Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
NATAL-RN
2019
Maria Leticia Medeiros de Araújo Costa
Natal-RN
2019
Seção de Informação e Referênpcia
Catalogação da Publicação na Fonte. UFRN / Biblioteca Central Zila Mamede
___________________________________________________
Profa. Dra. Micheline Damião Dias Moreira – Orientadora
___________________________________________________
Prof. Me. Eckhard Mozart Bezerra da Costa – Examinador interno
___________________________________________________
Profa. Ma. Amanda Bezerra de Sousa – Examinadora externa
Natal-RN
2019
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a todos que trabalham pela educação pública brasileira de qualidade e
acreditam que ela é o caminho para a mudança deste país.
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar à minha mãe, que nunca poupou esforços para me
proporcionar a melhor educação que ela poderia me dar, sempre colocando esse elemento como
prioridade em minha vida.
À minha orientadora Profa. Dra. Micheline Damião Dias Moreira por toda a orientação
e motivação dada durante o ano, além da atenção e tempo dedicados a mim e a este trabalho,
que não estaria pronto sem ela.
Ao meu amigo João Paulo, morador do Condomínio Residencial Green Woods, por ter
me ajudado a obter todos os dados necessários para a realização deste trabalho e a Aline,
administradora do Condomínio Residencial Green Woods, por ter me passado os projetos e as
contas de energia elétrica do condomínio.
A Rafael Barros Lima por ter me ajudado com o orçamento para o sistema fotovoltaico
e a Eletrovento pelo fornecimento das informações e preços dos aerogeradores.
A todos os meus amigos e colegas que me acompanharam e me ajudaram em todas as
dificuldades que superei durante esse percurso na universidade, não teria conseguido sem eles.
A todos os professores e profissionais que fazem a UFRN ser o que ela é hoje e fizeram
parte da minha jornada que culmina com este trabalho de conclusão de curso.
FIGURA PÁGINA
Figura 1 - Evolução dos preços da energia solar fotovoltaica no mundo. 17
Figura 2 - Projeção da capacidade eólica acumulada instalada onshore no mundo até 2050. 18
Figura 3 - Projeção da capacidade solar fotovoltaica acumulada instalada no mundo até 2050. 18
Figura 4 - Mapa brasileiro de irradiação solar em média anual do total diário. 23
Figura 5 - Ilustração do Efeito de Coriolis. 25
Figura 6 - Circulação das massas de ar na superfície terrestre. 26
Figura 7 - Brisa marítima (à esquerda) e brisa terrestre (à direita). 27
Figura 8 - Brisa do vale (em cima) e brisa de montanha (embaixo). 27
Figura 9 - Velocidade média anual dos ventos a 50 m de altura no Brasil. 28
Figura 10 - Participação de cada fonte na geração distribuída no Brasil em 2018. 34
Figura 11 - Corte transversal de uma célula folovoltaica. 35
Figura 12 - Estrutura de um módulo fotovoltaico. 37
Figura 13 - Evolução da capacidade solar fotovoltaica acumulada instalada no mundo (GW). 39
Figura 14 – Evolução da capacidade solar fotovoltaica instalada anualmente no mundo (GW). 39
Figura 15 - Matriz elétrica brasileira em 2019. 42
Figura 16 - Diagramas esquemáticos da configuração interna de aerogeradores modernos. 43
Figura 17 - Turbina Darrieus. 44
Figura 18 - Turbina Savonius. 45
Figura 19 - Representação de turbinas de eixo horizontal com configurações upwind e downwind. 46
Figura 20 - Configuração de um sistema eólico isolado. 48
Figura 21 - Configuração de um sistema híbrido solar-eolico-diesel. 48
Figura 22 - Evolução da capacidade eólica acumulada instalada no mundo (GW). 49
Figura 23 - Evolução da capacidade eólica instalada anualmente no mundo (GW). 50
Figura 24 - Top 10 de capacidade eólica nova em 2018. 51
Figura 25 - Top 10 de capacidade eólica acumulada em 2018. 51
Figura 26 - Evolução da capacidade eólica acumulada e nova instalada no Brasil (MW). 52
Figura 27 - Evolução do investimento no setor eólico brasileiro em milhões de dólares. 52
Figura 28 - Fluxograma da metodologia do trabalho. 54
Figura 29 - Vista aérea do Condomínio Residencial Green Woods. 56
Figura 30 - Entrada do Condomínio Residencial Green Woods. 56
Figura 31 - Detalhe dos prédios da área comum. 57
Figura 32 - Cabeçalho da fatura de energia das áreas comuns do condomínio. 58
Figura 33 - Cabeçalho da fatura de energia da iluminação pública do condomínio. 58
Figura 34 - Consumo ativo de energia elétrica (set/18 e ago/19). 60
Figura 35 - Evolução dos custos do consumo ativo das áreas comuns, iluminação pública e total. 62
Figura 36 - Dados de irradiação solar em Natal/RN. 63
Figura 37 - Gráfico de distribuição de frequência do vento. 65
Figura 38 - Módulo fotovoltaico CS6U-350P High Efficiency Pole Module. 67
Figura 39 - Inversor Fronius Symo de 15,0 kW. 68
Figura 40 - Curva de potência do aerogerador ELV-H16.5 - 50 kW. 69
Figura 41 - Área disponível para instalação do aerogerador. 71
Figura 42 - Dimensionamento do sistema fotovoltaico. 72
Figura 43 - Comparação entre a energia consumida e a energia produzida. 73
Figura 44 - Evolução da economia anual estimada pelo sistema fotovoltaico. 77
Figura 45 - Evolução da economia anual estimada pelo sistema eólico. 78
LISTA DE TABELAS
TABELA PÁGINA
Tabela 1 - Energia gerada por micro e minigerção distribuída no Brasil. 33
Tabela 2 - Top 10 países com mais capacidade instalada no ano de 2018. 40
Tabela 3 - Top 10 países com mais capacidade acumulada instalada em 2018. 40
Tabela 4 - Relatório anual do consumo de energia do Condomínio Residencial Green Woods. 59
Tabela 5 - Detalhamento dos custos mensais das áreas comuns. 61
Tabela 6 - Detalhamento dos custos mensais da iluminação pública. 61
Tabela 7 - Dados de temperatura (°C) em Natal/RN. 64
Tabela 8 - Classificação da superfície quanto à rugosidade. 66
Tabela 9 - Especificações técnicas do módulo escolhido. 67
Tabela 10 - Especificações técnicas do aerogerador escolhido. 69
Tabela 11 - Área disponível para colocação dos módulos fotovoltaicos. 70
Tabela 12 - Energia produzida mensalmente pelo sistema fotovoltaico. 73
Tabela 13 - Distribuição da velocidade do vento a 30 m de altura. 74
Tabela 14 - Cálculo da energia produzida anualmente pelo sistema eólico. 75
Tabela 15 - Preço final do kWh de energia elétrica. 76
Tabela 16 - Orçamento do sistema fotovoltaico. 79
Tabela 17 - Resumo das variáveis econômicas utilizadas para análise da viabilidade dos projetos. 81
