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ESCOLA POLITÉCNICA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
2018
TÉCNICAS PREDITIVAS DE MANUTENÇÃO ELÉTRICA EM
TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA
Rio de Janeiro
Setembro de 2018
TÉCNICAS PREDITIVAS DE MANUTENÇÃO ELÉTRICA EM
TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA
Examinada por:
___________________________________________
Prof. Jorge Nemésio Sousa, M. Sc.
(Orientador)
___________________________________________
Prof. Jorge Luiz do Nascimento, Dr. Eng.
___________________________________________
Engº. André Luis Barbosa de Oliveira
AGRADECIMENTOS
À minha mãe pois sem o esforço, dedicação e força dela desde minha infância em
ensinar a importância do conhecimento e a nunca desistir, eu não teria escrito esse TCC.
Ao meu professor orientador Jorge Nemésio Sousa que com sua sabedoria,
conhecimento e paciência me guiou na execução deste trabalho.
À minha noiva Alexsandra Bento Alexandre pela sua compreensão nos momentos
difíceis e de ausência durante a graduação.
Aos meus amigos Bruno Dager e Luísa Tavares pela ajuda e incentivo que sempre
estiveram dispostos a dar durante a faculdade.
Setembro/2018
September/2018
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 - Contexto histórico ......................................................................................... 4
LISTA DE TABELAS
Tabela 5.6 - LMTA para transformadores a seco em função de sua classe térmica. ..... 32
Tabela 5.17 - Identificação de falhas pelo método de Pugh dada pela IEEE. ................ 53
°C grau Celsius
DC Direct Current
GE General Electric
kV/cm quilovolt por centímetro - unidade de campo elétrico usada para medir
rigidez dielétrica de óleo isolante
N/m Newton por metro - unidade de momento usada para medir a tensão
interfacial de óleo isolante
TΩ Teraohms
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................1
1.3 MOTIVAÇÃO.....................................................................................................1
7 CONCLUSÕES ...............................................................................................88
1 INTRODUÇÃO
1.2 OBJETIVOS
Este trabalho tem por objetivos apresentar e discorrer sobre as técnicas preditivas
de manutenção elétrica, às quais servem de guia para o engenheiro de manutenção e ser
um complemento do material didático para as aulas de Manutenção e Operação de
Equipamentos Elétricos. Por meio de uma apresentação técnica e concisa, esse material
auxiliará o aluno e também facilitará a ação do professor, já que incorpora suas anotações
pessoais sobre o tema além de acrescentar conteúdo para uma melhor compreensão de
manutenção de transformadores elétricos.
Neste estudo será feita a apresentação dos conceitos e das técnicas preditivas
utilizadas na manutenção de equipamentos elétricos. Voltado para os alunos de
engenharia elétrica e profissionais do ramo, este trabalho apresentará aspectos teóricos e
práticos o que inclui a apresentação dos ensaios utilizados na manutenção e a descrição
de cada um. Este projeto de graduação será focado na manutenção de transformadores de
subestações de energia elétrica, limitando-se a apresentar o teor de acordo com as normas
estabelecidas pela ABNT e outros órgãos pertinentes, bem como o conteúdo teórico
verificado na bibliografia consultada.
1.3 MOTIVAÇÃO
Devido ao crescimento dos centros urbanos, se faz necessária a manutenção da
qualidade dos serviços prestados pelas concessionárias de energia elétrica e da sua
2
Além disso, como vimos, este TCC servirá de complemento ao material didático da
disciplina Manutenção e Operação de Equipamentos Elétricos, lecionada pelo professor
Jorge Nemésio Sousa, no DEE - Departamento de Engenharia Elétrica da Escola
Politécnica da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Com o objetivo de apresentar um trabalho rico em conteúdo, mas sem perder o foco
e a didática, o material foi moldado seguindo as normas sobre o assunto, assim como
catálogos e estudos específicos que abordassem o tema escolhido, os quais estão
indicados nas referências.
3
2 REVISÃO TEÓRICA
2.1 APRESENTAÇÃO
Este TCC trará um tema amplo e importante para a área da Engenharia Elétrica, que
são as técnicas preditivas de manutenção aplicadas a subestações elétrica. Tendo como
motivação a atualização da apostila da disciplina Manutenção e Operação de
Equipamentos Elétricos e a apresentação das técnicas preditivas de manutenção elétrica
no ambiente de uma subestação de energia, houve uma preocupação quanto à didática e
delimitação do tema afim de tornar o documento o mais claro possível para os estudantes.
O projeto tomou como base o material didático do professor Jorge Nemésio Sousa,
a literatura especializada (livros e artigos) e os documentos técnicos acerca do assunto,
como manuais de equipamentos e normas técnicas pertinentes. Ele foi estruturado de
forma que os conceitos, definições e descrições sejam apresentados primeiro e
posteriormente a aplicação, com o intuito de favorecer a compreensão do tema.
