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1. INTRODUÇÃO
Com o decorrer dos anos, evoluiu a tecnologia, os estudos, a maneira de analisar certos
dados. E pode-se dizer que a globalização tem crescido com uma velocidade incrível. E todos esses
avanços influenciam atualmente nas empresas tantos grandes como pequenas, e para se manterem
ativas é necessário, sempre estar analisando os lucros, a concorrência, a qualidade do produto, ter
um diferencial, um bom marketing.
Além de todos esses fatores, tem um ponto extremamente importante que é uma boa
análise de custos. Por isso, as empresas se esforçam em melhorar seus processos de produção tendo
um melhor desempenho com menor custo possível, para isso é necessário um sistema eficaz de
analise, sabendo distribuir bem os custos. E sempre que for notado algum desperdício ou perda, o
mais rápido possível deve ser feito os ajustes necessários. Assim sendo, esta pesquisa tem como
objetivo demonstrar a necessidade, de tantos empresas de pequeno porte como médio, de ter um
bom gerenciamento de custos.
Quanto aos métodos este artigo é considerado de cunho bibliográfico pois foi
fundamentado em referenciais teóricos que contribuiu para o desenvolvimento da temática e
apresentará uma pesquisa em uma empresa no ramo do varejo, Sindilojas de Santa Rosa-RS, no
qual foi enviado aos filiados alguns questionários com o objetivo de saber qual é o entendimento
deles referente a conceitos de custos.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Gestão de Custo
Conceito
Atualmente, as micro e pequenas empresas tem a necessidade de boas estratégias para se
manter no mercado. E a gestão de custos é uma ferramenta útil, pois auxilia nas tomadas de
decisões, principalmente em ambientes competitivos. A contabilidade de custo, segundo Perez,
Oliveira e Costa (1999) tem como funções básicas: a sistematização e a análise dos gastos, a
classificação e a contabilização dos custos e a geração de relatórios e informações sobre os custos
de produção.
A contabilidade para negócios pequenos não são complexas comparada as grandes
empresas, porém, é necessário compreender como a estrutura da empresa realiza os gastos e o que
está sendo revertido em lucro. Assim, de acordo com Kassai (1997), as micro e pequenas empresas
têm desempenhado um papel importante no cenário econômico mundial. Para o sucesso do
empreendimento os gestores tem que oferecer melhores produtos e preços no mercado, a fim de
alcançar esses objetivos haverá a necessidade de pesquisar o mercado, as concorrências, o que os
consumidores procuram, planejar e vários outros.
O objetivo de um microempresário é ter lucros e não prejuízos, para isso tem que ter
controle sobre suas mercadorias, como o custo dos produtos. De acordo com Neves e Viceconti,
(2010, p.16) “custo é gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou
serviços; são todos os gastos relativos à atividade de produção”. Nesse sentindo, problemas serão
solucionados no processo produtivo, e os gestores tomarão boas decisões em benefício da
microempresa.
Sistemas de custeio
Sistema de custos é o conjunto de meios e métodos que a empresa utiliza para obter
informações gerenciais sobre os gastos, conforme Martins (2001). Há várias abordagens de sistema
de custeio e a melhor escolha deve ser adotada pela organização que devem basear-se em seu
sistema de produção e escolher o método de custeio a ser utilizado. Os métodos mais conhecidos e
utilizados são: custeio por absorção; custeio variável (também chamado de custeio direto); e o
custeio baseado em atividades, também representado pela sigla ABC. Estes sistemas apresentam
características particulares, cada um com suas vantagens e desvantagens, além disso tem que
atender a legislação fiscal.
