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Inovação
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Conteudista/s
Stella Hiroki (Conteudista, 2021).
Enap, 2021
Fundação Escola Nacional de Administração Pública
Diretoria de Desenvolvimento Profissional
SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF
Sumário
MÓDULO 1 – Cenário urbano para o surgimento das Cidades Inteligentes
1. Conceitos introdutórios para trabalhar com Cidades Inteligentes................ 6
1.1 City Marketing............................................................................................................... 7
1.2 Infraestrutura de Tecnologia no espaço urbano..................................................... 8
1.3 Indicadores Urbanos................................................................................................... 9
1.3.1 Benchmarking.......................................................................................................... 10
1.3.2 Rankings................................................................................................................... 10
1.3.3 Painéis de controle................................................................................................. 11
Referências Bilbiográficas..........................................................................................37
Cenário urbano para o
surgimento das
Cidades Inteligentes
1
Módulo
Inovação
1
Cenário urbano para o
surgimento das
Cidades Inteligentes
Unidade 1. Conceitos introdutórios para trabalhar com
Cidades Inteligentes
Objetivo de Aprendizagem: Identificar os conceitos fundamentais
relacionados às Cidades Inteligentes.
VÍDEO
Conceitos Introdutórios para Cidades Inteligentes:
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De acordo com Harvey (1996), nas décadas de 1970 e 1980 ocorreu uma reorientação
da administração urbana, principalmente nos países capitalistas mais desenvolvidos.
Por essa razão, as cidades passaram a realizar o seu planejamento por meio de
ferramentas utilizadas na iniciativa privada, como rankings, comparativos entre as
cidades (benchmarking) e painéis de controle (Kitchin et al., 2014).
E o que são e onde estão as TICs? As TICs são muitas vezes suportadas por redes
subterrâneas ou invisíveis de fibra óptica, sinais de rádio, microondas e satélites.
Atualmente, há uma grande interação entre os elementos tradicionais do espaço
(tijolos e argamassa) e os elementos de tecnologia e informação (redes, bits e bytes)
(Firmino, 2011).
Fonte: Pexels.
1.3.1 Benchmarking
A partir do modelo empresarial, o Benchmarking foi adotado pelas cidades para
comparar, classificar e direcionar suas performances no planejamento urbano. Há
três maneiras de aplicação:
1.3.2 Rankings
Os rankings são utilizados para monitorar e avaliar vários aspectos das cidades como
competitividade, acesso à tecnologia, sustentabilidade, qualidade de vida, bem-estar
e serviços urbanos.
A intensificação na utilização dos rankings para avaliar as gestões das cidades passou
a ocorrer a partir da agenda de sustentabilidade estruturada durante a Conferência
Os painéis de controle permitem uma visualização das cidades em tempo real. Dessa
maneira, a transformação que ocorre em uma Cidade Inteligente é que toda a sua
movimentação passa a ter o registro do fluxo, local, tempo e rastreamento.
Nesse sentido, como explica Picon (2015), a cidade passa a ser organizada em três
momentos:
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Inovação
Módulo
2 Panorama sobre as
Cidades Inteligentes
Unidade 1: Particularidades das Cidades Inteligentes
Objetivo de Aprendizagem: Reconhecer os estágios para a aplicação de
uma Cidade Inteligente e quais critérios auxiliam na sua implementação
em um planejamento urbano.
VÍDEO
Panorama sobre as Cidades Inteligentes:
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Por isso, Singapura é um exemplo de como as áreas de uma cidade devem agir em
conjunto. Isto é, uma Smart City não se constrói no isolamento de suas áreas, mas
através da comunicação entre elas. Na sequência, analisaremos os projetos em
Singapura que ancoram as iniciativas para uma Cidade Inteligente.
Eleito pela 6ª vez o melhor aeroporto do mundo pela Skytrax World Airports Awards,
além de auxiliar o fluxo de pessoas e mercadorias entre Singapura e o mundo, esse
aeroporto possui uma infraestrutura de qualidade para comércio, meio ambiente e
transporte público que o conecta ao centro da cidade.
A companhia aérea de Singapura, por não possuir um mercado interno para operar,
procura fornecer um serviço de excelência internacional. Dessa maneira, funciona
como uma representante internacional da impecabilidade de serviços da cidade, bem
como, gera empregos e desenvolvimento de pesquisa sobre o mercado da aviação.
