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CONTABILIDADE GERENCIAL COMO FATOR RELEVANTE PARA O SUCESSO DAS

PEQUENAS EMPRESAS

Alan Diego Santana Ramos1


José Alison Fonseca Brito2
Prof. Esp. Rivaldo José do Nascimento Junior (Orientador)3

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo geral demonstrar que a contabilidade gerencial é fator
para o sucesso das pequenas empresas, demonstrando quais as ferramentas essenciais
para um bom planejamento, para melhor administrar sua saúde financeira já que a
maioria delas acaba falindo em sua fase de adaptação, cerca de dois anos após sua
abertura segundo dados do SEBRAE (2008). Esse estudo inicia-se com apanhado geral
do tema, tendo como objetivo avaliar como a contabilidade influencia na longevidade das
pequenas empresas, trazendo seus conceitos, abordando suas ramificações e
evidenciando o quanto a contabilidade gerencial pode contribuir com base nas análises
das demonstrações contábeis a importância para a tomada de decisão das empresas,
seguindo uma análise do cenário atual das pequenas empresas em todo o país. Tratou-se
de um estudo com base em levantamento bibliográfico, tendo como propósito entender o
gerenciamento e a partir disso, dar sugestões que possam melhorar a incidência de
mortalidade das pequenas empresas preparando-a para enfrentar o mercado que é
altamente competitivo.

Palavras-Chave: Contabilidade gerencial. Pequena empresa. Processo decisório.

ABSTRACT

This paper aims to demonstrate that the general managerial accounting is a factor for the
success of small businesses, which demonstrates the essential tools for good planning, to
better manage their financial health since most of them end up failing in their adaptation
phase, about two years after opening its second data SEBRAE (2008). This study begins
with overview of the topic, and to evaluate how accounting influences the longevity of
small businesses, bringing their concepts, and addressing its branches demonstrating how
management accounting can contribute based on the analysis of the importance of
financial statements for decision-making of companies, following an analysis of the current
scenario of small businesses across the country. It was a study based on literature review,
with the purpose to understand the management and from this, make suggestions that

1
Contador, Graduado em Ciências Contábeis e Pós-Graduando em Controladoria e Finanças Empresariais
pela Faculdade José Augusto Vieira – FJAV. E-mail: diegoramos.tb@hotmail.com
2
Contador, Graduado em Ciências Contábeis e Pós-Graduando em Controladoria e Finanças Empresariais
pela Faculdade José Augusto Vieira – FJAV. E-mail: alinhobrito@hotmail.com
3
Contador, Professor Especialista do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade José Augusto Vieira –
FJAV. E-mail: rivaldojr2006@hotmail.com

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may improve the mortality rate of small businesses preparing to face a market that is
highly competitive.

Keywords: Management accounting. Small business. Decision-making process.

1 INTRODUÇÃO

As relações econômicas mundiais sempre se firmaram em um ambiente político e


social de transformações e em constante evolução. A ênfase do atual modelo econômico
e, ao mesmo tempo, a razão pela qual tais transformações ocorrem está na figura do
cliente. Em geral, os processos de melhoria de qualidade nas empresas têm como
objetivos a busca de conformidade com os requisitos do cliente, a prevenção de falhas, a
perda zero e a eliminação dos custos que não agregam valor, sendo todas essas metas
perseguidas sob liderança participativa.
Neste aspecto, são necessárias pessoas qualificadas e competentes na gestão, as
quais não devem ser escolhidas pelo grau de confiabilidade, muito menos deve a
empresa ser administrada por algum proprietário que não saiba atuar no negócio. Pois, a
preferência e a fidelidade do mercado consumidor são minuciosamente disputadas e a
moral cumpre uma função bem definida neste contexto, que é contribuir para que os atos
dos indivíduos ou de uma empresa se desenvolvam de maneira vantajosa para toda a
sociedade. A exemplo das Pequenas Empresas (PE), que segundo o Sebrae (2011) são
constantemente criadas no Brasil, gerando empregos e ajudam em 20% do Produto
Interno Bruto (PIB) no país.
Porém, boa parte dessas Pequenas Empresas (PE), não está preparada para
enfrentar o mercado que é altamente competitivo, ou seja, as mesmas devem estar
atentas e voltadas para a tarefa de se defrontar com as incertezas geradas por elementos
incontroláveis e imprevisíveis do ambiente interno e do ambiente geral, cabendo aos
dirigentes a competência de identificar ameaças e oportunidades para desenvolver
estratégias cabíveis ao desenvolvimento e continuidade da organização.
Com base nessa concepção, uma das causas da mortalidade das Pequenas
Empresas é a administração ineficiente. Conforme dados do SEBRAE (2008), a
mortalidade das Pequenas Empresas se dá em curto prazo, mais precisamente, nos
primeiros dois anos de vida, período em fase de adequação.

