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UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

ADRIANA APARECIDA DE ANDRADE

PADRONIZAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA PARA ATIVIDADE DE


MANUTENÇÃO EM TANQUES DE ARMAZENAMENTO DE COMBUSTIVEIS –
ESPAÇO CONFINADO

SÃO PAULO
2013
ADRIANA APARECIDA DE ANDRADE

PADRONIZAÇÃO DOS PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA PARA ATIVIDADE DE


MANUTENÇÃO EM TANQUES DE ARMAZENAMENTO DE COMBUSTIVEIS –
ESPAÇO CONFINADO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado


ao Programa de Pós-graduação Lato Sensu da
Escola de Engenharia da Universidade
Presbiteriana Mackenzie, como requisito
parcial para a obtenção do Título de
Especialista em Engenharia de Segurança do
Trabalho.

ORIENTADOR: Prof. Paulo Guerra Junior

São Paulo
2013
Este trabalho é dedicado à meu esposo pelo
carinho e apoio dado ao longo do
desenvolvimento deste trabalho, aos meus
pais pela educação e valores que me foram
dados e ao professores deste curso pela
dedicação e ensinamentos passados.
AGRADECIMENTOS

Aos meus familiares, amigos e colegas de classe pelo constante incentivo.


Ao Professor e orientador Paulo Guerra Junior, pela idéia inicial do assunto e
efetiva orientação deste trabalho.
A Professora e Coordenadora Yara Maria Botti Mendes de Oliveira, pela
paciência e disposição em ajudar todos os alunos.
Aos professores da Universidade Presbiteriana Mackenzie pela ética e
qualidade das aulas.
RESUMO

Os serviços de manutenção e limpeza de um tanque de armazenamento de combustíveis são


imprescindíveis para garantir sua integridade física evitando assim possíveis acidentes. A
manutenção de um tanque é uma atividade complexa, com diversas etapas diferenciadas e
desenvolvida dentro de um espaço considerado confinado, o qual necessita de grande atenção
e prevenção para que acidentes não aconteçam. Existem diversas leis, normas, procedimentos
e instruções que auxiliam na realização da atividade, porém com tantas referências de um
mesmo assunto, a probabilidade de que um acidente ocorra por se esquecer alguns detalhes
diante de tantos documentos é grande. O objetivo deste trabalho é analisar todas as
referências já existentes como normas, procedimentos e análises de riscos, propondo uma
única instrução de segurança para a realização das atividades. Nesta instrução o trabalhador
terá acesso, em um único documento, a todas as etapas para a realização da atividade, desde o
seu planejamento até a entrega final do serviço, com as instruções de como fazer, quais os
riscos associados a cada etapa e as medidas de segurança para controle dos ricos identificados.
Assim, com um único documento, a consulta do empregado torna-se mais ágil e seu
entendimento fácil, garantindo assim a qualidade dos trabalhos e a saúde dos trabalhadores.
Palavra chave: tanque, espaço confinado, análise de risco.

.
ABSTRACT

The cleaning and maintenance service of a fuel storage tank is required to ensure their
physical integrity avoiding possible accidents. Tank maintenance is a complex activity with
many different steps. This is considered a work in confined space which is necessary a special
attention to avoid accidents. There are many laws, standards, procedures and instructions to
assist in the accomplishment of a task but many references could probably cause an accident
by forgetting important steps. The purpose of this academic work is to analyze all existing
rules, procedures, ready risk analysis, to propose a unique safety instruction for this type of
activity. In a unique document the worker will have all the steps to do the activity from the
planning to the end of the service with all instructions and associated risks of each step and
safety procedures to control the risks. With this document the query by the employee becomes
more agile and easier to understand to ensure the quality of the work and health of workers.
Keywords: Tank, Confined Space, Risk Analysis.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 Malha de Dutos da Transpetro ............................................................................18


Figura 2 Mapa de tanques do Terminal de São Caetano do Sul ........................................19
Figura 3 Tanque de Armazenamento de Combustível.......................................................20
Figura 4 Treinamento – Teórico e Prático ........................................................................22
Figura 5 Modelo de formulário de permissão para trabalho..............................................23
Figura 6 Sistema de ventilação do tanque..........................................................................25
Figura 7 Equipamento para avaliação do espaço confinado ..............................................26
Figura 8 Tanque em manutenção .......................................................................................28
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


APR Análise Preliminar de Risco
ASO Atestado de Saúde Ocupacional
EPI Equipamento de Proteção Individual
GLP Gás Liquefeito de Petróleo
LIE Limite Inferior de Explosividade
LII Limite Inferior de Inflamabilidade
LV Lista de Verificação
MTE Ministério do Trabalho e Emprego
NBR Norma Brasileira Regulamentadora
NR Norma Regulamentadora
PCA Programa de Conservação Auditiva
PET Permissão de Entrada e Trabalho
PPEOB Programa de Prevenção a Exposição Ocupacional ao Benzeno
PPR Programa de Proteção Respiratória
PT Permissão para Trabalho
PVC Policloreto de Vinila
RECAP Refinaria de Capuava
REPLAN Refinaria de Paulinia
REVAP Refinaria Henrique Lage
RPBC Refinaria Presidente Bernardes
SPDA Sistema de Proteção de Descarga Atmosférica
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 10
1.1 OBJETIVOS ............................................................................................................... 10
1.2 JUSTIFICATIVA ....................................................................................................... 11
1.3 METODOLOGIA ...................................................................................................... 11
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO ............................................................................... 12
2 REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................... 13
3 O AMBIENTE DE TRABALHO A SER ESTUDADO ........................................ 16
4 MANUTENÇÃO DE TANQUE – MÉTODO EXECUTIVO .............................. 19
4.1 PLANEJAMENTO .................................................................................................... 19
4.2 TREINAMENTO ....................................................................................................... 19
4.3 PERMISSÃO PARA TRABALHO ........................................................................... 21
4.4 RETIRADA DO TANQUE DE OPERAÇÃO........................................................... 22
4.5 DRENAGEM ............................................................................................................. 22
4.6 ISOLAMENTO/RAQUETEAMENTO/BLOQUEIOS ............................................. 22
4.7 ELIMINAÇÃO DE GASES E VALORES ................................................................ 23
4.8 LIBERAÇÃO PARA ENTRADA/AVALIAÇÕES ................................................... 24
4.9 RETIRADA DA BORRA E LIMPEZA INTERNA (TRABALHO A FRIO) .......... 25
4.10 SECAGEM ................................................................................................................. 25
4.11 REPAROS NECESSÁRIOS CONFORME RELATÓRIO DE INSPEÇÃO ............ 26
4.12 INSPEÇÃO PARA RECEBIMENTO/RETORNO NO TANQUE ........................... 26
4.13 RETORNO OPERACIONAL DO TANQUE ............................................................ 27
5 OS PERIGOS, AS CAUSAS E SEUS IMPACTOS AO SER HUMANO ........... 28
5.1 EXPOSIÇÃO A VAPORES TÓXICOS .................................................................... 28
5.2 INCÊNDIO OU EXPLOSÃO .................................................................................... 29
5.3 EXPOSIÇÃO A AR CONTAMINADO (USO DE AR MANDADO) ..................... 29
5.4 EXPOSIÇÃO A RUÍDO ............................................................................................ 29
5.5 EXPOSIÇÃO A CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS ADVERSAS ............................ 30
5.6 EXPOSIÇÃO A PRODUTO RESIDUAL LIQUIDO ............................................... 30
5.7 ANIMAIS PEÇONHENTOS ..................................................................................... 30
5.8 CONTATO COM EQUIPAMENTOS ENERGIZADOS .......................................... 30
5.9 EXPOSIÇÃO A LINHA PRESSURIZADA ............................................................. 30
5.10 EXPOSIÇÃO A ENRIQUECIMENTO OU DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO ......... 31
5.11 EXPOSIÇÃO A TEMPERATURAS EXTREMAS .................................................. 31
5.12 AFOGAMENTO, ENGOLFAMENTO ..................................................................... 31
5.13 QUEDA DE DIFERENTE NÍVEL ............................................................................ 31
5.14 QUEDA DE MESMO NÍVEL ................................................................................... 31
5.15 ACIDENTES COM EQUIPAMENTOS INADEQUADOS ..................................... 32
5.16 FADIGA FÍSICA ....................................................................................................... 32
5.17 TORÇÃO, LOMBALGIA.......................................................................................... 32
5.18 MAL SÚBITO ............................................................................................................ 32
5.19 MOVIMENTAÇÃO DE CARGA MANUAL E MECÂNICA ................................. 33
6 MÉTODOS DE CONTROLE DE RISCOS........................................................... 34
6.1 EXPOSIÇÃO A VAPORES TÓXICOS .................................................................... 34
6.2 EXPOSIÇÃO A INCÊNDIO OU EXPLOSÃO......................................................... 35
6.3 EXPOSIÇÃO A AR CONTAMINADO (USO DE AR MANDADO) ..................... 37
6.4 EXPOSIÇÃO A RUÍDO ............................................................................................ 37
6.5 EXPOSIÇÃO A CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS ADVERSAS ............................ 37
6.6 EXPOSIÇÃO A PRODUTO RESIDUAL LIQUIDO ............................................... 38
6.7 ANIMAIS PEÇONHENTOS ..................................................................................... 38
6.8 CONTATO COM EQUIPAMENTOS ENERGIZADOS .......................................... 38
6.9 EXPOSIÇÃO A LINHA PRESSURIZADA ............................................................. 38
6.10 EXPOSIÇÃO A ENRIQUECIMENTO OU DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO ......... 39
6.11 EXPOSIÇÃO A TEMPERATURAS EXTREMAS .................................................. 39
6.12 AFOGAMENTO, ENGOLFAMENTO ..................................................................... 39
6.13 QUEDA DE DIFERENTE NÍVEL ............................................................................ 40
6.14 QUEDA DE MESMO NÍVEL ................................................................................... 40
6.15 ACIDENTES COM EQUIPAMENTOS INADEQUADOS ..................................... 41
6.16 FADIGA FÍSICA ....................................................................................................... 41
6.17 TORÇÃO, LOMBALGIA.......................................................................................... 41
6.18 MAL SÚBITO ............................................................................................................ 42
6.19 MOVIMENTAÇÃO DE CARGA MANUAL E MECÂNICA ................................. 42
7 ESTUDO DE CASO – ETAPAS PARA MANUTENÇÃO DE TANQUE .......... 43
8 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 89
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 90
ANEXOS ................................................................................................................... 93
10

