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de Pequeno Porte
Ana Paula Cruz do Nascimento1
RESUMO
1
Aluno concluinte do curso de Bacharel em Ciências Contábeis da Universidade Estácio de Sá.
2
Orientador (a) do artigo da Universidade Estácio de Sá.
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1.INTRODUÇÃO
Cada regime tributário citado anteriormente possui suas próprias regras, logo
diferenciam-se na composição dos cálculos e consequentemente nos valores recolhidos.
Assim, cabe salientar que é de extrema seriedade que as empresas realizem um
planejamento tributário eficaz, visto que esta ferramenta pode direcionar as organizações a
pagar menos impostos ou ainda lhes permitirá apontar a melhor opção para o recolhimento.
Porém muitas empresas não conseguem se manter operando por muito tempo, isso
se dá pelo fato da alta carga tributária aliado à escolha inadequada do regime de tributação.
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Decorrentes deste fato nota-se a importância do presente estudo, bem como da aplicação
referente a opção do regime de tributação, somada às informações contábeis confiáveis e
preparo para enfrentar questões fiscais como tripé fundamental para manutenção das
empresas em disputa no mercado.
2 DESENVOLVIMENTO
2.2 CONTABILIDADE
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Saliente-se que a contabilidade gerencial, propiciam aos gestores informações
mínimas necessárias para as tomadas de decisões fundamentadas em informações
contábeis precisas, melhorando seus processos e corrigindo eventuais falhas em cada área
que demonstrou prejuízo ou diminuição nos lucros. É fundamentada nesse preceito que a
organização conduzirá suas ações, de modo a perseguir um crescimento sólido,
exponencial e contínuo, após ser traçado o paralelo com a realidade do comércio/serviço,
diminuindo os riscos da mortalidade empresarial, desemprego em massa ou redução de
quadro de funcionários (VEIGA, 2010).
A divulgação das informações e fatos contábeis relevantes por parte dos contadores,
tem papel especial no que toca a identificação e/ou minimização de eventuais problemas ou
riscos que possam impactar negativamente as organizações (Ludicibus (2009).
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objetivam que as organizações atinjam o resultado pretendido dentro das projeções,
consumando desta forma a relevância do contador junto à organização. (Pizzolato 2000).
Desse modo, é cediço que podem optar pelo Simples Nacional as assim
consideradas Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP). Atualmente são
enquadradas como ME as organizações que registram faturamento bruto anual de até R$
360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais), já as EPP’s correspondem àquelas que faturam
até R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais) por ano.
Ele uniu vários impostos e contribuições que as MPE pagavam anteriormente, num
só imposto e aumentou também abrangência da Lei, pois as Leis anteriores não ofereciam
benefícios as MEPs. Em meio às inovações aprovadas com o advento da EC 42/2003,
intitulada como Reforma Tributária, evidencia-se a definição de tratamento favorecido e
simplificado para MEPs. A modificação da referida Emenda veio acompanhada de uma
grande inovação: o estabelecimento do Simples Nacional.
A primeira versão do Simples, se deu em janeiro de 1997, com o advento da Lei nº.
9.317 de 05/12/1996, o Simples Federal, teve validade até 30 de junho de 2007, e após essa
data, foi revogada e substituída pelo chamado Simples Nacional. Em 14/12/2006, foi
aprovada a Lei Complementar nº. 123 que institui o Simples Nacional, que além dos
tributos que já tinham pagamento unificado na versão anterior, passou a incluir o
recolhimento do ICMS e do ISS. O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado,
simplificado e aplicável às MPE, a contar de 01.07.2007, mediante regime único de
arrecadação, inclusive obrigações acessórias.
A título de exemplificação atualmente para empresas optantes pelo Lucro Real por
exemplo, o contribuinte deve transmitir mensalmente Escrituração Pública Fiscal Digital
(SPED - Sistema Público de Escrituração Digital - evidenciando as Contribuições
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recolhidas recolhidas ao Fisco Federal, além do SPED ICMS IPI, detalhando os impostos
sobre circulação de mercadorias e/ou serviços e/ou sobre produtos industrializados.