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Portanto, é importante destacar que o gerenciamento contábil por ser uma
ferramenta que analisa a entidade como um todo, é bastante útil para determinadas
decisões nas pequenas empresas, pois são essas análises que se tornam possíveis
tomar uma decisão garantida e prática. Tem como finalidade fornecer informações que
possam evitar dificuldades futuras, por essa razão é de utilidade tanto para empresas
comerciais e industriais, quanto para as empresas de serviços.
Contudo, o presente artigo tem como objetivo avaliar o quanto é relevante o uso da
contabilidade gerencial para o sucesso das pequenas empresas. E por isso, encontra-se
estruturado da seguinte forma, além dessa introdução e das considerações finais, fala-se:
da relevância das Pequenas Empresas Brasileiras, da Mortalidade das Pequenas
Empresas; e da contabilidade gerencial como fator relevante para o sucesso das
Pequenas Empresas.
Na metodologia, encontram-se os meios essenciais usados para a problemática
encontrada: a classificação da pesquisa, que é qualitativa. Na conclusão, estão
apresentados os resultados obtidos com base na pesquisa bibliográfica de acordo com a
teoria compreendida sobre o tema proposto.

2 A RELEVÂNCIA DAS PEQUENAS EMPRESAS

Quando se olha para uma empresa é possível vislumbrá-la sob diversos enfoques,
inclusive como atividade, mas quando, se trata de uma sociedade empresária, é preciso
enfatizar que se fala de uma organização que oferece produtos ou serviços a uma
determinada comunidade, visando, dentre vários objetivos, a obtenção de lucros.
De acordo com Souza (2009) o lucro esperado na atividade comercial é o prêmio
que deve ganhar o empreendedor em razão de investimentos feitos em bens de capitais
na empresa, pelo fato de exercer uma administração de riscos, cuidarem da gestão dos
negócios, serem eficiente na administração das receitas em relação às despesas.
Assim, essa busca pelo retorno do investimento feito na sociedade, deve ser
almejada num período de longo prazo, pois, só assim, a gestão do empreendimento
estará pensando na perenidade da organização em todos os sentidos. Além disso, o lucro
é a chave central para remunerar todos os fatores de produção e proporcionar a
reposição de novos equipamentos, imobilizados, cuidando para que os mesmo não
fiquem sucateados.

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Contudo, nas sociedades empresárias para Souza (2009) fica evidente a
combinação de diversos elementos tais como: as pessoas (trabalho), o capital (bens
disponibilizados à produção e comercialização), a tecnologia (estudo ou aplicação de
processos e métodos) e a capacidade empresarial (gestão dos negócios pelos sócios),
tudo isso direcionado conforme a missão empresarial.
De maneira geral pode-se arguir que uma empresa é uma organização produtora
de utilidades ou benefícios colocados à distância da sociedade, que está disposta a
consumi-los.
Silva (2010) diz que para os efeitos da lei Complementar nº 123, de 14 de
dezembro de 2006, que institui o Estatuto Nacional das Microempresas e Empresa de
Pequeno Porte (MPEs) consideram-se como tais a sociedade empresária, as sociedades
simples e o empresário, a que se refere o artigo 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
2002 (Código Civil), devidamente registrados nos Registros de Empresas Mercantis ou no
Registro Civil de Pessoas Jurídicas.
De acordo com Silva (2010) para ser considerada microempresa, o empresário, a
pessoa jurídica, ou a ela equiparada, terá que obter, em cada ano-calendário, receita
bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais); já para ser
considerada empresa de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela
equiparada, terá que obter, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$
240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois
milhões e quatrocentos mil reais).
No Brasil, as micro e pequenas empresas são o sustentáculo da economia do país,
segundo Dados do IBGE (2010), as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
representam 20% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, são responsáveis por 60%
dos 94 milhões de empregos e constituem 99% dos 6 milhões de estabelecimentos
formais existentes no país.
Segundo Silva (2010) a partir de 2007, com o advento da Lei Complementar nº
123, de 14 de dezembro de 2006, ficaram estabelecidas as normas gerais relativas ao
tratamento diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte no
âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
O novo estatuto segundo Silva (2010) veio proporcionar a essas empresas um
tratamento tributário diferenciado, como determina a Constituição Federal de 1988,

