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Rio de Janeiro
DEZEMBRO/ 2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
Rio de Janeiro
DEZEMBRO/ 2022
CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO
BANCA EXAMINADORA:
_______________________________________
Claudio Marcio do Nascimento Abreu Pereira - Orientador
_______________________________________
_______________________________________
Rio de Janeiro
DEZEMBRO/ 2022
DEDICATÓRIA
Agradeço em primeiro lugar a Deus, por me capacitar me permitindo chegar até aqui,
apesar das dificuldades e me proporcionar os meios de concluir mais esta etapa.
Aos amigos que me auxiliaram nesta trajetória e que somam continuamente para o
meu desenvolvimento.
A todo o corpo docente da UNISUAM que sempre transmitiram seu saber com muito
profissionalismo.
À Firjan SENAI, instituição que proporcionou meu primeiro contato com os
conhecimentos técnicos de eletricidade, investiu em minha carreira me permitindo consolidá-
la. Sou grato pela oportunidade que me foi dada e pelo apoio da instituição para a construção
deste projeto.
À minha esposa Bruna pela compreensão e paciência demonstrada durante o período
de elaboração deste projeto.
6
EPÍGRAFE
RESUMO
Este trabalho apresenta o desenvolvimento teórico e prático de um equipamento para ensaios
de sobrecorrente para uso didático, cuja construção proporcionou o reaproveitamento de
materiais elétricos que seriam descartados. Além de contribuir na conscientização da
importância do dimensionamento adequado de condutores elétricos e dispositivos de proteção,
este equipamento permitirá mostrar de forma prática as consequências da negligência às
normas quando se trata de instalações elétricas. O desenvolvimento do protótipo foi realizado
de forma colaborativa com a Firjan SENAI Caxias e busca contribuir com o processo de
formação profissional. O funcionamento deste equipamento se dá pela utilização de um
transformador de micro-ondas modificado para ser capaz de fornecer correntes de até 300
ampères a níveis de extrabaixa tensão. Este trabalho apresenta as etapas de modificação e
ensaios do transformador, além da definição dos requisitos do projeto, dimensionamento dos
materiais, construção do protótipo e os testes onde foi constatado o pleno funcionamento do
equipamento e as condições para o uso em ambiente educacional.
ABSTRACT
This project presents the theoretical and practical development of an equipment for
overcurrent tests for educational use, whose construction provided the reuse of electrical
materials that would otherwise be discarded. Besides contributing to the awareness of the
importance of the proper sizing of electrical conductors and protection devices, this
equipment will show in a practical way the consequences of neglecting the norms when it
comes to electrical installations. The development of the prototype was carried out in
collaboration with Firjan SENAI Caxias and seeks to contribute to the process of professional
education. The operation of this equipment is through the use of a microwave transformer
modified to be able to supply currents of up to 300 amperes at extra-low voltage levels. This
work presents the stages of modification and testing of the transformer, besides the definition
of the project requirements, material dimensioning, prototype construction and the tests where
the full operation of the equipment and the conditions for use in an educational environment
were verified.
