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2022
UM ESTUDO SOBRE INDICADORES DE MOBILIDADE URBANA RELACIONADOS
ÀS NORMAS DE CIDADES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS DA ABNT NBR ISO
37120:2021 E ABNT NBR ISO 37122:2020
Rio de Janeiro
Junho de 2022
UM ESTUDO SOBRE INDICADORES DE MOBILIDADE URBANA RELACIONADOS
ÀS NORMAS DE CIDADES E COMUNIDADES SUSTENTÁVEIS DA ABNT NBR ISO
37120:2021 E ABNT NBR ISO 37122:2020
Examinado por:
Dedico este trabalho à minha mãe por me apoiar em todas as escolhas até aqui, por me
mostrar a importância dos estudos e me incentivar a sempre dar o meu melhor, e aos meus avós,
Lúcia e Batista, por sempre serem o meu suporte durante a faculdade e por me socorrerem em
momentos de angústia.
Às minhas tias Daliane e Alyne, por me ouvirem e aconselharem, e especialmente meu
padrinho, Luís Henrique, por todo carinho que sempre teve por mim.
Às minhas amigas Cami e Ailma, pelo apoio ao longo da graduação como um todo,
principalmente nos momentos mais difíceis.
Aos amigos que fiz no curso: Ramon, Murillo, Luciana, Gabi, Fernanda, Nayara,
Matheus... Em especial Tailaine e Livia Beatriz pelo apoio durante a escrita deste trabalho.
À Fluxo Consultoria e a RioJunior, que foram essenciais para o início da minha
trajetória profissional e onde encontrei grandes amigos.
Aos professores que me instruíram durante a graduação, e principalmente à minha
orientadora Profa. Rosane, que se mostrou sempre muito dedicada e atenciosa.
À Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro, por todo o aprendizado
que me foi proporcionado. Sou grata pelas oportunidades às quais pude ter acesso através da
educação pública.
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte dos
requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil.
Junho/ 2022
Orientadora: Rosane Martins Alves
Curso: Engenharia Civil
Nas últimas décadas as cidades têm enfrentado diversos desafios com o crescimento da
população urbana, onde o surgimento do conceito de cidades inteligentes vem ganhando força
e auxiliando na promoção do desenvolvimento sustentável. Neste contexto, os indicadores
desempenham papel relevante, produzindo benefícios em relação ao controle do crescimento
urbano, de modo que a cidade se torne ou se mantenha sustentável. Este trabalho tem como
objetivo selecionar alguns indicadores de transportes das normas ABNT NBR ISO 37120:2021
e ABNT NBR ISO 37122:2020, e aplicá-los para a cidade do Rio de Janeiro. Os resultados para
os indicadores selecionados, foram identificados na literatura científica, para João Pessoa e
Uberlândia, e são apresentados no trabalho. Em complemento, apresenta-se iniciativas que
estão sendo implementadas na cidade do Rio de Janeiro, alinhadas a cada indicador não obtido.
Foi utilizada revisão bibliográfica sistemática, acesso a sites públicos para consulta à base de
dados abertos para coleta de informações. Destaca-se a dificuldade na obtenção e na
padronização dos dados, sua atualização por parte dos órgãos públicos, o que prejudica o
cálculo dos indicadores. Os resultados apresentados mostram que existem ações na cidade do
Rio de Janeiro para torná-la mais sustentável, como a meta de 100% da frota de ônibus movidos
a sistemas limpo em 2050, porém ainda falta monitoramento e controle dos dados, que muitas
vezes são coletados apenas por plataformas independentes, como o MobiliDados, dificultando
as decisões em termos de políticas públicas para mitigação de problemas urbanos relacionados
à mobilidade urbana.
June/ 2022
In the last decades, cities have faced several challenges with the growth of the urban population,
where emerging concepts of smart cities has been gaining strength and helping to promote
sustainable development. In this context, indicators play a relevant role, producing benefits to
control urban growth, so that the city becomes or remains sustainable. This study’s selected
some transport indicators from the ABNT NBR ISO 37120:2021 and ABNT NBR ISO
37122:2020 standards, and apply them to the city of Rio de Janeiro. The results for the selected
indicators were identified in the scientific literature for João Pessoa e Uberlândia and are
presented in the work. In addition, initiatives that are being implemented in the city of Rio de
Janeiro are presented, in line with each indicator not obtained. A systematic literature review
was used, access to public websites to consult the open database for information collection. The
difficulty in obtaining and standardizing data and updating them by public agencies highlighted,
which impairs the calculation of indicators. The results presented show that there are actions in
the city of Rio de Janeiro to make it more sustainable, as the goal of 100% clean system-
powered bus fleet by 2050, but there is still a lack of monitoring and data control, that are often
only collected by independent platforms, such as MobiliDados, making decisions in terms of
public policies to mitigate urban problems related to urban mobility difficult.
Keywords: Urban mobility Indicators; Sustainability; ABNT ISO Standards; Smart Cities.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.1: Exemplo de setores que podem ser impactados dentro de Cidades Inteligentes ..... 2
Figura 1.2: Fluxograma da metodologia do trabalho ................................................................. 9
Figura 2.1: Aceitação das definições para cidades inteligentes................................................ 12
Figura 2.2: Índices de Urbanização (Brasil x Mundo) ............................................................. 14
Figura 2.3: Framework da Agenda de Estudos sobre Cidades Inteligentes Brasileira ............. 16
Figura 2.4: Frota de automóveis no Brasil ............................................................................... 20
Figura 2.5: Municípios brasileiros atendidos por transporte público de ônibus ....................... 21
Figura 2.6: Distribuição das viagens por modo ........................................................................ 21
Figura 2.7: Percentual dos municípios correspondentes por população e relação com o PMU
.................................................................................................................................................. 22
Figura 2.8: Modelo de 4 Etapas ................................................................................................ 23
Figura 3.1: Objetivos de Desenvolvimento Sustentável .......................................................... 28
Figura 3.2: Foto de divulgação da Smart City Laguna ............................................................. 32
Figura 3.3: Análise Gráfica da cidade de Londres e do Rio de Janeiro ................................... 33
Figura 3.4: Eixos do Ranking Connected Smart Cities ............................................................ 33
Figura 4.1: Unidades territoriais da cidade do Rio de Janeiro.................................................. 45
Figura 4.2: Concentração de empregos e localização dos empreendimentos do programa
MCMV ..................................................................................................................................... 53
Figura 4.3: Pontos de recarga de carros elétricos ..................................................................... 54
Figura 4.4: Estações de Bike Itaú na cidade do Rio de Janeiro ................................................ 55
Figura 4.5: Tipos de integrações do transporte público da cidade do Rio de Janeiro .............. 56
Figura 4.6: Número anual de viagens em transporte público per capita .................................. 57
Figura 4.7: Quilômetros de ciclovias e ciclofaixas por 100.000 habitantes ............................. 57
Figura 4.8: Mortes no trânsito por 100.000 habitantes ............................................................. 59
Figura 4.9: Intervenções no trânsito em uma escola de Realengo/RJ ...................................... 59
Figura 4.10: Número de automóveis per capita ........................................................................ 60
Figura 4.11: Número de veículos motorizados de duas rodas per capita ................................. 61
Figura 4.12: Divisão modal na cidade do Rio de Janeiro ......................................................... 64
Figura 4.13: Frota de veículos em circulação no Rio de Janeiro .............................................. 64
Figura 4.14: Imagem computadorizada de vagas de estacionamento disponíveis ................... 68
Figura 4.15: Mapa interativo de BRTs ..................................................................................... 69
LISTA DE QUADROS
Quadro 3.1: Ranking comparativo dos principais índices internacionais de cidades inteligentes
.................................................................................................................................................. 29
Quadro 3.2: Indicadores de Mobilidade e Transporte .............................................................. 29
Quadro 4.1: Indicadores de transportes das normas ABNT NBR ISO 37120:2021 e ABNT NBR
ISO 37122:2020 ........................................................................................................................ 48
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 1
2.2.3. Internet das Coisas (IoT) aplicada à Mobilidade Urbana - Mobilidade Inteligente e
o cenário brasileiro................................................................................................. 24
4.3.3. Indicadores obtidos para a cidade do Rio de Janeiro e para duas cidades brasileiras
- Etapa 2 ................................................................................................................. 56
4.3.4. Levantamento de iniciativas para os indicadores não obtidos para a cidade do Rio
de Janeiro - Etapa 3 ................................................................................................ 61
1 INTRODUÇÃO
De acordo com o secretário geral das Nações Unidas, as cidades devem abrigar cerca de
70% da população mundial até 2050 (GUTERRES, 2020). Sobretudo a partir de meados do
século XX, nota-se um crescente interesse mundial, por parte governamental, na busca de
modelos de gestão e planejamento urbano que conciliem desenvolvimento econômico e
sustentabilidade, de forma a preservar e manter os recursos naturais disponíveis.
Figura 1.1: Exemplo de setores que podem ser impactados dentro de Cidades Inteligentes
Fonte: GTA, 2021
3
Além do impacto causado pela falta de planejamento urbano adequado, ainda existem
problemas relacionados à falta de priorização, ao real entendimento das necessidades de cada
cidade individualmente, à observação dos hábitos dos moradores e à adequação de medidas
utilizadas em outras regiões. Muitas vezes um planejamento ruim pode ser considerado pior do
que a falta dele (NEGREIROS, 2017).