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visando incentivar o seu desenvolvimento e simplificação de obrigações trabalhistas,
tributárias, previdenciárias, e o acesso ao mercado etc.
Assim, de acordo com a referida Lei Complementar nº 123/2006, os
enquadramentos dos pequenos empreendimentos dar-se-ão em relação ao montante de
sua receita no ano-calendário anterior.
Portanto, não poderá recolher os impostos e contribuições na forma do Simples
Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte, que encontra-se em uma das
vedações do artigo 17 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
Observa-se no gráfico abaixo como estão divididas por região as microempresas e
empresas de pequeno porte, dados do SEBRAE/SP (2011).

De acordo com o gráfico, as micro e pequenas empresas estão divididas da


seguinte forma:
A maior parte dos negócios está localizada na região sudeste, que tem a maior
concentração da MPEs com 51%, com quase três milhões de empresas, em seguida com
a região sul com 24% das MPEs, logo após vem a região Nordeste com 15%, a região
Centro-Oeste com 7% e por fim a região norte com a menor concentração de MPEs no
país com 3%.
Diante dessas confirmações, nota-se a importância fundamental da sobrevivência
das micro e pequenas empresas para o crescimento econômico do Brasil, sendo capazes
de dinamizar a economia dos municípios e bairros dos grandes centros urbanos.

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3 A MORTALIDADE DAS PEQUENAS EMPRESAS

Há fatos que correspondem para que as microempresas e empresas de pequeno


porte cheguem à falência, sendo eles a falta de planejamento permanente, falta de
acompanhamento contábil constante, de um gerenciamento efetivo que, na sua maioria,
são feitas por pessoas não qualificadas, como os próprios donos e/ou parentes que não
tem formação devida ou conhecimento do ramo da sua empresa.
Drucker (1984) apud Pereira e Souza (2007) observa que o sucesso pode não ser
permanente. Pois as empresas são criações humanas desprovidas de permanência real,
devendo estas sobreviver além do período de vida de seu fundador, prestando a
contribuição que deve a economia e a sociedade. O autor finaliza dizendo que: “Perpetuar
a empresa é tarefa básica que cabe ao espírito empreendedor – e a capacidade de
consegui-lo pode muito bem constituir o teste mais definitivo para sua administração”.
Silva (2004) descreve que ha fatos e erros administrativos que correspondem para
que haja uma gerência de má qualidade em uma empresa como, a falta de capital de giro
e falta no planejamento inicial, provocando consequentemente o endividamento da
empresa, gerando a ausência de clientes que é o componente essencial para a
manutenção e crescimento da empresa no mercado. Diante disso, fica visível que não é
tão fácil o quanto se pensa para quem quer gerir um comércio seja ele qual for o seu
tamanho, isso porque é uma cadeia de fatores, carecendo de grande entendimento
financeiro e gerencial.
Maximiano (2006) apud Pereira e Souza (2007) destaca que dentre as principais
razões de mortalidade das PE nos primeiros anos de existência estão: a falta de políticas
públicas que viabilizem a consolidação de novos empreendimentos; a falta de
financiamento; as elevadas cargas tributárias; e por ultimo a demora e a burocracia para
se abrir e legalizar uma empresa.
Enquanto que, Dornelas (2005) apud Pereira e Souza (2007) aponta como as
principais causas para o insucesso de pequenas empresas a falta de planejamento,
deficiência na gestão, políticas de apoio insuficientes, conjuntura econômica e fatores
pessoais.
Os principais fatores apontados como geradores de sucesso para manter tais
empresas ativas por um período maior segundo o estudo de Pereira e Souza (2007) são,