Com o passar das décadas a manutenção está sempre tomando novos rumos e
caminhando cada vez mais próxima da operação, como pode ser visto na Figura 2.1. Hoje,
sua gestão é integrada e envolvida com as estratégias e objetivos estratégico da empresa,
tendo a produção como foco principal.
Por meio da medição criteriosa dos dados adquiridos, pode-se chegar a um bom
diagnóstico sobre o funcionamento do equipamento. As técnicas preditivas têm por
objetivo guiar a programação e a execução da manutenção preventiva e evitar paradas
não programadas às quais podem trazer grandes prejuízos, como interrupção do processo
produtivo, multas e queda na confiabilidade dos serviços prestados.
E quanto às vantagens:
Potência Temperatura
Demanda Pressão
Energia Vazão
É importante saber o que se quer avaliar para que a escolha do ensaio seja a melhor
possível. Por exemplo, numa máquina elétrica pode-se monitorar a temperatura, a
vibração, o ruído ou o fator de potência. Já em um transformador pode-se avaliar também
a temperatura, o isolamento e o estado do óleo isolante, se for o caso. Para se monitorar
cada um desses parâmetros um ensaio específico deve ser utilizado. Segundo BARONI
(2002), estes ensaios podem ser classificados nas ‘famílias de especialização’ mostrada
na Tabela 2.2 [5].
3 METODOLOGIA DA PESQUISA
3.1 INTRODUÇÃO
Todo projeto final de graduação para ser de qualidade passa por uma etapa rigorosa
de pesquisa onde o assunto será estudado minunciosamente e a melhor forma de
apresentá-lo será decidida. Nesse Capítulo, serão apresentados os conceitos principais dos
métodos de pesquisa.
Escolha do tema.
Objetivo do Estudo.
Revisão Bibliográfica.
Metodologia de pesquisa.
Desenvolvimento do projeto.
Conclusões e resultados.
Uma vez que as definições tenham sido apresentadas, pode-se dizer que a pesquisa
tem por fim investigar minunciosamente uma determinada área de interesse, no caso do
projeto, do domínio científico. Sua motivação básica é atender as necessidades humanas
e o melhorar o dia a dia do indivíduo e da sociedade.
MENEZES (2005) apud NEMÉSIO SOUSA (2018), dentre as diversas classificações que
se tem sobre pesquisa, pode-se citar a básica e a aplicada [7]. Quanto à forma de
abordagem, a quantitativa e a qualitativa. De acordo com as autoras, pesquisa básica
tem por objetivo gerar conhecimentos novos úteis para o avanço da ciência sem aplicação
prática prevista enquanto que na pesquisa aplicada o conhecimento gerado possui
aplicações práticas dirigidas à solução de um problema. Ainda segundo as autoras, pelo
ponto de vista da abordagem dos problemas, pesquisa quantitativa significa traduzir em
números, opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. Requer o uso de
recursos e de técnicas estatísticas. Já na pesquisa qualitativa há uma relação dinâmica
entre o mundo real e o sujeito não traduzido em números, o ambiente natural é a fonte
direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento chave. A interpretação dos
fenômenos e a atribuição de significados são básicas no processo de pesquisa qualitativa.
É descritiva e não requer métodos e técnicas estatísticas.
De acordo com GIL (1991) apud SILVA e MENEZES (2005), a pesquisa, quanto
aos seus objetivos, pode ser exploratória, a descritiva e explicativa [8].
A: ar
W: água
N: convecção natural
OFAF (Óleo Forçado - Ar Forçado): as trocas ocorrem por meio das correntes
de convecção forçadas ao bombear o óleo mais quente por entre o radiador, que
por sua vez serve de intermediário para a troca de calor com o ar forçado pelos
ventiladores – Figura 4.5.
OFWF (Óleo Forçado - Água Forçada): neste sistema, as trocas de calor são
feitas por meio das correntes de convecção forçadas, entretanto, diferentemente
da refrigeração OFAF, o agente trocador de calor é a água bombeada através dos
radiadores não mais o ar – Figura 4.6.
5.1 INTRODUÇÃO
As técnicas preditivas de manutenção foram desenvolvidas com a intenção de
auxiliarem no diagnóstico do estado dos equipamentos em uma instalação. No Capítulo
2 foram apresentadas as definições por trás dos conceitos e o caráter analítico da
metodologia que guia os ensaios determinantes dos parâmetros de funcionamento de um
determinado equipamento, no caso o transformador de potência.
5.2.1 A Termografia
A técnica de sensoriamento remoto que permite a análise da temperatura por meio
de termogramas ou indicação numéricas é conhecida como Termografia, uma técnica de
inspeção não destrutiva e não invasiva. Todo corpo acima do zero absoluto emite radiação
eletromagnética na banda do infravermelho, a partir dessa emissão as medições térmicas
são executadas para que dessa forma, possam ser identificados os pontos de temperatura
acima do valor de referência pré-definido.