Da mesma forma que a população mundial que vive em cidades continua aumentando
rapidamente, no Brasil, conforme o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-
IBGE de 2010, 84.35% da população vive em áreas urbanizadas. Tem-se a partir deste cenário
o quanto é de relevância esta questão frente ao contingente populacional abrangente. Deste
modo, faz-se necessário ter um olhar holístico diferenciado de forma a planejar com cautela as
ações que devem ser tomadas a fim de alcançar tais objetivos. O desafio que surge é como
mensurar a sustentabilidade já alcançada e a almejada (ALMEIDA, 2019).
A norma ABNT NBR ISO 37120 teve nova publicação em 2021- ABNT NBR ISO
37120:2021 – “Cidades e comunidades sustentáveis – Indicadores para serviços urbanos e
qualidade de vida”. Ela busca definir, de forma global, o conceito de sustentabilidade no
contexto urbano, apresentando diversas métricas e indicadores para avaliar a capacidade de
desempenho de uma cidade em relação ao desenvolvimento sustentável. A fim de fornecer um
conjunto completo de indicadores para medir o progresso das cidades, visando a qualidade de
vida, a manutenção e aceleração das melhorias dos serviços urbanos, foram criadas duas normas
brasileiras complementares a ABNT NBR ISO 37120:2021: a ABNT NBR ISO 37122:2020 de
cidades inteligentes e a ABNT NBR ISO 37123:2021 de cidades resilientes.
É possível notar que o processo de urbanização das cidades ocorreu sem o devido
planejamento nos últimos anos no Brasil, principalmente na região sudeste, motivado pela busca
de melhores oportunidades de emprego. Em pouco tempo as cidades foram tomadas por
diversos problemas sociais e ambientais que até hoje não foram solucionados adequadamente.
Nesse contexto, em que se acrescenta diversos problemas sociais, cada vez mais presentes na
vida urbana impactando na qualidade de vida das pessoas, se faz necessário repensar o modelo
de como as cidades devem funcionar e evoluir.
6
Com o crescimento dos avanços tecnológicos dos últimos anos, é necessário pensar em
um modelo conceitual que possa mitigar problemas gerados pelo crescimento demográfico e
que também possibilite um desenvolvimento urbano mais sustentável. Os impactos positivos
gerados a partir da adoção do conceito de cidades inteligentes podem atingir diferentes sistemas,
isoladamente ou em conjunto, como por exemplo sistemas de mobilidade urbana.
1.3. OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo geral, selecionar indicadores de transporte que constam
em duas normas técnicas brasileiras, traduzidas recentemente pela Comissão de Estudo
Especial (CEE), (CEE 268/ ABNT): NBR ISO 37120:2021- “Cidades e comunidades
sustentáveis - Indicadores para serviços urbanos e qualidade de vida” e NBR ISO 37122:2020-
“Cidades e comunidades sustentáveis - Indicadores para cidades inteligentes”, e aplicar os
indicadores selecionados de ambas as normas para a cidade do Rio de Janeiro.
o (1) Aplicar para a cidade do Rio de Janeiro alguns indicadores de transporte, aqui
selecionados, e que compõem as normas ABNT NBR ISO 37120:2021 e ABNT
NBR ISO 37122:2020, destacando a relevância do seu uso no apoio às ações do
agente público;
1.4. METODOLOGIA
37122:2020.
Como etapa seguinte, foi realizada uma pesquisa documental dos dados de transportes
relativos à cidade do Rio de Janeiro, escolhida para aplicação dos indicadores. As informações
foram obtidas através de buscas em materiais fornecidos pelo Departamento Estadual de
Trânsito do Rio de Janeiro (Detran/RJ), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), relatórios disponibilizados pela secretaria de transportes do município e pelo Governo
do Estado do Rio de Janeiro. Visto que há grande dificuldade em padronizar um ano base de
pesquisa, os dados utilizados serão os mais recentes adquiridos em fontes oficiais.
(3) Levantamento e apresentação das iniciativas que estão sendo realizadas no Rio de
Janeiro, com objetivo de que mais indicadores de ambas as normas ABNT, tratadas
neste trabalho, possam ser utilizados.
Seleção ,cálculo e
Levantamento resultado dos Avaliação dos
Revisão de dados para indicadores : resultados
Bibliográfica cálculo dos
ABNT:ISO3 7120 obtidos
indicadores
ABNT ISO 37122
No segundo capítulo, foi realizada a revisão bibliográfica sobre cidades inteligentes, sua
relação com o desenvolvimento sustentável e com a mobilidade urbana. Foram apresentados
alguns estudos, e exemplos de cidades no Brasil e no mundo que alcançaram bons índices de
desenvolvimento urbano através da aplicação do conceito de cidades inteligentes.
No terceiro capítulo, foi realizada a apresentação das normas brasileiras que abordam o
tema de desenvolvimento sustentável, cidades inteligentes e os indicadores de transportes.
Apesar de não existir uma definição formal ao conceito de cidades inteligentes, alguns
autores convergem em ideias principais que indicam diretrizes básicas a serem seguidas ao se
pensar em uma definição. O primeiro termo surgiu na década de 90, a fim de explicar
desenvolvimentos que vinham acontecendo em algumas cidades com base nas tecnologias
surgidas na época (RIZZON et al., 2017).
Alguns fatores podem influenciar o que faz uma cidade ser classificada como inteligente,
como a capacidade de investir no desenvolvimento dos meios de transportes visando uma
comunicação integrada, a possibilidade de impulsionar um desenvolvimento e também investir
nos seus cidadãos para minimizar impactos sociais através de uma governança participativa
(LAZZARETTI et al., 2019).
Segundo Komninos (2002), o conceito de cidade inteligente pode ser definido como um
aglomerado multidimensional com três dimensões relevantes: Pessoas, Inteligência Coletiva e
Inteligência Artificial. O primeiro envolve inventividade e criação, o segundo conhecimento e
inovação e o terceiro infraestrutura e comunicação (KOMNINOS, 2002 apud MÜLLER, 2022).
11
De acordo com Papa et al. (2015), existem diversas definições de cidades inteligentes,
mas dois conceitos podem atender bem, em grande parte, uma definição principal, sendo que
uma é baseada no avanço tecnológico que tem como foco o desenvolvimento das infraestruturas
urbanas e a outra relacionada as diferentes interações entre os componentes que integram o
sistema urbano (PAPA et al., 2015).
Para encontrar uma definição mais aceita entre pesquisadores, que contemplassem os
mais diversos aspectos, foi realizado um estudo por Weiss (2019) para avaliar a aplicabilidade
das tecnologias de informação e comunicação na gestão das cidades, em que se verificou três
conceitos a serem analisados pelas pessoas entrevistadas na pesquisa, o resumo das definições é
apresentado na Tabela 2.1.
Definição Autor
É o centro urbano do futuro, feito de forma segura,
ambientalmente verde e eficiente, porque todas as
estruturas - sejam para energia, água, transporte, etc.
estão concebidos, construídos e mantidos fazendo uso
HALL, 2000
de avançados e integrados materiais, sensores,
eletrônica e redes que fazem a interface com os
sistemas informáticos compostos por bases de dados,
rastreadores e algoritmos de decisão;
Realiza a implementação de tecnologias da
informação e comunicação – TIC - de forma a
transformar positivamente os padrões de organização,
aprendizagem, gerenciamento da infraestrutura e
WEISS, 2016
prestação de serviços públicos, promovendo práticas
de gestão urbana mais eficientes em benefício dos
atores sociais, resguardadas suas vocações históricas
e características culturais;
Tem bom desempenho e atua de forma prospectiva
em economia, pessoas, governança, mobilidade,
ambiente e condições de vida construídos sobre a
combinação inteligente do interesse e atividades de
GIFFINGER, 2007
cidadãos conscientes, independentes e aptos a tomar
decisões. Adicionalmente, busca e identifica soluções
que permitam que a cidade moderna melhore a
qualidade dos serviços prestados aos cidadãos;
Portanto, seis características podem ser observadas para descrever cidades inteligentes,
sendo essas determinantes para garantir um alto desempenho das cidades. Essas características
inteligentes são: pessoas; economia; governança; mobilidade; ambiente e; vida. (GINFFINGER
et al., 2007).
Levando em conta a evolução das tecnologias dos últimos anos, a cidade inteligente
pode ser caracterizada como um método de desenvolvimento urbano que depende das
Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) para a coleta de dados que deverão servir de
base para a tomada de decisão dos gestores (DUSTAR et al., 2017 apud GUGLIELMI et al.,
2021). Porém, apesar de as TIC serem recorrentemente citadas por diversos autores, segundo
Neirotti (2014), elas são apenas um dos diversos meios possíveis para atingir o objetivo de
tornar uma cidade inteligente, visto que as cidades que com alto índice de TIC e de iniciativas
inteligentes não serão necessariamente as com os melhores resultados em seus indicadores
(NEIROTTI, 2014 apud WEISS et al, 2019). Outros meios possíveis de desenvolvimento das
13
cidades são: Internet das coisas1, Big Data e Ciência de Dados, Inteligência Artificial e
Aprendizado de Máquina, Computação Cognitiva e Computação em Nuvem, Aplicações
Móveis, Georreferenciamento, Soluções de colaboração em redes sociais, Segurança
Cibernética, Sistemas de Informações e Engenharia de Software (WEISS et al., 2019).
