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Tax Planning: case study in relation to tax analysis and framework in a company
in the commercial and retail sector.
O planejamento tributário possui uma grande importância para as empresas, onde esse
artigo buscou retratar o impacto da escolha entre os regimes tributários, qual
enquadramento a empresa se beneficiaria e demonstrar os benefícios e obrigações ao
escolher um dos regimes tributários, com objetivo da empresa possuir uma economia
maior dentro do que é possível na lei. Além disso, também foi abordado toda
explanação teórica de cada regime tributário assim como seus cálculos e resultados,
tendo em mãos, os valores a serem recolhidos para os cofres públicos em cada um
destes regimes. Os dados da empresa analisada foram recolhidos através de uma
entrevista com a sócia da azienda, dessa forma, diante das explanações de conteúdos
com base legal e autores, apresentação e comprovação de resultado, a partir dessas
informações produzidas, cabe aos gestores da organização tomar as decisões
estratégicas para manter o bom funcionamento da mesma e obter um lucro ainda maior
com base neste planejamento tributário.
Palavras-chave: Planejamento tributário; Enquadramento tributário; Tributo; Análise.
ABSTRACT
Tax planning is of great importance for companies, where this article sought to portray
the impact of choosing between tax regimes, which framework the company would
benefit from and demonstrate the benefits and obligations when choosing one of the tax
regimes, with the objective of the company having a greater economy than is possible
under the law. In addition, the entire theoretical explanation of each tax regime was
also covered, as well as its calculations and results, having in hand the amounts to be
collected for public coffers in each of these regimes. The data from the analyzed
company were collected through an interview with the company's partner, thus, given
the explanations of content with legal basis and authors, presentation and proof of
results, based on this information produced, it is up to the organization's managers to
take strategic decisions to maintain its proper functioning and obtain an even greater
profit based on this tax planning.
Keywords: Tax planning; Tax framework; Tribute; Analysis.
INTRODUÇÃO
REFERENCIAL TEÓRICO
são exprimidos valores, desta forma os tributos são instituídos mediante uma lei.
Quando o ente federativo arrecada impostos, esse montante recebido não tem um
destino específico, mas deverá ser voltado para a população através de serviços
prestados para o bem-estar do povo.
É bastante evidente a percepção em que os pensamentos do autor Siqueira
(2019), evidencia o retrato da importância de um planejamento tributário, onde é
afirmado ser um importante componente da vida organizacional dos negócios, capaz de
dar-lhe condições de rumo e continuidade em sua trajetória rumo ao sucesso, nas buscas
em obter um maior lucro líquido.
Para que os negócios tenham prosperidade e continuidade é necessário
organização ao elaborar um planejamento tributário, estabelecendo metas e objetivos
que auxiliem o empresário a gerir suas empresas com mais eficiência, no qual o
planejamento tributário será indispensável também para questões de assessoria e ajuda
nas tomadas de decisões. Percebe-se que esta análise está de acordo com os ideais de
Vello e Martinez (2014), onde é afirmado que o planejamento tributário consiste em um
conjunto de ações que auxiliam as empresas a reduzirem a carga tributária a ser paga, e
por consequência, não gerar custo operacional desnecessário, propiciando mais
eficiência e competitividade em relação aos concorrentes.
Outrossim, segundo Alves (2018), atualmente neste mundo globalizado, torna-se
uma busca insaciável das empresas pela redução dos custos, uma vez que as mesmas
podem se tornar mais competitivas no mercado. E, para isso, os gestores utilizam como
instrumento legal, o planejamento tributário. Segundo Crepaldi (2019), o sistema fiscal
no Brasil se tornou bastante complexo, onde traz para as organizações alto custo para
manter-se em dia com a fazenda pública, o que deixa muitos empresários inseguros
devido à alta carga tributária.
Segundo os ideais dos autores Benício e Portela (2017) é de suma importância
avaliar o ramo de atividade da empresa abordada, para daí concluir qual o melhor
regime de tributação, tendo constatado que o planejamento contábil tributário é uma
ferramenta de grande importância a redução legal dos tributos das empresas, tendo em
vista que cada empresa possui sua particularidade em relação a arrecadação dos
impostos.
Contudo, diante do que foi exposto anteriormente, a questão dos regimes
tributários é uma etapa posterior depois de ter feito todo o planejamento, pois bem,
regime tributário é um sistema em que o Estado estabelece para as empresas, para que
possam selecionar o modelo em que a mesma vai ser tributada, seja de um simples
comerciante de bombons a uma multinacional, basta a azienda estudar e planejar qual
regime tributário vai ser aderido. Para Barboza (2017), planejamento tributário são
métodos legais que tem como objetivo reduzir a carga tributária em que o empresário
tem o direito de estruturar todo o seu negócio procurando sempre a redução de gastos,
mediante base legal, deste modo, o poder público tem o direito de respeitá-lo.
