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2015
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA APLICADA
Rio de Janeiro
Março 2015
ii
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA APLICADA
ELETRICISTA.
Examinado por:
________________________________________________
________________________________________________
________________________________________________
MARÇO DE 2015
iii
Castro, Degmar Felgueiras
iv
Agradecimentos
Agradeço primeiramente a Deus, por me abençoar todos os dias com uma vida
próspera, com saúde, paz, amor e sabedoria.
Aos meus pais, Aida e Sebastião, por todo o carinho e dedicação que tiveram ao
longo da minha vida. Por estarem sempre ao meu lado me apoiando em todas as
circustâncias, principalmente nos momentos mais difícies que pensei em desistir. Não
há como mensurar o amor que tenho por vocês e como sou grata por todo sacrifício que
fizeram para manter meus estudos. Sem ajuda e sem o amor de vocês não conseguiria
chegar até aqui.
Agradeço aos meus irmãos, Sandro e Sebastião, por me mostrarem que os
caminhos difíceis devem ser trilhados com coragem e esperança. Incontáveis foram as
vezes que me vi cansada e preocupada, e vocês me ajudaram a seguir firme diante dos
obstáculos. O momento que vivo agora é fascinante e só existe porque vocês se doaram
e aceitaram viver comigo esse sonho, cada um do seu jeito.
Ao meu companheiro, Jefferson, que sempre me apoiou pacientemente em todos
os momentos e principalmente nessa reta final, acreditando no meu potencial. Sou
muito grata por tê-lo em minha vida.
Agradeço a minha amiga e cunhada, Carolina, que abriu as portas de sua casa
para me receber nesse momento final de graduação, estando sempre ao meu lado com
uma palavra amiga e de carinho.
Aos muitos amigos que fiz na faculdade e que pretendo levar por toda a vida,
sem os quais não teria suportado as diversas provas e dificuldades pelas quais passamos
juntos.
Ao meu amigo Davi que desde o ingresso a faculdade sempre me orientou e
ajudou a seguir o melhor caminho do estudo nas disciplinas, no LAFAE, na vida de
futura Engenheira e por aceitar a fazer parte da banca avaliadora do projeto final.
Agradeço ao professor e amigo, Sergio Sami, por toda paciência e dedicação ao
longo desses anos de faculdade. Por toda palavra de incentivo e também os “puxões de
orelha”, sem isso certamente minha trajetória na UFRJ seria muito mais difícil. Sou
muito grata por todo o carinho.
v
Agradeço ao professor e amigo, Jorge Luiz, por ter sido meu orientador nesse
projeto, onde me mostrou que podemos vencer qualquer dificuldade se acreditarmos no
nosso potencial. Por todos os conselhos e longas conversas durante toda a minha
formação acadêmica.
Agradeço a secretária do departamento e amiga, Katia, por ter cuidado de mim
durante todos esses anos na UFRJ e por hoje ser uma grande amiga. Sou muito grata por
ter você em minha vida.
Por fim agradeço a todos que contribuíram até hoje em minha vida, onde cada
um, com pequenos gestos, contribui para que ela tomasse uma direção próspera e feliz.
vi
Nossa maior fraqueza está em desistir. O caminho mais certo de
vii
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte
Março/2015
viii
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of
March./2015
ix
Sumário
1 Introdução ...................................................................................................................... 1
2 Eficiência energética...................................................................................................... 8
x
4.3 Distribuição de Cargas nos Circuitos por Compartimento .......................................45
equipamentos.................................................................................................................. 89
6 Conclusão ..................................................................................................................115
xi
Lista de Figuras
xii
4.7 Esquema de Queda de Tensão segundo a NBR 5410 .............................................. 50
5.13 Planta dos circuitos alimentadores para o caso extra norma ................................104
xiii
Lista de Tabelas
5.6 Consumo de energia elétrica e água do chuveiro sem aquecimento solar ...............65
5.7 Consumo de energia elétrica e água do chuveiro com aquecedor solar ...................65
5.9 Consumo de energia elétrica e água da banheira sem aquecimento solar ................67
5.10 Consumo de energia elétrica e água da banheira com aquecimento solar ..............67
.70
72
5.17 Produção média de energia das Placas Solares utilizadas no aquecimento da água
xiv
5.18 Perda de energia dos reservatórios térmicos sem apoio elétrico (SAE)
.........................................................................................................................................75
xv
5.19 Perda de Energia dos reservatórios térmicos com apoio elétrico (SAE).................76
5.25 Mesclagem entre lâmpadas Led e Fluorescente para um melhor consumo ......... 81
iluminação...................................................................................................................... 90
.........................................................................................................................................91
5.35 Comparativo entre projeto inicial e atualizado referentes as perdas nos circuitos de
iluminação.......................................................................................................................92
5.37 Análise da queda de tensão e perdas dos circuitos de tomadas para o projeto
atualizado.........................................................................................................................93
xvi
5.38 Comparativo entre projeto inicial e atualizado referentes as perdas nos circuitos de
tomadas ...........................................................................................................................94
dos circuitos.....................................................................................................................96
atualizado.........................................................................................................................96
5.46 Consumo relativo a perdas nos circuitos após o refinamento ............................. 100
norma ............................................................................................................................104
xvii
1 Introdução
1
hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, estão abaixo do esperado em
condições ideais. Quando comparado com outubro de 2013, os reservatórios deveriam
estar aproximadamente com cerca de 45,05% de energia armazenada. Dado o momento,
através da Figura 1.1, o nível destes estava cerca de 18,68% de totalidade de
reservatório [5].
2
Figura 1.2 – Matriz Elétrica do Brasil [2]
Dessa forma, para compensar a baixa oferta de energia armazenada, por falta de
chuva e escassez de água nessas regiões, o uso das Usinas Termelétricas é umas das
principais alternativas para se evitar um possível racionamento de energia.
Quando comparamos o cenário de utilização das Térmicas do ano de 2013, com
o ano de 2014, observa-se que em outubro houve um aumento de 48,84% no uso dessa
geração de energia (Figura 1.3) [8].
Figura 1.3 – Comparativo da Geração Térmica entre os anos de 2013 e 2014 [7].
3
Isso mostra que as usinas térmicas estão sendo acionadas constantemente, o que
acarreta uma cobrança a mais na conta de energia mensal do brasileiro. Esta tarifação
depende diretamente do combustível utilizado pela usina térmica, como: biomassa,
carvão, derivados do petróleo, gás natural e seus derivados. É bem verdade que para a
produção de energia elétrica, necessitamos também desses insumos caros. Porém,
existem medidas eficientes para combater o uso excessivo de tais matérias primas. No
Brasil, cerca de 40% da energia elétrica é consumida por edificações comerciais,
industriais e residenciais, sendo o setor residencial o maior responsável pelo consumo,
cerca de 25% do total do consumo nacional. As residências da cidade do Rio de Janeiro,
por exemplo, têm no verão cerca de 40% do consumo mensal de energia causado pelo ar
condicionado, já para as residências que não possuem ar condicionado, a geladeira é a
que consome mais energia, na ordem de 30% do total do mês [6].
A eficiência energética em uma edificação residencial se dá através da
introdução de novas tecnologias, incentivo a mudança de hábito do próprio consumidor
em relação ao seu consumo de energia através dos programas e políticas de conservação
e uso racional de energia, como o Programa Brasileiro de Etiquetagem. Este programa
tem por objetivo informar aos consumidores o quanto determinado eletrodoméstico
consome de energia elétrica, qual a sua relação de eficiência (mais eficiente ou menos
eficiente), assim possibilitando uma economia com os custos gerados de sua utilização.
O dimensionamento correto dos circuitos elétricos que, quanto mais próximo da tensão
de operação do equipamento, melhor será o rendimento deste. Nas instalações elétricas,
um dos problemas principais da atualidade a ser resolvido é a questão da eficiência
energética.
O problema é o consumo de energia frente aos problemas mais gerais globais,
como o aquecimento da atmosfera terrestre e as questões econômicas, sempre presente
na sociedade humana. Resolver problemas desta natureza significa propor formas de
ação e técnicas para limitar o consumo, reduzir perdas e reduzir a demanda das fontes
remuneradas de suprimento de energia, sem onerar em demasia os custos finais da
instalação. Desta forma este trabalho de conclusão de curso tem como objetivo
demonstrar que para um projeto de instalação elétrica, bem como em qualquer projeto
de engenharia, é preciso identificar muito bem o problema a ser resolvido, para depois
propor e desenvolver uma solução exequível. Consumir energia de maneira racional e
eficiente significa evitar desperdícios de energia, sem prejudicar o nível de conforto e
qualidade de vida do usuário.
4
1.1 Objetivo
5
1.2 Metodologia
6
1.3 Organização
7
Capítulo 2 – Eficiência Energética
Temos que a Eficiência Energética pode ser definida como uma atividade
técnico-econômica, que tem por objetivo propiciar um uso otimizado de matéria prima
fornecida pela natureza [9].
O presente capítulo apresenta a fundamentação teórica a ser utilizada como base
para o trabalho, iniciando com uma breve explicação de como se iniciou a preocupação
por um consumo de energia eficiente e sustentável no mundo, explica algumas
regulamentações e certificações que surgiram para serem aplicadas ao setor elétrico,
como o setor público e privado se comportaram e quais atitudes tomaram em relação
aos tópicos relacionados à matéria “Eficiência Energética”.