1
Conceito tecnológico em que todos os objetos do cotidiano estão conectados à internet, podendo se comunicar
com outros dispositivos.
14
população mundial em 2022 apresentava 55% da sua área urbanizada com uma perspectiva de
chegar a 66% em 2050, no mesmo período a expectativa é que o Brasil chegue a 92% da
população vivendo em áreas urbanas. Essa aceleração no crescimento acaba impulsionando as
cidades a criarem meios para se desenvolverem cada vez mais rápido.
Em 1992, no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, foi lançada a Agenda 21, junto às
resoluções tomadas na conferência internacional Eco-92/ Rio 92. Organizada pela ONU, contou
com a participação de 179 países, que resultou em um plano de ação global com objetivo de
conciliar crescimento econômico e social alinhados com a preservação do meio ambiente. Na
Agenda 21, foram definidas as bases para que cada país buscasse a preservação do meio
15
realizadas no Brasil, foi proposta por Pinheiro et al (2017) uma agenda de pesquisas sobre
cidades inteligentes brasileiras. Conforme apresentado na Figura 2.3, foram sugeridas algumas
áreas de estudos para trabalhos científicos no campo de cidades inteligentes, que são relevantes
para o funcionamento das cidades, visto que a tendência é que haja mais investimentos na
modernização dos processos realizados pelos municípios, através do uso de tecnologia da
informação (PINHEIRO et al., 2017).
Tabela 2.2: Algumas das principais contribuições dos estudos brasileiros no avanço das pesquisas
sobre cidades inteligentes
urbanos; Utilização de IoT para gestão das cidades; Desenvolvimento de soluções para melhor
gestão dos recursos naturais, como a energia, nas smart cities; e Desenvolvimento de propostas
para melhorar o armazenamento e a privacidade de dados. Em sua grande maioria, os estudos
buscam solucionar problemas urbanos e na gestão das cidades.
O estudo apresentado por Santana et al. (2020), sugere o uso de IoT para auxiliar na
resolução de problemas comuns nas cidades. Diversas áreas problemáticas foram apontadas,
como ciência de dados, saúde, comunicação, energia, mobilidade, segurança pública e
saneamento. Em relação à mobilidade, propõe para a problemática do deslocamento no trânsito,
reduzir o tempo através do uso de semáforos inteligentes. O tema de transportes geralmente não
é apresentado de forma focal nos estudos, e poucas pesquisas brasileiras apresentam a
mobilidade urbana como meio para tornar as cidades mais inteligentes e sustentáveis e mesmo
àqueles que citam a mobilidade, não o tem como foco do estudo (SANTANA et al, 2020).
2.2.1. Contexto
Paradigma Características
• Foco nas pessoas;
• Acessibilidade e qualidade de vida;
• Equilíbrio entre os meios de transporte e mudança para os mais
sustentáveis
• Quebra da perspectiva puramente econômica dos transportes; inclusão
de aspectos sociais e ambientais;
Sustentável • Transporte como componente de uma “boa cidade”: economicamente
produtiva; coesão e diversidade social; maiores densidades e uso misto
do solo; amiga do ambiente; saudável e participativa;
• Direcionado a transporte público e meios não motorizados;
• Forte integração entre uso do solo e transporte;
• Maior atenção para o comportamento individual e estilo de vida;
• Formas mais participativas de criar políticas e práticas de transporte;
Fonte: MACHADO et al., 2018
Apesar da crise econômica que o Brasil viveu nos últimos anos a quantidade de veículos
individuais continuou subindo. Entre de 2008 e 2018, houve um crescimento no número de
automóveis no Brasil, de 37,1 milhões para 65,7 milhões, sendo que 17 principais áreas das
regiões metropolitana do país, representaram mais de 40% desse aumento. A distribuição do
crescimento entre as metrópoles e demais cidades é apresentada na Figura 2.4, em que se pode
observar a evolução da quantidade absoluta de automóveis (AZEVEDO et al., 2019).
localizados fora das áreas centrais, afetando diretamente o planejamento da mobilidade urbana
nas cidades (MAGAGNIN et al., 2008). De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e
estatística (IBGE) quase metade dos municípios brasileiros não são atendidos por transporte
público de ônibus, conforme apresentado na Figura 2.5 (IBGE 2020 apud NTU, 2022).
Devido a esse número alto de municípios sem acesso ao transporte coletivo, pouco mais
de 40% dos deslocamentos da população são realizados a pé ou de bicicleta, e 28% por
transporte coletivo, sendo que esse valor varia significativamente conforme aumento do porte
da cidade estudada, variando entre 36% para cidades maiores e 18% entre cidades menores. Em
relação ao transporte não motorizado, a variação da participação de transportes não motorizados
(TNM) é muito mais representativa dependendo do tamanho da cidade, podendo chegar a 50%
nas menores. (ANTP, 2018). A distribuição dos modos de viagens é apresentada na Figura 2.6.
A Lei 12.587/12, conhecida como Lei da Mobilidade Urbana, foi criada com o intuito
de determinar aos municípios o planejamento e execução, das diretrizes da Política Nacional de
Mobilidade (PNMU). Essa lei obriga as cidades com mais de 20 mil habitantes de criar e
aprovar um Plano de Mobilidade Urbana (PMU), e determina a priorização do modo de
transporte público coletivo e de veículos não motorizados (BRASIL, 2012). De acordo com a
22
PNMU (2013):
O transporte é um importante instrumento de direcionamento do desenvolvimento
urbano das cidades. A mobilidade urbana bem planejada, com sistemas integrados e
sustentáveis, garante o acesso dos cidadãos às cidades e proporciona qualidade de vida
e desenvolvimento econômico (PNMU, 2013).
Figura 2.7: Percentual dos municípios correspondentes por população e relação com o PMU
Fonte: BRASIL 2016a apud MACHADO et al., 2018
A Internet das Coisas, ou Internet of Things (IoT), pode ser definido como a interação
entre objetos, máquinas e equipamentos entre si ou entre usuários, baseado nas Tecnologias de
Informação e Comunicação (TIC). Portanto, IoT caracteriza-se pela associação a sensores
“inteligentes” capazes de se comunicar com outros sensores. A expansão desse sistema permitiu
o aumento da possibilidade de utilização de aplicações, desde em automações residenciais até
na indústria (CRUZ, 2019).
2
O ranking foi desenvolvido com base nos números de 2016 e avaliou cidades com população superior a 800 mil
pessoas.
25
Em relação à mobilidade urbana, esse tipo de sistema pode ser utilizado em cidades
inteligentes, como por exemplo o Smart Transportation, em que sensores determinam a
velocidade e a intensidade do trânsito, contribuindo para o planejamento de vias e semáforos,
que também podem ser inteligentes e se adaptar às necessidades imediatas para melhoria do
fluxo de veículos (ARAÚJO et al., 2019).
Alguns aplicativos comerciais foram criados no Brasil, e utilizam bases de dados abertos
governamentais para prestar serviço à população (CRUZ et al., 2016). O sistema UbiBus, faz
uso de informações contextuais, como tweets, e de computação ubíqua3 para se adaptar às
situações do trânsito e recomendar rotas alternativas para os usuários de ônibus (TITO et al.,
2012). No Rio de Janeiro, a prefeitura em parceria com o Moovit, criou o ônibus.rio, uma
plataforma tecnológica de suporte à gestão do serviço de ônibus na cidade. O objetivo foi
permitir acesso à informação pelos cidadãos para planejamento de mobilidade e garantir que a
gestão municipal possua um meio eficiente das experiências dos usuários, para facilitar a
tomada de decisão (ÔNIBUS.RIO, 2022).
3
Refere-se a dispositivos conectados em todos os lugares, de forma quase imperceptível.
26
busca de um desenvolvimento sustentável das cidades, pois não basta obter informações, é
necessário trabalhar os dados obtidos e transformá-los em conhecimento (LIRA, 2008). Os
indicadores voltados ao desenvolvimento sustentável de forma sistêmica ainda são poucos e
aplicados de forma muito experimental. Devido à possíveis discordâncias referentes ao trabalho
das informações e obtenção dos indicadores, é importante levar em consideração as vantagens
e as desvantagens da aplicação desse método, apresentados na Tabela 3.1 (AZEVEDO, 2022).
VANTAGENS LIMITAÇÕES
• Avaliação dos níveis de desenvolvimento • Inexistência de informação base;
sustentável; • Dificuldades na definição de expressões
• Capacidade de sintetizar a informação de matemáticas que melhor traduzam os
caráter técnico/científico; parâmetros selecionados;
• Identificação das variáveis-chave do • Perda de informação nos processos de
sistema; agregação dos dados;
• Facilidade de transmitir a informação; • Diferentes critérios na definição dos
• Bom instrumento de apoio à decisão e aos limites de variação do índice em relação
processos de gestão ambiental; às imposições estabelecidas;
• Sublinhar a existência de tendências; • Ausência de critérios robustos para
• Possibilidade de comparação com padrões seleção de alguns indicadores;
e/ou metas pré-definidas. • Dificuldades na aplicação em
determinadas áreas como o ordenamento
do território e a paisagem.
cidades que mais aparecem nas primeiras ou segundas colocações, sendo 5 e 4 vezes
respectivamente.
