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CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA

CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA


TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

MODELO DE UM DISPOSITIVO DE SEGURANÇA PARA DETECÇÃO DE


VAZAMENTO DO GÁS DE COZINHA COM BLOQUEIO DO CIRCUITO ELÉTRICO

Fabio Guimarães Lourenço

Rio de Janeiro
DEZEMBRO/2018
CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

MODELO DE UM DISPOSITIVO DE SEGURANÇA PARA DETECÇÃO DE


VAZAMENTO DO GÁS DE COZINHA COM BLOQUEIO DO CIRCUITO ELÉTRICO

Fabio Guimarães Lourenço

Trabalho acadêmico apresentado ao Curso de


Engenharia Elétrica do Centro Universitário
Augusto Motta (UNISUAM), como requisito
parcial à obtenção do título de Bacharel em
Engenharia Elétrica.

Orientador: André Luís da Silva Pinheiro

Rio de Janeiro
DEZEMBRO/2018
CENTRO UNIVERSITÁRIO AUGUSTO MOTTA
CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

MODELO DE UM DISPOSITIVO DE SEGURANÇA PARA DETECÇÃO DE


VAZAMENTO DO GÁS DE COZINHA COM BLOQUEIO DO CIRCUITO ELÉTRICO

Fabio Guimarães Lourenço

APROVADO EM: _________________________

BANCA EXAMINADORA:

_______________________________________
André Luís da Silva Pinheiro, D.Sc- Orientador

_______________________________________
Cláudio Marcio do Nascimento Abreu Pereira, D.Sc.

_______________________________________
Antônio José Dias da Silva, M.Sc

Rio de Janeiro
DEZEMBRO/2018
DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus familiares e amigos que sempre me apoiaram para o
alcance dos meus objetivos.
AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, autor e consumador da nossa fé, sem Ele nada
podemos fazer.
Aos verdadeiros amigos que fiz nessa trajetória.
Aos meus pais Alcides e Luzia, por todos os ensinamentos, na formação de meu
caráter e por sempre me apoiarem.
EPÍGRAFE

“Procure ser um homem de valor, em vez de ser um homem de sucesso”.

Albert Einstein
LOURENÇO, Fabio Guimarães. Modelo de um dispositivo de segurança para detecção do
vazamento do gás de cozinha com bloqueio do circuito elétrico. 2018. 54p. Trabalho de
conclusão de curso (Graduação em Engenharia Elétrica) – Centro Universitário Augusto
Motta, Rio de Janeiro, 2018.

RESUMO
Este trabalho tem como objetivo realizar um estudo a respeito dos perigos oferecidos
pelo gás de cozinha e as vantagens de se monitorar o ambiente, com exemplos reais de
acidentes ocorridos por acionamento do circuito elétrico após vazamentos no ambiente
domiciliar, comercial e o que poderia ter sido feito para evitar tal acidente. Mediante a tantos
fatos de tragédias, é proposto um dispositivo de detecção do gás LP, que em caso de
vazamentos, seja capaz de informar ao morador mesmo que este não esteja no domicilio. O
dispositivo possui um sensor que é o responsável pela detecção do gás no ambiente, um
microcontrolador Arduino onde está armazenada toda a lógica de controle e envia uma
mensagem de texto para um número de telefone cadastrado no programa, caso detecte gás no
ambiente. Está contemplado no sistema um relé com a importante função de cortar a energia
elétrica do local sob o risco de explosão. Baseado no levantamento do custo para este projeto,
uma análise de seu funcionamento e um detalhamento do sistema, são realizadas sugestões
afim de auxiliar em futuros trabalhos.

Palavras-chave: Circuito, Segurança e Bloqueio


LOURENÇO, Fabio Guimarães. Model of a safety device to detect the leakage of cooking
gas with electric circuit lock. 2018. 54p completion of course work (Graduation in
ElectricalEngineering) – Centro Universitário Augusto Motta, Rio de Janeiro, 2018.

ABSTRACT
The objective of this work is to study the hazards of cooking gas and the advantages of
monitoring the environment, with real examples of accidents caused by electric circuit
activation after leaks in the home, commercial environment and what could have been made
to avoid such an accident. Through so many real events of tragedies, an LP gas detection
device is proposed, which in case of leaks, is able to inform the resident even if the resident is
not in the house. The device has a sensor that is responsible for detecting the gas in the
environment, an Arduino microcontroller where all control logic is stored and sends a text
message to a phone number registered in the program if it detects gas in the environment. A
relay with the important function of cutting the electrical energy of the place under the risk of
explosion is contemplated in the system. Based on the cost survey for this project, an analysis
of its operation and a detail of the system, suggestions are made to assist in futures works.

Keywords: Circuit, Security and Blocking.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Explosão por vazamento do gás após acionamento da iluminação em


Joinville ................................................................................................................................. 2
Figura 2 – Explosão ocorrida no restaurante Filé Carioca ocasionada pelo vazamento
do gás após acionamento da iluminação. ................................................................................ 3
Figura 3 – Contribuição do GLP na matriz energética brasileira ................................ 12
Figura 4 – Residência em Cabo Frio – RJ que explodiu devido ao vazamento do gás
LP após acionamento da iluminação..................................................................................... 15
Figura 5 – Especificações na mangueira e regulador de pressão ................................ 17
Figura 6 – Arduino Uno ............................................................................................ 21
Figura 7 – Pinagem do Arduino UNO ....................................................................... 23
Figura 8 – Sensor de gás LP MQ-6 ........................................................................... 24
Figura 9 – Circuito do sensor de gás MQ-6 ............................................................... 25
Figura 10 – Display LCD 4x20 ................................................................................. 27
Figura 11 – Módulo serial I2C para display .............................................................. 28
Figura 12 – Módulo relé para Arduino ...................................................................... 30
Figura 13 – Relé de estado sólido ............................................................................. 31
Figura 14 – Módulo GSM/GPRS SIM 900................................................................ 32
Figura 15 – Diagrama funcional................................................................................ 34
Figura 16 – Detalhamento dos pinos do módulo GSM .............................................. 35
Figura 17 – Fluxograma de funcionamento do sistema .............................................. 41
Figura 18 – Montagem em Protoboard ...................................................................... 42
Figura 19 – Esquemático do sistema ......................................................................... 43
Figura 20 – Inclusão das bibliotecas ......................................................................... 44
Figura 21 – Definições de entrada, saídas, inicialização do GSM e display ............... 44
Figura 22 – Lógica para equalização do sensor sempre que for energizado ............... 45
Figura 23 – Lógica para envio do SMS ..................................................................... 46
Figura 24 – Condição de acionamento do led vermelho, corte da energia e mensagem
de alerta no display .............................................................................................................. 47
Figura 25 – Lógica se não for detectado vazamento de gás ....................................... 48
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Normas técnicas para botijões de gás ....................................................... 18


Tabela 2 – Especificações técnicas do Arduino UNO................................................ 22
Tabela 3 – Partes do sensor MQ-6 ............................................................................ 26
Tabela 4 – Descrição dos pinos do Display LCD ...................................................... 29
Tabela 5 – Descrição dos pinos do módulo ............................................................... 36
Tabela 6 – Descrição dos pinos do módulo SIM800L ............................................... 37
Tabela 7 – Descrição dos pinos do módulo SIM800L ............................................... 37
Tabela 8 – Descrição dos pinos SIM800L ................................................................. 38
Tabela 9 – Descrição dos pinos SIM800L ................................................................. 39
Tabela 10 – Descrição dos pinos SIM800L ............................................................... 39
Tabela 11 – Custo do sistema.................................................................................... 50
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas


A.O – Analogic Output
GLP – Gás Liquefeito de Petróleo
I2C – Inter-Integrated Circuit
ICSP – In Circuit Serial Programming
INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia
dBi – Decibel
D.O – Digital Output
LCD – Display de Cristal Líquido
LED – Diodo Emissor de Luz
LP – Liquefeito de Petróleo
MQ-6 – Sensor para detecção de gás LP
NBR – Norma Brasileira Regulamentadora
NBR8613 – Mangueira de PVC plastificado para instalações domésticas de gás liquefeito de
petróleo
NBR13932 – Instalações Internas de gás liquefeito de petróleo
PPM – Parte por milhão
PWM – Pulse WidthModulation
SCL – Serial Clock
SDA – Serial Data
SINDIGAS – Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo
SMS – Short Message Service – Serviço de Mensagens Curtas
USB – Universal Serial Bus
USP – Universidade de São Paulo
UART – Universal Asynchronous Receiver / Transmitter
LISTA DE SÍMBOLOS