I. Termômetro de Contato
II. Radiometria
III. Termovisores
O ensaio de temperatura pode ser muito útil como uma técnica preditiva, contudo
os instrumentos utilizados devem ser devidamente calibrados, configurados e
parametrizados, e as medições, sempre que necessárias, precisam passar por correções
para que a condição do equipamento seja corretamente monitorada. A primeira etapa que
se deve seguir é o conhecimento dos fatores que influenciam as leituras termográficas.
Esses fatores são a emissividade da superfície do material, a velocidade do vento, a
carga de operação no momento da medição e a distância do instrumento para a área do
equipamento.
27
I. Emissividade
SOARES (2005) apud NEMÉSIO SOUSA (2018), em seu trabalho, afirma que “a
capacidade de um corpo em emitir radiação eletromagnética é dada pela sua emissividade
(ε), que pode variar entre 0 e 1.
Emissividade é a relação entre energia irradiada por um corpo negro real e que seria
irradiada por um corpo ideal (corpo negro ou emissor perfeito) com máxima capacidade
de emissão.
Um corpo não negro (ε < 1) sempre emite, proporcionalmente, menor energia que
um corpo negro, à mesma temperatura” [22].
Influência da Emissividade
Ligeiramente
Metal Polido Severamente oxidado
oxidado ou pintado
Alumínio e suas
0,09 0,24 – 0,35 0,67 – 0,95
ligas
Cobre e suas ligas 0,05 0,39 – 0,50 0,78 – 0,95
Aços 0,07 0,52 – 0,60 0,82 – 0,94
Fonte: VERATTI (1992) apud SOARES [23].
0.448
∆𝑇2 = ∆𝑇1 (𝑉1 ⁄𝑉2 ) (5.1)
ou
Em que:
A fim de facilitar o cálculo da correção da temperatura, foi criada a Tabela 5.3 com
diversos valores medidos do FCV.
Velocidade do
Descrição Efeito Observável
Vento (m/s)
0 – 0,5 (1,8 km/h) Calmo A fumaça do cigarro sobe verticalmente
A fumaça do cigarro apenas indica a
0,5 - 1 (3,6 km/h) Quase Calmo
direção do ar
O vento é sentido no rosto. Movem-se as
1 - 3 (10,8 km/h) Brisa Leve
folhas e agitam-se as bandeiras
Folhas e ramos em movimentos
3 – 5 (18 km/h) Vento Fresco
constantes. Estendem-se as bandeiras
Arrasta a terra e ramos. Trepidam as
5 – 8 (21,6 km/h) Moderado
bandeiras
Os arbustos com folhas se inclinam. As
8 – 11 (25,2 km/h) Regular
bandeiras trepidam mais fortemente
Fonte: NEMÉSIO SOUSA [3]
2
∆𝑇2 = ∆𝑇1 (𝐼𝑛 ⁄𝐼) (5.3)
ou
Em que:
Em que
Alguns exemplos de LMTA para equipamentos mais utilizados pode ser visto nas
e Tabela 5.5 e Tabela 5.6.
Conexões e barramentos de BT 90
Conectores de AT 90
Régua de bornes 60 a 70
32
Banco de Capacitores 60
Secionadores 50 a 60
Conexões em geral 70 a 90
Conexões aparafusadas 90
Transformador a óleo 65
Fonte: SOARES apud NEMÉSIO SOUSA [22].
Tabela 5.6 - LMTA para transformadores a seco em função de sua classe térmica.
Uma vez que tenhamos o MAA, nós comparamos o parâmetro com a temperatura
corrigida (ΔTcorrigido). No caso dela estar acima do valor de referência, o componente,
conexão ou equipamento deve ser considerado com defeito. Uma intervenção imediata
deve ser executada quando a temperatura medida corrigida está acima de 50% do máximo
aquecimento admissível.
Uma vez que o levantamento das temperaturas seja feito e as correções necessárias
tenham sido executadas, a partir dos dados do LMTA, o aquecimento corrigido
(ΔTcorrigido) pode ser classificado, estabelecendo-se a criticidade a partir da comparação
do ΔTcorrigido com o MAA. Esse critério é conhecido como CFCA - Critério Flexível de
Classificação de Aquecimentos Elétricos [23]. Na Tabela 5.7, pode-se ver o diagnóstico
do caso de acordo com a comparação entre as temperaturas, assim como a ação necessária
para resolução do problema.
33
O estudo que foi feito até o momento leva em conta a temperatura do equipamento
sem correlacioná-la com os objetos adjacentes. É importante ter atenção a esse aspecto
pois os critérios de manutenção variam em função da diferença de temperatura entre o
componente e seu adjacente. Pode-se adotar as recomendações descritas da Tabela 5.8 a
Tabela 5.10.