Quadro 3.1: Ranking comparativo dos principais índices internacionais de cidades inteligentes
Global Global
Quality of Global Sustaina
Ranking Global Financial Power
CIMI 2018 Living City Liveability ble Cities
/ cidade Cities Index Centres City
Ranking Index Index
Index Index
(A.T. 2018 2018 2018 2018 (Economist 2018
(IESE)
Kearney) (Z/Yen) (MMF) (Mercer) Intelligence Unit) (Arcadir)
1 Londres Nova Iorque Londres Londres Viena Viena Londres
Nova Nova
Nova Iorque Londres Zurique Melbourne Estocolmo
2 Iorque Iorque
Hong
Amsterdã Paris Tóquio Munique Osaka Edimburgo
3 Kong
4 Paris Tóquio Singapura Paris Auckland Calgary Singapura
A capital do Reino Unido possui a maior população, a maior área urbana do país e abriga
mais startups e programadores do que qualquer outra cidade do mundo. Além disso, a cidade
tem uma plataforma chamada London Datastore que é o primeiro portal de dados abertos do
globo e disponibiliza uma série de informações para mais de 50.000 empresas, cidadãos,
desenvolvedores e pesquisadores a cada mês. A cidade de Londres apresentou no CIMI um
excelente resultado nas dimensões de alcance internacional, capital humano, mobilidade e
economia. Porém, não conseguiu um resultado muito bom em coesão social e meio ambiente,
mas está melhorando as suas colocações a cada ano (BERRONE et al., 2019).
Nova Iorque é um dos maiores e mais populosos aglomerados urbanos do planeta, sendo
31
a segunda cidade mais populosa da América do norte. Além disso, possui um Produto Interno
Bruto (PIB) alto e é um dos centros econômicos mais importantes do mundo. A cidade
conseguiu um bom resultado em economia, capital humano, planejamento urbano e mobilidade.
Apesar de demonstrar melhorias com o passar do ano, não alcançou bons resultados em coesão
social e meio ambiente (BERRONE et al., 2019).
A prefeitura de Nova Iorque criou um plano chamado PlanNYC, para se preparar para
o crescimento populacional até 2030. São desenvolvidas dez metas principais no plano, que
buscam deixar a cidade um local mais agradável para sua população. De 2007, ano em que foi
criado o plano, até 2011 foram colocadas em prática as seguintes ações: Criação de áreas verdes
em que 25% dos moradores podem ir caminhando em até 10 minutos; Revitalização e
construção de novas moradias; Plantação de mais de 400 mil árvores; Estudos de áreas à serem
revitalizadas e recuperadas; Criação de novas formas de transporte coletivo menos poluentes e
mais sustentáveis; Mais de mil quilômetros de ciclovias foram construídas; Criação de leis para
adequação de prédios antigos em eficiência energética; Implantação de uma sistema que
diminui a incidência de enchentes, através da captação de água, chamado Blue Roof. Criação
de usinas de recicláveis e coleta de lixo, em que 30% dos resíduos sólidos da cidade são
coletados; Redução em 13% da emissão de poluentes comparado ao ano de 2005 (MELLO et
al., 2020).
Em São Paulo, São José dos Campos foi certificado como a primeira Cidade Inteligente
do Brasil, pela ABNT, através da aplicação dos indicadores das três normas internacionais NBR
ISO (37120, 37122 e 37123), e apenas 79 cidades no mundo possuem tal certificação
(AMARAL, 2022). Uma ação adotada pela cidade pode ser destacada, o CSI (Centro de
Segurança e Inteligência), responsável em promover segurança nos locais públicos por meio de
videomonitoramento, e em 2021 mil câmeras inteligentes foram instaladas, sendo capazes de
realizar reconhecimento facial (SJC. Disponível em:
<https://www.sjc.sp.gov.br/servicos/protecao-ao-cidadao/csi/>. Acesso em 21 de maio de
2022).
Em relação ao Ranking Cities in Motion 2020, apenas seis cidades Brasileiras estão
listadas, sendo todas capitais: Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro, Salvador e São
Paulo. A capital paulista é a melhor colocada dentre as cidades brasileiras, em 123º colocação,
seguida pelo Rio de Janeiro em 132º e em seguida Brasília em 135º. Apenas a título de
comparação, a Figura 3.3 apresenta a diferença entre o primeiro lugar geral do Ranking,
Londres, e a cidade do Rio de Janeiro. É possível perceber uma diferença grande em todos os
aspectos, os que mais se destacam são mobilidade, governança e capital humano (BERRONE
et al., 2020).
33
No Brasil, o Ranking Connected Smart Cities foi desenvolvido pela Urban Systems, em
parceria com a Necta, com o objetivo de mapear as cidades brasileiras com maior potencial de
desenvolvimento, em que são avaliados indicadores para qualificar as cidades mais inteligentes
do país. O Connected Smart Cities possui como princípios: Integração, Inovação, Colaboração,
Transparência e Foco nas Pessoas. Os indicadores são divididos em 11 eixos apresentados na
Figura 3.4, e 75 indicadores (URBAN SYSTEMS, 2021).
A região sudeste foi a que obteve melhores resultados, sendo que 56 das 100 cidades
mais inteligentes do Brasil estão nela, tendo como destaque o estado de São Paulo que possui
37 dos 56 municípios. O Top 5 do Ranking é formado por: São Paulo, Florianópolis, Curitiba,
Brasília e Vitória. A cidade do Rio de Janeiro aparece apenas na sétima posição, atrás da cidade
de São Caetano do Sul, em São Paulo. A capital paulista mais uma vez se destaca em outro
ranking, dentre as cidades brasileiras, neste caso principalmente devido ao ótimo resultado em
mobilidade e acessibilidade, Tecnologia e Inovação, Empreendedorismo, Economia e
Urbanismo. A capital paulista conquistou o primeiro lugar no eixo de mobilidade, e alguns
fatores podem ser destacados, como a diversidade de modais para locomoção da população, a
34
implementação de novos meios de pagamento no transporte, como o PIX, além de possuir mais
de 10 mil veículos em sua frota de baixa emissão, 600 km de ciclovias e estar a um raio de 100
km dos três maiores aeroportos do país (MOBILIDADE, 2021). No Rio de Janeiro é possível
realizar o pagamento do transporte público através da aproximação de cartões de crédito e
débito, ou celular (ANP, 2022).
Dentre as cinco cidades melhor posicionadas por região no eixo de mobilidade urbana,
todos possuem semáforos inteligentes. Balneário Caboriú (SC) se destaca em dois aspectos,
pois possui umas das maiores frotas de veículos de baixa emissão, com 0,26% do total e por ter
a maior quilometragem per capita de ciclovia dentre as cidades, com 27,44 km para cada cem
mil habitantes (URBAN SYSTEMS, 2021). A cidade conquistou o primeiro lugar no eixo de
Meio Ambiente, possuindo quase 95% de coleta de esgoto e 100% de água encanada,
monitoramento de áreas de risco e recuperação de 2,65% dos materiais recicláveis
(MOBILIDADE, 2021).
3.2. AS NORMAS BRASILEIRAS: ABNT NBR ISO 37120:2021 E ABNT NBR ISO
37122:2020
Tendo-se como objetivo criar e tornar as cidades mais sustentáveis, deve haver
convergência entre as estratégias de cidades inteligentes no mundo, de modo que cada cidade
apresente seus motivos para desenvolver estratégias em seu próprio idioma. Assim, o processo
de discussão e debate se faz importante entre partes interessadas para se definir uma "Smart
Tokyo", uma "Smart Paris", tendo-se sempre como ponto central, prioritário o cidadão (ABNT/
CEE-268, 2020).
A partir da ISO 37120, surgiu também a ISO 37123 que trata de indicadores para cidades
resilientes, possui 68 indicadores divididos entre 24 temas. Ao total, as três normas possuem
juntas 276 indicadores para orientar a gestão urbana, e a relação entre as elas está apresentada
na Figura 3.5.
36
• ABNT NBR ISO 37101:2017 Versão corrigida: 2021– “Sistema de gestão para
desenvolvimento sustentável – Requisitos com orientação para uso”:
estabelece requisitos para um sistema de gestão para desenvolvimento
sustentável em comunidades, incluindo cidades. Visa assegurar coerência com
a política para desenvolvimento sustentável de comunidades (ABNT NBR ISO
37101:2017);
Durante a Cúpula das Cidades em que a ISO 37120 foi apresentada, o World Council
on City Data (WCCD) foi criado, com o objetivo de certificar as cidades com base nos
indicadores dessa norma, baseado em níveis de avaliação de acordo com a quantidade de
indicadores adotados, podendo ser classificadas como: aspirante, bronze, prata, ouro e platina
(ABREU et al., 2020). Durante a elaboração desta pesquisa, o site da plataforma Open City
Data que informa as cidades certificadas, não estava disponível. Apesar disso, de acordo com
outros trabalhos foi possível saber que existem 58 cidades certificadas pela ISO 37120:2014,
conforme apresentado na Figura 3.6, sendo que não há nenhuma cidade brasileira.
