QUADRO 01
N.€de Identificaƒ„o Fiscal
Inscrever o n‹mero de identifica€‚o de pessoa colectiva ou equiparado (NIPC) atribu†do pelo Minist•rio da Justi€a e constante do respectivo CARTˆO DE
IDENTIFICA‡ˆO DE PESSOA COLECTIVA.

QUADRO 02
Exerc…cio
Indicar o exerc†cio a que respeitam os rendimentos.

Tendo-se adoptado um per†odo de tributa€‚o diferente do ano civil, deve ser indicado o ano em que se integre o primeiro dia do referido per†odo.

QUADRO 03
Rendimentos Comerciais, Industriais ou Agr…colas
Os quadros 031 e 032 destinam-se a ser preenchidos apenas pelas entidades que desenvolvem uma actividade comercial, industrial ou agr†cola, devendo
observar-se, relativamente aos mesmos, as instru€…es de preenchimento do quadro 03 do Anexo A desta declara€‚o e do quadro 07 da declara€‚o
periŒdica de rendimentos Mod. 22. Os valores a inscrever s‚o apenas os que resultam directamente das citadas actividades.

Quadro 033 - N•mero mˆdio de Pessoas ao Serviƒo

O campo D136 - N‰mero m•dio de pessoas ao servi‚o deve ser calculado da seguinte forma:

536
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Soma do pessoal ao servi€o no †ltimo dia †til de cada m„s de actividade do ano
N†mero de meses de actividade do ano

Pessoal ao serviƒo - deve incluir o pessoal que trabalha para a entidade e que recebe uma remunera€‚o em dinheiro ou em esp•cie como contrapartida
do trabalho prestado, o pessoal que trabalha para a entidade sem usufruir qualquer tipo de remunera€‚o, o pessoal ausente por um per†odo n‚o superior a
um m•s (ex: doen€a, f•rias, forma€‚o profissional) e o pessoal de outras entidades que se encontre a trabalhar na entidade, sendo por esta directamente
remunerado.

N„o deve incluir o pessoal a trabalhar na entidade cuja remunera€‚o • suportada por outra entidade, os prestadores de servi€os (profissionais liberais), o
pessoal da entidade ausente por um per†odo superior a um m•s (ex: doen€a, servi€o militar obrigatŒrio, licen€a sem vencimento) e o pessoal com v†nculo „
entidade deslocado para outras entidades, sendo nessas directamente remunerado.

QUADRO 04
Rendimentos de Capitais
Discrimine os rendimentos em fun€‚o da tipologia dos mesmos, bem como as reten€…es na fonte e os rendimentos il†quidos respectivos.

No campo D244 deve ser inscrito o valor correspondente a 50% dos rendimentos inclu†dos no campo D205, relativos a lucros distribu†dos por entidades
com sede ou direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s, sujeitas e n‚o isentas, e aos rendimentos que, na qualidade de associado, sejam auferidos da
associa€‚o em participa€‚o, desde que os mesmos tenham sido efectivamente tributados.

QUADRO 05
Rendimentos Prediais
O resultado l†quido • apurado deduzindo ao montante das rendas recebidas ou colocadas „ disposi€‚o o total das despesas de manuten€‚o e de
conserva€‚o que incumbam ao sujeito passivo, que por ele sejam suportadas e se encontrem documentalmente provadas, bem como o imposto municipal
sobre imŒveis que incide sobre o valor dos pr•dios ou parte de pr•dios cujo rendimento tenha sido englobado.

537
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No caso de frac€‚o autŒnoma de pr•dio em regime de propriedade horizontal, deduzir-se-‚o tamb•m os encargos de conserva€‚o, frui€‚o e outros que,
nos termos da lei civil, sejam imputados ao condŒmino e se encontrem documentalmente provados.

O resultado l†quido inscrever-se-ƒ na linha 4 e se negativo, serƒ inscrito entre par•ntesis.

QUADRO 06
Mais-Valias
Quadro reservado ao apuramento das mais-valias geradas pelas transmiss…es onerosas de imŒveis, valores mobiliƒrios e propriedade intelectual ou
industrial.

Para determina€‚o das mais-valias sujeitas a imposto, deduzir-se-‚o os encargos com a valoriza€‚o dos imŒveis, comprovadamente realizados nos ‹ltimos
cinco anos, e as despesas necessƒrias e efectivamente praticadas, inerentes „ aliena€‚o de imŒveis, valores mobiliƒrios e propriedade intelectual.

No caso de transmiss‚o de imŒveis, o valor de aquisi€‚o serƒ corrigido mediante aplica€‚o dos coeficientes publicados para o efeito em portaria do
Ministro das Finan€as.

As menos-valias apuradas nos ‹ltimos seis exerc†cios s‚o dedut†veis at• „ concorr•ncia do respectivo rendimento l†quido, reportando-se o eventual
excesso para os exerc†cios subsequentes com o referido limite temporal.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantos quadros quanto os necessƒrios.

QUADRO 07
Apuramento da Matˆria ColectŽvel
A mat•ria colectƒvel obt•m-se pela dedu€‚o ao rendimento global dos montantes correspondentes aos custos comuns e outros custos imputƒveis aos
rendimentos sujeitos a imposto e n‚o isentos e dos benef†cios fiscais que consistam em dedu€…es „quele rendimento.

538
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Para os campos D235 a D239, dever‚o ser transportados os rendimentos il†quidos de reten€…es das diversas categorias consideradas para efeitos do IRS.

Havendo preju†zos fiscais relativamente ao exerc†cio de actividades comerciais, industriais ou agr†colas e menos-valias, ser‚o os mesmos deduzidos aos
rendimentos das respectivas categorias obtidos num ou mais dos seis exerc†cios posteriores, n‚o devendo ser inscritos nos campos D235 e D238,
respectivamente.

No campo D241, inscrever-se-‚o os custos comuns n‚o considerados na determina€‚o de rendimento global e que n‚o estejam especificamente ligados „
obten€‚o dos rendimentos n‚o sujeitos ou isentos de IRC, os quais ser‚o deduzidos de acordo com as seguintes regras:

• Se estiverem apenas ligados „ obten€‚o de rendimentos sujeitos e n‚o isentos ser‚o deduzidos na totalidade ao rendimento global;

• Se estiverem ligados „ obten€‚o de rendimentos sujeitos e n‚o isentos, bem como de rendimentos n‚o sujeitos ou isentos, ser‚o deduzidos de
acordo com a seguinte propor€‚o:

C
x B, em que:
C+D

C = • o montante dos rendimentos brutos sujeitos e n‚o isentos;

D = • o valor dos rendimentos brutos n‚o sujeitos ou isentos;

B=•o montante dos custos comuns ligados „ obten€‚o de rendimentos sujeitos e n‚o isentos e dos n‚o sujeitos ou isentos.

Sendo utilizado outro crit•rio, deverƒ este ser evidenciado numa nota explicativa e integrar o Dossier Fiscal previsto no artigo 121.Ž do CIRC.

Os custos comuns s‚o dedut†veis at• „ concorr•ncia do rendimento global (campo D240)

CAMPO D239 - OUTROS RENDIMENTOS

S‚o inclu†dos neste campo, os rendimentos il†quidos, relativamente aos incrementos patrimoniais previstos no artigo 9.Ž do CIRS, que n„o tenham sido
inclu…dos nos campos anteriores, bem como os incrementos patrimoniais obtidos a t…tulo gratuito.

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Tributaƒ„o dos incrementos patrimoniais obtidos a t…tulo gratuito por entidades sem fins lucrativos (artigo 49€ CIRC)
Consideram-se rendimentos n•o sujeitos a IRC, designadamente, as quotas pagas pelos associados em conformidade com os estatutos, bem como os
subs…dios e os incrementos patrimoniais obtidos a t…tulo gratuito, uns e outros destinados ‹ directa e imediata realiza€•o dos seus fins estatutƒrios.

EXEMPLO

O sr. Milionƒrio da Silva, efectuou em Setembro de 2008, uma doa€‚o de dois imŒveis „ Funda€‚o Cultural. Esta entidade, isenta de IRC nos termos do
artigo 10Ž do CIRC, destinou um dos imŒveis para os fins estatutƒrios, ou seja, para a realiza€‚o de confer•ncias e exposi€…es. O outro imŒvel destina-se a
arrendamento, com vista „ obten€‚o de receitas para a Funda€‚o.

Enquadramento tributŽrio:

1. O imŒvel destinado „ realiza€‚o dos fins estatutƒrios n‚o estƒ sujeito a tributa€‚o (n.Ž 3 do artigo 49.Ž do CIRC);

2. O imŒvel destinado a arrendamento estƒ sujeito a tributa€‚o como incremento patrimonial obtido a t†tulo gratuito (artigo 3.Ž do CIRC) - a taxa do IRC a
aplicar • 20%

Valorimetria das aquisiƒ†es a t…tulo gratuito


Para efeitos da determina€•o do lucro tributƒvel, considera-se como valor de aquisi‚ƒo dos incrementos patrimoniais obtidos a t„tulo gratuito o seu

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valor de mercado, n•o podendo ser inferior ao que resultar da aplica€•o das regras de determina€•o do valor tributƒvel previstas no C‚digo do Imposto do
Selo.

 O valor tributƒvel dos bens im‚veis ‡ determinado nos termos do artigo 13.ˆ do CIS - regra geral serƒ o valor patrimonial tributƒrio constante da
matriz ‹ data da transmiss•o;

 O valor tributƒvel dos bens m‚veis ‡ determinado nos termos do artigo 14.ˆ do CIS;

ANEXO E
ENTIDADES NÉO RESIDENTES SEM ESTABELECIMENTO ESTàVEL
O Anexo E, composto por duas pŽginas, deve ser enviado por via electrŒnica para dar cumprimento ao estabelecido na al†nea c) do n.Ž 1 do artigo 109.Ž
do CIRC, pelas entidades que n‚o tenham sede nem direc€‚o efectiva em territŒrio portugu•s e neste obtenham rendimentos n‚o imputƒveis a
estabelecimento estƒvel ai situado, desde que relativamente aos mesmos n‚o haja lugar a reten€‚o na fonte a t†tulo definitivo.

QUADRO 02
Exerc…cio
Referenciar o exerc†cio a que se reporta a declara€‚o, o qual, no caso de ganhos resultantes da transmiss‚o onerosa de imŒveis ou ganhos mencionados
na al†nea b) do n.Ž 3 do artigo 4.Ž do CŒdigo do IRC, deve ser o ano civil em que ocorre a transmiss‚o e, no caso de rendimentos prediais, o ano civil a que
respeitam.

QUADRO 03
Rendimentos Prediais
Os rendimentos prediais presumidos correspondem a 1/15 do valor patrimonial dos pr•dios urbanos n‚o arrendados ou n‚o afectos a uma actividade

541
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econŒmica que sejam detidos por entidades com domic†lio em pais, territŒrio ou regi‚o sujeito a um regime fiscal claramente mais favorƒvel, constante da
Portaria n.Ž 150/2004, de 13 de Fevereiro.

Portaria n.€ 150/2004


de 13 de Fevereiro

A luta contra a evas‚o e fraude internacionais passa tamb•m pela adop€‚o de medidas defensivas, tradicionalmente designadas por medidas anti abuso,
traduzidas em prƒticas restritivas no ’mbito dos impostos sobre o rendimento e sobre o patrimŒnio, benef†cios fiscais e imposto do selo, que t•m como alvo
opera€…es realizadas com entidades localizadas em pa†ses, territŒrios ou regi…es qualificados como ”para†sos fiscais• ou sujeitos a regimes de tributa€‚o
privilegiada.

Tendo em conta as dificuldades em definir ”para†so fiscal• ou ”regime fiscal claramente mais favorƒvel•, o legislador nacional, na esteira das orienta€…es
seguidas por outros ordenamentos jur†dico-fiscais, optou, nuns casos, por raz…es de seguran€a jur†dica, pelo sistema de enumera€‚o casu†stica e, noutros,
por um sistema misto, estando, no entanto, ciente de que tais solu€…es obrigam a revis…es periŒdicas dos pa†ses, territŒrios ou regi…es que figuram na lista.

Assim:

Manda o Governo, pelo Secretƒrio de Estado dos Assuntos Fiscais, nos termos do n.Ž 2 do artigo 3.Ž do Decreto-Lei n.Ž 88/94, de 2 de Abril, o seguinte:

Para todos os efeitos previstos na lei, designadamente no n.Ž 3 do artigo 16.Ž do CŒdigo do IRS, no n.Ž 2 do artigo 59.Ž e no n.Ž 3 e na al†nea c) do n.Ž 7 do
artigo 60.Ž do CŒdigo do IRC, na al†nea b) do artigo 26.Ž, no n.Ž 7 do artigo 41.Ž e no n.Ž 8 do artigo 42.Ž do EBF, no n.Ž 3 do artigo 7.Ž do CŒdigo do Imposto
do Selo, no artigo 3.Ž do Decreto-Lei n.Ž 88/94, de 2 de Abril, no n.Ž 4 do artigo 2.Ž e no n.Ž 3 do artigo 4.Ž do Decreto-Lei n.Ž 219/2001, de 4 de Agosto, no
n.Ž 7 do artigo 9.Ž e no n.Ž 3 do artigo 112.Ž do CŒdigo do Imposto Municipal sobre ImŒveis (CIMI) e no n.Ž 4 do artigo 17.Ž do CŒdigo do Imposto Municipal
sobre as Transmiss…es Onerosas de ImŒveis (CIMT), a lista dos pa†ses, territŒrios e regi…es com regimes de tributa€‚o privilegiada, claramente mais
favorƒveis, • a seguinte:

1) Andorra; 43) Ilha de Man;


2) Anguilla; 44) Ilhas Marianas do Norte;
3) Ant†gua e Barbuda; 45) Ilhas Marshall;
4) Antilhas Holandesas; 46) Maur†cias;
5) Aruba; 47) MŒnaco;
6) Ascens‚o; 48) Monserrate;

542
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6) Ascens‚o; 48) Monserrate;
7) Bahamas; 49) Nauru;
8) Bahrain; 50) Ilhas Natal;
9) Barbados; 51) Ilha de Niue;
10) Belize; 52) Ilha Norfolk;
11) Ilhas Bermudas; 53) Sultanato de Oman;
Ilhas do Pac†fico n‚o
12) Bol†via; 54) compreendidas nos restantes
n‹meros
13) Brunei; 55) Ilhas Palau;
Ilhas do Canal (Alderney, Guernesey,
14) Jersey, Great Stark, Herm, Little Sark, 56) Panamƒ;
Brechou, Jet-hou e Lihou);
15) Ilhas Cayman; 57) Ilha de Pitcairn;
16) Ilhas Cocos o Keeling 58) Polin•sia Francesa;
17) Chipre; 59) Porto Rico;
18) Ilhas Cook; 60) Quatar;
19) Costa Rica; 61) Ilhas Salom‚o;
20) Djibouti; 62) Samoa Americana;
21) Dominica; 63) Samoa Ocidental;
22) Emiratos Šrabes Unidos; 64) Ilha de Santa Helena;
23) Ilhas Falkland ou Malvinas; 65) Santa L‹cia;
24) Ilhas Fiji; 66) S‚o CristŒv‚o e Nevis;
25) G’mbia; 67) S‚o Marino;
26) Grenada; 68) Ilha de S‚o Pedro e Miguelon;
27) Gibraltar; 69) S‚o Vicente e Grenadinas;
28) Ilha de Guam; 70) Seychelles;
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28) Ilha de Guam; 70) Seychelles;
29) Guiana; 71) Suazil’ndia;
Ilhas Svalbard (arquip•lago
30) Honduras; 72)
Spitsbergen e ilha Bjornoya)
31) Hong Kong; 73) Ilha de Tokelau;
32) Jamaica; 74) Tonga;
33) Jord’nia; 75) Trinidad e Tobago;
34) IIlha de Queshm 76) Ilha Trist‚o da Cunha;
35) Ilha de Kiribati; 77) Ilhas Turks e Caicos;
36) Koweit; 78) Ilha Tuvalu;
37) Labuƒn; 79) Uruguai;
38) L†bano; 80) Rep‹blica de Vanuatu;
39) Lib•ria; 81) Ilhas Virgens Brit’nicas;
Ilhas Virgens dos Estados Unidos
40) Liechtenstein; 82)
da Am•rica;
Luxemburgo, apenas no que respeita „s
sociedades holding no sentido da
41) legisla€‚o luxemburguesa que se rege pela 83) Rep‹blica Šrabe do Y•men.
Lei de 31 de Julho de 1929 e pela Decis‚o
Gr‚-Ducal de 17 de Dezembro de 1938;
42) Ilhas Maldivas;

O resultado l†quido • apurado deduzindo ao somatŒrio do montante das rendas recebidas ou colocadas „ disposi€‚o com o valor dos rendimentos prediais
presumidos. o total das despesas de manuten€‚o e de conserva€‚o que incumbam ao sujeito passivo, que por ele sejam suportadas e se encontrem
documentalmente provadas, bem como o imposto municipal sobre imŒveis que incide sobre o valor dos pr•dios ou parte de pr•dios cujo rendimento tenha
sido englobado.

No caso de frac€‚o autŒnoma de pr•dio em regime de propriedade horizontal, deduzir-se-‚o tamb•m os encargos de conserva€‚o, frui€‚o e outros que,

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nos termos da lei civil, sejam imputados ao condŒmino e se encontrem documentalmente provados.

Se o resultado l†quido for positivo, inscrever-se-ƒ na linha 6 e, se negativo, serƒ inscrito na linha 7.

QUADRO 04
Mais-Valias
Quadro reservado ao apuramento das mais-valias geradas pelas transmiss…es onerosas previstas nas al†neas a) e b) do n.Ž 3 do artigo 4.Ž do CŒdigo do
IRC.

Para determina€‚o das mais-valias sujeitas a imposto deduzir-se-‚o os encargos com a valoriza€‚o dos imŒveis comprovadamente realizados nos ‹ltimos
cinco anos e as despesas necessƒrias e efectivamente praticadas, inerentes „ aliena€‚o, quer de imŒveis quer de valores mobiliƒrios.

No caso de transmiss‚o de imŒveis, o valor de aquisi€‚o serƒ corrigido mediante aplica€‚o dos coeficientes para o efeito publicados em Portaria do
Minist•rio das Finan€as.

Portaria n.€ 362/2008 de 2008-Mai-13


Quadro de actualizaƒ„o dos coeficientes de desvalorizaƒ„o da moeda a que se referem os artigos 44.€ do CIRC e 50.€CIRS

Anos Coeficientes Anos Coeficientes


At• 1903 4209,48 1976 22,37
De 1904 a 1910 3918,52 1977 17,17
De 1911 a 1914 3758,31 1978 13,43
1915 3343,74 1979 10,6
1916 2736,88 1980 9,55
1917 2184,85 1981 7,81
1918 1558,82 1982 6,49
1919 1194,67 1983 5,18
1920 789,38 1984 4,02
545
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1920 789,38 1984 4,02
1921 515,03 1985 3,36
1922 381,43 1986 3,04
1923 233,44 1987 2,79
1924 196,51 1988 2,52
De 1925 a 1936 169,37 1989 2,26
De 1937 a 1939 164,47 1990 2,02
1940 138,4 1991 1,79
1941 122,92 1992 1,65
1942 106,13 1993 1,53
1943 90,37 1994 1,45
De 1944 a 1950 76,73 1995 1,4
De 1951 a 1957 70,37 1996 1,36
De 1958 a 1963 66,17 1997 1,34
1964 63,24 1998 1,3
1965 60,93 1999 1,28
1966 58,2 2000 1,25
De 1967 a 1969 54,44 2001 1,17
1970 50,41 2002 1,13
1971 47,98 2003 1,1
1972 44,85 2004 1,08
1973 40,78 2005 1,05
1974 31,27 2006 1,02
1975 26,72 2007 1

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Portarias de coeficiente de actualiza€‚o monetƒrio:

Deverƒ ser preenchido um quadro 04 por cada opera€‚o.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantos quadros quanto os necessƒrios.

QUADRO 05
Outros Rendimentos
No campo E101 devem ser inscritos os valores relativos aos incrementos patrimoniais derivados de aquisi€…es a t†tulo gratuito.

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ANEXO F
BENEFÜCIOS FISCAIS
O Anexo F, composto por duas pŽginas, deve ser enviado por via electrŒnica para dar cumprimento ao estabelecido na al†nea c) do n.Ž 1 do artigo 109.Ž
do CIRC, pelas:

• Entidades que exercendo, a t†tulo principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou agr†cola, n‚o tenham exclusivamente rendimentos
sujeitos ao regime geral, bem como pelas que tenham benef†cios fiscais que se traduzam em dedu€…es ao rendimento ou „ colecta;

• Entidades residentes que n‚o exer€am, a t†tulo principal, actividades de natureza comercial, industrial ou agr†cola, sempre que aufiram
rendimentos abrangidos por isen€‚o, bem como pelas que tenham benef†cios fiscais que se traduzam em dedu€…es ao rendimento ou „ colecta.

Estrutura do Anexo:


Rendimentos isentos: Quadro 03


Dedu€Šes ao rendimento: Quadro 04


Dedu€Šes ao Lucro Tributƒvel – Quadro 5


Dedu€Šes ‹ colecta: Quadro 06


Mecenato: Quadro 07


Incentivos fiscais ‹ interioridade: Quadros 08 e 09

QUADRO 03
Rendimentos Isentos

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Quadro 031 - Isenƒ„o TemporŽria

Deve ser assinalado com X o normativo legal que concedeu o benef†cio.

O campo F102 deve ser assinalado pelas entidades instaladas nas zonas francas da Madeira e da ilha de Santa Maria sempre que as mesmas usufruam do
benef†cio previsto no n.Ž 1 do artigo 35.Ž do Estatuto dos Benef†cios Fiscais.

Caso o normativo n‚o esteja impresso, deve assinalar o campo F105.

Quadro 032 - Isenƒ„o Definitiva

Deve ser assinalado com X o normativo legal que concedeu o benef†cio.

Caso o normativo n‚o esteja impresso, deve assinalar o campo F110.

Quadro 033 - Discriminaƒ„o dos Rendimentos Isentos ou Sujeitos a Taxas Liberat‚rias

Este quadro deve ser preenchido pelas entidades que assinalaram algum dos campos do Quadro 032.

Os rendimentos devem ser discriminados por categorias. O campo F116 (Total) deve corresponder ao somatŒrio dos campos F111 a F115.

Os rendimentos n‚o sujeitos a IRC (n.Ž 3 do artigo 49.Ž do CIRC), nomeadamente as quotiza€…es, os subs†dios recebidos e os incrementos patrimoniais
obtidos a t†tulo gratuito, no ’mbito dos fins estatutƒrios, devem ser inclu†dos no campo F115.

Neste quadro apenas devem ser inscritos valores superiores a 5 euros. Os valores devem ser inscritos em euros certos, desprezando os c•ntimos.

Exemplo:

A ADC • uma associa€‚o desportiva e cultural legalmente constitu†da e com enquadramento no artigo 11.Ž do CIRC

No ano de 2008 apresenta os seguintes rendimentos:

• Quotas de associados: € 6.000,00

• Rendimentos l†quidos do bar da associa€‚o: € 2.000,00

549
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• Subs†dio destinados aos fins estatutƒrios: € 1.500,00

Assim:

Quotas de associados: € 6.000,00

Rendimento n‚o sujeito a imposto (n.Ž 3 do artigo 49.Ž do CIRC)

Subs†dio: € 1.500,00

Rendimento n‚o sujeito a imposto (n.Ž 3 do artigo 49.Ž do CIRC)

Rendimentos l†quidos do bar da associa€‚o: € 2.000,00

Rendimento sujeito a imposto (artigo 11.Ž do CIRC), mas isento por for€a do artigo 54.Ž EBF

QUADRO 04
DeduĠes ao Rendimento
Neste quadro devem constar, por normativo legal, as import’ncias que n‚o contam para efeitos de tributa€‚o em IRC e que, por estarem a influenciar o

550
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RESULTADO LIQUIDO DO EXERCICIO, ter‚o de ser deduzidas no quadro 07 da declara€‚o modelo 22 (campo 234), ou indicadas no campo D242 do
quadro 07 do anexo D da lES/DA.