Tão ou mais importante que estas duas variáveis, ainda há a Tendência Térmica
(TT), isto é, como o sobreaquecimento tem se comportado no decorrer de um determinada
período de tempo – performance.
𝐶𝑅 = 𝐺𝑇 × 𝑃𝑂 × 𝑇𝑇 (5.6)
35
Em que:
Em que:
Ttc - Temperatura total admissível, corrigida para medição de carga e temperatura
ambiente.
Trt - Temperatura máxima admissível.
Trt - Temperatura ambiente máxima.
Trt – Tra - Incremento máximo de temperatura admissível (rise).
I - Corrente medida.
In - Corrente nominal.
Tma - Temperatura ambiente medida.
m - Expoente que varia entre 1,6 e 2,0. Geralmente adota-se o valor médio é de
1,8.
36
I. Índice de Neutralização
O óleo isolante sofre oxidação com o decorrer de sua vida útil, esta reação química
produz ácidos danosos ao equipamento elétrico. O ensaio de Índice de Neutralização
monitora a acidez do líquido isolante e pode indicar a vida útil do transformador. O
resultado é dado em miligrama de hidróxido de potássio necessário para se neutralizar a
acidez de 1 grama de óleo – mgKOH/g. A descrição do ensaio, segundo a ABNT [9], é
dada pela NBR 14248 que discorre acerca da determinação de constituintes ácidos ou
37
Quando dois líquidos não miscíveis entram em contato, forma-se uma interface
entre as substâncias. A força necessária para romper a película de óleo existente na
interface água/óleo é chamada de Tensão Interfacial.
Um dos contaminantes mais comuns presentes nos óleos é a água. Ela pode
provocar corrosões, deterioração do papel isolante e degradação do óleo. Dentre os
métodos mais comuns para detecção de umidade nos óleos, temos:
A qualidade do óleo diminui não somente pela umidade, mas também devido à
presença de partículas contaminantes. Estas partículas no líquido isolante de
equipamentos elétricos podem ter várias fontes possíveis, dentre elas: fabricação do
transformador, armazenamento, manuseio e degradação do óleo isolante e
sobreaquecimentos. O efeito de partículas suspensas na rigidez dielétrica do óleo isolante
depende do tipo de partícula (metálica, fibras, borra etc.) e do teor de água presente.
Conforme a ABNT [9], esse ensaio deve seguir a NBR 12133. O FD – Fator de
Dissipação (ou fator de perdas dielétricas) é um indicador útil para se determinar o nível
de contaminação do óleo isolante. Ele relaciona as perdas ativas e a potência total
(aparente) aplicadas na amostra sob tensão alternada. O FD pode ser calculado de acordo
com a Equação 5.8 [3].
𝑊
𝐹𝐷 = × 100 (5.8)
𝑉𝐴
Em que:
W: perdas ativas.
VA: potência aparente.
VII. Cor
Este ensaio determina a cor do óleo isolante, por meio de uma luz transmitida
através da amostra, e associa a coloração a um valor numérico baseado na comparação
com uma série de cores padrão. Utilizando-se o número de cor, é possível determinar o
nível de contaminação e/ou deterioração do óleo isolante. Turvamento ou nebulosidade
podem indicar presença de água ou borra, assim como partículas metálicas, carbono e
outros contaminantes. O recomendado é que o óleo seja claro e isento de materiais em
suspensão ou sedimentados. Conforme a ABNT [9], as normas que descrevem o
procedimento para este ensaio são as NBR 14483 e a ASTM D1524.
ensaio com o anterior é que no Ponto de Fulgor ocorre queima rápida e sem a necessidade
de uma ignição externa.
Neste ensaio, descrito pelas ASTM D611 e ISO 2977, uma amostra composta por
óleo e anilina é preparada e ao aquecê-la sob agitação, é medida a temperatura mínima
em que a mistura se torna homogênea. Esta temperatura é chamada de ponto de anilina.
Este ensaio indica o poder de solvência do óleo em relação aos materiais com os quais
entrará em contato. Um baixo ponto de anilina indica maior solvência do produto, o que
não é desejável.
1
Bifenilas Policloradas (PCB) são compostos aromáticos clorados. Os produtos comerciais fabricados à
base de PCB, como os líquidos isolantes sintéticos (ascaréis) para equipamentos elétricos, utilizavam
misturas de compostos nas quais predominam desde as tricloro-bifenilas até as heptacloro-bifenilas. Os
ascaréis são líquidos isolantes elétricos constituídos por uma mistura de 60 a 40% de Triclorobenzeno
(TCB) e igual proporção de Bifenilas Policloradas (PCB). Os líquidos isolantes assim formulados, foram
desenvolvidos no final da década de 30 nos EUA, com o objetivo de serem utilizados em transformadores
e capacitores instalados em áreas onde os riscos de incêndio e explosão devem ser minimizados, isto é,
subestações elétricas localizadas no interior de prédios, veículos como trens e navios, ou em locais com
transito frequente de pessoas. Devido à grande estabilidade, e por ser incombustível a temperaturas de até
600º C, apresentou grande eficácia para esta finalidade e foi largamente utilizado até o final da década de
70 quando foi incluído entre as substâncias classificadas como poluentes orgânicos persistentes, e banidos
do mercado de equipamentos elétricos.