No ranking das dez cidades com maior tempo de deslocamento, cinco são brasileiras e
todas aparecem em situação mais crítica que a de Nova York (TAVARES et al., 2021).
Portanto, devido à relevância das questões relativas à mobilidade urbana no contexto do
desenvolvimento sustentável brasileiro, no presente estudo, serão apresentados os indicadores
relacionados ao sistema de transportes das cidades, que são expostos na ABNT NBR ISO
37120:2021 e na ABNT NBR ISO 37122:2020. Reforça-se aqui que, as normas técnicas e o
uso de indicadores na gestão pública são peças importantes para o planejamento das cidades de
modo a torná-las cada vez mais sustentáveis e inteligentes.
3.2.1.1. Contextualização
Tabela 3.2: Indicadores de Transporte da ABNT NBR ISO 37120:2021 (seção 19)
Fonte: Elaborado pelo autor com base na norma ABNT NBR ISO 37120:2021
Para o indicador 19.5, referente às mortes no trânsito, devem ser incluídas todas as
fatalidades relacionadas ao sistema de transportes, independente do modo de viagem, desde que
tenha o acidente tenha ocorrido dentro dos limites da cidade.
O indicador 19.6 leva em consideração os horários de pico, que são considerados os dois
períodos do dia em que o volume de tráfego é maior.
Em relação aos dois indicadores de perfil, 19.8.1 e 19.8.2, o primeiro diz respeito aos
veículos registrados para uso pessoal, podendo ser incluídos veículos elétricos e o segundo
indicador aborda a utilização de veículos motorizados, como motocicletas e scooters.
41
3.2.2.1. Contextualização
Tabela 3.3: Indicadores de Transporte da ABNT NBR ISO 37122:2020 (seção 19)
Número Indicador
19.1 Porcentagem de ruas e vias da cidade cobertas por alertas e informações de tráfego on-line
em tempo real
42
Fonte: Elaborado pelo autor com base na norma ABNT NBR ISO 37122:2020
O indicador 19.2 diz respeito a toda forma de atividade econômica em que os usuários
possam trocar bens e serviços através de TICs. No aspecto da mobilidade urbana, podem ser
considerados compartilhamento de automóveis e compartilhamento de viagens. De acordo com
a NBR ISO 37122:2020 há um aumento de evidências que o compartilhamento de caronas pode
diminuir o número de passageiros em transporte público.
O indicador 19.9 define que semáforos inteligentes são os que utilizam algoritmos, TIC,
luzes e sensores para controlar o fluxo e a circulação de veículos e pedestres.
O indicador 19.11 conceitua veículo autônomo como veículos que são autoconduzidos,
ou seja, não necessitam da presença de um motorista e o indicador 19.13 versa sobre a
infraestrutura da estrada para uso de veículos autônomos. Esse tipo de veículo pode diminuir
o número de acidentes no trânsito devido a erro humano.
Por último, o indicador 19.12 diz respeito a conectividade fornecida pela cidade, de
forma acessível para residentes e visitantes do município.
44
Os dados para o cálculo dos indicadores foram obtidos através de pesquisas em diversos
órgãos municipais, estaduais e algumas instituições privadas que fazem parte de concessões ou
parcerias público-privadas. Foram realizados levantamentos em publicações, pesquisas, e
relatórios da Secretaria de transportes do Rio de Janeiro, assim como o banco de dados da
Prefeitura do rio, o Data Rio e informações do Detran RJ e IBGE. Algumas fontes externas ao
governo do Rio foram pesquisadas, como o Mobilize, o primeiro portal brasileiro de conteúdo
exclusivo sobre Mobilidade Urbana Sustentável, foi utilizada a plataforma de dados abertos do
MobiliDADOS, que fornece indicadores para capitais e regiões metropolitanas do Brasil.
46
Esse trabalho buscou as informações mais recentes, referentes ao ano de 2022 ou 2019
para evitar distorções da pandemia do COVID-19, quando necessário dados anualizados, foi
adotado como referência o ano de 2019, e para os demais dados, a prioridade foram informações
de 2022, ou o ano em que a informação estava disponível, evitando, quando possível, utilizar
informações dos anos de 2020 e 2021
Dois indicadores da norma da ABNT NBR ISO 37122:2020 não foram considerados na
análise e encontram-se em destaque com fundo cinza e letra vermelha no Quadro 4.1, sendo
eles, os indicadores 19.11 e o 19.13, relacionados à veículos autônomos. De acordo com a
descrição da norma, devem ser considerados veículos autônomos nível 4, ou seja, são aqueles
que assumem 100% a função do condutor. Porém, esse tipo de veículo ainda não existe no
Brasil, apenas nos níveis 1 e 2 de autonomia, que exigem controle do volante pelo condutor
(MANCUZO, 2022). Alguns impedimentos se mostram relevantes para que ainda não exista
esse tipo de carro no Brasil, de ordem legislativa e tecnológica. No primeiro caso, o artigo 252
do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) considera infração “dirigir o veículo com apenas uma
das mãos, exceto quando deva fazer sinais regulamentares de braço, mudar a marcha do veículo
ou acionar equipamentos e acessórios do veículo”, e no segundo caso, é devido à falta de alguns
47
elementos essenciais para circulação de um veículo autônomo, como: GPS, câmeras, sensores,
inteligência artificial e central de comando (MOBILIDADE, 2021).
Para visualização dos indicadores calculados, o Quadro 4.1 possui três tipos de
informações além da identificação das etapas, relativo ao indicador ter sido calculado, não
calculado ou não avaliado, sendo identificado da seguinte forma: Com Dados (CD), Sem Dados
(SD) e Não Avaliado (NA).
48
Quadro 4.1: Indicadores de transportes das normas ABNT NBR ISO 37120:2021 e ABNT NBR ISO 37122:2020
CD 19.2 Número anual de viagens em transporte público per capita 19.2 Número de usuários de sistemas de mobilidade baseados em economia
SD (3)
(1) (2) (indicador essencial) compartilhada por 100 000 habitantes
19.3 Porcentagem de passageiros que se deslocam para o
19.3 Porcentagem de veículos registrados na cidade que são veículos de baixa
SD (3) trabalho de forma alternativa ao automóvel privado (indicador de CD (1)
emissão
apoio)
19.4 Quilômetros de ciclovias e ciclofaixas por 100 000
CD 19.4 Número de bicicletas disponíveis por meio de serviços municipais de
habitantes (indicador de apoio) CD (1)
(1) (2) compartilhamento de bicicletas por 100 000 habitantes
CD 19.5 Mortes no trânsito por 100 000 habitantes (indicador de 19.5 Porcentagem de linhas de transporte público equipadas com sistema acessível ao
Seleção dos Indicadores
SD (3)
(1) (2) apoio) público em tempo real
19. TRANS-PORTE
SD (3) 19.14 Porcentagem da frota de ônibus da cidade movida por sistemas limpos
Fonte: Elaborado pelo autor com base em CBCS, 2022. Disponível em: <http://www.cbcs.org.br/website/comite-tematico/show.asp?cctCode=DE5BBC5D-
080F-4B2C-8D59-22318AA71FAB>. Acesso em: 24 de abril de 2022
49
A Fórmula dos indicadores da ABNT NBR ISO 37120:2021 encontra-se na Tabela 4.1
e da norma ABNT NBR ISO 37120:2021 na Tabela 4.2, a coluna “Nº” representa o número do
indicador de acordo com as normas.