Tabela 18 - Fluxos de caixa e VPL do sistema fotovoltaico. 82
Tabela 19 - Fluxos de caixa e VPL do sistema eólico. 83
Tabela 20 - Comparação dos aspectos técnicos dos sistemas. 85
Tabela 21 - Comparação dos aspectos econômicos dos sistemas. 85
LISTA DE QUADROS
QUADRO PÁGINA
Quadro 1 - Taxa mínima a ser paga pelo fornecimento de energia elétrica. 32
Quadro 2 - Classificação dos tipos de consumidores. 33
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ABREVIATURAS
CO2 Dióxido de Carbono
GW Gigawatt
GWh Gigawatt-hora
kW Quilowatt
kWh Quilowatt-hora
R$ Reais
RPM Rotações por minuto
TW Terawatt
TWh Terawatt-hora
US$ Dólares
V Volt
W Watt
Wh Watt-hora
SIGLAS
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
ABSOLAR Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica
ABBEólica Associação Brasileira de Energia Eólica
ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica
Cepel Centro de Pesquisas de Energia Elétrica
COSERN Companhia Energética do Rio Grande do Norte
CRESESB Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito
EVA Ethylene Vinyl Acetate
EPE Empresa de Pesquisa Energética
GD Geração Distribuída
GEF Global Environment Facility
GWEC Global Wind Energy Council
IEA International Energy Agency
INMET Instituto Nacional de Meteorologia
INPE Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
IRENA International Renewable Energy Agency
LABSOL Laboratório de Energia Solar da UFGRS
MME Ministério de Minas e Energia
NBR Norma Brasileira
PNUMA Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
PRODIST Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico
Nacional
ProGD Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia
Elétrica
REN Resolução Normativa
SFCR Sistema Fotovoltaico Concectado à Rede
SONDA Sistema de Organização Nacional de Dados Ambientais
SWERA Solar and Wind Energy Resource Assessment
TIR Taxa Interna de Retorno
TMA Taxa Mínima de Atratividade
UFGRS Universidade Federal do Rio Grande do Sul
VPL Valor Presente Líquido
SUMÁRIO
CAPÍTULO PÁGINA
1 INTRODUÇÃO 15
1.1 Considerações iniciais 15
1.2 Justificativa 19
1.3 Objetivos 20
1.3.1 Objetivo geral 20
1.3.2 Objetivos específicos 20
1.4 Estrutura do trabalho 21
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 22
2.1 Recursos naturais: o sol e o vento 22
2.1.1 Recurso solar 22
2.1.2 Recurso eólico 24
2.2 Geração distribuída 29
2.2.1 Definição 29
2.2.2 Vantagens e desvantagens 29
2.2.3 A utilização da geração distribuída no Brasil 30
2.3 Energia solar fotovoltaica 34
2.3.1 Conceito e princípios de funcionamento 34
2.3.2 Tipos de sistemas fotovoltaicos 36
2.3.3 Componentes básicos do sistema fotovoltaico 37
2.3.4 Panorama atual da energia solar fotovoltaica 38
2.4 Energia eólica 42
2.4.1 Componentes do sistema eólico 42
2.4.2 Tipos de sistemas eólicos 47
2.4.3 Panorama atual da energia eólica 49
3 METODOLOGIA 54
3.1 Descrição geral 54
3.2 Caracterização do estudo de caso 55
3.3 Classificação do consumidor 57
3.4 Avaliação do histórico de consumo de energia elétrica 59
3.5 Obtenção dos níveis de temperatura e recurso solar no local 62
3.6 Levantamento da velocidade média dos ventos 64
3.7 Seleção do módulo fotovoltaico 66
3.8 Seleção do inversor solar 67
3.9 Seleção do aerogerador 68
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES 70
4.1 Verificação das áreas disponíveis 70
4.1.1 Áreas disponíveis para instalação dos módulos fotovoltaicos 70
4.1.2 Áreas disponíveis para instalação do aerogerador 70
4.2 Energia produzida pelos sistemas energéticos 71
4.2.1 Energia produzida pelo sistema fotovoltaico 71
4.2.2 Energia produzida pelo sistema eólico 74
4.3 Análise financeira 75
4.3.1 Previsão de economia 75
4.3.2 Custo de implantação 78
4.3.3 Indicadores para análise da viabilidade econômica dos projetos 79
4.3.4 Comparação e indicação do sistema mais viável para implantação 84
5 CONCLUSÃO 86
REFERÊNCIAS 87
APÊNDICE A – VELOCIDADE MÉDIA DIÁRIA DO VENTO EM NATAL A 30 M DE
ALTURA 95
ANEXO A – VELOCIDADE MÉDIA DIÁRIA DO VENTO EM NATAL A 10 M DE
ALTURA 99
ANEXO B – MÓDULO SOLAR ESCOLHIDO 103
ANEXO C – INVERSOR SOLAR ESCOLHIDO 105
ANEXO D – RELATÓRIO DE DIMENSIONAMENTO DO PVSYST 106
15
1 INTRODUÇÃO
Além dos impactos ambientais, a construção dessas usinas também provoca vários
impactos sociais, pois muitas vezes é necessário o deslocamento da população residente na área
onde será formado o reservatório, o que pode provocar perda de referências afetivas e
desorganização da estrutura social existente (JARDIM, 2007). Um exemplo disso foi a
construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte que causou o deslocamento de 22 mil pessoas
que viviam às margens do rio Xingu e em áreas baixas da cidade de Altamira que seriam
inundadas pelo reservatório para cinco reassentamentos coletivos construídos na área periférica
da cidade (ALISSON, 2019).
Somado a tudo isso existe o fato de as principais bacias hidrográficas que poderiam
atender os grandes centros consumidores brasileiros já estarem praticamente esgotadas,
dificultando a possibilidade de expansão do sistema (PEREIRA et al., 2006) e a grande distância
ao consumidor final, aumentando os preços da energia elétrica e as perdas ao longo do percurso.
O uso de usinas termelétricas ou nucleares podem ser alternativas às usinas hidrelétricas.
A primeira é muita usada nos países desenvolvidos e a sua tecnologia já é dominada, entretanto
seu uso libera gases poluentes para a atmosfera, contribuindo para o efeito estufa e aquecimento
global, podendo provocar chuvas ácidas, além de ser uma fonte finita. Já a energia nuclear é
considerada uma fonte limpa, mas provoca muito medo na população devido a possibilidade de
vazamento dos reatores nucleares, como aconteceu em Chernobyl na Ucrânia.
Com isso, surgem as fontes renováveis de energia como a energia eólica, a energia solar,
a biomassa e as pequenas centrais hidrelétricas, que começam a ganhar escala de produção,
tornando os preços mais competitivos em comparação à energia gerada pelas fontes
tradicionais. Além disso, à medida que os custos das energias alternativas são reduzidos, os
custos das energias convencionais tendem a crescer devido à escassez dos combustíveis e às
crises do petróleo, associados aos custos ambientais gerados (BRAUN-GRABOLLE, 2010). A
Figura 1 mostra a evolução da diminuição do preço da energia solar fotovoltaica no mundo,
exemplificando o ponto exposto acima.