43
XVI. Viscosidade
Uma falha incipiente (sobreaquecimento, corona, arco elétrico etc.) pode ser o
prenúncio de uma falha grave, por isso é aplicada a cromatografia em uma amostra de
óleo retirada do transformador para a identificação dos gases dissolvidos e diagnóstico
do estado do equipamento elétrico.
Para períodos maiores que 30 dias, usar a Equação 5.9 para o cálculo [3].
𝑇𝐺0 − 𝑇𝐺𝐴
𝑇𝐺 = 30 × × 100 (5.9)
𝑑 × 𝑇𝐺𝐴
Em que:
2
Moléculas que contêm apenas carbono (C) e hidrogênio (H) em sua composição. Este composto orgânico
possui uma estrutura de carbono na qual os átomos de hidrogênio se ligam.
45
3
Compostos orgânicos com estrutura em anel formados por cinco lados. São derivados da degradação
celulósica e formam-se durante a operação normal do equipamento. Estes compostos são tóxicos e
altamente inflamáveis. Sendo solúveis em óleos isolantes, são detectáveis neste líquido e podem ajudar a
avaliar o nível da degradação da isolação sólida dos equipamentos elétricos.
46
4
Dispositivo de proteção instalado em transformadores de potência e reatores dotados de tanque de
expansão. A função do relé é detectar situações anormais de formação de gases e a presença de fluxo
irregular de óleo isolante no equipamento.
47
Tendo em mente a distinção entre tipos de selagem, para equipamentos nos quais
os gases formados não dissolvem totalmente no óleo é necessário considerar a taxa de
perdas5 ao estimar a taxa de formação de gases para que o diagnóstico do estado do
transformador seja preciso.
a. Método de Rogers
R1 ≤ 0,1 5
0,1 < R1 < 1 0
CH4/H2 = R1
1 ≤ R1 < 3 1
R1 ≥ 3 2
R2 < 1 0
C2H6/CH4 = R2
R2 ≥ 1 1
5
Velocidade em que ocorre a perda dos gases gerados no óleo para o meio externo. Conhecendo o quanto
de gás foi perdido, é possível estimar a taxa de formação dele no líquido isolante.
48
R3 < 1 0
C2H4/C2H6 = R3 1 ≤ R3< 3 1
R3 ≥ 3 2
R4 < 0,5 0
C2H2/C2H4 = R4 0,5 ≤ R4 < 3 1
R4 ≥ 3 2
Fonte: ZIRBES et al (2005) [32].
Combinações
Diagnóstico
R1 R2 R3 R4
0 0 0 0 Deterioração normal.
5 0 0 0 Descargas parciais.
1 ou 2 0 0 0 Sobreaquecimento – abaixo de 150°C
1 ou 2 1 0 0 Sobreaquecimento – entre 150 e 200 °C
o catálogo da ABNT [9] o método é descrito pela norma IEC 60599 e a Tabela 5.14 serve
de referência para a avaliação do equipamento.
Relações
C2H2/C2H4 CH4/H2 C2H4/C2H6 Falha característica
Não
< 0,1 < 0,2 Descarga parcial
significativo
>1 Entre 0,1 e 0,5 >1 Descarga de baixa energia
Entre 0,6 e 2,5 Entre 0,1 e 1 >2 Descargas de alta energia
Não
>1 <1 Sobreaquecimento abaixo de 300°C
significativo
Sobreaquecimento entre 300°C e
< 0,1 >1 Entre 1 e 4
700°C
< 0,2 >1 >4 Sobreaquecimento acima de 700°C
Fonte: ZIRBES et al (2005) [32].
c. Método de Doernenburg
Outros tipos de descarga Entre 1 e 0,1 > 0,75 < 0,4 > 0,4
Fonte: ROBERTO MORAIS (2004) apud AMARAL PINHEIRO (2015) [33].