Para fins de diferenciação dos regimes, faz-se necessário explanar, ainda que de
forma ampla, quando se dá a opção pelo Lucro Presumido. Este encontra alicerce no artigo
46 da Lei 10.637/2002, e trata-se de uma forma simplificada para apuração do IRPJ
(Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e da CSLL (Contribuição social sobre o lucro
líquido). Destaque-se que a apuração pode ser feita mensal, trimestral ou anualmente, bem
como apenas pode optar pelo Lucro Presumido as empresas que não estejam obrigadas à
apuração do Lucro Real.
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Da mesma forma que a sociedade vem evoluindo constantemente, a
ciência a contábil vem acompanhando a necessidade do usuário e isto pode ser
comprovado, por exemplo, pelo registro de situações patrimoniais quase que em tempo
real. Em outras palavras a contabilidade é tão dinâmica que pode-se compará-la
subjetivamente a uma fotografia atual da empresa, em que esta revela a situação financeira
patrimonial da empresa e que permitirá a tomada precisa e imediata de decisões que irão
impactar a empresa.
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As demonstrações contábeis, por exemplo, revelam em uma data específica, a
situação econômico patrimonial da empresa, permitindo aos seus usuários uma rápida,
efetiva e mais precisa decisão que impactaram a organização.
Para que essa decisão seja tomada de forma eficaz, os relatórios apresentados para
análise devem obedecer a um padrão de exposição e elas regras vêm sendo padronizados
em nível global, para que se estabeleça uma concorrência global.
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por essa modalidade empresas que possuem faturamento bruto anual de R$ 81.000,00
(oitenta e um mil reais), contenha apenas 01 (um) empregado.
O MEI terá isenção nos tributos de IRPJ, IPI, CSLL e COFINS, apenas recolherá
aos cofres públicos federal, estadual e/ou Municipal, na forma preconizada pelo Comitê
Gestor, as contribuições de INSS, ICMS e ISS (Imposto Sobre Serviços), este último de
competência municipal.
Sem dúvida alguma a forma mais simplificada de gerir uma empresa é aderir ao
MEI, contudo deve-se atentar as proibições das atividades que podem fazer a opção por
esse regime. Nesse esteio tem-se que todas as profissões que possuem regulamentação, tais
como advogados, contadores, engenheiros, médico estão impedidos ao MEI.
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O Lucro Presumido é considerado como um meio de tributação simples, onde a
apuração dos tributos empresariais é realizada de acordo com as bases obtidos pelo
Imposto de Renda (IR) e através da Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL). Como o
próprio nome sugere, para que haja o cálculo do valor devido de impostos, a Receita
Federal presume o quanto do faturamento organizacional foi considerado lucro.
Logo, podemos dizer que o lucro presumido, é a suposta base de cálculo do imposto
que será determinando, pela aplicação de um determinando percentual sobre o montante
total recebido pela organização, ou seja, a receita bruta obtida pela venda de determinado
produto ou serviço, onde serão acrescidos outras receitas e ganhos de capital, apurados
com base na legislação tributária vigente.
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resultado de uma comparação econômica da organização obtidos depois de retirados os
valores de custos e despesas operacionais relativas ao período que está sendo apurado.
Quanto ao lucro real, a apuração pode ser realizada a partir do resultado contábil do ano
base, que pode ser tanto negativo (prejuízo), como positivo (Lucro), resultado este último o
mais esperado (FABRETTI, 2007 p. 217).
Para que o lucro real seja apurado, é necessário ter como base o resultado da
contabilidade obtida no período base, podendo a organização ter lucro ou prejuízo, de
modo que seja realizado a escrituração mensal e regular dos resultados obtidos.
Para atingir êxito no objeto esperado, é necessário traçar metas e planos, bem como
executar de forma eficiente tudo que foi planejado. Para escolha de um melhor
planejamento para as micro e pequenas empresas faz-se necessário proceder com análise
prévia dos regimes a serem adotados pela organização, seguido de planejando tributário
adequado às atividades a serem desempenhadas pela entidade.