A partir da análise do pensamento de Moura (2014), pode-se perceber que hoje
em dia há uma infinidade de tributos que as entidades recolhem aos cofres públicos,
dentre esses impostos estão as taxas, empréstimos compulsórios, contribuições sociais e
contribuições de melhoria, onde essas obrigações surgem a partir dos respectivos fatos
geradores. Os impostos analisados nesse planejamento podem ser entre os três tipos de
regimes tributários mais utilizados, que são eles: simples nacional, lucro presumido e
lucro real, porém, caso a empresa não possa apurar o montante do tributo devido deve-
se utilizar o lucro arbitrado, pois ao escolher entre esses regimes a empresa pode
diminuir o valor pago dos impostos dentro do que é possível na lei.
O simples nacional é o tipo de regime em que é compartilhado de arrecadação,
cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno
Porte, previsto na Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, ou seja, tendo
como finalidade principal a simplificação de recolhimento dos tributos através de uma
única guia, o Documento de Arrecadação do Simples Nacional - DAS. Segundo
Crepaldi (2019) a aparente simplicidade e alíquotas relativamente baixas são os grandes
atrativos desse regime tributário. Segue os tributos que são recolhidos pelo DAS:
imposto sobre a renda das pessoas jurídicas (IRPJ), contribuição social sobre o lucro
líquido (CSLL), imposto sobre os produtos industrializados (IPI), programa de
integração social (PIS/PASEP), contribuição para o financiamento da seguridade social
(Cofins), imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS), imposto sobre
serviços de qualquer natureza (ISSQN), contribuição social patronal (CPP para a
Seguridade Social).
O simples nacional utiliza a atividade da empresa para definir em qual anexo
poderá encaixar-se a tributação adequada, onde cada anexo possui alíquotas diferentes
que influenciará o valor final a ser pago pelo simples nacional com base no faturamento.
Segundo Junqueira e Castro (2016) a base de cálculo é a importância na qual se aplica a
alíquota para saber o total de tributo a ser recolhido. É necessário entender a atividade
da empresa para escolher o anexo que segundo a lei se adequa melhor, onde os anexos
são divididos de I a V, sendo o Anexo I relacionado ao comércio, o Anexo II a indústria
e os demais Anexos referentes aos ramos de serviços.
Já no lucro presumido, segundo Barboza (2017) o regime estabelece uma parte
do faturamento das empresas como base de cálculo dos tributos IRPJ e a CSLL. Sendo
uma forma simplificada de apuração da base de cálculo do tributo, ou seja, é realizado
uma presunção por parte do fisco do que seria o lucro da organização caso não houvesse
contabilidade. Vale ressaltar que o Lucro Presumido está diretamente ligado a
cumulatividade tributária, isto é, em cada etapa da cadeia de vendas da mercadoria
haverá a cobrança dos devidos impostos, não possibilitando a recuperação de crédito
para abatimentos. Com isso, podemos dizer que quanto maior for o ganho, maior será o
valor do imposto que terá que pagar ao Estado.
Segundo Sabbag (2016) o regime tributário do lucro presumido é uma escolha
de tributação que atende as necessidades para as pequenas e médias empresas que sejam
em maior parte prestadoras de serviço, porquanto os principais custos estão na folha de
pagamento da empresa.
O lucro real consiste na realização do cálculo do Imposto de Renda da Pessoa
Jurídica- IRPJ e da Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido- CSLL, com base no
lucro real da empresa, ou seja, a receita menos as despesas e, a partir desta diferença,
são calculados os devidos tributos. Segundo Sabbag (2016) é de suma importância que
seja feito todo o arquivamento e controle das documentações comprobatórias do cálculo
de empresas enquadradas no lucro real, tornando-o, assim, um sistema de tributação
mais rígido. Lembrando que este modelo de tributação pode ser auferido anualmente ou
trimestralmente.
Por outro lado, diferentemente do lucro presumido que possui ligação com a
cumulatividade dos tributos, neste ocorre a não cumulatividade. O princípio da não
cumulatividade, dá o direito da recuperação do crédito, isto é, em cada etapa da cadeia
em que o produto passa, acontece que o tributo que foi pago anteriormente, servirá para
descontar/abater na etapa seguinte, tendo como obrigação da organização, fazer o
recolhimento apenas do diferencial. Somado a isso, de acordo com Crepaldi (2018) a
legislação fiscal e tributária prevê que o lucro líquido ou prejuízo do período de
apuração, antes da provisão para o imposto de Renda, seja ajustado pelas adições,
exclusões ou compensações.