17
A energia gerada pelo sol é inesgotável na escala terrestre de tempo, sendo uma das
alternativas energéticas mais promissoras para prover a energia necessária para o
desenvolvimento humano e industrial (PINHO; GALDINO, 2014). O Brasil é privilegiado por
se localizar, em sua maioria, em região intertropical, possuindo um grande potencial de
aproveitamento da energia solar ao longo de todo o ano que ainda é pouco explorado (PEREIRA
et al., 2006).
Em relação à energia eólica, o Brasil já é considerado referência mundial no setor, tendo
ficado na 8ª posição no ranking de países com maior capacidade eólica acumulada em 2018.
Ao todo foram gerados 48,42 TWh de energia em 2018, o que possibilitou o abastecimento de
76 milhões de pessoas e evitou a emissão de 20,58 milhões de toneladas de CO2 (ABBEÓLICA,
2019a).
O uso de energias renováveis é uma tendência global devido à necessidade de redução
de gases do efeito estufa que intensificam o aquecimento global. Em 2015, o Acordo de Paris
foi assinado por 195 países, durante a Conferência das Partes – COP 21, com o objetivo de
minimizar as consequências do aquecimento global (MAGALHÃES, 2017).
Segundo o IRENA (201-), o principal objetivo do Acordo de Paris é fortalecer a resposta
global à ameaça das mudanças climáticas com os países se compromentendo a reduzir emissões
de gases do efeito estufa e fazer uma trasição para um setor energético baseado em baixo
carbono.
18
Figura 2 - Projeção da capacidade eólica acumulada instalada onshore no mundo até 2050.
Figura 3 - Projeção da capacidade solar fotovoltaica acumulada instalada no mundo até 2050.
Além dos benefícios das fontes eólicas e solares vale-se destacar as vantagens atreladas
ao uso da geração distribuída de energia. Segundo Braun-Grabolle (2010):
1.2 Justificativa
A produção de energia elétrica no Brasil é feita, em sua maior parte, por Usinas
Hidrelétricas, que apesar de serem uma fonte de geração de energia limpa, a instalação do
complexo hidrelétrico implica em grandes áreas alagadas, impactos ambientais e realocação da
população local. Ademais, as grandes extensões do território brasileiro, de níveis continentais,
geram dificuldade na transmissão da energia, pois fazem-se necessárias grandes linhas de
transmissão, as quais aumentam as chances de haver perdas no sistema. Somado a tudo isto está
o fato de o país ter passado por graves crises hídricas recentemente, como aconteceu no estado
de São Paulo entre 2014 e 2016, quando os níveis do Sistema Cantareira de abastecimento de
água chegaram a 5,0% de sua capacidade (AKEL, 2015).
Segundo Carvalho (2014), o público geral está, aos poucos, percebendo o caráter finito
dos recursos naturais e os impactos ambientais provocados pela exploração e consumo de
petróleo, gás natural e carvão mineral, deixando evidente que essas fontes deverão ser
gradativamente abandonadas, sendo indispensável investir seriamente no desenvolvimento de
fontes de energia que sejam renováveis e limpas.
Sendo assim, a geração distribuída de energia se torna uma alternativa viável para
produção de energia elétrica, pois além de estar próxima ao consumidor, diminuindo os custos
dos sistemas de transmissão e suas perdas no processo, utiliza fontes renováveis de energia que
agregam valor à imagem das empresas e residências que a adotam.
Vale-se destacar o elevado potencial brasileiro de geração de energia solar e eólica. A
título de comparação, a irradiação solar global incidente em qualquer parte do território nacional
20
é superior a grande maioria dos países europeus, como Alemanha, Espanha e França
(PEREIRA, 2006). Com relação à energia eólica, o potencial de geração de energia pelos ventos
no Brasil é de cerca de 500 GW, valor suficiente para atender o triplo da demanda atual do país
(ZAPAROLLI, 2019).
Os condomínios residenciais horizontais apresentam altos valores de consumo de
energia elétrica nas suas áreas comuns, gerando grande dispêndio de dinheiro para o pagamento
dessas faturas, portanto o uso de painéis fotovoltaicos ou aerogeradores são alternativas
sustentáveis para a complementação da demanda de energia desses condomínios. Entretanto,
apesar dos custos dessas tecnologias estarem diminuindo ao longo dos últimos anos, o
investimento inicial ainda pode ser um entrave para a implantação do projeto, por isso torna-se
necessária a realização de um estudo preliminar para analisar a viabilidade de implantação dos
sistemas, se existem áreas disponíveis para instalação, em quanto tempo o investimento terá
retorno e qual das fontes citadas é a mais indicada para utilização no local de estudo.
Portanto, esse tema se torna relevante, tanto pela diminuição dos custos com energia
elétrica pelo condomínio, podendo esse dinheiro ser usado para realização de melhorias na
infraestrutura para os moradores, como pelo uso de fontes renováveis de energia, que geram
menos impactos ambientais, tornando o desenvolvimento sustentável.
1.3 Objetivos
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O Sol, que gera energia através de reações termonucleares em seu núcleo, é um dos
principais fatores responsáveis pela vida no planeta Terra. É uma fonte de energia renovável,
com potencial praticamente inesgotável dentro da escala de vida terrestre e disponível
gratuitamente, podendo ser utilizada para suprir necessidades sociais, como, por exemplo,
através do efeito fotovoltaico, o qual converte radiação solar diretamente em eletricidade
(VIANA, 2010).
O fornecimento de energia solar à Terra é de cerca de 94 mil TWh e em 2011 o consumo
mundial de energia primária foi cerca de 143 mil TWh, sendo assim, em apenas duas horas, o
Sol forneceu energia superior ao consumo energético de toda a população mundial durante um
ano (PINHO; GALDINO, 2014).
Segundo a ABNT NBR 10899:2013, radiação solar pode ser definida como a forma de
transferência de energia advinda do sol por meio da propagação de fótons. Já irradiação solar é
a quantidade de energia solar que incide em uma superfície e integrada durante um certo período
de tempo, sendo este o parâmetro necessário para calcular a quantidade de energia elétrica que
um sistema fotovoltaico poderá produzir (BRAUN-GRABOLLE, 2010).
A radiação solar ao penetrar na atmosfera é atenuada por processos físicos de
espalhamento e absorção com os constituintes atmosféricos e chega à superfície terrestre
composta de duas parcelas, a direta e a difusa (PEREIRA, 2006). A radiação direta depende da
posição do sol e é capaz de produzir sombras com nitidez em qualquer objeto, enquanto que a
radiação difusa é proveniente da dispersão da atmosfera (TORRES, 2012). Além disso, a
radiação total, que é a incidente sobre uma superfície inclinada, inclui mais uma componente
devido à radiação refletida pelo ambiente do entorno (solo, vegetação, etc.) da superfície, que
é função do albedo do local (VIANA, 2010).