ARTIGO 19€ DO EBF - CRIA‰ŠO DE EMPREGO PARA JOVENS

• Para efeitos de IRC, os encargos (remunera€•o fixa + seguran€a social) correspondentes ‹ cria€•o l…quida de postos de trabalho para trabalhadores
com idade superior a 16 anos e inferior a 35 anos, aferida na data da celebraۥo do contrato de trabalho, com excepۥo dos jovens com menos de 23
anos que n•o tenham conclu…do o ensino secundƒrio e que n•o estejam a frequentar uma oferta de educa€•o-forma€•o que permita elevar o n…vel de
escolaridade ou qualifica€•o profissional para assegurar a conclus•o desse n…vel de ensino, e desempregados de longa dura€•o, s•o considerados em
150% do respectivo montante contabilizado como custo do exerc…cio.

• O montante mƒximo da majora€•o anual, por posto de trabalho, ‡ de 14 vezes o salƒrio m…nimo nacional mais elevado.

• Para 2008, o valor mƒximo do benef…cio serƒ: €426,00 X 14 = €5964

• A majora€•o tem lugar durante um per…odo de cinco anos a contar do in…cio da vig„ncia do contrato de trabalho.

EXEMPLO:

O Quadro de Pessoal da sociedade “Queremos Incentivos, SA” apresenta em 2008, dois funcionƒrios que re‹nem as condi€…es referidas no artigo 19Ž do
EBF:

• Funcionƒrio A – admitido em 2004

• Funcionƒrio B – admitido em 2007

Ambos geram € 800,00 de encargos mensais para a empresa

• Cƒlculo do benef†cio:

• Funcionƒrio A – 800 X 14 X 50% = € 5.600,00

• Funcionƒrio B – 800 X 14 X 50% = € 5.600,00, com o limite de € 5.402,60

Total do benef†cio: € 5.600,00 + € 5.402,60 = € 11.002,60

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ARTIGO 67€ DO EBF - DIVIDENDOS DE AC‰”ES ADQUIRIDAS NO “MBITO DE PRIVATIZA‰”ES

Os dividendos de ac€…es adquiridas na sequ•ncia de processo de privatiza€‚o realizado at• ao final do ano 2002, ainda que resultantes de aumentos de
capital, contam desde a data de in†cio do processo at• decorridos os cinco primeiros exerc†cios encerrados apŒs a sua data de finaliza€‚o, apenas por 50%
do seu quantitativo, l†quido de outros benef†cios para fins de IRS ou de IRC.

EXEMPLO:

A sociedade A recebeu em 2004, € 20.000,00 de dividendos relativos a ac€…es adquiridas em 2001, no ’mbito de um processo de privatiza€‚o.

Tributa€‚o: 50% exclu†dos de tributa€‚o (artigo 46Ž CIRC), da parte sujeita exclui-se outros 50%, ou seja, a tributa€‚o incide sobre € 5.000,00

ARTIGO 41€ DO CIRC - QUOTIZAƒ†ES A FAVOR DE ASSOCIAƒ†ES EMPRESARIAIS

‘ considerado custo ou perda do exerc…cio, para efeitos da determina€•o do lucro tributƒvel, o valor correspondente a 150% do total das quotiza€Šes pagas
pelos associados a favor das associa€Šes empresariais em conformidade com os estatutos

Este benef…cio n•o pode, contudo, exceder o equivalente a 2/1000 do volume de neg‚cios do sujeito passivo.

OE 2008, ARTIGO 81.€


REMUNERA‰ŠO CONVENCIONAL DO CAPITAL SOCIAL

Na determina€•o do lucro tributƒvel do IRC, pode ser deduzida uma importŒncia correspondente ‹ remunera€•o convencional do capital social, calculada
mediante a aplica€•o da taxa de 3% ao montante das entradas realizadas, por entregas em dinheiro, pelos s‚cios, no Œmbito da constitui€•o de sociedade
ou de aumento do capital social

CondiĠes:

A sociedade beneficiƒria seja qualificada como pequena ou m‡dia empresa, nos termos previstos no anexo ao Decreto-Lei n.ˆ 372/2007, de 6 de Novembro;

Os s‚cios que participem na constitui€•o da sociedade ou no aumento do capital social sejam exclusivamente pessoas singulares, sociedades de capital de
risco ou investidores de capital de risco;

O lucro tributƒvel n•o seja determinado por m‡todos indirectos.

552
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A deduۥo referida:

• Aplica-se exclusivamente ‹s entradas, no Œmbito de constitui€•o de sociedades

ou

• de aumento do capital social, que ocorram nos anos de 2008 a 2010;

‘ efectuada no apuramento do lucro tributƒvel, relativo ao per…odo de tributa€•o em que ocorram as mencionadas entradas e nos dois per…odos seguintes.

O benef…cio fiscal previsto neste artigo ‡ cumulƒvel unicamente com os benef…cios relativos ‹ interioridade, desde que globalmente n•o ultrapassem €
200.000,00 por entidade beneficiƒria, durante um per…odo de tr„s anos, de acordo com as regras comunitƒrias aplicƒveis aos aux…lios de minimis, definidas
no Regulamento (CE) n.ˆ 1998/2006, da Comiss•o, de 15 de Dezembro.

Conceito de PME constante do artigo 2.Ž do Decreto-Lei n.Ž 372/2007, de 6 de Novembro:


Menos de 250 empregados


Volume de negŒcios < € 50.000.000,00


Balan€o total anual < € 43.000.000,00

QUADRO 05
Deduƒ†es ao Lucro TributŽvel
Neste quadro devem constar os valores fiscais dos donativos em esp•cie, atribu†dos nos termos do art.Ž 62.Ž do Estatuto dos Benef†cios Fiscais, sendo as
respectivas import’ncias indicadas para efeitos de liquida€‚o no Quadro 9 da declara€‚o Modelo 22 (Linha dos Benef†cios Fiscais).

Para efeitos do cƒlculo da dedu€‚o ao lucro tributƒvel, o valor fiscal dos donativos em esp•cie corresponde ao valor fiscal que os bens tiverem no exerc†cio
em que foram doados, deduzido, quando for caso disso, das reintegra€…es ou provis…es efectivamente praticadas e aceites como custo fiscal ao abrigo da
legisla€‚o aplicƒvel.

553
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QUADRO 06
Deduƒ†es • Colecta
Neste quadro devem constar, por normativo legal, os benef†cios fiscais que operam por dedu€‚o „ colecta, sendo as respectivas import’ncias indicadas
para efeitos de liquida€‚o no Quadro 10 da declara€‚o modelo 22 (campo 355).

No processo de documenta€‚o fiscal (artigo 121.Ždo CIRC) deve constar documento que evidencie as dedu€…es efectuadas ao abrigo de:

¥Despesas com Investiga€‚o e Desenvolvimento (DL n.Ž 292/97, de 22/10);

¥Investimento em Protec€‚o Ambiental (DL n.Ž 477/99, de 9/11);

¥Lucros Comerciais, Industriais e Agr†colas Reinvestidos (Decreto Leg. Regional n.Ž 6/2000/M, de 28/2);

¥Despesas com Investiga€‚o e Desenvolvimento (Lei n.Ž 40/2005, de 3 de Agosto).

Bem como outras declara€…es e/ou comprovativos referidos nestes normativos legais.

PRINCIPAIS DEDU‰”ES • COLECTA


(aplicŽveis ao exerc…cio de 2007):

• Grandes projectos de investimento (n.ˆ 1 do artigo 41.ˆ do EBF)

• Projectos de investimento ‹ internacionaliza€•o (n.ˆ 4 do artigo 41.ˆ do EBF)

• SIFIDE - Sistema de Inventivos Fiscais em investiga€•o e desenvolvimento (Lei n.ˆ 40/2005, de 3 de Agosto)

• Actividades industriais desenvolvidas por entidades licenciadas na Zona Franca da Madeira a partir de 1 de Janeiro de 2003 (n.ˆ 6 do artigo 35.ˆ do
EBF)

SIFIDE - Sistema de Inventivos Fiscais em investigaƒ„o e desenvolvimento (Lei n.€ 40/2005, de 3 de Agosto):

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Como funciona?

Dedu€•o ‹ COLECTA, e at‡ ‹ sua concorr„ncia, do valor correspondente ‹s despesas com investiga€•o e desenvolvimento, na parte que n•o tenha sido
objecto de comparticipaۥo financeira do Estado a fundo perdido, numa dupla percentagem:

a) Taxa de base - 20% das despesas realizadas naquele per…odo;

b) Taxa incremental - 50% do acr‡scimo das despesas realizadas naquele per…odo em rela€•o ‹ m‡dia aritm‡tica simples dos dois exerc…cios
anteriores, at‡ ao limite de 750.000 euros, o qual poderƒ ser revisto por decreto-lei.

Despesas eleg…veis:

Despesas que se refiram a actividades de investigaۥo e desenvolvimento, considerando-se:

a) ˜Despesas de investiga€•o™ as realizadas pelo sujeito passivo de IRC com vista ‹ aquisi€•o de novos conhecimentos cient…ficos ou t‡cnicos;

b) ˜Despesas de desenvolvimento™ as realizadas pelo sujeito passivo de IRC atrav‡s da explora€•o de resultados de trabalhos de investiga€•o ou de
outros conhecimentos cient…ficos ou t‡cnicos com vista ‹ descoberta ou melhoria substancial de mat‡rias-primas, produtos, servi€os ou processos
de fabrico.

Obrigaƒ†es acess‚rias:

A dedu€•o deve ser justificada por declara€•o comprovativa, a requerer pelas entidades interessadas, ou de prova da apresenta€•o do pedido de emiss•o
dessa declara€•o, de que as actividades exercidas ou a exercer correspondem efectivamente a ac€Šes de investiga€•o ou desenvolvimento, dos
respectivos montantes envolvidos, do cƒlculo do acr‡scimo das despesas em rela€•o ‹ m‡dia dos dois exerc…cios anteriores e de outros elementos
considerados pertinentes, emitida por entidade nomeada por despacho do Ministro da Ci„ncia, Tecnologia e Ensino Superior, a integrar no processo de
documenta€•o fiscal do sujeito passivo a que se refere o artigo 121.ˆ do C‚digo do IRC.

Obrigaƒ†es contabil…sticas:

A contabilidade dos sujeitos passivos de IRC beneficiƒrios do regime previsto na presente lei darƒ express•o ao imposto que deixe de ser pago em resultado
da dedu€•o mediante men€•o do valor correspondente no anexo ao balan€o e ‹ demonstra€•o de resultados relativa ao exerc…cio em que se efectua a
deduۥo.

555
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QUADRO 07
Mecenato
Neste quadro devem constar os vƒrios tipos de donativos efectuados ao abrigo dos artigos 62.Ž e 65.Ž do Estatuto dos Benef†cios Fiscais (EBF), bem como
os donativos efectuados ao abrigo do Estatuto do Mecenato Cient†fico, aprovado pela Lei 26/2004, de 8 de Julho e em legisla€‚o avulsa.

TIPO DONATIVOS

Tipifique os donativos atribu†dos de acordo com os seguintes cŒdigos:

01 – Estado – Mecenato Social (n.Ž 1 e 2 do art.Ž 62.Ž do EBF)

02 – Estado – Mecenato Cultural (n.Ž 1 e 2 do art.Ž 62.Ž do EBF)

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03 – Estado – Mecenato Ambiental (n.Ž 1 e 2 do art.Ž 62.Ž do EBF)

04 – Estado – Mecenato Desportivo (n.Ž 1 e 2 do art.Ž 62.Ž do EBF)

05 – Estado – Mecenato Educacional (n.Ž 1 e 2 do art.Ž 62.Ž do EBF)

06 – Estado – Mecenato Cultural - Contratos Plurianuais (n.Ž 1 e 2 do art.Ž 62.Ž do EBF)

07 – Estado – Mecenato Ambiental - Contratos Plurianuais (n.Ž 1 e 2 do art.Ž 62.Ž do EBF)

08 – Estado – Mecenato Desportivo - Contratos Plurianuais (n.Ž 1 e 2 do art.Ž 62.Ž do EBF)

09 – Estado – Mecenato Educacional - Contratos Plurianuais (n.Ž 1 e 2 do art.Ž 62.Ž do EBF)

10 – Mecenato Social (n.Ž 3 e 4 do art.Ž 62.Ž-D do EBF)

11 – Mecenato Social – Apoio Especial (n.Ž 3 e 4 do art.Ž 62.Ž do EBF)

12 – Mecenato Familiar (n.Ž 5 do art.Ž 62.Ž do EBF)

13 – Mecenato Cultural (n.Ž 6 e 7 do art.Ž 62.Ž do EBF)

14 – Mecenato Cultural - Contratos Plurianuais (n.Ž 6 e 7 do art.Ž 62.Ž do EBF)

15 – Mecenato a Organismos Associativos (n.Ž 8 do art.Ž 62.Ž do EBF)

16– Mecenato para a Sociedade de Informa€‚o (n.Ž 1 do art.Ž 65.Ž do EBF)

17– Mecenato para a Sociedade de Informa€‚o - Contratos Plurianuais (n.Ž 2 do art.Ž 65.Ž do EBF)

18 – Estado – Mecenato Cientifico (n.Ž 1 do art.Ž 8.Ž do Estatuto do Mecenato Cientifico – Lei 26/2004, de 8/7)

19 – Estado – Mecenato Cientifico - Contratos Plurianuais (n.Ž 1 e 3 do art.Ž 8.Ž do Estatuto do Mecenato Cientifico – Lei 26/2004, de 8/7)

20 – Mecenato Cientifico – Entidades Privadas (n.Ž 2 do art.Ž 8.Ž do Estatuto do Mecenato Cientifico – Lei 26/2004, de 8/7)

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21– Mecenato Cientifico – Entidades Privadas - Contratos Plurianuais (n.Ž 2 e 3 do art.Ž 8.Ž do Estatuto do Mecenato Cientifico – Lei 26/2004, de 8/7)

22 – Regimes Especiais (Legisla€‚o avulsa)

VALOR DONATIVO (COM MAJORA‰ŠO)

Nestes campos devem ser inscritos os valores dos donativos com a majora€‚o inclu†da.

QUADRO 08
Incentivos Fiscais • Interioridade (art. 43.€ do EBF) Sujeitos • regra de MINIMIS
Este quadro destina-se ao controlo do limite dos incentivos sujeitos „ regra de minimis e deve ser preenchido pelos sujeitos passivos que na declara€‚o
Mod. 22 tenham beneficiado da taxa reduzida ao abrigo do art. 43.Ž do EBF.

De acordo com a regra de minimis prevista no regulamento comunitƒrio n.Ž 691998/2006, de 15 de Dezembro, o montante total dos referidos incentivos e
de outros incentivos de natureza n‚o fiscal n‚o pode exceder, por entidade e durante um per†odo correspondente a 3 exerc†cios financeiros, o montante de
200.000 Euros ou de 100 000 Euros para as empresas que desenvolvam actividades no sector dos transportes rodoviƒrios.

Nos campos F400 e 401 devem ser inscritos os montantes totais dos incentivos usufru†dos com carƒcter de minimis, de natureza fiscal e n‚o fiscal,
atribu†dos pelo Estado, com recurso a fundos p‹blicos nacionais ou comunitƒrios, ao sujeito passivo, nos dois anos anteriores ao exerc†cio a que se reporta
a presente declara€‚o.

Para a inscri€‚o nos campos F400, F401 e F402 dos incentivos concedidos com recurso a fundos comunitƒrios deverƒ tomar-se em considera€‚o o quadro
comunitƒrio que se encontra em vigor.

Relativamente ao exerc†cio a que se reporta a presente declara€‚o dever‚o ser discriminados nos campos F402 e F403, respectivamente, os incentivos
n‚o fiscais e o incentivo correspondente „ redu€‚o do IRC determinado sem qualquer limite quantitativo.

Exemplo da determina€‚o do incentivo

Material colectƒvel (MC) = 500.000 Euros

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Colecta regime geral (MCx30%) = 150.000 “

Colecta regime de interioridade (MCx25%)= 125.000 “

Valor a inscrever em F403 25.000 “

Se o somatŒrio dos valores inscritos nos campos F400, F401, F402 e F403, a inscrever no campo F404, for superior ao limite definido ao abrigo da regra de
minimis (200.000 ou 100.000 Euros) o excesso apurado (a inscrever no campo F405) deve ser inscrito no campo 363 do Quadro 10 da Declara€‚o Modelo
22 e at• „ concorr•ncia do valor inscrito no campo F403.

QUADRO 09
Incentivos Fiscais • Interioridade Ligados ao Investimento Sujeitos •s Taxas MŽximas de Aux…lios Regionais (art. 43.€ do EBF)
Este quadro destina-se ao controlo do limite dos incentivos ao investimento e dos incentivos „ cria€‚o de postos de trabalho sujeitos „s taxas mƒximas de
aux†lios regionais, devendo ser preenchido pelos sujeitos passivos que na declara€‚o Modelo 22 tenham beneficiado das majora€…es previstas no art.Ž43.Ž
do EBF.

De acordo com a legisla€‚o comunitƒria e os artigos 5.Ž e 6.Ž da Portaria n.Ž 170/2002, de 28 de Fevereiro, o quociente entre o montante total dos
incentivos ao investimento de natureza fiscal e n‚o fiscal, e o total do investimento eleg†vel n‚o pode exceder, por entidade, uma percentagem mƒxima de
aux†lio, variƒvel consoante a regi‚o de localiza€‚o do beneficiƒrio e a sua dimens‚o (Grande Empresa ou PME).

Entende-se por PME a empresa que, cumulativamente, tenha menos de 250 trabalhadores, tenha um volume de negŒcios anual que n‚o exceda 40
milh…es de Euros ou um balan€o total anual que n‚o exceda 27 milh…es de Euros e cumpra o crit•rio de independ•ncia definido na Recomenda€‚o
Comunitƒria n.Ž 96/280/CE, de 3 de Abril.

Nos campos F410 e F411 devem ser inscritos os investimentos considerados eleg†veis para efeitos de majora€‚o das respectivas amortiza€…es,
considerando-se como tal os investimentos corpŒreos relativos „ aquisi€‚o de edif†cios e equipamentos directamente relacionados com os projectos, com
excep€‚o dos terrenos e ve†culos ligeiros de passageiros. S‚o igualmente eleg†veis as despesas incorpŒreas relativas „ transfer•ncia de tecnologia sob a
forma de aquisi€‚o de patentes, de licen€as de explora€‚o ou de conhecimentos t•cnicos, nas seguintes condi€…es:

a) A totalidade destas despesas, no caso de PME;

559
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b) At• um limite 25% do montante das despesas em investimento corpŒreo, no caso de outras empresas.

O limite global dos investimentos eleg†veis para efeitos da majora€‚o das amortiza€…es • de 500 000 Euros, nos termos da al†nea c) do n.Ž 1 do art.Ž 39 B
do EBF.

No campo F413 deve ser inscrito o valor plurianual total da isen€‚o das contribui€…es para a Seguran€a Social concedida pelo Instituto de Gest‚o
Financeira da Seguran€a Social, multiplicado por (1 - taxa do IRC). Neste apuramento deve ser utilizada a taxa efectiva de IRC.

Os campos F414 e F417, destinam-se „ inscri€‚o dos montantes relativos „s majora€…es previstas nas al†neas c) e d) do n.Ž 1 do art.Ž 39 B do EBF,
devendo no campo F417 ser inscrito o valor correspondente „ majora€‚o relativa „s contribui€…es para os seguros de acidentes de trabalho.

Nos campos F415 e F418, deve ser inscrita a taxa efectiva de IRC.

No campo F420 deve ser inscrito o montante adicional do CFI, resultante da majora€‚o prevista na Portaria n.Ž 56/2002, de 14 de Janeiro, apenas no caso
de a declara€‚o respeitar ao exerc†cio de 2001.

No campo F421 devem ser inscritos, para al•m do valor correspondente „ isen€‚o de imposto municipal sobre transmiss‚o onerosa de imŒveis obtida ao
abrigo do artigo 39.Ž B, todos os outros incentivos concedidos pelo Estado e n‚o discriminados nos campos anteriores para a realiza€‚o dos investimentos
inscritos em F410 e F411 e para a cria€‚o dos postos de trabalho a que se referem os montantes declarados nos campos F413 e F419. N‚o devem ser
considerados os incentivos com carƒcter de minimis.

TAXA DE AUX‹LIO

A determina€‚o da taxa de aux†lio (F423) poderƒ ser efectuada das seguintes formas:

1. Em caso de exist•ncia apenas de incentivos ao investimento, a taxa de aux†lio (F423) deve ser determinada dividindo o total dos aux†lios pelo total
dos investimentos (F412);

2. Em caso de acumula€‚o entre incentivos ao investimento e incentivos „ cria€‚o de postos de trabalho ligados ao investimento, a taxa de aux†lio
(F423) • dada pela menor das seguintes percentagens:

• Quociente entre o total dos aux†lios (F422) e o total dos investimentos (F412);

• Quociente entre o total dos aux†lios (F422) e os custos salariais, incluindo encargos sociais obrigatŒrios, relativos a um per†odo de dois anos.

560
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3. Em caso de exist•ncia apenas de incentivos „ cria€‚o de postos de trabalho, n‚o ligados ao investimento, a taxa de aux†lio (F423) deve ser
determinada dividindo o somatŒrio dos campos F413 e F419 pelo total dos custos salariais, incluindo encargos sociais obrigatŒrios, relativos a um
per†odo de dois anos.

No campo F424 deve inscrever-se a taxa mƒxima de aux†lio constante da Portaria n.Ž 170/2002, de 28 de Fevereiro, que fixa as regras a que se encontram
sujeitos os beneficiƒrios dos incentivos.

Portaria n.€ 170/2002, de 28 de Fevereiro

As medidas de incentivo „ recupera€‚o acelerada das regi…es portuguesas que sofrem de problemas de interioridade previstas na Portaria n.Ž 56/2002, de
14 de Janeiro, e nos artigos 7.Ž a 11.Ž da Lei n.Ž 171/99, de 18 de Setembro, com as altera€…es constantes do artigo 54.Ž da Lei n.Ž 30-C/2000, de 29 de
Dezembro, s‚o regulamentadas atrav•s do Decreto-Lei n.Ž 310/2001, de 10 de Dezembro.

Este decreto-lei prev•, no seu artigo 6.Ž, que as disposi€…es necessƒrias para assegurar, ao longo do per†odo de implementa€‚o, o integral respeito pela
decis‚o da Comiss‚o Europeia relativamente aos incentivos em causa, nomeadamente no que se refere „ sua aplica€‚o „s diferentes actividades
econŒmicas, ser‚o objecto de portaria conjunta dos Minist•rios das Finan€as, do Planeamento e do Trabalho e da Solidariedade.

Importando estabelecer as regras a que se encontram sujeitos os beneficiƒrios das medidas de incentivo em causa de modo a assegurar a transpar•ncia e
a efici•ncia na sua atribui€‚o, manda o Governo, pelos Ministros das Finan€as, do Planeamento e do Trabalho e da Solidariedade, ao abrigo do artigo 6.Ž
do Decreto-Lei n.Ž 310/2001, de 10 de Dezembro, o seguinte:

1.€ - Objecto

O presente diploma visa fixar as regras necessƒrias ao integral respeito pela decis‚o da Comiss‚o Europeia relativamente aos incentivos previstos na
Portaria n.Ž 56/2002, de 14 de Janeiro, e nos artigos 7.Ž a 11.Ž da Lei n.Ž 171/99, de 18 de Setembro, com a redac€‚o introduzida pela Lei n.Ž 30-C/2000, de
29 de Dezembro.