Partindo para elisão fiscal, no qual trata-se de ferramentas previstas em lei onde
é possível utilizá-la para redução com os tributos de forma legal. Como por exemplo, a
utilização do próprio planejamento tributário, onde é estudado todas as possibilidades
para a organização ter o mínimo de gastos possíveis ao pagar os devidos tributos, ou até
mesmo brechas existentes na lei, onde há possibilidades de reduzir esses gastos, como
por exemplo, a questão do fator R, onde aborda apenas empresas do ramo de serviços.
Segundo Borges (2015) percebe-se que a elisão fiscal são as atividades técnicas
organizacionais, legalmente válidas, que visam por meio de seus processos anular,
reduzir ou adiar o pagamento de tributos. Podendo existir dois tipos de elisão fiscal,
onde são divididos ou quando é oriunda da própria lei, ou quando é oriunda das fendas
que existem na lei.
A característica predominante da evasão fiscal segundo Lietz (2013) é a sua
ilegalidade clara, ou seja, quando uma empresa pratica tal planejamento tributário ela
está deliberadamente disposta a defraudar. A evasão fiscal é considerada uma prática
criminosa, pelo fato de estar pagando menos tributos do que realmente deveria pagar ou
até mesmo livrando de pagar os impostos, sendo uma prática ilícita utilizada para
redução de tributos. Existe muita evasão quando o estado aumenta seu tributo em
proporções consideráveis, afetando diretamente no capital de pessoas jurídicas ou
físicas.
Vale salientar que, a questão tributária de uma azienda está totalmente
relacionada com o órgão público, seja no âmbito municipal, estadual ou federal. Deste
modo, quando há uma majoração muito grande dos tributos, os empresários tendem a
sonegar impostos devido à alta carga tributária. Um exemplo prático é a curva de Laffer,
onde este estudo foi desenvolvido pelo economista Arthur Laffer, no qual este exame
desenvolvido mostra a comparação da porcentagem com o que foi arrecadado pelo
órgão público. Segundo Laffer, o ideal seria a redução dos tributos cobrados pelos entes
federativos, uma vez que a tendência era aumentar a arrecadação do estado e
consequentemente, diminuiria a sonegação.
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCURSO
A pesquisa foi elaborada a partir de uma entrevista feita com uma empresária, no
qual através do primeiro bloco consegue-se informações relacionadas aos respondentes,
onde respondeu perguntas abertas que auxiliaram nesse estudo de caso. A mesma que
participou, possui 39 anos e não possui formação acadêmica, já está no ramo há cerca
COMÉRCIO SERVIÇO
VALOR VALOR
TRIBUTO BC ALÍQUOTA PAGO TRIBUTO BC ALÍQUOTA PAGO
CPP INSS 66.641,93 4,63% 3.085,52 CPP INSS 155.487,85 7,07% 10.993,00
COMÉRCIO SERVIÇO
TOTAL TOTAL
TRIBUTOS BC ALÍQUOTA PAGO TRIBUTOS BC ALÍQUOTA PAGO
Com base na tabela 2, obtém-se o tributo pago pela empresa caso seja
enquadrado pelo lucro presumido, onde segundo a Lei Complementar Nº 155/16 e por
Barbosa (2017), os tributos CSLL e IRPJ são calculados e enviados trimestralmente, e
os outros tributos do quadro devem ser entregues mensalmente.
No caso do enquadramento pelo lucro real, a empresa também pagará os
impostos em guias separadas, onde os valores de cada imposto se encontram na tabela 3;
COMÉRCIO E SERVIÇO
CSLL 9% R$ 11.925,50
TOTAL R$ 59.090,58
Fonte: Elaborado pelos autores
Diante de tudo que foi exposto durante esta pesquisa, a figura 1, faz uma
comparação de valores pagos em cada regime tributário, auxiliando no entendimento do
assunto de uma forma prática e objetiva.
motivo suas alíquotas são maiores, sendo 1,65% para o PIS e 7,6% para a COFINS e
seus valores já são considerados depois de subtraídos os créditos nas operações de
compras.
Quanto ao ICMS a empresa não é tributada, pois em Pernambuco seus produtos
estão na cadeia de ICMS substituição tributária, portanto, esta tributação é suportada
pelo polo industrial e como a empresa analisada é comerciante varejista, não destaca o
imposto nas vendas e nem se credita nas compras.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
SABBAG, Eduardo. Manual de direito tributário – 8ª. ed. – São Paulo: Saraiva, 2016.
1. Direito tributário 2. Direito tributário –Brasil I. Título 15-08251 CDU– 34:336.2 (81)