8
O Canadá, por exemplo, iniciou seus programas de eficientização de energia na
década de 70, porém só em 1995 foi criado o National Action Program on Climate. Seus
principais programas, atualmente, são voltados para a indústria, setor público,
transportes, normalizações de equipamentos na construção civil, programa de
etiquetagem de padrões eficientes e de conservação de energia [11].
A Espanha, por sua vez, com o programa de Eficiência Energética por meio do
Instituto para Diversificação e Economia Energética (IDAE), empresa pública que
realiza projetos que estimulam o uso racional de energia, incentivava às fontes
renováveis, auditorias energéticas, uso de combustíveis limpos e substituição de
equipamentos antigos.
Os Estados Unidos atuam por meio do Energy Effciency and Renewable Energy
Network (EERN), onde os objetivos são de estimular e explorar as fontes alternativas de
energia. Outros países como: Noruega, Dinamarca, Austrália, Nova Zelândia e Japão
desenvolvem programas parecidos com os demais, buscando reduzir as perdas de
energia desnecessárias em todos os segmentos de consumo, sejam por meio de
programas de etiquetagem e normalização de produtos ou por geração de energia
utilizando matérias primas renovável [12].
9
Ao longo do tempo, a questão ambiental e o desperdício de energia se tornaram
pontos importantes para o desenvolvimento econômico e elétrico do País. Com base
nessas preocupações, foram criados alguns programas como:
• Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE);
• Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (PROCEL);
• Programa Nacional de Conservação de Petróleo e Derivados (CONPET);
• ESCOS - que são grupo de estudos da Conservação de Energia, que
desenvolvem e apoiam estudos direcionados a eficiência na cadeia de
captação, transformação e consumo de energia.
10
solicitada possuir todos os modelos etiquetados para poder receber o selo referente a
categoria do equipamento.
Quando o principal fator analisado no produto, por exemplo, for a eficiência
energética, a etiqueta recebe o nome de Etiqueta Nacional de Conservação de Energia, e
classifica os produtos em faixas coloridas que variam de mais eficiente até menos
eficiente, além de fornecer outros dados importantes (Figura 2.1/ Figura 2.2):
11
Figura 2.2 – Etiqueta Padrão Equipamentos (CONPET) [1].
As linhas de produtos possuem suas próprias etiquetas: As das Figuras 2.1 e 2.2
são aplicadas em equipamentos submetidos a testes de laboratório pelo Inmetro. A da
Figura 2.3 é utilizada em lâmpadas, que por sua vez, apresenta as faixas indicando o
consumo de mais eficiente até o menos eficiente.
12
Segundo a cartilha do Inmetro, disponibilizada em seu site, quando comparamos
a troca de um equipamento de classificação ‘E’ por um de classificação ‘A’, temos
aproximadamente uma economia ao ano de R$320,00. Por Exemplo:
1. Troca de lâmpadas incandescentes por compactas: R$240
2. Uso de ar condicionado Split 9.000 BTU :R$100
3. Refrigerador Combinado (300 litros): R$80
4. Ventilador de mesa: R$80
5. Refrigerador de uma porta (230 litros): R$38
13
• Após apresentação dos resultados acima os produtos concorrentes ao selo
devem ser encaminhados em 48 horas para o laboratório de referência para
ensaio.
• Os resultados dos ensaios devem ser divulgados ao GT pelo INMETRO,
que informará ao PROCEL através de reunião específica com os membros
da Comissão de Análise do “SELO PROCEL DE ECONOMIA DE
ENERGIA”.
Depois de ensaiados, os fabricantes recebem o resultado do teste e assim, para
aqueles que ficaram com algum problema ou sofreram algum tipo de advertência, estes
têm um prazo de no máximo 30 dias, para sanarem suas irregularidades perante ao
PROCEL, para que seus equipamentos não sofram suspensão automática de utilização e
o fabricante não fique impedido de concorrer ao Selo PROCEL por um prazo de dois
anos naquela categoria.
Caso o ensaio ocorra dentro do esperado, o produto passa a ter um adesivo,
como na Figura 2.4, que especifica ao consumidor que este equipamento foi verificado
pelo Inmetro.
14
Atualmente o Selo PROCEL é aplicado aos produtos especificados na Tabela
2.1 e Tabela 2.2.
Freezer horizontal
Motores Iluminação
sódio
Motor elétrico de indução trifásico
Reator eletromagnético para lâmpada
Motor elétrico de indução trifásico de
Fluorescente tubular
15
2.5 Programa Nacional de Eficiência Energética em Edificações
(PROCEL EDIFICA)
16
Figura 2.5 – Etiqueta para Edificação [1]
Em 1991, foi instituído por decreto presidencial, o CONPET, que trabalharia sob
coordenação composta por membros de órgãos estatais e privados. A atuação do
CONPET seria nos setores industriais com melhoria ambiental e competitividade
produtiva, no setor residencial e comercial com o uso de selos de eficiência para os
produtos, no setor agropecuário com o uso de óleo diesel e no setor de geração de
energia que utilizaria termelétricas.
O selo CONPET, Figura 2.6, de Eficiência Energética tem como objetivo
destacar para o consumidor aqueles produtos que atingem os graus máximo de
eficiência energética na Etiqueta Nacional de Conservação de Energia do programa
Brasileiro de Etiquetagem do INMETRO. Este atualmente é concedido pela Petrobras.
Este Selo é aplicado para aquecedores de água a gás, fogões e fornos e
automóveis leves.
17
Figura 2.6 – Selo de eficiência Energética (CONPET)
18
Essa crise do petróleo incentivou de forma decisiva a pesquisa e os
investimentos em eficiência energética nos Estados Unidos e nesse contexto surgiram as
ESCOS (Empresas Especializadas em serviços de conservação de Energia).
Elas são contratadas por companhias que têm como objetivo reduzir os gastos
energéticos. São desenvolvidas então medidas que tornam possível a economia de
energia e de água, assim otimizando o uso desses recursos e explorando o potencial de
eficiência energética das empresas.
As primeiras ESCOS no Brasil surgiram no final da década de 80, mas seus
projetos demoraram bastante para serem colocados em prática. Somente nos últimos
anos, diante da crescente preocupação empresarial com o impacto ambiental e com a
necessidade de cortar custos, as ESCOS alcançaram um patamar mais alto no país.
De uma maneira geral, as ESCOS atuam mapeando toda a empresa para mostrar
os pontos onde existe maiores gastos de energia e potenciais de economia. Entre as
mudanças propostas podem estar atreladas troca de equipamentos, troca de lâmpadas, de
fiações, de transformadores ou mesmo uma mudança comportamental da empresa,
como mudar o horário dos turnos que consomem mais energia e educar os funcionários
para desligar corretamente os equipamentos após o término do trabalho. Apesar desse
projeto de eficientização energética gerar muitos benefícios, existem ainda certas
barreiras para negociação entre empresa e ESCOS. Uma delas é o receio que muitos
empresários têm de permitir o acesso de terceiros a sua planta industrial, com receio de
possíveis furtos de projetos e passados para concorrentes.
Outra dificuldade que as ESCOS enfrentam em atuar dentro de empresas e a
questão quanto ao financiamento.
Quando o retorno da economia energética gerada ocorre em um curto prazo, as
empresas financiam com recursos próprios. Quando esse retorno vem a longo prazo as
empresas recorrem a financiamentos públicos para investir nessas mudanças.
É daí que surge o PROESCO, linha de crédito desenvolvido pelo BNDES
exclusivamente para financiar projetos desenvolvidos pelas ESCOS. A remuneração das
ESCOS acontece com o retorno financeiro que a empresa tem com a redução dos custos
de consumo de energia. Tudo isso é conhecido como contrato de risco ou contrato de
performance.
Apesar do BNDES ter disponibilizado cerca de 85 milhões de reais ao
PROESCO na sua fundação em 2007, até hoje pouco mais de 27 milhões foram
investidos.
19
O motivo para tão pouca efetividade da PROESCO se dá pelo fato do BNDES
exigir muitas garantias das empresas para que o empréstimo realmente aconteça.
Um exemplo de ESCO no Brasil é a Light ESCO Prestação de Serviços S.A.
(Light ESCO), onde desenvolve projetos personalizados para cada cliente nas áreas de
prestação de serviços de energia e de infraestrutura, eficiência energética, central de
água gelada e cogeração. Trabalhando integrada com a comercializadora do Grupo – a
Light Com –, a empresa é a maior ESCO do Brasil e líder em eficiência energética.
Um dos seus projetos foi realizado no estádio do Maracanã, projeto de Energia
Sustentável, com a instalação de placas fotovoltaicas em uma área de 2,5 mil metros
quadrados. O Maracanã após esse projeto, tem capacidade de gerar 499 MWh por ano, o
equivalente ao consumo anual de 240 residências. Dessa forma, com esse projeto do
Maracanã evita-se o despejo de 2,5 mil toneladas de gás carbônico na atmosfera [14].
20
Capítulo 3 – Eficiência Energética na Instalação Elétrica:
Tecnologias e Medidas
Uma edificação pode ser considerada mais eficiente energeticamente que outra
quando proporciona as mesmas condições ambientais com menor consumo de energia
[11]. Através de um uso racional da energia na edificação, busca-se uma diminuição no
consumo dos usos finais de iluminação, aquecimento de água, refrigeração e
equipamentos, junto à incorporação de fontes renováveis de energia em sua instalação
elétrica.
Este capítulo apresenta como uma edificação pode ser projetada para ser mais
eficiente, através de critérios em seu projeto que inclua tecnologias mais atuais e
maneiras conscientes de se utilizar a energia.
