Você está na página 1de 25

A importância da Contabilidade para Micro Empresas e Empresas

de Pequeno Porte
Ana Paula Cruz do Nascimento1

Alexei Jose Zaratini2

RESUMO

Para que o administrador/empresário alcance o máximo de desempenho profissional, faz-se


necessário que a organização realize o planejamento tributário visto que este é um
elemento imprescindível para o sucesso organizacional, principalmente em um país como o
Brasil que apresenta alto índice de tributação. Essa prática é amplamente praticada em
empresas de médio e grande porte, no entanto o planejamento tributário não é suscitado,
tão pouco discutido, no âmbito das micro e pequenas empresas, ocasião em que passando
essas organizações preferem optar pelo regime tributário do Simples Nacional previsto na
Lei Complementar no 123/2006, ao invés deem detrimento a um regime tributário que lhe
conceda maiores vantagens. A discussão de situações envolvendo às micro e pequenas
empresas está, cada vez mais, sendo amplamente discutida, tendo em vista a grande
importância da mesma para a economia nacional. A importância do tema encontra
sucedâneo em pesquisa feita pelo SEBRAE, que constatou que 50% (cinquenta por cento)
das organizações abertas no brasil estão enquadradas como micro e pequenas empresas. O
presente artigo tem como principal objetivo analisar a importância da opção pelo regime
tributário Simples, para as micro e pequenas empresas, traçando um paralelo sobre os
outros regimes de tributação existentes atualmente no país, de modo a permitir o correto
enquadramento das organizações na tributação inerente ao Simples Nacional, assumindo
inteiro controle sobre as regras específicas de tributação em decorrência da natureza da
atividade desenvolvida pela entidade.

Palavras-chave: Micro e pequenas empresas. Planeamento Tributário. Simples Nacional.


Desafio Organizações Simples Nacional. Enquadramento Simples Nacional.

1
Aluno concluinte do curso de Bacharel em Ciências Contábeis da Universidade Estácio de Sá.
2
Orientador (a) do artigo da Universidade Estácio de Sá.
Página 1 de 25
1.INTRODUÇÃO

É cediço que a Constituição Federal da República Federativa do Brasil, promulgada


em 05/10/1988, é fonte primária do nosso arcabouço jurídico, garantindo direitos e
conferindo obrigações, além de limitar o poder de atuação do estado em sentido amplo da
palavra. A lei Magna, em seu artigo 96, dispõe que a legislação tributária ocupa-se dos
tratados e convenções internacionais, dos decretos e das normas complementares que
discorram, no todo ou em parte, acerca dos tributos e sobre as relações jurídicas a elas
associadas. Desta forma, existem inúmeras condutas que regulamentam os regimes e
tributos atualmente vigentes no país. Uma organização deve, portanto, optar por sua
maneira de tributação, exceto em casos de restrições, podendo optar por um dos seguintes
regimes tributários: Lucro Real, Lucro Presumido, Lucro Arbitrado ou também pelo
Simples Nacional. Este foi instituído pela Lei Complementar nº 123/2006 tendo como
objetivo unificar os tributos Municipais, Estaduais e Federais para as Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte.

Cada regime tributário citado anteriormente possui suas próprias regras, logo
diferenciam-se na composição dos cálculos e consequentemente nos valores recolhidos.
Assim, cabe salientar que é de extrema seriedade que as empresas realizem um
planejamento tributário eficaz, visto que esta ferramenta pode direcionar as organizações a
pagar menos impostos ou ainda lhes permitirá apontar a melhor opção para o recolhimento.

Devido à alta competitividade do mercado, o planejamento tributário torna-se


imprescindível para a sobrevivência organizacional, especialmente nos casos das
Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) sendo que estas buscam além do
menor desembolso fiscal, seu espaço ou permanência no mercado. O interessante de
planejar é que o contribuinte consegue ver na atualidade todos os seus futuros encargos e
analisar qual caminho percorrer, analisando todas as circunstâncias e escolher a mais
vantajosa.

No País, as micro e pequenas empresas são de extrema acuidade pois elas


respondem por mais de um quarto do Produto Interno Bruto (PIB), isso significa que juntas
cerca de 9 milhões de empresas representam 27 % (vinte e sete por cento) do PIB,
resultado este que vem crescendo significativamente.

Porém muitas empresas não conseguem se manter operando por muito tempo, isso
se dá pelo fato da alta carga tributária aliado à escolha inadequada do regime de tributação.

Página 2 de 25
Decorrentes deste fato nota-se a importância do presente estudo, bem como da aplicação
referente a opção do regime de tributação, somada às informações contábeis confiáveis e
preparo para enfrentar questões fiscais como tripé fundamental para manutenção das
empresas em disputa no mercado.

Neste sentido, o planejamento tributário se apresenta como direito garantido tanto


pela Constituição Federal, bem como pela Lei n °6.404 /76. Desta forma o artigo em
apreço tem como finalidade analisar textos científicos publicados a partir do ano da
publicação da Lei do Simples Nacional, qual seja 2009, partindo do geral ao particular, de
modo a permitir o adequado enquadramento das organizações na tributação inerente ao
Simples Nacional, assumindo completo controle sobre as especificidades das regras de
tributação em decorrência da atividade que a empresa desempenha, levando em
consideração a legislação em vigor.

2 DESENVOLVIMENTO

2.1 CARACTERÍSTICAS DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

A importância das microempresas e empresas de pequeno porte (MPEs) no Brasil


residem no fato delas juntas somarem mais da metade do PIB nacional, vez que esse grupo
de organizações possuem uma grande contribuição com a geração de empregos com
carteira assinada e com o desenvolvimento econômico no país (SEBRAE, 2013).

Nesse sentido, faz-se necessário registrar o critério formal que as enquadra em


micro ou em pequenas organizações. Dessa forma tem-se Neto e Teixeira (2011, p. 112),
que aduz que as organizações possuem um único critério que as enquadraria em um ou
outro porte, qual seja, valor da receita bruta anual.

A título de informação, tem-se que de acordo com dados do SEBRAE, entre os


anos de 2002 e 2012 houve um aumento de aproximadamente 1,5 milhões de novos
estabelecimentos, e isso representou, na época, um surpreendente crescimento de 30,9% no
total de MPEs no Brasil. Esse disparo fechou 2012 com 6,3 milhões de estabelecimentos
de microempresa e empresa de pequeno porte, que no ano corrente apresentaram um
crescimento vertiginoso de 2,7% ao ano. (SEBRAE, 2013).

Assim, excepcionalizando os períodos de crise econômica nos de 2008 e agora a


recente crise ocasionada pela Pandemia da covid 19, as micro e pequenas empresas têm
mudado o rumo da economia nacional trazendo um papel de destaque na discussão do
Página 3 de 25
cenário político tributário vigente. Por isso a relevância do tema, precipuamente em relação
ao enquadramento do porte da empresa, e em segundo momento com relação à correta
aplicação da legislação infra constitucional vigente, levando em consideração o CNAE
(Cadastro Nacional das Atividades Econômicas) e/ou produto comercializado, bem como
serviço prestado.