Al2O3 – Óxido de Alumínio


Au – Ouro
C4H8 – Propano
C4H10 – Butano
Pt – Platina
SnO2 – Óxido de Estanho
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 1
1.1. APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA .............................................................. 1
1.2. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA........................................................................ 2
1.3. HIPÓTESE ...................................................................................................... 4
1.4. OBJETIVOS .................................................................................................... 4
1.5. MOTIVAÇÃO ................................................................................................. 5
1.6. TRABALHOS RELACIONADOS E CONTEXTUALIZAÇÃO ...................... 6
1.7. JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA ................................................................ 6
1.8. METODOLOGIA ............................................................................................ 7
1.9. ORGANIZAÇÃO DO TEXTO ........................................................................ 8
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................... 9
2.1. HISTÓRIA DO GLP ........................................................................................ 9
3. DESCRIÇÃO DO HARDWARE UTILIZADO .................................................... 20
3.1. PLATAFORMA ARDUINO .......................................................................... 20
3.2. SENSOR DE GÁS MQ-6 ............................................................................... 23
3.3. DISPLAY LCD .............................................................................................. 26
3.4. SHIELD RELÉ .............................................................................................. 30
3.5. SHIELD GSM SIM800L ................................................................................ 32
4. DESENVOLVIMENTO E ELABORAÇÃO DO PROTÓTIPO ............................ 40
4.1. FLUXOGRAMA DE FUNCIONAMENTO ................................................... 40
4.2. MONTAGEM DO CIRCUITO NO PROTOBOARD ..................................... 42
4.3. ELABORAÇÃO DO SKETCH PARA O ARDUINO .................................... 43
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS E TRABALHOS FUTUROS .................................. 49
5.1. TESTES REALIZADOS ................................................................................ 49
5.2. DIFICULDADES ENCONTRADAS ............................................................. 49
5.3. CUSTO DO SISTEMA .................................................................................. 50
5.4. CONCLUSÃO ............................................................................................... 51
5.5. SUGESTÕES PARA FUTUROS TRABALHOS ........................................... 51
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 52
1. INTRODUÇÃO

1.1. APRESENTAÇÃO DO PROBLEMA

O uso do gás GLP (gás liquefeito de petróleo), popularmente conhecido como gás de
cozinha é algo extremamente comum e ao mesmo tempo muito perigoso ocasionando
inúmeros acidentes no Brasil e no mundo, devido a vazamento somado ao acionamento do
circuito de iluminação ou a utilização de algum aparelho no ambiente contaminado.
“O problema é muito sério e abrangem muitos fatores, vidas são expostas a esse risco,
e quando algo do tipo acontece sempre deixam seqüelas terríveis, que se não a morte,
problemas de queimaduras de terceiro grau e até perdas de membros do corpo” (WAGNER,
2015).
Matéria publicada no portal de notícias da Globo (G1) relatou um acidente com
vazamento do gás de cozinha em Cabo Frio no Rio de Janeiro, uma mulher ao acionar a luz
causou a explosão, um rapaz de 20 anos fraturou a perna e outro de 21 anos teve 50% do
corpo queimado (CARDOSO, 2017).
Uma pesquisa realizada em diversos sites, artigos e reportagens sobre as medidas de
segurança, ao perceber que o ambiente está contaminado com o gás de cozinha, em todas faz
a observação de que a iluminação, ventiladores ou qualquer equipamento elétrico não pode
ser acionado em hipótese alguma, porém não é comum (não foi encontrado esta ação em
nenhum sistema de segurança) ser adotado o corte do circuito elétrico do ambiente
contaminado, uma ação que sem dúvidas poderá evitar acidente, salvando vidas
(principalmente).
Vale lembrar que o problema não está em somente acender a luz e sim em apagá-la
também, pois ao ser acionado o interruptor uma pequena centelha pode ser produzida
ocasionando o desastre, a energia deve ser cortada em sua fonte. “Quando você pluga um
aparelho na tomada ou o tira de lá; e até mesmo quando você liga ou desliga a luz, o atrito
pode acabar gerando pequenas faíscas e, em grandes vazamentos, isso pode ser o suficiente
para causar um incêndio ou até mesmo a explosão do botijão. Portanto, desligue,
imediatamente, a chave geral de eletricidade” (MEDEIROS, 2017) (NAVEGANTES, 2017).

1
Em Curitiba uma casa explodiu pela manhã devido um vazamento do gás de cozinha,
um idoso de 75 anos se levantou e ao acender a luz da cozinha ocorreu a forte explosão
(NASCIMENTO, 2013).
Partindo desta realidade, será retratado nos capítulos a seguir um modelo de
dispositivo de segurança na detecção do vazamento do gás de cozinha com interrupção do
circuito elétrico do ambiente, algo que não se vê em residências e áreas comerciais
principalmente na utilização de botijões, uma ação que pode evitar tragédias futuras.

1.2. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA

Em residências, comércio e nas indústrias a utilização do gás GLP (gás liquefeito de


petróleo) tradicionalmente conhecido como gás de cozinha é constante e em muitas vezes em
grande escala (como em cozinhas comerciais e industriais), porém com essa utilização vem os
altos riscos de acidentes devido a vazamentos e a combustão do gás com o acionamento do
circuito elétrico do ambiente, como por exemplo, a iluminação.
Em 05/05/2017 ocorreu uma explosão em uma residência localizada em Joinville
(Figura 1), devido ao vazamento do gás de cozinha, uma pessoa acendeu a luz do ambiente
ocasionando a explosão deixando quatro feridos entre eles duas crianças (ND
FLORIANÓPOLIS, 2017).

Figura 1 – Explosão por vazamento do gás após acionamento da iluminação em Joinville

Fonte:(ND FLORIANÓPOLIS, 2017)

2
“Uma explosão causada por vazamento de gás deixou dois homens gravemente
feridos e uma residência parcialmente destruída no retiro do chalé, condomínio de luxo
situado em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Explosão ocorreu após
ser ligada a luz. Uma das vítimas teve 80% do corpo queimado” (REDAÇÃO DO PORTAL
DE NOTÍCIAS BHAZ, 2016).
Em 2011 ocorreu uma forte explosão no restaurante Filé Carioca localizado na praça
tiradentes no RJ (Figura 2) deixando 3 mortos e 17 feridos. Segundo o comandante do 5°
batalhão da polícia militar, coronel Amaury Simões, o cenário e as primeiras informações
recolhidas no local apontam para um vazamento de gás de grandes proporções na cozinha do
restaurante Filé Carioca. “O restaurante ficou fechado no feriado. O chefe de cozinha, ao
chegar, teria acendido a luz e causado a explosão”, explicou Simões (VEJA, 2011).

Figura 2 – Explosão ocorrida no restaurante Filé Carioca ocasionada pelo vazamento do gás
após acionamento da iluminação.

Fonte: (VEJA, 2011)

A maioria das explosões ocasionadas por vazamento do gás de cozinha é devido ao


uso da rede elétrica do local. Mesmo em locais onde existe sistema de detecção para
vazamento do gás efetuando o bloqueio do mesmo, o ambiente permanece confinado e no
simples acionamento ou desacionamento de um interruptor elétrico o acidente ocorre.