2.€ - ’mbito

Podem beneficiar dos incentivos mencionados no n‹mero anterior todas as actividades econŒmicas, com excep€‚o das seguintes:

a) Agricultura e pesca, identificadas, respectivamente, nas sec€…es A e B da Classifica€‚o Portuguesa de Actividades EconŒmicas - CAE, revista
pelo Decreto-Lei n.Ž 182/93, de 14 de Maio;

561
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b) Ind‹stria carbon†fera (grupos 101, 102, 103 e 231 da CAE), relativamente aos incentivos previstos nos artigos 8.Ž, 9.Ž e 10.Ž e na al†nea b) do n.Ž 1
do artigo 11.Ž da Lei n.Ž 171/99, de 18 de Setembro, e na Portaria n.Ž 56/2002, de 14 de Janeiro;

c) Transportes (divis…es 60, 61 e 62 da CAE), no que se refere aos incentivos previstos no artigo 7.Ž da Lei n.Ž 171/99, de 18 de Setembro.

3.€ - Definiƒ†es

Para efeitos do presente diploma, entende-se por:

a) Cria€‚o l†quida de postos de trabalho o acr•scimo no n‹mero total de postos de trabalho sem termo em resultado dos postos de trabalho criados,
tendo por refer•ncia o n‹mero mƒximo de postos de trabalho sem termo existentes na empresa durante os dois ‹ltimos anos que precedem a
contrata€‚o;

b) Posto de trabalho ligado „ realiza€‚o de um investimento o posto de trabalho respeitante „ actividade inerente a um investimento, quando • criado
durante os tr•s primeiros anos que se seguem „ realiza€‚o integral do mesmo.

4.€ - Despesas eleg…veis

1- Para a concess‚o dos incentivos previstos no artigo 8.Ž da Lei n.Ž 171/99, de 18 de Setembro, s‚o eleg†veis:

a) As despesas de investimento corpŒreo relativas „ aquisi€‚o de edif†cios e de equipamentos directamente relacionados com a realiza€‚o do
projecto, com excep€‚o dos ve†culos ligeiros de passageiros;

b) As despesas relativas „ transfer•ncia de tecnologia sob a forma de aquisi€‚o de patentes, de licen€as de explora€‚o ou de conhecimentos
t•cnicos, nos seguintes termos:

i) A totalidade destas despesas, no caso de pequenas ou m•dias empresas, assim classificadas de acordo com os crit•rios constantes da
Recomenda€‚o Comunitƒria n.Ž 96/280/CE , de 3 de Abril;

ii) At• um limite de 25% do montante das despesas em investimento corpŒreo, para as empresas n‚o inclu†das na subal†nea anterior.

2- No caso dos incentivos previstos no artigo 9.Ž da Lei n.Ž 171/99, de 18 de Setembro, s‚o eleg†veis as despesas correspondentes aos encargos sociais
obrigatŒrios resultantes da cria€‚o l†quida de postos de trabalho quando estes se encontrem ligados ao investimento ou sejam ocupados por
trabalhadores desempregados ou „ procura do primeiro emprego.

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3- Relativamente aos incentivos previstos no artigo 10.Ž da Lei n.Ž 171/99, de 18 de Setembro, s‚o eleg†veis as despesas correspondentes „s
contribui€…es para a seguran€a social resultantes da cria€‚o l†quida de postos de trabalho quando estes se encontrem ligados ao investimento ou
sejam ocupados por trabalhadores desempregados ou „ procura do primeiro emprego.

4- Para efeitos do n.Ž 2, os encargos sociais obrigatŒrios correspondem „s contribui€…es para a seguran€a social e a seguros de acidentes de trabalho.

5.€ - Limite dos incentivos

1- Os incentivos ao investimento previstos na Portaria n.Ž 56/2002, de 14 de Janeiro, e no artigo 8.Ž e na al†nea b) do n.Ž 1 do artigo 11.Ž, bem como os
incentivos „ cria€‚o de postos de trabalho, quando ligados ao investimento, referidos nos artigos 9.Ž e 10.Ž, todos da Lei n.Ž 171/99, de 18 de
Setembro, n‚o podem, individual ou cumulativamente, ultrapassar as taxas mƒximas de aux†lios estabelecidas pela Comiss‚o Europeia para as
diferentes regi…es portuguesas, e constantes do mapa anexo ao presente diploma.

2- Os incentivos „ cria€‚o de postos de trabalho, quando n‚o ligados ao investimento, previstos nos artigos 9.Ž e 10.Ž da Lei n.Ž 171/99, de 18 de
Setembro, n‚o podem ultrapassar as taxas mƒximas de aux†lios aplicƒveis nas diferentes regi…es portuguesas a que refere o n‹mero anterior.

3- A taxa de incentivo „ cria€‚o de postos de trabalho, independentemente de se encontrarem ligados ou n‚o ao investimento, • calculada com base nos
respectivos custos salariais, incluindo encargos salariais obrigatŒrios, relativos a um per†odo de dois anos.

4- Os incentivos previstos no artigo 7.Ž da Lei n.Ž 171/99, de 18 de Setembro, n‚o podem ultrapassar (euro) 100000 por entidade beneficiƒria, durante um
per†odo de tr•s anos contado a partir da data da atribui€‚o do primeiro incentivo, independentemente da forma dos incentivos ou do objectivo
prosseguido, de acordo com as regras comunitƒrias aplicƒveis aos aux†lios de minimis, definidas no Regulamento (CE) n.Ž 69/2001, da Comiss‚o, de
12 de Janeiro.

6.€ - Acumulaƒ„o

1- No caso de acumula€‚o entre incentivos ao investimento e incentivos „ cria€‚o de postos de trabalho ligados ao investimento, a taxa de aux†lio
acumulada • dada pela menor das percentagens que resultar do quociente entre o montante total dos incentivos atribu†dos e o custo do investimento
ou os custos salariais calculados nos termos do n.Ž 3 do n.Ž 5.Ž

2- Os incentivos a que se refere o n.Ž 4 do n‹mero anterior s‚o acumulƒveis com outros aux†lios de minimis, no respeito do limite de (euro) 100000 por
entidade beneficiƒria, durante um per†odo de tr•s anos contado da data de atribui€‚o do primeiro incentivo.

563
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7.€ - Jovens empresŽrios

Para efeitos da aplica€‚o do n.Ž 2 do artigo 10.Ž da Lei n.Ž 171/99, de 18 de Setembro, • utilizado o conceito de jovens empresƒrios estabelecido no
Decreto-Lei n.Ž 22/97, de 23 de Janeiro, devendo este ser respeitado „ data da cria€‚o l†quida dos postos de trabalho.

8.€ - Liquidaƒ„o de IRC

Caso a utiliza€‚o dos incentivos previstos nos artigos 7.Ž a 9.Ž da Lei n.Ž 171/99, de 18 de Setembro, e na Portaria n.Ž 56/2002, de 14 de Janeiro, ultrapasse
os limites ou as elegibilidades constantes da presente portaria, a liquida€‚o do IRC deverƒ ser ajustada em conformidade, nos termos do artigo 83.Ž do
respectivo CŒdigo.

Se a taxa efectiva de aux†lio (F423) for superior „ taxa mƒxima legal aplicƒvel (F424), o total dos incentivos em excesso, correspondente ao produto do
diferencial de taxas (F423 - F424) pelo valor total do investimento (F412), ou pelo valor total dos custos salariais (no caso de acumula€‚o entre incentivos
ao investimento e incentivos „ cria€‚o de postos de trabalho ligados ao investimento ou apenas incentivos „ cria€‚o de postos de trabalho, n‚o ligados ao
investimento), deve ser inscrito no campo F425 e transportado, at• „ concorr•ncia do somatŒrio dos campos F41 6, F41 9 e F420, para o campo 363 do
Quadro 10 da Declara€‚o Modelo 22.

Controlos automŽticos na fase de liquidaƒ„o


No ano de 2009 as declara€…es modelo 22 v‚o ser sujeitas a dois controlos automƒticos em fase pr•via „ liquida€‚o e logo que se encontrem na situa€‚o
de certas na base de dados central:

 Controlo de preju†zos deduzidos

 Controlo de benef†cios fiscais a sujeitos passivos com d†vidas

No ’mbito destes controlos e sempre que os valores declarados pelo sujeito passivo n‚o estejam em conformidade com os elementos constantes da base
dados serƒ emitida uma comunica€‚o ao contribuinte.

A declara€‚o • marcada com um cŒdigo de anomalia.

Durante este per†odo procede-se „ anƒlise das declara€…es

Controlo dos benef…cios Fiscais – Contribuintes com d…vidas

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Para efeitos deste controlo consideram-se as declara€…es do exerc†cio de 2008 com os seguintes campos preenchidos:

 Quadro 07 – Campo 234

 Quadro 08 - Campo 245

 Quadro 09 - Campo 310, 321, 322 e 408

 Quadro 10 - Campo 355

ANEXO G
REGIMES ESPECIAIS
O Anexo G, composto por uma pƒgina, deve ser enviado por via electrŒnica para dar cumprimento ao estabelecido na al†nea c) do n.Ž 1 do artigo 109.Ž do
CIRC, pelas entidades a que se refere o artigo 6.Ž do mesmo cŒdigo.

QUADRO 03
Regime de Transpar‡ncia Fiscal
O presente quadro destina-se ao cƒlculo do IRC que seria devido, bem como „ identifica€‚o dos sŒcios das entidades referidas no artigo 6.Ž do CIRC.

Quadro 031 - Tipo de Sujeito Passivo

Assinalar com X, no campo respectivo, o tipo de sujeito passivo.

Quadro 033 - Deduƒ†es • Colecta

O somatŒrio das dedu€…es inscritas nos campos G02 a G05 n‚o pode ser superior ao valor do campo GO1 (ver n.Ž 5 do artigo 83.Ž do CIRC). As referidas
dedu€…es bem como as reten€…es na fonte (campo G06), ser‚o imputadas de acordo com a percentagem de participa€‚o aplicada sobre os valores

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constantes dos campos G02 a G06.

Os campos G02 e G04 sŒ devem ser preenchidos quando a declara€‚o respeitar a exerc†cios anteriores a 2002.

Quadro 034 - Imputaƒ„o de Rendimentos e de Retenƒ†es

No caso das sociedades sujeitas ao regime de transpar•ncia fiscal, deverƒ indicar no campo G79 o valor total da mat•ria colectƒvel a imputar aos sŒcios,
cujo montante corresponde ao apurado no campo 346 do quadro 09 da declara€‚o de rendimentos Modelo 22.

Tratando-se de AEIE ou ACE, deverƒ indicar no campo G80 o valor total do lucro fiscal ou do preju†zo fiscal a imputar aos sŒcios ou membros do
agrupamento, cujo montante deve corresponder ao valor apurado no campo 240 do quadro 07 da declara€‚o de rendimentos modelo 22 (lucro fiscal) ou ao
valor apurado no campo 239 da referida declara€‚o (preju†zo fiscal). Em caso de preju†zo fiscal, o seu valor deve ser inscrito com o respectivo sinal -.

N.€ DE IDENTIFICA‰ŠO FISCAL

Indique o n‹mero de identifica€‚o fiscal do sŒcio ou membro da entidade imputadora:

• Se pessoa singular, o constante do cart‚o emitido pelo Minist•rio das Finan€as;

• Se pessoa colectiva, o constante do cart‚o emitido pelo Minist•rio da Justi€a.

% DE PARTICIPA‰ŠO

A percentagem de participa€‚o • a que resultar do acto constitutivo ou, na falta de elementos, em partes iguais.

VALOR IMPUTADO

Indique o valor da mat•ria colectƒvel imputada, no caso das sociedades civis n‚o constitu†das sob forma comercial, sociedades de profissionais,
sociedades de simples administra€‚o de bens, ou o valor do lucro fiscal ou do preju†zo fiscal imputado, no caso de AEIE ou ACE, ao sŒcio ou membro do
agrupamento, nos termos que resultarem do acto constitutivo da entidade identificada no campo 1 do quadro 01 ou, na falta de elementos, em partes
iguais, de acordo com o estabelecido no n.Ž 3 do art. 6.Ž do CIRC, tendo em aten€‚o que, no caso de preju†zo, o seu valor deve ser inscrito com o
respectivo sinal -.

O total do valor imputado deve coincidir com:

566
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• a matˆria colectŽvel determinada pelas sociedades civis n‚o constitu†das sob forma comercial, sociedades de profissionais, sociedades de
simples administraƒ„o de bens, (campo 346 do quadro 09 da declara€‚o de rendimentos Modelo 22 e campo G79);

• o lucro fiscal (campo 240 do quadro 07 da modelo 22 e campo G80) ou preju…zo fiscal (campo 239 do quadro 07 da declara€‚o modelo 22 e
campo G80) apurados pelos AEIE ou ACE.

RENDIMENTO IL‹QUIDO SUJEITO A RETEN‰ŠO

Deve ser indicado o valor, apurado nos termos do n.Ž 3 do artigo 6.Ž do CIRC, correspondente aos rendimentos il†quidos do exerc†cio que foram sujeitos a
reten€‚o na fonte.

RETEN‰ŠO NA FONTE

Deve ser inscrito o valor correspondente „ quota-parte imputada ao sŒcio, membro ou contitular das reten€…es na fonte efectuadas „ entidade imputadora.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas linhas quanto as necessƒrias.

567
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ANEXO H
OPERAÇÖES COM NÉO RESIDENTES
O Anexo H, composto por duas pŽginas, deve ser enviado por via electrŒnica para dar cumprimento ao estabelecido na al†nea c) do n.Ž 1 do artigo 109.Ž
do CIRC, por todos os sujeitos passivos de IRC que efectuem opera€…es com n‚o residentes no ’mbito dos Pre€os de Transfer•ncia, com entidades n‚o
residentes sujeitas a um regime fiscal privilegiado, ou tenham obtido rendimentos fora do territŒrio nacional.

Anexo a preencher sempre que existam opera€…es com n‚o residentes, que:

 Sejam associadas;

 Estabelecimentos estƒveis/sede;

 Sujeitas a regime fiscal privilegiado (Portaria nŽ 150/2004, de 13-2);

Apenas devem ser inscritos valores superiores a € 5.000,00

QUADRO 03
Preƒos de Transfer‡ncia, regime Fiscal Privilegiado e Subcapitalizaƒ„o
Quadro 031 - OperaĠes com Entidades Relacionadas e/ou com Entidades sujeitas a Regime Fiscal Privilegiado

Neste quadro apenas devem ser inscritos valores superiores a 5 000 euros. Os valores devem ser inscritos em euros certos, desprezando os c•ntimos.

Os valores inscritos devem reflectir os montantes que influenciaram o resultado l†quido do exerc†cio, ou os valores constantes do balan€o, reportados ao
‹ltimo dia do per†odo de tributa€‚o indicado na declara€‚o, para os Empr•stimos Concedidos e Empr•stimos Obtidos.

As duas primeiras colunas, deste quadro, destinam-se a dar cumprimento aos n.Žs 7 e 9 do artigo 58.Ž do CIRC.

568
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Artigo 58.€ do CIRC


Preƒos de transfer‡ncia

7- O sujeito passivo deve indicar, na declara€‚o anual de informa€‚o contabil†stica e fiscal a que se refere o artigo 113.Ž, a exist•ncia ou inexist•ncia, no
exerc†cio a que aquela respeita, de opera€…es com entidades com as quais estƒ em situa€‚o de rela€…es especiais, devendo ainda, no caso de
declarar a sua exist•ncia:

a) Identificar as entidades em causa;

b) Identificar e declarar o montante das opera€…es realizadas com cada uma;

c) Declarar se organizou, ao tempo em que as opera€…es tiveram lugar, e mant•m, a documenta€‚o relativa aos pre€os de transfer•ncia praticados.

9- Nas opera€…es realizadas entre entidade n‚o residente e um seu estabelecimento estƒvel situado em territŒrio portugu•s, ou entre este e outros
estabelecimentos estƒveis daquela situados fora deste territŒrio, aplicam-se as regras constantes dos n‹meros anteriores.

Na primeira coluna devem ser inscritos os valores relativos „s opera€…es realizadas entre o declarante e uma entidade n‚o residente, com a qual esteja
em situa€‚o de rela€…es especiais.

Na segunda coluna devem ser inscritos os valores relativos „s opera€…es realizadas entre uma entidade n‚o residente e um seu estabelecimento estƒvel,
incluindo as realizadas entre um estabelecimento estƒvel situado em territŒrio portugu•s e outros estabelecimentos estƒveis da mesma entidade situados
fora deste territŒrio.

Considera-se que uma entidade estƒ sujeita a um regime fiscal privilegiado quando o territŒrio de resid•ncia da mesma consta da Portaria n.Ž 150/2004, de
13 de Fevereiro. ou quando aquela a† n‚o for tributada em imposto sobre o rendimento id•ntico ou anƒlogo ao IRS ou ao IRC, ou quando, relativamente „s
import’ncias pagas ou devidas o montante de imposto pago for igual ou inferior em 60% do imposto que seria devido se a entidade fosse residente em
territŒrio nacional.

As opera€…es realizadas com entidades sujeitas a regime fiscal privilegiado com as quais existam rela€…es especiais devem ser inscritas na coluna relativa
ao regime fiscal privilegiado.

Quadro 032 - Mˆtodos de determinaƒ„o dos Preƒos de Transfer‡ncia

569
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Neste quadro apenas devem ser inscritos valores superiores a 5 000 euros.

Os valores devem ser inscritos em euros certos, desprezando os c•ntimos.

Por cada um dos m•todos adoptados devem ser indicados os respectivos valores das opera€…es efectuadas.

Quadro 033 - Outras InformaĠes

A organiza€‚o da documenta€‚o relativamente aos pre€os de transfer•ncia deverƒ ser efectuada ao tempo em que as opera€…es tiveram lugar e deve
obedecer ao disposto nos artigos 13Ž a 16Ž da Portaria n.Ž 1446-C/2001, de 21 de Dezembro.

De acordo com o n.Ž 6 do artigo 58.Ž do CIRC, esta documenta€‚o deve fazer parte integrante do processo de documenta€‚o fiscal (DOSSIER FISCAL),
previsto no artigo 121.Ž do CIRC.

O campo 3 deverƒ ser assinalado sempre que o sujeito passivo, apesar de ter efectuado opera€…es relacionadas, no exerc†cio anterior, tenha atingido um
valor anual de vendas l†quidas e outros proveitos inferior a 3 000 000 euros (n.Ž 3 do artigo 13.Ž da Portaria n.Ž 1446-C/2001, de 21 de Dezembro).

CAMPOS H128 a H132

Inscrever os cŒdigos dos respectivos Pa†ses, de acordo com a tabela de Pa†ses que se encontra nas instru€…es ao quadro 04, deste anexo.

QUADRO 04
Rendimentos Obtidos no Estrangeiro
Indique a natureza dos rendimentos com os seguintes cŒdigos, utilizando uma linha para cada um deles por Pa†s de origem dos rendimentos.

NATUREZA DOS RENDIMENTOS

Prediais 01
Lucros Imputƒveis a estabelecimento estƒvel 02
Dividendos ou Lucros derivados de Participa€…es Sociais 03

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Dividendos ou Lucros derivados de Participa€…es Sociais 03
Juros ou Rendimentos de cr•dito de qualquer natureza 04
Rendimentos de outras aplica€…es de capitais 05
Royalties 06
Assist•ncia T•cnica 07
Servi€os Prestados 08
Mais-Valias derivadas da aliena€‚o de bens mobiliƒrios, navios, aeronaves ou
09
quaisquer outros bens
Mais-Valias ou ganhos derivados da aliena€‚o de bens Imobiliƒrios 10
Outros Rendimentos 11

PA‹S

Inscrever o c‚digo do respectivo Pa…s, de acordo com a norma ISO 3166 ( parte numˆrica), dispon…vel em www.e-financas.gov.pt

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas linhas, quantas as necessƒrias.

LISTA DE PA‹SES, TERRIT–RIOS OU REGI”ES E RESPECTIVOS C–DIGOS

PA‹S C–DIGO PA‹S CODIGO PA‹S C–DIGO


Afeganist‚o 004 Fidji 242 Nam†bia 516
Africa do Sul 710 Filipinas 608 Nepal 524
Alb’nia 008 Finl’ndia 246 Nicarƒgua 558
Alemanha 280 Fran€a 250 Nig•ria 566
Andorra 020 Gibraltar 292 Noruega 578
Angola 024 Granada 308 Nova CaledŒnia 540
Anguilla 660 Gr•cia 300 Nova Zel’ndia 554
Ant†gua e Barbuda 028 Gronel’ndia 304 Pa†ses Baixos 528
Antilhas Holandesas 532 Guadalupe 312 Panamƒ 590

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Antilhas Holandesas 532 Guadalupe 312 Panamƒ 590
Arƒbia Saudita 682 Guatemala 320 Paquist‚o 586
Arg•lia 012 Guin• 324 Paraguai 600
Argentina 032 Guin•-Bissau 624 Peru 604
Aruba 533 Guin• Equatorial 226 Polin•sia Francesa 258
Austrƒlia 036 Haiti 332 PolŒnia 616
Šustria 040 Honduras 340 Porto Rico 630
Bahamas 044 Hong-Kong 344 Qu•nia 404
Bahrein 048 Hungria 348 Reino Unido 826
Barbados 052 Ilhas Virgens (Brit’nicas) 092 Rom•nia 642
B•lgica 056 Ilhas Virgens (EU) 850 Ruanda 646
Bermudas 060 †ndia 356 Sara Ocidental 732
Bielorr‹ssia 112 Indon•sia 360 Salom‚o, Ilhas 090
Bol†via 068 Ir‚o, Rep‹blica Isl’mica 364 Santa L‹cia 662
Brasil 076 Iraque 368 S‚o Tom• e Pr†ncipe 678
Bulgƒria 100 Irlanda 372 S‚o Vicente e Granadinas 670
Cabo Verde 132 Isl’ndia 352 Senegal 686
Caimans, Ilhas 136 Israel 376 Serra Leoa 694
Camar…es 120 Itƒlia 380 Seychelles 690
Canadƒ 124 Jamaica 388 Singapura 702
Chade 148 Jap‚o 392 S†ria, Rep‹blica Šrabe da 760
Checa, Rep‹blica 200 Jord’nia 400 Somƒlia 706
Chile 152 Jugoslƒvia 890 Sud‚o 736
China 156 Koweit 414 Su•cia 752
Chipre 196 L†bano 422 Su†€a 756
Col˜mbia 170 Lib•ria 430 Tail’ndia 764
Congo 178 Liechtenstein 438 Taiwan (Formosa) 158
Tanz’nia, Rep‹blica Unida
Cook, Ilhas 184 Luxemburgo 442 834
da
Coreia, Rep‹blica da , 410 Macau 446 Timor-leste 626

572
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Coreia, Rep‹blica da , 410 Macau 446 Timor-leste 626
Coreia, Rep‹blica Popular da 408 Madagƒscar 450 Tun†sia 788
Costa do Marfim 384 Malƒsia 458 Turks e Ca†ques, Ilhas 796
Costa Rica 188 Maldivas 462 Turquia 792
Cuba 192 Malta 470 Ucr’nia 804
Dinamarca 208 Marianas do Norte, Ilhas 580 Uganda 800
Dominicana, Rep‹blica 214 Marrocos 504 Uruguai 858
Vaticano, Estado da Santa
Dominica 212 Marshall, Ilhas 584 336
S•
Egipto 818 Maur†cias 480 Venezuela 862
EI Salvador 222 Maurit’nia 478 Vietname 704
Emirados Šrabes Unidos
784 M•xico 484 Z’mbia 894
(EAU)
Equador 218 Mo€ambique 508 Zimbabwe 716
Eslovƒquia, Rep‹blica da 909 MŒnaco 492 Outros 999
Espanha 724 MongŒlia 496
Estados Unidos da Am•rica 840 Montserrat 500

573
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ANEXO I
SUJEITOS PASSIVOS SINGULARES COM CONTABILIDADE ORGANIZADA
O Anexo I, composto por quatro pƒginas, destina-se a ser apresentado pelos sujeitos passivos que tenham auferido rendimentos da categoria B
(rendimentos empresariais ou profissionais), ou exercido actividades suscept†veis de os produzir e disponham, ou devam dispor, de contabilidade
regularmente organizada.