21
Figura 3.1 – Consumo de energia elétrica referente a iluminação do caso base do projeto.
Para se obter um uso eficiente de energia na área de iluminação, tendo este como
caso base, analisa-se especificamente o que se pode projetar utilizando tecnologias
próprias para cada área específica da casa, como por exemplo sensores de presença nos
corredores, fotocélula nas varandas, entre outros.
22
lâmpada que ficará ligada dentro do tempo pré determinado pela programação de
instalação. Existem dois tipos de sensores de presença no mercado da iluminação: tipo
infravermelho e tipo ultrassônico. É possível encontrar as duas tecnologias em um único
produto.
A anos atrás os sensores, eram utilizados apenas em sistemas de segurança, mas
com a busca de redução do consumo de energia elétrica, este equipamento começou a
ser utilizado nas instalações elétricas.
A vantagem do uso desse equipamento é ter a possibilidade de não utilizar
interruptores, acarretando menos circuitos instalados, menos condutores e assim mais
economia na instalação.
Um exemplo dessa tecnologia é o Sensor de Presença E27 fabricado pela
Exatron (Figura 3.2), que utiliza um comando inteligente para o acionamento de cargas
temporizadas. Detecta quando uma pessoa passa através de um sensor infravermelho,
acionando a carga e desligando-a quando há ausência de movimento, de acordo com o
tempo em que foi programado. Esse tipo de equipamento é indicado para ambientes
internos e externos de residências, para assim controlar a iluminação de sacadas,
corredores, varandas e escadarias.
Segundo o próprio fabricante [15], em seu site, esse dispositivo garante uma
economia de energia de até 75%, comanda qualquer tipo de lâmpada que seja com
soquete E27, a regulagem de tempo é na ordem de 30 segundos no mínimo e 15 minutos
no máximo ajustado através de um Trimpot (potenciômetro miniatura ajustável). A
potência de comando deste dispositivo é dada em: 127V/220V – para Incandescente até
100W e para Fluorescentes, Eletrônicas e LED até 48W.
23
3.1.2 Fotocélulas (relé fotoelétrico)
24
3.1.3 Interruptores Dimmers e Controles de Potência
25
Essa diminuição no desperdício de energia traz benefícios evidentes ao meio
ambiente e à conta de Luz.
26
3.2 Aplicações no Aquecimento
27
vidro, ocasionando uma eficiência baixa a temperaturas altas, são utilizados com mais
frequência em aquecimento de piscinas.
Os coletores de tubos evacuados são aqueles compostos basicamente por dois
tubos concêntricos e retirado entre suas paredes todos os gases existentes, formando
desta forma um vácuo, que é o melhor isolante térmico existente, mas devido à grande
dificuldade para obter-se e manter condições de vácuo, é empregado em muito poucas
ocasiões, limitadas em escala.
28
3.2.3 Reservatório Térmico
29
3.2.5 Sistema de Controle
30
Figura 3.9 – Duto Sem circulação Forçada
31
3.2.7 Tecnologia KDT para aquecedor
Para o uso do chuveiro, existe no mercado a Ducha DIGITAL que quando acionada
utilizará sempre o mínimo de energia possível para aquecer a água na temperatura que
você digitou no Controle Remoto Digital. A tecnologia KDT reconhece a temperatura
da água quando ela passa pela Ducha, e utiliza apenas a energia necessária para deixar a
água na temperatura programada. Exemplo: Se a água da caixa está a 30°C e você
programou seu banho para uma temperatura de 37°C o consumo será somente para
aquecer essa diferença de 7°C.
Para aquecedores, a tecnologia digital KDT reconhece a temperatura da água
quando ela passa pelo Aquecedor, e utiliza apenas a energia necessária para deixar a
água na temperatura programada. O Aquecedor Central DIGITAL ao ser acionado
utilizará sempre o mínimo de energia para aquecer a água na temperatura digitada no
Controle Remoto Digital. Exemplo: Se a água da caixa está a 30°C e você programou
seu banho para uma temperatura de 37°C o consumo será somente para aquecer essa
diferença de 7°C.
Para hidromassagem, a tecnologia Digital KDT protege a hidromassagem e o
aquecedor para que jamais sejam ligados sem água na banheira (o que danificaria
ambos). É o mais rápido para aquecer toda a água da banheira, e não reduz a pressão
dos jatos d’água. Aquece e mantém automaticamente, com precisão durante todo o
banho, a água na temperatura que você escolheu no Controle Remoto, com limite
máximo de 40ºC. Com essa tecnologia você não precisará portanto ficar ligando-
desligando o aquecedor para regular a temperatura da água, podendo assim aproveitar
ao máximo o mais confortável banho de hidromassagem disponível no mercado.
32
3.3 Aplicações no resfriamento
33
3.4 Medidas básicas para se obter Eficientização em uma Residência
3.4.1 Iluminação
3.4.2 Ar condicionado
34
Adquirir no ato da compra, modelos de ar condicionado de janela que tenham o
Selo PROCEL de Economia de Energia com classificação A ou B.
Instalar o aparelho em local de boa circulação de ar, evitando o posicionamento
de objetos que obstruam a saída e/ou entrada de ar dos equipamentos;
Obedecer as dimensões mínimas solicitadas pelo fabricante para a instalação de
ar condicionado de janela e splits;
Limpar periodicamente os filtros, pois filtros sujos diminuem a eficiência dos
equipamentos e prejudicam a qualidade do ar no ambiente;
Proteger a parte externa do aparelho de ar condicionado de janela ou a unidade
condensadora do split da incidência do sol, sem bloquear as grades de
ventilação.
3.4.3 Aquecimento
3.4.4 Motores
35
3.4.5 Refrigeradores
Evitar o excesso de gelo, através da regulagem correta do termostato do
equipamento e de sua limpeza periódica;
Ao comprar um refrigerador, deve-se procurar um que atenda às necessidades do
seu negócio. Quanto maior o refrigerador, maior seu consumo;
Não abrir o refrigerador sem necessidade. Criar o hábito de colocar ou retirar os
produtos de uma só vez;
Evitar colocar produtos ainda quentes no refrigerador. Isso exige mais do motor;
Não forrar as prateleiras com plásticos, vidros ou qualquer outro material e
coloque os produtos de forma a facilitar ao máximo a circulação do ar;
Colocar os líquidos em recipientes fechados;
Degele o refrigerador segundo as recomendações do fabricante;
Evite colocar panos ou plásticos na parte traseira do refrigerador;
A borracha de vedação deve funcionar adequadamente para evitar fuga de ar
frio.
36
Capítulo 4 – Estudo de Caso
37
Figura 4.1 – Panorâmica da região nos arredores do imóvel em análise (Foto 1)
38
Figura 4.4 – Planta Baixa da edificação
39
Tabela 4.1 – Área e Perímetro de cada compartimento da Edificação
40
4.2 Cargas e Circuitos
41
Figura 4.5 – Layout proposto para a residência
42
4.2.1 Circuito de Iluminação
43
a) Banheiros, devem ter pelo menos uma tomada junto ao lavatório;
b) Em áreas de serviço e cozinhas, devem ter no mínimo uma tomada a cada 3,5 m,
ou fração de perímetro, sendo que acima da bancada com largura igual ou
superior a 0,30 m deve existir pelo menos uma tomada;
c) Em garagens e varandas, pelo menos uma tomada. Dependendo dos circuitos de
tomadas de uso geral, deve ser atribuída uma potência de no mínimo 100VA.
d) Nos cômodos não citados anteriormente, se a área for menor que 6m2 deve ter
pelo menos uma tomada. Caso seja maior que 6m2, pelo menos uma tomada a
cada 5 m2, ou fração do perímetro espaçada uniformemente.
e) Quanto a potência, em banheiros, cozinhas, áreas de serviços e locais do tipo,
deve ter no mínimo 600 VA por tomada, até três tomadas e 100VA por tomada
para cada excedentes, analisando separadamente os ambientes. Nos demais
cômodos, no mínimo 100 VA por tomada.
As especificações de tomadas de energia para uso geral da instalação são
atribuídas na Tabela 4.4.
44
Tabela 4.4 – Distribuição das tomadas- NBR 5410:2004
45
Dessa maneira, tomando-se como referência os valores de fator de potência
especificados [21], tem-se que para tomadas de Uso geral utiliza-se fator de potência
igual 0,8 e para iluminação fator de potência 1. Para as tomadas de uso específico foi
utilizada a potência nominal do equipamento. O circuito de alimentação é dividido em
dois circuitos, nos quais o alimentador 1 supre a carga total até o quadro 1, distribuindo-
a, neste ponto, entre o alimentador 2 e as cargas da banheira e chuveiro do quarto 3
(circuitos 9 e 10). O alimentador 2 repassa a energia para as demais cargas da edificação
no quadro 2. Essa distribuição é especificada nas Tabelas 4.5 e 4.6.
Tabela 4.5 – Distribuição dos circuitos para Iluminação e TUE (potência instalada)
46
Tabela 4.6 – Distribuição dos circuitos para TUGS (potência instalada)
47
4.4 Dimensionamento dos condutores, da proteção e dos eletrodutos
, (1)
48
onde:
I = corrente (A),
P = Potência (W) e
K = constante de utilização que para circuitos de corrente contínua ou
monofásicos a 2 fios vale 1. Para circuitos trifásicos a 3 fios vale 1.73 e para o de 2
fases e mais neutro de um circuito trifásico, vale 2.