LISTA DE TABELAS
°C grau Celsius
A ampère
A.T. alta tensão
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas
ABRACOPEL Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da
Eletricidade
AC corrente alternada
B.T. baixa tensão
cm centímetro
DC corrente contínua
DIN Instituto Alemão para Normatização
DR dispositivo diferencial residual
EPR borracha etileno propileno
Firjan Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro
Hz hertz
IEC Comissão internacional de Eletrotécnica
mA miliampere
MDF Placa de fibras de média densidade
mm milímetro
mm² milímetro quadrado
MSEP Metodologia SENAI de educação Profissional
NBR Norma Brasileira
NR Norma Regulamentadora
PVC cloreto de polivinila
RMS valor médio quadrático
s segundo
SCR retificador controlado de silício
TC transformador de corrente
TRIAC triodo de corrente alternada
V volt
XLPE polietileno reticulado
13
Ω ohm
LISTA DE SÍMBOLOS
α relação de transformação
θ0 temperatura inicial do enrolamento
θ1 temperatura final do enrolamento
15
SUMARIO
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................................................16
1.1 Apresentação do Tema....................................................................................................16
1.2 Definição do Problema....................................................................................................16
1.3 Objetivos.........................................................................................................................17
1.4 Motivação........................................................................................................................17
1.5 Justificativa e Relevância................................................................................................17
1.6 Trabalhos Relacionados e Contextualização...................................................................18
1.7 Metodologia....................................................................................................................19
1.8 Organização do Texto.....................................................................................................19
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.........................................................................................21
2.1 Ensaio tecnológico como estratégia de ensino na educação profissional.......................21
2.2 Transformador de Potência.............................................................................................22
2.3 Ensaios em transformadores............................................................................................23
2.3.1 Ensaio de curto-circuito............................................................................................23
2.3.2 Ensaio de circuito aberto..........................................................................................24
2.3.3 Demonstração da capacidade térmica de resistir a curto-circuito............................24
2.4 Questões relacionadas à segurança.................................................................................25
2.4.1 Segurança em máquinas e equipamentos.................................................................25
2.4.2 Gases emitidos pela queima de cabos halogenados..................................................25
2.4.3 Perigos na desmontagem de fornos de micro-ondas................................................26
2.5 Condutores elétricos........................................................................................................28
2.6 Proteção contra choques elétricos e efeitos térmicos......................................................29
2.6.1 Dispositivo Diferencial Residual..............................................................................29
2.6.2 Disjuntor termo magnético.......................................................................................30
2.7 Dispositivos de comando, manobra e sinalização...........................................................32
2.7.1 Contator....................................................................................................................32
2.7.2 Relé temporizador.....................................................................................................34
2.7.3 Botoeiras e chaves seletoras.....................................................................................35
2.7.4 Indicadores luminosos..............................................................................................36
2.8 Controle de corrente eficaz no transformador.................................................................36
2.9 Medição da corrente de ensaio........................................................................................38
2.9.1 Medição True-RMS..................................................................................................38
2.9.2 Transformadores de corrente....................................................................................39
3 SELEÇÃO E MODIFICAÇÃO DO TRANSFORMADOR.................................................40
4 PROJETO E CONSTRUÇÃO DO PROTÓTIPO.................................................................46
16
1 INTRODUÇÃO
1.3 Objetivos
1.4 Motivação
A motivação para o desenvolvimento deste trabalho está no fato de não existir nenhum
equipamento que dê suporte a este tipo de experimento nos laboratórios da Firjan SENAI
Caxias e nem mesmo na UNISUAM.
Uma versão preliminar deste projeto despertou na equipe técnico-pedagógica e no
corpo docente um grande interesse na construção de um protótipo apto a ser utilizado pelos
instrutores que atuam no Curso Técnico em Eletrotécnica e demais cursos do setor elétrico da
Firjan SENAI Caxias.
1.7 Metodologia
Este estudo é uma pesquisa de natureza aplicada e busca contribuir com o processo de
formação profissional por uma abordagem qualitativa. O procedimento empregado pode ser
classificado como uma pesquisa-ação, já que além de ser realizado em estreita associação com
uma ação para a resolução de um problema, o autor e a participante representativa da situação
problema, a Firjan SENAI Caxias, estão envolvidos de modo cooperativo conforme preconiza
Thiollent
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
v1 N 1
= (2.1)
v2 N 2
i1 N 2
= (2.2)
i2 N 1
v1 i 1=v 2 i 2 (2.3)
V
|Z eq|=|Z cc|= I cc (2.4)
cc
Pcc
Rcc = 2 (2.5)
I cc
Após a realização do ensaio os parâmetros podem ser obtidos por meio das equações
abaixo:
V 2ca
Rc = (2.8)
P ca
V
|Z φ|= I ca (2.9)
ca
26
1
X m=
√( ) ( )
1 2 2
1 (2.10)
−
|Z φ| Rc
2 × ( θ0 +235 )
θ1=θ 0 +
106000 (2.11)
−1
J 2 ×t
onde
θ0 é a temperatura inicial do enrolamento, em graus Celsius;
A revista O Setor Elétrico (2014) alerta que os cabos halogenados são grandes
emissores de gases tóxicos como cloro, iodo, bromo, flúor etc. Com exceção do iodo, esses
elementos químicos halogênios presentes na composição desses tipos de cabos são sais
tóxicos, voláteis, que podem causar queimaduras na pele e nas vias respiratórias. Se
submetido à altas temperaturas, o PVC (cloreto de polivinila), utilizado no revestimento de
diversos tipos de cabos elétricos, libera o ácido clorídrico, composto tóxico e nocivo à saúde.
