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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI

UNIDADE (SEDE)

Acidente na ConstruObras Ltda.

João Vitor Duarte

Relatório Técnico

(SEDE) - SC

2020
João Vitor Duarte

Acidente na ConstruObras Ltda.

Trabalho apresentado à Unidade Curricular de Segurança do Trabalho como


requisito parcial para conclusão da disciplina. Professor: Ana Paula Teixeira
Muller

(SEDE) – SC
Introdução

Esse relatório tem como objetivo apresentar uma análise do acidente, propor
algumas melhorias para a empresa, mostrar as consequências que esse
acidente pode causar, a utilização da teoria da pirâmide Maslow para um
entendimento maior das causas desse acidente.

Análise do Acidente

A descrição do acidente mostra que o trabalhador terminou seu serviço, após


isso ele visualizou que na laje sobraram 250 tijolos, ele estava trabalhando em
um edifício de seis andares, e em vez de levar esses tijolos á mão para baixo,
ele resolveu colocá-los dentro de um barril e descê-los com a ajuda de uma
roldana fixada em um dos lados do edifício. Esse foi o primeiro erro por parte
do trabalhador, que foi imprudente e não pensou nas consequências de utilizar
aquele equipamento mal estruturado. Após esse primeiro erro Manoel desceu
ao térreo, atou o barril com uma corda, voltou ao telhado, puxou o barril para
cima e colocou os tijolos dentro dele que ficou suspenso no ar com todos os
tijolos dentro. Voltou para baixo, desatou a corda e segurou com força para que
os 250 tijolos descessem devagar. Quando ele soltou a corda com o barril
suspenso, foi içado pelo peso do mesmo a uma altura surpreendente apesar
dos seus 80 kg. Continuou subindo rapidamente e, na proximidade do terceiro
andar, bateu no barril que vinha em sua direção o que provocou a fratura de
crânio e uma clavícula partida. Esse foi o segundo erro de Manoel, que utilizou
a corda pra voltar ao andar de cima, se expondo a um risco desnecessário,
pois enquanto ele descia pra o térreo podia ter levado os tijolos com a própria
mão evitando essa fratura no crânio, que pode causar um traumatismo
craniano. Continuou subindo a uma velocidade ligeiramente menor, até que
seus dedos ficaram prensados na roldana. Os tijolos caíram do barril e este
ficou vazio. Agora, como seu peso era maior que o do barril, sua queda foi
instantânea. Ainda sob o efeito das dores provocados pelo impacto do corpo
sobre os tijolos, recebeu mais uma pancada do barril sobre as pernas,
fraturando a perna esquerda. Apesar de o acidente ter sido muito grave, por
imprudência do trabalhador, a empresa não concedeu uma boa estrutura para
a segurança do trabalhador. A Norma Regulamentadora 35, ou apenas NR 35,
estabelece os requisitos mínimos de proteção para o trabalho em altura,
envolvendo o planejamento, a organização e a execução.

Treinamento e capacitação: que claramente o acidentado não possuía.

Equipamentos de proteção individual, acessórios e sistemas de


ancoragem: que segundo a descrição, faltavam os equipamentos para facilitar
e proteger o trabalho do acidentado.
Equipe de emergência;

Desenvolvimento de planejamento para organização e execução das


atividades: Mostra a falta de comprometimento da empresa, com o cuidado da
vida dos seus trabalhadores.

Não é apenas o empregador que tem a responsabilidade de evitar acidentes


com quedas de altura. Segundo a NR 35, o empregado também precisa ficar
atento e cumprir alguns requisitos.

Para evitar quedas, a NR 35 estabelece as seguintes responsabilidades aos


empregadores:

Garantir a implementação das medidas de proteção estabelecidas pela NR 35;

Desenvolver procedimentos operacionais para as atividades rotineiras de


trabalho em altura;

Assegurar a realização de avaliação prévia das condições no local do trabalho


em altura. Isso é feito pelo estudo, planejamento e implementação das ações e
medidas de segurança aplicáveis;

Sansões que a Empresa pode Sofrer

Consequência do não cumprimento das NRs para o empregador

Responsabilidade Criminal

Infração penal: Descumprimento das normas de segurança sem que haja


qualquer resultado lesivo ou risco ao trabalhador (Art. 19, §2º da Lei 8.213/91);

Crime de perigo: Descumprimento das normas de segurança no trabalho que


ocasione risco ou perigo de vida ou à saúde do trabalhador (Art. 132, Código
Penal);

Lesão corporal: Descumprimento das normas de segurança no trabalho do


qual resulte dano físico ou lesão corporal ao trabalhador (Art. 129, §6º, Código
Penal);

Homicídio: Descumprimento das normas de segurança no trabalho que cause


a morte do trabalhador. (Art. 121, Código Penal).

Responsabilidade administrativa

Multas aplicadas pelo MTE (Ministério do Trabalho);

Embargo da obra ou interdição do estabelecimento, máquinas ou


equipamentos.
Melhorias na empresa:

Fazer treinamentos e capacitações, tornar o uso de equipamento para a


segurança obrigatório, contratar uma equipe de primeiro socorros para casos
de acidentes graves, colocar equipamentos de alta qualidade para os
trabalhadores desenvolverem um trabalho com segurança e qualidade.

Referências:

https://www.sienge.com.br/blog/nr-35-regulamenta-o-trabalho-em-altura-e-
orienta-construtoras/

https://www.sienge.com.br/blog/consequencias-nrs-normas-de-
seguranca/

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