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em primeiro lugar a influência da capacidade empreendedora, seguida da logística
operacional e por fim as habilidades gerencias.
Contudo, fica demonstrado que, para tentar acabar com a falência prematura das
pequenas empresas, logo após sua abertura, o empreendedor deverá conhecer o negócio
de acordo com a necessidade do mercado, tentando administrar com competência,
sempre buscando o acompanhamento de um profissional contábil para alimentar no que
se trata de obrigações tributárias e a profissionalização do próprio empreendedor para
saber como gerenciar melhor seu negócio, para que sua empresa não seja mais uma
estatística desfavorável no Brasil.

4 A CONTABILIDADE GERENCIAL COMO FATOR RELEVANTE PARA O SUCESSO


DAS PEQUENAS EMPRESAS

De acordo com Carvalho (2009) há alguns anos a liderança é um dos temas de


maior destaque no mundo dos negócios, seja em textos acadêmicos, nos chamados livros
de autoajuda, cursos e seminários. A liderança está presente em várias dimensões de
atividade humana, como política, empresarial, social, familiar e militar.
Na premissa de Carvalho (2009) é a de que a área contábil deve colaborar com o
planejamento corporativo, disseminar conhecimento (conceitos, informações) sobre
desempenho, e contribuir para o processo diário de tomada de decisão.
Assim, para Carvalho (2009) essas novas funções são melhores executadas
quando os funcionários atuam com maior grau de cooperação, integração e liberdade
para pesquisar e propor soluções. Nesse contexto, o perfil do gestor do departamento de
contabilidade, firma de auditoria ou da empresa de serviços contábeis, deve cada vez
mais incorporar competências da liderança, como organização do trabalho em equipes
integradas, visão de longo prazo, incentivo à mudança e apoio à gestão de risco das
organizações.
Neste tipo de atuação, o gestor contábil faz o que se espera seja feito por quem
ocupa sua função, atendendo aos requisitos técnicos e administrativos (CARVALHO,
2009). Essas atribuições são representativas do papel gerencial, e traduzem
características relacionadas a planejamento, direcionamento, controle e demandam
competências técnicas adequadas à racionalização, análise, organização. Isso significa
lidar com os processos de trabalho.

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São tarefas exercidas para o funcionamento regular do departamento contábil,
típicas do fazer o “feijão com arroz”; mas não são suficientes para que o setor atinja
segundo Carvalho (2009) um desempenho superior, com elevado nível de efetivação e
bem-estar de todo o pessoal.
Desde sua criação, toda empresa necessita de acompanhamento contábil, para
que possa auxiliar nas informações necessárias para seu funcionamento dando
continuidade ao crescimento organizacional.
Segundo Crepaldi (2008, p.04),

A contabilidade poderá fornecer informações, além de outros controles


necessários, como uma Previsão Orçamentária Anual (Lucros e Perdas),
implantação de controles administrativos para melhores decisões, um PCP
(Planejamento e Controle de Produção), um Controle de Estoques etc.
Utilize a contabilidade como uma fonte de informações para que possa
subsidiar a tomada de decisões seguras e coerentes com seu negócio.

Nesse argumento, é representada a importância dos serviços contábeis, onde


orienta como o administrador deve fazer para que sua empresa sobreviva no mercado tão
concorrente, não com informações presentes como também nas projeções futuras.
Barbosa (2006) esclarece que a contabilidade é denominada como forte
instrumento para que as empresas estimem sua situação financeira e patrimonial. Diante
disso, Marion (2009) assegura que o profissional contábil deve apresentar-se como um
orientador, e não só como um profissional que só apresente números e boletos para o
pagamento de impostos. De acordo com ele, é necessário que os relatórios contábeis
apresentados para seu cliente seja de fácil entendimento, para que possa ajudar na
tomada ágil de decisão.
Marion (2009) apresenta que os pequenos empresários, em sua maior parte, não
veem o contador como a pessoa que possa contribuir bastante para o seu sucesso, ou
seja, observam como um profissional que só está ali para fazer suas exigências fiscais,
não sabendo ele que a contabilidade, em particular a gerencial é bastante favorável desde
que apresente informações verdadeiras, para o crescimento do seu empreendimento.
Diante das afirmações de Crepaldi apud Cavalcante e Schneiders (2008), o
profissional contábil trabalha com a coleta de dados, apresentação, interpretação e
informações dos acontecimentos econômicos usando a contabilidade gerencial para