Em termos de irradiação solar, o Brasil é um país privilegiado, tendo médias anuais
relativamente altas e uniformes em todo o país. O máximo valor de irradiação solar global, 6,5
kWh/m², acontece no norte da Bahia, região de clima semiárido e baixa precipitação ao longo
do ano, enquanto a menor irradiação solar global, 4,25 kWh/m², acontece no litoral norte de
Santa Catarina, caracterizado por precipitações bem distribuídas ao longo do ano. Esses valores
23
Existem diversos locais para acesso aos mapas e dados compilados sobre irradiação
solar no Brasil, podem ser citados:
Atlas Brasileiro de Energia Solar, publicado em 2006, produzido pelo projeto
24
SWERA (Solar and Wind Energy Resource Assessment) o qual é financiado pelo
PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) e co-financiado pelo
GEF (Global Environment Facility) (VIANA, 2010).
SunData, programa desenvolvido pelo CRESESB (Centro de Referência para
Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito), baseado nas informações do Atlas
Brasileiro de Energia Solar - 2ª Edição, destina-se ao cálculo da irradiação solar
diária média em qualquer ponto do território nacional (CRESESB, 2018).
RADIASOL 2, faz parte do pacote de programas SOLARCAD desenvolvido no
LABSOL (Laboratório de Energia Solar) da UFGRS (Universidade Federal do Rio
Grande do Sul), permite o cálculo da intensidade da radiação solar em superfícies
inclinadas (LABSOL, 2019).
Devido ao grande número de bases de dados, surge a dúvida de qual delas utilizar. O
dimensionamento deve ser feito de forma conservadora para não haver falhas durante o
funcionamento, pode-se, então, considerar o “pior mês” dentre todas as fontes que se tenha
acesso ou, caso haja a necessidade de compor uma sequência de meses, o pior valor para cada
mês (PINHO; GALDINO, 2014).
A energia eólica provém da radiação solar, que aquece a superfície da Terra diariamente
com 1.1015 kW de potência, estima-se que 2% desse valor seja convertido em energia cinética
dos ventos. Esse aquecimento, porém, não é feito de maneira uniforme, pois os raios solares
incidem com diversos ângulos em cada região do globo, portanto, os ventos são provenientes
do aquecimento diferenciado da atmosfera (AMÊNDOLA, 2007; CRESESB, 2008).
As regiões tropicais são mais quentes devido à incidência perpendicular dos raios
solares, recebendo assim mais energia, enquanto as regiões polares são mais frias por receberem
esses raios em menores angulações. Com isso, a massa de ar quente que se encontra nas baixas
latitudes tende a subir, sendo substituída por uma massa de ar frio que se desloca das regiões
polares (CRESESB, 2008). Devido à rotação do planeta Terra, o fluxo de ar tem uma trajetória
diferente, se deslocando para a esquerda no Hemisfério Sul e para a direita no Hemisfério Norte,
o chamado Efeito de Coriolis (Figura 5), o qual também cria regiões de alta pressão entre os
Trópicos e o Equador (AMÊNDOLA, 2007).
25
A incidência não uniforme dos raios solares e o Efeito de Coriolis determinam áreas
com diferentes gradientes de pressão na atmosfera (AMÊNDOLA, 2007):
Baixa pressão na região do Equador: aquecimento do ar;
Alta pressão nos Polos: resfriamento do ar;
Alta pressão na região dos Trópicos: Efeito de Coriolis.
Outros fatores que afetam a velocidade dos ventos são (AMÊNDOLA, 2007;
CRESESB, 2008; MONTEZANO, 2012):
Altura: quanto maior a altura, maior será a velocidade dos ventos, por isso
aerogeradores mais altos são mais eficientes;
Obstáculos: a presença de obstáculos nos arredores provoca alteração na velocidade
dos ventos, principalmente em função da distância até o aerogerador, das dimensões
e da porosidade do obstáculo;
Rugosidade: um terreno muito rugoso diminui a velocidade do vento, superfícies
d’água possuem baixa rugosidade, enquanto grandes centros urbanos possuem alta
rugosidade;
Relevo: a constituição do relevo local pode provocar aceleração ou desaceleração
no fluxo do ar, no topo de morros, ele tende a acelerar e no sopé de vales, a
desacelerar.
28
2.2.1 Definição
O conceito de geração distribuída (GD) ainda é complicado de ser definido, pois cada
empresa e país costuma ter uma definição diferente. Em alguns países a definição é feita
baseada no nível de tensão da geração distribuída, outros consideram que é a geração conectada
a circuitos nos quais as cargas dos consumidores são supridas diretamente (ACKERMAN et
al., 2001 apud BRAUN-GRABOLLE, 2010). Além disso, também não existe consenso entre
os autores, com cada um apresentando um conceito diferente para o termo.
A ANEEL definiu a geração distribuída no Cadernos Temáticos ANEEL: Micro e
Minigeração Distribuída como caracterizada pela instalação de geradores de pequeno porte,
normalmente a partir de fontes renováveis ou mesmo utilizando combustíveis fósseis,
localizados próximos aos centros de consumo de energia elétrica (ANEEL, 2016).
Em âmbito oficial no Brasil, a geração distribuída foi definida através do Decreto n°
5.163, de 30 de Julho de 2004, conforme apresentado abaixo:
Art. 14. Para os fins deste Decreto, considera-se geração distribuída a produção de
energia elétrica proveniente de empreendimentos de agentes concessionários,
permissionários ou autorizados, incluindo aqueles tratados pelo art. 8o da Lei no 9.074,
de 1995, conectados diretamente no sistema elétrico de distribuição do comprador,
exceto aquela proveniente de empreendimento:
I - hidrelétrico com capacidade instalada superior a 30 MW; e
II - termelétrico, inclusive de cogeração, com eficiência energética inferior a
setenta e cinco por cento, conforme regulação da ANEEL, a ser estabelecida até
dezembro de 2004.
Parágrafo único. Os empreendimentos termelétricos que utilizem biomassa ou
resíduos de processo como combustível não estarão limitados ao percentual de
eficiência energética prevista no inciso II do caput (BRASIL, 2004, p. 5).
A geração distribuída de energia pode proporcionar uma série de benefícios para o setor
elétrico nacional, dentre eles citam-se (INEE 2001, apud Almeida, 2010; MME, 2015):
Baixo impacto ambiental devido ao uso de fontes de energia limpas e renováveis,
como a solar fotovoltaica e a eólica, além da redução do uso de fontes poluentes,
como térmicas e combustíveis fósseis, contribuindo para a redução da emissão de
gases do efeito estufa;
Diversificação e maior eficiência da matriz energética;
30
A geração distribuída era proibida no Brasil até os anos 60 e, em meados dos anos 90,
31
passou a ser permitida apenas destinada à autoprodução de energia e a interconexão com a rede
não era permitida. Seguindo a tendência mundial, o Brasil decidiu reestruturar o setor elétrico,
regulamentando o mercado com novas resoluções, leis e decretos (BRAUN-GRABOLLE,
2010).
Através da Lei n° 10.848 de 15 de Março de 2004, que dispõe sobre a comercialização
da energia elétrica, a geração distribuída foi introduzida oficialmente no Brasil, com sua
definição oficial vindo apenas no Decreto n° 5.163 de 30 de julho de 2004. Mas o marco
regulatório desse setor foi a Resolução Normativa n° 482/2012, quando a ANEEL criou o
Sistema de Compensação de Energia Elétrica e o consumidor passou a poder gerar sua própria
energia elétrica, podendo inclusive fornecer o excedente à rede de distribuição. Já a Resolução
Normativa n° 687/2015 surgiu para revisar e atualizar alguns pontos da REN n° 482/2012 e a
seção 3.7 do Módulo 3 dos Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema
Elétrico Nacional – PRODIST.