3
1.3. HIPÓTESE

Por mais que uma instalação de gás seja bem executada, dentro das normas, o
vazamento pode ocorrer ou até mesmo uma pessoa esquecer a válvula de gás do fogão aberta,
como solução para este problema as instalações que possuem sistema de segurança se propõe
somente a interrupção do gás (quando o mesmo é canalizado), permanecendo o risco devido à
instalação elétrica, como alternativa mais segura deve-se cortar todo circuito elétrico do
ambiente em si. “Quando você pluga um aparelho na tomada ou o tira de lá; e até mesmo
quando você liga ou desliga a luz, o atrito pode acabar gerando pequenas faíscas e, em
grandes vazamentos, isso pode ser o suficiente para causar um incêndio ou até mesmo a
explosão do botijão. Portanto, desligue, imediatamente, a chave geral de eletricidade”
(MEDEIROS, 2017).
“Quando há vazamento de gás, qualquer atividade elétrica - como acender a luz, ligar
um equipamento eletrônico ou o ventilador - pode provocar uma pequena faísca, suficiente
para causar explosão de gás acumulado. Na impossibilidade de remover o botijão para um
local arejado, abra as portas e janelas, não fume, não acenda nenhum tipo de chama e nem
provoque nenhum tipo de faísca, como acender interruptores de luz” (G1 SP, 2010).
A solução para este problema que será desenvolvida no decorrer deste trabalho é o
desligamento do circuito elétrico do cômodo confinado pelo gás. Um projeto que poderá ser
usado, por exemplo, nas cozinhas e banheiros (que usam aquecedores a gás) e sem dúvida irá
evitar desastres com perdas de vidas e bens materiais.

1.4. OBJETIVOS

Este trabalho tem como objetivo apresentar a importância de um sistema de segurança


que possibilite o bloqueio da energia elétrica no sistema de detecção do vazamento de gás,
demonstrar sua importância e aplicabilidade em casas, prédios, indústrias, restaurantes, etc;
utilizar os conhecimentos adquiridos no curso de engenharia para desenvolver esta solução,
tornar notória a implementação deste sistema como forma mais eficaz de se prevenir
explosões do gás devido ao circuito elétrico (de acordo com as pesquisas realizadas, esse é o
principal motivo quando ocorrem explosões).
O engenheiro Felipe Wagner publicou um artigo sobre vazamento de gás no site da
RW Engenharia e faz a seguinte recomendação sobre a eletricidade: “não use quaisquer
4
interruptores elétricos, com as faíscas desses equipamentos podem provocar uma explosão.
Isso inclui interruptores de luz ou campainhas eletrônicas” (WAGNER, 2016).
O Tenente do corpo de bombeiros Rodrigo Carvalho Eulálio em sua entrevista ao
jornal A TRIBUNA informou várias ações a serem tomadas no caso de ser detectado um
vazamento de gás de cozinha e a principal é referente à eletricidade: “O morador não deve
ligar nada elétrico nem aquecer o ambiente, qualquer fagulha pode ocasionar a explosão”
(EULÁLIO, 2017).

1.5. MOTIVAÇÃO

A motivação para realização deste trabalho é o crescente número de acidentes com


vazamento de gás de cozinha em residências e comércios, justamente pelo acionamento do
circuito de iluminação ou o uso de algum aparelho elétrico no ambiente contaminado (maioria
dos casos pesquisados, o uso da eletricidade do local é o maior ofensor), mostrar que podemos
reduzir este índice com esta simples implementação, bloquear todo circuito elétrico deste
ambiente.
“Segundo o portal G1, em novembro de 2017 ocorreu uma explosão decorrente do
vazamento do gás de cozinha em Recife, um homem de 62 anos percebeu o vazamento e
quando foi verificar, outro morador acendeu a luz do local ocasionando a explosão” (ALVES,
2017). Neste acidente sete pessoas ficaram feridas com queimaduras em pelo menos 30% do
corpo e uma criança de apenas 1 ano e nove meses teve queimaduras de segundo e terceiro
graus em 90% de seu corpo. Tendo em vista a quantidade de acidentes que ocorrem, com
perdas de vidas e bens, é a verdadeira motivação para este trabalho.
“Em julho de 2017 um vazamento de gás resultou em uma explosão que causou
queimaduras em 20% do corpo de uma mulher. O acidente aconteceu em uma granja
localizada em Olinda, no grande Recife. A auxiliar de serviços gerais, sentiu um cheiro muito
forte de gás e esperou a dona do imóvel chegar para entrar, ao acender a luz a explosão
ocorreu” (CBN, 2017).

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1.6. TRABALHOS RELACIONADOS E CONTEXTUALIZAÇÃO

O trabalho de conclusão do curso de Informática para internet do Instituto Federal do


Rio Grande do Norte (IFRN), fala sobre a implementação de uma solução que utiliza a
internet das coisas para auxiliar usuários domésticos no monitoramento do consumo do gás de
cozinha ou gás liquefeito de petróleo (GLP) e possíveis vazamentos. A idéia do projeto é o
monitoramento em tempo real do botijão de gás, o usuário poderá saber em que nível está o
botijão, se terá gás o suficiente para a cocção de um determinado alimento e até mesmo saber
se está ocorrendo um vazamento pelo monitoramento do peso do botijão, porém a base deste
trabalho é a informação, sem tomada de ação caso seja percebido algum vazamento
(MATHEUS, 2017).
(MOREIRA, 2015) em seu trabalho de conclusão de curso da Universidade Federal do
Espírito Santo fala sobre a segurança na utilização do gás liquefeito de petróleo, trazendo
todas as medidas de segurança que devem ser adotadas nas diferentes fases na produção do
GLP – desde a produção até a comercialização. O objetivo deste trabalho é o estudo das
diferentes fazes de produção, logística e os diferentes tipos de perigos e riscos encontrados no
manuseio e transporte deste produto a fim de prevenir acidentes e consequentemente a salvar
vidas (MOREIRA, 2015). Estudo voltado principalmente para o local de produção, envase e
distribuição (MOREIRA, 2015).
Jefferson Silva Santos em seu trabalho de conclusão do curso de engenharia da
computação (Centro Universitário de Brasília) apresentou um projeto de detecção de
vazamento de gás com aviso via SMS. O projeto integra um módulo GSM, micro controlador
PIC, sensor de gás e display. Caso o valor de leitura do sensor atinja o setpoint pré-ajustado,
será emitida uma mensagem de texto para um celular cadastrado, será mostrado no display e
acionará um alerta sonoro (SANTOS, 2012).

1.7. JUSTIFICATIVA E RELEVÂNCIA

O vazamento de gás nos dias atuais é um grave problema que não recebe a devida
atenção das autoridades competentes e o que vemos acontecer é que a cada ano os acidentes
acontecem devido a este problema, bens materiais são perdidos e principalmente vidas são
ceifadas ou sequelas graves ficam devido à explosão que ocorre principalmente com o
acionamento do circuito elétrico do local e não vemos nada ser feito para eliminar ou diminuir
esse tipo de risco em potencial. “Um acidente com vazamento de gás ocorreu em Cabo Frio
6
no Rio de Janeiro, uma mulher causou a explosão ao acionar a luz do local, um rapaz fraturou
a perna e outro teve 50% do corpo queimado” (G1).
De acordo com dados estatísticos, acidentes envolvendo explosões do gás GLP vêm
aumentando a cada ano e uma das principais causas é o vazamento com explosão devido ao
acionamento do circuito elétrico do ambiente. “O problema é muito sério e abrangem muitos
fatores, vidas são expostas a esse risco, e quando algo do tipo acontece sempre deixam
sequelas terríveis, que se não a morte, problemas de queimaduras de terceiro grau e até perdas
de membros do corpo” (WAGNER, 2015). Este tipo de acidente ocorre em todo país, mesmo
em locais onde existe o sistema de corte do fornecimento do gás, porém permanece o risco em
potencial da instalação elétrica. Como estes acidentes vêm aumentando a cada ano
ocasionando grandes danos materiais e principalmente perda de vidas, se vê a necessidade de
um estudo e solução para se reduzir os riscos de explosões devido as instalações elétricas do
local.

1.8. METODOLOGIA

Optou-se neste trabalho em realizar um estudo de caso, a fim de demonstrar a


possibilidade de implementação do corte do circuito elétrico na detecção de vazamento do gás
de cozinha evitando explosões, danos materiais e perda de vidas, um diferencial importante
que poderá ser usado em residências, comércio e indústrias; poderá ser implementado para o
corte da energia somente da área ou, no caso de uma residência, o corte do fornecimento geral
de energia.
O modelo de dispositivo proposto neste trabalho irá funcionar da seguinte forma: Ao
ser detectado o gás no ambiente, será acionado uma luz de alerta, uma mensagem de texto
SMS será enviada para um aparelho celular previamente cadastrado, um display alertará que
existe gás concentrado no ambiente e será cortada a rede elétrica de alimentação do local.
Para este desenvolvimento estará sendo utilizado um módulo Arduino Uno, cuja função é
coletar os dados enviados pelo sensor, processar esta informação e atuar conforme a
programação realizada, um sensor MQ-6 para leitura do nível de gás do local, um display
LCD, um módulo GSM, um módulo relé para corte da energia, leds indicativos de status.