1 INTRODUÇÃO

Segurança no trabalho é a ciência que promove a proteção do trabalhador,


visando à prevenção de acidentes e doenças ocupacionais em seu local de trabalho. Entre os
inúmeros locais onde os trabalhadores desenvolvem suas atividades, os espaços confinados
merecem atenção especial.
O trabalho em espaços confinados sempre existiu, mas somente em 2006, com
a entrada em vigor da NR - Norma Regulamentadora 33, do MTE – Ministério do Trabalho e
Emprego, essas atividades passaram a ser fiscalizadas com mais atenção, prevenindo-se assim
diversos acidentes. (SILVA, 2009)
De acordo com a NR 33 do MTE (2006), espaço confinado é qualquer área ou
ambiente não projetado para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de
entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde
possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.
Um dos grandes problemas dos espaços confinados é que muitas pessoas não
possuem conhecimento para identificá-los e principalmente realizar uma avaliação de risco
desses lugares, para muitos o trabalho em espaço confinado não difere do trabalho em outros
ambientes principalmente na questão de riscos a segurança do trabalhador.
Especificamente, neste trabalho abordaremos a atividade de manutenção de
tanque de armazenamento de combustíveis, considerada uma atividade em espaço confinado,
o que requer a observação minuciosa de normas e procedimentos e uma criteriosa análise dos
perigos.

1.1 OBJETIVOS

Este trabalho tem como objetivo analisar a atividade de manutenção de tanques


de armazenamento de combustíveis, considerando-o como um espaço confinado,
identificando seus riscos e propondo assim uma instrução única de segurança para a
realização das atividades garantindo assim a qualidade dos trabalhos e a saúde dos
trabalhadores.
11

1.2 JUSTIFICATIVA

Conforme Rangel (2010), o primeiro ponto a ser levado em conta quando se


tenciona a fazer um trabalho em relação a espaços confinados é ter em mente que embora os
mesmos tenham riscos potencialmente elevados, estes riscos, por sua sutileza, não são
notados e nem percebidos pela maioria das pessoas, provocando acidentes em série.
De acordo com especialistas em segurança do trabalho, em número de óbitos,
os acidentes em espaços confinados só são superados pelos acidentes com queda em altura na
construção civil, sem considerar a incidência da sub-notificação, o que poderia aumentar o
índice. (Moraes, 2009)
Segundo Munhoz (2012), só nos Estados Unidos, mais de 300 trabalhadores
morrem anualmente como resultado de acidentes ocorridos por entrada em espaços
confinados. O estudo de Jose Possebon (2010) comprovou que 28,44% dos acidentes em
espaço confinado ocorrem em tanques.
Considerando o elevado número de acidentes devido ao não reconhecimento
dos riscos que os espaços confinados possuem, são importantes estudos que visam contribuir
para a redução ou eliminação de riscos de acidentes nessas atividades.
A manutenção de um tanque de armazenamento de combustíveis é uma
atividade complexa com diversas fases diferentes e desenvolvida em um espaço considerado
confinado, o qual necessita de grande atenção e prevenção para que acidentes não aconteçam,
porém pela complexidade no assunto faz-se necessário uma instrução com todas as
informações necessários para o desenvolvimento da tarefa de modo a facilitar seu
entendimento e aplicação.

1.3 METODOLOGIA

Este trabalho foi desenvolvido a partir de pesquisas bibliográficas,


primeiramente da NR- 33 Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaço Confinados do MTE,
da NBR – Norma Brasileira Regulamentadora - 14787 Espaço Confinado – Prevenção de
acidentes, procedimentos e medidas de proteção da ABNT – Associação Brasileira de Normas
Técnicas, normas e procedimentos internos de manutenção de tanques da TRANSPETRO,
além da consulta a artigos técnicos e trabalhos realizados sobre este tema.
12

Foram realizadas pesquisas em campo durante a manutenção de um tanque de


armazenamento de combustíveis para conhecer com detalhes os procedimentos utilizado para
a realização dos trabalhos.
Realizado também uma pesquisa documental com coleta de APR’s - Análises
Preliminares de Risco referentes a trabalhos em espaços confinados realizados anteriormente.

1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO

O trabalho estará estruturado em seis capítulos.


O capitulo 1 apresentará a Introdução, o Objetivo, a Justificativa e Metodologia
do trabalho.
O capitulo 2 apresentará uma revisão da literatura sobre pesquisas de espaços
confinados, relacionando com os riscos ao trabalhador.
O capitulo 3 apresentará o ambiente de trabalho a ser estudado.
O capitulo 4 apresentará a descrição do método executivo da manutenção de
um tanque de armazenamento de combustíveis.
O capitulo 5 faz uma abordagem sobre os riscos encontrados na atividade de
manutenção de um tanque de armazenamento de combustíveis.
O capítulo 6 apresentará as medidas para controle dos riscos da atividade de
manutenção de tanque de armazenamento de combustíveis.
O capitulo 7 compreenderá o estudo de caso, onde será apresentado uma
instrução única para a realização dos trabalhos de forma segura e com qualidade.
O capitulo 8 apresentará a conclusão do trabalho.
13