Figura 3. Singapura.
Fonte: Pixabay.
Para a Irlanda possuir sua capital com destaque no ranking que avalia as Smart
Cities ao redor do mundo, essas mudanças no planejamento urbano remontam do
começo da década de 1990. A partir dessa época, a Irlanda começou a mudar seu
sistema econômico baseado na agricultura para uma economia mais fundamentada
em prestações de serviços, principalmente com projetos ligados ao mercado de
tecnologia. O governo adotou a política de impostos mais baixos do que outros
países europeus para a instalação de empresas, o que tornou a Irlanda um país
atrativo para a plataforma de desenvolvimento de projetos.
1) Dublin Dashboard
Renovação das antigas docas do porto de Dublin que funcionam como um centro
para sediar empresas de tecnologia e espaços de discussão sobre inovação, como
o Dogpatch Labs.
4) Pyladies Dublin
Fonte: Pixabay
Por esses motivos, a utilização dos parâmetros definidos pela União Europeia é
mais dinâmica e abrange de maneira integrada as áreas que possibilitam o
planejamento com o objetivo de uma Cidade Inteligente. Dessa maneira, os
parâmetros são: Smart People, Smart Governance, Smart Environment, Smart Living,
Smart Mobility e Smart Economy. Respectivamente, em português: Cidadão Inteligente,
Governo Inteligente, Meio Ambiente Inteligente, Moradia Inteligente, Mobilidade
Inteligente e Economia Inteligente, como mostra a tabela 3.
Ressalta-se que, nenhuma área é mais importante que outra, elas devem funcionar
de maneira 360º e horizontal, como mostra a figura 4. Mesmo sendo um projeto
pioneiro, a União Europeia, desde o começo já indicava a importância dos cidadãos
como protagonistas das Cidades Inteligentes.
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Módulo
Inovação
Módulo
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Indicadores e projetos
que estabelecem uma
Cidade Inteligente
Unidade 1. O cenário mundial de iniciativas relacionadas
às Cidades Inteligentes
Objetivo de aprendizagem: Identificar o contexto de construção e utilização
dos Rankings que avaliam as cidades como Inteligentes, bem como,
iniciativas internacionais que inspirem aplicações em seus municípios
de acordo com a realidade brasileira.
VÍDEO
Indicadores e cenário mundial das Cidades Inteligentes:
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Por possuir tantos indicadores, cidades que muitas vezes possuem soluções
inteligentes, não são contempladas nesse ranking por não possuírem todas as
qualificações exigidas. Nesse sentido, é necessária uma perspectiva crítica ao se utilizar
o ranking IESE Cities in Motion como um avaliador da realidade das Cidades Inteligentes.
Em 2020, o ranking IESE Cities in Motion contempla 6 cidades brasileiras, como apresenta
a tabela 4. Analisa-se que todas são capitais e que possuem um longo histórico com o
trabalho de City Marketing para a promover suas iniciativas além do território nacional.
Por sua vez, no Brasil, o ranking Connected Smart Cities é elaborado pela consultoria
Urban Systems desde 2014, por meio do Índice Firjan, e avalia apenas 700 municípios,
sendo que o país é composto de 5.570 municípios (IBGE, 2021). Para a publicação
final, 100 cidades são escolhidas para comporem o ranking geral, e de acordo com
cada eixo é apresentado até a 50º posição.
O laboratório do MIT Senseable City Lab fica localizado em frente a uma antiga ponte
que liga a cidade de Cambridge, sede do MIT, às áreas residenciais localizadas em
Boston. Por isso, a convivência com a manutenção de pontes é uma realidade para
os pesquisadores.
Nesse sentido, o projeto Good Vibrations descobriu que por meio do acelerômetro
disponível nos smartphones - ferramenta que permite a orientação da tela mudar
de vertical para a horizontal - é possível captar as vibrações do percurso e em razão
da grande amostragem de dados (Big Data), verifica-se a manutenção das pontes. O
projeto foi aplicado na ponte Golden Gate em São Francisco, Califórnia a partir de
102 viagens na ponte, durante 5 dias, que contabilizaram 120 vezes informações
mais precisas do que 2 sensores fixos (MIT Senseable City Lab, 2021).
No episódio da série Home, a comunidade que teve sua realidade transformada foi em
Tabasco, México, onde as constantes chuvas e o baixo relevo do bairro, faziam as famílias
conviverem com constantes alagamentos. A baixa renda aliado às difíceis condições do
bairro tornavam quase impossível uma mudança na moradia dessas pessoas.
