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MASZNER, Eunice.
INTRODUÇÃO
Ocorre que na prática, a legislação tributária nem sempre é acessível e/ou bem
compreendida por todos os gestores. Para muitas pessoas as leis tributárias são
vistas como complicadas e passíveis de diferentes interpretações, o que enseja em
equívocos por parte da população e cidadãos comuns.
Não resta dúvida, portanto, que o planejamento tributário designa uma conduta
de programação de economia legal de impostos (MACHADO, 2019). Diante disso, um
bom planejamento tributário, assegura ao contribuinte o pagamento de tributos ao
governo, sem excessos tributários. Proporcionado, melhoria de rentabilidade e
garantia, de que não ocorrerão problemas legais com o Fisco, devido à falta de algum
pagamento tributário.
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1.2 Objetivos e finalidades do planejamento tributário
Sob a ótica mais contemporânea, eis que surge também o requisito de eficácia
dos atos perante o fisco. Em outras palavras admite-se que para a configuração do
planejamento tributário deve haver, além de licitude e anterioridade dos atos, a
possibilidades de estes serem oponíveis ao fisco. A despeito deste assunto “não basta
ser lícito, é preciso ser eficaz perante o Fisco” (GRECO, 2008, p. 114).
O Lucro Real pode ser utilizado por qualquer empresa, mas é obrigatório para
as empresas com faturamento anual acima de R$ 78 milhões. Neste regime, a
empresa paga o Imposto de Renda – IR e a contribuição social sobre a diferença
positiva entre receita da venda e os gastos operacionais em determinado período
(JORNAL CONTÁBIL, 2020).
As empresas que optam pela escolha desse regime podem escolher por um
enquadramento trimestral ou anual com antecipações mensais em bases estimadas,
tomando como base de cálculo o lucro fiscal (lucro líquido), apurados pela
contabilidade no exercício ajustados pelas adições ou compensações autorizadas.
Neste trabalho a despeito deste regime tributário, por ser objeto deste estudo,
será mais bem explanado adiante no capítulo 2, uma vez que diz respeito a um
tratamento tributário diferenciado para MPEs.
Insta salientar que lucro arbitrado adotado por conta do contribuinte acontece
em situações excepcionais devidamente comprovadas, seguindo os acordos da
definição da legislação civil e, desde que a receita bruta seja devidamente conhecida.
Sendo assim, o fisco não se trata de penalidade e sim de previsão legal. Ou seja,
o Fisco diz respeito à autoridade fazendária que tem a função de controlar e fiscalizar
o cumprimento da legislação tributária.
SEBRAE (2017)
Todas as empresas devem ter um planejamento tributário que exija bom senso
do planejador pelas decisões tomadas no ambiente de trabalho. Trata-se do estudo
prévio da situação empresarial, com o objetivo de encontrar a alternativa legal menos
custosa para o contribuinte. O objetivo principal de um bom planejamento tributário é,
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sem dúvida, a economia de impostos, sem infringir a legislação (OLIVEIRA et al.,
2011).
Diante disso, eis que surge a figura do crescimento lateral, o qual diz respeito
a utilização de argumentos por parte do empreendedor cujo objetivo é mascarar o
crescimento para não ser enquadrado em tributações mais onerosas.
O ministro Domingos (2015) sobre este assunto afirma que sem a janela de
transição, muitas empresas tentam burlar o aumento e fugir de enquadramentos que
ainda não têm condições de bancar, e dessa forma abrem empresas em nome de
terceiros, o que acaba diluindo a arrecadação e promovendo um desenvolvimento
lateral.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
CUNHA, Kaio. Saiba como definir o porte da empresa e no que isso pode
impactar o negócio. Revista Conube. 2020. Extraído de
<https://conube.com.br/blog/como-definir-o-porte-da-empresa/> Acesso em 20 set
2020
FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade Tributária. 12. ed. São Paulo: Atlas,
2012.
LUKIC, Melina Rocha. Planejamento Tributário. Revista FGV. 2017. Disponível em:
https://direitorio.fgv.br/sites/direitorio.fgv.br/files/u1882/planejamento_tributario_2017
-1.pdf Acesso em 26/07/2020.
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NETO, José Batista Maciel. A importância da contabilidade na gestão tributária
das empresas com foco no planejamento tributário. 2010. Extraído de <
https://www.crc-ce.org.br/crcnovo/files/planejamento_tributario.pdf> Acesso em 02
de set 2020
TORRES, Heleno Taveira [et. Al]. Revista de Estudos Tributários. Nº 130. Porto
Alegre, 2019.