Marconato e Franchetti (2001) ressaltam que o PVC é um material instável e a sua
degradação ocorre a temperaturas relativamente baixas liberando o cloreto de hidrogênio. A
incineração do PVC pode ser representada de forma simplificada pela reação abaixo:
[C H 2 CHCl ]n calor [ CH =CH ] n(s)+ HCl(g)
→
Magnetron
Ventilador
Transformador Capacitor
Policloreto de vinila
70 100 160
(PVC) até 300 mm²
Policloreto de vinila
(PVC) maior que 300 70 100 140
mm²
Borracha etileno-
90 130 250
propileno (EPR)
Polietileno reticulado
90 130 250
(XLPE)
Fonte:(ABNT, 2004)
Este dispositivo pode ser encontrado nas versões bipolar e tetrapolar, com faixa de
corrente nominal de 25 a 100 ampères. A WEG (2022) recomenda DRs com corrente residual
nominal de 30 miliamperes para proteção de pessoas e 300 miliamperes para proteção de
patrimônio. A Tabela 2 apresenta os valores de corrente nominal disponíveis para os DRs
bipolares de corrente residual nominal de 30 miliamperes.
25 2
40 2
63 2
80 2
100 2
pico de corrente que ultrapasse o valor considerado adequado. Assim, o disjuntor protege o
circuito elétrico de curtos-circuitos e outros problemas relacionados à sobrecarga.
Para atender de forma adequada a necessidade de proteção para cada tipo de carga, os
disjuntores são projetados para atuar dentro de um determinado tempo para cada valor de
corrente acima da nominal. Essa relação entre os valores de corrente e o tempo de atuação
descreve uma curva de disparo que permite classificar os disjuntores como curva B ou curva
C. (MATTEDE, 2022)
Segundo a WEG (2022) os disjuntores de curva B têm como principal característica o
disparo instantâneo para correntes entre 3 e 5 vezes a corrente nominal. Sendo assim, são
utilizados na proteção de circuitos com cargas resistivas ou cagas instaladas a longas
distâncias. Já os disjuntores de curva C efetuam o disparo instantâneo para correntes entre 5 e
10 vezes a corrente nominal. Por isso, são utilizados principalmente na proteção de circuitos
com cargas indutivas. Pode se observar pela Figura 7 que o disparo do disjuntor pode não ser
instantâneo dependendo do valor de corrente excedente.
3) I 2 ≤ 1,45 I Z
4) I ∫ ¿≥ I cc ¿
5) I 2 ×t < K 2 S 2
onde
I B é a corrente de projeto do circuito;
I N é a corrente nominal do dispositivo de proteção;
I Z é a capacidade de condução de corrente de condutores vivos, de acordo com o tipo de
instalação;
I 2 é a corrente convencional de atuação dos dispositivos de proteção em função de I N ;
I ∫ ¿¿ é a capacidade de interrupção do dispositivo de proteção;
“É admitido um dispositivo com capacidade [de interrupção] inferior desde que seja
instalado a montante outro dispositivo com a capacidade de interrupção necessária.”
(CREDER, 2016)
2.7.1 Contator
auxiliar normalmente aberto 23-24 se fecha, podendo ser utilizado para acender um indicador
luminoso. A Figura 8 apresenta a bobina e os contatos com suas respectivas identificações.
Fonte: (https://stringfixer.com/pt/Relay)
As cores botões e suas respectivas funções conforme a ABNT (2020) são as seguintes:
São dispositivos que compõem um circuito elétrico e são usados para indicar ao
operador as condições atuais de uma máquina ou processo, como máquina ligada, desligada,
com defeito, entre várias outras funções que podem ser aplicadas em sistemas de acionamento
elétrico.
Abaixo são listadas as cores e funções específicas propostas pela norma IEC
60073:2002 (APRENDENDO ELÉTRICA, 2020):
quantidade de calor em uma carga resistiva. Ou seja, o valor RMS de um sinal AC expressa a
capacidade de trabalho eficaz desse sinal.