Foi focando nesse objetivo primário que o estado, estatuído com o poder conferido
pela CF/88, efetivou mudanças na legislação infralegal de modo a trazer ao cenário
econômico equânime capacidade de concorrência entre as pequenas e grandes empresas.
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Medidas tais como simplificação de impostos em uma só guia de recolhimento,
bem como o enxugamento de transmissão das obrigações acessórias pelas empresas, são de
extrema importância para a manutenção da operação das pequenas organizações,
permitindo assim um aquecimento no mercado econômico financeiro.
A comprovação que essas ações deram certo reside nos dados registrados pelo
SEBRAE que nos revela que 27 % (vinte e sete por cento) do PIB (Produto Interno Bruto)
do Brasil advém das micro e pequenas empresas, gerando um impacto positivo na
economia e na criação de inúmeros novos postos de trabalhos diretos e indiretos.
Analisando esse dado do SEBRAE tem-se que as políticas instituídas pelo poder
público foram assertivas e isso ocasionou surpreendentemente a criação de um novo
caminho que segue em constante avanço e aprimoramento.
Assim, percebe-se que o profissional da contabilidade está cada vez mais atuando
objetivando o alcance da excelência no processamento das informações da organização e o
mesmo deve ser reconhecimento dado a sua importância.
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A grande vantagem é a simplificação, vez que ao invés de utilizar diversas guias
com cálculos e vencimentos diferentes, o empresário optante pelo Simples Nacional efetua
apenas um pagamento referente a todos esses impostos e contribuições.
Pelo exposto tem-se que a importância do Simples Nacional está consignada em sua
contribuição para o fortalecimento das microempresas e empresas de pequeno porte por
gerar e consolidar benefício para a economia nacional.
Nota-se que para a maior parte das microempresas e empresas de pequeno porte
não se pratica a habilidade de antever eventuais riscos inerentes à atividade, vez que não há
conscientização para esse problema. Na maioria das pequenas organizações, os seus
dirigentes não possuem controle algum sobre ou mesmo mantém registros de fatos/atos
contábeis que possa trazer maiores informações e identificação acerca das melhores
decisões a serem tomadas em um determinado momento. Diante disso, emerge a
necessidade de um planejamento eficiente, capaz de mitigar os custos e impor estratégias
para os momentos atuais e para o futuro.
O mercado mundial está num ritmo muito acelerado atualmente, nesse sentido a
organização tem que ser capaz de antever ações futuras sem se desvencilhar dos
conhecimentos presentes e pretéritos. Dominar as funções de interpretar os tributos e saber
aplicá-los de forma correta é o ponto de partida para os administradores planejarem uma
possível redução da carga tributária nas empresas onde atuam, ou até mesmo para que não
sejam expostas a riscos fiscais. E não há como se executar tal medida sem o
acompanhamento do profissional da contabilidade, que se apresenta cada vez mais
necessário à perseguição do ápice do sucesso da entidade.
Silva e Marion (SILVA e MARION 2013, p.5) registra a importância das micro e
pequenas empresas na economia nacional e global, vez que consigna que as mesmas são
grandes consumidoras de mão de obra disponível no mercado obreiro, bem como
produzem significativamente bens e serviços e tudo isso, segundo o autor, se reflete no
estímulo da ampla e legal concorrência entre as empresas, fato este que concorre para o
crescimento das organizações aquecendo a economia.
Para que possa avaliar e decidir a melhor opção de tributação para apuração dos
impostos faz-se necessário que o profissional da contabilidade detenha informações sobre
as diversas opções de créditos de impostos, seja de natureza estadual como é o caso do
ICMS ou federal, tais como IPI, PIS e COFINS. Dessa monta a empresa deve fazer a
escolha pelo profissional contábil que esteja continuamente aperfeiçoando seus
conhecimentos para que possa realizar a apuração dos impostos, visando a correta
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aplicação da lei, sem se desvencilhar do foco para pagamento de diminuição do pagamento
de impostos.