2.2 CONTABILIDADE

Quando se fala em Simples Nacional, precipuamente vem à mente a observância


da faixa de receita bruta anual e/ou proporcionalizada a fim de garantir a aplicação da
alíquota adequada quando da apuração do imposto. Ocorre que essa análise é a última a ser
suscitada. Antes de toda e qualquer contabilização de imposto devido, tem-se a
contabilidade gerencial, que nada mais é do que a vida financeira de uma empresa, pois ela
fornece ao contador todos os dados e informações contábeis necessárias para que se possa
fazer o planejamento e o controle de maneira a assegurar o uso apropriado dos recursos das
entidades. As informações produzidas pela contabilidade gerencial notadamente permitem
aos gestores informações diversas e de melhor qualidade, que os auxiliam de forma efetiva
na tomada de decisões, permitindo assim, assumirem o controle de informações, o que
resulta na qualidade das operações, além de diminuição dos custos operacionais, bem como
a possibilidade de elaborar previsões e orientações para projeção do futuro de suas
atividades (VEIGA, 2011).

Destarte, a contabilidade gerencial, da forma apresentada por Crepaldi (2008),


está orientada a prestar informações significativas para os usuários, notadamente internos,
oportunizando adequado planejamento e tomada de decisão e incrementando processos a
fim de viabilizar dados para a elaboração de orçamentos, traçando comparabilidade de
mercado, mix de produtos, auxiliando na justa precificação, bem como no estabelecimento
de metas para um mais rápido alcance dos objetivos da empresa.

Na visão de Constante (2010), a contabilidade gerencial estabelece informações


aos profissionais da contabilidade, bem como outros usuários internos, os mais
diversificados dados/informações, oportunizando aos gestores das organizações uma
melhor e mais eficaz tomada de decisões, de modo a diminuir perdas e ampliar a
lucratividade, com foco na redução de erros e consequentemente na minoração de situações
potenciais que podem envolver a entidade em riscos evitáveis.

Página 4 de 25
Saliente-se que a contabilidade gerencial, propiciam aos gestores informações
mínimas necessárias para as tomadas de decisões fundamentadas em informações
contábeis precisas, melhorando seus processos e corrigindo eventuais falhas em cada área
que demonstrou prejuízo ou diminuição nos lucros. É fundamentada nesse preceito que a
organização conduzirá suas ações, de modo a perseguir um crescimento sólido,
exponencial e contínuo, após ser traçado o paralelo com a realidade do comércio/serviço,
diminuindo os riscos da mortalidade empresarial, desemprego em massa ou redução de
quadro de funcionários (VEIGA, 2010).

2.3 PROFISSIONAL CONTÁBIL

Após explanar sobre a adequada tomada de decisão levando em consideração


elementos mínimos necessários que merecem serem registrados e evidenciados pela
organização, faz-se necessário destacar a importância do profissional contábil, que executa
os procedimentos contábeis em sede da organização, relatando de forma clara e concisa
todas as informações relevantes/úteis de modo a permitir a alavancagem da empresa.

Nos primórdios da atuação contábil, o profissional da contabilidade se limitava


basicamente a registrar procedimentos de apuração, conciliação, lançamentos contábeis
dentre outros. Contudo, hodiernamente o contador vem somando com a organização,
agregando notoriedade e enriquecendo de informações as análises e/ou planejamentos
realizados pela gestão, de modo a permitir uma adequada, atual e dinâmica ação, haja vista
possuir grande conhecimento sobre as atividades realizadas na empresa, bem como na
legislação vigente. Por meio de seus conhecimentos técnicos e práticos o contador pode ser
considerado um grande influenciador das decisões tomadas pela gestão empresarial.

Desta forma, resta demonstrada a importância do profissional contábil, ante a sua


apropriação dos fatos e atos contábeis da empresa a qual presta serviço, haja vista que
atualmente o mesmo possui papel fundamental no que se refere as tomadas de decisões.
Pela sua visão e conhecimento o mesmo pode aconselhar e apontar os principais pontos a
serem considerados na hora de realizar um processo ou tomar uma decisão.

O profissional contábil, dada a dinâmica dos fatos contábeis atrelados à necessidade


do registro e divulgação das informações contábeis, juntamente com as tecnologias
desenvolvidas ao longo dos anos, conferiu ao contador maior importância e
reconhecimento, devido à rapidez e maior precisão na compilação e gerenciamento das
informações importantes à tomada de decisão da empresa.
Página 5 de 25
Nesse esteio, tem-se que a atuação contábil certamente exige do profissional
atualização constante em decorrência da mudança de inúmeros pronunciamentos e normas
contábeis para que o processamento dos fatos contábeis possa ser registrados e analisados
de modo a permitir uma ação assertiva da empresa, contribuindo para o crescimento da
entidade.

Assim, é imperioso destacar que ante às alterações constantes na legislação que


dispõem sobre a prática contábil, passou-se a exigir, por parte dos profissionais contábeis,
um conhecimento mais rico acerca da legislação contábil permitindo a aplicação das regras
e princípios que regem a contabilidade e assim possibilitar a compreensão dos processos
relacionados a administração e suas ramificações.

Essa contínua atualização exigida dos profissionais da contabilidade deve-se ao


fenômeno da globalização, compreendendo aspectos relevantes no setor contábil, quais
sejam profissionalização, segregação por seguimento e concorrência global.

Assim, tem-se que a requalificação do profissional da contabilidade reside na


dinamicidade da legislação que dispõe sobre ações das organizações, em decorrência da
concorrência global. Isto porque para que se estabeleça concorrência global os
processos/pronunciamentos contábeis, bem como a apresentação das demonstrações
contábeis devem ser os mais similares possíveis para que se garanta a ampla concorrência.

Nesse fundamento encontra-se a ação global, residindo na busca constante pela


uniformização de leis e procedimentos contábeis, na tentativa de aproximar a prática
contábil brasileira da praticada em nível universal.

A importância do profissional contábil vem sendo sustentada por Rosa e Santos


(2010) a mais de uma década, ao registrarem o papel fundamental do contador ante a
apresentação das demonstrações e informações contábeis, promovendo um
acompanhamento de todas as rotinas e transações financeiras.

A divulgação das informações e fatos contábeis relevantes por parte dos contadores,
tem papel especial no que toca a identificação e/ou minimização de eventuais problemas ou
riscos que possam impactar negativamente as organizações (Ludicibus (2009).

Contudo o profissional contábil não está adstrito ao levantamento de eventuais


riscos que possam impactar negativamente as atividades empresariais, eles também

Página 6 de 25
objetivam que as organizações atinjam o resultado pretendido dentro das projeções,
consumando desta forma a relevância do contador junto à organização. (Pizzolato 2000).

Depreende-se que o profissional contábil encontra-se em posição de destaque pela


sua importância em dois aspectos a saber: prevenção/minimização de riscos cumulado com
a preocupação da organização em atingir o máximo de resultado possível dentro da
projeção

2.4 ASPECTOS TRIBUTÁRIOS

As companhias optantes pelo Simples estarão enquadradas no Simples Nacional, se


atenderem os requisitos exigidos por este novo sistema. Esse enquadramento não é
realizado de forma automática, o contribuinte é obrigatório a formalizar a sua opção ao
referido regime em duas situações: 1) ao abrir a empresa ou 2) sempre que um novo
exercício social se iniciar – geralmente a opção por esse regime especial é realizada em
janeiro do exercício vigente.

