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PEQUENAS EMPRESAS
RESUMO
Este trabalho tem como objetivo geral demonstrar que a contabilidade gerencial é fator
para o sucesso das pequenas empresas, demonstrando quais as ferramentas essenciais
para um bom planejamento, para melhor administrar sua saúde financeira já que a
maioria delas acaba falindo em sua fase de adaptação, cerca de dois anos após sua
abertura segundo dados do SEBRAE (2008). Esse estudo inicia-se com apanhado geral
do tema, tendo como objetivo avaliar como a contabilidade influencia na longevidade das
pequenas empresas, trazendo seus conceitos, abordando suas ramificações e
evidenciando o quanto a contabilidade gerencial pode contribuir com base nas análises
das demonstrações contábeis a importância para a tomada de decisão das empresas,
seguindo uma análise do cenário atual das pequenas empresas em todo o país. Tratou-se
de um estudo com base em levantamento bibliográfico, tendo como propósito entender o
gerenciamento e a partir disso, dar sugestões que possam melhorar a incidência de
mortalidade das pequenas empresas preparando-a para enfrentar o mercado que é
altamente competitivo.
ABSTRACT
This paper aims to demonstrate that the general managerial accounting is a factor for the
success of small businesses, which demonstrates the essential tools for good planning, to
better manage their financial health since most of them end up failing in their adaptation
phase, about two years after opening its second data SEBRAE (2008). This study begins
with overview of the topic, and to evaluate how accounting influences the longevity of
small businesses, bringing their concepts, and addressing its branches demonstrating how
management accounting can contribute based on the analysis of the importance of
financial statements for decision-making of companies, following an analysis of the current
scenario of small businesses across the country. It was a study based on literature review,
with the purpose to understand the management and from this, make suggestions that
1
Contador, Graduado em Ciências Contábeis e Pós-Graduando em Controladoria e Finanças Empresariais
pela Faculdade José Augusto Vieira – FJAV. E-mail: diegoramos.tb@hotmail.com
2
Contador, Graduado em Ciências Contábeis e Pós-Graduando em Controladoria e Finanças Empresariais
pela Faculdade José Augusto Vieira – FJAV. E-mail: alinhobrito@hotmail.com
3
Contador, Professor Especialista do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade José Augusto Vieira –
FJAV. E-mail: rivaldojr2006@hotmail.com
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may improve the mortality rate of small businesses preparing to face a market that is
highly competitive.
1 INTRODUÇÃO
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Portanto, é importante destacar que o gerenciamento contábil por ser uma
ferramenta que analisa a entidade como um todo, é bastante útil para determinadas
decisões nas pequenas empresas, pois são essas análises que se tornam possíveis
tomar uma decisão garantida e prática. Tem como finalidade fornecer informações que
possam evitar dificuldades futuras, por essa razão é de utilidade tanto para empresas
comerciais e industriais, quanto para as empresas de serviços.
Contudo, o presente artigo tem como objetivo avaliar o quanto é relevante o uso da
contabilidade gerencial para o sucesso das pequenas empresas. E por isso, encontra-se
estruturado da seguinte forma, além dessa introdução e das considerações finais, fala-se:
da relevância das Pequenas Empresas Brasileiras, da Mortalidade das Pequenas
Empresas; e da contabilidade gerencial como fator relevante para o sucesso das
Pequenas Empresas.
Na metodologia, encontram-se os meios essenciais usados para a problemática
encontrada: a classificação da pesquisa, que é qualitativa. Na conclusão, estão
apresentados os resultados obtidos com base na pesquisa bibliográfica de acordo com a
teoria compreendida sobre o tema proposto.
Quando se olha para uma empresa é possível vislumbrá-la sob diversos enfoques,
inclusive como atividade, mas quando, se trata de uma sociedade empresária, é preciso
enfatizar que se fala de uma organização que oferece produtos ou serviços a uma
determinada comunidade, visando, dentre vários objetivos, a obtenção de lucros.
De acordo com Souza (2009) o lucro esperado na atividade comercial é o prêmio
que deve ganhar o empreendedor em razão de investimentos feitos em bens de capitais
na empresa, pelo fato de exercer uma administração de riscos, cuidarem da gestão dos
negócios, serem eficiente na administração das receitas em relação às despesas.
Assim, essa busca pelo retorno do investimento feito na sociedade, deve ser
almejada num período de longo prazo, pois, só assim, a gestão do empreendimento
estará pensando na perenidade da organização em todos os sentidos. Além disso, o lucro
é a chave central para remunerar todos os fatores de produção e proporcionar a
reposição de novos equipamentos, imobilizados, cuidando para que os mesmo não
fiquem sucateados.
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Contudo, nas sociedades empresárias para Souza (2009) fica evidente a
combinação de diversos elementos tais como: as pessoas (trabalho), o capital (bens
disponibilizados à produção e comercialização), a tecnologia (estudo ou aplicação de
processos e métodos) e a capacidade empresarial (gestão dos negócios pelos sócios),
tudo isso direcionado conforme a missão empresarial.