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A possibilidade de agentes públicos aceitarem/praticarem atos de corrupção
visando maior celeridade nos procedimentos de abertura de empresa estão fortemente
relacionados com o excesso de burocracia.
Existem resultados positivos que vêm sendo alcançados na taxa de mortalidade das
empresas considerando que 24,4% das firmas criadas no Brasil em 2007 encerram suas
atividades ainda nos dois primeiros anos de vida (SEBRAE, 2014 APUD NOGUEIRA,
2017).
Diversos fatores contribuem para a baixa precoce das MPEs, nas diferentes áreas de
uma empresa, sendo ainda no caso do Brasil um fator adicional referente a legislação
injusta devido ao tratamento semelhante a todas as empresas, independentemente do
tamanho (FILARDI, 2010).
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Por esta razão tem-se que analisar a legislação vigente atrelado à natureza das
atividades da organização, realizando simulações de apuração de imposto, de modo a fazer
opção pelo regime de tributação que perfaça um menor recolhimento possível de imposto.
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Em suma tem-se que, nas hipóteses em que o contribuinte observa as regras para
exclusão e/ou adição vigentes na data da ocorrência do fato gerador por ocasião da
apuração dos impostos devidos o próprio fisco ampara a apuração devida do imposto.
Contudo se houver comprovada infração à legislação vigente, ainda que de maneira não
dolosa, a organização será punida nos limites da lei. Essa ação é de suma importância para
que o fisco possa coibir as empresas que praticam concorrência desleal se utilizando de
evasão fiscal. Isto porque todos ganham combatendo práticas criminosas como esta,
ocasião em que contribuem para uma ampla e lícita concorrência entre as organizações.
3 CONCLUSÃO
Conclui-se com este artigo que o sistema tributário nacional é rigoroso com as
empresas, o que acaba gerando uma grande dificuldade na manutenção e avanço nas
atividades empresariais, principalmente no que tange as pequenas empresas, porque
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percebermos que toda micro e pequena empresa que aderem ao Lucro presumido ou Lucro
real, irão pagar maiores tributos, em contrapartida as micro e pequenas empresas que
aderirem ao Simples irão alcançar uma menor tributação , fazendo assim com que a
lucratividade da empresa seja maior, e a mesma alcance sucesso no mercado financeiro.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AVILA, Alexandre Rossato da Silva. Curso de Direito Tributário. Porto Alegre: Verbo
Jurídico, 2005
BRITO, Isabella Maria Araújo de. Simples Nacional: um estudo sobre os impactos na
tributação das microempresas e empresas de pequeno porte, a partir das mudanças em 2018
advindas da lei 155/2016. 2017. 26 f. TCC (Graduação) - Curso de Ciências Contábeis,
Universidade Estadual da Paraiba, Monteiro, 2017
COÊLHO, Sacha Calmon Navarro. Manual de Direito Tributário, 1.ª ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2000.
FILARDI, Fernando. Lopes, Ana Lúcia Miranda, Lima, Carlos Rogério Montenegro de.
Avaliação multicritério do risco percebido de falência das micro e pequenas empresas
brasileiras – Revista da Micro e Pequena Empresa, Campo Limpo Paulista, v.3, n.3,
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HUCK, Hermes Marcelo. Evasão e Elisão. 1º.ed. Guarulhos: Editora Saraiva, 1997.
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MAGGI, Luiz. Planejamento Contábil e Tributário. 1ª. Edição. Belo Horizonte: Fumarc,
2009.
MELO, Felipe Luiz Neves Bezerra de. Sampaio, Luciano Menezes Bezerra. Oliveira,
Renato Lima de. Corrupção Burocrática e Empreendedorismo: Uma Análise Empírica
dos Estados Brasileiros – ANPAD - RAC, Rio de Janeiro, v. 19, n. 3, art. 5, pp. 374-397,
Maio/Jun. 2015
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