2 REVISÃO DA LITERATURA

Vários estudos vêm sendo desenvolvidos na área de Espaço Confinado. Como


no trabalho de Kulcsar, Possebon e Amaral (2006) espaços confinados são encontrados em
diversas áreas como na construção civil, no beneficiamento de minérios, siderúrgicas,
metalúrgicas, indústria de papel e celulose, indústria gráfica, indústria alimentícia, indústria
de borracha de couro e têxtil, indústria naval e operações marítimas, indústria química e
petroquímica e em serviço de gás, água, esgoto, etc.
Também no trabalho de Bardaro (2009) fica claro que os espaços confinados
estão presentes em diversas atividades econômicas podendo ser dutos de passagem de gases e
líquidos, tanques e silos de armazenamento, compartimentos de transporte, poços, bueiros,
galerias de águas pluviais e de esgoto, valas, turbinas, reatores, câmaras de grandes motores,
trocadores de calor, secadores, misturadores e caixas d’água, entre outros. O trabalho no
interior de muito desses espaços pode ser extremamente arriscado e os acidentes podem ser
fatais, por serem estes locais que armazenam, transportam ou tenham armazenado ou
transportado substâncias tóxicas, corrosivas ou inflamáveis, gases inertes ou qualquer fluído
em volume, pressão ou temperatura e que, por abrigar ambiente ideal para a proliferação de
bactérias, fungos oriundos do transporte de esgoto, tratamento de efluentes, são capazes de
causar lesão por substâncias nocivas ou por falta de ar respirável.
A partir dos progressos da humanidade, em relação aos aspectos tecnológicos e
do trabalho, foram ocorrendo cada vez mais circunstâncias nas quais o trabalhador teve a
necessidade de realizar suas atividades nesses espaços confinados, se submetendo aos riscos
inerentes a estes ambientes. Segundo Rangel (2010) identificar, reconhecer, avaliar, medir e
controlar os riscos nos trabalhos em ambientes considerados como espaços confinados, que
por sua sutileza, nem sempre são percebidos, é uma forma de atuar preventivamente em
segurança do trabalho. Em sua pesquisa, um estudo de caso realizado, com os conhecimentos
teóricos obtidos, efetuou-se uma análise preliminar de risco - APR de um espaço confinado,
os resultados encontrados consistem em APR’s desenvolvidas, levando em consideração os
riscos intrínsecos do local, tanto no que diz respeito ao espaço em si quanto aos principais
riscos provenientes de serviços executados dentro do mesmo.
Um dos principais riscos encontrados em um espaço confinado é a deficiência
de oxigênio, em relação à proteção respiratória temos a dissertação de Damiani (2007)
abordando o tema espaço confinado em uma unidade de armazenamento de grãos, onde são
14

apresentados os riscos do mesmo, relatando meios de erradicação destes riscos utilizando


medidas de proteção passivas e ativas e um estudo de métodos de proteção respiratória
existentes.
Outro aspecto importante é que os riscos de um espaço confinado muitas vezes
não são percebidos pelos trabalhadores, como evidenciado na dissertação de Araújo (2006),
uma análise do trabalho de dez eletricistas que atuam em espaços confinados de redes
subterrâneas de energia, a pesquisa revela que os eletricistas consideram como aspectos mais
positivos do trabalho os relacionamentos entre chefia, supervisores e colegas. Em
contrapartida, apontam problemas críticos de diversas naturezas: biomecânico/posto,
organização do trabalho, ambiental e relacionados à empresa. Verificou-se que apesar da
empresa onde se desenvolveu a pesquisa não ter um programa de entrada em espaços
confinados, os eletricistas consideram que são boas as condições de segurança para realização
do trabalho, o que confirma a hipótese de que desconhecem os riscos nos locais onde
trabalham e por conseguinte, os procedimentos recomendados para entrada segura nestes
ambientes.
Considerando ainda a importância do reconhecimento dos riscos, Pimentel
(2008) em seu estudo que trata sobre a implantação da norma de espaço confinado nas usinas
sucroalcooleiras, o processo de adequação dos locais confinados deve iniciar com a
apresentação, informação e conscientização de todos os profissionais envolvidos, desde a
gerência até os trabalhadores autorizados, através de treinamentos e palestras que demonstrem
o grau de importância do assunto e o envolvimento de todos.
Coura (2005) antes mesmo da publicação da Norma Regulamentadora de
Espaço Confinado – NR 33, já nos mostra em sua monografia baseada na bibliografia da
época e através da avaliação qualitativa realizada em tarefas em tanques de armazenamento de
combustíveis, que trabalhos seguros no interior destes equipamentos prescindem de
planejamento, treinamento e monitoramento eficaz, além da conscientização para a utilização
de técnicas e procedimentos prevencionistas. A utilização dessas ferramentas são essenciais
para a preservação da vida e saúde dos trabalhadores e também para a proteção do patrimônio
da empresa, meio ambiente e comunidade.
Em 2006 é publicada a NR – 33 – Segurança e saúde nos trabalhos em espaços
confinados, seu objetivo é garantir através da implantação de medidas de proteção
estabelecidas a partir dos riscos existentes a entrada e saída segura do trabalhador no espaço
confinado. Segundo esta norma espaço confinado é qualquer área ou ambiente não projetado
15

para ocupação humana contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja
ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a
deficiência ou enriquecimento de oxigênio.
É importante citar que mesmo antes da publicação na NR -33, já existiam
outras normas técnicas sobre o assunto orientando sobre práticas seguras em espaços
confinados, como a NR 18 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da
construção de 1978, que define como atividades que exponham os trabalhadores a riscos de
asfixia, explosão, intoxicação e doenças do trabalho onde devem ser adotadas medidas
especiais de proteção, como treinamentos e orientação aos trabalhadores quanto aos riscos que
são submetidos, utilização de EPIs, realização de inspeção e de ordem de serviço com
procedimentos a serem adotados, o monitoramento permanente do local a ser realizado por
profissional qualificado sob supervisão de responsável técnico, a proibição do uso de oxigênio
para ventilação do local, sinalização, resgate e equipamentos.
Outra norma importante é a NBR 14787 – Espaço Confinado – Prevenção de
acidentes, procedimentos e medidas de proteção de dezembro de 2001, tem como objetivo
estabelecer os requisitos mínimos para a proteção dos trabalhadores e do local de trabalho
contra os riscos de entrada em espaços confinados, definindo-o como qualquer área não
projetada para ocupação contínua, a qual tem meios limitados de entrada e saída e na qual a
ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes perigosos e/ou
deficiência/enriquecimento de oxigênio que possam existir ou se desenvolver.
Também já existia a NBR 14.606 – Postos de serviço – Entrada em espaço
confinado de 2000, estabelece os procedimentos de segurança para a entrada em espaço
confinado em postos de serviço, porém esta norma é aplicável somente a tanques
subterrâneos.
16

3 O AMBIENTE DE TRABALHO A SER ESTUDADO

Subsidiária integral da Petrobras, a Transpetro opera por meio dos segmentos


de Dutos e Terminais, Transporte Marítimo e Gás Natural. Foi criada em 12 de junho de
1998, de acordo com a legislação que reestruturou o setor de petróleo no Brasil. Tem como
finalidade realizar o transporte de petróleo e seus derivados, gás natural e álcool, utilizando-se
de oleodutos, gasodutos e navios.
A atividade da Transpetro une as áreas de produção, refino e distribuição do
Sistema Petrobras, e se estende à importação e à exportação de petróleo e derivados, gás e
etanol. Além da Petrobras, seu principal cliente, a Transpetro presta serviço a diversas
distribuidoras e à indústria petroquímica. (Site Transpetro, 2012).
Abaixo um desenho da malha de dutos da Transpetro.

Ilustração 1 – Malha de Dutos da Transpetro


Fonte: Transpetro. Acesso em 06/09/2012

A Transpetro possui 48 terminais, 57 navios petroleiros e 14 mil quilômetros


de oleodutos e gasodutos, entre estes terminais está o Terminal de São Caetano do Sul que é
responsável por receber, armazenar e transferir gasolina, óleo combustível e diesel para
Companhias Distribuidoras, outros Terminais da Transpetro, Refinarias como a REVAP
(Refinaria do Vale do Paraíba), RECAP (Refinaria de Capuava), RPBC (Refinaria Presidente
Bernardes de Cubatão), REPLAN (Refinaria do Planalto), Usina Piratininga, Petroquímica,
Quattor e Utingás através de dutos. (Site Transpetro, 2012).
Os oleodutos são o meio de transporte preferencial para suprir tanto as
refinarias quanto os grandes centros consumidores de derivados.
17

Entre os 48 terminais da Transpetro, o Terminal de São Caetano do Sul, objeto


deste estudo, localiza-se na Rua Felipe Camarão, 393, na cidade de São Caetano do Sul no
estado de São Paulo, segue foto área do terminal.

Ilustração 2: Mapa de tanques do Terminal de São Caetano do Sul


Fonte: Transpetro. Acesso em 06/09/2012

O parque de tanques do Terminal de São Caetano possui 23 tanques de


armazenamento, sendo que 07 tanques operam com óleo combustível, 05 tanques operam com
gasolina, 05 tanques operam com diesel, 02 tanques possuem mistura de produto, 01 tanque
de água para o sistema de combate a incêndio, 01 tanque com a água de drenagem, 01 tanque
para alívio de produtos claros e 01 tanque desativado, que estão dispostos conforme figura
acima.
18

Os tanques são essenciais nesta atividade pois atuam como armazenadores, são
construídos de chapas de aço, podendo possuir capacidade para até 19.000 m3, são de teto
flutuante ou fixo, possuem normalmente quatro bocas de visita e duas portas de limpeza
distribuídas em volta do costado e armazenam petróleo, seus derivados e álcool.