De maneira geral pode-se arguir que uma empresa é uma organização produtora
de utilidades ou benefícios colocados à distância da sociedade, que está disposta a
consumi-los.
Silva (2010) diz que para os efeitos da lei Complementar nº 123, de 14 de
dezembro de 2006, que institui o Estatuto Nacional das Microempresas e Empresa de
Pequeno Porte (MPEs) consideram-se como tais a sociedade empresária, as sociedades
simples e o empresário, a que se refere o artigo 966 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
2002 (Código Civil), devidamente registrados nos Registros de Empresas Mercantis ou no
Registro Civil de Pessoas Jurídicas.
De acordo com Silva (2010) para ser considerada microempresa, o empresário, a
pessoa jurídica, ou a ela equiparada, terá que obter, em cada ano-calendário, receita
bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais); já para ser
considerada empresa de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela
equiparada, terá que obter, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$
240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00 (dois
milhões e quatrocentos mil reais).
No Brasil, as micro e pequenas empresas são o sustentáculo da economia do país,
segundo Dados do IBGE (2010), as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte
representam 20% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, são responsáveis por 60%
dos 94 milhões de empregos e constituem 99% dos 6 milhões de estabelecimentos
formais existentes no país.
Segundo Silva (2010) a partir de 2007, com o advento da Lei Complementar nº
123, de 14 de dezembro de 2006, ficaram estabelecidas as normas gerais relativas ao
tratamento diferenciado e favorecido às microempresas e empresas de pequeno porte no
âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
O novo estatuto segundo Silva (2010) veio proporcionar a essas empresas um
tratamento tributário diferenciado, como determina a Constituição Federal de 1988,
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visando incentivar o seu desenvolvimento e simplificação de obrigações trabalhistas,
tributárias, previdenciárias, e o acesso ao mercado etc.
Assim, de acordo com a referida Lei Complementar nº 123/2006, os
enquadramentos dos pequenos empreendimentos dar-se-ão em relação ao montante de
sua receita no ano-calendário anterior.
Portanto, não poderá recolher os impostos e contribuições na forma do Simples
Nacional a microempresa ou a empresa de pequeno porte, que encontra-se em uma das
vedações do artigo 17 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
Observa-se no gráfico abaixo como estão divididas por região as microempresas e
empresas de pequeno porte, dados do SEBRAE/SP (2011).
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3 A MORTALIDADE DAS PEQUENAS EMPRESAS
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em primeiro lugar a influência da capacidade empreendedora, seguida da logística
operacional e por fim as habilidades gerencias.
Contudo, fica demonstrado que, para tentar acabar com a falência prematura das
pequenas empresas, logo após sua abertura, o empreendedor deverá conhecer o negócio
de acordo com a necessidade do mercado, tentando administrar com competência,
sempre buscando o acompanhamento de um profissional contábil para alimentar no que
se trata de obrigações tributárias e a profissionalização do próprio empreendedor para
saber como gerenciar melhor seu negócio, para que sua empresa não seja mais uma
estatística desfavorável no Brasil.
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São tarefas exercidas para o funcionamento regular do departamento contábil,
típicas do fazer o “feijão com arroz”; mas não são suficientes para que o setor atinja
segundo Carvalho (2009) um desempenho superior, com elevado nível de efetivação e
bem-estar de todo o pessoal.
Desde sua criação, toda empresa necessita de acompanhamento contábil, para
que possa auxiliar nas informações necessárias para seu funcionamento dando
continuidade ao crescimento organizacional.
Segundo Crepaldi (2008, p.04),
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expor essa atividade dentro da organização. Contudo, entende-se que o uso da
contabilidade gerencial é essencial nas empresas. Salvador (2004), destaca que:
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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BRASIL. Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Disponível em:
<http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/leiscomplementares/2006/leicp123.htm>
Acesso em: 21 de setembro de 2010.
CARVALHO, Sérgio Ribeiro de. O contador líder: como o profissional deve trilhar os
novos caminhos da contabilidade. São Paulo: IOB, 2009.
GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4.ed. São Paulo: Atlas,
2006.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 14.ed. São Paulo: Atlas, 2009.
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PEREIRA, Rodrigo Carlos Marques. SOUZA, Priscila Aparecida. Fatores de mortalidade
de micro e pequenas empresas: um estudo sobre o setor de serviços. Postado em
2007. Disponível em: <http://www.eadbr/seget/artigos09> Acessado em dezembro de
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SILVA, Josney Freitas. Pequenas Empresas: Um estudo sobre mortalidade e
estabilidade. Frutal/MG: 2004. Disponível em:
<http://www.scribd.com/doc/2148618/PEQUENAS-EMPRESAS-um-estudo-sobre-
mortalidade-e-estabilidade>. Acesso em novembro de 2012.
SOUZA, Luiz Carlos de. Controladoria aplicada aos pequenos negócios.1.ed. Curitiba:
Juruá, 2010.
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