Tabela 4.1: Fórmula dos indicadores de transportes calculados da ABNT NBR ISO 37120:2021
Nº FÓRMULA DO INDICADOR
Número total anual de viagens de transporte público geradas dentro da cidade
19.2
População total
Fonte: Elaborado pelo autor com base na norma ABNT NBR ISO 37120:2021
Tabela 4.2: Fórmula dos indicadores de transportes calculados da ABNT NBR ISO 37122:2020
Nº FÓRMULA DO INDICADOR
Número total de veículos com baixa emissão registrados e aprovados na cidade
19.3 × 100
Número total de veículos registrados na cidade
Fonte: Elaborado pelo autor com base na norma ABNT NBR ISO 37122:2020
50
Tabela 4.3: Valor dos indicadores de transportes da norma ABNT NBR ISO 37120:2021
Nº INDICADOR VALOR
Número anual de viagens em transporte
19.2 227,01
público per capita
Quilômetros de ciclovias e ciclofaixas por
19.4 6,76 km/ 100.000 hab
100.000 habitantes
19.5 Mortes no trânsito por 100.000 habitantes 5,68/ 100.000 hab
19.7 Tempo médio de deslocamento 67 minutos
19.8.1 Número de automóveis per capita 0,35
Número de veículos motorizados de duas
19.8.2 0,07
rodas per capita
Fonte: Própria
Tabela 4.4: Valor dos indicadores de transportes da norma ABNT NBR ISO 37122:2020
Nº INDICADOR VALOR
Porcentagem de veículos registrados na cidade que
19.3 0,12%
são veículos de baixa emissão
Número de bicicletas disponíveis por meio de
19.4 serviços municipais de compartilhamento de 45,74/ 100.000 hab
bicicleta por 100.000 habitantes
Porcentagem dos serviços de transporte público da
19.6 cidade cobertos por um sistema de pagamento 25%
unificado
Fonte: Própria
diferentes em relação à segunda versão. A escolha da cidade de João Pessoa foi devido ao fato
de a cidade possuir um patamar similar ao Rio de Janeiro perante a ISO 37120, pois de acordo
com Azevedo, 2022 a capital paraibana tem a possibilidade de ser certificada como aspirante
de acordo com a classificação WCCD e o Rio de Janeiro estaria no mesmo patamar de
certificação, de acordo com o estudo de Couto, 2018. Como ambas as cidades, Rio de Janeiro
e João Pessoa, são capitais de estados brasileiro, o município de Uberlândia foi considerado no
estudo por ser uma cidade do interior, trazendo o contraste em relação às capitais, mas que
possui relevância no cenário nacional, pois em 2019 apresentou um PIB per capita maior do
que o Rio de Janeiro e João pessoa, sendo de R$ 54,4 mil, R$ 52,8 mil e R$ 25,8 mil
respectivamente (IBGE, 2019). As três cidades são consideradas de grande porte, por possuírem
população superior a 500 mil habitantes (IBGE, 2001). A principal diferença entre os três
municípios é a densidade demográfica, o que pode favorecer em alguns indicadores, e
desfavorecer em outros, como será apresentado na avaliação de cada indicador.
Algumas informações relevantes sobre as duas cidades, Uberlândia e João Pessoa são
apresentadas na Tabela 4.5.
Tabela 4.5: Informações sobre as cidades do Rio de Janeiro, Uberlândia e João Pessoa
Fonte: IBGE, Disponível em: < https://cidades.ibge.gov.br/>. Acesso em: 29 de maio de 2022.
Conforme indicado pela numeração no Quadro 4.1, os indicadores obtidos apenas para
a cidade do Rio de Janeiro foram: Tempo médio de deslocamento; Porcentagem de veículos
registrados na cidade que são veículos de baixa emissão; Número de bicicletas disponíveis por
meio de serviços municipais de compartilhamento de bicicleta por 100.000 habitantes; e
Porcentagem dos serviços de transporte público da cidade cobertos por um sistema de
pagamento unificado.
de Janeiro da norma ABNT NBR ISO 37120:2021 não foi possível de ser obtido nos estudos
relacionados às cidades de João Pessoa e Uberlândia. No que diz respeito aos indicadores da
ABNT NBR ISO 37122:2020, não foi encontrado em nenhum estudo brasileiro ou internacional
uma aplicação da referida norma. Dessa forma, foi apresentado o resultado obtido do indicador
apenas para o Rio de Janeiro e uma análise do cenário atual da cidade em relação ao mesmo
indicador em outras cidades brasileiras.
• ABNT NBR ISO 37120:2021: Indicador 19.7 - Tempo médio de deslocamento (1).
O tempo médio de deslocamento do Rio de janeiro teve uma piora significativa, com
aumento de mais de 40% desde 2010, que era de 46 minutos, de acordo com os dados fornecidos
pela plataforma MobiliDADOS do Censo demográfico de 2010 do IBGE. Na cidade de Recife,
ocorreu a maior diferença em um período de 10 anos, pois em 2020 o tempo médio de
deslocamento foi 83% maior do que em 2010, que era de 35 minutos. Em São Paulo esse
aumento de tempo em viagens foi o menor dentre as três cidades analisadas, de pouco mais que
23%.
Outro ponto para ser levado em consideração é a distância dos empreendimentos minha
casa minha vida (MCMV) aos locais com maiores ofertas de emprego, conforme apresentado
na Figura 4.2. Portanto, isso contribui para que um grande contingente de pessoas realize
viagens com um tempo maior no deslocamento residência-trabalho.
Em algumas ações o Rio se destaca, como o fato de que em 2019 foram entregues 9
caminhões de lixo 100% elétricos, o que tornou a cidade pioneira no ocidente a contar com esse
tipo de veículo, sendo a segunda do mundo, atrás apenas da China. O objetivo era chegar até o
fim de 2020 com 20 veículos, representando 10% da frota de coleta da Comlurb, porém até o
fim do presente trabalho não foi possível confirmar se esses veículos foram obtidos
(PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO, 2019).
• ABNT NBR ISO 37122:2020: Indicador 19.4 - Número de bicicletas disponíveis por meio
de serviços municipais de compartilhamento de bicicleta por 100.000 habitantes (1).
• ABNT NBR ISO 37122:2020: Indicador 19.6: Porcentagem dos serviços de transporte
público da cidade cobertos por um sistema de pagamento unificado (1).
transportes e no mínimo 1 hora para viagens de ida e volta. A utilização do BUC em um mesmo
veículo mais de uma vez não caracteriza integração e, portanto, a passagem é cobrada todas as
vezes, só valendo a integração quando há troca de veículos, de acordo com o limite de tempo
estabelecido e no VLT só é possível usar o BUC para um passageiro (RIO BILHETE ÚNICO,
2019). Só é possível realizar a integração do valor de uma passagem em até dois transportes, a
partir do terceiro a tarifa é cobrada novamente (RIO DE JANEIRO, 2010). As possibilidades
de integração são apresentadas na Figura 4.5.
4.3.3. Indicadores obtidos para a cidade do Rio de Janeiro e para duas cidades
brasileiras - Etapa 2
Foi possível obter nos estudos de Guimarães Júnior (2019) e Azevedo (2022)
informações sobre 5 dos 6 indicadores, 1 essencial, 2 de apoio e 2 de perfil, calculados para a
norma ABNT NBR ISO 37120:2021, sendo eles: Número anual de viagens em transporte
público per capita; Quilômetros de ciclovias e ciclofaixas por 100.000 habitantes; Mortes no
trânsito por 100.000 habitantes; Número de automóveis per capita; e Número de veículos
motorizados de duas rodas per capita.
• ABNT NBR ISO 37120:2021: Indicador 19.2 - Número anual de viagens em transporte
público per capita (1) (2).
pelos passageiros, segundo os transportes rodoviários: ônibus; ferroviários: metrô, trem, bonde;
hidroviário e aeroviário no município do Rio de Janeiro. Através da avaliação entre três cidades,
com base nos estudos de Azevedo (2022) e Guimarães Júnior (2019), na Figura 4.6 é possível
observar uma superioridade da cidade do Rio de Janeiro, o que mostra que o carioca realiza
mais viagens em transporte público para se deslocar na cidade, visto que o indicador leva em
consideração o número de viagens realizadas por cada indivíduo, no entanto,
proporcionalmente, Uberlândia se destaca por possuir uma população menor do que João
Pessoa.
• ABNT NBR ISO 37120:2021: Indicador 19.4 - Quilômetros de ciclovias e ciclofaixas por
100.000 habitantes (1) (2).
• ABNT NBR ISO 37120:2021: Indicador 19.5 - Mortes no trânsito por 100.000 habitantes
(1) (2).
De acordo com o PMUS (2015), a maior parte dos acidentes relacionados à mortalidade
no trânsito, envolveram pedestres e motociclistas, representando 58% e 31% respectivamente
59
Entre janeiro e agosto de 2021, mais de seis mil crianças e jovens foram hospitalizados
em estado grave em decorrência de atropelamentos no Brasil. Na cidade do Rio um projeto
piloto foi promovido pela prefeitura no final do ano de 2021 para tornar o entorno de escolas
mais confortável e tranquilo para os estudantes. Através da CET-Rio, do ITDP Brasil e da FIA
Foundation foram implantadas intervenções ao redor de uma escola no bairro de Realengo, em
que o antes o depois são apresentados na Figura 4.9. De acordo com o ITDP, 60% dos
estudantes realizam o trajeto até a escola a pé e devido à falta de sinalização os veículos
trafegavam em alto velocidade na região, gerando um risco muito alto de acidentes de trânsito.
A intervenção em Realengo, foi a primeira de diversas que estão no plano da prefeitura a partir
do programa “A caminho da Escola 2.0” (ITDP, 2021).
• ABNT NBR ISO 37120:2021: Indicador 19.8.1 - Número de automóveis per capita (1) (2).
60
• ABNT NBR ISO 37120:2021: Indicador 19.8.2 - Número de veículos motorizados de duas
rodas per capita (1) (2).
O Rio de Janeiro apresenta um número de veículos motorizados de duas rodas per capita
menor do que João Pessoa e maior do que Uberlândia, conforme mostra Figura 4.7.
Diferentemente do Sudeste, que apresenta o maior número de automóveis, a região Nordeste
apresentou um crescimento expressivo no número de motos per capita desde 2009, tendo uma
participação de 28,2% desse tipo de veículo no Brasil em 2018 (AZEVEDO et al., 2019).