O regime simplificado e cobrança de imposto, denominado, Simples Nacional,


consiste no meio de tributação instituído pela já revogada Lei 9.317/1996, que tratava do
regime tributário das microempresas e das empresas de pequeno porte, instituía o Sistema
Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas
de Pequeno Porte - SIMPLES.

Desse modo, é cediço que podem optar pelo Simples Nacional as assim
consideradas Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP). Atualmente são
enquadradas como ME as organizações que registram faturamento bruto anual de até R$
360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais), já as EPP’s correspondem àquelas que faturam
até R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais) por ano.

De 1997 para houveram significativas mudanças para as empresas que aderirem ao


regime simplificado de cobrança de imposto, denominado Simples Nacional, algumas
atividades que antes eram proibidas no Regime Simplificado de Cobrança, tais como o
exercício da advocacia, incluída pelo VII, § 5º-C, art. 18 da Lei Complementar nº 147 de
2014.

A Lei Complementar nº 123/2006, com início de vigência a partir de 01/07/2007,


referencia o Simples Nacional como um regime tributário de arrecadação, cobrança e
fiscalização de tributo, substituindo, a partir de 01/07/2007, as normas do Simples Federal
Página 7 de 25
(Lei 9.317/1996), vigente desde 1997, e o Estatuto da Microempresa e da Empresa de
Pequeno Porte (Lei 9.841/1999).

Ele uniu vários impostos e contribuições que as MPE pagavam anteriormente, num
só imposto e aumentou também abrangência da Lei, pois as Leis anteriores não ofereciam
benefícios as MEPs. Em meio às inovações aprovadas com o advento da EC 42/2003,
intitulada como Reforma Tributária, evidencia-se a definição de tratamento favorecido e
simplificado para MEPs. A modificação da referida Emenda veio acompanhada de uma
grande inovação: o estabelecimento do Simples Nacional.

A primeira versão do Simples, se deu em janeiro de 1997, com o advento da Lei nº.
9.317 de 05/12/1996, o Simples Federal, teve validade até 30 de junho de 2007, e após essa
data, foi revogada e substituída pelo chamado Simples Nacional. Em 14/12/2006, foi
aprovada a Lei Complementar nº. 123 que institui o Simples Nacional, que além dos
tributos que já tinham pagamento unificado na versão anterior, passou a incluir o
recolhimento do ICMS e do ISS. O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado,
simplificado e aplicável às MPE, a contar de 01.07.2007, mediante regime único de
arrecadação, inclusive obrigações acessórias.

O Simples Nacional engloba os impostos e contribuições federais e inclui também


os impostos e contribuições estaduais e municipais, como por exemplo, o ICMS e ISS,
respectivamente, independentemente de celebração de convênios com os estados e
municípios (DOMINGUES, 2000).

Atualmente, podem optar pelo enquadramento ao Regimes Simples desde que


aufiram receita bruta anual de até R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais),
onde o recolhimento do tributo ao invés de ser feito em várias guias é realizado através de
guia única, simplificando a forma de cobrança do imposto.

Essa prática traz às organizações uma diminuição da apresentação de obrigações


acessórias, vez que a empresa optante pelo simples nacional é obrigada apenas à
transmissão de Declaração Simplificada à Receita Federal, facilitando o trabalho do
empresário, bem como do profissional contábil.

A título de exemplificação atualmente para empresas optantes pelo Lucro Real por
exemplo, o contribuinte deve transmitir mensalmente Escrituração Pública Fiscal Digital
(SPED - Sistema Público de Escrituração Digital - evidenciando as Contribuições

Página 8 de 25
recolhidas recolhidas ao Fisco Federal, além do SPED ICMS IPI, detalhando os impostos
sobre circulação de mercadorias e/ou serviços e/ou sobre produtos industrializados.

Conforme introduzido anteriormente, além do Simples Nacional o contribuinte


também pode optar pelo Lucro Presumido ou Arbitrado e/ou Lucro Real, levando em
consideração o faturamento bruto anual além da natureza das atividades exercidas pela
organização e outros aspectos considerados (COSTA, 2008).

Conforme aduzido anteriormente são três as opções de regime de tributação: i –


Simples Nacional; ii) Lucro Presumido e iii) Lucro Real.

Para fins de diferenciação dos regimes, faz-se necessário explanar, ainda que de
forma ampla, quando se dá a opção pelo Lucro Presumido. Este encontra alicerce no artigo
46 da Lei 10.637/2002, e trata-se de uma forma simplificada para apuração do IRPJ
(Imposto de Renda da Pessoa Jurídica) e da CSLL (Contribuição social sobre o lucro
líquido). Destaque-se que a apuração pode ser feita mensal, trimestral ou anualmente, bem
como apenas pode optar pelo Lucro Presumido as empresas que não estejam obrigadas à
apuração do Lucro Real.

Importante destacar que no Lucro presumido o ICMS (Imposto sobre Circulação de


Mercadorias e Serviços) é na modalidade não-cumulativa, ou seja, a empresa optante por
esse regime pode se creditar de valores de ICMS pagos antecipadamente por ocasião da
tributação.

Já o PIS (Programa de Integração Social), a COFINS (Contribuição para


Financiamento da Seguridade Social) e o IRPJ (Imposto de Renda Pessoa Jurídica) são
cumulativos, sem direito à compensação/crédito por parte da empresa por ocasião da
apuração dos impostos períodos.

Sobre o IRPJ existe uma particularidade, qual seja, é obrigatório o pagamento de


adicional na alíquota de 10% (dez por cento) calculados sobre o valor que exceder ao valor
resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do
respectivo período de apuração, na forma do art. 542 e 543 do Regulamento de Imposto de
Renda.

As alíquotas da presunção são variadas, por exemplo para atividades de comércio a


alíquota do imposto é de 8% (oito por cento), no entanto para a prestação de serviços
utiliza-se a alíquota de 32% (trinta e dois por cento). O que irá determinar a alíquota a ser
Página 9 de 25
aplicada é a atividade da empresa constante no CNAE (Cadastro Nacional das Atividades
Econômicas), por isso o profissional contábil se revela tão importante para o sucesso do
negócio, iniciando-se pela escolha do regime de tributação mais vantajoso para a entidade.

Para além do Lucro Presumido, existe no nosso sistema de tributação monetário


nacional uma forma de apuração de imposto que é denominada de Lucro Real. Por essa
opção a empresa, realiza a apuração do IRPJ e CSLL, a partir do lucro efetivo que a
empresa obteve no período.

O Lucro Real exige uma qualificação e atualização contínua dos profissionais da


contabilidade de forma a observar a complexa legislação para fins de apuração os
impostos, através da escrituração contábil, onde calculado o resultado das receitas, ganhos
e rendimentos auferidos deduzindo-se os custos, das despesas e das perdas, achando dessa
forma o lucro real da empresa. Por esse regime, a empresa pagará imposto apenas sobre o
que efetivamente lucrar, ou seja, lucro líquido apurado.

O nível de complexidade da legislação geral e especial no que tange à apuração de


Lucro Real, demanda do profissional da contabilidade um conhecimento superior e
atualizado acerca da legislação comercial, de modo que se mantenha uma escrituração
contábil em conformidade com os ditames legais, o que requer uma estrutura
administrativa mais habilitada.