d. Método de Duval
𝑥
%𝐶2 𝐻2 = × 100 (5.10)
𝑥+𝑦+𝑧
𝑦
%𝐶2 𝐻4 = × 100 (5.11)
𝑥+𝑦+𝑧
𝑧
%𝐶𝐻2 = × 100 (5.12)
𝑥+𝑦+𝑧
Em que:
40% H2
𝑎
%𝐻2 = × 100 (5.13)
𝑎+𝑏+𝑐+𝑑+𝑒
𝑏
%𝐶𝐻4 = × 100 (5.14)
𝑎+𝑏+𝑐+𝑑+𝑒
𝑐
%𝐶2 𝐻6 = × 100 (5.15)
𝑎+𝑏+𝑐+𝑑+𝑒
𝑑
%𝐶2 𝐻4 = × 100 (5.16)
𝑎+𝑏+𝑐+𝑑+𝑒
𝑒
%𝐶2 𝐻2 = × 100 (5.17)
𝑎+𝑏+𝑐+𝑑+𝑒
53
Em que:
e. Método de Pugh
O método de Pugh (também conhecido como método do gás chave) identifica o gás
precursor de cada tipo de falha e diagnostica o equipamento baseado na concentração
percentual deste gás. Por exemplo, corona tem como principal causa a presença do H2,
logo, pelo método de Pugh, uma maior concentração deste gás chave indica a ocorrência
da falha associada a ele. Conforme NETO et al, a Tabela 5.17 dada pela IEEE C57.104,
serve de guia na análise dos gases dissolvidos [30].
Tabela 5.17 - Identificação de falhas pelo método de Pugh dada pela IEEE.
Percentual
Falta Gás chave Critério
de gás
Grande quantidade de H2 e C2H2 e
Acetileno menor quantidade de CH4 e C2H4. H2: 60%
Arco
C2H2 CO e CO2 podem também existir se C2H2: 30%
a celulose estiver envolvida.
Grande quantidade de H2, algum
CH4, com pequena quantidade de
Hidrogênio H2: 85%
Corona C2H6 e C2H4. CO e CO2 podem ser
H2 CH4: 13%
comparados se a celulose estiver
envolvida.
Grande quantidade de C2H4, menor
Sobreaquecimento Etileno quantidade de C2H6, alguma C2H4: 63%
do óleo C2H4 quantidade de C2H4 e H2. Traços de C2H6: 20%
CO e CO2.
54
Percentual
Falta Gás chave Critério
de gás
Monóxido de Grande quantidade de CO e CO2.
Sobreaquecimento
carbono Gases hidrocarbonetos podem CO: 92%
da celulose
CO existir.
Fonte: NETO et al [30].
f. Método de Laborelec
Concentração (ppm)
CH4/H2 C2H2, ppm CO, ppm Degradação Índice
H2 ∑concentração
≤ 0,15 – – 1
201 - 300 ≤ 300 0,16 - 1 ≤ 20 – 2
0,16 - 1 > 20 – 3
≥ 0,61 – ≤ 400 4
≥ 0,61 – > 400 5
≤ 200 301 - 400 B
≤ 0,60 > 20 ≤ 400 6
≤ 0,60 > 20 > 400 7
– > 20 – 3
201-300 301-400
– ≤ 20 – 4
≤ 200 ≤ 300 – – > 400 9
≤ 0,15 – – 1
301-600 ≤ 400 0,16 - 1 ≤ 50 – 2 C
0,16 - 1 > 50 – 3
55
Concentração (ppm)
CH4/H2 C2H2, ppm CO, ppm Degradação Índice
H2 ∑concentração
≥ 0,61 – ≤ 500 4
≥ 0,61 – > 500 5
≤ 300 401-800
≤ 0,60 > 50 ≤ 500 6
≤ 0,60 > 50 > 500 7 C
– > 50 – 8
301-600 401-800 – ≤ 50 ≤ 500 4
– ≤ 50 > 500 5
≤ 0,15 – – 1
≥ 601 ≤ 800 0,16 - 1 ≤ 50 – 2
0,16 - 1 > 50 – 3
≥ 0,61 – ≤ 700 4
≥ 0,61 – > 700 5
≤ 600 ≥ 801 D
≤ 0,60 > 50 ≤ 700 6
≤ 0,60 > 50 > 700 7
– > 100 – 8
≥ 601 ≥ 801 – ≤ 100 ≤ 700 4
– ≤ 100 > 700 5
Fonte: NEMÉSIO SOUSA [3].
Na Tabela 5.18:
Sabe-se que o principal constituinte das fibras de papel isolante elétrico é a celulose,
que é um composto orgânico polimérico formado por uma cadeia de 950 a 1.300 unidades
de glicose. O número médio de unidades glicosídicas presente numa molécula de celulose
é chamado de GP - Grau de Polimerização Médio do papel.
Na degradação térmica as altas temperaturas fazem com que haja o rompimento das
ligações glicosídicas da celulose e a produção de glucose, água, ácidos orgânicos, óxidos
de carbono e outros compostos.
6
Despolimerização é o processo de degradação das cadeias de celulose (polímero), com a consequente
formação de monômero, no caso glicose. Segundo MARTINS (2007), ese processo envolve cisões da
cadeia de polímero (despolimerização) da celulose, com produção de diversas substâncias, das quais
podemos destacar gases (tais como o hidrogénio, o metano, o etileno e principalmente o monóxido e o
dióxido de carbono) e produtos líquidos como a água e os compostos furânicos, dos quais 2-FAL é o
composto mais usado como indicador da degradação do papel. No estádio mais avançado dessa degradação,
há a produção de produtos sólidos, que irão constituir as borras e escória (lama) no óleo isolante [38].