61
Tabela 4.7: Indicadores de Transportes da norma ABNT NBR ISO 37120:2021 não calculados para a
cidade do Rio de Janeiro
Nº INDICADOR
19.1 Quilômetros de sistema de transporte público por 100.000 habitantes
Porcentagem de passageiros que se deslocam para o trabalho de forma alternativa ao
19.3
automóvel privado
Porcentagem da população vivendo a um raio de até 0,5 km de oferta de transportes
19.6
públicos, disponíveis a cada 20 minutos durante os períodos de pico
Fonte: Elaborado pelo autor com base na norma ABNT NBR ISO 37120:2021
Tabela 4.8: Indicadores de Transportes da norma ABNT NBR ISO 37122:2020 não calculados para a
cidade do Rio de Janeiro
Nº INDICADOR
Porcentagem de ruas e vias da cidade cobertas por alertas e informações de tráfego on-line
19.1
em tempo real
Número de usuários de sistemas de transportes baseados em economia compartilhada por
19.2
100.000 habitantes
Porcentagem de linhas de transporte público equipadas com sistema acessível ao público
19.5
em tempo real
62
Fonte: Elaborado pelo autor com base na norma ABNT NBR ISO 37122:2020
• ABNT NBR ISO 37120:2021: Indicador 19.1 - Quilômetros de sistema de transporte público
por 100.000 habitantes (3).
Até o fim deste trabalho, não foram encontrados dados completos sobre os sistemas de
transporte público do Rio de Janeiro. Na cidade do Rio, existem transportes municipais de
metrô, trens metropolitanos, veículo leve sobre trilhos, vans, sistema BRS, sistema de BRT,
sistema de ônibus, teleféricos urbanos, bondes, ciclovias e barcas. Foi realizado um
levantamento de cada sistema individualmente, e o único sistema onde não estavam disponíveis
informações sobre a área de cobertura, foi o de vans da cidade (STPL). Além da falta de
informação sobre o SPTL, outro ponto para o indicador não ter sido calculado é devido ao fato
das informações obtidas terem sido encontradas de forma dispersa, em fontes não oficiais da
prefeitura, como reportagens. Dessa forma, apenas a critério de entendimento, o indicador foi
calculado de forma parcial e os dados de quilometragem de cobertura foram apresentados na
Tabela 4.9 com a fonte e ano de referência.
Ano de
Sistema Cobertura Fonte
referência
Metrô: 57 km 57 km 2022 FOLHA DE SP
Trens metropolitanos (nos 170 km 2017 RIO
limites do município)
Veículos Leves sobre 28 km 2019 INVEPAR
Trilhos (VLT)
Sistema de BRS 57 km 2021 PREFEITURA.RIO
Sistema de BRT 150 km 2022 SECRETARIA DE TRANSPORTES DO RIO
63
Não foi encontrada nenhuma informação sobre o tipo de transporte utilizado para se
locomover ao trabalho. Porém foram encontrados dados sobre o modo de transporte utilizado
pelo carioca para se deslocar no município do Rio, em que quase metade dessas viagens são
realizadas através do uso de transporte coletivo, em segundo e terceiro lugar estão os
deslocamentos realizados a pé e de carro, com 27% e 22% respectivamente. O detalhe da
proporção de cada tipo pode ser observado na Figura 4.12.
64
A distância máxima de caminhada percorrida para acessar a rede de transportes não deve
65
ser maior do que 1000 metros um corredor de média e alta capacidade, como BRT, VLT, metrô
e trens, e 500 metros para um serviço direto. Uma distância de 1000 metros representa uma
caminhada de 20 minutos, a uma velocidade de 3 km/h (ITDP, 2017).
Apesar do indicador de 0,5 km não estar disponível para a cidade do Rio, a plataforma
MobiliDADOS apresenta informações sobre a população residindo em até 1 km de uma estação
de transporte público de média e alta capacidade, através da coleta de dados por setor censitário
do IBGE e por recortes realizados pelo ITDP (Disponível em https://bit.ly/3PlCgEs).
• ABNT NBR ISO 37122:2020: Indicador 19.1: Porcentagem de ruas e vias da cidade cobertas
por alertas e informações de tráfego on-line em tempo real (3).
De acordo com o Centro de Operações Rio (COR), a cidade não possui sistema próprio
de detecção de acidente. O COR é responsável pelo monitoramento e transmissão de alertas e
informações de tráfego em tempo real. A cidade controla mais de 800 câmeras da prefeitura e
tem acesso a mais 700 administradas por outras concessionárias de serviços públicos. As
informações em tempo real são compartilhadas com a população através de duas redes sociais:
twitter e facebook (COR, 2022).
Em 2019 foi lançado o COR.Rio, aplicativo que fornece em tempo real informações
sobre a cidade, em aspectos relacionados ao trânsito e a previsão do tempo, podendo usuário
reportar ocorrências para contribuir com o sistema. (PREFEITURA DO RIO DE JANEIRO,
2019). Além da função de monitoramento, o COR Rio também é responsável em antecipar
soluções e minimizar ocorrências, direcionando informações aos órgãos responsáveis para a
tomada de decisão (COR, 2022).
O COR informou através do portal da transparência do Rio de Janeiro, que foi firmada
66
uma parceria pela RIOLUZ com o consórcio SMARTLUZ, para a gestão da iluminação pública,
em que serão instaladas 10.002 novas câmeras, e dentre essas, algumas serão dotadas do sistema
de Detecção Automática de Incidentes (DAI). Esse sistema possui a capacidade de realizar a
detecção das situações anormais de tráfego, como veículos parados, incidentes, formação de
filas nos sinais, veículos trafegando em sentido inverso, acidentes e paradas de veículos nas
vias de circulação. O projeto está em fase de implementação, em que serão instalados 705
pontos definidos pela CET-Rio, de forma que as câmeras farão o papel do observador na
detecção de anomalias (COR, 2022).
Até a finalização do presente trabalho, não foi possível obter informações sobre os
sistemas de transportes baseados em economia compartilhada na cidade do Rio de Janeiro. Na
cidade existem alguns aplicativos de transportes, que conectam o usuário aos motoristas, como
o Uber, Cabify e 99. Estima-se que no Brasil, o aplicativo Uber tenha mais de 22 milhões de
usuários aptos a solicitar corridas, sendo o país classificado como o segundo principal mercado
da empresa (MACHINE, 2021).
Na cidade do Rio de Janeiro existe um sistema de compartilhamento de carros,
fornecidos pela empresa Velo-City, em que o usuário aluga um carro e paga apenas pelo tempo
que usar (VELOCITY. Disponível em: <https://www.veloci.com.br/velocity.html>. Acesso
em: 15 de maio de 2022). Esse modelo pode ajudar significativamente na redução de
automóveis privados, pois um carro compartilhado pode retirar até 13 carros da rua, dessa forma
acaba contribuindo para a emissão de menos poluentes nas cidades (FONSECA. Disponível
em:<http://www.gesel.ie.ufrj.br/app/webroot/files/publications/57_apresenta%C3%A7%C3%
A3o%20velo-city%20gesel.pdf>. Acesso em 15 de maio de 2022). Em São Paulo, a empresa
beepbeep fornece veículos 100% elétricos para o compartilhamento, e ainda permite o
deslocamento entre algumas cidades e aeroportos do estado que estão presentes (BEEPBEEP,
2022).
• ABNT NBR ISO 37122:2020: Indicador: 19.5 - Porcentagem de linhas de transporte público
equipadas com sistema acessível ao público em tempo real (3).
Até a finalização do presente trabalho, não foi possível obter informações sobre todas
as linhas de transporte público equipadas com sistema acessível em tempo real. Porém, quando
67
Alguns aplicativos utilizam os dados de GPS dos ônibus da cidade do Rio para informar
aos usuários a localização em tempo real dos veículos, como por exemplo o Moovit e o Quicko.
2022). No Instituto Federal de São Paulo (IFSP) está sendo desenvolvido um protótipo para
identificação de vagas de estacionamento livres. O modelo está em funcionamento com 2
câmeras e monitoramento de 18 vagas no campus do IFSP em Catanduva e funciona através do
reconhecimento das pinturas das vagas no chão e um algoritmo identifica se está ocupada ou
disponível, conforme apresentado na Figura 4.14 (PAIVA, 2021).
• ABNT NBR ISO 37122:2020: Indicador 19.9 - Porcentagem dos semáforos que são
inteligentes (3).
Até a finalização do presente trabalho, não foi possível obter informações sobre a
quantidade de semáforos inteligentes na cidade do Rio de Janeiro. Porém, de acordo com o
Ranking Connected Smart Cities a cidade possui semáforos inteligentes (URBAN SYSTEMS,
2021).
• ABNT NBR ISO 37122:2020: Indicador 19.10 - Área da cidade mapeada por sistemas
interativos de mapeamento de vias públicas em tempo real, como porcentagem da área total
da cidade (3).
Até a finalização do presente trabalho, não foi possível obter informações sobre os
sistemas interativos de vias públicas em tempo real. A cidade do Rio de janeiro, possui um
mapa interativos dos BRTs, porém não é em tempo real, foi pelo ITDP e apresenta as
oportunidades, ameaças e recomendações ao sistema, conforme apresentado na Figura 4.15. O
mapa detalha informações sobre a região ao redor das estações, por exemplo a estação do
mercadão que possui tráfego intenso, calçadas estreitas, barreiras ao pedestre, ausência de
arborização, interseções perigosas, limites mal definidos (pedestre/BRT/tráfego/construções)
(ITDP, 2016).