Ilustração 3: Tanque de Armazenamento de Combustível


Fonte: Transpetro. Acesso em 06/09/2012

A gestão das atividades de manutenção dos tanques visa manter a


disponibilidade e confiabilidade das instalações operacionais, aumentar a segurança das
pessoas, instalações e regiões próximas aos oleodutos, preservar a integridade das instalações,
preservar a qualidade dos produtos transportados e a preservação do meio ambiente.
Os tanques são inspecionados a cada 5 anos e conforme relatório emitido é
definido sua manutenção.
Os tanques por suas características são classificados como Espaços
Confinados, pois não foram projetados para ocupação humana contínua, possuem meios
limitados de entrada e saída e a ventilação existente não é suficiente para remoção dos
contaminantes, com isso é necessário a aplicação da NR -33 na integra.
19

4 MANUTENÇÃO DE TANQUE – MÉTODO EXECUTIVO

A manutenção de um tanque segue uma sequencia básica de atividades


baseadas na Norma 2111 – Segurança na limpeza, inspeção e reparo de tanque de
armazenamento, no padrão de execução PE-3N6-101 – Limpeza de Tanques a manutenção e
na NR-33 Segurança e Saúde em espaços confinados, devendo ser executada de acordo com
as etapas descritas abaixo.

4.1 PLANEJAMENTO

Entre as providência preliminares para a execução do trabalho temos o


planejamento. O planejamento tem o objetivo de eliminar possíveis problemas que possam
aparecer durante a execução dos trabalhos ocasionado acidentes e baixa produtividade e
melhorar a comunicação entre todos os executantes.
Todo trabalho obrigatoriamente deve ser precedido de um planejamento
realizado por equipe multidisciplinar composta no mínimo pelos representantes das áreas
envolvidas na atividade, neste planejamento deve ser definidos os procedimentos operacionais
necessários ao condicionamento e liberação do tanque; deve ser elaborado um plano de
raqueteamento para isolamento do equipamento, garantindo assim bloqueios das fontes de
energia; definir os procedimentos para execução dos trabalhos; definir os responsáveis em
cada etapa dos serviços; definir os procedimentos para retorno do equipamento à operação;
definir as medidas de controle de risco; definir também um plano de emergência e definir
controle de fontes de ignição, sinalização e equipamentos de proteção individual.

4.2 TREINAMENTO

Todo o pessoal envolvido no trabalho deve ser treinado nas atividades a serem
executadas e este treinamento evidenciado através de listas de presença.
Dever ser dado atenção especial para o cumprimento da NR – 33 – Segurança e
Saúde nos Trabalhos em Espaços confinados, onde os trabalhadores e vigias para
desempenharem suas funções devem ser previamente, considerados aptos pelo médico e
receber capacitação periódica a cada doze meses com carga horária mínima de 16 horas, com
conteúdo programático de definições, reconhecimento, avaliação e controle de riscos,
20

funcionamento de equipamentos a serem utilizados, procedimentos e utilização de PET –


Permissão de Entrada e Trabalho e noções de resgate e primeiros socorros, para o funcionário
que exercerá a função de supervisor de entrada o treinamento deve ter carga horária mínima
de 40 horas, com o mesmo conteúdo programático do trabalhador (16 horas) acrescido de
identificação dos espaços confinados, critérios de indicação e uso de equipamentos para
controle de riscos, conhecimentos sobre práticas seguras em espaços confinados, programa de
proteção respiratória, área classificas e operações de salvamento. Todos devem possuir
certificado e a reciclagem deve ser realizada a cada 12 meses com carga horária de 08 horas.
As fotos abaixo ilustram a realização do treinamento tanto parte teórica quanto
prática.

Ilustração 4: Treinamento de Espaço Confinado – Teórico e Prático


Fonte: Acervo próprio

Além do treinamento de espaço confinado é necessário o treinamento do


responsável pela execução do trabalho no procedimento de PT com carga horária de 08 horas,
este funcionário será o requisitante da permissão de trabalho.
Devem ser previstos também treinamento para trabalhos em altura conforme
NR – 35 – Trabalho em Altura, com carga horária de 08 horas e com conteúdo programático
mínimo de normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura, análise de risco e
condições impeditivas, riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de
prevenção e controle, sistemas de proteção coletiva, equipamentos de proteção individual,
acidentes típicos em trabalho em altura e conduta em situações de emergência incluindo
noções de técnicas de resgate e de primeiros socorros.
21

4.3 PERMISSÃO PARA TRABALHO

Para realização dos trabalhos dever ser obrigatoriamente emitida a PT -


Permissão de Trabalho pelo responsável do equipamento. A PT é a autorização, dada por
escrito, para execução de trabalhos de manutenção, montagem, desmontagem, construção,
inspeção ou reparo de instalações, equipamentos ou sistemas a serem realizados, ela é
solicitada pelo requisitante do trabalho definido durante o planejamento e treinado conforme o
item 4.2.

Ilustração 5: Modelo de formulário de permissão para trabalho


Fonte: Transpetro.

Quando da entrada no tanque, um espaço confinado, é necessário além da PT, a


emissão da PET – Permissão de entrada e trabalho, devendo esta ser emitida pelo supervisor
do espaço confinado conforme prevê a NR-33, nesta fase todos os itens previstos na NR-33
como treinamentos, permissões e equipamentos necessários devem estar adequados.
22

4.4 RETIRADA DO TANQUE DE OPERAÇÃO

Para a retirada do equipamento de operação, deve-se remover o produto do


equipamento, desenergizar, bloquear e etiquetar os equipamentos elétricos e outras fontes de
energia do equipamento e sistema a ser trabalhado, garantindo o seu não acionamento
acidental, certificar-se que o equipamento está eletricamente aterrado, desconectar e plugar os
alívios térmicos e outras conexões, e verificar se foram efetuadas as remoções de todas as
fontes de ignição nas proximidades do tanque.
Passando por todas estas etapas o executante deve confirmar junto ao setor de
operações que o tanque encontra-se fora de operação e afixar etiquetas “NÃO OPERE ESTE
EQUIPAMENTO”.

4.5 DRENAGEM

Deve-se efetuar o bombeamento para esgotamento do produto remanescente do


tanque para um local indicado pelo setor de operação ou com o auxilio de um caminhão
vácuo.
Os respiros e os drenos devem ser mantidos abertos e devidamente etiquetados
de modo a evitar danos estruturais ocasionados por geração de pressão interna abaixo da
atmosférica.

4.6 ISOLAMENTO/RAQUETEAMENTO/BLOQUEIOS

Após o esgotamento do tanque, são executados os serviços de raqueteamento


das tubulações de entrada e saída do produto, nesta fase devem ser abertos os flanges
lentamente, posicionando-se de modo a não ser atingido por eventual vazamento, instale a
junta perfeitamente centrada com os flanges e aperte os parafusos cruzados no flange.
As tubulações devem ser bloqueadas o mais próximo possível do equipamento
evitando-se assim retorno de produto ou entrada indevida de outras substâncias perigosas,
caso não existam pontos próximos onde possam ser instalados os bloqueios deve ser feita uma
análise e elaborado um plano especifico, levando-se em consideração que variações de
temperatura podem criar expansão e introduzir vapores no interior do tanque.
23

Toda a área de acesso ao espaço confinado deve ser isolada e sinalizada para
evitar a entrada de pessoas não autorizadas enquanto durarem os trabalhos.

4.7 ELIMINAÇÃO DE GASES E VALORES

Após o bloqueio e isolamento do equipamento deve ser processada a sua purga


por ventilação natural ou mecânica, e quando necessário outros métodos associados como
inertização, remoção de impurezas por sucção entre outros.
A ventilação mecânica deve ser utilizada preferencialmente, pois a natural
apresenta algumas características insatisfatórias como intensa variabilidade de vazão do ar,
dificuldade de controle do direcionamento do ar, frequência irregular do efeitos dos ventos,
deficiente circulação de ar pelo reduzido número e tamanho das bocas de visitas, como
exemplo a foto abaixo apresenta um sistema de ventilação mecanizado.