De acordo com o Artigo 2° da Resolução Normativa n° 687/2015, mini e microgeração
distribuída de energia são definidas como:
2.3.3.2 Inversores
A principal função dos inversores é transformar a corrente contínua gerada nos módulos
fotovoltaicos em corrente alternada, a qual é necessária para o funcionamento dos aparelhos
38
elétricos, através da mudança da forma da onda. Nos sistemas fotovoltaicos conectados à rede,
os inversores servem para adequar as características da energia gerada pelos módulos às
características da rede elétrica convencional (PEREIRA; GONÇALVES, 2008).
São utilizados em sistema desconectados da rede, têm como principal função controlar
a carga e a descarga do banco de baterias, o que possibilita um aumento da vida útil delas e
evita explosões, incêndios e outros tipos de problemas no sistema. É recomendado que a
instalação dos controladores de carga seja feita o mais próximo possível das baterias para evitar
perdas de energia na fiação (ALVES, 2016).
2.3.4.1 No mundo
últimos anos, atingindo, em 2018, a capacidade acumulada instalada de 500 GW, conforme
mostra a Figura 13 (IEA, 2019).
2.3.4.2 No Brasil
As turbinas eólicas, responsáveis pela extração da energia cinética dos ventos através
43
de suas pás, podem ter diversas configurações, contundo, os aerogeradores modernos costumam
ter três pás com eixo horizontal, torres tubulares e formato aerodinâmico (AMÊNDOLA, 2007).
A Figura 16 apresenta as principais partes de dois tipos de aerogeradores, no qual:
(1) Torre
(2) Nacele
(2a) Acoplamento torre/nacele
(2b) Gerador
(2c) Transmissão
(3) Turbina eólica
(3a) Cubo
(3b) Acoplamento cubo/pás
(3c) Pá
2.4.1.2 Nacele
transmissão para fazer o acoplamento entre os dois. Já existem, entretanto, aerogeradores que
dispensam o uso da caixa multiplicadora, fazendo o acoplamento direto da turbina com o
aerogerador (CUSTÓDIO, 2013).
2.4.1.4 Gerador
2.4.1.5 Torre
Os sistemas eólicos podem ser classificados de acordo com a sua aplicação em sistemas
isolados, sistemas híbridos e sistemas interligados à rede elétrica. O sistema isolado,
apresentado na Figura 20, é caracterizado pela necessidade de uma unidade de armazenamento,
como um banco de baterias, para garantir a continuidade do suprimento de energia em períodos
de ausência de vento. Além disso, também é feito o emprego de um controlador de carga para
evitar danos na bateria e de um inversor para transformar a corrente contínua produzida pelo
gerador em corrente alternada (DUTRA, 2009).
48
Os sistemas híbridos (Figura 21) são formados por mais de um tipo de fonte de geração
de energia, como turbinas eólicas, geração a diesel ou módulos fotovoltaicos. Costumam ser
empregados em sistemas de médio (10 – 250 kW) a grande (250 kW – 2 MW) porte e são
destinados a atender um maior número de usuários (MOREIRA JÚNIOR, 2009).
2.4.3.1 No mundo
Segundo dados da GWEC (2019), 51,3 GW de capacidade de energia eólica foi instalada
no mundo em 2018, um pequeno aumento de 4% em relação a 2017, com isso, a capacidade
acumulada instalada no mundo alcançou 591 GW. A previsão do mercado é que até 2023 pelo
menos 55 GW de capacidade seja instalada em cada ano.
A Figura 22 mostra a evolução da capacidade acumulada instalada no mundo, enquanto
que a Figura 23 mostra a evolução da capacidade instalada em cada ano no mundo, neste caso
pode-se observar que até 2012 houve aumento da capacidade instalada em todos os anos, mas
desde então há variação entre anos de aumento e anos de diminuição em investimento no setor
eólico (GWEC, 2019).
A China foi o país que mais instalou capacidade eólica em 2018 (Figura 24), 23.000
MW, com ampla vantagem sobre os Estados Unidos em segundo com 7.588 MW e Alemanha
em terceiro com 3.371 MW. O Brasil aparece na quinta posição com 1.939 MW de capacidade
eólica nova, tendo subido uma posição em relação a 2017 (GWEC, 2019).
Em relação à capacidade eólica acumulada (Figura 25), China, Estados Unidos e
Alemanha também lideram, com 211.392 MW, 96.812 MW e 59.312 MW, respectivamente.
Na oitava posição está o Brasil, com 14.707 MW de capacidade eólica acumulada, mesma
posição ocupada em 2017 (GWEC, 2019).
51
Figura 24 - Top 10 de capacidade eólica nova em Figura 25 - Top 10 de capacidade eólica acumulada
2018. em 2018.
2.4.3.2 No Brasil
Em termos de investimento no setor eólico, o ano de 2018 encerrou com US$ 1,27 bilhão
investidos, representando 35% dos investimentos realizados em energias renováveis no Brasil.
O investimento realizado de 2011 a 2018 totaliza US$ 31,2 bilhões. Apesar dos altos valores,
houve uma redução em comparação a 2017, segundo a Bloomberg New Energy Finance, o
principal motivo dessa queda foi a lacuna de leilões realizados entre novembro de 2015 e
dezembro de 2017 (ABEEÓLICA, 2019a). A Figura 27 apresenta a evolução do investimento
no setor eólico brasileiro entre 2011 e 2018 e a representatividade em relação ao total investido
em renováveis.
3 METODOLOGIA
O desenvolvimento deste trabalho foi feito em três etapas: inicialmente foi realizado um
estudo técnico para o dimensionamento dos sistemas fotovoltaico e eólico respeitando os
marcos regulatórios vigentes e em consonância com as referências bibliográficas explanadas no
decorrer do texto; em um segundo momento foi elaborado um estudo finaceiro, o qual
objetivava analisar se o projetos dimensioados tinham viabilidade econômico-financeira para
serem implantados; e na terceira etapa foi feita uma comparação entre os sistemas projetados e
a indicação do mais viável para implementação no local. A Figura 28 apresenta um fluxograma
com a síntese da metodologia do trabalho.
Estudo Técnico
Estudo Financeiro
Dimensionamento
dos sistemas Estudo Comparativo
Análise da
fotovoltaico e eólico. viabilidade
Indicação do sistema
econômico- mais viável para
financeira dos implementação no
sistemas fotovoltaico condomínio.
e eólico.
A Figura 29 apresenta a vista áerea do Condomínio Residencial Green Woods com sua
área delimitada pelas linhas vermelhas e a Figura 30 ilustra a entrada do condomínio.