Formação de preço
O processo de formação de preço é a análise realizada pelo microempresário ao definir
qual o valor que será cobrado por cada produto ou serviço. Para Santos (2000, p. 106) o problema
da formação dos preços está ligado às condições de mercado, às exigências governamentais, aos
custos, ao nível de atividade e à remuneração do capital investido. Nesse sentido, nota-se a
importância de uma gestão de qualidade em vista de que uma empresa seja de grande ou pequeno
porte consiga se manter no mercado, pois o objetivo é obter lucros sobre o capital investido. Porém
quanto maior o preço, menor o número de produtos a seres absorvidos e quanto menor o preço mais
haverá demanda. Assim o empreendedor terá que encontrar estratégias para que seus produtos
sejam vendidos e sua empresa obtenha lucros.
É o ramo da função financeira que acumula, organiza, analisa e interpreta os custos dos
produtos, dos inventários, dos serviços, dos componentes de organização, dos planos
operacionais e das atividades de distribuição para determinar o lucro, para controlar as
operações e para auxiliar a administração no processo de tomada de decisão.
Gráfico 1 – Evolução dos custos e despesas e receita total das micro e pequenas empresas do comércio e
serviços, em números-índices – 1998-2001
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio, Pesquisa Anual de Comércio 1998-2001 e Pesquisa
Anual de Serviços 1998-2001.
Portanto, observa-se o gráfico acima que tem como objetivo mostrar a evolução dos
custos, das despesas e da receita total das micro e pequenas empresas entre os de 1998-2001,
vejamos que no ano de 1999 os custos e despesas ultrapassaram a receita, e já no ano de 2001 as
receitas, ou seja, o lucro foram maiores que os gastos. Assim, cabe notar que houve um progresso
na gestão de controle nos negócios de pequeno porte.
3. METODOLOGIA
Assim sendo, Cristiano e seus colegas de pesquisa contataram a empresa Sindilojas, que
deu autorização para iniciar a consulta por meio de questionário junto aos seus associados. Eles
solicitaram uma lista dos filiados do Sindilojas, enviaram alguns por e-mails e fizeram visitas
pessoalmente também, e assim obtiveram setenta questionários respondidos.
O questionário tinha três opções de repostas, entre alternativas a, b e c. Na tabela a seguir
é possível notar as alternativas e a que está destacada de amarelo é a resposta correta sobre o
conceito questionado. Esses dados não se referem a todo o ramo de varejo, pois em uma empresa
com mais de três mil associados, apenas setentas enviaram o questionário, ou seja apenas 2% dos
filiados do Sindilojas.
Fonte :ARENHARDT, Cristiano et al. Gerenciamento de Custos: um estudo de caso em empresas do ramo do
varejo. Revista Fema: Gestão & Controladoria, Santa Rosa, v. 4, p. 78, julho/dezembro 2014.
Após analisar a primeira questão, pode-se obsevar que nesta empresa apenas 42,86% sabem
o conceito correto de como os gastos são tratados. E que uma grande porcentagem (opção A – 38,10%,
opção B – 19,05%) escolheram a resposta errada.
Analisando a segunda questão, a grande maioria, 71,21%, acertou a reposta. Porém, tem
alguns filiados que não sabem o conceito correto de custos fixos.
Já analisando a sexta questão, pode-se ver que uma pequena quantidade, 22,22%, sabe o
conceito correto de custeio direto na empresa. E isso pode causar uma grande problema para empresa,
se os seus próprios funcionários não sabem o conceito correto.
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Assim sendo, através desta pesquisa é possível notar que uma grande quantidade de
associados não sabem os conceitos corretos, mas mesmo assim a empresa continua em
funcionamento. Entretetanto, se esses filiados dominassem os conceitos de uma maneira correta, com
certeza a empresa teria um melhor rendimento e até geraria mais lucro.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
REFERÊNCIAS
CREPALDI, Silvio Aparecido. Curso Básico de contabilidade de Custos. 5. Ed. São Paulo: Atlas,
2010.
PEREZ, José Hernandez Jr; OLIVEIRA; Luís Martins, COSTA, Rogério Guedes.Gestão
estratégica de custos. São Paulo: Atlas, 1999.
SANTOS, J.J. Formação de preços e do lucro. 3 Ed. São Paulo: Atlas, 1991.