Ilustração 6: Sistema de ventilação do tanque


Fonte: Acervo próprio

Definindo-se pela ventilação mecânica deve-se realizar a ventilação garantindo


vazão mínima de doze renovações de ar por hora (considerando um espaço confinado que
possua gases ou vapores inflamáveis). Os equipamentos de ventilação devem ser aterrados
para evitar acúmulo de eletricidade estática. São instalados exaustores a prova de explosão
nas bocas de visita do tanque para então sua abertura.
24

4.8 LIBERAÇÃO PARA ENTRADA/AVALIAÇÕES

Depois de concluída a ventilação e antes da entrada dos trabalhadores no


tanque, devem ser realizadas pelo técnico de segurança do trabalho medições iniciais da
concentração de oxigênio, de explosividade e de toxicidade, em diversos pontos com o
objetivo de verificar se as condições atmosféricas estão aceitáveis para a entrada.
As medições devem ser criteriosas e abranger todo os espaço confinado,
iniciando-se a partir de sua entrada até o interior, incluindo pontos baixos e cantos mortos do
equipamento, em locais que podem preservar atmosferas perigosas, essas medições devem ser
realizadas com o sistema de ventilação desligado a pelo menos 15 minutos.
Os instrumentos de medição a serem utilizados devem ser de leitura direta,
intrinsecamente seguros, providos de alarme, calibrados e protegidos contra emissões
eletromagnéticas ou interferências de radiofrequência, como exemplo o equipamento da
figura abaixo.

Ilustração 7: Equipamento para avaliação de espaço confinado


Fonte: Acervo próprio.

Os valores das medições iniciais devem ser registradas na PET, que deve estar
disponível no local do trabalho, durante a realização do trabalho deve ser realizada
monitoração contínua da atmosfera para verificar se as condições atmosféricas permanecem
seguras.
25

Caso durante o avaliação inicial o tanque ainda contenha gases/produto e a


concentração de gás no interior do mesmo não exceder a 40% do limite inferior de
explosividade é feita a abertura da porta de limpeza para o início dos serviços de retirada de
borra, caso a concentração estiver entre 0 e 40% é permitida a entrada do tanque porém
utilizando proteção respiratória, mas para o inicio de execução de trabalhos a quente de
limpeza, só deve ser permitida com concentração de valores inflamáveis de 0% do LII.

4.9 RETIRADA DA BORRA E LIMPEZA INTERNA (TRABALHO A FRIO)

Todo o material recolhido é retirado com auxílio de ferramentas manuais e


acondicionado em tambores para posterior identificação, remoção e destinação.
Após a retirada da borra a limpeza final, que inclui o fundo, costado e teto é
aplicado um detergente biodegradável para a remoção do resíduo encrustado, posteriormente
é executado o serviço de hidrojateamento, utilizando-se a menor quantidade possível de água,
tendo em vista a necessidade de preservação deste importante recurso, bem como a
dificuldade de destinação dos resíduos líquidos.
Os esguichos envolvidos na operação de hidrojateamento do interior do tanque,
deverão ser aterrados para evitar ocorrência de eletricidade estática.
As borras retiradas do tanque devem ser acondicionadas em tambores e
destinados conforme legislação.

4.10 SECAGEM

É feita a remoção de água decorrente do hidrojateamento e a secagem completa


do tanque. A água é recolhida para armazenamento temporário e destinação ou despejada nas
canaletas de água oleosa ou transportada para um sump-tank, que trata-se de um reservatório
para armazenamento de produto residual.
Após a secagem o tanque está em condições para execução dos serviços.
26

4.11 REPAROS NECESSÁRIOS CONFORME RELATÓRIO DE INSPEÇÃO

São realizados todos os reparos necessários identificados no relatório de


inspeção do tanque, nesta fase as tarefas realizadas são montagem interna e externa e andaime
tubular; desmontagem da estrutura interna do tanque (vigas radiais e colunas de sustentação
de estrutura e suas chapas de reforço); recuperação ou troca de chapas de fundo do tanque;
desmontagem e montagem dos anéis de resfriamento do costado; desmontagem e montagem
da cantoneira de topo e de reforço; desmontagem das chapas do teto; substituição de
impermeabilização circunferencial na base do tanque; remoção, manutenção e instalação de
válvulas em geral; desmontagem e reparos das câmaras de espuma; pintura interna e externa
do tanque; serviços de sondagem para estudo de resistência do solo na base do tanque; serviço
de forma, armação e concreto para construção de anel de concreto na periferia e bacia do
tanque; serviços de alvenaria para construção de calçadas e canaletas de drenagem na bacia do
tanque; nivelamento da bacia do tanque; fechamento do talude; montagem do clips no
costado; montagem de anéis de resfriamento.

Ilustração 8: Tanque em manutenção


Fonte: Acervo próprio

4.12 INSPEÇÃO PARA RECEBIMENTO/RETORNO NO TANQUE

Após o término dos trabalhos, deve ser realizada a inspeção, verificando - se a


efetiva conclusão dos serviços, a remoção dos equipamentos, sobra de materiais e resíduos, a
integridade dos componentes internos e externos do equipamento, drenos e vents.
27

4.13 RETORNO OPERACIONAL DO TANQUE

Concluído os serviços, são removidos os exaustores, todo material da bacia e


do interior do tanque, fechadas as bocas de visitas e portas de limpeza, retiradas as raquetes
das tubulações de entrada e saída e o tanque já esta pronto para voltar a operar.
Durante o retorno à operação, deve haver monitoramento de possíveis
vazamentos.

.
28

5 OS PERIGOS, AS CAUSAS E SEUS IMPACTOS AO SER HUMANO

Um dos aspectos mais críticos e complexos em uma atividade laboral é a


avaliação dos riscos que tem por objetivo identificar as condições perigosas e seus riscos.
Existem inúmeros riscos durante a realização de manutenção de um tanque,
entre eles a presença de vapores tóxicos, atmosfera com deficiência de oxigênio, exposição a
incêndios ou explosões, iluminações deficientes, quedas de diferentes ou de mesmo nível,
entre outros.
Identificar suas causas é o primeiro passo para definir as medidas corretivas
mais eficazes na redução ou eliminação do risco.
A seguir estão descritos os perigos relacionados à atividade de manutenção de
tanque encontradas durante as pesquisas nos documentos APR-EC-OLEO/SP-01/09, APR-
EC-OLEO/SP-02/09, APR-EC-OLEO/SP-04/09, APR-EC-OLEO/SP-102/10, APR-OBR-
0142-0, APR-MNFD1-0011-0, APR-OBR-067-0.

5.1 EXPOSIÇÃO A VAPORES TÓXICOS

A exposição a vapores tóxicos como o petróleo-H2S, gasolina, nafta, benzeno,


diesel, querosene de aviação, metanol e etanol é um dos principais perigos encontrados na
atividade de manutenção de tanque.
Suas principais causas devem-se a formação de nuvens de vapores tóxicas
emanadas de produto residual existente nos acessórios do tanque (tubulação, válvulas, drenos,
etc.), ou então pela ventilação ser insuficiente para remover contaminantes, também podendo
acontecer por grande contribuição de vapores de hidrocarbonetos e álcool provenientes de
tanques vizinhos.
A exposição a estes vapores podem causar no ser humano asfixia, intoxicação
com mal estar e desmaio, doenças pulmonares, leucopenia e até mesmo a morte.(APR 01, 04
e 102, 2010).
29

5.2 INCÊNDIO OU EXPLOSÃO

Outro perigo importante identificado é a ocorrência de incêndio ou explosão


que pode ser causada pela presença de vapores na condição de inflamabilidade e fontes de
ignição.
Entre as principais causas temos a possiblidade de emanação de vapores de
produto residual existente nos acessórios do tanque (tubulação, válvulas, drenos, etc.), na
ventilação insuficiente para remover os contaminantes e na grande contribuição de vapores de
hidrocarbonetos e álcool provenientes de tanques vizinhos, que combinado com possíveis
fontes de ignição como descargas elétricas, centelhas decorrentes de eletricidade estática,
fagulhas originadas por motores à explosão, trabalhos a quente, faíscas de equipamentos
elétricos, fagulhas causadas por atrito ou choque de ferramentas.
A exposição a este perigo pode causar queimaduras de graus variados, danos
materiais e até mesmo a morte. (APR 01, 04 e 142, 2010)

5.3 EXPOSIÇÃO A AR CONTAMINADO (USO DE AR MANDADO)

A exposição a ar contaminado são geradas a partir de problemas com os


compressores de ar.
Suas causas estão ligadas a falta de manutenção preventiva, mal localização do
mesmo quando sendo instalado em local sujeito a absorver fumaça e outros vapores nocivos
ou quando o filtro está saturado.
Como efeito ao ser humano temos a intoxicação, asfixia e doenças pulmonares.
(APR 01, 02 e 11, 2012).