Figura 4.6 – Tabela retirada da Norma NBR 5410 para determinação da seção do condutor
49
4.4.2.3 Critério da queda de tensão
Para que os equipamentos funcionem com rendimento nominal, é necessário que
a tensão sob o qual a corrente lhes é fornecida esteja dentro dos limites prefixados. Ao
longo do circuito, desde o quadro geral até o ponto de utilização em um circuito
terminal ocorre uma queda na tensão.
Assim é necessário dimensionar os condutores para que esta queda de tensão não
ultrapasse os limites estabelecidos pela norma NBR-5410:2004 (seção 6.2.7), para que
em nenhum caso a queda de tensão nos circuitos terminais ultrapasse o valor de 4%.
Iluminação e tomadas 5% e outros casos 5%.
A Figura 4.7 exemplifica um esquema da queda de tensão máxima admissível
em uma instalação elétrica, segundo a norma de referência, onde QD é o quadro de
distribuição e QM o quadro de medição:
50
i8 i9
i7
i6
i5
i1 i3 i4
i2
d e f
a
b
Figura 4.9- Maior caminho do circuito 6 para análise de queda de tensão
Calcula-se então o valor da queda de tensão nos trechos do circuito e, caso este
valor supere o admitido em norma, é necessário refazer o cálculo para uma seção
nominal maior. A seção nominal de todo o circuito será a maior seção dos trechos.
Para o trecho a, por exemplo, tem-se a queda unitária de 22,36 V/A. Km.
51
(2)
(3)
Dessa maneira, de acordo com a Tabela 4.8, para o circuito proposto para
exemplificação, todos os seus trechos foram contabilizados para a verificação final da
queda de tensão no trecho acumulado total, com seu valor final de 1,43%.
52
considerado a queda de tensão de no máximo de 5%, calculados a partir da Norma NBR
5410:2004 (seção 6.2.7(c)).
4.4.3-Dimensionamentos da proteção
A proteção foi escolhida de forma que para cada circuito a capacidade do
dispositivo seja maior que a corrente de projeto e menor que a capacidade de corrente
do condutor calculado. Para a proteção dos condutores presentes nos circuitos, utilizam-
se Disjuntores Termomagnéticos (DTM) e para a proteção dos usuários utilizou-se
Interruptores Diferencial Residual (IDR). Os dispositivos IDR são aplicados apenas nos
compartimentos onde se encontravam os chuveiros e a banheira.
Para a escolha dos disjuntores, considera-se a corrente máxima admissível no fio
condutor de cada circuito, de acordo com a corrente de projeto do circuito, capacidade
de condução do condutor e verificação da queda de tensão. Segundo a norma NBR 5410
seção 5.3.4.1, diz que a corrente do dispositivo de proteção deve ser maior que a
corrente de projeto e menor que corrente de capacidade de condução dos condutores.
Por exemplo, analisando novamente o circuito 6:
Iprojeto = 9,45 A e I capacidade de corrente = 11,81A . Logo, para este caso
seguindo a Norma NBR 5410 pode-se utilizar o disjuntor de 10 A monofásico, pois é
um circuito de 127 V.
Para os demais 19 circuitos do projeto, foram realizadas as mesmas
considerações, onde o resultado é mostrado nas Tabelas 4.10 e 4.11
53
Figura 4.10 – Número de condutores isolados com PVC, em eletroduto de PVC
54
Logo, para este circuito específico o eletroduto escolhido foi o de 20mm, que em
polegadas equivale a um tubo de 1/2. Para os demais circuitos foram utilizados os
mesmos procedimentos de cálculo, onde seus resultados finais são apresentados na
Tabelas 4.10.
55
A demanda (VA) do projeto base é de 29,47kVA.
De acordo com a fornecedora Light Ltda, o fornecimento para esta edificação
com demanda de 29,47 kVA, é o sistema trifásico, com proteção geral de 100A
trifásico.
Para o Alimentador 2 (parcial) a demanda considerada é calculada somente com
dois chuveiros e sem a banheira, resultando em 25,56 kVA. A mesma tabela da
concessionária será utilizada.
Iluminação e tomadas (carga instalada = 12,3 kVA)
d1 = 5,96 kVA
56
Figura 4.12 – Tabela da Light para dimensionamento de materiais
57
4.6 Resultados da Instalação
58
Figura 4.13 – Planta elétrica da Edificação
59
Figura 4.14 – Diagrama Unifilar para os dois Quadros de Distribuição
60
Capítulo 5 – Aplicação de Eficiência ao Estudo de Caso
61
Pensando nesses itens é possível tornar qualquer instalação mais eficiente na direção
de sua otimização. É preciso porém descrever um pouco mais em que consiste cada uma
destas medidas, que serão detalhadas e aplicadas, como exemplo, ao caso base deste
trabalho, nos tópicos a seguir. Convém alertar, porém, que as ações adotadas podem ser
aprofundadas praticamente sem limitações, mas para este trabalho, ficarão limitadas aos
parâmetros que garantam maior segurança. O que se quer é identificar uma metodologia
de trabalho, ainda que no exemplo de aplicação tais medidas possam ser consideradas
conservadoras.
5.1.1-Adequação na refrigeração.
62
Para esse compartimento, com área útil de 14 m2, necessitará de um
equipamento que forneça 11.200,00 BTU.
O aparelho mais indicado, é um de 12.000,00 BTU, dimensionado com uma
folga de 7,14%. Para o quarto 1 com área de 13,07 m2 necessitará de um equipamento
que forneça 10.456,00 BTU, onde o aparelho mais próximo e indicado para esse caso é
o de 10.000,00 BTU, faltando apenas 4% para ser obter o dimensionado. No quarto 2,
com área de 15,32 m2 necessitará de um equipamento que forneça 12.256,00 BTU, onde
o aparelho mais próximo e indicado para esse caso é o de 12.000,00 BTU, faltando
apenas 2% (Tabela 5.1). Estará dentro da precisão dos cálculos.
63
Tabela 5.2 – Consumo do Ar Condicionado do Tipo Janela do modelo Springer
5.1.2-Adequação no aquecimento.
No atual cenário hídrico, cada vez mais escasso e grandes problemas na geração
de energia, economizar água e energia elétrica, no uso diário, tornou-se de grande
importância para o consumidor. A troca do sistema de aquecimento residencial, já
acarreta em uma significativa redução no consumo desses dois elementos. Para a família
do nosso exemplo (caso base), que é composta por 4 pessoas, considerar-se-á que
tomem 2 banhos diários, durante os 30 dias do mês.
64
Através das características dos equipamentos (Tabela 5.5) responsáveis pelo
aquecimento da água, pode-se analisar o que cada instalação pode consumir durante o
seu uso e qual seria a melhor opção de aplicação para a redução do consumo dos dois
insumos mais importantes atualmente: água e energia elétrica.
25 minutos
Duração no
10 minutos (para encher) 10 minutos
Banho
40 minutos de uso
5.500 W no
Apoio elétrico utilizado no
inverno Aquecimento - 7.848 W
Potência inverno de 3.500 W, 1
3.200 W no Motobomba – 552 W
hora por dia
verão
65
Análise para chuveiro
Dessa forma, analisando-se o uso do chuveiro elétrico, verifica-se que por dia o
consumo de água é de 240 litros (4 pessoas, 2 banhos de 30 litros) e que seu consumo
de energia elétrica, quando posicionado no modo verão, é de 4,27 kWh (8 banhos de 10
minutos) e, na posição inverno, é de 7,33 kWh, como mostrado na Tabela 5.6.
Tabela 5.7 Consumo de Energia Elétrica e Água do Chuveiro com aquecedor solar
66
Para que ocorra uma adequação visando a eficiência energética do aquecimento
da edificação em estudo, o ideal seria a utilização do chuveiro híbrido, o qual utiliza o
aquecedor solar para captar energia nos dias ensolarados e a resistência interna do
chuveiro elétrico para quando não há possibilidade de geração de energia elétrica
proveniente do sol. Dessa forma,com a utilização do chuveiro híbrido o consumo de
energia elétrica ao ano é de 1.174,23 kWh e o consumo de água é 106.770 litros, como
mostra a Tabela 5.8.
Para a banheira utiliza-se o aquecedor solar com apoio elétrico de 3.500W, para
os dias que não se tenha a possibilidade de geração de energia proveniente do sol. Tal
medida proporciona uma redução no consumo de energia elétrica diário em 2.042 Wh,
tendo em vista que uma banheira, enquanto enche e aquece a água, utilizando seu
próprio aquecedor de fábrica, consome de energia elétrica, junto com o consumo da
bomba, cerca de 3.500 Wh por dia, enquanto que a utilização do aquecedor solar,
durante os mesmos 25 minutos, consome 1.458 Wh. Lembrando, ainda, que o uso da
banheira se dá em alguns dias do mês e que, para esse trabalho, consideraremos apenas
15 dias de uso, os valores de consumo mensal e anual são calculados e mostrados nas
Tabela 5.9 e Tabela 5.10.
67
Tabela 5.9- Consumo de Energia Elétrica e Água da Banheira sem aquecimento solar
Tabela 5.10- Consumo de Energia Elétrica e Água da Banheira com aquecimento solar
68
5.1.3-Adequação na iluminação.
69
iluminação era de 206,31 kWh ao mês, após a adequação passa a ser 200,31 kWh ao
mês.