Essa complexidade justifica a observância de uma estrutura ampla e habilidosa que


controle as movimentações administrativas, financeiras, de produção, de estoque, de
comercialização, para que a entidade possa cumprir a entrega de todas as obrigações
acessórias impostas à essas empresas a fim de evitar multas e/ou autuação por
irregularidades fiscais nos livros de apuração de impostos e registro dos fatos contábeis
conforme é exigido pela legislação vigente.

2.5 CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA INSTRUMENTO PARA EFETIVAÇÃO DO


NEGÓCIO

A origem da contabilidade remonta o início do próprio homem, vez que


ela surgiu da necessidade que o ser humano tem para fins de registro de seu patrimônio.
Por se tratar de uma ciência secular, aliada à extrema importância de mensuração/análise
de bens e direitos, a mesma veio evoluindo ao longo do tempo.

Página 10 de 25
Da mesma forma que a sociedade vem evoluindo constantemente, a
ciência a contábil vem acompanhando a necessidade do usuário e isto pode ser
comprovado, por exemplo, pelo registro de situações patrimoniais quase que em tempo
real. Em outras palavras a contabilidade é tão dinâmica que pode-se compará-la
subjetivamente a uma fotografia atual da empresa, em que esta revela a situação financeira
patrimonial da empresa e que permitirá a tomada precisa e imediata de decisões que irão
impactar a empresa.

Objetivamente, Fabreti assim registra:

A ciência que estuda, registra e controla o patrimônio e as mutações que nele


operam os atos e fatos administrativos, demonstrando no final de cada exercício
social o resultado obtido e a situação econômico-financeira da entidade
(FABRETTI, 2015, p. 7)

Então, pelo exposto, fica fácil enxergar a importância da ciência da contabilidade,


que é capaz de nortear o beneficiário da informação contábil por ocasião de suas tomadas
de decisões de forma segura, atual e fundamentada. Dessa ação é que decorre o sucesso das
organizações, vez que através de relatórios detalhados, que elucidam os bens, os direitos e
os deveres das entidades de forma bastante detalhada, a alta cúpula pode tomar decisões
mais assertivas e mudar o rumo da empresa.

Logo, conclui-se que de posse de informações eficientes e atuais, os usuários


internos e externos de uma determinada entidade, podem serem influenciados nas tomadas
de decisões que podem gerar, por exemplo, impactos econômicos, sociais e financeiros
expressivos.

Sobre a captação e concentração de informações contábeis de uma entidade Santos


e Viega (2014, p.3) assim defende:

A contabilidade foi elaborada em virtude da necessidade do homem em captar


maiores informações acerca de suas riquezas, de controlar e de poder mensurar.
Alguns estudiosos e pesquisadores consideram que a contabilidade já existia em
3.000 a.C. e até em 8.000 a.C., uma vez que era necessário quantificar
fisicamente os bens que possuíam, representando um inventário e evidenciando-
se, assim, o controle do patrimônio. (SANTOS; VIEGA, 2014, p. 3).

Assim, é inegável a extrema importância dos relatórios auxiliares emitidos pelo


profissional contábil para uma organização em específico, auxiliando no desempenho das
atividades organizacionais.

Página 11 de 25
As demonstrações contábeis, por exemplo, revelam em uma data específica, a
situação econômico patrimonial da empresa, permitindo aos seus usuários uma rápida,
efetiva e mais precisa decisão que impactaram a organização.

Para que essa decisão seja tomada de forma eficaz, os relatórios apresentados para
análise devem obedecer a um padrão de exposição e elas regras vêm sendo padronizados
em nível global, para que se estabeleça uma concorrência global.

Nesse contexto tem-se o que Rezende, Pereira e Alencar (2010), denomina de


Contabilidade Tributária, a responsável pela extração de conceitos, princípios/ normas
básicas da contabilidade e da legislação tributária concomitantemente para que se execute
ações que propiciem mudanças no rumo da empresa, objetivando o alcance do sucesso do
negócio.

Ainda acerca dos ensinamentos de Rezence, Pereira e Alencar (2010) a


contabilidade tributária trata-se de prática gerencial que permite verificar impactos das
cargas tributárias sobre o patrimônio de forma transparente e sintetizado, apresentando os
resultados econômicos apurados de forma precisa e atual.

Conclui-se, portanto, que, a contabilidade tributária se apresenta como ferramenta


imprescindível para que os profissionais contábeis, quando da aferição dos negócios da
entidade, evitem/minimizem/corrijam erros na escrituração e consequentemente possam
corrigir os documentos/relatórios para que se apure corretamente os impostos. Por essa
razão o planejamento tributário e o profissional contábil atualizado fazem toda diferença
para o sucesso da organização.

2.6 REGIMES DE TRIBUTAÇÃO

A apuração de impostos no Brasil se dá através de regimes a saber: i) MEI (Micro


Empreendedor Individual); ii) Simples Nacional; iii) Lucro Presumido e iv) Lucro Real.
Assim, para a escolha do regime de tributação mais adequada à determinada organização, é
imprescindível a análise mensuração, por parte de um profissional contábil habilitado, de
modo a permitir a melhor performance/atuação da empresa e assim a organização possa
atingir o sucesso em seu negócio.

A forma mais simples de apuração de imposto é o MEI e possui fundamento legal


na LC 123/2009 e suas alterações posteriores. Segundo consigna a lei em rela, podem optar

Página 12 de 25
por essa modalidade empresas que possuem faturamento bruto anual de R$ 81.000,00
(oitenta e um mil reais), contenha apenas 01 (um) empregado.

O MEI terá isenção nos tributos de IRPJ, IPI, CSLL e COFINS, apenas recolherá
aos cofres públicos federal, estadual e/ou Municipal, na forma preconizada pelo Comitê
Gestor, as contribuições de INSS, ICMS e ISS (Imposto Sobre Serviços), este último de
competência municipal.

Sobre o regime de recolhimento do Micro Empreendedor Individual há uma


peculiaridade quando se trata do caminhoneiro, o denominado “MEI CAMINHONEIRO”,
estatuído pela LC 188/2021, cujo limite de faturamento bruto anual está limitado a R$
251.600,00 (duzentos e cinquenta um mil e seiscentos reais).

Sem dúvida alguma a forma mais simplificada de gerir uma empresa é aderir ao
MEI, contudo deve-se atentar as proibições das atividades que podem fazer a opção por
esse regime. Nesse esteio tem-se que todas as profissões que possuem regulamentação, tais
como advogados, contadores, engenheiros, médico estão impedidos ao MEI.

Outro modalidade de regime de tributação simplificada é o Simples Nacional, que


também possui limitações de atividades e de faturamento e todos esses aspectos devem ser
observados pelo profissional contábil, o que comprova de forma mais evidente e clara, a
responsabilidade e importância do contador para o sucesso da organização.

Como já aduzido anteriormente, ao logo do presente trabalho, cada modalidade


tem suas próprias características e meio de recolhimento de tributos, fazendo assim com
que diversas organizações de ramos distintos, se encaixem em um determinado tipo de
regime de tributação, o que ocorre basicamente em virtude do faturamento de cada
entidade, ou ainda de acordo com alguma característica organizacional que esteja disposta
na legislação pátria vigente.