Além dos 146 lotes, o condomínio também possui uma área comum composta por três
prédios principais (Figura 31), guarita, salão de festas e anexo lazer. A guarita é composta por
portaria, circulação, banheiro e administração. O salão de festas é composto pelo salão de festas
propriamente dito, copa e banheiros masculino e feminino. A área de lazer possui duas piscinas,
adulta e infatil, e um prédio com academia dividida em sala de ginástica e sala de musculação,
salão de jogos com espaço TV, apoio, banheiro feminino, masculino e acessível, além de uma
área administrativa com almoxarifado, sala da administração, hall, apoio/serviço e banheiro de
serviço.
O condomínio, além de arcar com os custos de energia elétrica das áreas comuns,
também possui uma alta demanda de energia da iluminação pública das seis ruas internas que
cortam a sua área.
Figura 31 - Detalhe dos prédios da área comum.
Anexo lazer
A Figura 34 apresenta o consumo ativo de energia elétrica, ao longo dos meses do ano,
pelas áreas comuns do condomínio, iluminação pública das ruas internas e a soma de ambas.
Através da análise dos dados observou-se que a concessionária está usando um valor
médio para o consumo da iluminação pública, o qual se repetiu em todos os meses do ano. O
consumo das áreas comuns do condomínio apresentou picos entre outubro e novembro apesar
dos meses mais quentes do ano serem janeiro, fevereiro e março. Isso se deve ao fato da
temperatura começar a se elevar a partir de outubro e dos moradores utilizarem as áreas de lazer
com mais frequência nesse período, o que não acontece entre dezembro e fevereiro, pois a
maioria das familías está viajando em férias, e especialmente no ano corrente, isso também
aconteceu em março, devido ao período de carnaval.
60
18000
16000
14000
12000
10000
8000 Áreas Comuns
6000
Iluminação Pública
4000
2000 Total
0
Meses do ano
Áreas Comuns
Consumo Ilum. Bandeira Bandeira
Mês Multas/ Juros Total
Ativo Púb. Mun. Amarela Vermelha
ago/19 R$ 4.888,60 R$ 138,35 R$ 58,91 R$ 229,66 R$ 100,20 R$ 5.415,72
jul/19 R$ 4.961,45 R$ 138,35 R$ 73,51 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 5.173,31
jun/19 R$ 4.817,79 R$ 138,35 R$ 44,65 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 5.000,79
mai/19 R$ 4.778,53 R$ 138,35 R$ 50,82 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 4.967,70
abr/19 R$ 4.342,53 R$ 138,35 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 4.480,88
mar/19 R$ 4.453,65 R$ 132,67 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 4.586,32
fev/19 R$ 5.756,19 R$ 132,67 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 5.888,86
jan/19 R$ 6.135,17 R$ 132,67 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 6.267,84
dez/18 R$ 6.264,40 R$ 132,67 R$ 49,41 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 6.446,48
nov/18 R$ 7.685,23 R$ 132,67 R$ 94,90 R$ 324,66 R$ 0,00 R$ 8.237,46
out/18 R$ 7.266,47 R$ 132,67 R$ 0,00 R$ 755,64 R$ 0,00 R$ 8.154,78
set/18 R$ 6.137,52 R$ 132,67 R$ 0,00 R$ 638,24 R$ 0,00 R$ 6.908,43
Média R$ 5.623,96 R$ 135,04 R$ 31,02 R$ 162,35 R$ 8,35 R$ 5.960,71
Fonte: Autora (2019).
Iluminação Pública
Consumo Ilum. Bandeira Bandeira Multas/ Juros
Mês Total
Ativo Púb. Mun. Amarela Vermelha / Compensação
ago/19 R$ 4.598,53 R$ 138,35 R$ 13,64 R$ 327,46 R$ 0,00 R$ 5.077,98
jul/19 R$ 4.738,96 R$ 138,35 R$ 113,27 R$ 0,00 R$ 101,87 R$ 5.092,45
jun/19 R$ 4.374,22 R$ 138,35 R$ 9,25 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 4.521,82
mai/19 R$ 4.828,59 R$ 138,35 R$ 81,04 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 5.047,98
abr/19 R$ 4.666,67 R$ 138,35 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 4.805,02
mar/19 R$ 4.529,61 R$ 132,67 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 4.662,28
fev/19 R$ 4.410,82 R$ 132,67 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 4.543,49
jan/19 R$ 4.279,18 R$ 132,67 R$ 0,00 R$ 0,00 -R$ 10,82 R$ 4.401,03
dez/18 R$ 4.324,04 R$ 132,67 R$ 9,98 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 4.466,69
nov/18 R$ 4.398,58 R$ 132,67 R$ 79,67 R$ 59,00 R$ 0,00 R$ 4.669,92
out/18 R$ 4.446,65 R$ 132,67 R$ 0,00 R$ 462,41 R$ 0,00 R$ 5.041,73
set/18 R$ 4.539,17 R$ 132,67 R$ 0,00 R$ 472,03 R$ 0,00 R$ 5.143,87
Média R$ 4.511,25 R$ 135,04 R$ 25,57 R$ 110,08 R$ 7,59 R$ 4.789,52
Fonte: Autora (2019).
62
Figura 35 - Evolução dos custos do consumo ativo das áreas comuns, iluminação pública e total.
R$ 8.000,00
R$ 6.000,00
R$ 4.000,00
R$ 2.000,00
R$ 0,00
Meses do ano
𝑢∗ 𝑧
𝑢(𝑧) = ln (1)
𝑘 𝑧
No qual:
𝑢(𝑧): velocidade média do vento à altura z;
𝑢 ∗: velocidade de atrito;
k: constante de Von Karman, vale 0,4;
𝑧 : comprimento característico da rugosidade do solo.
𝑧
𝑢(𝑧) ln 𝑧
= (2)
𝑢(𝑧 ) ln 𝑧
𝑧
66
No qual:
𝑢(𝑧 ): velocidade média à altura de referência 𝑧 ;
𝑢(𝑧): velocidade média do vento à altura z;
𝑧 : comprimento característico da rugosidade do solo.
Segundo Custódio (2013), Troen e Pettensen (1989) fizeram uma classificação das
superfícies quanto à rugosidade, propondo quatro classes, as quais têm sido vastamente
utilizadas em trabalhos e pesquisas no setor eólico, tanto no meio acadêmico quanto no
comercial. Neste trabalho foi utilizado o coeficiente de rugosidade igual a 0,4 de acordo com a
Tabela 8.
Para o sistema fotovoltaico foi utilizado o módulo CS6U-350P High Efficiency Pole
Module da Canadian Solar, empresa canadense fundada em 2001 que figura na terceira posição
entre as maiores fabricantes do mundo, com ampla entrada no Brasil, possuindo escritório em
São Paulo/SP. A escolha por este módulo se deu principalmente pelo fato dos produtos da
Canadian Solar serem encontrados com mais facilidade nas lojas físicas e online brasileiras
quando comparado aos produtos de outras fabricantes.
Algumas especificações técnicas podem ser vistas na Tabela 9, o catálogo completo do
produto pode ser visto no Anexo B. A Figura 38 ilustra o módulo escolhido.