58
Transformadores não-selados
CO2: 7.025 a 18.733 ppm
CO: 733 a 1.953 ppm
Transformadores selados
CO2: 4.250 a 11.333 ppm
CO: 300 a 800 ppm
Colorimetria.
Neste método uma solução colorida tem o seu espectro analisado. Esse é dado
pela reação do 2-FAL com a anilina, acrescentada na amostra, e formado após
a luz refletida do composto passar por uma rede de difração. A determinação
da concentração do 2-furfuraldeído é estimada em função da absorbância,
absorção de luz numa frequência bem definida, no caso a região do UV-VIS.
Cromatografia Líquida de Alta Eficiência - CLAE ou HPLC - High performance
liquid chromatography
Neste ensaio a concentração do 2-FAL e dos demais produtos da degradação
celulósica (5-hidroximetil-2-furfuraldeído, álcool furfurílico, acetil-furano e 5-
metil-2-furfuraldeído) é identificada e quantificada por meio de detectores
associados ao cromatógrafo (Figura 5.7) e apresentada em um computador.
Uma vez conhecida a concentração de 2-FAL é possível determinar o GP.
log(2𝐹𝐴𝐿) = 𝑎 + 𝑏 × 𝐺𝑃 (5.18)
mg/l. Os modelos principais são: Burton (Equação 5.19), Vuarchex (Equação 5.20),
Chendong (Equação 5.21) e De Pablo (Equação 5.22) [38].
A partir destes modelos é possível criar gráficos (Figura 5.8 e Figura 5.9) do 2-FAL
em função do GP e do tempo de operação do transformador, utilizados no
acompanhamento da concentração do composto no equipamento.
log[2𝐹𝐴𝐿] + 1,3
𝑡𝑜𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 = (5.23)
0,06
7
Resistência que o isolante oferece ao surgimento de corrente elétrica, chamada também de ‘corrente de
fuga’, quando aplicada uma tensão no meio dielétrico.
66
Um dielétrico é tão melhor quanto maior for a resistência que ele oferecer para a
passagem da corrente de fuga, contudo, os contaminantes, com destaque para a umidade,
podem reduzir consideravelmente a capacidade dielétrica do isolante. Um indicador
simples e eficiente para o acompanhamento da qualidade da isolação é o Índice de
Absorção Dielétrica – Iad, cuja descrição matemática é apresentada na Equação 5.24 [3].
𝑅60𝑠𝑒𝑔
𝐼𝑎𝑑 = (5.24)
𝑅30𝑠𝑒𝑔
Em que:
Em que:
𝑅𝜃
𝑅75°𝐶 = 75−𝜃
(5.26)
2 10
Em que:
Conforme SAHA (2008) [43], tendo em mente que um dielétrico pode ser
modelado como um circuito RC paralelo, pode-se definir o fator de perdas dielétricas
como a tangente do ângulo entre a corrente capacitiva (Ic) e a corrente total através do
isolante (It) também chamada de tangente de perdas - Figura 5.13. Neste caso, quanto
maior for Ir maiores serão as perdas dielétricas no isolante.
𝑅𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑚𝑒𝑛𝑜𝑟
< 1,25 (5.27)
𝑅𝑡𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑚𝑎𝑖𝑜𝑟
Em que:
I. Ultrassom
Este ensaio é capaz de identificar uma falha insipiente muito antes de ocorrer
qualquer problema mais grave no equipamento além de não exigir o seu desligamento,
pelo contrário, deve-se inspecioná-lo energizado. O procedimento é similar ao utilizado
na inspeção termográfica e serve de complemento ao ensaio.
8
Materiais capazes de gerar um sinal elétrico quando sofrem deformação ou vice-versa.
73
9
Forças de atração e repulsão. Consequência das interações dos campos magnéticos no núcleo do
transformador. São dependentes da corrente de carga.
74
Tradicionalmente, descargas parciais têm sido avaliadas pela medição dos pulsos
elétricos de alta frequência conduzidos em um circuito de medição específico, conforme
norma internacional IEC 60270 [4].
6.1 INTRODUÇÃO
O plano mínimo de manutenção de instalação de transmissão elétrica da ANEEL,
recomenda, como ensaios na inspeção preditiva de transformadores de potência, a
termografia e a análise do óleo isolante [46]. Todavia, para se aplicar as técnicas de
predição de forma mais completa, neste Capítulo serão apresentados, além dos
recomendados pela ANEEL, os END de emissão acústica, medição de descargas parciais
e boroscopia, no ambiente de uma subestação.