Tais cargas não necessitam de adequação, pois são de escolha pessoal do usuário
e não se caracteriza como uma escolha técnica. A redução do consumo virá apenas na
escolha de tais equipamentos utilizando as recomendações de melhores rendimentos que
utilizam Selo Procel com classificação A. Através do relatório de Resultados de
Eficiência Energética 2014 do Procel, página 38 [18], verifica-se que somente os
equipamentos Freezer, Televisão, Geladeira e Lavadora de Roupas, presentes nesta
residência, recebem o Selo Procel de eficiência energética e serão devidamente
avaliados na seção de qualificação das cargas.
Dessa forma, através de todas as adequações realizadas nessa seção, a Tabela
5.13 resume o quanto de consumo de energia elétrica é demandado, mensalmente e
anualmente, pelas cargas de refrigeração, aquecimento e iluminação, sem os demais
equipamentos eletrodomésticos, registrando que para aquecimento foram somados os
consumos do chuveiro e da banheira.
70
5.2-Qualidade no consumo de energia nos equipamentos
Tabela 5.14-Consumo (kWh) e Eficiência Energética (W/W) – Ar condicionado 10.000BTU (1 hora de Uso)
71
Figura 5.1- Ar condicionado do Fabricante Electrolux – 127V – Selo Procel classificação A
72
No equipamento de 10.000 BTU verifica-se a escolha de acordo com a faixa de
classificação A (Figura 5.1), tabelados pelo Inmetro, onde se pode obter uma redução no
consumo de energia da ordem de 1.100 Wh ao mês, utilizando apenas 1 hora por dia.
Porém, o uso real do equipamento é de aproximadamente 8 horas por dia, o que remete
uma redução no consumo deste aparelho na residência de 8,80 kWh ao mês. Já para os
equipamentos de 12.000 BTU, também tabelados pelo Inmetro, é restrita a escolha de
fabricantes com variação de classificação de eficiência, podendo assim comparar apenas
equipamentos do mesmo fabricante com tensões de operação diferentes.
Compara-se, através da Tabela 5.16, o equipamento na tensão de 127 V
classificação B que consome ao mês 24,50 kWh e o equipamento de 220V classificação
A que consome 23,60 kWh.
Dessa maneira é possível obter uma redução no consumo de energia na ordem de
5.400 Wh (em 1 hora de uso) ao ano e ao mês cerca de 900 Wh (em 1 hora de uso).
Sabendo que o uso real do equipamento é de aproximadamente 8 horas por dia
durante 202 dias por ano aproximadamente, tal modificação acarreta uma redução no
consumo de energia elétrica na residência de 7,2 kWh ao mês e 48,5 kWh ao ano.
Dessa forma, pensando na qualidade da escolha dos equipamentos
condicionadores de ar de 10.000 BTU e 12.000 BTU para a edificação do estudo de
caso, podemos alterar a tensão de operação dos equipamentos de 12.000 BTU de 127V
para 220V e os de 10.000 BTU mantendo em 127V. Ainda, escolhendo os de melhor
classificação quanto a eficiência energética (Etiquetagem A) com Selo Procel, pode se
economizar de energia elétrica ao fim do mês cerca de 44 kWh, como mostra a Tabela
5.15. e Tabela 5.16. O consumo final após a qualificação dos equipamentos foi
calculado para 2 aparelhos de 12.000 btu e 1 aparelho de 10.000 btu, funcionando 8
horas por dia.
73
Figura 5.4- Ar condicionado do Fabricante Consul - 127V - Selo Procel classificação B
74
Tabela 5.17– Produção média de energia das Placas Solares utilizadas no Aquecimento da água do Chuveiro e
Banheira
75
Além das placas solares, tem-se a avaliação energética para o reservatório, que
pode ser com apoio elétrico ou sem apoio elétrico. Vimos na seção 5.2.1 que podendo
optar pelo uso da própria resistência do chuveiro em dias sem Sol, consegue-se
economizar no consumo de água e de energia no total. Para o caso base, será aplicado o
conceito do chuveiro Híbrido, que atende ao aquecimento da água via aquecimento
solar e aquecimento por sua resistência interna. Logo, não se necessita da utilização de
apoio elétrico no reservatório do sistema de aquecimento solar para o uso do chuveiro,
mas para o uso da banheira utiliza-se o apoio elétrico. Dessa forma, comparam-se os
dois cenários: reservatório com apoio e sem apoio, do mais eficiente com um menos
eficiente (Tabela5.18).
A eficiência energética do equipamento se dá através do coeficiente de perda de
energia, onde o que possui menor perda é o equipamento mais eficiente.
Considerando-se que o caso base conta com: 4 pessoas, 2 vezes banho ao dia, 10
litros/min consumidos no Verão e 6 litros/min no Inverno, tem-se que, utilizando o de
menor perda, consegue-se eliminar cerca de 13,33% de perda de energia na época de
utilização do reservatório sem apoio elétrico.
Tabela 5.18- Perda de Energia dos reservatórios térmicos sem apoio elétrico (SAE)
76
Figure 5.7- Perda de energia mensal de um reservatório de 400 litros – Fabricante AQUECEMAX
Figure 5.8- Perda de energia mensal de um reservatório de 400 litros – Fabricante ENALTER
Tabela 5.19- Perda de Energia dos reservatórios térmicos com apoio elétrico (SAE)
77
Figura 5.9 – Perda de energia mensal de um reservatório de 400 litros – Fabricante PRO-SOL
78
Figura 5.10 – Consumo de um chuveiro de 5.500W – classificação de potência F
79
Tabela 5.21- Análise na qualificação no Aquecimento e economia de energia
80
As lâmpadas halogêneas não participaram da análise por necessitarem de grande
potência para atender uma baixa quantidade de lúmens. De acordo com a ANEEL, 70W
equivale a 1200 lúmens, já uma lâmpada compacta de 20 watt, em 127 Volts, produz
1.200 lúmens e, a de 15W, produz 900 lúmens [8].
Dessa forma, verifica-se que com a utilização de lâmpadas fluorescentes
compactas e tubulares, 15 W, 20 W, 27 W, 40W e 45W de potência na instalação
elétrica de cada compartimento, o consumo ao dia de energia elétrica pode alcançar até
6,88 kWh ao dia, com uma potência de iluminação total instalada de 1064W
(Tabela5.22).
Tabela 5.22- Consumo utilizando Iluminação com lâmpadas Fluorescentes [Fonte: Philips]
Qtd
Potência Tempo Energia Energia
Compartimento de
(W) De uso kWh/dia kWh/mês
Lâmpadas
Sala de Estar 2 20 8 0,32 9,62
Cozinha 3 40 8 0,96 28,82
Quarto 1 4 27 8 0,86 25,92
Quarto 2 4 27 8 0,86 25,92
Quarto 3 5 27 8 1,08 32,42
BWC Social 1 15 4 0,06 1,80
BWC Suíte 1 20 4 0,08 2,40
Circulação 2 27 9 0,05 1,62
Área de Serviço 2 20 10 0,40 12,00
Área de Lazer 3 45 4 0,54 16,20
BWC Área de Lazer 1 15 5 0,07 2,25
Sala de Jantar 2 27 2 0,10 3,24
Garagem 4 45 4 0,72 21,60
Varanda 1 40 8 0,32 9,60
Total de consumo 6,44 206,31
81
Tabela 5.23 - Consumo utilizando Iluminação com lâmpadas LED [Fonte: Catálogo Philips]
Lâmpadas Lâmpadas
Fluorescentes LED
Consumo ao mês
206,31 103,08
(kWh/mês)
Porém, por ser um material de alto custo, pode-se utilizar nesta edificação para
alguns compartimentos as lâmpadas fluorescentes e para outros compartimentos as
lâmpadas LED. Utilizando lâmpadas LED, Fluorescentes Compactas e Fluorescentes
Tubulares nesta instalação, o consumo de energia elétrica ao mês é de 150,72 kWh, com
uma potência instalada de 758 W (Tabela5.25).
82
Tabela 5.25 – Mesclagem entre lâmpadas Led e Fluorescente
83
5.2.4- Qualidade na escolha nos demais equipamentos
84
Tabela 5.27 – Análise das adequações e qualificações realizadas em todos os equipamentos
85
5.3-Comportamento do usuário consumidor de energia.
86
5.3.2 Condicionadores de Ar
5.3.3 Lâmpadas
5.3.4 Geladeiras
87
necessidades de sua família. E lembre-se sempre de verificar o consumo declarado pelo
fabricante e também se a geladeira tem o selo de economia de energia
INMETRO/PROCEL.
5.3.4 Televisores
88
Como a energia elétrica, depois de produzida, não pode ser armazenada, seria
necessária a construção de novas usinas e linhas de transmissão só para atender o
horário de pico, e isso teria custos sociais e ambientais elevadíssimos.
Evitar utilizar muitos aparelhos e lâmpadas nesse horário contribuiria na redução
do consumo de energia nesse horário.
O ideal seria a utilização por menos tempo e um de cada vez e, se possível, a
escolha de outra hora para o banho. Esse pequeno esforço, por parte de cada usuário
doméstico, trará benefícios ao meio ambiente e garantirá o conforto de todos.
89
Tabela 5.29 – Hábitos não contabilizados
90
5.4-Refinamento do projeto base frente às escolhas e novas tecnologias
dos equipamentos
Tabela 5.32 – Comparação entre o uso das NBR5410 e NBR5413 para as cargas de iluminação.
91
Com essa redução, de 2600W (NBR5410) para 1200W (Circuito atualizado de
acordo com as qualificações e adequações), é possível realizar um novo
dimensionamento do circuito de iluminação para o caso base, onde este passa a ter uma
nova potência instalada por compartimento, apresentado na Tabela 5.33.