67
O inversor selecionado para ser utilizado no sistema fotovoltaico foi o Inversor Fronius
Symo de 15,0 kW. O equipamento possui Wi-Fi integrado e permite o monitoramento da
geração de energia e de outros dados importantes através de aplicativo para smartphone e tablet
ou pelo computador. As especificações completas do produto podem se vistas no Anexo C.
68
A Fronius foi fundada em 1945 na Áustria e trabalha desde 1992 com energia solar,
possuindo escritórios em mais de 20 países, inclusive no Brasil desde 2003. Está em quinto
lugar no ranking das principais marcas de invesores solares no mundo, além de possuir a maior
participação no mercado de energia solar no Brasil.
O aerogerador escolhido para ser usado no sistema eólico foi o ELV-H16.5 – 50 kW,
cujas especificações técnicas podem ser vistas na Tabela 10, fabricado pela Eletrovento. A
curva de potência do aerogerador pode ser vista na Figura 40.
A Eletrovento é uma empresa brasileira de energia alternativa, localizada na cidade de
Mairinque em São Paulo, que oferece soluções em energia elétrica utilizando geradores eólicos
de pequeno porte e sistemas fotovoltaicos, sua fundação ocorreu em 2002.
69
Fabricante Eletrovento
Potência Nominal 50.000 W
Potência Máxima 50.000 W
Diâmetro das Pás 17 m
Rotação das Pás 85 rpm
Vento de Partidas 3 m/s
Altura da Torre 30 m
Peso do Sistema 4.000 kg
Fonte: Adaptado de Eletrovento (2019).
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
O local escolhido para a instalação dos módulos fotovoltaicos foi a cobertura dos
prédios da área comum do condomínio. Existe uma vantagem por esses prédios se localizarem
próximos uns aos outros, pois economiza-se com o uso de longos cabos para interligação do
sistema. A área disponível em cada cobertura pode ser vista na Tabela 11 e a vista aérea dos
prédios foi apresentada na Figura 31 do item 3.2. Destaca-se que a cobertura da guarita e do
anexo lazer é composta por laje impermeabilizada, enquanto que o salão de festas possui
cobertura em telha cerâmica.
O local escolhido para a instalação do aerogerador foi a área próxima ao Salão de Festas
demarcada na Figura 41, a qual possui mais de 450,00 m², tendo espaço mais que suficiente
para sua instalação. Como a turbina produz baixo ruído, então ela pode ser instalada em local
próximo às casas dos moradores.
71
cada. Pode-se ver que a área total ocupada pelos módulos será de 397,00 m², a qual é inferior à
área disponível de 402,00 m². O Anexo D apresenta o relatório detalhado com o
dimensionamento do sistema fotovoltaico gerado pelo PVsyst.
Por fim, a energia produzida mensalmente pelo sistema fotovoltaico calculada através
do software PVsyst pode ser vista na Tabela 12. Ressalta-se que esses valores são calculados a
partir da multiplicação entre a potência nominal do sistema e a irradiação solar diária média do
local aplicando-se uma taxa de desempenho mensal que o programa determina em função das
perdas inerentes ao processo.
73
12000
10000
Energia consumida
8000
6000 Energia produzida
4000
2000
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Meses do ano
𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔 144.128,62
𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔 ê = = = 12.010,72 𝑘𝑊ℎ/𝑚ê𝑠 (2)
12 12
Como o condomínio consumiu 169.389 kWh de energia elétrica no ano analisado, então
o valor produzido não consegue suprir totalmente esse consumo, mas representa 85,09% do
total.
incididos sobre ela. Sendo assim, será utilizado o preço vigente de 01 a 31 de agosto de 2019,
o qual foi obtido na conta de energia elétrica do condomínio emitida pela COSERN, a Tabela
15 detalha o preço final do kWh.
a) Sistema Fotovoltaico
A economia estimada no primeiro ano de utilização do sistema fotovoltaico foi de:
Considerando que a despesa com o consumo ativo de energia elétrica no último ano pelo
condomínio foi de R$ 121.622,55 (este valor não inclui iluminação pública municipal,
bandeiras amarela e vermelha, multas e juros), então a economia gerada será de 74,49% no
primeiro ano. Ressalta-se que o valor acima pode mudar devido a reajustes tarifários.
Calculou-se a economia estimada nos primeiros 25 anos de utilização do sistema, tempo
esse que corresponde à vida útil dos módulos fotovoltaicos. Considerou-se um reajuste da tarifa
de energia elétrica de 10% a.a. e degradação dos módulos de 1,0% a.a., visto que geralmente
utilizam-se valores na faixa de 0,5% a.a. a 1,0% a.a. (PINHO; GALDINO, 2014). A economia
acumulada prevista pelo uso do sistema fotovoltaico foi de R$ 7.560.774,43.
77
R$ 500.000,00
R$ 400.000,00
R$ 300.000,00
R$ 200.000,00
R$ 100.000,00
R$ 0,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
Anos após instalação
b) Sistema Eólico
A economia estimada no primeiro ano de utilização do sistema eólico foi de:
Considerando que a despesa com o consumo ativo de energia elétrica no último ano pelo
condomínio foi de R$ 121.622,55 (este valor não inclui iluminação pública municipal,
bandeiras amarela e vermelha, multas e juros), então a economia gerada será da ordem de
87,02% no primeiro ano. Ressalta-se que o valor acima pode mudar devido a reajustes tarifários.
Também calculou-se a economia estimada nos primeiros 25 anos de utilização do
sistema eólico para possibilitar uma comparação fidedigna entre os dois sistemas. Condiserou-
se o mesmo valor de reajuste tarifário utilizado anteriormente, 10% a.a., e a degradação do
aerogerador foi estimada em 1,0% a.a. A economia acumulada prevista pelo uso do sistema
eólico foi de R$ 8.832.973,78.
78
R$ 600.000,00
R$ 500.000,00
R$ 400.000,00
R$ 300.000,00
R$ 200.000,00
R$ 100.000,00
R$ 0,00
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25
Anos após instalação
Nos cálculos de análise da viabilidade econômica dos projetos considerou-se uma taxa
de 0,50% a.a. sobre o valor do investimento inicial para custear anualmente a operação e
manutenção dos sistemas fotovoltaico e eólico, visto que no mercado trabalha-se com valores
entre 0,50% a.a. e 1,00% a.a. O aumento do valor da manutenção anual será considerado através
de um reajuste com o índice de inflação acumulado em outubro de 2019, o qual vale 2,54% a.a.
(IBGE, 2019a).
A análise da viabialidade econômica dos projetos será feita através de três indicadores
baseados no fluxo de caixa, são eles: Valor Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno
(TIR) e Payback.
pois o projeto será viável, e recusado caso ele seja negativo. Nos casos em que o VPL vale zero
não faz diferença assumir o investimento ou não (ROSS et al., 2013).
O VPL é calculado pela Equação 5:
𝐹𝐶
𝑉𝑃𝐿 = −𝐹𝐶 + (5)
(1 + 𝑖)
No qual:
𝐹𝐶 : investimento inicial do projeto;
𝐹𝐶 : fluxos de caixa referente a cada ano do período analisado;
𝑖: taxa de desconto ou Taxa Mínima de Atratividade (TMA);
𝑡 = (1; 𝑛): anos do período analisado.