7
1.9. ORGANIZAÇÃO DO TEXTO

O presente trabalho será dividido em cinco capítulos. Inicialmente o primeiro capítulo


traz a introdução do estudo, apresenta o problema em questão utilizando acidentes reais
ocorridos ao longo dos anos, assim como a justificativa para elaboração deste trabalho, a
motivação para este estudo, seus objetivos e alguns exemplos de trabalhos acadêmicos
envolvendo o tema proposto neste trabalho.
O segundo capítulo traz um histórico do gás de cozinha, descreve-se sua origem,
composição e aplicações do mesmo, os perigos em sua utilização e formas de detecção.
O terceiro capítulo é feita uma pesquisa bibliográfica acerca de cada componente que
estará sendo utilizados para realização deste trabalho, os componentes serão detalhados, com
especificações técnicas.
O quarto capítulo apresenta o desenvolvimento do projeto, demonstra as etapas para
elaboração do modelo de dispositivo de detecção do gás de cozinha com a função de corte da
energia elétrica, seu funcionamento é explicado em detalhes.
O quinto capítulo traz as considerações finais na elaboração deste trabalho, seus
resultados são comentados baseados nos testes realizados, dificuldades encontradas serão
relatadas, assim como o levantamento dos custos para realização do mesmo.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. HISTÓRIA DO GLP

A importância do uso do fogo para o ser humano é conhecida há muitos milênios,


desde uma época que não se pode precisar, mas há provas de que era usado na Europa e na
Ásia na Era do Paleolítico Posterior e na Era do Neolítico, por volta de 500.000 a.c.
(ICEGAS) (EXECUTANTES, 2018). O petróleo já era conhecido desde os tempos antigos,
mas era pouco utilizado como combustível, pois o homem não sabia como extraí-lo do solo
(EXECUTANTES, 2018). Ao longo de vários séculos, o petróleo foi retirado na superfície.
Apesar dos métodos primitivos de extração, o petróleo passou a ser utilizado com mais
frequência e amplitude (EXECUTANTES, 2018). Foi possível descobrir, inclusive, alguns
derivados como o gás. Em 1810 em Londres, surge a idéia de engarrafar o gás em recipientes
transportáveis, onde foram vendidos alguns cilindros de gás comprimido (ICEGAS)
(EXECUTANTES, 2018).
Em 1907, outro processo de engarrafar o gás é desenvolvido pelo alemão Herman
Blau (EXECUTANTES, 2018). Ele utiliza o gás resultante do craqueamento de
óleo(EXECUTANTES, 2018). O primeiro gás liquefeito de petróleo – GLP – foi produzido
na refinaria da Riverside Oil Co. nos Estados Unidos e, em 24 de dezembro de 1910, foram
produzidos 200 galões de GLP. Em 1911, na Pensilvânia, a utilização do gás LP inicia-se na
indústria, alimentando maçaricos para o corte do aço(EXECUTANTES, 2018). Neste mesmo
local, em 1912, é realizada a primeira instalação doméstica de GLP. Em 1920 é constituída no
Rio de Janeiro, a primeira empresa importadora de produtos como fogões e aquecedores para
uso com gás encanado (ICEGAS) (EXECUTANTES, 2018).
Em meados da década de 40, foram produzidos no Brasil os primeiros fogões para gás
encanado – até então, só existiam os importados. As tubulações de gás eram restritas aos
bairros mais centrais das grandes cidades. Em outubro de 1953 a Petrobras é constituída
quando Getúlio Vargas sanciona a Lei n° 2204, começa então a produção de GLP e de fogões
para o uso com o GLP (ICEGAS) e (EXECUTANTES, 2018). De 1954 a 1990, o governo
brasileiro incentivou uma política de preços do GLP e de outros energéticos considerados
essenciais. Essa política foi marcada pela intervenção governamental, pautada no tabelamento
e uniformização de preços em todo o Brasil, por meio de subsídios cruzados sobre o
transporte e sobre o próprio produto, assim o consumo de GLP se expandiu chegando em

9
100% dos municípios e atendendo também as zonas mais pobres e remotas do país
(MOREIRA, 2015).

2.1.1. Origem do GLP

O gás liquefeito de petróleo – GLP ou gás LP, também conhecido como gás de
cozinha, é um dos resultados do refino do petróleo. Ele é composto da mistura de gases
hidrocarbonetos, principalmente Propano (C3H8) e Butano (C4H10), que apresentam grande
aplicabilidade como combustível devido às suas características de alto poder calorífico,
excelente qualidade de queima, fácil manuseio, baixo impacto ambiental, facilidade de
armazenamento e transporte (LIQUIGÁS, 2018). À temperatura ambiente e submetido a
pressões próximas de 4 Kgf/cm² a 15 Kgf/cm², o GLP se apresenta na forma líquida e é
relativamente estável, o que facilita seu transporte e armazenamento em recipientes
apropriados e a utilização, domiciliar ou a granel (LIQUIGÁS, 2018)(KSAGAS).
Segue algumas características do GLP de acordo com a Liquigás (LIQUIGÁS, 2018) e
(KSAGAS):
 Apresenta-se na fase gasosa quando mantido na temperatura ambiente e na pressão
atmosférica.
 É um produto naturalmente inodoro. Entretanto, em sua composição está presente
compostos a base de enxofre para que se possa identificar, com facilidade, qualquer
vazamento.
 Na fase líquida, ele é menos denso do que a água. Portanto, quando em contato com
qualquer corpo d’água, o GLP vai permanecer na superfície.
 Na fase gasosa, o GLP é mais denso do que o ar. Portanto, em caso de vazamento, vai
ocupar sempre os locais mais baixos.

O Gás LP pode vir acondicionado em diferentes tipos de recipientes. Eles são


padronizados e variam conforme a utilização e as necessidades dos consumidores. O botijão
portátil, de 2Kg, é indicado para fogareiros de acampamento e lampiões, não é adaptável a
reguladores de pressão e não deve ser usado em fogões comuns. Os botijões de 5Kg e 13Kg
são os mais utilizados no país, são empregados principalmente em fogões residenciais, para
cozinhar alimentos. O cilindro de 45Kg é usado em centrais de abastecimento instaladas em
locais pré-definidos. É utilizado em larga escala e em diferentes situações, tais como

10
residências e estabelecimentos comerciais, bares, restaurantes, lavanderias, indústrias,
hospitais e escolas. O cilindro de 90Kg é empregado por consumidores que precisam de um
maior volume de gás, como nos segmentos comerciais, industriais e institucionais
(SINDIGAS).
O Gás LP também pode ser usado como combustível para motores de veículos. No
Brasil, esse uso é liberado apenas para empilhadeiras. Existe um cilindro de 20Kg específico
para essa finalidade. É o único recipiente de Gás LP que deve ser usado na horizontal, pois
todo o seu sistema é projetado para o funcionamento nessa posição, uma vez que o consumo
se dá na fase líquida e não na de vapor, como nos demais recipientes.

2.1.1.1. A importância do uso do GLP

O GLP, popularmente conhecido como gás de cozinha, de fato está presente no dia a
dia dos brasileiros, está presente em todos os municípios e tem como vantagens sua
versatilidade e economia, é 70% mais econômico que o gás natural e 25% mais econômico
que a eletricidade (MOREIRA, 2015) (SINDIGAS, 2018). Além disso, o GLP possui baixo
impacto ambiental, por vários fatores, destacando-se de acordo com (MOREIRA, 2015):
 Não produz particulado em sua combustão.
 Baixa emissão de gases do efeito estufa.
 Baixa concentração de enxofre.
 Pode substituir outros combustíveis mais poluentes como o carvão e a lenha.
 Por possuir um poder calorífico superior sua quantidade de consumo é menor.
O governo tem incentivado bastante esse setor da economia nos últimos anos. Todavia,
mesmo com esse incentivo, o GLP participa com apenas 4% de toda matriz energética
brasileira (MOREIRA, 2015) conforme pode ser visto na Figura 3.