A Fluke Academy (2021) informa que um medidor de resposta média utiliza fórmulas
matemáticas para medir com precisão as ondas senoidais puras. Contudo, ao medir um sinal
distorcido, surge uma incerteza maior no valor apresentado.
Para garantir a exatidão da medição em sistemas com formas de onda distorcida, é
necessária a aplicação de equipamentos ditos TRUE RMS que são capazes de fornecer o valor
RMS verdadeiro, não importando o tipo de carga e o tipo de distorção do sinal. (NOVUS,
2015)
A corrente nominal primária deve ser compatível com a corrente de carga do circuito
primário. A corrente nominal secundária é geralmente igual a 5 ampères. A Tabela 4
apresenta apenas as correntes nominais primárias e as relações de transformação nominais até
300 ampères.
5A 1:1 60 A 12:1
10 A 2:1 75 A 15:1
15 A 3:1 100 A 20:1
20 A 4:1 125 A 25:1
25 A 5:1 150 A 30:1
30 A 6:1 200 A 40:1
40 A 8:1 250 A 50:1
50 A 10:1 300 A 60:1
permitir uma capacidade maior de corrente. O novo enrolamento secundário será composto
por condutores de diâmetros maiores, dando menos voltas entorno do núcleo.
Para que fosse selecionado o transformador mais adequado, a instituição concedeu
acesso a alguns aparelhos de micro-ondas defeituosos, dos quais foram removidos os
transformadores. Como nos transformadores não constam muitas informações, serão adotadas
as características nominais dos aparelhos. A Tabela 5 apresenta essas características.
A 127 V 1200 VA 60 Hz
B 220 V 1400 VA 60 Hz
C 220 V 1000 VA 60 Hz
Condutores
10 mm² 5,9 mm
16 mm² 7,0 mm
25 mm² 8,8 mm
Transformador
16 mm 26mm
(a) (c)
(b)
Fonte: De autoria própria
maior a seção o condutor, mais difícil é o seu manuseio tornando a aplicação dos arranjos (b)
e (c) praticamente impossível. Por esse motivo, optou-se pela construção de 3 espiras
utilizando dois condutores de 10 mm² com a intenção de aumentar a capacidade de corrente,
resultando em dois enrolamentos conectados em paralelo.
É importante observar que a utilização de um condutor com isolação de PVC limita a
temperatura máxima de operação do transformador a 70 °C, já um condutor revestido de EPR
ou XLPE proporciona um limite de 90 °C. Vale ressaltar também que para o
dimensionamento deste condutor não serão aplicados os critérios da NBR 5410, já que é
difícil equiparar o método de instalação para esta aplicação com qualquer um dos métodos
descritos na norma.
Por meio da Equação (2.11), fornecida pela NBR5356-5:2005 calcula-se que, em
condições adiabáticas, com temperatura inicial de 30°C, este enrolamento é capaz de suportar
uma corrente de 300 ampères por 30 segundos antes de alcançar a temperatura máxima para
serviço contínuo do condutor com isolação de PVC (70°C). Nas mesmas condições, o
enrolamento levaria o dobro do tempo para alcançar a temperatura limite de sobrecarga
(100°C).
Para se obter alguns parâmetros importantes deste novo transformador e disponibilizá-
los aos futuros usuários o transformador será submetido a ensaios de circuito aberto e de
curto-circuito. Estes parâmetros poderão contribuir na execução de possíveis experimentos.
A Tabela 7 apresenta algumas grandezas importantes obtidas por meio do ensaio de
circuito aberto.
|Z eq| Rcc X cc
Temperatura [°C]
800
Corrente [A]
70
600 60
400 50
40
200 30
0 20
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
tempo [s]
Corrente Temperatura
A partir dos parâmetros calculados foi possível reproduzir o circuito equivalente utilizando o
software de simulação de circuitos elétricos TINA. Nesse circuito foi adicionada uma carga
ajustada para consumir uma corrente de 300 ampères no enrolamento B.T., que reflete 7
ampères referenciado pelo lado A.T. A Figura 19 apresenta o circuito simulado.