Destina-se ainda a ser apresentado pelo cabe€a de casal ou administrador de heran€a indivisa que produza rendimentos empresariais ou profissionais.

O anexo I • individual, devendo ser apresentado por cada um dos membros do agregado familiar que exer€a uma actividade suscept†vel de gerar
rendimentos empresariais ou profissionais, desde que disponha ou deva dispor, de contabilidade regularmente organizada.

No ’mbito da Informa€‚o Empresarial Simplificada (lES), criada pelo Decreto-Lei n.Ž 8/2007, de 17 de Janeiro, quando a actividade for exercida por um
Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada (EIRL), o Anexo I deve ser apresentado CONJUNTAMENTE com o Anexo R.

Com a submiss‚o conjunta e por via electrŒnica dos referidos Anexos, considera-se disponibilizada a informa€‚o necessƒria ao cumprimento das quatro
obriga€…es legais compreendidas na lES:

• Entrega da declara€‚o anual de informa€‚o contabil†stica e fiscal (n.Ž 1 do artigo 113.Ž do CIRS);

• Registo da presta€‚o de contas junto das conservatŒrias do registo comercial (n.Ž 1 do artigo 15.Ž do CŒdigo do Registo Comercial);

• Presta€‚o de informa€‚o de natureza estat†stica ao Instituto Nacional de Estat†stica (n.Ž 1 do artigo 6.Ž da Lei do Sistema Estat†stico Nacional);

• Presta€‚o de informa€‚o relativa a dados contabil†sticos anuais para fins estat†sticos ao Banco de Portugal (artigo 13.Ž da Lei Org’nica do Banco
de Portugal).

Estas quatro obriga€…es legais s‚o exclusivamente cumpridas atrav•s da entrega da lES (n.Ž 3 do artigo 2.Ž do Decreto-Lei n.Ž 8/2007, de 17 de Janeiro).

QUADRO 04

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Identificaƒ„o do(s) Sujeito(s) Passivo(s)


Os campos 02 e 03 destinam-se „ inscri€‚o dos n‹meros de identifica€‚o fiscal dos sujeitos passivos que constituem o agregado familiar e que constam
dos respectivos cart…es de contribuinte emitidos pelo Minist•rio das Finan€as. Estes campos s‚o de preenchimento obrigatŒrio.

O campo 04 destina-se „ inscri€‚o do n‹mero de identifica€‚o fiscal do titular dos rendimentos a incluir neste anexo (sujeito passivo A, sujeito passivo B ou
dependente), ainda que a actividade tenha sido exercida no ’mbito de um Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada (EIRL), que consta do
respectivo cart‚o de contribuinte emitido pelo Minist•rio das Finan€as.

O campo 05 destina-se „ inscri€‚o do n‹mero equiparado a pessoa colectiva (NIPC) atribu†do „heranƒa indivisa, ou ao sujeito passivo de IRS, quando a
actividade • exercida no ’mbito de EIRL.

Os campos 1 ou 2 s‚o de preenchimento obrigatŒrio, bem como os campos 3 ou 4.

Se assinalar campo 1, por se tratar de anexo respeitante „ actividade de heran€a indivisa, apresentado pelo cabe€a de casal ou administrador da heran€a,
n‚o deve preencher o campo 04.

Se assinalar o campo 2 n‚o deve preencher o campo 05.

Se assinalar o campo 3 n‚o deve preencher os campos 04 e 05.

Se assinalar o campo 4 n‚o deve preencher o campo 04.

QUADRO 05
Demonstraƒ„o dos Resultados
Corresponde „s contas de dois d†gitos das classes 6, 7 e 8 do POC (Decreto-Lei n.Ž 410/89, de 21 de Novembro, e respectivas altera€…es aplicƒveis),
remetendo-se para o referido diploma todas as indica€…es quanto ao seu ’mbito.

575
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QUADRO 06
Custo das Mercadorias Vendidas e das Matˆrias Consumidas
As compras a inscrever na linha 2 incluir‚o as chamadas despesas adicionais de compras, tais como direitos aduaneiros, despesas alfandegƒrias, IVA n‚o
dedut†vel, seguros, fretes, despesas de despachantes, etc., ainda que tenham sido previamente registadas na classe 6.

QUADRO 07
Variaƒ„o da Produƒ„o
Este quadro • utilizado somente para os valores das exist•ncias de produtos resultantes de opera€…es de fabrica€‚o ou transforma€‚o na empresa,
transportando-se o respectivo valor para o campo 1105 do Quadro 05. Portanto, os contribuintes cuja actividade seja meramente comercial, n‚o tendo
produ€‚o prŒpria, n‚o t•m de preencher este quadro.

QUADRO 08
Balanƒo
Corresponde „s contas de dois e tr•s d†gitos das classes 1 a 5 e 8 do POC (aprovado pelo Decreto-Lei n.Ž 41 0/89, de 21 de Novembro, e respectivas
altera€…es aplicƒveis). Por esse motivo, remetendo-se para o referido diploma todas as indica€…es quanto ao seu ’mbito.

QUADRO 09
OperaĠes com entidades relacionadas e/ou entidades sujeitas a regime fiscal privilegiado
OPERA‰”ES COM ENTIDADES RELACIONADAS (territ‚rio nacional)

576
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Estas colunas destinam-se „ inscri€‚o do valor das opera€…es realizadas entre o declarante e outro sujeito passivo de IRC ou IRS, com o qual esteja em
situa€‚o de rela€…es especiais (artigo 2.Ž da Portaria n.Ž 1446-C/2001, de 21 de Dezembro).

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas colunas quanto as necessƒrias.

CAMPOS I370 e I371

Indique a natureza das rela€…es especiais com as seguintes letras

• Situa€‚o prevista na al†nea a) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC A

• Situa€‚o prevista na al†nea b) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC B

• Situa€‚o prevista na al†nea c) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC C

• Situa€‚o prevista na al†nea d) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC D

• Situa€‚o prevista na al†nea e) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC E

• Situa€‚o prevista na al†nea f) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC F

• Situa€‚o prevista no n.Ž 1 da al†nea g) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC G1

• Situa€‚o prevista no n.Ž 2 da al†nea g) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC G2

• Situa€‚o prevista no n.Ž 3 da al†nea g) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC G3

• Situa€‚o prevista no n.Ž 4 da al†nea g) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC G4

• Situa€‚o prevista no n.Ž 5 da al†nea g) do n.Ž 4 do artigo 58.Ž do CIRC G5

Estes campos devem ser preenchidos com 00 sempre que a declara€‚o se reporte a exerc†cios anteriores a 2002.

OPERA‰”ES COM ENTIDADES RELACIONADAS FORA DO TERRIT–RIO NACIONAL

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Esta coluna destina-se „ inscri€‚o do valor das opera€…es realizadas entre o declarante e uma entidade n‚o residente com a qual esteja em situa€‚o de
rela€…es especiais (artigo 2.Ž da Portaria n.Ž 1446-C/2001, de 21 de Dezembro).

As opera€…es realizadas com entidades sujeitas a regime fiscal privilegiado com as quais existam rela€…es especiais devem ser inscritas na coluna relativa
ao regime fiscal privilegiado.

OPERA‰”ES COM ENTIDADES SUJEITAS A REGIME FISCAL PRIVILEGIADO

Considera-se que uma entidade estƒ sujeita a um regime fiscal privilegiado quando o territŒrio de resid•ncia da mesma consta da Portaria n.Ž 150/2004, de
13 de Fevereiro, ou quando aquela a† n‚o for tributada em imposto sobre o rendimento id•ntico ou anƒlogo ao IRS ou ao IRC, ou quando, relativamente „s
import’ncias pagas ou devidas o montante de imposto pago for igual ou inferior em 60% do imposto que seria devido se a entidade fosse residente em
territŒrio nacional.

ORGANIZA‰ŠO DA DOCUMENTA‰ŠO

A organiza€‚o da documenta€‚o relativamente aos pre€os de transfer•ncia deverƒ ser efectuada ao tempo em que as opera€…es tiveram lugar e deve
obedecer ao disposto nos artigos 13.Ž a 16.Ž da Portaria n.Ž 1446-C/2001, de 21 de Dezembro.

Esta documenta€‚o deve fazer parte integrante do processo de documenta€‚o fiscal (DOSSIER FISCAL), previsto no artigo 129.Ž do CIRS.

O campo 3 deverƒ ser assinalado sempre que o sujeito passivo, apesar de ter efectuado opera€…es relacionadas, no exerc†cio anterior, tenha atingido um
valor anual de vendas l†quidas e outros proveitos inferior a 3.000.000 euros (n.Ž 3 do artigo 13.Ž da Portaria n.Ž 1446-C/2001, de 21 de Dezembro).

CAMPOS I379 a I383

Inscrever os cŒdigos dos respectivos Pa†ses, de acordo com a norma ISO 3166 (parte num•rica), dispon†vel em www.e-financas.gov.pt. na Ajuda/Quest…es
Frequentes/Quest…es Fiscais.

QUADRO 10
Rendimentos auferidos no exerc…cio de uma actividade de prestaƒ„o de serviƒos, por conta pr‚pria

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Destina-se este quadro „ discrimina€‚o por cŒdigo correspondente „ actividade constante da tabela, publicada atrav•s da Portaria n.Ž1011/2001, de 21 de
Agosto, com as correspondentes altera€…es e aditamentos introduzidas pela Portaria n.Ž 256/2004, de 9 de Mar€o e por cŒdigo CAE nos restantes casos,
dos rendimentos auferidos no exerc†cio de uma actividade de presta€‚o de servi€os, por conta prŒpria, quando o respectivo titular exer€a simultaneamente
mais de uma actividade, bem como as reten€…es na fonte efectuadas.

QUADRO 11
Discriminaƒ„o por actividades
Este quadro • de preenchimento obrigatŒrio, ainda que o declarante exer€a apenas actividades profissionais, comerciais e industriais ou apenas actividades
agr†colas, silv†colas e pecuƒrias.

QUADRO 12
Outras informaƒ†es contabil…sticas e fiscais
Nos campos I364 a I368 e I401 devem ser inscritos os respectivos valores contabil†sticos.

O campo I412 — N‰mero m•dio de pessoas ao servi‚o deve ser calculado da seguinte forma:

Soma do pessoal ao servi€o no ‹ltimo dia ‹til de cada m•s de actividade do ano

N‹mero de meses de actividade do ano

Pessoal ao servi‚o - deve incluir o pessoal que trabalha para o sujeito passivo e que recebe uma remunera€‚o em dinheiro ou em esp•cie como
contrapartida do trabalho prestado, o pessoal que trabalha para a sujeito passivo sem usufruir qualquer tipo de remunera€‚o, o pessoal ausente por um
per†odo n‚o superior a um m•s (ex: doen€a, f•rias, forma€‚o profissional) e o pessoal de outros sujeitos passivos que se encontre a trabalhar no sujeito
passivo, sendo por este directamente remunerado.

N„o deve incluir o pessoal a trabalhar no sujeito passivo cuja remunera€‚o • suportada por outro sujeito passivo, os prestadores de servi€os (profissionais

579
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liberais), o pessoal do sujeito passivo ausente por um per†odo superior a um m•s (ex: doen€a, servi€o militar obrigatŒrio, licen€a sem vencimento) e o
pessoal com v†nculo ao sujeito passivo deslocado para outros sujeitos passivos, sendo nesses directamente remunerado.

QUADRO 13
Comˆrcio Electr‚nico
Considera-se que hƒ presen€a na Internet quando se verifique uma ou mais das seguintes situa€…es:

• Uso de S†tio ou Pƒgina de Internet para fins comerciais;

• Uso de correio electrŒnico para fins comerciais;

• Uso de grupos de discuss‚o electrŒnicos para fins comerciais;

• Uso de outro tipo de tecnologia aplicƒvel na Internet para fins comerciais (por exemplo: faixas publicitƒrias ou liga€…es ao prŒprio S†tio ou Pƒgina
de Internet, em Pƒginas de Internet mantidas por terceiros).

Sempre que tenham sido efectuadas encomendas via Internet e as mesmas tenham sido satisfeitas pela mesma via (Internet), devem os respectivos
valores ser inscritos nos campos 1402 e 1403 consoante digam respeito a transmiss…es ou aquisi€…es, respectivamente.

QUADRO 14
Mais-Valias: Reinvestimento dos Valores de Realizaƒ„o
O presente quadro destina-se a dar cumprimento ao n.Ž 5 do artigo 45Ž do CŒdigo do IRC, pelo que o seu preenchimento apenas • obrigatŒrio quando haja
inten€‚o de efectuar reinvestimento.

O valor de realiza€‚o corresponde ao valor de aliena€‚o dos bens alienados, no exerc†cio a que a declara€‚o respeita, discriminado por Imobilizado
CorpŒreo e Partes de Capital.

580
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Na coluna “reinvestimento” deve ser inscrito:

• Campo “N -1” = exerc†cio anterior ao da declara€‚o, apenas nas situa€…es em que tenha havido reinvestimento no exerc†cio anterior e se pretenda
afectar o mesmo ao valor de realiza€‚o do ano N.

• Campo “N” = exerc†cio da declara€‚o

• Campo “valor” = o montante reinvestido (valor de aquisi€‚o dos bens) no ano N -1 e ano N, respectivamente.

Na coluna “Saldo apurado entre as mais-valias e a menos-valias” deve ser inscrito o valor apurado no mapa das mais-valias e menos-valias, discriminado
por Imobilizado CorpŒreo e Partes de Capital. O transporte deste valor para o quadro 4 do anexo C da declara€‚o mod. 3 de IRS, deve ser efectuado de
acordo com as regras estabelecidas no artigo 45.Ž do CIRC.

Exemplo:

Por motivos de simplifica€‚o, o exemplo n‚o farƒ a separa€‚o entre Imobilizado CorpŒreo e Partes de Capital.

O sujeito passivo “A” em 2007 alienou bens no valor de 10 000 euros, tendo apurado um saldo positivo entre as mais-valias e as menos-valias no montante
de 1 500 euros. A empresa havia adquirido bens, em 2006, no valor de 2 500 euros que pretende afectar „s aliena€…es efectuadas em 2007, e neste
exerc†cio adquiriu bens no valor de 5 000 euros.

Considerando que em 2008 e 2009 irƒ reinvestir o valor de 1 000 euros e 3 000 euros, respectivamente, o quadro 09, em cada um dos anos a seguir
indicados deve ser preenchido da seguinte forma:

IES/DA relativa a 2007

Saldo apurado entre as


Valor Realiza€‚o Reinvestimento
mais-valias e as menos-valias
Ano Valor
10 000,00 N 2007 5 000,00 1 500,00
N-1 2006 2 500,00

581
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IES/DA relativa a 2008

Saldo apurado entre as


Valor Realiza€‚o Reinvestimento
mais-valias e as menos-valias
Ano Valor
N 2008 1 000,00
N-1 2007

IES/DA relativa a 2009

Saldo apurado entre as


Valor Realiza€‚o Reinvestimento
mais-valias e as menos-valias
Ano Valor
N 2009 1 500,00
N-1 2008

QUADRO 15
Parecer do ROC
Este quadro sΠdeve ser preenchido se o anexo for enviado por um Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada (EIRL).

Os campos 1 ou 2 s‚o de preenchimento obrigatŒrio. Se assinalou o campo 1 deve preencher o campo 3 deste quadro.

QUADRO 16

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Aplicaƒ„o dos Resultados


Este quadro sΠdeve ser preenchido se o anexo for enviado por um Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada (EIRL). Deve reflectir as
decis…es tomadas na Assembleia-geral de aprova€‚o de contas, sobre a aplica€‚o dos resultados.

No campo I501 deve ser inscrito o valor correspondente ao somatŒrio do saldo da conta Resultados Transitados com o valor do Resultado L†quido do
Exerc†cio.

No campo I506 deve ser inscrito, com sinal negativo, o valor relativo „ cobertura, pelos titulares do capital, de preju†zos apurados em anos anteriores.

O valor do campo I508 deve reflectir o valor que, apŒs a aplica€‚o de resultados, ficou em Resultados Transitados.

ANEXO L
ELEMENTOS CONTABILÜSTICOS E FISCAIS
O Anexo L, composto por uma pƒgina, deve ser enviado por via electrŒnica, em cumprimento do estabelecido na al†nea d) do n.Ž 1 do art.Ž 28.Ž do CŒdigo
do IVA, por todos os sujeitos passivos referidos na al†nea a) do n.Ž 1 do artigo 2.Ž do mesmo cŒdigo.

Ficam dispensados de apresentar este anexo os sujeitos passivos que n‚o tenham realizado opera€‚o (activas/passivas) durante o ano a que a declara€‚o
respeita.

Quem tem de apresentar este Anexo?

 As pessoas singulares, com rendimentos da categoria B de IRS e enquadradas no regime normal de tributa€•o em IVA;

 As pessoas colectivas enquadradas no mesmo regime;

Est•o dispensados os sujeitos passivos que pratiquem exclusivamente opera€Šes isentas de imposto, excepto quando essas opera€Šes d„em direito a
dedu€•o nos termos da al…nea b) do n.ˆ 1 do artigo 20.ˆ do CIVA;

583
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QUADRO 01
N•mero de Identificaƒ„o Fiscal
O NIF a inscrever neste quadro serƒ:


N‹mero de identifica€‚o de pessoa colectiva ou equiparado (NIPC) atribu†do pelo Minist•rio da Justi€a


N‹mero atribu†do pelo Minist•rio das Finan€as, caso se trate de sujeito passivo que exer€a, exclusivamente, actividade tributada em Imposto sobre
o Rendimento de Pessoas Singulares.

QUADRO 02
Ano
Indicar o ano a que respeitam as opera€…es, mesmo que se trate apenas de uma parte do ano.

Ainda que se trate de sujeitos passivos que adoptem um per†odo de tributa€‚o diferente do ano civil, a informa€‚o, para efeitos de IVA, corresponde ao ano
civil do exerc†cio a que o anexo diga respeito.

QUADRO 03
OperaĠes Internas Activas
Neste quadro, n‚o devem ser inscritos os valores respeitantes aos dos regimes particulares das ag•ncias de viagens e organiza dores de circuitos
tur†sticos, aos dos bens em segunda m‚o e objectos de arte, aos do regime particular dos combust†veis, aos do tabaco e outros (opera€…es previstas nos
artigos 9.Ž e 10.Ž do Decreto-Lei n.Ž 122/88, de 20 de Abril), os quais dever‚o ser inscritos no Anexo N.

Tamb•m sŒ devem ser indicados neste quadro os valores que respeitem a opera€…es activas internas, l†quidos de quaisquer regulariza€…es (abatimentos,

584
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descontos, anula€…es, ate.), devendo utilizar-se para as opera€…es externas (transmiss…es intracomunitƒrias de bens e exporta€…es) o quadro 05 deste
anexo (e ou do(s) Anexo(s) M se tiverem sido realizadas opera€…es desse mesmo tipo em espa€o fiscal diferente do da localiza€‚o da sede).

Utilizar-se-ƒ, ainda, o Anexo M para a indica€‚o de todas as opera€…es a inscrever nos diversos campos deste quadro 03 (campos LO1 a L 18) se os
respectivos valores tiverem de ser desdobrados por:


Espa€o da sede (apenas neste anexo);


Outro (s) espa€o (s) (valores a reflectir em cada Anexo M).

CAMPOS L01, L02, L03 (Exist‡ncias) L07, L08, L09 (Outros Bens e Serviƒos) e L14, L15 e L16 (Activo Imobilizado)

Nestes campos, deve indicar-se, de acordo com as taxas aplicƒveis e na coluna respectiva, o valor que serviu de base „ liquida€‚o do imposto, l†quido de
regulariza€…es, relativamente „s transmiss…es de bens e presta€…es de servi€os realizadas pelo sujeito passivo, com exclus‚o das seguintes opera€…es:

1. Opera€…es sujeitas a imposto, de acordo com o disposto nas al†neas f) e g) do n.Ž 3 do artigo 3.Ž e nas al†neas a) e b) do n.Ž 2 do artigo 4.Ž do CIVA
(ofertas, transmiss…es gratuitas, auto consumo externo, etc.), cujo imposto liquidado jƒ foi objecto de inscri€‚o no quadro 10 da declara€‚o periŒdica,
referida na al†nea c) do n.Ž 1 do artigo 28.Ž do CIVA;

2. Opera€…es referidas nos n.Žs 8, 10 al†nea a), 11, 13, 16, 17 al†nea b), 19 e 22 do artigo 6.Ž e no n.Ž 1 al†nea g) do artigo 2.Ž do CIVA (opera€…es em que
o declarante se substitui ao fornecedor de bens ou servi€os na liquida€‚o do imposto), cujo imposto liquidado deve ser inscrito no quadro 08 deste
anexo;

3. Opera€…es sujeitas a imposto, em cumprimento do disposto na al†nea c) do n.Ž 1 e no n.Ž 2 do artigo 8.Ž do CIVA (adiantamentos recebimentos
antecipados), as quais dever‚o ser inscritas no quadro 07;

CAMPOS L04, L10, L05 e L11

Nestes campos, devem indicar-se os valores que serviriam de base „ liquida€‚o do imposto se n‚o se tratasse de opera€…es isentas. Os valores a
inscrever nos campos L04 e L 10 respeitam a transmiss…es de bens (com excep€‚o das transmiss…es intracomunitƒrias de bens e exporta€…es, que ser‚o
inscritas nos campos L37 e L40 do quadro 05) e presta€…es de servi€os isentas efectuadas pelo sujeito passivo e que conferem direito „ dedu€‚o. No
campo L 10 devem incluir-se as presta€…es de servi€os referidas nos artigos 13.Ž, 14.Ž e 15Ž do CIVA, bem como os valores respeitantes a presta€…es de
servi€os referidas no artigo 6Ž, nŽs 5, 9, 12, 14, 18 e 20, em que n‚o hƒ lugar „ liquida€‚o do imposto pelo facto de as opera€…es n‚o se considerarem
localizadas no territŒrio nacional.

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Os valores a indicar nos campos LO5 e L11 referem-se a outras transmiss…es de bens (com excep€‚o das referidas nos campos L17 e L18) e outras
presta€…es de servi€os efectuadas pelo sujeito passivo, igualmente isentas, mas que, ao contrƒrio das anteriores, n‚o conferem o direito „ dedu€‚o
(isen€…es incompletas).

CAMPOS L64, L66, L67 e L68

Os valores a indicar nos campos L64, L66 e L68 referem-se a transmiss…es de bens e presta€…es de servi€os efectuadas pelo sujeito passivo declarante,
abrangidas pelo Anexo E do CIVA, em que houve invers‚o do sujeito passivo.

No campo L67 devem ser inscritos os valores referentes a presta€…es de servi€os de constru€‚o civil efectuadas pelo sujeito passivo declarante, em que
houve lugar „ invers‚o do sujeito passivo.