• ABNT NBR ISO 37122:2020: Indicador 19.12 - Porcentagem das linhas de transporte
público dotada de conectividade à Internet para os usuários, oferecida e/ou gerenciada pelo
município (3).
Até a finalização do presente trabalho, não foi possível obter informações o total de
linhas de transportes públicos com Wi-Fi na cidade do Rio de Janeiro. Porém, através da base
de dados do município, foi possível obter a quantidade de linhas municipais dotadas com
conectividade à internet, sendo que 988 ônibus contém essa tecnologia, em um universo total
de 6.472 veículos, o que representa apenas 15% da frota (DATA.RIO, 2022).
70
A empresa responsável pelo metrô do Rio, também oferece conexão de Wi-Fi aos
usuários nas plataformas e mezaninos das estações desde 2019, e em 6 meses mais de 230 mil
pessoas utilizaram a rede gratuitamente (METRORIO, 2019). A SuperVia, empresa
responsável pelos trens urbanos da cidade também oferece Wi-Fi aos usuários na estação da
Central do Brasil, e a rede é disponibilizada em alguns trens desde 2021 com o prazo de um
ano, em parceria com a Eletromídia e o Magazine Luiza (SUPERVIA, 2021).
• ABNT NBR ISO 37122:2020: Indicador 19.14 - Porcentagem da frota de ônibus da cidade
movida por sistemas limpos (3).
Não foram encontrados dados relativos à cidade do Rio de Janeiro. De acordo com a
plataforma E-BUS Radar, que promove e monitora frota de ônibus elétricos nos transportes
públicos da América Latina, existem 95 ônibus elétricos no Brasil, distribuídos em 7 cidades
sendo essas Bauru, Brasília, Campinas, Maringá, Santos, São Paulo, Região Metropolitana de
São Paulo e Volta Redonda, a única cidade do estado do Rio de Janeiro (E-BUS RADAR,
2022).
De acordo com o Plano de Desenvolvimento Sustentável e Ação Climática da Cidade
do Rio de Janeiro, há um projeto de eletrificação de 20% até 2030, chegando a 100% de ônibus
elétricos até 2050 (PDS, 2021). Porém, em janeiro de 2022 apesar de a prefeitura do Rio ter
anunciado a intenção de comprar ônibus elétricos para a composição do sistema de BRT da
linha TransOeste, no edital desconsiderou essa informação e incluiu apenas ônibus a diesel.
Dessa forma, a prefeitura perde a oportunidade de começar efetivamente as mudanças para
atingir as metas traçadas de frota com emissão zero até 2050 (ITDP, 2022).
71
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A norma de cidades inteligentes foi traduzida para o português apenas em 2020, dessa
forma ainda é muito recente o conhecimento sobre os indicadores e suas métricas, e isso pode
justificar a dificuldade em se obter alguns dados, como por exemplo a área da cidade mapeada
por sistemas interativos de mapeamento de vias públicas em tempo real. Apesar da norma
ABNT NBR ISO 37120:2021 ser mais recente, a sua primeira versão foi publicada em 2017, o
que permitiu que alguns estudos fossem realizados como o de Couto (2018) e Guimarães Junior
(2019). A falta de outros estudos a respeito da aplicação dos indicadores da norma ABNT NBR
ISO 37122:2020 que servissem como alguma referência para resultados obtidos, deu margem
para que fosse realizado levantamento de ações que poderão contribuir futuramente para a
aplicação destes indicadores para a cidade do Rio de Janeiro.
Outra dificuldade encontrada foi a temporalidade dos dados, visto que há dados que
foram obtidos para anos mais recentes e outros mais antigos, como o por exemplo o de Mortes
no trânsito por 100.000 habitantes que foi calculado para o ano de 2019, visto premissa adotada
de evitar a coleta de dados no período da pandemia de COVID-19. Um segundo fator
considerado é devido ao tempo desde a última pesquisa censitária do IBGE, que foi realizado
72
Para a cidade do Rio de Janeiro, capital do Estado, algumas informações foram mais
fáceis de se obter, pois muitas organizações fazem o levantamento de dados para as principais
capitais e regiões metropolitanas do país, como o caso da plataforma mobilidados que tinha
disponível informações para o cálculo de 2 indicadores, Tempo médio de deslocamento e
Mortes no trânsito por 100.000 habitantes. Além de fornecer informações sobre o percentual de
pessoas próximas da rede de transportes de média e alta capacidade.
As normas ABNT, reescritas pelo CEE, têm seu mérito, pois nestas versões mais
recentes, percepções mais próximas da realidade brasileira estão agora incluidas. Apesar de
ainda não haver, um controle oficial de informações sobre quais cidades já aplicam as referidas
normas que estão sendo reescritas pelo comitê e possíveis retornos sobre quais indicadores
estejam sendo implementados em determinadas cidades, já se alcança grande avanço no
trabalho que está sendo por eles desenvolvido.
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88
Comprimento total (em quilômetros) de sistema de transporte público operando dentro da cidade
Fórmula: 100.000ª parte da população total da cidade
Dados:
• Movimento médio diário de passageiros segundo os transportes rodoviário, ferroviário,
hidroviário e aeroviário no município do Rio de Janeiro: 4.214 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑔𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 𝑥 1000
• População total do Rio de Janeiro (IBGE, 2021): 6.775.561
4.214 ×1000
➢ Indicador: × 365 𝑑𝑖𝑎𝑠 𝑛𝑜 𝑎𝑛𝑜 = 227,01
6.775.651
Fonte: DATA.RIO
Ano de Referência: 2019
Número de passageiros que usam outro meio que não o automóvel para o trabalho
Fórmula: × 100
Total de viagens para o trabalho
Dados:
• Comprimento total de ciclovias e ciclofaixas no Rio de Janeiro: 458 km
• População total do Rio de Janeiro (2021): 6.775.561
6.775.561
• 100.000ª parte da população total: = 67,775561
100.000
458
➢ Indicador: 67,775561 = 6,76
Fonte: SMT
Ano de Referência: 2022
Dados:
• Mortes relacionadas à acidentes no trânsito no Rio de Janeiro: 385
• População total do Rio de Janeiro (2021): 6.775.561
6.775.561
• 100.000ª parte da população total: = 67,775561
100.000
385
➢ Indicador: 67,775561 = 5,6805
Fonte: MOBILIDADOS
Ano de Referência: 2019
População vivendo até 0,5 km de transportes públicos,a cada 20 minutos nos períodos de pico
Fórmula: ×
População total da cidade
100
Dados: Não disponíveis.
90
Fórmula: Tempo médio que um trabalhador leva para se deslocar da casa até o trabalho
Dados:
• Tempo médio que um trabalhador leva para se deslocar da casa até o trabalho no Rio
de Janeiro: 67 minutos
➢ Indicador: 67 minutos
Fonte: MOOVIT.COM
Ano de Referência: 2020
Dados:
• Número total de automóveis privados registrados no Rio de Janeiro: 2.344.804
• População total do Rio de Janeiro (2021): 6.775.561
2.344.804
➢ Indicador: 6.775.561 = 0,3461
Fonte: DETRAN/ RJ
Ano de Referência: 2022 (Abril)
Dados:
• Motocicleta: 379.023
• Motoneta: 61.368
• Ciclomotor: 8.956
• Número total de veículos de duas rodas no Rio de Janeiro: 379.023 + 61.368 +
91
8.956 = 449.347
• População total do Rio de Janeiro: 6.775.561
449.347
➢ Indicador: 6.775.561 = 0,0663
Fonte: DETRAN/ RJ
Ano de Referência: 2022 (Abril)
19.1 Porcentagem de ruas e vias da cidade cobertas por alertas e informações de tráfego
on-line em tempo real
Número de quilômetros de ruas e vias cobertos por alertas de tráfego online em tempo real
Fórmula: × 100
Número total de quilômetros de ruas e vias na cidade
19.3 Porcentagem de veículos registrados na cidade que são veículos de baixa emissão
Dados:
• Número de veículos elétricos no Rio de Janeiro: 3.959
• Número total de veículos registrados no Rio de Janeiro: 3.277.442
3.959
➢ Indicador: 3.277.442 × 100 = 0,12%
92
Dados:
• Número de bicicletas por meio de compartilhamento no Rio de Janeiro: 3.100
• População total do Rio de Janeiro (2021): 6.775.561
6.775.561
• 100.000ª parte da população total: = 67,775561
100.000
3.100
➢ Indicador: 67,775561 = 45,74
Fonte: TEMBICI
Ano de Referência: 2022
19.6 Porcentagem dos serviços de transporte público da cidade cobertos por um sistema
de pagamento unificado
Dados:
• Número de serviços conectados por pagamento unificado no Rio de Janeiro: 2 (Ônibus
e STPL)
93
2
➢ Indicador: 8 × 100 = 25%
19.10 Área da cidade mapeada por sistemas interativos de mapeamento de vias públicas
em tempo real, como porcentagem da área total da cidade