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expor essa atividade dentro da organização. Contudo, entende-se que o uso da
contabilidade gerencial é essencial nas empresas. Salvador (2004), destaca que:

A Contabilidade Gerencial permite aos empresários conhecer os dados


relativos a concorrentes, clientes e fornecedores e também pode fornecer
dados sobre a lucratividade da empresa gerando suporte para tomada de
decisões. Ela vem produzir informações objetivas, úteis e relevantes
através da combinação da contabilidade financeira com várias áreas do
conhecimento de negócios.

Como pode ser observado anteriormente, a contabilidade gerencial é feita segundo


a exposição de dados financeiros das diversas áreas da empresa, ajudando na melhoria
do negócio.
Essa regra básica deve ser seguida por todas as empresas, independentemente se
ela seja enquadrada em pequeno porte ou não. Seguindo esse preceito, Lacerda (2006)
assegura para que seja dado um seguimento na vida das empresas de pequeno porte é
preciso que se adaptem a algumas ferramentas contábeis como, por exemplo, a
contabilidade gerencial com as demonstrações contábeis, tornando assim mais confiável
as informações, facilitando na tomada de decisão, que são previstas pela lei das
sociedades anônimas (6404/76) e pela legislação da CVM (Comissão de Valores
Mobiliários). No entanto, pela Lei 6404/76 são obrigatórias: BP = Balanço Patrimonial,
DRE = Demonstração do Resultado do Exercício, DOAR = Demonstração das Origens e
Aplicações dos Recursos - é obrigatória para todas as S/A de capital aberto, as S/A de
capital aberto possuem ações negociadas no mercado de ações; é obrigatória para todas
as S/A de capital fechado com um patrimônio líquido maior que um milhão de reais na
data de seu Balanço Patrimonial. DLPA = Demonstração de Lucros e Prejuízos
Acumulados, DMPL = Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - é obrigatória
para todas as S/A de capital aberto.
Mesmo que todas as demonstrações sejam importantes, os pequenos empresários
acham que não são necessárias a elaboração de todas para que haja uma análise
econômica e financeira da sua empresa, ficando limitado só na elaboração do Balanço
Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício, por eles acharem ser de fácil
entendimento, não sabendo que também existe a Demonstração do Fluxo de Caixa, que é
uma ferramenta de relevante importância para a tomada de decisão.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A contabilidade gerencial tem uma função muito importante na administração de


recursos das pequenas empresas, direcionando como os empreendedores devem ampliar
estratégias favoráveis para o desenvolvimento e continuidade da organização, diante
disso, surge a necessidade de ter um profissional da área contábil qualificado para que
possa fornecer dados suficientes para a tomada certa de decisões.
Mas o contador não precisa e, dependendo da posição que ocupe, não deve ser
um sábio generalista. O contador é contratado para realizar, para fazer as coisas
acontecerem da forma adequada a fim de gerar resultados positivos para a organização.
A contabilidade, enquanto área funcional das organizações, e o contador, particularmente,
há anos estão sendo desafiados a contribuírem de forma mais incisiva no processo
decisório.
A importância desses instrumentos esta evidenciado em uma análise da real
situação das pequenas empresas em nosso país, onde a empresa necessita de um
processo decisório eficiente, acreditando assim na analogia de que a contabilidade
gerencial estuda o processo de planejamento financeiro e orienta os gestores para a
tomada de decisão.
Diante dessa abordagem, conclui-se o quanto é importante o profissional contábil
qualificado, utilizando-se da contabilidade gerencial como ferramenta para auxiliar os
gestores na tomada de decisão, para que possa obter o lucro esperado, e
respectivamente para que sobreviva em um mercado tão competitivo.

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