𝐹𝐶
0 = −𝐹𝐶 + (6)
(1 + 𝑖)
No qual:
𝐹𝐶 : investimento inicial do projeto;
𝐹𝐶 : fluxos de caixa referente a cada ano do período analisado;
𝑖: taxa de desconto ou Taxa Mínima de Atratividade (TMA);
𝑡 = (1; 𝑛): anos do período analisado.
81
4.3.3.3 Payback
A Tabela 17 traz uma síntese de todas as taxas utilizadas neste trabalho para a análise
da viabilidade econômica dos projetos.
Tabela 17 - Resumo das variáveis econômicas utilizadas para análise da viabilidade dos projetos.
a) Sistema Fotovoltaico
O valor presente líquido ao final dos 25 anos é de R$ 2.943.253,52, ou seja, o valor do
investimento é recuperado e ainda há um ganho de quase R$ 3 milhões.
Já o payback do investimento pode ser visto na coluna do fluxo de caixa acumulado
quando o valor passa de negativo para positivo, isso ocorre entre os anos de 2022 e 2023, o que
gera um payback de 3,06 anos.
A taxa interna de retorno é mais facilmente calculada através da função TIR do software
Microsoft Excel ao selecionar todas as linhas da coluna do fluxo de caixa, com isso a TIR do
projeto foi de 38,68%.
b) Sistema Eólico
O valor presente líquido ao final dos 25 anos é de R$ 2.754.181,95, ou seja, o valor do
investimento é recuperado e ainda há um ganho de quase R$ 3 milhões.
Já o payback do investimento pode ser visto na coluna do fluxo de caixa acumulado
quando o valor passa de negativo para positivo, isso ocorre entre os anos de 2026 e 2027, o que
gera um payback de 7,24 anos.
A taxa interna de retorno é mais facilmente calculada através da função TIR do software
Microsoft Excel ao selecionar todas as linhas da coluna do fluxo de caixa, com isso a TIR do
projeto foi de 17,96%.
Nesse aspecto, conclui-se que o sistema eólico possui uma pequena vantagem em
relação ao fotovoltaico, pois produz 16,83% de energia a mais que este, gerando,
consequentemente, 16,83% a mais de economia.
Em relação aos aspectos econômicos mostrados na Tabela 21 pode-se ver que o sistema
fotovoltaico é bem mais atrativo economicamente, pois além de ser mais barato (226,75% mais
barato que o eólico), gera um maior VPL (6,86% maior que o eólico) e uma maior TIR (2,15x
maior que a eólico), e o seu tempo de retorno é menos que a metade do tempo de retorno do
sistema eólico. Além disso, com o orçamento do sistema eólico seria possível instalar mais de
3 usinas fotovoltaicos do porte proposto, as quais juntas gerariam 179,69% a mais de energia
que o sistema eólico (apesar das coberturas dos prédios estarem ocupadas, os módulos poderiam
ser instalados no solo).
Logo, o sistema mais viável para ser implantado no condomínio é o fotovoltaico, pois
apesar dele gerar menos energia que o eólico, a diferença é pequena, sendo compensada pelo
custo e payback bastante inferiores, tornando-o mais atrativo.
86
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ABEEÓLICA. Boletim anual de geração eólica - 2018. São Paulo, 2019a. 15 slides, color.
Disponível em: <http://abeeolica.org.br/wp-content/uploads/2019/05/Boletim-
Anual_2018.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2019.
ABEEÓLICA. Energia eólica – Os bons ventos do Brasil: São Paulo, 2019b. 2 slides, color.
Disponível em: <http://abeeolica.org.br/wp-content/uploads/2019/05/Infovento-11_PT.pdf>.
Acesso em: 17 ago. 2019.
AKEL, S.. Nível do Sistema Cantareira cai após seis dias estável. Revista Exame. 2015.
Disponível em: <https://exame.abril.com.br/brasil/nivel-do-sistema-cantareira-cai-apos-seis-
dias-estavel/>. Acesso em: 25 out. 2019.
BOWMAN, D. et al. Fire in the Earth System. Science, v.324, 24 apr. 2009.
CARVALHO, J. F. D.. Energia e sociedade. Estud. av., São Paulo, v. 28, n. 82, p. 25-
39, Dez. 2014. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
40142014000300003&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 23 out. 2019.
CRESESB. Energia eólica: Princípios e tecnologia. [s.I., s.n.], 2008. 58 p. Disponível em:
90
<http://www.cresesb.cepel.br/download/tutorial/tutorial_eolica_2008_e-book.pdf>. Acesso
em: 09 set. 2019.
CUSTÓDIO, R. D. S.. Energia eólica para produção de energia elétrica. 2. ed. Rio de
Janeiro: Synergia Editora, 2013. 319 p.
DUTRA, R.. Energia Eólica – Princípios e Tecnologias. Rio de Janeiro: [s.n.], 2009. 58 p.
Disponível em: <http://www.cresesb.cepel.br/download/tutorial/tutorial_eolica_2008_e-
book.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2019.
INSTITUTO IDEAL. Como faço para ter energia eólica em minha casa? 201-. Disponível
em: <https://institutoideal.org/guiaeolica/>. Acesso em: 17 ago. 2019.
IRENA. End-of-life management solar photovoltaic panel. 2016. Disponível em: <
http://www.irena.org/DocumentDownloads/Publications/IRENA_IEAPVPS_End-of-
Life_Solar_PV_Panels_2016.pdf> Acesso em: 23 out. 2018
92
IRENA. Renewable Energy and Jobs Annual Review 2017. 2017. Disponível em: <
http://www.irena.org/documentdownloads/publications/irena_rethinking_energy_2017.pdf >.
Acesso em: 23 out. 2018.
PEREIRA, E. B. et al. Atlas Brasileiro de Energia Solar. São José dos Campos: INPE,
2006. 64 p. Disponível em:
<http://ftp.cptec.inpe.br/labren/publ/livros/brazil_solar_atlas_R1.pdf>. Acesso em: 03 jun.
2019.
PINHO, J. T.; GALDINO, M.A. Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos. Rio
de Janeiro: [s. n.], 2014. 530 p. Disponível em:
<http://www.cresesb.cepel.br/publicacoes/download/Manual_de_Engenharia_FV_2014.pdf>.
Acesso em: 08 ago. 2019.
TORRES, R. C.. Energia solar fotovoltaica como fonte alternativa de geração de energia
elétrica em edificações residenciais 2012. 164 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de
Engenharia Mecânica, Escola de Engenharia de São Carlos, Universidade de São Paulo, São
Carlos, 2012.
VIANA, T. D. S.. Potencial de geração de energia elétrica com sistemas fotovoltaicos com
concentrador no Brasil. 2010. 165 f. Tese (Doutorado) - Curso de Engenharia Civil, Centro
Tecnológico, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2010.
WINDSIDE. Turbina eólica de pequeno porte de eixo vertical / com rotor Savonius
helicoidal. 201-. Disponível em: <http://www.archiexpo.com/pt/prod/windside/product-
88530-959470.html>. Acesso em: 18 ago. 2019.