Posto isto, é de extrema importância, que um estudo acerca do planejamento


tributário seja efetivado, para que assim seja determinado, segundo a atividade
desempenhada, ou em virtude do uso de qualquer benefício fiscal, resultando em mudanças
que terá como consequências a obtenção de bons resultados para que assim suas atividades
prossigam no mercado considerado gradativamente mais competitivo.

2.6.1 Lucro Presumido

Página 13 de 25
O Lucro Presumido é considerado como um meio de tributação simples, onde a
apuração dos tributos empresariais é realizada de acordo com as bases obtidos pelo
Imposto de Renda (IR) e através da Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL). Como o
próprio nome sugere, para que haja o cálculo do valor devido de impostos, a Receita
Federal presume o quanto do faturamento organizacional foi considerado lucro.

Podem optar pelo lucro presumido as indústrias, comércios ou prestadores de


serviços que no ano-base anterior tenham receita bruta inferior a R$ 78.000.000, 00
(setenta e oito milhões de reais) ou em casos onde as atividades tiverem iniciado no
decurso do ano anterior este limite corresponde a 6.500.000, 00 (seis milhões e quinhentos
mil reais, que deverão ser multiplicados pelo número de 28 meses de atividades exercidas
ou de sua contribuição societária ou natureza jurídica (Lei nº 12.814 de 2013) (BRASIL,
2013).

Logo, podemos dizer que o lucro presumido, é a suposta base de cálculo do imposto
que será determinando, pela aplicação de um determinando percentual sobre o montante
total recebido pela organização, ou seja, a receita bruta obtida pela venda de determinado
produto ou serviço, onde serão acrescidos outras receitas e ganhos de capital, apurados
com base na legislação tributária vigente.

Logo, a apuração tributária associada ao regime de lucro presumido apresenta


alíquotas que representam os valores que as empresas lucrariam ou ainda que poderiam
lucrar se praticarem determinadas atividades, incidentes em suas receitas brutas.

2.6.2 Lucro Real

O regime de tributação do Lucro Real compreende a apuração do lucro líquido


contábil no período (mensal, trimestral ou anual) após realizada os ajustes, ou seja
acrescentando os fatos contábeis que devem ser somados/aditivados, bem como os
registros de supressões ou ressarcimentos, na forma determinada pela legislação em vigor.
Após realizadas a apuração do lucro líquido somando-se as adições e subtraindo as
deduções, tem-se determinado a base de cálculo para do imposto de renda e contribuição
social.

O lucro real é determinando a partir da obtenção do lucro líquido do período que


esta sendo apurado e que foi obtido na escrituração comercial ou seja, antes da provisão
para o imposto de renda. Nesse sentido considera-se como lucro líquido de exercício, o

Página 14 de 25
resultado de uma comparação econômica da organização obtidos depois de retirados os
valores de custos e despesas operacionais relativas ao período que está sendo apurado.
Quanto ao lucro real, a apuração pode ser realizada a partir do resultado contábil do ano
base, que pode ser tanto negativo (prejuízo), como positivo (Lucro), resultado este último o
mais esperado (FABRETTI, 2007 p. 217).

Para que o lucro real seja apurado, é necessário ter como base o resultado da
contabilidade obtida no período base, podendo a organização ter lucro ou prejuízo, de
modo que seja realizado a escrituração mensal e regular dos resultados obtidos.

2.6.3 Simples Nacional

O regime de tributação Simples Nacional surgiu com o propósito de ser um


tratamento diferenciado dos demais regimes, destinados a Microempresas e Empresas de
Pequeno Porte que visa à simplicidade nas obrigações e recolhimentos tributários e
previdenciários. Surgiu então como um benefício para os menores empreendedores no qual
ganharam este incentivo fiscal para entrar no mercado e poder competir com os grandes.

Para atingir êxito no objeto esperado, é necessário traçar metas e planos, bem como
executar de forma eficiente tudo que foi planejado. Para escolha de um melhor
planejamento para as micro e pequenas empresas faz-se necessário proceder com análise
prévia dos regimes a serem adotados pela organização, seguido de planejando tributário
adequado às atividades a serem desempenhadas pela entidade.

Sempre houve a preocupação do governo visando a ampla concorrência entre as


organizações e para tentar encurtar a distância da capacidade de operação das micro e
pequenas empresas em relação às grandes corporações, criou-se mecanismos legais para
conferir uma simplificação tanto no recolhimento de impostos, quanto na transmissão de
obrigações acessórias.

Tem-se notado que desde a promulgação da Carta Magna, em 05 de outubro de


1988, o poder público vem direcionando esforços e ações com o escopo claro de apoiar as
micro e pequenas empresas.

Foi focando nesse objetivo primário que o estado, estatuído com o poder conferido
pela CF/88, efetivou mudanças na legislação infralegal de modo a trazer ao cenário
econômico equânime capacidade de concorrência entre as pequenas e grandes empresas.

Página 15 de 25
Medidas tais como simplificação de impostos em uma só guia de recolhimento,
bem como o enxugamento de transmissão das obrigações acessórias pelas empresas, são de
extrema importância para a manutenção da operação das pequenas organizações,
permitindo assim um aquecimento no mercado econômico financeiro.

A comprovação que essas ações deram certo reside nos dados registrados pelo
SEBRAE que nos revela que 27 % (vinte e sete por cento) do PIB (Produto Interno Bruto)
do Brasil advém das micro e pequenas empresas, gerando um impacto positivo na
economia e na criação de inúmeros novos postos de trabalhos diretos e indiretos.

Analisando esse dado do SEBRAE tem-se que as políticas instituídas pelo poder
público foram assertivas e isso ocasionou surpreendentemente a criação de um novo
caminho que segue em constante avanço e aprimoramento.

Nesse cenário a capacitação e atualização do profissional contábil também possui


papel de suma importância para o sucesso empresarial, posto que o contador participará
desde o nascimento da empresa até a exposição dos regimes de recolhimentos e suas
especificidades até a apuração dos tributos e transmissão das obrigações acessórias.

Assim, percebe-se que o profissional da contabilidade está cada vez mais atuando
objetivando o alcance da excelência no processamento das informações da organização e o
mesmo deve ser reconhecimento dado a sua importância.

As micro e pequenas empresas, bem como as empresas de pequeno porte possuem a


oportunidade de virem a se tornar empresas de porte grande, assim é de vital necessidade o
fornecimento de informações relevantes para que as organizações posam se beneficiar de
ações eficazes e efetivas para seu crescimento. E a importância do presente trabalho reside
na exposição dos benefícios que as empresas podem gozar por ocasião da opção pelo
Simples Nacional.

O Simples Nacional trouxe inúmeros impactos sobremaneira significativos às


empresas de pequeno porte, tanto no faturamento, quanto na quantidade e remuneração dos
trabalhadores das empresas optantes pelo sistema em questão. Isso está refletido no dado
levantando pelo SEBRAE que as ME e EPP juntas somam o percentual de 27% (vinte e
sete por cento) do PIB nacional.