10
Instrumento portátil digital que, por meio de sensores dedicados, determina a temperatura, a umidade
relativa do ar e a velocidade do vento no ambiente de ensaio.
11
Mudança em função da época do ano, por exemplo, com a variação da estação.
77
Uma vez que tenha sido encontrado um ponto quente, com suspeita de falha
incipiente por origem térmica, a NBR 15572, recomenda [48]:
12
Razão entre a demanda média e a demanda total, dentro de um intervalo de tempo. Pode assumir valores
de 0 a 1 e serve como indicador de qualidade do serviço da instalação elétrica.
78
dióxido de carbono, hidrocarbonetos, rigidez dielétrica etc. Segundo a ABNT [9], a norma
que orienta sobre a supervisão e manutenção da qualidade do óleo isolante em
equipamentos é a NBR 10576. Ensaios relacionados ao óleo não são executados em
transformadores a seco pois estes utilizam ar como isolante.
Uma amostra de óleo, para se efetuar o ensaio, deve ser preparada com cuidado,
pois durante o processo é possível ocorrer contaminação originária da má manipulação
do kit de coleta, o que acarretaria em um falso diagnóstico. Segundo a ABNT [9], como
guia para amostragem de líquidos isolante utiliza-se a NBR 8840. Nela, destacam-se os
seguintes pontos, referente ao procedimento de retirada de óleo, conforme o guia para
coleta de amostras de óleo isolante da INFRARED SERVICE [51].
13
Instrumento de proteção contra variações bruscas de pressão interna no transformador de potência.
80
Limpar a válvula ou dreno com pano limpo antes da instalação do kit de coleta.
Fazer a retirada de 1 a 2 litros de óleo para limpeza interna da válvula. No caso de
transformadores de pequeno porte, drenar somente o mínimo necessário.
Após a limpeza, encher cerca de metade do frasco de vidro, fazer o enxágue e
esvaziá-lo. Em seguida, fazer a coleta enchendo o frasco até o máximo possível,
cuidando para que não haja a formação de bolhas, e tampá-lo.
No caso da seringa, após a limpeza enchê-la por completo lentamente e desprezar
o óleo. Enchê-la novamente, fechar a válvula da seringa e o registro de saída de
óleo do transformador.
Por fim, deixar a seringa em repouso até que qualquer bolha de ar se concentre na
sua parte superior, abrir a válvula e deixar sair o ar. Importante que tenha, no
mínimo, 20 ml de óleo na seringa.
4 meses, enquanto a AGD deve ser executada a cada 6 meses com uma tolerância de 1
mês.
Kelman DGA 900 (Figura 6.4) e Hydran M2 (Figura 6.5) da GE: instrumentos
capazes de determinar as concentrações de Hidrogênio (H2), Oxigênio (O2),
Nitrogênio (N2), Óxidos de Carbono (CO e CO2) e Hidrocarbonetos (Metano -
CH4; Acetileno - C2H2; Etileno - C2H4 e Etano - C2H6), que são os principais gases
gerados das falhas no óleo ou no papel isolante. Podem também verificar a
concentração de H2O, produto da degradação celulósica. Possuem alarme de
níveis de gás, mudança na taxa de gás e nível de umidade relativa. É possível
acrescentar sensores de medição de carga e temperatura do óleo.
“As inspeções visuais devem ser realizadas regularmente visando verificar o estado geral
de conservação da subestação, incluindo a limpeza dos equipamentos, a qualidade da
iluminação do pátio e a adequação dos itens de segurança (por exemplo, extintores e
sinalização). Durante as inspeções visuais devem ser verificados, entre outras coisas, a
existência de vazamentos de óleo nos equipamentos e de ferrugem e corrosão em equipamentos
e estruturas metálicas, a existência de vibração e ruídos anormais, o nível de óleo dos principais
equipamentos e o estado de conservação dos armários e canaletas e as condições dos
aterramentos”.
Apesar da inspeção visual recomendada pela ANEEL ser externa ao transformador
de potência, é possível a utilização de instrumentos capazes de fazer também a inspeção
internamente ao equipamento. Esta inspeção, também conhecida como boroscopia, é
executada por meio dos videoscópios (Figura 6.11), instrumentos adaptados com câmeras
e visores capazes de serem inseridos no transformador de potência desenergizado. Eles
podem inspecionar regiões de difícil acesso com sua câmera flexível e fazer gravações de
vídeo para posterior análise da região interna do transformador.
86
7 CONCLUSÕES
As técnicas preditivas na manutenção de transformadores de potência são
ferramentas poderosas no acompanhamento e no diagnóstico destes equipamentos.
Nesse TCC foi visto que, com o monitoramento periódico do estado do isolamento
elétrico do equipamento, por meios dos ensaios dielétricos, é possível se antecipar às
ocorrências de defeitos ou falhas nos transformadores a óleo e a seco, e tomar as ações
cabíveis para mantê-lo em conformidade.
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