CAMPO L12 (Este campo s‚ deve ser preenchido se a declaraƒ„o se reportar a anos anteriores a 2007)

Neste campo, devem ser inscritos os valores relativos „ aquisi€‚o de servi€os de transportes intracomunitƒrios de bens e opera€…es acessŒrias (cargas,
descargas, intermedia€‚o, etc.) efectuadas ao sujeito passivo em que hƒ lugar „ liquida€‚o de imposto pelo facto de as opera€…es se considerarem
localizadas no territŒrio nacional, nos termos do artigo 6.Ž do CIVA.

CAMPO L17

Neste campo, inscrever-se-ƒ o valor das transmiss…es de viaturas de turismo abrangidas pela isen€‚o estabelecida no n.Ž 33 do artigo 9.Ž (viaturas de
turismo adquiridas e que n‚o deram direito „ dedu€‚o nos termos do artigo 21.Ž do CIVA).

CAMPOS L65 e L18

Neste campo, inscrever-se-ƒ o valor das transmiss…es de imŒveis isentas nos termos do n.Ž 31 do artigo 9.Ž do CIVA.

QUADRO 04
OperaĠes Internas Passivas
Neste quadro, tal como no anterior, tamb•m sŒ devem ser indicados os valores que respeitem „s opera€…es internas, liquidas de quaisquer regulariza€…es

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(abatimentos, descontos, anula€…es, devolu€…es, etc.) devendo utilizar-se para as opera€…es externas (aquisi€…es intracomunitƒrias de bens e importa€…es)
o quadro 05 deste anexo (e ou do(s) Anexo(s) M se tiverem sido realizadas opera€…es desse mesmo tipo em espa€o fiscal diferente do da localiza€‚o da
sede).

Isto significa que o Anexo M, servirƒ para a indica€‚o das opera€…es que devam ser inscritas nos campos L20 a L36 quando os respectivos valores tiverem
de ser desdobrados por:


Realizados no espa€o da sede (apenas neste anexo);


Realizados num ou em ambos os espa€os fiscais diferentes do da localiza€‚o da sede.

CAMPOS L20 e L69 (Exist‡ncias) L24 e L73 (Outros Bens e Serviƒos) e L32 e L77 (Activo Imobilizado)

Nestes campos, devem ser inscritas as bases tributƒveis relativas „s aquisi€…es de bens e servi€os efectuadas pelo sujeito passivo declarante, excluindo as
aquisi€…es intracomunitƒrias e as importa€…es, que ser‚o de inscrever no Quadro 05, (respectivamente, nos campos L38 e L39), e cujo imposto pode ser,
total ou parcialmente, objecto de dedu€‚o, independentemente de ter sido, ou n‚o, efectivamente deduzido. Para os sujeitos passivos, cujo imposto
suportado • dedut†vel apenas na percentagem de dedu€‚o (prŒ-rata) determinada nos termos do n.Ž 4 do artigo 23." do CIVA, os valores a inscrever nos
referidos campos s‚o as respectivas bases tributƒveis, independentemente do valor dedut†vel.

CAMPO L25

Neste campo, devem ser inscritas as aquisi€…es de gasŒleo, GPL e gƒs natural, relativamente „s quais • reconhecida a dedu€‚o de 50% do respectivo
imposto suportado.

Os valores a inscrever nos referidos campos s‚o as respectivas bases tributƒveis, independentemente do valor dedut†vel.

CAMPO L26

Neste campo devem ser inscritos os valores (IVA exclu†do) respeitantes „s aquisi€…es de gasolina.

CAMPO L27 (Este campo s‚ deve ser preenchido se a declaraƒ„o se reportar a anos anteriores a 2007)

Neste campo, devem ser inscritos os valores (IVA exclu†do) respeitantes a todas as despesas com as viaturas de turismo, incluindo as grandes repara€…es.

O valor das aquisi€…es destes bens e outros, cujo imposto • exclu†do do direito „ dedu€‚o, ser‚o inscritos nos campos L33 (viaturas de turismo) e L34

587
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(outros).

CAMPO L33

Neste caso devem ser inscritos os valores (IVA exclu†do) respeitantes a todas as despesas com as viaturas de turismo, cujo imposto n‚o • dedut†vel, nos
termos do artigo 21Ž do CIVA.

CAMPOS L70 e L74

Nestes campos devem ser inscritos os valores (IVA exclu†do) respeitantes „ loca€‚o de viaturas de turismo, bem como „ aquisi€‚o de outros bens e
servi€os com elas relacionadas, incluindo as grandes repara€…es, com excep€‚o das que devam ser inscritas nos campos L20 e L24.

CAMPOS L28 e L34

No campo L28, inscrever-se-ƒ o valor (IVA exclu†do) respeitantes „s despesas mencionadas nas al†neas a), c) d) e e) do n.Ž 1 do artigo 21Ž do CIVA, com
excep€‚o das que devam ser inscritas nos campos L33, L70 e L74.

No campo L34, inscrever-se-ƒ o valor (IVA exclu†do) das aquisi€…es feitas no mercado interno de outros bens do imobilizado (barcos de recreio,
helicŒpteros, avi…es, motos e motociclos) mencionado na al†nea a) do n.Ž 1 do artigo 21.Ž do CIVA.

CAMPOS L21 e L29

Nestes campos devem ser inscritos os valores que serviriam de base „ determina€‚o do respectivo imposto se n‚o se tratasse de opera€…es isentas nos
termos dos artigos 9.Ž (com excep€‚o dos valores a inscrever nos campos L35 deste anexo), 13.Ž (com excep€‚o dos valores a inscrever nos campos L39 e
L43 deste anexo), 14.Ž e 15.Ž, todos do CIVA.

CAMPOS L22 e L30

Nestes campos devem ser inscritos os valores respeitantes „s aquisi€…es de bens e servi€os efectuados pelo declarante a sujeitos passivos abrangidos pelo
regime especial de isen€‚o (artigo 53.Ž do CIVA) e ou dos pequenos retalhistas (artigo 60.Ž do CIVA)

CAMPOS L71 e L35

Nestes campos devem ser inscritos os valores respeitantes „s aquisi€…es de imŒveis ou parte de imŒveis que tenham sido adquiridos isentos de imposto
(n.Ž 31 do artigo 9.Ž do CIVA).

588
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CAMPOS L72, L75 e L78

Os valores a indicar nos campos L72, L75 e L78 referem-se as aquisi€…es de bens e presta€…es de servi€os efectuadas pelo sujeito passivo declarante,
abrangidas pelo Anexo E do CIVA, em que houve invers‚o do sujeito passivo.

CAMPOS L76 e L79

Nos campos L76 e L79 devem ser inscritos os valores referentes „s aquisi€…es de presta€…es de servi€os de constru€‚o civil efectuadas pelo sujeito
passivo declarante, em que houve lugar „ invers‚o do sujeito passivo.

QUADRO 05
OperaĠes com o Exterior
Neste quadro devem mencionar-se todas as opera€…es activas e passivas, realizadas com o exterior, tanto com pa†ses da Uni‚o Europeia como com
pa†ses terceiros.

SŒ constam deste quadro os valores que respeitam „s opera€…es tidas, para efeitos do estabelecido no Decreto-Lei n.Ž 347/85, de 23 de Agosto, como
realizadas no espa€o onde se encontra situada a sede (Continente ou A€ores ou Madeira), devendo as opera€…es desta natureza que se considerem
realizadas nos restantes dois espa€os ser inclu†das no Anexo M (um anexo para cada um dos restantes espa€os) a apresentar conjuntamente com este
mesmo anexo.

CAMPOS L37 e L41

Nestes campos inscreve-se o valor das transmiss…es intracomunitƒrias de bens (opera€…es isentas quando verificados os condicionalismos previstos no
artigo 14Ž do Decreto-Lei n.Ž 290192, de 28 de Dezembro), devendo distribuir-se esse valor pelo campo L37 se se tratar de imobilizado, e pelo campo L41
se se tratar de exist•ncias e de outros bens.

CAMPOS L38 e L42

Nestes campos inscreve-se o valor das aquisi€…es intracomunitƒrias de bens e as opera€…es assimiladas, segundo o conceito estabelecido no Decreto-Lei
n.Ž 290/92, de 28 de Dezembro, e sobre o qual foi liquidado imposto, bem como as isentas nos termos do artigo 15.Ž do referido diploma.

589
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CAMPOS L39 e L43

Nestes campos inscreve-se o valor das importa€…es de bens (aquisi€…es provenientes de pa†ses terceiros), devendo aqui considerar-se os valores que
serviram ou serviriam de base „ liquida€‚o do respectivo imposto (neste ‹ltimo caso, se se tratar de opera€…es isentas). As presta€…es de servi€os conexas
com as importa€…es e isentas ao abrigo da al†nea f) do n.Ž 1 do artigo 13.Ž do CIVA, ser‚o de inscrever no campo L10 do quadro 03.

CAMPOS L40 e L44

Nestes campos inscreve-se o valor das exporta€…es de bens, (apenas, os valores correspondentes „s vendas de bens para pa†ses terceiros). As opera€…es
que, nos termos do artigo 14.Ž do CIVA, s‚o assimiladas a exporta€…es e as referentes aos transportes internacionais s‚o de inscritas, como jƒ foi referido,
no campo L10 do quadro 03.

QUADRO 06
Desenvolvimento do Imposto Dedut…vel por Taxas
Devem ser inscritos neste quadro os valores respeitantes ao imposto suportado que • suscept†vel de dedu€‚o nos termos dos artigos 19.Ž a 25.Ž do CIVA,
desdobrado por taxas e referente a:

• Exist•ncias (campos L45 a L47);

• Imobilizado (campos L48 a L50);

• Outros bens e servi€os (campos L51 a L53).

Estes valores poder‚o ter de ser repartidos pelos tr•s espa€os fiscais definidos no Decreto-Lei n.Ž 347/85, de 23 de Agosto (Continente, A€ores e Madeira)
em fun€‚o das opera€…es que a† se realizem.

QUADRO 07

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Recebimentos Antecipados
Neste quadro deve ser assinalado se houve, ou n‚o, opera€…es referidas na al†nea c) do n.Ž 1 e no n.Ž 2 do artigo 8.Ž do CIVA (adiantamentos/recebimentos
antecipados).

Tenha-se em conta que, tal como no quadro anterior, estes valores poder‚o ter de ser repartidos pelos tr•s espa€os fiscais definidos no Decreto-Lei n.Ž
347/85, de 23 de Agosto, em fun€‚o das opera€…es que em cada um desses espa€os (Continente, A€ores e Madeira) se considerem realizadas para
efeitos desse diploma

CAMPOS L57 e L58

Se se tiver respondido afirmativamente (Campo 1), deve indicar-se no campo L57 o valor dos adiantamentos/recebimentos (l†quidos de imposto) recebidos
no exerc†cio em que houve lugar „ liquida€‚o do imposto e que em 31 de Dezembro ainda n‚o se tenham convertido em factura€‚o definitiva, e no campo
L58 o correspondente imposto liquidado.

No caso das opera€…es anteriormente referidas terem sido convertidas em factura€‚o definitiva at• 31 de Dezembro, nos campos L57 e L58 deve ser
inscrito o valor zero.

CAMPO L59

Neste campo inscreve-se o valor dos adiantamentos/recebimentos antecipados (imposto exclu†do), recebido em exerc†cios anteriores e cuja factura€‚o
definitiva ocorreu no ano a que respeita a declara€‚o.

QUADRO 08
Operaƒ†es localizadas em Portugal, quando o fornecedor n„o tenha aqui Sede ou Representaƒ„o
Deve inscrever-se no campo L60, o valor total do imposto em que o declarante se substituiu ao fornecedor dos bens ou servi€os na liquida€‚o do imposto
(opera€…es referidas no n.Žs 8, 10 al†nea a), 11, 13, 16, 17 al†nea b), 19 e 22 do artigo 6.Ž e n.Ž 1 al†nea g) do artigo 2, ambos do CŒdigo do IVA), realizadas
no conjunto dos tr•s espa€os fiscais definidos no Decreto-Lei n.Ž 347/85, de 23 de Agosto (Continente, A€ores e Madeira).

591
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QUADRO 09
OperaĠes fora do campo do imposto
› semelhan€a do quadro anterior, os valores a inscrever em cada um dos seus campos deve respeitar ao total das opera€…es realizadas no conjunto dos
tr•s espa€os fiscais definidos no Decreto-Lei n.Ž 347/85, de 23 de Agosto (Continente, A€ores e Madeira).

Devem inscrever-se neste quadro as opera€…es (transmiss…es de bens e ou aquisi€…es) n‚o sujeitas a imposto, nos termos dos n.Žs 4 dos artigos 3.Ž e 4.Ž
do CŒdigo do IVA, as subven€…es n‚o tributadas (com exclus‚o dos subs†dios de equipamento), e bem assim as opera€…es efectuadas no exerc†cio dos
respectivos poderes de autoridade fora do campo do imposto de acordo com o n.Ž 2 do artigo 2.Ž do CIVA.

Incluir-se-‚o, ainda, neste quadro, os valores das ced•ncias feitas por cooperativas agr†colas aos seus sŒcios, quando, nas condi€…es previstas no nŽ 6 do
s
artigo 3Ž do CIVA e nas Portarias nŽ 521/1989, de 8 de Julho e 1 158/2000, de 7 de Dezembro, n‚o forem sujeitas a imposto.

592
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ANEXO M
OPERAÇÖES REALIZADAS EM ESPAÇO DIFERENTE DA SEDE
O Anexo M, composto por uma pƒgina, deve ser enviado por via electrŒnica por todos os sujeitos passivos abrangidos pela obriga€‚o a que se refere a
al†nea d) do n.Ž 1 do artigo 28.Ž do CŒdigo do IVA, que realizem opera€…es consideradas localizadas, nos termos do Decreto-Lei n.Ž 347/85, de 23 de
Agosto, em mais do que um dos espa€os (Continente, A€ores ou Madeira) referidos no citado Decreto-Lei.

Deverƒ ser apresentado um anexo por cada espa€o (Continente, A€ores ou Madeira).

QUADRO 03
Localizaƒ„o das Operaƒ†es
Assinalar com X o espa€o (Continente, A€ores ou Madeira) a que se refere o anexo.

QUADROS 04, 05, 06, 07 e 08


Para preenchimento dos valores a inscrever nestes Quadros, deve seguir-se o que estƒ indicado nas instru€…es dos Quadros correspondentes no anexo L,
embora para este anexo se devam considerar, apenas, as opera€…es tidas como localizadas, nos termos do Decreto-Lei n.Ž 347/85, de 23 de Agosto, no
espa€o a que respeita cada um dos anexos assinalados no Quadro 03.

ANEXO N
REGIMES ESPECIAIS
O Anexo N, composto por uma pƒgina, deve ser enviado por via electrŒnica por todos os sujeitos passivos abrangidos pela obriga€‚o a que se refere a
al†nea d) do n.Ž 1 do artigo 28.Ž do CŒdigo do IVA, que realizem opera€…es sujeitas a regimes particulares ou legisla€‚o especial.

593
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QUADRO 03
Regimes Particulares
As opera€…es a mencionar neste quadro, n‚o s‚o desdobrƒveis por espa€os fiscais, o que significa que o valor a inscrever em cada campo deve respeitar
ao total das opera€…es realizadas no conjunto dos tr•s espa€os fiscais definidos no Decreto-Lei n.Ž 347/85, de 23 de Agosto (Continente, A€ores e Madeira).

Este quadro sŒ ¦ utilizado pelos sujeitos passivos que:


Revendedores de combust†veis, sujeitos ao regime especial de tributa€‚o previsto nos artigos 68.Ž-A a 68.Ž-G, do CIVA;


Sejam distribuidores de combust†veis gasosos a que se refere o artigo 32.Ž da Lei n.Ž 9/1986, de 30 de Abril;


Sejam produtores e ou importadores sujeitos ao regime particular aplicƒvel aos tabacos,


Nos termos dos artigos 9.Ž e 10.Ž do Decreto-Lei n.Ž 122/88, de 20 de Abril, liquidem o imposto em substitui€‚o dos respectivos revendedores.

CAMPOS N01 e N02

Nestes campos devem inscrever-se os valores (IVA exclu†do), que correspondam „ diferen€a entre o valor anual das transmiss…es e respectivo valor anual
das aquisi€…es, determinadas de acordo com o estabelecido nos artigos 68Ž-A a 68Ž-G, respeitantes aos combust†veis l†quidos vendidos por revendedores,
ao abrigo do regime especial de tributa€‚o.

No campo N02 devem inscrever-se os valores relativos ao PetrŒleo Carburante.

Artigo 68.€-A
Compet‡ncia para a Liquidaƒ„o

O imposto devido pelas transmiss…es de gasolina, gasŒleo e petrŒleo carburante efectuadas por revendedores • liquidado por estes com base na margem
efectiva de vendas.

Artigo 68.€-B

594
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Valor TributŽvel

1- Para efeitos do disposto no artigo anterior, o valor tributƒvel das transmiss…es abrangidas pelo presente regime corresponde „ diferen€a, verificada em
cada per†odo de tributa€‚o, entre o valor das transmiss…es de combust†veis realizadas, IVA exclu†do, e o valor de aquisi€‚o dos mesmos
combust†veis, IVA exclu†do.

2- Sobre a margem, apurada nos termos do n‹mero anterior, dever‚o os revendedores fazer incidir a respectiva taxa do imposto.

3- Na determina€‚o do valor das transmiss…es, n‚o ser‚o tomadas em considera€‚o as entregas de combust†veis efectuadas por conta do distribuidor.

Artigo 68.€-C
Exclus„o do direito • deduƒ„o

1- Os revendedores dos combust†veis referidos no artigo 68.Ž-A n‚o poder‚o deduzir o imposto devido ou pago nas aquisi€…es no mercado nacional,
aquisi€…es intracomunitƒrias e importa€…es desses bens.

2- O imposto suportado em investimentos e demais despesas de comercializa€‚o • dedut†vel nos termos gerais dos artigos 19.Ž e seguintes.

Artigo 68.€-D
Direito • deduƒ„o

1- Quando os combust†veis adquiridos a revendedores originarem direito a dedu€‚o nos termos gerais, esta terƒ como base o imposto contido no pre€o
de venda.

2- O direito „ dedu€‚o referido no n‹mero anterior sŒ poderƒ ser exercido com base em facturas ou documentos equivalentes passados em forma legal,
podendo, por•m, os elementos relativos „ identifica€‚o do adquirente, com excep€‚o do n‹mero de identifica€‚o fiscal, ser substitu†dos pela simples
indica€‚o da matr†cula do ve†culo abastecido.

3- As facturas ou documentos equivalentes emitidos pelos revendedores devem conter a indica€‚o do pre€o l†quido, da taxa aplicƒvel e do montante de
imposto correspondente ou, em alternativa, a indica€‚o do pre€o com inclus‚o do imposto e da taxa aplicƒvel.

4- Nos casos de entregas efectuadas pelos revendedores por conta dos distribuidores, as facturas ou documentos equivalentes emitidos pelos
revendedores devem conter a men€‚o ”IVA - N‚o confere direito „ dedu€‚o• ou express‚o similar.

595
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Artigo 68.€-E
Registo das aquisiƒ†es e vendas de combust…veis

Os revendedores devem manter registos separados das aquisi€…es e vendas dos combust†veis abrangidos por este regime.

Artigo 68.€-F
Aquisiƒ†es intracomunitŽrias de combust…veis

Os sujeitos passivos abrangidos pelo presente regime dever‚o, sempre que efectuem aquisi€…es intracomunitƒrias dos combust†veis referidos no artigo
68.Ž-A, obedecer „s regras estabelecidas no Regime do IVA nas Transac€…es Intracomunitƒrias.

Artigo 68.€-G
Regime especial de isenƒ„o - Regime especial dos pequenos retalhistas

Os sujeitos passivos abrangidos pelo presente regime n‚o podem beneficiar do regime especial de isen€‚o do artigo 53.Ž nem do regime especial dos
pequenos retalhistas do artigo 60.Ž.

Oficio - circulado 30 068 – DSIVA de 2004-Jan-19


IVA - Regime de Tributaƒ„o dos Combust…veis l…quidos aplicŽvel aos revendedores

Tendo sido aprovado, pela Lei n.Ž 107-B/2003, de 31 de Dezembro (Lei do OE para 2004), o novo regime de tributa€‚o dos combust†veis l†quidos aplicƒvel
aos revendedores, procede-se „ divulga€‚o de esclarecimentos e orienta€…es de cariz t•cnico e administrativo, visando a aplica€‚o correcta e uniforme das
normas legais do referido regime.

1. INTRODU‰ŠO

Face „ liberaliza€‚o dos pre€os de venda ao p‹blico, pela Portaria n.Ž 1423-F/2003, de 31 de Dezembro, da gasolina sem chumbo IO 95, do gasŒleo
rodoviƒrio e do gasŒleo colorido e marcado e atendendo a que o sector de combust†veis l†quidos tem estado sujeito a um regime especial, desde a
introdu€‚o do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), e, tamb•m, por ser considerado conveniente a manuten€‚o de um regime especial de tributa€‚o,
embora aplicƒvel exclusivamente aos revendedores, foi criado o novo regime de tributa€‚o dos combust†veis l†quidos.

Na sequ•ncia da aprova€‚o deste novo regime, pela Lei n.Ž 107-B/2003, de 31 de Dezembro, acima referida, s‚o revogados os Decreto-Lei n.Ž 521/85, de
31 de Dezembro (que estabelecia as disposi€…es relativas „ aplica€‚o do IVA aos derivados do petrŒleo), o art.Ž 6.Ž do Decreto-Lei n.Ž 185/86, de 14 de

596
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Julho (que previa a aplica€‚o do disposto no Decreto-Lei n.Ž 521/85 „s transmiss…es de petrŒleo iluminante e carburante), e o Decreto-Lei n.Ž 164/2000, de
5 de Agosto (que previa a substitui€‚o do regime especial de tributa€‚o pelo regime normal, a partir da data em que os pre€os mƒximos de venda a p‹blico
da gasolina sem chumbo IO 95 e do gasŒleo deixassem de ser fixados administrativamente).

2. ’MBITO DE APLICA‰ŠO DO REGIME E ENTRADA EM VIGOR

2.1. O presente regime de tributa€‚o dos combust†veis l†quidos entrou em vigor no dia 1 de Janeiro de 2004, sendo aplicƒvel a todos os sujeitos passivos
que revendam os seguintes combust†veis l†quidos:

 gasolina,

 gasŒleo,

 petrŒleo carburante

2.2. N‚o se encontram abrangidos por este regime os sujeitos passivos que sejam empresas distribuidoras de combust†veis l†quidos, que aplicar‚o „s suas
opera€…es o regime geral do IVA.

2.3. Consideram-se empresas distribuidoras, para efeitos de exclus‚o da aplica€‚o deste regime, as entidades que se encontrem abrangidas pelo
Decreto-Lei n.Ž 10/2001, de 23 de Janeiro (alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.Ž 339-D/2001, de 28 de Dezembro), que estabelece as disposi€…es
relativas „ constitui€‚o e „ manuten€‚o de reservas de seguran€a de produtos petrol†feros.

3. FACTO GERADOR E EXIGIBILIDADE DO IVA

Nas transmiss…es dos combust†veis l†quidos efectuadas ao abrigo deste regime o imposto • devido e exig†vel nos termos do art.Ž 8.Ž do CŒdigo do IVA
(CIVA), sendo o imposto liquidado pelos revendedores com base na margem efectiva de vendas apurada nos termos do art.Ž 68.Ž-B do CIVA.

4. VALOR TRIBUT•VEL

O valor tributƒvel das transmiss…es abrangidas pelo presente regime resulta da diferen€a, apurada em cada per†odo de tributa€‚o (mensal ou trimestral,
consoante a periodicidade do sujeito passivo), entre o valor das vendas de combust†veis realizadas, com exclus‚o do IVA, e o correspondente valor de
aquisi€‚o, IVA exclu†do.