11
Figura 3 – Contribuição do GLP na matriz energética brasileira

Fonte: (LIQUIGÁS, 2018)

O papel pouco expressivo do GLP na matriz energética brasileira se deve


principalmente ao seu reconhecimento apenas como gás de cozinha, não sendo utilizado de
forma expressiva em outros setores da economia (MOREIRA, 2015). Atualmente existem
estudos financiados pela Sindigás para divulgação de outras formas de uso do gás no nosso
mercado e as vantagens em adotá-las. Um desses estudos foi realizado pela USP
(Universidade de São Paulo) reunindo um conjunto de informações técnicas consistentes e
atualizadas demonstrando a competividade do GLP em relação à eletricidade (MOREIRA,
2015).

12
2.1.1.2. Principais aplicações

Boa parte do gás LP produzido mundialmente é utilizado no cozimento de alimentos.


O gás LP é uma fonte de energia confiável e flexível, sendo amplamente empregado na
culinária, uma vez que já fornece um aquecimento imediato na ignição, não necessitando de
um tempo inicial de aquecimento, como acontece com outras formas de suprimento de
energia (VARGAS, 2016).
Em residências o GLP é usado no preparo de alimentos, aquecimento de água,
climatização de ambientes, churrasqueiras, secagem de roupas, esterilização de objetos, etc;
nas indústrias é utilizado em aquecimento de fornos, em indústrias de cerâmicas e fundições é
utilizado na queima do material e secagem para redução de umidade, na indústria de papel e
celulose é usado para secagem do papel, indústria de vidro é utilizado na fundição, moldagem
do material, solda e acabamento, na indústria automotiva é usado na secagem da tinta na
pintura, etc. “No Brasil, o uso de gás LP é proibido para motores de qualquer espécie, saunas,
caldeiras e aquecimento de piscinas, ou para fins automotivos, permitido apenas em
empilhadeiras” (VARGAS, 2016).

2.1.1.3. Perigos oferecidos pelo GLP

O GLP é um produto de fácil manuseio, transporte e armazenamento, porém oferece


alguns riscos que devem ser observados. De acordo com o artigo da CM Center, segue abaixo
os perigos que envolvem o GLP (FREITAS, 2018):
 Extremamente inflamável, com risco de explosão em ambientes fechados.
 É mais inflamável com ar e produtos oxidantes.
 É mais pesado que ar, podendo deslocar-se a uma distância considerável até uma fonte de
ignição.
 O contato com o GLP através do escape do gás de um cilindro em alta pressão pode
causar queimadura por congelamento (frosbite).
 Os efeitos da exposição a altas concentrações, que desloquem o oxigênio, podem
ocasionar perda de coordenação, tontura, pressão na parte frontal da cabeça,
formigamento nas extremidades do corpo, rápida redução de movimentos, incapacidade
na fala, perda de sensibilidade, redução de consciência causada pelo narcótico
(relaxamento do sistema nervoso central).
 É definido como asfixiante simples.
13
Vazamentos de gás são extremamente perigosos, devido ao gás LP ser invisível e
inflamável podendo ocasionar fortes explosões. Mesmo uma pequena centelha gerada, como
exemplo, acender a luz de um cômodo pode servir de ponto de ignição para explosão do gás.
Os acidentes envolvendo o GLP normalmente ocasionam vítimas fatais, devido à força das
explosões e ao intenso calor gerado (VARGAS, 2016). Outro risco que envolve o vazamento
do gás é a exposição, bastante prejudicial à saúde, o gás não é venenoso, porém é asfixiante,
mesmo sendo exposto ao gás por intervalos curtos de tempo pode causar náusea, tontura, dor
de cabeça e desmaios, além disso, o contato com o gás pode causar queimaduras e a pele pode
tornar-se branca ou amarelada (VARGAS, 2016).

2.1.1.4. Acidentes com o gás de cozinha

Acidente com o gás GLP ocorre em toda parta do mundo e no Brasil não é diferente,
as causas são variadas. Estará sendo exemplificados aqui acidentes que ocorreram devido a
vazamentos do gás de cozinha que resultaram em explosões devido ao acionamento do
circuito elétrico.
Matéria publicada no portal de notícias da Globo (G1) relatou um acidente com
vazamento do gás de cozinha em Cabo Frio no Rio de Janeiro, uma mulher ao acionar a luz
causou a explosão, um rapaz de 20 anos fraturou a perna e outro de 21 anos teve 50% do
corpo queimado (CARDOSO, 2017), a Figura 4 retrata este acidente.

14
Figura 4 – Residência em Cabo Frio – RJ que explodiu devido ao vazamento do gás LP após
acionamento da iluminação

Fonte: (CARDOSO, 2017)

Em 05/05/2017 ocorreu uma explosão em uma residência localizada em Joinville,


devido ao vazamento do gás de cozinha, uma pessoa acendeu a luz do ambiente ocasionando
a explosão deixando quatro feridos entre eles duas crianças (ND FLORIANÓPOLIS, 2017).
Em Curitiba uma casa explodiu pela manhã devido um vazamento do gás de cozinha,
um idoso de 75 anos se levantou e ao acender a luz da cozinha ocorreu a forte explosão
(NASCIMENTO, 2013).
Uma explosão causada por vazamento de gás deixou dois homens gravemente feridos e
uma residência parcialmente destruída no retiro do chalé, condomínio de luxo situado em
Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte. Explosão ocorreu após ser ligada a
luz. Uma das vítimas teve 80% do corpo queimado” (REDAÇÃO DO PORTAL DE
NOTÍCIAS BHAZ, 2016).
Em 2011 ocorreu uma forte explosão no restaurante Filé Carioca localizado na praça
tiradentes no RJ deixando 3 mortos e 17 feridos. Segundo o comandante do 5° batalhão da
polícia militar, coronel Amaury Simões, o cenário e as primeiras informações recolhidas no
local apontam para um vazamento de gás de grandes proporções na cozinha do restaurante

15
Filé Carioca. “O restaurante ficou fechado no feriado. O chefe de cozinha, ao chegar, teria
acendido a luz e causado a explosão”, explicou Simões (VEJA, 2011).
Acidentes ocasionados pela explosão do gás de cozinha estão entre a principal causa
dos acidentes domésticos no Brasil, medidas de segurança são tomadas com a finalidade de se
evitar esses acidentes, mas infelizmente quando ocorrem, geralmente ocasionam grande
destruição devido a força da explosão (VARGAS, 2016).

2.1.1.5. Cuidados com o gás de cozinha

Com a alta periculosidade do gás LP, o uso e manuseio do mesmo devem ser
acompanhados de medidas de segurança afim de garantir a máxima proteção das pessoas que
se encontram no ambiente que está sendo utilizado o GLP. A NBR13932 é a norma que rege a
instalações de gás LP em residências, nela contêm todas as especificações para uma rede
interna de gás segura (VARGAS, 2016). Em residências onde o fornecimento do gás não é
canalizado, o botijão torna-se a melhor opção, porém deve-se manter a atenção em detalhes de
grande importância à garantir a segurança.
Primeiramente deve-se ter atenção na compra, o botijão deve ter a mesma marca da
distribuidora, observar o lacre na válvula que não pode estar rompido, deve-se evitar botijões
amassados e enferrujados (BOMBEIROS, 2015). Em segundo lugar deve-se tomar bastante
cuidado no momento da instalação do botijão no fogão, é relativamente simples, mas exige
atenção, deve-se usar uma mangueira de gás e um regulador de pressão aprovados pelo
Inmetro (BOMBEIROS, 2015). Conforme a Figura 5, a mangueira deve ser transparente com
uma tarja amarela e contendo a inscrição NBR8613 junto com sua data de validade, o
regulador de pressão tem a marca do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia) e possui validade de cinco anos, após esse período deve-se ser obrigatoriamente
substituído, nunca use ferramenta para rosquear a borboleta do regulador e verifique se há
vazamento com o auxilio de uma esponja com sabão (BOMBEIROS, 2015).