Por isso, a ONG New Story e a Icon resolveram construir a nova comunidade em
uma área afastada dos alagamentos (figura 5), o que permitiu que essas pessoas
além de mais segurança em sua habitação, por não precisarem mais viver com essa
ameaça, puderam investir seu tempo e dinheiro em educação e novas oportunidades
de trabalho.
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Módulo
Inovação
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O posicionamento do Brasil
no movimento internacinal
de Cidades Inteligentes
Unidade 1. Ações no Brasil no movimento das Cidades
Inteligentes
Objetivo de aprendizagem: Explicar qual o posicionamento do Brasil no
movimento internacional de Cidades Inteligentes por meio de exemplos
que destacam o país, bem como projetos de tecnologia que visam a
aproximação das áreas rurais da gestão do município.
VÍDEO
O posicionamento do Brasil no movimento internacional de Cidades
Inteligentes:
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Legenda: https://cdn.evg.gov.br/cursos/489_EVG/legendas/videos_
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Em vista disso, por meio da parceria com o programa mundial Waze for Cities Data,
que a empresa Waze fornece os dados coletados sobre mobilidade para as prefeituras
requerentes, a Sepud desenvolveu uma metodologia inovadora. O projeto chamado
Smart Mobility, traduz as informações em soluções assertivas para a mobilidade, que
levam em consideração a opinião da população.
Nessa perspectiva, com a aplicação dessa metodologia em um caso, que foi a colocação
de uma rotatória na rua Ottokar Doerffel, principal acesso a cidade, o resultado foi
positivo em tempo e lucratividade. Os motoristas tiveram um retorno de 72 horas/
ano que eles não ficam mais presos no trânsito, como também, a prefeitura teve uma
resposta de produtividade de R$ 7 milhões/ano, desde a redução dos custos com a
manutenção da via e acidentes, até outras atividades econômicas que os cidadãos
podem realizar com o ganho de tempo.
A Escola de Inovação Agrícola, além da sua estrutura física contar com uma área de
147 hectares, entre eles de mata nativa, também alia salas de aula, laboratórios e um
programa pedagógico com foco em tecnologia. As disciplinas abrangem a agricultura
4.0 e de precisão, como: e-commerce, robótica e inteligência aplicada (Gomes, 2021).
Ou seja, o currículo busca alinhar a inovação à realidade rural, onde as aplicações de
defensivos agrícolas já ocorrem por meio de drones e o plantio, por meio de tratores
autônomos que navegam por GPS.
No Brasil, o governo de São Paulo foi pioneiro ao assinar uma parceria com o Google
para gerar o localizador e produzir as placas para a identificação das áreas rurais
que compõem o estado. Destaca-se a cidade de Itu, pois foi a primeira a ter todas as
suas propriedades rurais mapeadas pelo projeto.
Em vista disso, os produtores rurais são beneficiados, pois sua propriedade se torna
com um acesso mais facilitado para prestadores de serviço, bem como, o aumento
em suas vendas, devido a eficiência para encontrar os seus produtos, como mostra
a reportagem: Aplicação do projeto Plus Codes nas áreas rurais paulistas.
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Inovação
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O futuro das cidades e a Pandemia:
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Legenda: https://cdn.evg.gov.br/cursos/489_EVG/legendas/videos_
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C) Coleta de informações das redes mais antigas das cidades, os esgotos: no Brasil,
a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG) se destacam na coleta e pesquisa sobre a saúde da população, a
partir de informações provenientes de amostras dos esgotos.
No Brasil
DUARTE, F.; JÚNIOR CZAJKOWSKI, S. Cidade à venda: reflexões éticas sobre o marketing
urbano. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, RJ, v. 41, n. 2, p. 273 a
282, 2007. Disponível em: <https://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/rap/article/
view/6587>. Acesso em: 19 de novembro de 2021.
KITCHIN, R.; LAURIAULT, T. P.; MCARDLE, G. Knowing and governing cities through
urban indicators, city benchmarking and real-time dashboards. In: Regional Studies,
Regional Science, [s.l.], v. 2, n. 1, p.6-28. Londres: Routledge Taylor & Francis Group,
29 de outubro de 2014. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1080/21681376.2014.9
83149>. Acesso em: 19 de novembro de 2021.