597
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5. COMO DETERMINAR A MARGEM EFECTIVA DE VENDAS

5.1. Para a determina€‚o da margem efectiva de vendas dos combust†veis l†quidos os revendedores dever‚o apurar, por tipo de combust†vel:

a) As quantidades vendidas, no respectivo per†odo, bem como o valor das vendas correspondente, IVA exclu†do.

b) O valor de aquisi€‚o das quantidades vendidas, IVA exclu†do, que corresponderƒ ao pre€o efectivo de aquisi€‚o constante das respectivas facturas de
compra.

A margem efectiva de vendas serƒ, assim, obtida pela diferen€a entre o valor das vendas dos combust†veis l†quidos, realizadas no per†odo de tributa€‚o, e
o correspondente valor de aquisi€‚o.

5.2. No cƒlculo da referida margem n‚o ser‚o consideradas as entregas efectuadas pelos revendedores por conta das empresas distribuidoras (p. ex.
vendas efectuadas atrav•s de "Cart…es Frota").

6. COMO SE CALCULA O IVA DEVIDO PELOS REVENDEDORES

O IVA • calculado aplicando a respectiva taxa de imposto „ margem apurada nos termos do n‹mero anterior.

As taxas ser‚o aplicadas de acordo com o previsto no art.Ž 18.Ž do CŒdigo do IVA, bem como no Decreto-Lei n.Ž 347/85, de 23 de Agosto (no que se refere
„s transmiss…es realizadas nas Regi…es AutŒnomas dos A€ores e da Madeira).

Exemplificando:

Exemplo 1

No m•s de Fevereiro de 2004 um determinado revendedor, de periodicidade mensal, vende 100.000 litros de gasŒleo rodoviƒrio cujo pre€o de venda ao
p‹blico •€ 0,70/litro, IVA inclu†do. As compras de gasŒleo efectuadas nos meses de Janeiro e Fevereiro Neste exemplo, o valor de compra por litro de
gasŒleo • de € 0,55 em Janeiro e € 0,57 em Fevereiro, IVA exclu†do, de 2004, s‚o:

Quantidades Valores s/IVA IVA (19%) Valores c/IVA


Factura
(Litros) (Euros) (Euros) (Euros)

598
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Factura
(Litros) (Euros) (Euros) (Euros)
10.000 As vendas do per†odo
s‚o superiores „s compras
desse mesmo per†odo, logo
n.Ž 5555, de 25/01/2004 existem exist•ncias 5.500,00 1.045,00 6.545,00
transitadas do per†odo anterior
(Janeiro de 2004) que s‚o
vendidas em Fevereiro.
n.Ž 6666, de 02/02/2004 40.000 22.800,00 4.332,00 27.132,00
n.Ž 7777, de 15/02/2004 50.000 28.500,00 5.415,00 33.915,00
Total 100.000 56.800,00 10.792,00 67.592,00

Considerando que o pre€o de venda ao p‹blico em Fevereiro • sempre €0,70/litro, IVA inclu†do, temos os seguintes valores de venda:

Quantidades Valores s/IVA IVA (19%) Valores c/IVA


Vendas
(Litros) (Euros) (Euros) (Euros)
Fevereiro 2004 100.000 58.823,53 11.176,47 70.000,00

A margem efectiva de vendas serƒ calculada com base no valor das transmiss…es do referido combust†vel, IVA exclu†do, efectuadas no per†odo, deduzido
do valor de aquisi€‚o desse mesmo combust†vel, IVA exclu†do.

Assim temos:

(valores em Euros)

1. Valor das transmiss…es efectuadas em Fevereiro de 2004, sem IVA 58.823,53


2. Valor de aquisi€‚o dos mesmos combust†veis, sem IVA 56.800,00
3. Margem efectiva de vendas (1.-2.) – valor tributƒvel 2.023,53
4. IVA liquidado (3. x taxa do IVA (19%)) 384,47

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4. IVA liquidado (3. x taxa do IVA (19%)) 384,47

O valor do imposto a inscrever na declara€‚o periŒdica referente ao m•s de Fevereiro de 2004 • de €384,47, sendo o correspondente valor tributƒvel de
€2.023,53.

Exemplo 2

Considere-se agora os dados do exemplo anterior alterando, exclusivamente, o produto vendido pelo revendedor. No presente exemplo, vamos considerar
a venda de gasŒleo colorido e marcado (abrangido pela verba 2.3. da Lista II, anexa ao CIVA, logo sujeito „ taxa de 12%).

(valores em Euros)

Margem efectiva de vendas – valor tributƒvel 2.023,53


(Por simplifica€‚o mantiveram-se todos os dados,
inclusive os pre€os de compra e venda.)
IVA liquidado (taxa do IVA de12%) 242,82

O valor tributƒvel • o mesmo que o do exemplo anterior (€ 2.023,53), sendo, no entanto, o IVA liquidado de € 242,82, uma vez que a taxa aplicƒvel • de
12%.

7. DIREITO — DEDU‰ŠO

7.1. Tal como estabelece o art.Ž 68.Ž-C do CIVA, os revendedores n‚o poder‚o deduzir o imposto devido ou pago nas aquisi€…es de combust†veis l†quidos
quer estas tenham sido efectuadas no mercado nacional, em aquisi€…es intracomunitƒrias ou em importa€…es.

No entanto, os revendedores poder‚o deduzir o imposto suportado em bens de investimento e demais despesas de comercializa€‚o no ’mbito da sua
actividade, nos termos dos artigos 19.Ž e seguintes do CIVA.

7.2. O IVA suportado na aquisi€‚o de combust†veis l†quidos a revendedores, por parte de sujeitos passivos que os n‚o destinem a revenda, confere direito
„ dedu€‚o nas situa€…es previstas na al†nea b) do n.Ž 1 do art.Ž 21.Ž do CIVA.

O direito „ dedu€‚o terƒ como base o imposto contido no pre€o de venda e sŒ poderƒ ser exercido se constar de facturas ou documentos equivalentes,
passados em forma legal (art.Ž 35.Ž do CIVA e Decreto-Lei n.Ž 147/2003, de 11 de Julho).

600
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8. EMISSŠO DE FACTURAS OU DOCUMENTOS EQUIVALENTES

Os revendedores est‚o obrigados, face ao estabelecido na al†nea b) do n.Ž 1 do art.Ž 28.Ž do CIVA, a emitir factura ou documento equivalente por cada
transmiss‚o de bens.

As facturas ou documentos equivalentes emitidos pelos revendedores devem obedecer aos requisitos estabelecidos no art.Ž 35.Ž do CIVA, bem como do
Decreto-Lei n.Ž 147/2003, de 11 de Julho.

No que se refere aos elementos relativos „ identifica€‚o do adquirente, sujeito passivo, estes podem ser substitu†dos pela simples indica€‚o da matr†cula
do ve†culo abastecido, excepto quanto ao n‹mero de identifica€‚o fiscal que continua a ser de indica€‚o obrigatŒria.

š, igualmente, obrigatŒria a indica€‚o do pre€o l†quido, da taxa aplicƒvel e do montante de imposto correspondente, ou, em alternativa, a indica€‚o do
pre€o com inclus‚o do imposto e da respectiva taxa aplicƒvel.

As facturas ou documentos emitidos pelos revendedores, referentes „s entregas efectuadas em nome e por conta das distribuidoras, dever‚o conter a
men€‚o "IVA – N‚o confere direito „ dedu€‚o", ou express‚o similar.

9. OBRIGA‰”ES DE REGISTO DAS OPERA‰”ES

Os revendedores devem manter registos separados das aquisi€…es e das vendas dos combust†veis abrangidos por este regime. Os referidos registos
dever‚o ter em considera€‚o as diferentes taxas aplicƒveis, quer em fun€‚o do tipo de combust†vel vendido, quer em fun€‚o da localiza€‚o das suas
transmiss…es (Decreto-Lei n.Ž 347/85, de 23 de Agosto).

10. AQUISI‰”ES INTRACOMUNIT•RIAS E IMPORTA‰”ES

Os revendedores abrangidos pelo presente regime dever‚o, sempre que efectuem aquisi€…es intracomunitƒrias de combust†veis l†quidos, proceder em
conformidade com as regras do Regime do IVA nas Transac€…es Intracomunitƒrias (RITI), nomeadamente quanto „ liquida€‚o do respectivo imposto.

O IVA liquidado nas aquisi€…es intracomunitƒrias n‚o confere direito „ dedu€‚o por parte do adquirente revendedor, de acordo com o que se encontra
previsto no art.Ž 68.Ž-C do CIVA.

Relativamente „s importa€…es dos mesmos combust†veis o imposto serƒ liquidado pelos servi€os aduaneiros competentes, n‚o podendo os revendedores
exercer o direito „ dedu€‚o do imposto respectivo.

601
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11. PROCEDIMENTOS A ADOPTAR NO PREENCHIMENTO DA DECLARA‰ŠO PERI–DICA

11.1. As opera€…es sujeitas a este regime de tributa€‚o devem ser inscritas no quadro 06 da declara€‚o periŒdica:

a) valor tributƒvel (margem efectiva de vendas) nos campos 3 e/ou 5, consoante as taxas aplicƒveis;

b) IVA liquidado (imposto a favor do Estado) nos campos 4 e/ou 6.

11.2. As aquisi€…es intracomunitƒrias dos combust†veis l†quidos dever‚o ser inscritas na declara€‚o periŒdica, no quadro 06, campo 10 (base tributƒvel) e
campo 11 (IVA liquidado).

Pelo facto de o imposto liquidado n‚o conferir direito „ dedu€‚o, n‚o haverƒ qualquer inscri€‚o nos campos 22 e/ou 23 do mesmo quadro.

11.3. Nos casos em que os revendedores efectuarem transmiss…es de combust†veis l†quidos que se considerem realizadas em espa€o fiscal diferente do da
sede, deverƒ ser preenchido o respectivo anexo para as opera€…es a† realizadas (Decreto-Lei n.Ž 347/85, de 23 de Agosto).

11.4. As transmiss…es intracomunitƒrias isentas ao abrigo do art.Ž 14.Ž do RITI dever‚o ser inscritas no campo 7 do quadro 06 da declara€‚o periŒdica, bem
como no anexo recapitulativo das transmiss…es intracomunitƒrias.

12. OBRIGA‰ŠO DE ENQUADRAMENTO NO REGIME NORMAL

Os sujeitos passivos revendedores de combust†veis l†quidos que, em 31 de Dezembro de 2003, se encontrassem enquadrados no regime especial de
isen€‚o, previsto no art.Ž 53.Ž do CIVA, bem como no regime especial dos pequenos retalhistas, previsto no art.Ž 60.Ž do CIVA, estavam obrigados a, no
prazo de 15 dias a contar da data da entrada em vigor deste regime (1 de Janeiro de 2004), entregar no respectivo servi€o de finan€as uma declara€‚o de
altera€…es para enquadramento no regime normal. A referida declara€‚o produzirƒ efeitos a partir da entrada em vigor deste regime ou seja, em 1 de
Janeiro de 2004.

13. PROCEDIMENTOS A ADOPTAR RELATIVAMENTE —S EXIST‘NCIAS DE COMBUST‹VEIS L‹QUIDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2003,


ADQUIRIDOS NA VIG‘NCIA DO DECRETO-LEI N.€ 521/85, DE 31 DE DEZEMBRO.

13.1. Combust†veis adquiridos em conta firme

Nas transmiss…es de combust†veis l†quidos efectuadas por revendedores apŒs a entrada em vigor deste regime, na parte em que correspondam „ venda de
exist•ncias cujo IVA tenha sido liquidado de acordo com as regras vigentes at• 31 de Dezembro de 2003 (Decreto-Lei n.Ž 521/85, de 31 de Dezembro), n‚o

602
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devem ser consideradas para efeitos do cƒlculo do valor tributƒvel (margem efectiva de vendas), nem as vendas, nem o respectivo custo de aquisi€‚o das
exist•ncias vendidas.

Torna-se, assim, necessƒrio tomar em considera€‚o, para o primeiro per†odo do imposto, a inventaria€‚o das exist•ncias por tipo de combust†vel.

13.2. Combust†veis adquiridos „ consigna€‚o

O IVA devido e exig†vel por transmiss…es efectuadas pelo consignatƒrio antes da aplica€‚o do novo regime, deverƒ ser liquidado pela empresa distribuidora
consignante, de acordo com o regime previsto no Decreto-Lei n.Ž 521/85, de 31 de Dezembro.

Deste modo, e ainda que a factura do consignante tenha sido emitida em data posterior „ da entrada em vigor do novo regime, o IVA deverƒ ser sempre
calculado, por aquele, com base no pre€o de venda ao p‹blico fixado administrativamente (para os combust†veis l†quidos sujeitos ao regime de pre€o
mƒximo) ou com base no pre€o efectivo de venda (para os restantes combust†veis l†quidos).

CAMPO N20

No campo N20 inscrevem-se os valores (IVA exclu†do) respeitantes „s transmiss…es de combust†veis gasosos, quando o respectivo imposto seja liquidado
pelo sujeito passivo distribuidor (art.Ž 32.Ž da Lei 9/1986, de 30 de Abril).

CAMPO N03

Neste campo inscrevem-se os valores (IVA exclu†do) respeitantes „s transmiss…es de tabaco, quando o respectivo imposto seja liquidado pelo sujeito
passivo (produtor ou importador) „ sa†da do local de produ€‚o ou no momento da importa€‚o.

CAMPO N04

Neste campo devem incluir-se os valores (IVA exclu†do) respeitantes „s transmiss…es de bens em que houve, por parte do declarante, lugar „liquida€‚o do
imposto, nos termos de legisla€‚o especial, designadamente venda de pescado nas lotas e certas vendas ao domic†lio (Decreto-Lei n.Ž 122/88, de 20 de
Abril).

QUADRO 04
Operaƒ†es sujeitas a legislaƒ„o especial

603
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Tal como se referiu para o quadro anterior deste anexo, os valores a mencionar neste quadro n‚o s‚o desdobrƒveis por espa€os fiscais, pelo que o valor a
inscrever em cada um deve respeitar ao total das opera€…es realizadas no conjunto dos tr•s espa€os fiscais, segundo a defini€‚o que • feita no Decreto-Lei
n.Ž 347/85, de 23 de Agosto (Continente, A€ores e Madeira).

CAMPO N06

Neste campo indica-se o somatŒrio dos valores registados na coluna 7 do livro de registo de bens em segunda m‚o e objectos de arte, l†quidos de
rectifica€…es (devolu€…es, descontos e outros).

CAMPO N07

Neste campo indica-se o valor das compras, liquido de rectifica€…es, com IVA inclu†do (coluna 4 do livro de registo de bens em segunda m‚o e objectos de
arte), mas apenas quanto aos bens que foram vendidos no per†odo a que se refere a declara€‚o.

CAMPO N08

Neste campo indica-se a diferen€a entre os valores inscritos nos campos N06 e N07, devendo, sempre que a diferen€a obtida seja negativa, indicar-se esse
valor com sinal negativo.

CAMPO N09

Neste campo indica-se o somatŒrio dos valores tributƒveis que serviram de base „ liquida€‚o do imposto (soma dos valores positivos, l†quidos de
rectifica€…es, da coluna 8 do livro de registo de bens em segunda m‚o e objectos de arte).

CAMPOS N10 a N12

O preenchimento destes campos, relativamente „s exist•ncias, deve ser feito a partir de valores extra†dos do livro de registo de bens em segunda m‚o e
objectos de arte.

O valor a inscrever no campo N11 deve reflectir a totalidade das compras desse tipo de bens, l†quidas de rectifica€…es, efectuadas no ano a que a
declara€‚o respeita, independentemente de terem sido, ou n‚o, objecto de venda, correspondendo, assim, ao somatŒrio da coluna 4 do livro acima
mencionado.

CAMPO N14

604
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Quando se tiver respondido afirmativamente (Campo 1), deve indicar-se, neste campo, o valor do imposto deduzido referente „s compras inerentes a essas
transmiss…es que se localizem no espa€o geogrƒfico da sede.

CAMPOS N15 a N18

Estes campos sŒ devem ser preenchidos pelos sujeitos passivos que realizem opera€…es sujeitas ao regime definido pelo Decreto-Lei n.Ž 221/85, de 3 de
Julho (ag•ncias de viagens e organizadores de circuitos tur†sticos), mas apenas quando estes actuem em nome prŒprio perante o cliente e recorram, para a
realiza€‚o dessas opera€…es, a transmiss…es de bens ou a presta€…es de servi€os efectuadas por terceiros.

Todas as restantes opera€…es, ainda que realizadas pelas ag•ncias de viagens e organizadores de circuitos tur†sticos, devem ser inscritas nos quadros 03 e
04 do anexo L e ou do(s) anexo(s) M, dado que passam a cair no ’mbito da disciplina geral do CIVA.

CAMPO N15

Reservado ao montante das contrapresta€…es obtidas, com IVA inclu†do, relativas aos servi€os prestados no per†odo a que se refere a declara€‚o.

CAMPO N16

Reservado „ indica€‚o dos custos suportados no mesmo per†odo (IVA inclu†do) relativos „s transmiss…es de bens e presta€…es de servi€os efectuadas por
terceiros para benef†cio directo do cliente.

CAMPO N17

Campo destinado ao cƒlculo da diferen€a encontrada entre os valores inscritos nos campos N15 e N16. Sempre que essa diferen€a seja negativa, deve
indicar-se o respectivo valor com sinal negativo.

CAMPO N18

Destinado „ indica€‚o do somatŒrio dos valores que serviram de base ao cƒlculo do IVA liquidado durante o ano.

ANEXO O
MAPA RECAPITULATIVO DE CLIENTES
605
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O Anexo O, composto por duas pƒginas, deve ser enviado por via electrŒnica por todos os sujeitos passivos abrangidos pela obriga€‚o a que se refere a
al†nea e) do n.Ž 1 do artigo 28.Ž do CŒdigo do IVA, pelas pessoas singulares ou colectivas que, de um modo independente e com carƒcter de habitualidade,
exer€am actividades de produ€‚o, comercio e presta€‚o de servi€os, incluindo as actividades extractivas, agr†colas, as das profiss…es livres e, bem assim,
pelas que, do mesmo modo independente, pratiquem uma s‚ operaƒ„o tributƒvel, desde que essa actividade seja conexa com o exerc†cio das referidas
actividades, onde quer que este ocorra, ou quando, independentemente dessa conex‚o, tal opera€‚o preencha os pressupostos da incid‡ncia real do
IRS ou do IRC.

Este anexo deverƒ ser preenchido atrav•s dos elementos constantes da contabilidade ou, quando esta n‚o exista, atrav•s dos elementos constantes dos
livros a que se referem os artigos 50.Ž e 65.Ž do CŒdigo do IVA.

QUADRO 01
N•mero de Identificaƒ„o Fiscal
O n‹mero de identifica€‚o fiscal a inscrever neste quadro serƒ:

• N‹mero de identifica€‚o de pessoa colectiva ou equiparada, (NIPC) atribu†do pelo Minist•rio da Justi€a;

• N‹mero atribu†do pelo Minist•rio das Finan€as, caso se trate de sujeito passivo que exer€a, exclusivamente, actividade tributada em Imposto sobre
o Rendimento de Pessoas Singulares.

QUADRO 02
Ano a que respeita
O ano a mencionar deverƒ ser o ano civil a que respeitam as opera€…es, independentemente da exist•ncia de per†odos especiais de tributa€‚o para efeitos
de IRC.

606
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QUADRO 03
Relaƒ„o dos Clientes dos Bens e ou Serviƒos
Neste quadro devem ser indicados os clientes, com sede em territŒrio nacional, em cada linha, por n‹mero de identifica€‚o fiscal, cujo valor anual das
vendas seja:


Para anos anteriores a 2004, superior a 50 000 euros;


Para o ano de 2004 e seguintes, superior a 25 000 euros.

Os valores devem ser indicados em euros certos, desprezando os c•ntimos.

Por exemplo o valor 55 200, 89, deve ser inscrito por 55 200.

N›MERO DE IDENTIFICA‰ŠO FISCAL DOS ADQUIRENTES

O n‹mero a mencionar deverƒ ser o constante das facturas ou documentos equivalentes emitidos pelo sujeito passivo, sem preju†zo de, havendo altera€‚o
de NIPC (por exemplo, provisŒrio para definitivo), ser indicado o que vigorar em 31 de Dezembro.

VALOR DAS VENDAS EM EUROS (IVA INCLU‹DO)

Consideram-se “vendas”, para efeitos de preenchimento destas linhas, as transmiss…es de bens e ou de servi€os que preencham os pressupostos de
incid•ncia real do IVA, excluindo as seguintes opera€…es:

a) As transmiss…es intracomunitƒrias, as exporta€…es e as opera€…es assimiladas a exporta€…es quando o adquirente for uma entidade n‚o residente
e sem estabelecimento estƒvel ao qual sejam imputƒveis;

b) Os transportes intracomunitƒrios quando o adquirente for uma entidade n‚o residente e sem estabelecimento estƒvel ao qual sejam imputƒveis;

c) As opera€…es previstas no n.Ž 25 do artigo 9.Ž do CŒdigo do IVA, com excep€‚o das comiss…es de venda (selos de correio em circula€‚o ou
valores selados);

607
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d) As opera€…es isentas nos termos do n.Ž 28 do artigo 9.Ž do CŒdigo do IVA (opera€…es bancƒrias e financeiras);

e) As opera€…es isentas nos termos do n.Ž 29 do artigo 9.Ž do CŒdigo do IVA (opera€…es de seguro e resseguro), com excep€‚o das presta€…es de
servi€os conexas, efectuadas pelos corretores e intermediƒrios de seguros;

f) As opera€…es mencionadas nas al†neas b), c), d) e e) do n.Ž1 do artigo 21.Ž do CŒdigo do IVA.

Devem ser inclu†das as transmiss…es de bens e ou presta€…es de servi€os efectuadas a:

• Pessoas colectivas (sujeitos passivos do IRC);

• Pessoas singulares, quando as opera€…es estiverem relacionadas com o exerc†cio de actividades constantes da categoria B do IRS.

Ficam exclu…das as vendas efectuadas a pessoas singulares que destinem os bens e ou serviƒos a uso particular.

Devem ser declaradas as vendas a cr•dito e a pronto pagamento.

SŒ devem ser mencionadas as import’ncias constantes de facturas ou documentos equivalentes com data correspondente ao ano a que se reporta o
anexo.

O valor a mencionar deve corresponder „ soma dos valores constantes de facturas ou documentos equivalentes (excluindo os recibos relativos a
adiantamentos), emitidos ao mesmo cliente, l†quidos de quaisquer descontos neles mencionados e com IVA inclu†do.

A esta soma deve ser abatido o valor constante de notas de cr•dito ou de qualquer documento que reduza o valor facturado, emitidos ao mesmo cliente e
com IVA inclu†do, com data do ano a que se refere o anexo, e respeitantes, nomeadamente, a devolu€…es de mercadorias, descontos de quantidade ou
financeiros.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas linhas quanto as necessƒrias.

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ANEXO P
MAPA RECAPITULATIVO DE FORNECEDORES
O Anexo P, composto por duas pƒginas, deve ser enviado por via electrŒnica por todos os sujeitos passivos abrangidos pela obriga€‚o a que se refere a
al†nea f) do n.Ž 1 do artigo 28.Ž do CŒdigo do IVA:

* Pelas pessoas singulares ou colectivas que, de um modo independente e com carƒcter de habitualidade, exer€am actividades de produ€‚o,
com•rcio ou presta€‚o de servi€os, incluindo as actividades extractivas, agr†colas, as das profiss…es livres e, bem assim, pelas que, do mesmo
modo independente, pratiquem uma sŒ opera€‚o tributƒvel, desde que essa opera€‚o seja conexa com o exerc†cio das referidas actividades, onde
quer que este ocorra, ou quando, independentemente dessa conex‚o, tal opera€‚o preencha os pressupostos da incid•ncia real do IRS ou do IRC;

* Pelos servi€os, estabelecimentos e organismos do Estado, das Regi…es AutŒnomas e das autarquias locais, incluindo os dotados de autonomia
administrativa ou financeira, ainda que personalizados, as associa€…es e federa€…es de munic†pios, bem como outras pessoas colectivas de direito
p‹blico, as pessoas colectivas de utilidade p‹blica e as institui€…es particulares de solidariedade social quando realizem opera€…es tributƒveis.