16
Figura 5 – Especificações na mangueira e regulador de pressão

Fonte: (BOMBEIROS, 2015)

Algumas recomendações feitas pelo Corpo de Bombeiros do Estado do Paraná


(BOMBEIROS, 2015):
 Nunca deite o botijão e nem o instale em local fechado.
 Não colocar nenhum tipo de dispositivo no regulador de pressão do gás, como por
exemplo, manômetro.
 Somente use mangueira de gás aprovada pelo Inmetro.
 Nunca passe a mangueira por traz do forno, o calor pode derretê-la ocasionando
acidentes.
 Nunca aqueça o botijão.
 Ao chegar em casa e sentir o cheiro de gás, jamais acenda a luz, nem qualquer chama,
abra as janelas e portas para ventilação.

A legislação brasileira define as seguintes normas mostradas na Tabela 1 como


aplicáveis na distribuição e armazenamento de botijões de gás (VARGAS, 2016):

17
Tabela 1 – Normas técnicas para botijões de gás

Norma Assunto Ano

NBR Redes de distribuição interna para gases combustíveis em instalações


15526 residenciais e comerciais – Projeto e execução 2009

NBR
Regulador de baixa pressão para GLP com capacidade até 4 Kg/H 2001
8473

NBR
Mangueiras de PVC para instalações domésticas de GLP 1999
8613

NBR Válvulas automáticas para recipientes transportáveis para 2 Kg, 5 Kg e 13


1999
8614 Kg de GLP

NBR
Registros para recipientes transportáveis para 20 Kg de GLP 2000
14536

NBR
Registro para recipientes transportáveis para 45 Kg e 90 Kg de GLP 1997
13794

Fonte: (VARGAS, 2016)

2.1.1.6. Formas de detecção de vazamentos

Fuga de gás pode ocorrer por falha humana ou técnica, quando este problema ocorre é
notória a preocupação, principalmente devido ao risco de explosão, existem maneiras de
identificar esse problema afim de tomar ações com o intuito de saná-las (VARGAS, 2016).
Uma maneira básica para se identificar o vazamento é através do cheiro característico
apresentado pelo gás, em botijões pode-se ser usado a espuma com sabão, porém infelizmente
as pessoas percebem que algo está errado quando a concentração do gás está elevada e com
isso há um risco em potencial de um acidente.
Felizmente na atualidade existem equipamentos capazes de detectar a presença do gás
LP e com isso emitem um alarme sonoro e/ou visual que podem ser utilizados tanto nas
residências, comércio e industrias (VARGAS, 2016). A prática do uso de detectores de gás LP
está bem difundida nos países desenvolvidos, no Brasil ainda não é comum o uso desses
18
equipamentos como medida de segurança nas residências e edificações, fácil de ser
comprovado através dos inúmeros acidentes que ocorrem no Brasil a cada ano, tais acidentes
talvez poderiam ser evitados caso estivessem usando detectores (VARGAS, 2016). No Brasil,
sistemas de segurança para detecção do gás LP atuam na sinalização e bloqueio do
fornecimento do gás, quando este é por sistema canalisado e quando o gás é em botijões
quando há algum sistema de detecção o mesmo atua simplesmente no alerta, permanecendo o
risco em potencial de uma explosão se alguém provocar qualquer faísca, como por exemplo,
acionar o interruptor da iluminação.

19
3. DESCRIÇÃO DO HARDWARE UTILIZADO

Neste capítulo serão apresentados os conceitos e conhecimentos básicos para o


completo entendimento do trabalho. Serão apresentados os componentes que compõem este
trabalho, bem como sua função no desenvolvimento do sistema como um todo.

3.1. PLATAFORMA ARDUINO

O Arduino (Figura 6) é uma plataforma eletrônica de código aberto baseada em


hardware e software fáceis de usar. O Arduino nasceu no Ivrea Interaction Design Institute
(Itália) como uma ferramenta fácil para prototipagem rápida, destinada a estudantes sem
formação em eletrônica e/ou programação (ARDUINO, 2018). Assim que atingiu uma
comunidade mais ampla, a placa Arduino começou a mudar para se adaptar as novas
necessidades e desafios. Todas as placas do Arduino são completamente open-source (código
aberto), capacitando aos usuários a construí-las independentemente e, eventualmente, adaptá-
las às suas necessidades específicas, o software também é de código aberto e está crescendo
através das contribuições dos usuários em todo o mundo (ARDUINO, 2018).

20
Figura 6 – Arduino Uno

Fonte: (VARGAS, 2016)

3.1.1. Especificações técnicas

O controlador usado neste trabalho é o modelo Arduino UNO. Este controlador é o


responsável em realizar todo o controle, monitoramento e atuação, recebendo os dados do
sensor e tomando as ações conforme necessário.
As placas são fabricadas utilizando-se diferentes microcontroladores, podendo ser da
linha Atmel, da ARM ou também fabricados pela Intel, no Arduino UNO o microcontrolador
é o ATmega328 (VARGAS, 2016). Este Arduino possui 14 pinos de entrada e saída digitais
(seis destes podem ser usados como saídas PWM), 6 entradas analógicas, processador de 16
MHz, conexão USB, conector para alimentação externa, conector ICSP (In Circuit Serial
Programming), botão de reset (ARDUINO, 2018). A Tabela 2 fornece os dados técnicos da
placa usada neste trabalho.

21
Tabela 2 – Especificações técnicas do Arduino UNO

Características técnicas do Arduino UNO


Microcontrolador ATmega328P
Tensão de operação 5V
Tensão de entrada (recomendada) 7 – 12V
Tensão de entrada (limite) 6 – 20V
Pinos de entradas e saídas digitais 14 (dos quais seis fornecem saída PWM)
Pinos de entradas analógicas 6
Corrente elétrica dos pinos de entrada e
20mA
saída
Corrente elétrica do pino de 3,3V 50mA
32Kb (ATmega328), 0,5Kb usado pelo
Memória Flash
bootloader
SRAM 2Kb (ATmega328)
EEPROM 1Kb (ATmega328)
Velocidade de processamento 16MHz
Fonte: (ARDUINO, 2018)

As placas Arduino UNO podem ser alimentadas de três formas distintas:


 Através da porta USB;
 Através de uma fonte externa com plug, sendo conectada no conector de energia da
placa;
 Através de uma fonte externa diretamente nos terminais GND e Vin da régua
POWER.

22
3.1.1.1. Pinos da placa

Na Figura 7 é mostrado o mapeamento dos pinos e as portas do microcontrolador


ATmega168. O mapeamento do microcontrolador ATmega328 é o mesmo (ARDUINO,
2018).

Figura 7 – Pinagem do Arduino UNO

Fonte: (ARDUINO, 2018)

3.2. SENSOR DE GÁS MQ-6

O sensor de gás MQ-6 sem dúvidas é um dos componentes mais importantes deste
estudo, o mesmo é o responsável em realizar a leitura dos níveis de gás LP do ambiente e
enviar estes dados ao Arduino, que irá recebê-los, tratá-los e tomar as ações de acordo com a
necessidade. A Figura 8 mostra um sensor MQ-6.

23
Figura 8 – Sensor de gás LP MQ-6

Fonte: Adaptado de https://www.usinainfo.com.br/sensor-de-gas-arduino/


detector-de-gas-sensor-de-gas-mq-6-glp-gas-de-cozinha-propano-isobutano-e-gas-natural-liquefeito-2963 html,
acessado em 25/08/2018

3.2.1. Especificações técnicas

O sensor de gás MQ-6 tem a capacidade de detectar concentrações de GLP, Propano,


Isobutano e Gás Natural Liquefeito. Possui baixa sensibilidade ao álcool e fumaça, tem
resposta rápida, estável, com vida útil longa e fácil instalação. Segue abaixo especificações do
sensor MQ-6 (VIDA DE SILICIO, 2018):

 Modelo: MQ-6;
 Detecção de gases inflamáveis: Gás GLP, Propano, Isobutano e Gás Natural
Liquefeito;
 Concentração de detecção: 200 – 10000 ppm;

24
 Tensão de operação: 5V;
 Potenciômetro para ajuste de sensibilidade;
 Saída digital e analógica nos pinos D.O e A.O respectivamente;
 Fácil instalação;
 Led indicador para tensão;
 Led indicador para saída digital;

A Figura 9 demonstra o circuito do sensor MQ-6 e a Tabela 3 descreve as partes do sensor.