Potência (W)
Circuito Tipo Tensão (V) Compartimento Por
Total
Compartimento
Sala de Estar 40
Sala de Jantar 60
1 Iluminação 127 Cozinha 100 320
Varanda 60
Circulação 60
Quarto 1 100
Quarto 2 140
Quarto 3 160
2 Iluminação 127 520
BWC Social 40
BWC Suíte 40
Área de Serviço 40
Área de Lazer 160
3 Iluminação 127 Garagem 160 360
BWC lazer 40
Tabela 5.34 – Análise da queda de tensão e perdas do projeto base com adequações e qualificações -iluminação
92
pela NBR5410. Assim, a Tabela 5.35 evidencia ainda mais o benefício que as novas
tecnologias de lâmpadas agregam no combate ao desperdício de energia.
Tabela 5.35 – Comparativo entre projeto inicial e atualizado referentes as perdas nos circuitos de iluminação.
Projeto Projeto
Iluminação
Inicial Atualizado
Perdas (W) 42,93 17,58
Redução (W) 25,35
Potência
Tensão Por
Circuito Tipo Cômodo
(V) Compartimento Total (W)
(VA)
Sala de Estar 300
Sala de Jantar 300
4 TUGs 127 800
Varanda 100
Garagem 300
Área de Serviço 900
5 TUGs 127 880
Circulação 200
BWC Social 100
BWC Suíte 600
6 TUGs 127 960
Quarto 1 200
Quarto 2 300
Área de Lazer 300
7 TUGs 127 720
BWC de Lazer 600
8 TUEs 220 BWC social 5500 5500
9 TUEs 220 Quarto 3 4052 4052
10 TUEs 220 BWC Suíte 5500 5500
11 TUEs 220 BWC Lazer 5500 5500
12 TUEs 220 Quarto 1 1166 1166
13 TUEs 127 Quarto 2 970 970
14 TUEs 220 Quarto 3 1166 1166
15 TUEs 127 Cozinha 1300 1300
16 TUEs 127 Cozinha 2000 2000
17 TUEs 127 Área de Serviço 1400 1400
18 TUGs 127 Cozinha 1000 800
19 TUGs 127 Quarto 3 900 720
93
Os circuitos de tomadas (específica e de uso geral), no projeto inicial tinham
uma perda de 555,09 W, porém com as mudanças realizadas através das qualificações e
adequações nas seções anteriores, foi possível se reduzir as perdas para 393,83 W,
discriminados na Tabela 5.37.
Tabela 5.37– Análise da queda de tensão e perdas dos circuitos de tomadas para o projeto atualizado.
Tabela 5.38 - Comparativo entre projeto inicial e atualizado referentes as perdas nos circuitos de tomadas.
94
Tabela 5.39 - Comparativo entre projeto base com e sem adequação e qualificação.
95
Tabela 5.40– Novo dimensionamento das Cargas para os Circuitos Terminais
Tabela 5.41– Comparativo entre as perdas originadas com o novo dimensionamento dos circuitos de
iluminação e tomadas.
Perdas (W)
Projeto Base – Com Adequação e Qualificação 411,46
Projeto Base – Refinamento de Circuitos 407,80
Total de redução 3,66
Esta redução nas perdas não acarreta em uma grande economia de energia
elétrica consumida, porém com esse novo redimensionamento obteve-se uma redução
considerável nos materiais utilizados nesse circuito. Na Tabela 5.41, apresentam-se os
materiais que sofreram mais modificações nesse redimensionamento e verifica-se que o
comprimento dos condutores de 1,5 mm reduziu cerca de 26% (redução de 142,71
metros) do caso anterior. Ainda, que na instalação só serão instalados 18 disjuntores, no
lugar dos 20 anteriores.
96
Tabela 5.42– Comparativo entre os principais materiais modificados com o redimensionamento dos circuitos.
Nessa seção não será contabilizada a economia alcançada diante da redução dos
materiais, apenas a redução do consumo de energia elétrica, que foram alcançadas com
a redução das perdas nos circuitos de iluminação alterados e que representa 3,66 W, que
dá, estimando com uso diário de iluminação de 6 h, uma redução de consumo de energia
elétrica de 658,8 Wh ao mês ( Tabela 5.43)
Tabela 5.43– Redução no consumo com o redimensionamento da iluminação para o caso base atualizado.
C1 = 10,6 kVA
97
Aparelhos de ar condicionado (Carga instalada = 3,30kVA)
98
No projeto base a demanda do Alimentador 1 era de 29,47 kVA, corrente de
77,34 A e perdas de 65,76 W. Para o Alimentador 2 a demanda era de 25,56 kVA,
corrente de 67,08 A e perdas de 49,47 W.
99
Da Tabela 5.39 tem-se as perdas nos circuitos do projeto base iguais a 598,02 W
e, da Tabela 5.41, tem-se as perdas após o refinamento dos circuitos terminais iguais a
407,80 W. As perdas nos alimentadores foram calculadas e representadas na Tabela
5.45. As perdas dos alimentadores do projeto base podem ser obtidas por
proporcionalização com as demandas e bitola dos condutores, como segue:
100
Tabela 5.46 – Consumo relativo a perdas nos circuitos após o refinamento do projeto
Tabela 5.47 – Resultados de consumo após adequação e qualificação das cargas, refinamento do projeto e
efeitos do comportamento dos usuários
geral
101
Na Norma NBR 5410: 2004, na seção 4.2.5.1, tem-se a seguinte afirmação:
“A instalação elétrica deve ser dividida em tantos circuitos quantos
necessários, devendo cada circuito ser concebido de forma a poder ser
seccionado sem risco de realimentação inadvertida através de outro
circuito”.
Na seção 4.2.5.5, da norma em questão é dada a sentença:
“Os circuitos terminais devem ser individualizados pela função dos
equipamentos de utilização que alimentam. Em particular, devem ser
previstos circuitos terminais distintos para pontos de iluminação e para
pontos de tomada”.
Estas duas prescrições juntas, por exemplo, obrigam a separação de iluminação e
tomadas nas instalações em geral. Além de circuitos específicos para equipamentos de
grande potência ou que possam prejudicar o funcionamento de outros equipamentos
quando em regime permanente ou na hora da partida.
Verificou-se que neste projeto é possível promover algumas alterações nos
circuitos, que seriam favoráveis a redução do consumo de energia elétrica e também a
redução dos custos dos materiais empregados e que contrariam a NBR5410. Uma delas
é juntar as tomadas de pouco uso ou sem simultaneidade de uso, como o chuveiro,
tomadas de uso geral e iluminação da área de lazer, que são utilizados esporadicamente.
A proposta avaliada foi a criação de um novo alimentador parcial, com início no
QD 2 e final no QD3 (criado em substituição a uma caixa de passagem localizada na
garagem). Daí, distribuem-se 2 circuitos: um para o chuveiro e para a tomada do
banheiro da área de lazer e outro circuito para iluminação e demais tomadas da área de
lazer. Nesse caso, a proposta diferencia-se da do item 5.4, devendo ser avaliada uma
frente a outra em termos de perdas de energia e custo de material.
Outras propostas poderiam ser avaliadas para esta parte da instalação ou mesmo
para os demais circuitos, mas essa apenas já atende aos objetivos propostos que é de
mostrar mais uma forma de ação pró-eficientização.
A Tabela 5.48 mostra a nova distribuição de cargas dos circuitos. Foi mantida a
encampação das cargas do circuito 2 no circuito 1, originais do projeto básico. O
circuito 3 foi eliminado, sendo suas cargas incorporadas no novo circuito 20. Também
neste novo circuito foram incorporadas as seguintes cargas: tomadas de uso geral do
circuito 7, localizadas na área de lazer, sendo o circuito 7 eliminado também.
102
A carga da tomada TUE do banheiro da área de lazer ficará no circuito 11 do
chuveiro do mesmo banheiro e, disponibilizará tensão a 220 Volts.
Potência
Tensão
Circuito Tipo Compartimento Por
(V) Total
Compartimento
Sala de Estar 40
Sala de Jantar 60
Cozinha 100
Varanda 60
Garagem 160
Iluminação 127 Circulação 60
1 1000
Quarto 1 100
Quarto 2 140
Quarto 3 160
BWC Social 40
BWC Suíte 40
Área de Serviço 40
Área de Lazer 160
Iluminação +
20 127 Área de Lazer 300 480
Tomada geral
BWC lazer 20
Sala de Estar 300
Sala de Jantar 300
4 TUGs 127 800
Varanda 100
Garagem 300
Área de Serviço 900
5 TUGs 127 880
Circulação 200
BWC Social 100
BWC Suíte 600
6 TUGs 127 960
Quarto 1 200
Quarto 2 300
8 TUEs 220 BWC social 5500 5500
9 TUEs 220 Quarto 3 4052 4052
10 TUEs 220 BWC Suíte 5500 5500
BWC Lazer 5500
11 TUEs 220 5980
BWC Lazer 480
12 TUEs 220 Quarto 1 1166 1166
13 TUEs 127 Quarto 2 970 970
14 TUEs 220 Quarto 3 1166 1166
15 TUEs 127 Cozinha 1300 1300
16 TUEs 127 Cozinha 2000 2000
17 TUEs 127 Área de Serviço 1400 1400
18 TUGs 127 Cozinha 1000 1000
19 TUGs 127 Quarto 3 900 900
103
Após esta restruturação dos circuitos de acordo com sua localização e potência
instalada, analisa-se o comportamento da queda de tensão de cada circuito, bem como
suas perdas geradas (Tabela 5.46), e observa-se que o circuito 20, utilizando uma bitola
de 1,5mm2, tem uma queda de tensão máxima de 3,91% e uma perda de 62,35 W. No
circuito 11 a queda de tensão foi de 0,72%, utilizando o condutor de 6,0 mm 2. Para o
circuito de iluminação a queda de tensão foi de 1,10% e a perda é de 11,04 W. Dessa
forma, é válida a realização da mudança proposta, tendo em vista que suas quedas
ficaram dentro do limite determinado por norma e as perdas alcançaram redução.