Página 16 de 25
A grande vantagem é a simplificação, vez que ao invés de utilizar diversas guias
com cálculos e vencimentos diferentes, o empresário optante pelo Simples Nacional efetua
apenas um pagamento referente a todos esses impostos e contribuições.

Outra grande vantagem é a redução da burocracia, pois diferentemente dos outros


regimes de tributação, que estão sujeitos à apresentação de inúmeras obrigações e
declarações fiscais, tais como: a DCTF (Declaração de Débitos e Créditos de Tributos
Federais), o DACON (Demonstrativo de Apuração das Contribuições Federais), e a EFD-
Contribuições; as empresas optantes pelo Simples são obrigadas à apresentação de apenas
algumas declarações como a DASN (Declaração Anual do Simples Nacional).

Outra informação que merece destaque é que a possibilidade de adesão ao Regime


do Simples Nacional acarretou na diminuição da informalidade dos negócios dos
empreendedores. Possibilitando a mensuração efetiva da produtividade das organizações e
fotografando um cenário econômico real brasileiro. Destaque-se que após a possibilidade
da opção pelo Simples Nacional, o número de empresas formais cresceu significativamente
e com junto com a formalização do negócio, os empresários passaram a ter a opção de
contratar empréstimos perante às instituições bancários, garantindo um crescimento
constante aliado a políticas financeiras imprescindíveis à manutenção do negócio.

Segundo a limitação legal vigente, a adesão ao regime simplificado de tributação


evidenciou um fato negativo, qual seja a empresa optante pelo Simples Nacional não pode
se utilizar de créditos dos valores da tributação recolhida em conformidade com o regime
de substituição tributária, ou seja, caso a empresa optante do Simples for fornecedora de
mercadorias para empresa não optante, não poderá transferir os créditos de ICMS a fim de
compensar o valor devido na operação anterior. 

Pelo exposto tem-se que a importância do Simples Nacional está consignada em sua
contribuição para o fortalecimento das microempresas e empresas de pequeno porte por
gerar e consolidar benefício para a economia nacional.

2.7 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS

Conforme levantado precipuamente, é imprescindível que as organizações,


independentemente de seu faturamento ou atividade desempenhada, realizem um constante
planejamento tributário, para retirar da organização a sua capacidade máxima de produção
e geração de riqueza. Para que o planejamento tributário seja eficaz, faz-se necessário que
o profissional contábil siga os ditames legais e se utilize de bom senso em suas
Página 17 de 25
ponderações de modo a possibilitar tomada de decisões assertivas no ambiente de
negócios.

Destaque-se que o planejamento tributário nada mais é do que o estudo prévio da


situação organizacional que tem como escopo encontrar a alternativa tributária menos
dispendiosa para o contribuinte.

Nota-se que para a maior parte das microempresas e empresas de pequeno porte
não se pratica a habilidade de antever eventuais riscos inerentes à atividade, vez que não há
conscientização para esse problema. Na maioria das pequenas organizações, os seus
dirigentes não possuem controle algum sobre ou mesmo mantém registros de fatos/atos
contábeis que possa trazer maiores informações e identificação acerca das melhores
decisões a serem tomadas em um determinado momento. Diante disso, emerge a
necessidade de um planejamento eficiente, capaz de mitigar os custos e impor estratégias
para os momentos atuais e para o futuro.

Promover a redução dos custos é algo muito discutido atualmente, principalmente


no cenário econômico atual assolado pela Pandemia do Covid 19, onde as empresas lutam
pra se manterem de pé, sem perder a competitividade que move consideravelmente o
mercado. Nesse retrato econômico hodierno mundial, a globalização da economia se
monstra instável e com elevadas taxas de tributação. Dessa forma, resta necessário a
formalização e execução de planejamento tributário efetivo e eficaz com o escopo de
diminuir os custos tributários, sem infringir a legislação vigente.

O mercado mundial está num ritmo muito acelerado atualmente, nesse sentido a
organização tem que ser capaz de antever ações futuras sem se desvencilhar dos
conhecimentos presentes e pretéritos. Dominar as funções de interpretar os tributos e saber
aplicá-los de forma correta é o ponto de partida para os administradores planejarem uma
possível redução da carga tributária nas empresas onde atuam, ou até mesmo para que não
sejam expostas a riscos fiscais. E não há como se executar tal medida sem o
acompanhamento do profissional da contabilidade, que se apresenta cada vez mais
necessário à perseguição do ápice do sucesso da entidade.

Sobre a consequência da falta de planejamento tributário por parte da organização,


Oliveira et al (2011) assim têm explanado suscintamente:

Qualquer que seja a forma de tributação escolhida pela empresa, pode-se


verificar que a falta de planejamento estratégico tributário pode deixar a empresa
Página 18 de 25
mal preparada para os investimentos futuros, devido a uma possível insuficiência
de caixa, gerando um desgaste desnecessário de investimentos forçado para
cobertura de gastos que não estavam previstos. (Oliveira et al. 2011, p.20):

É de vital importância à sobrevivência das organizações um bom plano de


tributação, para que as mesmas não sofram posteriormente com decisões tomadas no
presente, para isso é imprescindível a presença de um planejador, capaz de preparar o
empreendimento de tal maneira e o auxílio de um profissional contábil se revela
imprescindível neste determinado momento.

Silva e Marion (SILVA e MARION 2013, p.5) registra a importância das micro e
pequenas empresas na economia nacional e global, vez que consigna que as mesmas são
grandes consumidoras de mão de obra disponível no mercado obreiro, bem como
produzem significativamente bens e serviços e tudo isso, segundo o autor, se reflete no
estímulo da ampla e legal concorrência entre as empresas, fato este que concorre para o
crescimento das organizações aquecendo a economia.

Desta monta, acredita-se que as microempresas já estão se planejando quanto aos


seus tributos, por ocasião da opção pelo Regime do Simples Nacional, haja vista que para
essa escolha é necessário pensar as vantagens e desvantagens dessa opção, conhecer as
obrigações fiscais da empresa e as alíquotas aplicadas a elas obrigações, identificar os
impostos reunidos no Simples e comparar com os das suas obrigações. São aspectos de um
planejamento tributário inicial.

Ainda, na visão de Oliveira et al. (2011, p.20), o escopo primordial de um adequado


planejamento tributário está ligado à forma eficaz que permita um menor pagamento de
tributos, sem desrespeitar a legislação vigente. Assim, diz-se que a empresa possui um
eficaz planejamento tributário quando, por ocasião da simulação do pagamento dos
impostos, a organização opta pelo regime de tributação que, sem dúvida, gere uma
economia de impostos, respeitado é claro, os princípios e leis presentes no arcabouço
jurídico pátrio.

Para que possa avaliar e decidir a melhor opção de tributação para apuração dos
impostos faz-se necessário que o profissional da contabilidade detenha informações sobre
as diversas opções de créditos de impostos, seja de natureza estadual como é o caso do
ICMS ou federal, tais como IPI, PIS e COFINS. Dessa monta a empresa deve fazer a
escolha pelo profissional contábil que esteja continuamente aperfeiçoando seus
conhecimentos para que possa realizar a apuração dos impostos, visando a correta

Página 19 de 25
aplicação da lei, sem se desvencilhar do foco para pagamento de diminuição do pagamento
de impostos.