5.4 EXPOSIÇÃO A RUÍDO

Ao longo de toda a atividade o ruído esta presente, e algumas vezes com níveis
acima dos limites de tolerância.
O ruído é proveniente do uso de máquinas e equipamentos e quando não
controlados causam perdas auditivas severas. (APR 02, 2009).
30

5.5 EXPOSIÇÃO A CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS ADVERSAS

A exposição a condições atmosféricas adversas como fortes temporais com


presença de raios ou dias de sol muito quentes são perigos muito frequentes neste tipo de
atividade já que realizada a céu aberto.
Descargas atmosféricas e insolações elevadas podem gerar lesões graves e até a
morte (APR 02 e 04, 2009).

5.6 EXPOSIÇÃO A PRODUTO RESIDUAL LIQUIDO

A exposição a produto residual liquido pode ser causada por falhas durante a
limpeza e secagem do piso do tanque e não utilização de epis adequados, o produto em
contato com pele pode causar dermatite e caso atinja os olhos podem causar sérias lesões
oculares. (APR 01, 2009).

5.7 ANIMAIS PEÇONHENTOS

A presença de animais como escorpiões e cobras é possível pois os mesmos


procuram abrigo nestes locais, em caso de estar aberto há algum tempo, podendo causar
lesões de graus variados, envenenamento e até a morte. (APR 01, 2009).

5.8 CONTATO COM EQUIPAMENTOS ENERGIZADOS

O contato com equipamentos energizados podem ser causados por instalações


elétricas inadequadas, mau estado de conservação, falta de aterramento, falta de isolamento ou
mal dimensionamento.
O contato acidental com equipamentos energizados podem causar lesões de
graus variados e até a morte. (APR 04, 2009).

5.9 EXPOSIÇÃO A LINHA PRESSURIZADA

A exposição a linha pressurizada é causada pelo contato com o produto em alto


pressão devido a vazamento ou rompimento de tubulação.
31

Este perigo pode gerar lesões de graus variados. (APR 01, 2009).

5.10 EXPOSIÇÃO A ENRIQUECIMENTO OU DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO

A existência de contaminantes e ou ventilação inadequada podem causar o


enriquecimento ou deficiência de oxigênio no ambiente, a mistura ideal para o ambiente
possui entre 19,5% a 23% de oxigênio.
Como efeitos temos a asfixia e lesões de graus variados. (APR 67, 2011 ).

5.11 EXPOSIÇÃO A TEMPERATURAS EXTREMAS

Temperaturas extremas como podem ter como consequências queimaduras e


lesões de graus variados, suas principais causas são a existência de linha de vapor; descarga
de purgadores, existência de linha de glp próximo ao local, contato com tubo de descarga de
motores a combustão e linhas de óleo combustível. (APR 67, 2011 ).

5.12 AFOGAMENTO, ENGOLFAMENTO

Este perigo pode ocorrer através do despejo de produto químico no local ou


geração de nuvem altamente tóxica, pode causar lesões de graus variados e até a morte. (APR
02, 2009).

5.13 QUEDA DE DIFERENTE NÍVEL

Quedas de diferentes níveis podem causar lesões pessoais ou morte, suas


causas principais são queda (desestruturação) do andaime, andaimes montados sem
dispositivos de proteção coletiva, acesso ao topo do andaime deficiente ou existência
iluminação precária. (APR 11, 2012).

5.14 QUEDA DE MESMO NÍVEL

As causas de quedas do mesmo nível estão relacionadas a piso do tanque


escorregadio ou irregular, iluminação precária e presença de obstáculos sobre o piso como
32

exemplos ferramentas e mangueiras entre outros. Como efeito as lesões pessoais. (APR 11,
2012).

5.15 ACIDENTES COM EQUIPAMENTOS INADEQUADOS

A utilização de equipamentos inadequados como o uso de ferramentas


desgastas, com rebarbas ou outras deficiências, a improvisação da utilização de ferramentas, a
queda de ferramentas, o posicionamento das mãos entre pontos de pensamento durante a
operação e a presença de obstáculos são causas comuns de acidentes que podem acarretar em
lesões pessoais diversas aos trabalhadores. (APR 11, 2012).

5.16 FADIGA FÍSICA

A fadiga física no trabalhador esta relacionada a exposição a temperaturas


elevadas e insolações e também a grandes esforços ao subir e descer escadas.
A existência pode causar mal estar ou lesões pessoais no trabalhador que
cansado não realiza as atividades de maneira adequada. (APR 142, 2010).

5.17 TORÇÃO, LOMBALGIA

O perigo de torções e lombalgias é bastante comum nesta atividade devido a


posturas inadequadas ao transitar sob o teto do tanque que possui altura limitada pelas pernas
de sustentação, levantamento de peso acima da capacidade e ou sem a devida técnica de
levantamento, ou pisar em falso em degrau ou em saliências e depressões do piso do tanque.
Como efeito podemos ter lesões nos ossos e músculos. (APR 11, 2012).

5.18 MAL SÚBITO

O mal súbito pode levar o trabalhador a perda de consciência esta pode ser
causada pela condição de saúde do trabalhador ser imprópria para aquela atividade. (APR 11,
2012).
33

5.19 MOVIMENTAÇÃO DE CARGA MANUAL E MECÂNICA

Acidentes durante a movimentação de carga mecanizada são causados muitas


vezes por imperícias do operador, falhas mecânicas, excesso de peso para o equipamento,
acessórios de movimentação danificados ou em mal estado.
A movimentação de carga manual é causada por excesso de peso, transporte
com equipamentos inadequados.
A exposição a este perigo pode causar lesões de graus variados.(APR 67, 2011)
34

6 MÉTODOS DE CONTROLE DE RISCOS

Após a identificação dos perigos e causas associados a tarefa é necessário


estabelecer medidas para eliminar/reduzir os impactos com o objetivo de evitar possíveis
acidentes.
O resultado da implantação das medidas de controle propostas dependerá do
comprometimento da equipe que realizará a tarefa em implementa-las integralmente como a
proposta.

6.1 EXPOSIÇÃO A VAPORES TÓXICOS

Um dos principais perigos na realização da atividade de manutenção de tanque


é a exposição a vapores tóxicos, e por ser tão critico assim, diversas são as medidas de
controle existentes para a realização dos trabalhos de forma segura.
Antes da entrada de qualquer trabalhador autorizado, o tanque deverá ser
adequadamente ventilado, numa taxa de renovação de 12 vezes por hora, quando o tanque
estiver limpo, isento de vapores combustíveis e tóxicos, a taxa de renovação de ar interno
poderá ser de 6 vezes por hora. Para o acesso do trabalhador também deve ser realizado
avaliação ambiental com instrumentos de forma a detectar os níveis reais de explosividade e
toxidez. Recomenda-se o uso de instrumento modelo quatro gases: gás inflamável, H2S,
monóxido de carbono e oxigênio. Os instrumentos deverão estar calibrados e com a revisão
em dia, conforme o manual do fabricante.
O acesso dos trabalhadores deve ser proibido se a concentração de vapores
estiver acima de 9% do LIE, devendo utilizar-se máscara de ar mandado ou conjunto
autônomo, no caso do uso de ar mandado cada trabalhador deve portar cilindro de fuga
autônomo, devendo ser respeitado o fator de proteção atribuído ao equipamento de ar
mandado, o trabalhador deve portar instrumento de leitura direta para vapores inflamáveis,
O2, CO e H2S, para H2S poderá ser utilizado também monitor de lapela, sendo constatada a
presença de benzeno, o PPEOB deve ser seguido.
Quando a concentração de vapores estiver abaixo da metade do limite de
tolerância, o uso de máscara pode ser dispensado; porém, os trabalhadores deverão portar
máscara de fuga cujo filtro também proteja contra H2S, as máscaras deverão possuir tamanho
condizente com as características físicas de cada trabalhador e o funcionário deverá estar bem
35

barbeado para que a vedação seja adequada, nestes casos também devem ter realizado
treinamento sobre proteção respiratória, de acordo com o PPR da unidade.
O acesso ao interior do tanque deverá ser monitorado por um vigia que deve
permanecer junto à boca-de-visita ou portão de limpeza do tanque, mantendo contato visual e
comunicação com o trabalhador autorizado, a comunicação deve ser eficiente (previamente
testada), recomendando ser através de rádio para contato direto também com a Sala de
Controle.
Deve ser comprido rigorosamente as recomendações da LV / PET especifica de
espaço confinado e seguir outras recomendações da NR-33, devendo ser mantida equipe de
resgate treinada e com os devidos recursos materiais disponíveis no local.
Caso algum tanque vizinho necessite iniciar recebimento/envio de produto, o
setor de operações deve solicitar a realização de avaliação ambiental e informar os
trabalhadores envolvidos na atividade do espaço confinado. Este mesmo procedimento deve
ser adotado se a Operação tiver de fazer drenagem aberta cuja evaporação possa atingir o
espaço confinado, se for o caso deve-se parar o serviço no espaço confinado e evacuar os
trabalhadores.
Os trabalhadores só devem acessar o local somente após o isolamento total do
tanque havendo bloqueio de todas as entradas e saídas com flanges cegos e ou raquetes com a
classe de pressão requerida, deverá ainda ser confirmado que não existe diferença de potencial
entre o tanque e a tubulação de entrada/saída de produto.
Em caso de qualquer anormalidade, a própria equipe de trabalho deve paralisar
o serviço e avisar a operação e a fiscalização (APR 01, 02, 04 e 102, 2010).