Este anexo deverƒ ser preenchido atrav•s dos elementos constantes da contabilidade ou, quando esta n‚o exista, atrav•s dos elementos constantes dos
livros a que se referem os artigos 50.Ž e 65.Ž do CŒdigo do IVA.

QUADRO 01
N•mero de Identificaƒ„o Fiscal
O n‹mero de identifica€‚o fiscal a inscrever neste quadro serƒ:

* N‹mero de identifica€‚o de pessoa colectiva ou equiparada, (NIPC) atribu†do pelo Minist•rio da Justi€a;

* N‹mero atribu†do pelo Minist•rio das Finan€as, caso se trate de sujeito passivo que exer€a, exclusivamente, actividade tributada em Imposto sobre
o Rendimento de Pessoas Singulares

609
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QUADRO 02
Ano a que respeita
O ano a mencionar deverƒ ser o ano civil a que respeitam as opera€…es, independentemente da exist•ncia de per†odos especiais de tributa€‚o para efeitos
do IRC.

QUADRO 03
Relaƒ„o dos Fornecedores dos Bens e ou Serviƒos
Neste quadro devem ser inclu†dos os fornecedores, com sede em territŒrio nacional, em cada linha por n‹mero de identifica€‚o fiscal, cujo valor anual das
compras seja:

• Para anos anteriores a 2004, superior a 50 000 euros;

• Para o ano de 2004 e seguintes, superior a 25 000 euros.

Os valores devem ser indicados em euros certos, desprezando os c•ntimos. Por exemplo o valor 55.200,89, deve ser inscrito por 55.200.

N›MERO DE IDENTIFICA‰ŠO FISCAL DOS FORNECEDORES

O n‹mero a mencionar deverƒ ser o constante das facturas ou documentos equivalentes emitidos pelo fornecedor do sujeito passivo, sem preju†zo de,
havendo altera€‚o de NIPC (por exemplo, provisŒrio para definitivo), ser indicado o que vigorar em 31 de Dezembro.

VALOR DAS COMPRAS EM EUROS (IVA INCLU‹DO)

Consideram-se “compras”, para efeitos de preenchimento destas linhas, as aquisi€…es de bens e ou de servi€os que preencham os pressupostos de
incid•ncia real do IVA, excluindo as seguintes opera€…es:

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a) As aquisi€…es intracomunitƒrias e as importa€…es, com excep€‚o das opera€…es referidas na al†nea f) do n.Ž 1 do artigo 13.Ž do CŒdigo do IVA
quando o prestador dos referidos servi€os for um sujeito passivo estabelecido no territŒrio nacional;

b) Os transportes intracomunitƒrios, quando o adquirente for uma entidade n‚o residente e sem estabelecimento estƒvel ao qual sejam imputƒveis;

c) As opera€…es previstas no n.Ž 25 do artigo 9.Ž do CŒdigo do IVA, com excep€‚o das comiss…es de venda (selos de correio em circula€‚o ou
valores selados);

d) As opera€…es isentas nos termos do n.Ž 28 do artigo 9.Ž do CŒdigo do IVA (opera€…es bancƒrias e financeiras);

e) As opera€…es isentas nos termos do n.Ž 29 do artigo 9.Ž do CŒdigo do IVA (opera€…es de seguro e resseguro), com excep€‚o das presta€…es de
servi€os conexas, efectuadas pelos corretores e intermediƒrios de seguro;

f) As opera€…es mencionadas nas al†neas b), c), d) e e) do n.Ž 1 do artigo 21.Ž do CŒdigo do IVA.

Devem ser inclu†das as aquisi€…es de bens e ou presta€…es de servi€os efectuadas a:

* Pessoas colectivas (sujeitos passivos de IRC);

* Pessoas singulares, quando as opera€…es estiverem relacionadas com o exerc†cio de actividades constantes da categoria B do IRS.

Devem ser declaradas as compras a cr•dito e a pronto pagamento.

SŒ devem ser mencionadas as import’ncias constantes de facturas ou documentos equivalentes com data correspondente ao ano a que se reporta o
anexo.

O valor a mencionar deve corresponder „ soma dos valores constantes de facturas ou documentos equivalentes (excluindo os recibos relativos a
adiantamentos), emitidos pelo mesmo fornecedor, l†quidos de quaisquer descontos neles mencionados e com IVA inclu†do.

A esta soma deve ser abatido o valor constante de notas de cr•dito ou de qualquer documento que reduza o valor facturado, emitidos pelo mesmo
fornecedor e com IVA inclu†do, com data do ano a que se refere o anexo, e respeitantes, nomeadamente, a devolu€…es de mercadorias, descontos de
quantidade ou financeiros.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas linhas quanto as necessƒrias.

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ANEXO Q
IMPOSTO DO SELO
O Anexo Q, composto por duas pƒginas, deve ser enviado por via electrŒnica para dar cumprimento ao estabelecido no n.Ž 1 do artigo 52.Ž e artigo 56.Ž do
CŒdigo do Imposto do Selo (CIS), por todos os sujeitos passivos de IRS ou IRC (ainda que entidades p‹blicas) que no exerc†cio da sua actividade tenham
liquidado imposto do selo.

Este anexo, deverƒ ser ainda apresentado pelos sujeitos passivos de IRC ou IRS, obrigados a possuir contabilidade organizada, sempre que disponham de
elementos para o preenchimento do Quadro 6 (N‹mero e Valor L†quido Contabil†stico dos ImŒveis) e/ou Quadro 07 (Participa€…es Financeiras).

Quem tem de apresentar este Anexo?


Sujeitos passivos de IRS ou IRC (incluindo as entidades p†blicas) que no exerc…cio da sua actividade tenham liquidado imposto do selo;

Exemplo: celebraƒ„o de um contrato

Artigo 52.€
Declaraƒ„o anual

1 - Os sujeitos passivos do imposto ou os seus representantes legais s‚o obrigados a apresentar anualmente declara€‚o discriminativa do imposto do selo
liquidado.

2 - A declara€‚o a que se refere o n‹mero anterior • de modelo oficial e constitui um anexo da declara€‚o anual de informa€‚o contabil†stica e fiscal
prevista no artigo 113.Ž do CŒdigo do IRC e no artigo 113.Ž do CŒdigo do IRS, devendo ser apresentada nos prazos a† previstos.

3 - Sempre que aos servi€os da administra€‚o fiscal se suscitem d‹vidas sobre quaisquer elementos constantes das declara€…es, notificar‚o os sujeitos
passivos para prestarem por escrito, no prazo que lhes for fixado, nunca inferior a 10 dias, os esclarecimentos necessƒrios.

Artigo 56.€
Declaraƒ„o anual das entidades p•blicas

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Os servi€os, estabelecimentos e organismos do Estado, das Regi…es AutŒnomas e das autarquias locais, incluindo os dotados de autonomia administrativa
ou financeira e ainda que personalizados, as associa€…es e federa€…es de munic†pios, bem como outras pessoas colectivas de direito p‹blico, as pessoas
colectivas de utilidade p‹blica, as institui€…es particulares de solidariedade social e as empresas p‹blicas remetem aos servi€os regionais da administra€‚o
fiscal da respectiva ƒrea a declara€‚o a que se refere o artigo 52.Ž.

Sempre que a pessoa obrigada „ apresenta€‚o da declara€‚o para al•m da sua actividade normal, tenha tamb•m procedido „ liquida€‚o de imposto do
selo nas situa€…es previstas nas al†neas i), j) e l) do nŽ 1 do artigo 2.Ž do CIS (opera€…es efectuadas por representantes), deverƒ apresentar dois anexos O,
devendo cada um deles reportar-se „ qualidade em que interv•m como declarante.

QUADRO 01
Os campos 1 ou 2 s‚o de preenchimento obrigatŒrio.

Deverƒ ser assinalado o campo 1 se se tratar de anexo respeitante a opera€…es e factos efectuados por representantes mencionados nas al†neas i), j) e I)
do n.Ž 1 do artigo 2.Ž do CIS.

Artigo 2.€
Incid‡ncia subjectiva

1 - S‚o sujeitos passivos do imposto:

i) Representantes que, para o efeito, s‚o obrigatoriamente nomeados em Portugal pelas entidades emitentes de apŒlices de seguros efectuados no territŒrio
de outros Estados membros da Uni‚o Europeia ou fora desse territŒrio, cujo risco ocorra em territŒrio portugu•s;

j) Representantes que, para o efeito, s‚o obrigatoriamente nomeados em Portugal pelas institui€…es de cr•dito ou sociedades financeiras que, no territŒrio
portugu•s, realizam opera€…es financeiras em regime de livre presta€‚o de servi€os que n‚o sejam intermediadas por institui€…es de cr•dito ou sociedades
financeiras domiciliadas em Portugal;

l) Representantes que, para o efeito, s‚o obrigatoriamente nomeados em Portugal por quaisquer entidades que, no territŒrio portugu•s, realizem quaisquer
outras opera€…es abrangidas pela incid•ncia do presente CŒdigo em regime de livre presta€‚o de servi€os.

O campo 1, deve ainda ser assinalado para as situa€…es em que anexo deva ser preenchido apenas com os valores nos quadros 06 e/ou 07.

613
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QUADRO 02
N•mero de Identificaƒ„o Fiscal
O NIF a inscrever neste quadro serƒ:

* N‹mero de identifica€‚o de pessoa colectiva ou equiparada (NIPC), se se tratar de pessoa colectiva;

* N‹mero de identifica€‚o fiscal (NIF), caso se trate de sujeito passivo que exer€a, exclusivamente, actividade tributada em Imposto sobre o
Rendimento de Pessoas Singulares.

QUADRO 03
Ano
Indicar o ano a que respeitam as opera€…es e factos objecto de liquida€‚o, segundo as regras do artigo 5.Ž do CIS, mesmo que se trate apenas de uma
parte do ano.

Ainda que se trate de sujeitos passivos que adoptem um penado de tributa€‚o diferente do ano civil, a informa€‚o, para efeitos de Imposto do Selo,
corresponde ao ano civil do exerc†cio a que o anexo diga respeito.

Artigo 5.€
Nascimento da obrigaƒ„o tributŽria

A obriga€‚o tributƒria considera-se constitu†da:

a) Nos actos e contratos, no momento da assinatura pelos outorgantes;

b) Nas apŒlices de seguros, no momento da cobran€a dos pr•mios;

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c) Nos cheques editados por institui€…es de cr•dito domiciliadas em territŒrio nacional, no momento da recep€‚o de cada impress‚o;

d) Nos documentos expedidos ou passados fora do territŒrio nacional, no momento em que forem apresentados em Portugal junto de quaisquer entidades;

e) Nas letras emitidas no estrangeiro, no momento em que forem aceites, endossadas ou apresentadas a pagamento em territŒrio nacional;

f) Nas letras e livran€as em branco, no momento em que possam ser preenchidas nos termos da respectiva conven€‚o de preenchimento;

g) Nas opera€…es de cr•dito, no momento em que forem realizadas ou, se o cr•dito for utilizado sob a forma de conta corrente, descoberto bancƒrio ou
qualquer outro meio em que o prazo n‚o seja determinado nem determinƒvel, no ‹ltimo dia de cada m•s;

h) Nas opera€…es realizadas por ou com intermedia€‚o de institui€…es de cr•dito, sociedades financeiras ou outras entidades a elas legalmente
equiparadas, no momento da cobran€a dos juros, pr•mios, comiss…es e outras contrapresta€…es, considerando-se efectivamente cobrados, sem preju†zo do
disposto no n.Ž 1 do artigo 51.Ž, os juros e comiss…es debitados em contas correntes „ ordem de quem a eles tiver direito;

i) Nos testamentos p‹blicos, no momento em que forem efectuados, e nos testamentos cerrados ou internacionais, no momento da aprova€‚o e abertura;

j) Nos livros, antes da sua utiliza€‚o, salvo se forem utilizadas folhas avulsas escrituradas por sistema informƒtico ou semelhante para utiliza€‚o ulterior sob
a forma de livro, caso em que o imposto se considera devido nos 60 dias seguintes ao termo do ano econŒmico ou da cessa€‚o da actividade;

l) Sem preju†zo do disposto na al†nea seguinte, nos restantes casos, na data da emiss‚o dos documentos, t†tulos e pap•is ou da ocorr•ncia dos factos;

m) Nos empr•stimos efectuados pelos sŒcios „s sociedades em que seja estipulado prazo n‚o inferior a um ano e sejam reembolsados antes desse prazo,
no momento do reembolso;

n) Em caso de actos, contratos, documentos, t†tulos, livros, pap•is e outros factos previstos na Tabela anexa ao presente CŒdigo em que n‚o intervenham
a qualquer t†tulo pessoas colectivas ou pessoas singulares no exerc†cio de actividade de com•rcio, ind‹stria ou presta€‚o de servi€os, quando forem
apresentados perante qualquer entidade p‹blica;

o) Nos actos referidos na verba n.Ž 26 da Tabela anexa ao presente CŒdigo, no momento da celebra€‚o da escritura;

p) Nas sucess…es por morte, na data da abertura da sucess‚o;

q) Nos cr•ditos litigiosos, definidos nos termos do n.Ž 3 do artigo 579.Ž do CŒdigo Civil, quando transitar em julgado a decis‚o;

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r) Nas aquisi€…es por usucapi‚o, na data em que transitar em julgado a ac€‚o de justifica€‚o judicial ou for celebrada a escritura de justifica€‚o notarial.

QUADRO 04
OperaĠes e factos sujeitos a Imposto do Selo
CAMPOS Q101 a Q119 , Q176 e Q179

Devem ser inscritos os valores das opera€…es e dos factos realizados pelos sujeitos passivos referidos no n.Ž 1 do artigo 2.Ž do CIS, mas que por se tratar
de opera€…es e factos abrangidos pelas isen€…es previstas nos artigos 6.Ž e 7Ž do CIS, bem como em legisla€‚o avulsa, n‚o houve lugar „ liquida€‚o de
imposto.

Estes valores s‚o os constantes do registo a que se refere a al†nea b) do n.Ž 3 do artigo 53.Ž do CIS.

CAMPOS Q121 a Q139, Q177 e Q180

Devem ser inscritos os valores das opera€…es e dos factos que originaram liquida€‚o de imposto, pelos sujeitos passivos referidos no n.Ž 1 do artigo 2.Ž do
CIS. segundo o registo a que se refere a al†nea a) do n.Ž 3 do artigo 53.Ž do CIS, corrigidos de eventuais regulariza€…es resultantes da aplica€‚o do artigo
51.Ž do CIS.

CAMPOS Q141 a Q172 e Q178

Devem ser inscritos os valores do imposto liquidado, corrigidos do imposto que eventualmente tenha sido compensado (o qual deve ser inscrito no Quadro
05), nos termos do artigo 51Ž do CIS, segundo o registo a que se refere a al†nea c) do n.Ž 3 do artigo 53Ž do CIS.

QUADRO 05
Imposto do Selo Compensado
Neste quadro apenas devem ser inscritos os valores do imposto do selo liquidado que, ao abrigo do artigo 51.Ž do CIS, tenha sido compensado a favor do

616
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sujeito passivo.

Os valores a inscrever, neste quadro, s‚o os constantes do registo a que se refere a al†nea d) do n.Ž 3 do artigo 53.Ž do CIS.

Artigo 53.€
Obrigaƒ†es contabil…sticas

1 - As entidades obrigadas a possuir contabilidade organizada nos termos dos CŒdigos do IRS e do IRC devem organizƒ-la de modo a possibilitar o
conhecimento claro e inequ†voco dos elementos necessƒrios „ verifica€‚o do imposto do selo liquidado, bem como a permitir o seu controlo.

2 - Para cumprimento do disposto no n.Ž 1, s‚o objecto de registo as opera€…es e os actos realizados sujeitos a imposto do selo.

3 - O registo das opera€…es e actos a que se refere o n‹mero anterior • efectuado de forma a evidenciar:

a) O valor das opera€…es e dos actos realizados sujeitos a imposto, segundo a verba aplicƒvel da Tabela;

b) O valor das opera€…es e dos actos realizados isentos de imposto, segundo a verba aplicƒvel da Tabela;

c) O valor do imposto liquidado, segundo a verba aplicƒvel da Tabela;

d) O valor do imposto compensado.

4 - As entidades que, nos termos dos CŒdigos do IRC e do IRS, n‚o estejam obrigadas a possuir contabilidade organizada, bem como os servi€os p‹blicos,
quando obrigados „ liquida€‚o e entrega do imposto nos cofres do Estado, devem possuir registos adequados ao cumprimento do disposto no n.Ž 3.

5 - Os documentos de suporte aos registos referidos neste artigo e os documentos comprovativos do pagamento do imposto ser‚o conservados em boa
ordem durante o prazo de 10 anos.

CAMPO Q201

Deve ser inscrito o valor de imposto compensado que, nos termos do artigo 51Ž do CIS, n‚o foi poss†vel compensar no ano anterior ao ano a que respeita a
declara€‚o, relativamente a opera€…es e factos regularizados naquele ano.

CAMPO Q202

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Deve ser inscrito o valor de imposto compensado relativamente a opera€…es e factos regularizados, nos termos do artigo 51Ždo CIS, dentro do prŒprio ano
a que respeita a declara€‚o.

QUADRO 06
N•mero e Valor l…quido Contabil…stico dos Im‚veis
Neste quadro devem ser inscritos o n‹mero de imŒveis (campos Q203 e Q205) e o respectivo valor contabil†stico, l†quido das reintegra€…es e provis…es
efectuadas (campos Q204 e Q206), constantes do balan€o do declarante, reportado a 31 de Dezembro do ano a que respeita a declara€‚o.

Por imŒvel deve entender-se todo e qualquer pr•dio r‹stico ou urbano, nele se incluindo os terrenos para constru€‚o. Tratando-se de pr•dios em
propriedade horizontal, cada frac€‚o autŒnoma deve ser considerada um imŒvel.

Ficam dispensados do preenchimento deste quadro, as empresas cujo capital social esteja representado por ac€…es que se encontrem cotadas em 31 de
Dezembro do ano a que respeita a declara€‚o.

QUADRO 07
ParticipaĠes Financeiras
Este quadro deverƒ ser preenchido sempre que o declarante detenha participa€…es sociais, em pessoas colectivas residentes em territŒrio nacional, que
n‚o sejam t†tulos negociƒveis.

O n‹mero de identifica€‚o fiscal a indicar • o da entidade participada.

O valor contabil†stico • o valor pelo qual a participa€‚o se encontra contabilizada no balan€o reportado a 31de Dezembro do ano a que a declara€‚o
respeita.

Ficam dispensados do preenchimento deste quadro, as empresas cujo capital social esteja representado por ac€…es que se encontrem cotadas em 31 de
Dezembro do ano a que respeita a declara€‚o.

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Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantas linhas quanto as necessƒrias.

ANEXO R
ESTABELECIMENTOS DA EMPRESA
No ’mbito da Informa€‚o Empresarial Simplificada (lES), criada pelo Decreto-Lei n.Ž 8/2007, de 17 de Janeiro, o Anexo R deve ser apresentado:

1) CONJUNTAMENTE com o anexo A pelas entidades residentes que exer€am, a t†tulo principal, uma actividade de natureza comercial, industrial ou
agr†cola, ou por entidades n‚o residentes com estabelecimento estƒvel;

2) CONJUNTAMENTE com o anexo I pelos Estabelecimentos Individuais de Responsabilidade Limitada (EIRL).

Com a submiss‚o conjunta e por via electrŒnica dos referidos Anexos, considera-se disponibilizada a informa€‚o necessƒria ao cumprimento das seguintes
obriga€…es legais compreendidas na lES:

• Entrega da declara€‚o anual de informa€‚o contabil†stica e fiscal (al†nea c) do n.Ž 1 do artigo 109.Ž do CIRC e n.Ž 1 do artigo 113.Ž do CIRS);

• Registo da presta€‚o de contas junto das conservatŒrias de registo comercial (n.Ž 1 do artigo 15.Ž do CŒdigo do Registo Comercial);

• Presta€‚o de informa€‚o de natureza estat†stica ao Instituto Nacional de Estat†stica (n.Ž 1 do artigo 6.Ž da Lei do Sistema Estat†stico Nacional);

• Presta€‚o de informa€‚o relativa a dados contabil†sticos anuais para fins estat†sticos ao Banco de Portugal (artigo 13.Ž da Lei Org’nica do Banco
de Portugal).

Estas obriga€…es legais s‚o exclusivamente cumpridas atrav•s da entrega da lES (n.Ž 3 do artigo 2.Ž do Decreto-Lei n.Ž 8/2007, de 17 de Janeiro).

A informa€‚o a constar do quadro 04 deve ser desagregada por estabelecimento, devendo ser preenchidos tantos quadros quantos os estabelecimentos.

O somatŒrio dos valores atribu†dos aos vƒrios estabelecimentos, localizados no territŒrio nacional e/ou fora do territŒrio nacional, deve corresponder aos
valores da empresa.

Estabelecimento - corresponde a uma empresa ou parte de uma empresa (fƒbrica, oficina, mina, armaz•m, loja, entreposto, sucursal, filial, ag•ncia, etc.)

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situada num local topograficamente identificado. Nesse local ou a partir dele exercem-se actividades econŒmicas para as quais, regra geral, uma ou vƒrias
pessoas trabalham (eventualmente a tempo parcial), por conta de uma mesma empresa. A sede da empresa deve ser considerada como um
estabelecimento.

Nos casos em que a empresa possui apenas um estabelecimento coincidente com a sede da empresa, sΠdevem ser preenchidos os campos 1 a 15 do
Quadro 04 deste anexo.

QUADRO 01
N.€ de Identificaƒ„o
Caso se trate de pessoa colectiva, inscrever o n‹mero de identifica€‚o de pessoa colectiva ou equiparada (NIPC) atribu†da pelo Minist•rio da Justi€a e
constante do respectivo CARTAO DE IDENTIFICA‡AO DE PESSOA COLECTIVA.

Caso se trate de um EIRL, inscrever o n‹mero de identifica€‚o fiscal (NIF).

QUADRO 02
Exerc…cio
Indicar o exerc†cio a que respeitam os rendimentos.

Tendo-se adoptado um per†odo de tributa€‚o diferente do ano civil, deve ser indicado o ano em que se integre o primeiro dia do referido per†odo.

QUADRO 03
N•mero de estabelecimentos da empresa
No campo 1 indicar o n‹mero de estabelecimentos que a empresa possui em territŒrio nacional, incluindo a sede, mesmo que nestes n‚o seja exercida

620
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actividade produtiva.

No campo 2 indicar o n‹mero de estabelecimentos que a empresa possui fora do territŒrio nacional, mesmo que nestes n‚o seja exercida actividade
produtiva.

QUADRO 04
Estabelecimentos localizados no territ‚rio nacional
Este quadro deve ser preenchido isoladamente para cada um dos estabelecimentos indicados no campo 1 do Quadro 03.

No campo 1 indicar a morada, no campo 2 o cŒdigo postal e no campo 3 a localidade do estabelecimento.

No campo 4 indicar a Distrito, no campo 5 o Concelho e no campo 6 a Freguesia do estabelecimento.

No campo 7 indicar o n‹mero de fax, no campo 8 o n‹mero de telefone e no campo 9 o endere€o de mail do estabelecimento.