Espera-se de um excepcional profissional contábil que o mesmo aproveite todas as


lacunas deixadas pela legislação, tanto na tratativa dos documentos de fatos contábeis, bem
como na apuração dos tributos, o que somente é possível se o mesmo estiver atento às
mudanças nas normas e aos impactos nos resultados da empresa, observando
criteriosamente as atividades desenvolvidas. Além disso, espera-se ainda do contador, que
esse identifique os incentivos e benefícios fiscais disponíveis concedidos pelos governos
das searas federal, estadual e municipal (Oliveira et al. 2011, p.20).

Pelo exposto, conclui-se que quando um planejamento é bem concretizado, surgem


incontáveis benefícios, tais como um controle empresarial, a definição precipitada de
dificuldades e conflitos, e um grau maior acerto nas tomadas de decisões, entre outras
melhorias.

2.8 EXIGÊNCIAS BUROCRÁTICAS PARA SE ABRIR E PARA SE MANTER UM


NEGÓCIO SUBMETIDO AO REGIME DO SIMPLES NACIONAL

Segundo o World Bank (2013), o Brasil é considerado um país com elevada


regulamentação para a abertura de empresas, sendo o prazo para regulamentar uma nova
pessoa jurídica no Brasil superior a 100 (cem) dias, com a necessidade de cumprir 13
(treze) procedimentos burocráticos para que a abertura de uma empresa seja concluída.

Procedimentos burocráticos para a formalização de um negócio corresponde a um


fator limitante à abertura de empresas. Nesse esteio compreender a relação entre
empreendedorismo e corrupção burocrática se revela importante para o governo na
formulação de políticas públicas que contribuam para crescimento contínuo da atividade
empreendedora, contribuindo assim com a diminuição da informalidade quando da
realização do negócio (DREHER & GASSEBNER, 2013 apud MELO, SAMPAIO E
OLIVEIRA, 2015).

Um estudo realizado no Brasil objetivando o levantamento da relação entre a


abertura de empresas nacionais e a incidência da corrupção, verificou-se uma correlação
positiva e estatisticamente significante a partir das análises entre um parâmetro de
corrupção internacional e a taxa de abertura de novas organizações nos estados brasileiros
(MELO, 2015).

Página 20 de 25
A possibilidade de agentes públicos aceitarem/praticarem atos de corrupção
visando maior celeridade nos procedimentos de abertura de empresa estão fortemente
relacionados com o excesso de burocracia.

Essa realidade está registrada no resultado apresentado no relatório Doing Business,


do World Bank (2014). Esse levantamento analisou os procedimentos de abertura de
empresa em 189 (cento e oitenta e nove) países e o Brasil está listado na posição 175 desse
ranking. O relatório em alusão é referência para a alteração de procedimentos de abertura
e/ou alteração de empresas perante as Juntas Comerciais dos estados brasileiros.

Existem resultados positivos que vêm sendo alcançados na taxa de mortalidade das
empresas considerando que 24,4% das firmas criadas no Brasil em 2007 encerram suas
atividades ainda nos dois primeiros anos de vida (SEBRAE, 2014 APUD NOGUEIRA,
2017).

Uma melhora considerável se comparado com a década de 2000, em que a taxa


superava os 40%. Sendo de aproximadamente 60% das MPEs, conforme pesquisa
realizada pelo SEBRAE (2004), se considerando os negócios que encerraram suas
atividades nos primeiros quatro anos de atividade.

Diversos fatores contribuem para a baixa precoce das MPEs, nas diferentes áreas de
uma empresa, sendo ainda no caso do Brasil um fator adicional referente a legislação
injusta devido ao tratamento semelhante a todas as empresas, independentemente do
tamanho (FILARDI, 2010).

O excesso de mudanças na Legislação do Simples Nacional, como em janeiro de


2018 que impactou o regime tributário das MPEs alterando as alíquotas, bem como
tornando o cálculo mais complexo, faz necessária a presença de um profissional contábil
habilitado na contabilidade gerencial da empresa (SEBRAE, 2018). Todas essas alterações
reforçam a crença do empreendedor em relação a dependência de assessores, como
contador, para lidar com tamanha burocracia, impactando os custos de operação das MPEs.

O regime do Simples Nacional teve as intenções de uma reforma tributária com


simplificação tributária, mas na prática se apresenta complexo e com excessiva quantidade
de regras que dificultam sua interpretação tanto pelos responsáveis nas empresas como
também dos profissionais da área contábil (SUZUKI, 2013).

Página 21 de 25
Por esta razão tem-se que analisar a legislação vigente atrelado à natureza das
atividades da organização, realizando simulações de apuração de imposto, de modo a fazer
opção pelo regime de tributação que perfaça um menor recolhimento possível de imposto.

2.12 CUIDADOS COM O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

Como já aventado anteriormente, por ocasião da opção do regime de tributação o


profissional contábil juntamente com o empresário deve estar atento à adequação e
exigência da lei vigente, se certificando que todos os documentos utilizados na realização
do planejamento tributário não contrariem as disposições legais em vigor. O profissional
contábil também estar constantemente atualizado, sendo de suma importância o
acompanhamento das alterações legais, de modo a proceder à adequação das ações às
regras supervenientes, visando sua conservação legal.

Informação de extrema importância e que ainda não foi suscitado no trabalho em


desenvolvimento reside na imprescindível necessidade de se diferenciar Elisão Fiscal de
Evasão Fiscal. Nesse sentido, Huck (1997), diferencia de forma objetiva os dois institutos
conceituando a elisão fiscal como a aplicação de todas as hipóteses previstas em lei para
apuração do imposto a pagar. Em suas palavras, a elisão fiscal consiste na configuração de
um negócio jurídico utilizando-se das formas autorizadas no direito privado, que implicam
na apuração lícita de obrigação tributária que resultam no pagamento de imposto de menor
valor (HUCK, 1997).

A Evasão como uma demonstração muitas vezes é utilizada como sinônima de


fraude fiscal, e certamente tem em comum uma série de fatores em sua composição: o
objetivo final do agente é o de pagar imposto com o valor inferior ao devido, há uma
atitude subjetiva que pode ser caracterizada como sendo de má fé, deliberada e não
acidental e uma série de atos marcados pelos elementos de engano, má interpretação,
simulação e desonestidade (HUCK, 1997).

Já a evasão fiscal corresponde à prática fraudulentas, forjadas de atos e fatos


contábeis não existentes que tem por objetivo a manipulação de processos para que o
contribuinte possa pagar valor menos de imposto de forma ilegal. Trata-se portanto de
crime financeiro. Dessa forma resta clara a diferença entre as figuras da elisão fiscal e
evasão fiscal, sendo a primeira um procedimento lícito e a segunda configura crime
tipificado no art. 1º da Lei nº 4.729/1965, com pena de detenção de seis meses a dois anos
acrescido de multa de duas a cinco vezes o valor do tributo devido.

Página 22 de 25
Em suma tem-se que, nas hipóteses em que o contribuinte observa as regras para
exclusão e/ou adição vigentes na data da ocorrência do fato gerador por ocasião da
apuração dos impostos devidos o próprio fisco ampara a apuração devida do imposto.
Contudo se houver comprovada infração à legislação vigente, ainda que de maneira não
dolosa, a organização será punida nos limites da lei. Essa ação é de suma importância para
que o fisco possa coibir as empresas que praticam concorrência desleal se utilizando de
evasão fiscal. Isto porque todos ganham combatendo práticas criminosas como esta,
ocasião em que contribuem para uma ampla e lícita concorrência entre as organizações.