Figura 9– Circuito do sensor de gás MQ-6

Fonte: Adaptado dehttps://www.sparkfun.com/datasheets/


Sensors/Biometric/MQ-6.pdf, acessado em 25/08/2018

25
Tabela 3 – Partes do sensor MQ-6

Parte Material
1 Camada de detecção de gás SnO2 (Óxido de Estanho)
2 Eletrodo Au (Ouro)
3 Linha do eletrodo Pt (Platina)
4 Bobina do aquecedor Liga de Níquel
5 Cerâmica tubular Al2O3 (Óxido de Alumínio)
6 Rede ante explosão Rede de aço inoxidável
7 Anel de pressão Chapa de Cobre niquelada
8 Base de resina Baquelite
9 Pino tubular Cobre niquelado

3.3. DISPLAY LCD

São componentes de interface visuais largamente utilizados em equipamentos


eletrônicos, com uma ótima vantagem por serem de baixo custo. O módulo de interface visual
(display LCD) usado neste trabalho possui 4 linhas e 20 colunas com um controlador
HD44780, luz de fundo azul e caracteres brancos. Integrado ao display está um módulo serial
I2C cuja função é facilitar a comunicação com o display, podendo-se controlar o mesmo
através de dois pinos somente ao invés dos 16 pinos disponíveis no display. A Figura 10 e a
Figura 11 mostram o display e o módulo serial I2C respectivamente e a Tabela 4 mostra a
descrição dos pinos do display.

26
Figura 10 – Display LCD 4x20

Fonte: Adaptado de https://www.google.com.br/


search?q=display+lcd+4x20+arduino&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiXivXnhvXeAhWGkpA
KHXXODrAQ_AUIDygC&biw=1024&bih=657#imgrc=ILks-NvBRoaQBM:, acessado em 25/08/2018

27
Figura 11 – Módulo serial I2C para display

Fonte: Adaptado de https://www.google.com.br/


search?q=modulo+i2c+display&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwj34YTFh_XeAhVGC5AKHVh
_D8QQ_AUIDygC&biw=1024&bih=657#imgrc=ANnoxoEMJexN_M:, acessado em 25/08/2018

28
Tabela 4 – Descrição dos pinos do Display LCD

PIN CONNECTIONS

PIN SYMBOL LEVEL FUNCTION

1 GND X GND (0V)

2 VDD X Supply Voltage for Logic (+5V)

3 V0 X Power Supply for LCD

4 RS H/L H: Data; L: Instruction Code

5 R/W H/L H: Read; L: Write

6 E H/L EnableSignal

7 DB0 H/L

8 DB1 H/L

9 DB2 H/L

10 DB3 H/L
Data Bus Line
11 DB4 H/L

12 DB5 H/L

13 DB6 H/L

14 DB7 H/L

15 BL1 X Backlight Power (+5V)

16 BL2 X Backlight Power (0V)

Fonte: (VARGAS, 2016)

29
Segundo (ROBOCORE, 2018) o protocolo I2C (Figura 11) foi desenvolvido pela
Philips para conectar vários dispositivos utilizando apenas duas linhas de dados, Serial Data
(SDA) e Serial Clock (SCL), economizando saídas do controlador utilizado.

3.4. SHIELD RELÉ

O módulo relé é um dispositivo que trabalha como um interruptor operado


eletricamente, permitindo ligar e desligar um circuito com tensão ou corrente elétrica muito
acima do que o controlador pode trabalhar, não há conexão entre o circuito de baixa tensão
operado pelo controlador e o circuito de alta potência. O módulo relé usado neste trabalho
possui dois canais com três terminais cada com contatos normal fechado e normal aberto, a
Figura 12 mostra o módulo relé idêntico ao usado neste trabalho e suas ligações.

Figura 12 - Módulo relé para Arduino

Fonte: (VARGAS, 2016)

A função do módulo relé neste trabalho é de interromper a energia elétrica fornecida


ao local, impedindo o surgimento de centelhas no uso do circuito de iluminação e/ou tomadas.
Os contatos de força do relé suportam correntes até 10A, para correntes maiores, como
alternativa, pode ser usado relés de estado sólido, conforme mostra a Figura 13.

30
Figura 13 - Relé de estado sólido

Fonte: Adaptado de https://www.google.com.br/


search?q=rele+de+estado+solido+40+amperes&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwjuz4i8iPXeAh
VDUZAKHS4LBDwQ_AUIDygC&biw=1024&bih=657#imgrc=wMhYgR7k9hlxtM:, acessado em 25/08/2018

O relé da Figura 13, possui as seguintes características:

 Tensão de alimentação: 3 – 32 VDC


 Tensão de trabalho nos terminais de chaveamento: 24 – 380VAC
 Corrente elétrica máxima nos terminais de chaveamento: 40A
31
3.5. SHIELD GSM SIM800L

O módulo GSM SIM800L foi desenvolvido especificamente para integrar projetos


utilizando o Arduino à rede mundial de computadores por meio da comunicação GPRS,
realizar ligações (GSM) ou ainda enviar mensagens (SMS). Este módulo já vem integrado na
placa, tendo que somente soldar os pinos que vem com o módulo. Possui um slot para cartão
SIM já integrado e uma antena de cobre, possui também a possibilidade de integração com
outra antena(USINAINFO).
O SIM800L é compatível com as plataformas de prototipagem Arduino, Raspberry,
PIC, entre outros e é controlado e configurado através do sistema integrado UART (Universal
Asynchronous Receiver/Transmitter), desta forma o mesmo funciona como um telefone
celular(USINAINFO).
Possui uma grande diversificação quanto sua utilização, o módulo quando usado com
Arduino pode ser utilizado por usuários que desejam uma comunicação rápida e completa à
distância, através de mensagens de texto ou de voz programadas, para troca de informações
no caso de automação residencial (USINAINFO). A Figura 14 mostra o módulo SIM800L.

Figura 14 - Módulo GSM/GPRS SIM 900

Fonte: Adaptado de https://www.google.com.br/


search?q=GSM+SIM800L&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwiAmNz1iPXeAhXCg5AKHWnBA
rQQ_AUIDigB&biw=1024&bih=657#imgrc=94BV1IsyMx4beM:, acessado em 25/08/2018

32
3.5.1. Características

Segue abaixo as características do módulo SIM800L conforme (USINAINFO):


 Conexão junto à rede GSM;
 Formas de utilização e controle aprimoradas;
 Maior facilidade e rapidez de instalação junto ao Arduino;
 Baseado no módulo wireless SIM800L;
 Recebe e envia dados de locais remotos;
 Operação semelhante a um telefone celular;
 Comunicação rápida e completa a distância;
 Suporte de cartão SIM;
 Pinos para conexão com microfone e agentes externos de reprodução de áudio;
 Baixo custo;
 Datasheet SIM800L:Clique para download

3.5.2. Especificações técnicas

Abaixo segue um resumo de suas especificações conforme a (USINAINFO):


 Alimentação – 3,7V a 4,4V;
 QuadBand – 850/900/1800/1900MHz;
 GPRS classe multi-slot 10/8;
 Estação móvel GPRS classe B;
 Ganho de antena – 3dBi;
 Controle via comandos AT (GPP TS 27, 007, 27, 005, e SIMCOM);
 Temperatura de operação – -40°C a +85°C;
 Dimensões (C e L) – 25mm x 23mm;
 Peso – 6g;

Na Figura 15 é visto o diagrama funcional do SIM800L, na Figura 16, Tabela 5,


Tabela 6, Tabela 7, Tabela 8, Tabela 9 e Tabela 10 é visto de forma detalhada todos os
pinos do módulo.