49
A lâmpada branca deve acender sempre que o equipamento estiver conectado à rede
elétrica.
A chave seletora do modo de funcionamento possui 3 posições: na posição 0 não
permite o funcionamento de nenhum botão e a lâmpada verde permanece apagada. Na posição
1 a lâmpada verde acende e o teste funciona de modo temporizado. Na posição 2 a lâmpada
verde acende e o teste funciona por tempo indeterminado.
O botão verde funciona apenas se o teste estiver habilitado (lâmpada verde acesa).
Quando pressionado, acende a lâmpada vermelha e energiza o contator de potência, dando
início ao teste. Aciona também o temporizador.
Se a chave seletora estiver na posição 1 o teste deve ser finalizado ao final da
contagem de tempo determinado pelo ajuste do potenciômetro. Nesse caso a lâmpada verde
também apaga impedindo um segundo acionamento antes do tempo necessário para o
resfriamento do transformador.
Mover a chave seletora para a posição 0, pressionar o botão vermelho ou o botão de
emergência deve encerrar o teste imediatamente, apagando a lâmpada vermelha e
desenergizando o contator de potência em qualquer condição.
Com base nessa descrição foi desenvolvido o esquema elétrico disponível no Anexo
A.
1 Potenciômetro linear 47 kΩ
1 Transformador de corrente
1 Amperímetro analógico
1 Dimmer 25 A, 127 V
4.3.1 Condutores
4.3.3 Contator
15,2=0,45 × I e( AC−3)
15,2
I e ( AC−3 )= =33,78 A ( AC −3 )
0,45
Para reduzir ao máximo o custo e o volume necessário para a acomodação do contator,
os três contatos de potência serão conectados em paralelo, dividindo a corrente da carga
monofásica entre si. Segundo o catálogo da WEG (2021) para calcular a capacidade de
corrente de 3 contatos em paralelo a corrente total deve ser dividida por 2,4.
33,78
I por contato= =14,08 A
2,4
Para atender essa solicitação de corrente será utilizado um contator de 16 A como, por
exemplo, o modelo CWC016-10-30D13.
A chave rotativa foi instalada na lateral direita e, conforme mostra a Figura 23, os
botões e potenciômetros na face superior da caixa, com a intenção de estar fora da zona de
maior perigo durante a utilização do equipamento.
55
5 TESTES DE FUNCIONAMENTO
Uma vez concluída a montagem do equipamento, foram realizados testes para garantir
que os requisitos descritos no item 4.1 foram alcançados e que o equipamento funciona em
conformidade com a descrição do item 4.2. Para evitar qualquer situação de perigo, os testes
foram realizados de forma gradativa, primeiro somente o circuito de comando; depois com o
circuito de potência, mas com o transformador em vazio; por último foi realizado o teste com
o transformador em curto.
Esse último teste foi realizado diretamente inserido em uma situação de aprendizagem,
cuja contextualização propôs duas situações hipotéticas que deveriam ser analisadas pelos
alunos:
Todo o aparato foi montado dentro de uma máquina de corte a laser que possui um
sistema de exaustão integrado (substituindo a capela). Para evitar um curto-circuito na grelha
da cortadora a laser foi utilizado um pedaço de MDF.
Para concluir os preparativos o ajuste de corrente foi movido para a posição máxima, o
tempo foi ajustado para 10 segundos o disjuntor foi colocado na posição ligado e um alicate
amperímetro foi posicionado na saída do transformador. Em seguida foi dado início ao teste
acionando o equipamento.
Quase imediatamente após o início do teste, o disjuntor atuou protegendo o primeiro
condutor. Logo após a atuação do disjuntor, o amperímetro marcava um valor de 150
ampères. A leitura do amperímetro é mostrada pela Figura 29.
59
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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Demanda por cabos com baixa emissão de fumaça ainda é modesta. O Setor Elétrico, São
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65
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WEG. Você sabe o que é um Dispositivo Diferencial Residual?. In: WEG. Blog tomadas e
interruptores. Jaraguá do Sul, SC: WEG, 25 jun. 2018. Disponível em:
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diferencial-residual/. Acesso em: 20 jun. 2022.
67
ANEXOS
RE7MA11BU
Borne de Aterramento
conexão
Fonte: De autoria própria