Tabela 5.49– Parâmetros dos circuitos após a restruturação proposta na seção 5.5
104
Tabela 5.50– verificação da queda de tensão originada na Reestruturação dos circuitos extra-norma.
Figura 5.13– Planta dos circuitos alimentadores para o caso extra norma.
105
Tabela 5.51– Verificação perda originada por cada proposta de projeto
Assim, pode se afirmar que com esse ajuste técnico, representada na planta baixa
(Figura 5.14), consegue-se uma redução de perda aproximadamente de 234,27 W. Essa
proposta apresentada poderia alcançar melhores resultados de economia, caso
colocássemos a caixa de passagem do alimentador 3 diretamente na área de Lazer.
Tabela 5.52– Resultados de Análise das ações adequação, qualificação, comportamento de usuários e
refinamento de circuitos
106
Figura 5.14– Planta da instalação elétrica proposta.
107
5.6- Análise de interferências provenientes de fontes espúrias de
108
alternâncias por segundo). O uso de filtros de linha ou no-breakes auxiliam na regulação
desse problema, evitando que os equipamentos mais frágeis se danifiquem.
O sinal de corrente ou tensão quando não senoidal, significa que possui presença
de harmônicos, onde pode provocar danos a instalação elétrica, em seus componentes de
instalação e aparelhos conectados a instalação. Os principais efeitos provocados pelas
harmônicas são: aquecimento excessivo, disparos de dispositivos de proteção, aumento
da queda de tensão, redução do fator de potência da instalação e tensão elevada entre
neutro e terra. Isso pode gerar problemas associados ao funcionamento e desempenho
dos fios e cabos, computadores, transformadores, chuveiros e motores.
A interferência eletromagnética é um distúrbio de emissão provocado pelos
circuitos internos dos equipamentos e também por eventos naturais que atingem a rede
elétrica causando uma resposta indesejada, mau funcionamento ou degradação de
performance de equipamentos. A interferência por radiofreqüência é uma energia
elétrica contida dentro do espectro das transmissões de ondas de rádio. A interferência
por radiofrequência conduzida é mais facilmente encontrada nas freqüências de alguns
KHz até 30MHz. A RFI por irradiação é encontrada na faixa de freqüência que vai dos
30MHz até 10GHz.
Embora a maior parte dos equipamentos possua filtros internos para atenuar a
presença destes ruídos, a conexão de um bom aterramento é essencial para que estas
correntes espúrias fluam adequadamente para o terra.
Os surtos ocorrem quando um raio atinge o solo e descarrega centenas de
kilovolts, o que os tornam fenômenos altamente destrutivos, principalmente se esta
energia fluir nas redes públicas. Com a evolução multimídia e da internet, nas
residências, praticamente todos os equipamentos estão interligados via sinais de
telefonia, sinais advindos de uma conexão de TV a cabo ou receptores de satélite, e
obviamente todos conectados à rede elétrica. Esta interligação de equipamentos, com
sinais oriundos de várias fontes, potencializa ainda mais os efeitos das descargas
atmosféricas. Um aterramento adequado destas redes, sejam elas elétrica, telefônica ou
de TV a cabo, é essencial para que o excesso de corrente circulantes nos cabos de
conexão sejam desviados para o terra.
Por fim, a perda do neutro significa uma descontinuidade no fornecimento de
energia elétrica, podendo gerar consequências indesejadas como danificar equipamentos
de uma residência. Pode ocorrer, apesar de não frequentemente, uma interrupção da
circulação de corrente pelo neutro em função de algum problema físico na instalação
109
como rompimento de cabos, oxidação dos contatos na caixa de entrada etc. Em muitas
instalações domésticas, normalmente se coloca um fusível de proteção no neutro. Esta é
uma situação de grande perigo, pois ao invés de proteger, se o fusível romper, provocará
também a perda do neutro. Com esta perda, a corrente de retorno antes circulante pelo
neutro, passa a circular entre as fases, provocando um completo desbalanceamento da
tensão nominal. Para evitar este tipo de problema, resta ao usuário fazer uma revisão
periódica da instalação elétrica, ou empregar condicionadores de energia,
principalmente nos equipamentos sensíveis que atuarão como "buffers" de proteção.
medidas de eficientização.
Inicialmente foi realizado no projeto base a adequação das cargas dos circuitos,
através do dimensionamento dos aparelhos de ar condicionado de acordo com a
capacidade que o compartimento necessitava para a refrigeração, para o aquecimento da
água foi proposto uma adequação utilizando aquecedor solar e para iluminação foram
utilizados para áreas de circulação sensores de presença, o conceito de iluminação de
tarefa e iluminação natural. Desta forma, analisou-se cada redução de perda para estas
adequações propostas.
Após a adequação das principais cargas dos circuitos, foi realizada a
qualificação das cargas com a escolha de equipamentos com selo procel, etiquetagem de
de maior eficiência energética e os que apresentam menor perda para realização do
trabalho.
Com a adequação e qualificação realizadas, o estudo mostra atitudes que os
usuários praticam em seu dia que geram um aumento no consumo de energia elétrica no
uso dos equipamentos. Tais ações foram de difíceis mensurações e não foi obtido
valores de reduções, ficando apenas como uma referência de ações possíveis de serem
realizadas e ações não possíveis de serem realizadas.
Dessa forma, aplicou –se tais medidas nas cargas relacionadas ao circuito de
aquecimento, refrigeração e aquecimento, realizando-se assim um refinamento no
projeto base, como a união dos circuitos de iluminação. Após esse refinamento foi
realizado ajustes técnicos que não seguiram o que a norma orienta, alguns circuitos de
110
tomada e de iluminação ficaram juntos e de tomada de uso específico e de uso geral
também.
A seguir, na Tabela 5.54 segue a análise geral de todas as mudanças propostas
visando a redução de consumo de energia elétrica do projeto de instalação elétrica –
caso base.
Ações
Redução
(kWh/mês) Projeto Adequação Qualificação Comportamento Refinamento Ajustes
no
base de cargas de cargas dos usuários do projeto técnicos
consumo
Setor
Demais
366,5 366,5 294,4 288,5 288,5 288,5 78,0
Equipamentos
Consumo Final
1.548,9 1.278,3 1.096,1 1.059,6 1.051,1 1.049,2 499,7
da Ação
Aplicada
111
Análise dos resultados extraídos da tabela:
Consegue-se uma redução total no consumo na faixa de 32%, com o conjunto das
medidas, sendo: 25% para a refrigeração, 77% para o aquecimento, 27 % para
iluminação, 21% para os demais equipamentos e 34% para as perdas nos circuitos,
mostrando que a eficiência no setor do aquecimento é quem puxa o resultado final.
O setor de maior consumo individual é a refrigeração, mesmo tendo sido
considerado operando apenas 202 dias quentes e depois de todas as medidas de
economia adotadas seu consumo superou em muito os demais setores. Representa
47% do consumo total no projeto base e 51% após a aplicação das medidas. Isso
mostra que o setor é menos sensível às medidas do que o conjunto das cargas.
A iluminação também tem consumo individual bastante significativo, mesmo com o
uso de lâmpadas eficientes. Isso se deve ao tempo de utilização diário e durante todo
o ano.
O conjunto dos demais equipamentos domésticos é muito elevado e pouca redução
se consegue com as medidas de economia recomendadas pelos órgãos de atuação do
setor de energia e pela aquisição de equipamentos mais eficientes. Apenas 21 % de
redução após as medidas aplicadas. Também é menos sensível à aplicação das
medidas que as demais cargas, ficando seu consumo em relação ao conjunto dos
equipamentos em 24% no projeto base e 27% após as medidas de redução do
consumo.
Para o aquecimento a medida mais eficaz de redução de consumo foi a adequação
das cargas - 52 %, seguida do comportamento dos usuários – 38 % e qualificação –
24%, mas todas as medidas se mostraram eficazes. É óbvio que este setor é o que se
mostrou mais sensível às aplicações das medidas, alcançando uma redução de 77%
no seu consumo.
Para a refrigeração a medida mais eficaz foi a adequação dos equipamentos,
reduzindo o consumo em cerca de 20%, depois a escolha do melhor equipamento,
que reduziu o consumo em 8 %.
Pouco se conseguiu com a redução das perdas, porém, as técnicas adotadas tiveram
objetivos metodológicos. Com um trabalho mais rebuscado os resultados poderiam
ser melhores. Com o pouco que foi realizado, ainda se conseguiu cerca de 2% do
resultado final das reduções do conjunto dos equipamentos. A adoção de medidas à
112
margem da norma pode melhorar em muito a redução das perdas, desde que tais
medidas sejam feitas à luz de critérios técnicos justificáveis.