3 CONCLUSÃO

Conforme aduzido demonstrado exaustivamente ao longo do presente as micro e


pequenas empresas representam aproximadamente a maioria das empresas abertas no
Brasil, correspondendo à parcelas de organizações que mais geram empregos e que
alavancam o crescimento econômico do Brasil. Apesar de todos os incentivos promovidos
pelas políticas públicas governamentais, ainda se registra um alto percentual de baixa
dessas empresas nos primeiros anos de funcionamento.

No decorrer deste artigo registrou-se as diversas formas de tributação existentes no


país. As pequenas empresas que não se enquadram no Simples Nacional, que de uma
forma unificada recolhem todos os impostos com uma alíquota inferior aos demais
regimes, terão que fazer a opção pelo Lucro Real ou Lucro Presumido, para tanto, o regime
que trouxer o menor ônus para a empresa deve ser escolhido.

Para a escolha do melhor regime faz-se o planejamento tributário, um estudo das


possibilidades lícitas para economia no pagamento dos tributos. Apesar de pouco
esclarecido pela literatura, os benefícios do planejamento tributário nas micro e pequenas
empresas, é fato que esse recurso demonstrou ser uma ferramenta competitiva de grande
importância através da identificação de práticas elisivas eficazes.

Quando o planejamento tributário acompanha o estudo dos custos de uma empresa,


contribuindo para redução da carga tributária antes do fato gerador, permite ao
empreendimento uma contenção dos custos e consequentemente uma maior lucratividade.

Conclui-se com este artigo que o sistema tributário nacional é rigoroso com as
empresas, o que acaba gerando uma grande dificuldade na manutenção e avanço nas
atividades empresariais, principalmente no que tange as pequenas empresas, porque

Página 23 de 25
percebermos que toda micro e pequena empresa que aderem ao Lucro presumido ou Lucro
real, irão pagar maiores tributos, em contrapartida as micro e pequenas empresas que
aderirem ao Simples irão alcançar uma menor tributação , fazendo assim com que a
lucratividade da empresa seja maior, e a mesma alcance sucesso no mercado financeiro.

Portanto, destacou-se que um planejamento eficiente proporcionará as micro e


pequenas empresas todas às informações necessárias para tomadas de decisões, além de
contribuir para melhorar a utilização de seus recursos, bem como, ajustá-los às suas
atividades prioritárias.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AVILA, Alexandre Rossato da Silva. Curso de Direito Tributário. Porto Alegre: Verbo
Jurídico, 2005

BRASIL. Lei complementar nº 123, de 14 de Dezembro de 2006. Disponível em:


http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LeisComplementares/2007/leicp3.htm.
Acesso em: 05 de junho de 2021

BRASIL. Receita Federal. Simples Nacional. Disponível em:


<http://www.receita.fazenda.gov.br/Legislacao/LegisAssunto/simplesNacional.htm#Portari
as> . Acesso em: 05 de junho de 2021

BRITO, Isabella Maria Araújo de. Simples Nacional: um estudo sobre os impactos na
tributação das microempresas e empresas de pequeno porte, a partir das mudanças em 2018
advindas da lei 155/2016. 2017. 26 f. TCC (Graduação) - Curso de Ciências Contábeis,
Universidade Estadual da Paraiba, Monteiro, 2017

COSTA, Daniel Fonseca; YOSHITAKE, Mariano. O controle e a informação contábil


no planejamento tributário de uma pequena empresa para a redução dos tributos e
otimização dos lucros. [Santos-SP]. 17º Congresso Brasileiro de Contabilidade. 2008.
Disponível em: &lt; http://pt.scribd.com/doc/46210261/O-controle-e-a-informacao-
contabil-no-planejamentotributario-de-uma-pequena-empresa-para-reducao-de-tributos-e-
otimizacao-doslucros#scribd&gt; acesso 05 de junho de 2021

COÊLHO, Sacha Calmon Navarro. Manual de Direito Tributário, 1.ª ed. Rio de Janeiro:
Forense, 2000.

DOMINGUES, Nereu Miguel Ribeiro. Os reflexos do planejamento tributário na


contabilidade.  CFC, São Paulo, 2000.

FILARDI, Fernando. Lopes, Ana Lúcia Miranda, Lima, Carlos Rogério Montenegro de.
Avaliação multicritério do risco percebido de falência das micro e pequenas empresas
brasileiras – Revista da Micro e Pequena Empresa, Campo Limpo Paulista, v.3, n.3,
p.111-126, 2010

HUCK, Hermes Marcelo. Evasão e Elisão. 1º.ed. Guarulhos: Editora Saraiva, 1997.

Página 24 de 25
MAGGI, Luiz. Planejamento Contábil e Tributário. 1ª. Edição. Belo Horizonte: Fumarc,
2009.

MELO, Felipe Luiz Neves Bezerra de. Sampaio, Luciano Menezes Bezerra. Oliveira,
Renato Lima de. Corrupção Burocrática e Empreendedorismo: Uma Análise Empírica
dos Estados Brasileiros – ANPAD - RAC, Rio de Janeiro, v. 19, n. 3, art. 5, pp. 374-397,
Maio/Jun. 2015

MUNIZ, Humberto. Planejamento Tributário como Ferramenta para Redução de


Impostos. Artigo. Março, 2012. Disponível em:
http://www.contabeis.com.br/artigos/708/planejamento-tribuitario-como-ferramenta-
parareducao-de-impostos. Acesso 05 de maio de 2021

NEVES, João Adamor Dias; PESSOA, Raimundo Wellington Araújo. Causas da


Mortalidade de Micro e Pequenas Empresas: o caso das lojas de um shopping center.
Organizações em Cotexto, ano 2, nº 4. Dezembro, 2006. Disponível em: &lt;
http://www.spell.org.br/documentos/download/2169. Acesso 05 de junho de 2021

OLIVEIRA, Luís Martins de et al. Manual de contabilidade tributária: textos e teses


com as respostas. 10º ed. São Paulo: Atlas, 2011.

SANTIAGO , S. Entra em vigor o Super Simples, Rio, 02 de julho de 2007. Disponível


em http://www.sindifisconacional-poa.org.br/noticias&gt; Acesso em:05 de junho de 2021

SANTOS, Lucas Siqueira. Reforma Tributária no Brasil: Histórico, Necessidades e


Propostas. Dissertação (mestrado) - Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getulio
Vargas.SÃO PAULO, 2015.

SEBRAE. Anuário do trabalho na micro e pequena empresa: 2013. 6. ed./ Serviço


Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas; Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos [responsável pela elaboração da pesquisa, dos
textos, tabelas, gráficos e mapas]. – Brasília, DF; DIEESE, 2013.

SUZUKI, HELENA YUMI. As fragilidades no regime tributário do Simples Nacional e


seus impactos: Análise da qualidade da informação prestada aos contribuintes em âmbito
municipal. ABRIL 2013.

Página 25 de 25

Você também pode gostar