No campo 10 indicar a situa€‚o perante a actividade do estabelecimento.

Este campo pode assumir os valores:

(01) Aguarda in†cio de actividade;

(02) Em actividade;

(03) Actividade suspensa

ou

(04) Cessou a actividade.

No campo 11 descrever, em texto livre, a actividade principal do estabelecimento.

Esta corresponde „ actividade com maior import’ncia no conjunto das actividades exercidas pelo estabelecimento. O crit•rio para a sua aferi€‚o • o valor

621
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acrescentado bruto ao custo dos factores. Na impossibilidade da sua determina€‚o por este crit•rio, considera-se como principal a que representa o maior
volume de negŒcios ou, em alternativa, a que ocupa, com carƒcter de perman•ncia, o maior n‹mero de pessoas ao servi€o.

No campo 12 indicar o cŒdigo de CAE Rev. 2.1 do estabelecimento, ou seja o cŒdigo da actividade principal do estabelecimento de acordo com a
classifica€‚o portuguesa das actividades econŒmicas em vigor de acordo com o Decreto-Lei n.Ž 197, de 27 de Agosto de 2003 (CAE Rev. 2.1) utilizada em
todos os actos administrativos ou fiscais que envolvem as empresas.

No campo 13 deve atribuir a cada estabelecimento que a empresa possui em territŒrio nacional um n‹mero de ordem. Ao estabelecimento sede deve ser
atribu†do o n‹mero de ordem igual a um. Para os restantes estabelecimentos o n‹mero de ordem a atribuir deve ser 2, 3, 4, … dependendo do n‹mero de
estabelecimentos que a empresa possui em territŒrio nacional.

O n.€ de ordem atribu…do deve ser mantido em futuras IES. Nestas, se o estabelecimento em causa cessar a actividade, n‚o deve voltar a utilizar o
n‹mero de ordem que lhe estava atribu†do em novos estabelecimentos. A estes deve ser atribu†do o n‹mero de ordem imediatamente a seguir ao do ‹ltimo
n‹mero atribu†do.

No campo 14 ou 15 deve indicar se o estabelecimento corresponde ou n‚o „ sede da empresa.

No campo R101 indicar o n‹mero de m•dio de pessoas ao servi€o no estabelecimento durante os meses do ano em que o estabelecimento esteve em
actividade.

Pessoas ao servi‚o do estabelecimento - deve incluir o pessoal que trabalha no estabelecimento/empresa e que recebe uma remunera€‚o em dinheiro
ou em esp•cie como contrapartida do trabalho prestado (incluindo sŒcios), o pessoal que trabalha para o estabelecimento/empresa sem usufruir qualquer
tipo de remunera€‚o (ex: sŒcios trabalhadores, trabalhadores familiares), o pessoal ausente por um per†odo n‚o superior a um m•s (ex: doen€a, f•rias,
forma€‚o profissional) e o pessoal de outras empresas que se encontre a trabalhar na empresa, sendo por esta directamente remunerado.

Nƒo deve incluir o pessoal a trabalhar no estabelecimento/empresa cuja remunera€‚o • suportada por outra entidade, os prestadores de servi€os
(profissionais liberais), o pessoal do estabelecimento/ empresa ausente por um per†odo superior a um m•s (ex: doen€a, servi€o militar obrigatŒrio, licen€a
sem vencimento) e o pessoal com v†nculo „empresa deslocado para outras empresas, sendo nessas directamente remunerado.

Os restantes campos (R102 a R108) deste quadro correspondem a contas do POC, aprovado pelo Decreto-Lei n.Ž 410/89, de 21 de Novembro e
respectivas altera€…es aplicƒveis. Por este motivo remete-se para o referido diploma todas as indica€…es quanto ao seu ’mbito.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantos quadros quanto os necessƒrios.

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QUADRO 05
Estabelecimentos localizados fora do territ‚rio nacional
Os dados individuais dos estabelecimentos que a empresa possui fora do territŒrio nacional devem ser agregados para efeitos de preenchimento deste
quadro, ou seja, este quadro deve ser preenchido apenas uma vez, e os valores nele registados devem resultar da agrega€‚o dos valores individuais de
todos os estabelecimentos localizados fora do territŒrio nacional indicados no campo 2 do Quadro 03.

No campo R109 indicar o n‹mero m•dio de pessoas ao servi€o total no conjunto dos estabelecimentos localizados fora do territŒrio nacional durante o ano
(ver instru€…es do quadro 04, campo R101).

Os restantes campos (R110 a R116) deste quadro, „ semelhan€a do que acontece no quadro 04 para os campos R102 a R108, correspondem a contas do
POC, aprovado pelo Decreto-Lei n.Ž 410/89, de 21 de Novembro e respectivas altera€…es aplicƒveis. Por este motivo remete-se para o referido diploma
todas as indica€…es quanto ao seu ’mbito.

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ANEXO S
ESTABELECIMENTOS DA EMPRESA
Empresas do Sector Financeiro - Decreto-Lei n.€ 298/92, de 31 de Dezembro

No ’mbito da Informa€‚o Empresarial Simplificada (lES), criada pelo Decreto-Lei n.Ž 8/2007, de 17 de Janeiro, o Anexo S deve ser apresentado
CONJUNTAMENTE com o Anexo B pelas empresas do sector financeiro (Decreto-Lei n.Ž 298/92, de 31 de Dezembro).

Com a submiss‚o conjunta e por via electrŒnica dos referidos Anexos, considera-se disponibilizada a informa€‚o necessƒria ao cumprimento de quatro
obriga€…es legais compreendidas na lES:

• Entrega da declara€‚o anual de informa€‚o contabil†stica e fiscal (al†nea c) do n.Ž 1 do artigo 109.Ž do CIRC);

• Registo da presta€‚o de contas junto das conservatŒrias do registo comercial (n.Ž 1 do artigo 15.Ž do CŒdigo do Registo Comercial);

• Presta€‚o de informa€‚o de natureza estat†stica ao Instituto Nacional de Estat†stica (n.Ž 1 do artigo 6.Ž da Lei do Sistema Estat†stico Nacional);

• Presta€‚o de informa€‚o relativa a dados contabil†sticos anuais para fins estat†sticos ao Banco de Portugal (artigo 13.Ž da Lei Org’nica do Banco
de Portugal).

Estas quatro obriga€…es legais s‚o exclusivamente cumpridas atrav•s da entrega da lES (n.Ž 3 do artigo 2.Ž do Decreto-Lei n.Ž 8/2007, de 17 de Janeiro).

Este Anexo • composto por dois quadros distintos, consoante a contabilidade da empresa se encontre organizada conforme o PCSB (Plano de Contas para
o Sistema Bancƒrio) ou as NCA (Normas de Contabilidade Ajustadas).

O somatŒrio dos valores atribu†dos aos vƒrios estabelecimentos deve corresponder aos valores da empresa.

Nos casos em que a empresa possui apenas um estabelecimento coincidente com a sede da empresa, deve ser preenchido apenas o quadro 04
e o quadro 05 ou o quadro 05-A, de acordo com o sistema contabil…stico que utiliza.

Estabelecimento (ou Balcƒo) - corresponde a uma empresa ou parte de uma empresa (sucursal, filial, ag•ncia, etc.) situada num local topograficamente
identificado. Nesse local ou a partir dele, exercem-se actividades econŒmicas para as quais, regra geral, uma ou vƒrias pessoas trabalham (eventualmente

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a tempo parcial), por conta de uma mesma empresa. A sede da empresa deve ser considerada como um estabelecimento.

Filial - pessoa colectiva relativamente „ qual outra pessoa colectiva, designada por empresa-m‚e, se encontre numa rela€‚o de dom†nio, considerando-se
que a filial de uma filial • igualmente filial da empresa-m‚e de que ambas dependem.

Sucursal - estabelecimento de uma empresa desprovido de personalidade jur†dica e que efectue directamente, no todo ou em parte, opera€…es inerentes „
actividade da empresa.

Ag‡ncia - sucursal, no pa†s, de institui€‚o de cr•dito ou sociedade financeira com sede em Portugal, ou sucursal suplementar de institui€‚o de cr•dito ou
institui€‚o financeira com sede no estrangeiro.

QUADRO 01
N.€de Identificaƒ„o Fiscal
Inscrever o n‹mero de identifica€‚o de pessoa colectiva ou equiparado (NIPC) atribu†do pelo Minist•rio da Justi€a e constante do respectivo CARTAO DE
IDENTIFICA‡ˆO DE PESSOA COLECTIVA.

QUADRO 02
Exerc…cio
Indicar o exerc†cio a que respeitam os rendimentos.

Tendo-se adoptado um per†odo de tributa€‚o diferente do ano civil, deve ser indicado o ano em que se integre o primeiro dia do referido per†odo.

QUADRO 03
A contabilidade encontra-se organizada conforme

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Assinalar o campo 1 se a contabilidade da empresa, no exerc†cio a que respeitam os rendimentos, estiver organizada de acordo com as NCA (Normas de
Contabilidade Ajustadas);

Assinalar o campo 2 se a contabilidade da empresa, no exerc†cio a que respeitam os rendimentos, estiver organizada de acordo com o PCSB (Plano de
Contas para o Sistema BancŽrio).

QUADRO 04
Balc†es da Instituiƒ„o Financeira
Este quadro deve ser preenchido isoladamente para cada um dos estabelecimentos (ou balc…es) da Institui€‚o Financeira.

No campo 1.1 indicar o nome do balc‚o e no campo 1.2 o pa†s do balc‚o.

No campo 2 indicar o n‹mero institucional do balc‚o.

No campo 3 indicar a Morada, no campo 4 o CŒdigo-Postal e no campo 5 a Localidade do balc‚o.

No campo 6 indicar a Distrito, no campo 7 o Concelho e no campo 8 a Freguesia do balc‚o.

No campo 9 indicar o n‹mero de fax, no campo 10 o n‹mero de telefone e no campo 11 o endere€o de mail (correio electrŒnico) do balc‚o.

No campo 12 descrever, em texto livre, a actividade principal do estabelecimento. Esta corresponde „ actividade com maior import’ncia no conjunto das
actividades exercidas pelo estabelecimento. O crit•rio para a sua aferi€‚o ˆ o valor acrescentado bruto ao custo dos factores. Na impossibilidade da sua
determina€‚o por este crit•rio, considera-se como principal a que representa o maior volume de negŒcios ou, em alternativa, a que ocupa, com carƒcter de
perman•ncia, o maior n‹mero de pessoas ao servi€o.

No campo 13 ou 14 indicar se o balc‚o corresponde ou n‚o „ sede da empresa.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantos quadros quanto os necessƒrios.

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QUADRO 05
Contas NCA
O Quadro 05 deve ser preenchido apenas pelas empresas com contabilidade organizada conforme as NCA (Normas de Contabilidade Ajustadas).

No campo S101 indicar o n‹mero de m•dio de pessoas ao servi€o no estabelecimento durante os meses do ano em que o estabelecimento esteve em
actividade.

Pessoas ao servi‚o do estabelecimento — deve incluir o pessoal que trabalha no estabelecimento/empresa e que recebe uma remunera€‚o em dinheiro
ou em esp•cie como contrapartida do trabalho prestado (incluindo sŒcios), o pessoal que trabalha para o estabelecimento/empresa sem usufruir qualquer
tipo de remunera€‚o (ex: sŒcios trabalhadores, trabalhadores familiares), o pessoal ausente por um per†odo n‚o superior a um m•s (ex: doen€a, f•rias,
forma€‚o profissional) e o pessoal de outras empresas que se encontre a trabalhar na empresa, sendo por esta directamente remunerado.

Nƒo deve incluir o pessoal a trabalhar no estabelecimento/empresa cuja remunera€‚o • suportada por outra entidade, os prestadores de servi€os
(profissionais liberais), o pessoal do estabelecimento/ empresa ausente por um per†odo superior a um m•s (ex: doen€a, servi€o militar obrigatŒrio, licen€a
sem vencimento) e o pessoal com v†nculo „ empresa deslocado para outras empresas, sendo nessas directamente remunerado.

Os restantes campos (S102 a S127) deste quadro correspondem „s rubricas da situa€‚o anal†tica definida nas NCA, utilizadas para reporte da informa€‚o
contabil†stica, preparada de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC) e com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), com base
na Instru€‚o n.Ž 9/2005 do Banco de Portugal, em resultado da aplica€‚o do Regulamento n.Ž 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de
Julho de 2002. Por este motivo remetem-se para a referida Instru€‚o e Regulamento todas as indica€…es quanto ao seu ’mbito.

QUADRO 05-A
Contas PCSB
O Quadro 05-A deve ser preenchido apenas pelas empresas com contabilidade organizada conforme o PCSB (Plano de Contas para o Sistema Bancƒrio).

No campo S128 indicar o n‹mero de m•dio de pessoas ao servi€o no estabelecimento durante os meses do ano em que o estabelecimento esteve em

627
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actividade.

Pessoas ao servi‚o do estabelecimento — deve incluir o pessoal que trabalha no estabelecimento/empresa e que recebe uma remunera€‚o em dinheiro
ou em esp•cie como contrapartida do trabalho prestado (incluindo sŒcios), o pessoal que trabalha para o estabelecimento/empresa sem usufruir qualquer
tipo de remunera€‚o (ex: sŒcios trabalhadores, trabalhadores familiares), o pessoal ausente por um per†odo n‚o superior a um m•s (ex: doen€a, f•rias,
forma€‚o profissional) e o pessoal de outras empresas que se encontre a trabalhar na empresa, sendo por esta directamente remunerado.

Nƒo deve incluir o pessoal a trabalhar no estabelecimento/empresa cuja remunera€‚o • suportada por outra entidade, os prestadores de servi€os
(profissionais liberais), o pessoal do estabelecimento/ empresa ausente por um per†odo superior a um m•s (ex: doen€a, servi€o militar obrigatŒrio, licen€a
sem vencimento) e o pessoal com v†nculo „ empresa deslocado para outras empresas, sendo nessas directamente remunerado.

Os restantes campos (S129 a S151) deste quadro correspondem „s contas do PCSB, aprovado pelo Decreto-Lei n.Ž 91/90, de 17 de Mar€o e definido
atrav•s da Instru€‚o n.Ž 4/96 do Banco de Portugal, remetendo-se para a referida Instru€‚o todas as indica€…es quanto ao seu ’mbito.

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ANEXO T
ESTABELECIMENTOS DA EMPRESA
Empresas do Sector Segurador - Decreto-Lei n.€ 94 B/98, de 17 de Abril

No ’mbito da Informa€‚o Empresarial Simplificada (lES), criada pelo Decreto-Lei n.Ž 8/2007, de 17 de Janeiro, o Anexo T deve ser apresentado
CONJUNTAMENTE com o Anexo C pelas empresas pertencentes ao Sector Segurador (Decreto-Lei n.Ž 94-B/98, de 17 de Abril).

Com a submiss‚o conjunta e por via electrŒnica dos referidos Anexos, considera-se disponibilizada a informa€‚o necessƒria ao cumprimento de quatro
obriga€…es legais compreendidas na lES:

• Entrega da declara€‚o anual de informa€‚o contabil†stica e fiscal (al†nea c) do n.Ž 1 do artigo 109.Ž do CIRC);

• Registo da presta€‚o de contas junto das conservatŒrias do registo comercial (n.Ž 1 do artigo 15.Ž do CŒdigo do Registo Comercial);

• Presta€‚o de informa€‚o de natureza estat†stica ao Instituto Nacional de Estat†stica (n.Ž 1 do artigo 6Ž da Lei do Sistema Estat†stico Nacional);

• Presta€‚o de informa€‚o relativa a dados contabil†sticos anuais para fins estat†sticos ao Banco de Portugal (artigo 13.Ž da Lei Org’nica do Banco
de Portugal).

Estas quatro obriga€…es legais s‚o exclusivamente cumpridas atrav•s da entrega da lES (n.Ž 3 do artigo 2.Ž do Decreto-Lei n.Ž 8/2007, de 17 de Janeiro).

O somatŒrio dos valores atribu†dos aos vƒrios estabelecimentos deve corresponder aos valores da empresa.

Nos casos em que a empresa possui apenas um estabelecimento coincidente com a sede da empresa, deve ser apenas preenchido o quadro 03
(campos 1 a 13).

Estabelecimento — corresponde a uma empresa ou parte de uma empresa (sucursal, filial, ag•ncia, etc.) situada num local topograficamente identificado.
Nesse local ou a partir dele, exercem-se actividades econŒmicas para as quais, regra geral, uma ou vƒrias pessoas trabalham (eventualmente a tempo
parcial), por conta de uma mesma empresa. A sede da empresa deve ser considerada como um estabelecimento.

Filial — pessoa colectiva relativamente „ qual outra pessoa colectiva, designada por empresa-m‚e, se encontre numa rela€‚o de dom†nio,

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considerando-se que a filial de uma filial • igualmente filial da empresa-m‚e de que ambas dependem.

Sucursal — estabelecimento de uma empresa desprovido de personalidade jur†dica e que efectue directamente, no todo ou em parte, opera€…es inerentes
„ actividade da empresa.

Ag‡ncia - sucursal, no pa†s, de empresa com sede em Portugal, ou sucursal suplementar de empresa com sede no estrangeiro.

QUADRO 01
N.€ de Identificaƒ„o Fiscal
Inscrever o n‹mero de identifica€‚o de pessoa colectiva ou equiparado (NIPC) atribu†do pelo Minist•rio da Justi€a e constante do respectivo CARTˆO DE
IDENTIFICA‡ˆO DE PESSOA COLECTIVA.

QUADRO 02
Exerc…cio
Indicar o exerc†cio a que respeitam os rendimentos.

Tendo-se adoptado um per†odo de tributa€‚o diferente do ano civil, deve ser indicado o ano em que se integre o primeiro dia do referido per†odo.

QUADRO 03
Estabelecimentos da Empresa Seguradora
Este quadro deve ser preenchido isoladamente para cada um dos estabelecimentos da empresa.

No campo 1.1 indicar o n‹mero institucional do estabelecimento e no campo 1.2 o pa†s do estabelecimento.

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Sistema de InformaÄÅo do TÇcnico Oficial de Contas

No campo 2 indicar a Morada, no campo 3 o CŒdigo-Postal e no campo 4 a Localidade do estabelecimento.

No campo 5 indicar o Distrito, no campo 6 o Concelho e no campo 7 a Freguesia do estabelecimento.

No campo 8 indicar o n‹mero de fax, no campo 9 o n‹mero de telefone e no campo 10 o endere€o de mau (correio electrŒnico) do estabelecimento.

No campo 11 descrever, em texto livre, a actividade principal do estabelecimento.

Esta corresponde „ actividade com maior import’ncia no conjunto das actividades exercidas pelo estabelecimento. O crit•rio para a sua aferi€‚o • o valor
acrescentado bruto ao custo dos factores. Na impossibilidade da sua determina€‚o por este crit•rio, considera-se como principal a que representa o maior
volume de negŒcios ou, em alternativa, a que ocupa, com carƒcter de perman•ncia, o maior n‹mero de pessoas ao servi€o.

No campo 13 ou 14 indicar se o estabelecimento corresponde ou n‚o „ sede da empresa.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantos quadros quanto os necessƒrios.

QUADRO 04
Contas - PCES
No campo T101 indicar o n‹mero m•dio de pessoas ao servi€o a tempo completo no estabelecimento durante os meses do ano em que o estabelecimento
esteve em actividade.

No campo T102 indicar o n‹mero m•dio de pessoas ao servi€o a tempo parcial no estabelecimento durante os meses do ano em que o estabelecimento
esteve em actividade.

Pessoas ao servi‚o do estabelecimento — deve incluir o pessoal que trabalha no estabelecimento/empresa e que recebe uma remunera€‚o em dinheiro
ou em esp•cie como contrapartida do trabalho prestado (incluindo sŒcios), o pessoal que trabalha para o estabelecimento/empresa sem usufruir qualquer
tipo de remunera€‚o (ex: sŒcios trabalhadores, trabalhadores familiares), o pessoal ausente por um per†odo n‚o superior a um m•s (ex: doen€a, f•rias,
forma€‚o profissional) e o pessoal de outras empresas que se encontre a trabalhar na empresa, sendo por esta directamente remunerado.

Nƒo deve incluir o pessoal a trabalhar no estabelecimento/empresa cuja remunera€‚o • suportada por outra entidade, os prestadores de servi€os

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(profissionais liberais), o pessoal do estabelecimento/ empresa ausente por um per†odo superior a um m•s (ex: doen€a, servi€o militar obrigatŒrio, licen€a
sem vencimento) e o pessoal com v†nculo „ empresa deslocado para outras empresas, sendo nessas directamente remunerado.

Pessoal ao servi‚o do estabelecimento a tempo completo — deve incluir o pessoal que trabalha para a empresa e que cumpre habitualmente o horƒrio
normal de trabalho em vigor na empresa, para a respectiva categoria profissional ou na respectiva profiss‚o, ou um horƒrio superior ao horƒrio normal de
trabalho, O pessoal com horƒrio inferior ao horƒrio normal n‚o deve ser considerado a tempo completo.

Pessoal ao servi‚o do estabelecimento a tempo parcial — deve incluir o pessoal que trabalha para a empresa e que cumpre um horƒrio inferior ao
horƒrio normal, em vigor na empresa, para a respectiva categoria profissional ou na respectiva profiss‚o.

Os restantes campos (T103 a T114) deste quadro correspondem „s contas do PCES (Plano de Contas para as Empresas de Seguros), em resultado da
aplica€‚o da Directiva n.Ž 91/674/CEE do Conselho das Comunidades Europeias, de 19 de Dezembro de 1991, adaptado, alterado e aprovado atrav•s de
Normas do Instituto de Seguros de Portugal (ISP), remetendo-se para o PCES definido pelo ISP, todas as indica€…es quanto ao seu ’mbito.

Este quadro • flex†vel permitindo, assim, utilizar tantos quadros quanto os necessƒrios.

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BIBLIOGRAFIA
CŒdigo do IRC DGCI
Manual de IRC Centro de Forma€‚o da DGCI
Inforfi - Informa€‚o Financeira, Ld• ,
Guia do Fisco 2008
A. Barros Lima Guerreiro e outros
Quid Juris, Sociedade Editora
Guia dos Impostos 2008 Brƒs Carlos, Am•rico, Antunes Abreu, Irene, Ribeiro Dur‚o, Jo‚o e Em†lia
Pimenta, Maria
Lidel
IRC- Imposto s/ Rendimento das Pessoas Colectivas
Lurdes Ferreira
Areal Editores
Fiscalidade
Jos• Alberto Pinheiro Pinto
Almedina
CŒdigo IRC – EBF
Jaime Devesa, Manuel Joaquim Marcelino

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Notas de Fim
1 (Janela-flutuante - Nota)
A diferen€a entre heran€a jacente e heran€a indivisa • que, enquanto a primeira • uma heran€a n‚o aceite nem declarada vaga para o Estado, a segunda •
uma heran€a jƒ aceite mas que ainda n‚o estƒ partilhada.

2 (Janela-flutuante - Nota)
O regime sancionƒrio dos AEIE foi publicado pelo Decreto-Lei n.Ž 1/91, de 5 de Janeiro

3 (Janela-flutuante - Nota)
As rendas comp…em-se de duas partes - uma correspondente „ parte da amortiza€‚o financeira do bem (destinada ao pagamento da d†vida ao fornecedor)
e outra correspondente aos juros. Os juros s‚o considerados custo fiscal na sua totalidade, por se tratar de um custo financeiro.

4 (Janela-flutuante - Nota)
Redac€‚o da Lei n.Ž 10/2009 anteriormente limite m†nimo do pagamento por conta era de € 1.250

5 (Janela-flutuante - Nota)
Em 2006 - € 5402,60- 2007 - € 5 642,00- 2008 - € 5 964

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