6.2 EXPOSIÇÃO A INCÊNDIO OU EXPLOSÃO

Como medidas para evitar incêndio ou explosões recomenda-se não iniciar o


serviço em caso de chuvas fortes ou tempestades e caso o serviço já tenha começado é
necessário paralisar.
Da mesma forma de se evitar exposição a vapores tóxicos para evitar a
exposição a incêndios ou explosões antes da entrada de qualquer trabalhador autorizado, o
tanque deverá ser adequadamente ventilado, numa taxa de renovação de 12 vezes por hora e
quando o tanque estiver limpo, isento de vapores combustíveis e tóxicos, a taxa de renovação
de ar interno poderá ser de 6 vezes por hora.
36

O acesso do trabalhador deve ser precedido de avaliação ambiental com


instrumentos, de forma a detectar os níveis reais de explosividade e toxidez. Os instrumentos
deverão estar calibrados e com a revisão em dia, conforme o manual do fabricante, o acesso
dos trabalhadores deve ser proibido se a concentração estiver acima de 9% do LIE, devendo
utilizar máscara de ar mandado ou conjunto autônomo, no caso do uso de ar mandado cada
trabalhador deve portar cilindro de fuga autônomo, devendo ser respeitado o fator de proteção
atribuído ao equipamento de ar mandado.
Toda e qualquer atividade em sistemas elétricos deverá ser realizada por
profissional eletricista que atenda a NR-10, e o sistema de iluminação artificial, ventiladores e
exaustores com alimentação elétrica deverão ser específicos para áreas classificadas (ex).
A manutenção preventiva e corretiva do sistema elétrico local, inclusive
provisório deve estar em dia e todos os equipamentos elétrico aterrados, também os motores a
combustão, guindautos, guindastes e caminhões a vácuo e mangueiras usadas na limpeza, para
prevenir-se contra a geração de eletricidade estática. Todo material, equipamento, vestimentas
e epis devem possuir características anti-estáticas apropriados para espaço confinado
Trabalhos a quente e qualquer tipo de geração de chama, calor ou centelha
deve ser proibido, incluindo-se o uso de máquinas fotográfica e celulares, para a realização de
trabalhos a quente somente deve ser autorizado, se o nível de explosividade estiver igual a
zero e mantido ao longo do tempo.
Manter o sistema fixo e portátil de combate a incêndio pronto a operar,
inclusive com mangueiras pressurizadas na área externa e trabalhadores treinados nas técnicas
de combate a incêndio.
Caso o equipamento tenha operado com produto de teor acido, o mesmo deverá
passar por limpeza química antes de sua abertura para precaver-se contra ignição provocada
por sulfeto de ferro.
Caso algum tanque vizinho necessite iniciar recebimento/envio de produto, o
setor de operações deve solicitar a realização de avaliação ambiental e informar os
trabalhadores envolvidos na atividade do espaço confinado. Este mesmo procedimento deve
ser adotado se a Operação tiver de fazer drenagem aberta cuja evaporação possa atingir o
espaço confinado, se for o caso deve-se parar o serviço no espaço confinado e evacuar os
trabalhadores.
Em caso de qualquer anormalidade, a própria equipe de trabalho deve paralisar
o serviço e avisar a Operação e a Fiscalização.
37

Os empregados deverão estar cientes quanto ao risco de incêndio ou explosão


proveniente de atrito ou choque de peças ou ferramentas, de forma a evitar estas ocorrências
.(APR 01, 02, 04 e 102, 2010)

6.3 EXPOSIÇÃO A AR CONTAMINADO (USO DE AR MANDADO)

Para controlar a exposição a ar contaminado todos os acessórios do conjunto de


ar mandado devem ser originais, incluindo mangueiras e conexões, se as mangueiras forem
estendidas no solo, recomenda-se que sejam introduzidas em revestimentos para proteger
contra sujeira, abrasão, perfurações, etc e sempre que possível, utilizar ar respirável
proveniente de bateria de cilindros de ar, ao invés de proveniente de compressor, no caso de
utilização deste, o mesmo estar situado em local isento de atmosfera contaminada ou que
possa vir a ser e caso seja movido a diesel e estiverem localizados em áreas classificadas
devem possuir corta-chama no escapamento.
É necessário também obter laudo, comprovando manutenção preventiva do
compressor de forma a garantir a qualidade do ar para as mascaras. O compressor deve conter
sinalização de que se encontra em uso para atendimento a espaço confinado e sua operação
deve ser feita somente por empregado autorizado.
A substituição do filtro do conjunto de ar mandado deve ocorrer no máximo
em 500 horas ou conforme orientação do fabricante, mantendo-se fixado no aparelho o selo
com data da troca (APR 01, 02 e 11, 2012).

6.4 EXPOSIÇÃO A RUÍDO

Para o controle do risco ruído deve-se utilizar protetor auricular e atender o


PCA – Plano de Controle Auditivo, no que se refere à avaliação de ruído e treinamento dos
trabalhadores (APR 02, 2009).

6.5 EXPOSIÇÃO A CONDIÇÕES ATMOSFÉRICAS ADVERSAS

Não deve-se iniciar as atividades com indicações de possibilidade de descargas


atmosférica, caso isto ocorra quando o serviço já tiver sido iniciado, deve-se paralisar e
evacuar o local.
38

Em dias muito quentes, trabalhar no interior do tanque sob sistema de


revezamento, deve-se procurar fazer o serviço em períodos mais amenos do dia. (APR 02 e
04, 2009).

6.6 EXPOSIÇÃO A PRODUTO RESIDUAL LIQUIDO

Antes da realização de qualquer tarefa deve-se realizar o trabalho de limpeza e


secagem do piso, o deslocamento dentro do espaço confinado deverá ser feito com atenção e
sem pressa, utilizando-se de vestimenta de PVC, botas de PVC com solado antiderrapante,
luvas de PVC, e óculos de segurança contra respingos, afim de evitar escorregões.
Caso ocorra qualquer incidente que resulte em contato severo do produto com a
pele ou olhos, o trabalhador deve imediatamente deixar o serviço e realizar sua higienização e
procurar o médico do trabalho disponível. (APR 01, 2009).

6.7 ANIMAIS PEÇONHENTOS

Antes de entrar no local deve-se avalia-lo e na existência de animais


peçonhentos isolar a área e solicitar apoio da equipe de segurança industrial da unidade (APR
01, 2009).

6.8 CONTATO COM EQUIPAMENTOS ENERGIZADOS

Caso seja necessário o uso de equipamentos elétricos, a situação deverá ser


avaliada pelo profissional eletricista habilitado, designado formalmente conforme NR-10,
somente ele pode aprovar a utilização dos equipamentos. (APR 04, 2009).

6.9 EXPOSIÇÃO A LINHA PRESSURIZADA

Deve-se verificar condições da tubulação existente para constatar sua


integridade antes de realizar a tarefa no interior do espaço confinado. Caso não seja possível
realizar a tarefa com a linha despressurizada, verificar junto à inspeção se existe histórico do
39

trecho de tubulação evidenciando alto índice de corrosão e reavaliar a tarefa, proibir


intervenção nas linhas, durante o acesso ao espaço confinado. (APR,01,2009).