No setor da iluminação ocorreu cerca de 27 % de redução no consumo de energia
elétrica, devido a atualização das cargas para lâmpadas com tecnologias mais atuais
(uso de lâmpadas fluorescentes e led ) e com aplicação de sensores de presença nos
compartimentos de circulação, que antes as lâmpadas ficavam ligadas por tempo
contínuo e passou a ser acionados quando realmente fosse necessitado. Na
adequação a redução foi de 6 kWh/mês, com a aplicação dos sensores de presença
nos corredores. Na qualificação, já com as novas lâmpadas, o consumo foi de 150,7
kWh/mês, o que resultou numa economia no consumo de energia elétrica de 55,6
kWh/mês.
No setor referente ao aquecimento da residência inicialmente, o consumo era de
220,9 kWh/mês. Com a adequação do chuveiro híbrido, aquele que utiliza energia
solar e energia proveniente da sua própria resistência interna, o consumo caiu para
106,1 kWh/mês. Após a adequação, já com esse consumo referido ao chuveiro
híbrido, foi realizada a qualificação de todos os equipamentos presentes na
instalação do aquecedor solar que, no caso são os coletores, reservatório com apoio
elétrico e chuveiro, e verificou-se que o consumo caiu para 80,6 kWh/mês. Caso os
usuários sigam as recomendações de uso visando economizar, o consumo ainda
pode ser reduzido para 50,0 kWh/mês.
No setor dos demais equipamentos, que são os aparelhos de uso doméstico, não
ocorreu avaliação de adequação porque isso é de escolha particular do usuário. Para
esse setor foi avaliado apenas a qualificação dos equipamentos, aqueles que
apresentam selo Procel e etiquetagem de “mais eficiente energeticamente”. No
projeto base o consumo desses equipamentos era de 366,5 kWh/mês, após a
qualificação o consumo caiu para 294,4 kWh/mês. Tal medida promoveu uma
redução de aproximadamente 19 % no consumo mensal de energia elétrica da
edificação analisada. Com maior disciplina no uso dos equipamentos, é possível
melhorar a economia em até 21 %.
113
Análise de custos, economia e retorno de investimento :
Iluminação
Quando se opta para a instalação elétrica, iluminação com dois tipos de material
para iluminação, com lâmpadas de Led e Fluorescente, com a distribuição de: 11
lâmpadas de 12W, 6 de 6 W com dispositivo de sensor de presença, do material Led e 3
lâmpadas de 27W, 3 de 32W e 3 de 45W do material de Fluorescente, pode se obter
uma redução no consumo de 55,6 kWh de energia ao mês, gerando uma economia de
mensal de R$ 30,01. O investimento necessário é de aproximadamente R$ 559,75, com
tempo de retorno de 1 ano e 5 meses.
Aquecimento
Para as adequações realizadas no aquecimento, necessita de um investimento de
aproximadamente R$ 2.900,00, para a compra do aquecedor solar. Considerando que
sua redução de consumo de energia ao mês é de 170,9 kWh/mês, gerando uma
economia mensal de aproximadamente R$ 92,28 na conta de energia elétrica. Esse
investimento será pago aproximadamente em 2 anos e 6 meses.
Refrigeração
Na refrigeração o investimento inicial é de R$3.000,00, considerando os 3
equipamentos instalados na edificação. A redução de consumo foi de 184,8 kWh ao
mês, gerando assim uma economia de R$ 99,79. O tempo de retorno desse investimento
é de aproximadamente 2 anos e 5 meses.
Demais equipamentos
Através da Tabela 5.27, foi estimado um investimento inicial de
aproximadamente R$ 7.000,00 para se equipar a residência com equipamentos que
levavam as etiquetas de eficiência A e selo procel. Dessa forma, com a redução de
consumo de 78,0 kWh/mês, pode-se obter uma economia de R$ 42,12 ao mês, caso tal
medida fosse escolhida no momento da compra. Na conservadora hipótese de que
equipamenots alternativos mais baratos poderiam custar cerca de 60% dos
equipamentos eficientes, a diferença poderia ser compensada em cerca de 5,5 anos.
114
Perdas nos circuitos
Foi obtido uma redução no consumo de energia de 10,4 kWh/mês, gerando
assim uma economia de R$ 5,45 ao mês na conta de Luz.
115
avaliação. Assim, é possível afirmar que, neste exemplo em estudo, a economia
financeira com as medidas de eficiência energética mostradas nesse Projeto de
Graduação seria de R$ 284,00. O retorno de investimentos, nesse caso, seria apenas
para pagar o aquecedor solar, que corresponderia a 10 meses, ou 12 meses,
considerando um parcelamento na compra, lembrando que nas edificações já habitadas,
quando apenas incluímos as medidas no setor de aquecimento, é possível pagá-las em
cerca de 30 meses, mantendo daí por diante uma singela economia de R$ 92,28 na conta
de energia. Vale lembrar que o consumo estimado para a edificação em questão é de
1.548,9 kWh no projeto base, correspondendo a uma conta mensal de R$ 836,40,
enquanto o consumo com as medidas de eficientização será de 1.049,2 kWh, com uma
conta de energia reduzida para R$ 566,67. Esta economia compensaria os custos com
equipamentos classificação A em cerca de 2 anos.
116
Capítulo 6 – Conclusão
117
Embora algumas das medidas não tenham se mostrado tão eficazes, quanto se
poderia esperar, pode-se dizer que os objetivos metodológicos do Projeto de Graduação
foram alcançados. Claro que algumas dificuldades foram enfrentadas e contornadas para
se manter o foco no objetivo principal, que era a identificação de uma metodologia.
Pode-se citar a dificuldade para obtenção de maiores informações sobre os resultados
em economia de energia em relação às orientações de uso dos equipamentos
domésticos. As referências consultadas citam as orientações, mas não informam o
quantitativo dos resultados. Também as ações de refinamento e de modificações sem
obediência literal às normas foram pouco efetivas por conta do tamanho da edificação e
sua simplicidade. Certamente, em edificações maiores ou de instalações mais
complexas, estas ações trariam melhores resultados. A expectativa era aplicar muito
mais ações dos que as que foram aplicadas. Como exemplo, cita-se o uso de condutores
mais finos que os de 1,5 mm2, condutor mínimo exigido por norma, que se mostra
exagerado frente aos circuitos de iluminação com lâmpadas eficientes.
Os objetivos mais específicos foram plenamente alcançados, mostrando os
índices de economia de cada setor de carga estudado, os tempos de retorno do
investimento realizado, caso os equipamentos de uso fossem substituídos por novos
mais eficientes, indicados pela adequação e qualificação realizadas no trabalho.
Também, foram apresentadas comparações dos resultados das medidas aplicadas nos
diferentes setores, identificando-se os setores mais sensíveis e à realização de tais
medidas e, ainda, indicando os setores responsáveis pelos maiores consumos.
A metodologia desenvolvida, com os resultados apresentados na forma da
Tabela 5.54, representa uma excelente ferramenta para avaliação destes resultados e
auxilia na decisão de que ações valem a pena ou se quer tomar.
Conceitualmente, pode-se dizer que as medidas de eficiência energética se
mostram fundamentais no dimensionamento da instalação elétrica residencial do projeto
do caso base. E que os resultados alcançados são extremamente relevantes, até porque
muitos parâmetros adotados podem ser considerados como muito conservadores. É o
caso de ter se tomado com uso da refrigeração e do uso do aquecedor solar apenas nos
em 202 dias (definido como verão). É sabido que mesmo em dias nublados o aquecedor
solar aquece a água, mas para os objetivos dos trabalhos tal aprofundamento de cálculo
estenderia em muito o presente trabalho.
118
Da mesma forma, se os dias nublados não são tão frios assim, no Rio de Janeiro,
seria necessário aprofundar também a avaliação do uso do ar-condicionado. Fato que
aumentaria o consumo anula no projeto base, mas daria mais relevância ainda na
redução do consumo nas medidas tomadas.
A proposta final tinha como base reduzir ainda mais o consumo de energia
elétrica no projeto de instalação, realizando alguns ajustes técnicos no mesmo. Tais
ajustes, não seguiram algumas orientações da norma no dimensionamento de tomadas
com iluminação. Pouco se conseguiu com a redução das perdas, porém, as técnicas
adotadas tiveram objetivos metodológicos de exemplificação.
O presente trabalho serve como embrião para outros trabalhos do LAFAE-
laboratório de Fontes Alternativas de Energia e do DEE/UFRJ. Para futuros trabalhos
recomenda-se a adoção de projetos já executados, mantendo o foco apenas na questão
da eficientização. Também, sugere-se um trabalho específico sobre resultados
energéticos do comportamento dos usuários em relação aos equipamentos domésticos,
bem como de técnicas e tecnologias que contribuam para esta finalidade e amarrem o a
questão comportamental com o consumo eficiente. Outra necessidade, que poderia ser
investigada de forma mais aplicada é o desenvolvimento de equipamentos solares de
baixo custo.
119
Bibliografia
[12] Revista Tecnologia e Sociedade - 1ª Edição, 2011 ISSN (versão online): 1984-3526
120
[13] FERNANDO PIMENTEL, O Fim da Era do Petróleo e a Mudança do Paradigma
Energético Mundial: Perspectivas e Desafios para a Atuação Diplomática Brasileira-
Disponível em:
http://funag.gov.br/loja/download/838Fim_da_Era_do_Petroleo_e_a_Mudanca_do_Par
adigma_Energetico_Mundial_O.pdf.
http://www2.inmetro.gov.br/pbe/conheca_o_programa.php
[21] NISKIER, J., MACINTYRE, A. J., Instalações elétricas, 5ª Edição, Rio de Janeiro,
121