6.10 EXPOSIÇÃO A ENRIQUECIMENTO OU DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO

O acesso dos funcionários ao tanque deve ser precedido de avaliação ambiental


com instrumento e a entrada só deve ser autorizada quando constatado que os níveis de O2
estão entre 19,5 e 23%.
Caso o local seja invadido por fumaça, gases ou vapores, todos trabalhadores
autorizados deverão ser evacuados e somente retornar após a situação ter sido controlada
(APR 67, 2011).

6.11 EXPOSIÇÃO A TEMPERATURAS EXTREMAS

As linhas devem possuir revestimento térmico, caso por algum motivo não
possua revestimento térmico deve ser providenciado barreiras provisórias de forma a impedir
o contato do corpo com as superfícies aquecidas.
Os purgadores devem ser isolados e/ou direcionados de forma a proteger o
trabalhador contra descargas, verificar também o melhor posicionamento dos equipamentos
providenciando barreira provisória de forma a impedir o contato do corpo com as superfícies
aquecidas.
Mesmo com revestimento térmico, deverá ser avaliada a necessidade de
barreira física para proteção do trabalhador, ou utilização de EPIs tais como luvas, mangotes,
aventais, fabricados com material resistente a calor / frio. (APR 67, 2011).

6.12 AFOGAMENTO, ENGOLFAMENTO

Antes da entrada no tanque deve-se confirmar que todos os bloqueios foram


efetuados, estando os comandos etiquetados e sinalizados. (APR 02, 2009).
40

6.13 QUEDA DE DIFERENTE NÍVEL

Este risco é identificado na utilização de andaimes que devem ser montados


por profissionais montadores qualificados e o acesso deve ser realizado somente após a
liberação com emissão de memória de cálculo.
Devem ser adotadas todas as medidas de segurança cabíveis conforme NR 35,
tais como o uso de cinto de segurança tipo paraquedista com dispositivo trava-quedas afixado
em estrutura segura e capacete com jugular, os andaimes devem ser montados com guarda-
corpo e rodapé, as tábuas ou pranchões devem estar presas, não devem ser pintadas e, no caso
de sobreposição, os espelhos devem estar sinalizados, deve haver escada fixa para acesso ao
topo do andaime e caso tenha altura superior a 2 metros deve possuir encosto para descanso,
utilizar também check-list especifico para trabalho em altura, atendendo as medidas
preventivas.
Os trabalhos devem ser realizados preferencialmente à luz do dia, caso não seja
possível deve-se dimensionar corretamente as luminárias e lanternas (sistema elétrico
provisório), de forma a prover o ambiente com iluminação adequada. Estes equipamentos
deverão ser à prova de explosão (APR 11, 2012).

6.14 QUEDA DE MESMO NÍVEL

Para evitar este tipo de acidente recomenda-se a limpeza do piso de forma a


evitar escorregões e o uso de bota de segurança com solado antiderrapante, também não deve
ser deixado ferramentas e matérias de forma desorganizada no interior do tanque para evitar
tropeços, as depressões e saliências devem ser sinalizadas e todos os riscos devem ser
informados aos trabalhadores autorizados.
Os trabalhos devem ser realizados preferencialmente à luz do dia, caso não seja
possível deve-se dimensionar corretamente as luminárias e lanternas (sistema elétrico
provisório), de forma a prover o ambiente com iluminação adequada. Estes equipamentos
deverão ser à prova de explosão. (APR 11, 2012).
41

6.15 ACIDENTES COM EQUIPAMENTOS INADEQUADOS

Para evitarmos acidentes de pensamento/impactos devemos utilizar botas e


luvas de segurança, sinalizar depressões, saliências e outros obstáculos, informando aos
trabalhadores autorizados sobre tais perigos, desobstruir acessos, transportar instrumentos e
pequenos materiais amarrados ao corpo e equipamentos maiores devem ser colocados sobre
andaimes através de sistema de içamento, em bolsas ou contêineres apropriados, porém para
isto a área abaixo deve ser isolada e sinalizada, impedindo a permanência de pessoas durante
o serviço de deslocamento vertical de materiais.
Inspecionar periodicamente as ferramentas e equipamentos substituindo
aquelas que apresentarem desgastes, rebarbas e outras deficiências que possam contribuir para
acidentes, as ferramentas devem ser utilizadas para o fim a que se destinam, de forma que
qualquer tipo de improvisação deve ser evitado. (APR 11, 2012).

6.16 FADIGA FÍSICA

Em dias muito quentes deve-se trabalhar no interior do tanque sob sistema de


revezamento e utilizando ventilação / exaustão forçada, todo trabalhador autorizado deverá
apresentar condições psico-fisiológicas apropriadas, atestadas através do ASO.
Deve-se disponibilizar água potável fresca e copos descartáveis aos
empregados e é obrigatória a permanência de um vigia junto à entrada do tanque com rádio
observando a situação dos trabalhadores, conforme prevê a NR-33. (APR 142, 2010).

6.17 TORÇÃO, LOMBALGIA

Os empregados deverão ter recebido treinamento sobre ergonomia, abrangendo


o trabalho em espaços restritos e orientações quanto ao cuidado na utilização das escadas que
devem ser seguradas no corrimão pelas duas mãos. (APR 11, 2012).
Deve-se definir também revezamento para a realização das tarefas, evitando
torções, lombalgia e fadiga.
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6.18 MAL SÚBITO

O trabalho em espaço confinado sempre deve ser realizado por no mínimo duas
pessoas e além da obrigatoriedade da permanência de um vigia posicionado na entrada com
rádio.
Os trabalhadores devem apresentar condições psico-fisiológicas apropriadas,
atestadas através do ASO e serem orientados a informar o supervisor caso não estejam em
boas condições de saúde ou com restrições médicas. (APR 11, 2012).

6.19 MOVIMENTAÇÃO DE CARGA MANUAL E MECÂNICA

O transporte de material tanto mecânico como manual deve ser realizado


adequadamente conforme procedimento, durante a movimentação do material a área deve
estar sinalizada, isolada e todos os equipamentos e acessórios necessários para o transporte
devem ter sido inspecionados conforme check-list.
Para a movimentação mecânica deve-se utilizar equipamentos apropriadas para
o içamento e na utilização de caminhão o mesmo deve estar patolado.
Todos os trabalhadores devem ser treinados em técnicas de levantamento e
movimentação de peso. (APR 67, 2011).
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7 ESTUDO DE CASO – ETAPAS PARA MANUTENÇÃO DE TANQUE

Será apresentado agora uma instrução única de segurança elaborada com o


objetivo de padronizar a atividade de manutenção de tanque de armazenamento de
combustíveis.
Esta instrução foi criada a partir das informações coletadas nos diversos
procedimentos e análises de riscos da empresa, e considerando todas as etapas previstas na
execução da atividade, os perigos identificados em cada tarefa e as medidas necessárias para
controle e prevenção de acidentes.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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Quadro 1: Instrução Única de Segurança


Fonte: Acervo próprio construído com fonte de dados da empresa TRANSPETRO.
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8 CONCLUSÃO

Com a realização deste trabalho foi possível observar a complexidade da


atividade de manutenção de tanques de armazenamento de combustíveis, principalmente sob
o ponto de vista de um espaço confinado, onde os riscos são os mesmo que em uma atmosfera
externa, porém em uma dimensão muito maior, devido às condições do lugar, como difícil
acesso e deficiência de oxigênio, considerando também que sutis modificações nas condições
atmosféricas podem transformar o risco do espaço em que se realiza a atividade.
Existindo diversas instruções e procedimentos de como se realizar uma única
atividade, acrescenta-se um risco maior de ocasionar acidentes, portanto a idéia de uma única
instrução detalhada de todos os procedimentos da atividade facilita sua realização e garante a
segurança e saúde dos trabalhadores quando seguida.
Reunindo todos os procedimentos, instruções e análises de riscos encontradas
na empresa, identificando os melhores pontos de cada uma e consolidando em um único
documento, objeto deste estudo, facilitamos a consulta do trabalhador, o entendimento e por
consequência o cumprimento de todas as medidas preventivas de segurança.
Uma pesquisa que poderia ser complementada a este trabalho é a avaliação do
tempo e redução de acidentes que ocasiona a implantação de uma instrução única.
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REFERÊNCIAS

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manutenção de redes subterrâneas. 2006. 141 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade
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confinado – Prevenção de acidentes, procedimentos e medidas de proteção. Rio de
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<http://pt.wikipedia.org/wiki/Transpetro. Acesso em 06/09/2012.
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ANEXOS

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