33
Figura 15 – Diagrama funcional

Fonte: (SIMCOM, 2018)

34
Figura 16 – Detalhamento dos pinos do módulo GSM

Fonte: (SIMCOM, 2018)

35
Tabela 5 – Descrição dos pinos do módulo

Pin name Pin number I/O Description Comment


Power supply
VBAT 1,42 I Power supply
It is recommended to
connect with a battery
VRTC 56 I/O Power supply for RTC
or a capacitor (e.g.
4,7uF).
If these pins are
VEXT 18 O 2,8V power output
unused, keep open.
2, 6, 8, 35, 37, 38, 39,
41, 43, 44, 45, 58, 67, GND for VBAT
GND 71, 72, 73, 76, 77, 78, Ground recommend to use 2,
79, 80, 81, 82, 83, 84, 43, 44, 45 pin
85, 86, 87, 88
Power on/down
PWRKEY should be
pulled low at least 1
Internally pulled up to
PWRKEY 48 I second and then released
VBAT
to power on/down the
module.
Fonte: (SIMCOM, 2018)

36
Tabela 6 – Descrição dos pinos do módulo SIM800L

Audio interfaces
MIC1P 52
I Differential audio input
MIC1N 12
SPK1P 53
O Differential audio output
SPK1N 13
If these pins are unused, keep open.
MIC2P 9
I Differential audio input
MIC2N 10
SPK2P 51
O Differential audio output
SPK2N 11
Fonte: (SIMCOM, 2018)

Tabela 7 – Descrição dos pinos do módulo SIM800L

PCM interface
PCMCLK 29 O
PCMOUT 30 O PCM interface for
If these pins are unused, keep open.
PCMSYNC 65 O audio
PCMIN 66 I
Keypads interface
COL4 24 I
COL3 21 I
COL2 22 I
COL1 25 I
COL0 20 I Support up to 50 If these pins are unused, keep open. (Pin
ROW4 63 O buttons (5*5*2) number 20 external cannot be pulled down)
ROW3 23 O
ROW2 61 O
ROW1 60 O
ROW0 62 O
Fonte: (SIMCOM, 2018)

37
Tabela 8 – Descrição dos pinos SIM800L

GPIO
GPIO1 3 I/O
Programmable general purpose input
GPIO2 27 I/O
and output
GPIO3 28 I/O
NETLIGHT 64 O Network status
STATUS 4 O Power on status
Serial port
UART_DTR 69 I Data terminal ready
UART_RI 68 O Ring indicator
UART_DCD 70 O Data carrier detect
If these pins are unused,
CTS 34 O Request to send
keep open.
RTS 33 I Clear to send
TXD 32 O Transmit data
RXD 31 I Receive data
Fonte: (SIMCOM, 2018)

38
Tabela 9 – Descrição dos pinos SIM800L

Debug interface
VBUS 7 I
If these pins are unused, keep
USB_DP 59 I/O Debug and download
open.
USB_DM 19 I/O
ADC
10 bit general analog to digital If these pins are unused, keep
ADC 50 I
converter open.
PWM
If these pins are unused, keep
PWM 26 O Pulse-width modulation
open.
I²C
SDA 75 I/O I²C serial bus data
Need external pulled up
SCL 74 O I²C serial bus clock
Fonte: (SIMCOM, 2018)

Tabela 10 – Descrição dos pinos SIM800L

SIM card interface


Voltage supply for SIM
VSIM 16 O card support 1.8V or 3V
All signals of SIM interface should
SIM card
be protected against ESD with a TVS
SIM_DATA 14 I/O SIM data input/output
diode array.
SIM_CLK 55 O SIM clock
SIM_RST 15 O SIM reset
SIMPRE 54 I SIM card detection Reservation function
Antenna interface
ANT 40 I/O Connect GSM antenna
FM_ANT_P 17 I
Differential antenna for FM
FM_ANT_N 57 I
Fonte: (SIMCOM, 2018)

39
4. DESENVOLVIMENTO E ELABORAÇÃO DO PROTÓTIPO

Será apresentado neste capítulo o desenvolvimento do protótipo. Para melhor


entendimento o processo foi dividido em etapas:
 Fluxograma de funcionamento;
 Montagem do sistema em protoboard;
 Desenvolvimento da lógica para Arduino;
 Realização de testes;

4.1. FLUXOGRAMA DE FUNCIONAMENTO

Um fluxograma é a representação gráfica de um processo, em que as etapas são


ilustradas de forma encadeada por meio de símbolos geométricos interligados.
De forma resumida, o sensor de gás irá detectar se ocorreu vazamento no ambiente e
irá mandar essa informação ao Arduino através de sua porta de saída digital, por sua vez o
Arduino irá processar essa informação através do programa, imprimirá no display a
mensagem de alerta, acenderá o led vermelho, cortará o fornecimento de energia para o
ambiente e enviará um SMS para o número cadastrado. Esse processo é mostrado no
fluxograma da Figura 17.

40
Figura 17 – Fluxograma de funcionamento do sistema

41
4.2. MONTAGEM DO CIRCUITO NO PROTOBOARD

O sistema foi montado em um protoboard a fim de testar as ligações e realização de


testes. A Figura 18 traz a montagem do sistema e a Figura 19 mostra um desenho esquemático
feito no software Fritzing.

Figura 18 – Montagem em Protoboard

42
Figura 19 – Esquemático do sistema

Para o funcionamento do módulo GSM foi necessário uma fonte própria dedicada ao
mesmo, foi utilizada uma fonte de 9V 1A com um regulador de tensão ajustado para 4,4V,
conforme pode ser visto na Figura 18.

4.3. ELABORAÇÃO DO SKETCH PARA O ARDUINO

Foi elaborado um sketch (código) para o Arduino executar as etapas descritas na


Figura 17, foi programado utilizando o próprio software do micro controlador. No início do
código foram adicionadas as bibliotecas referentes ao display e a comunicação serial, assim
como a função das portas do Arduino, conforme pode ser visto na Figura 20. Foram
adicionadas duas variáveis, “contador” e “contador 2” com valores = 1 respectivamente, que
será explicado sua função mais à frente.

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Figura 20 - Inclusão das bibliotecas

Agora se entra na função “setup”, que nada mais é do que uma função de configuração
e é executada apenas uma vez no programa, sempre que o Arduino é ligado ou resetado. Nela
os leds, e o relé foram definidos como saídas e o sensor de gás como entrada do Arduino.
Ainda no “setup” é feito o start da comunicação com o GSM e inicializa o display, conforme
visto na Figura 21.

Figura 21 - Definições de entrada, saídas, inicialização do GSM e display

Conforme datasheet do sensor de gás, ao ser ligado o mesmo necessita de um tempo


para estabilizar sua face sensora, pois possui um aquecedor que fornece as condições ideais de
trabalho. Ainda na função “setup” do Arduino, foi elaborada uma lógica para garantir essa

44
equalização afim de não ocorrer erros na leitura e comprometer a segurança do ambiente,
conforme é mostrado na Figura 22. O sinal do sensor de gás é ignorado, ficando o relé
desligado (energia do local desligada).

Figura 22 - Lógica para equalização do sensor sempre que for energizado

Sempre que o sistema for energizado ou resetado, esta lógica manterá o relé
desenergizado (sem energia no ambiente), manterá os leds vermelho e verde acionados por
um período de 5 segundos (esse tempo somente para demonstração, podendo ser o tempo que
desejar) e a mensagem “AGUARDE, ESTABILIZANDO SENSOR” será impressa no
display, após esse tempo será habilitada a leitura do sinal do sensor de gás.
Seguindo a lógica do programa entramos na função “Void loop”, onde serão
executadas as etapas descritas no fluxograma da Figura 17. Inicia-se com o passo a passo para
envio do SMS se houver detecção de vazamento do gás, conforme mostrado na Figura 23.

45
Figura 23 - Lógica para envio do SMS

Quando o sensor atuar, sua saída digital irá para 0V. A lógica funciona da seguinte
maneira: Se a entrada do Arduino referente ao sensor for 0V e o valor da variável “contador”
for igual a 1 é realizado o envio do SMS. A variável “contador” é usada para bloquear o envio
consecutivo de SMS ao número cadastrado, ao ser enviado o primeiro SMS é escrito na
variável “contador” o valor 2, com isso na próxima varredura do programa não será enviado o
SMS, somente em um próximo acionamento do sensor. No final da lógica da Figura 23 é
escrito na variável “contador2” o valor 1, condição necessária para imprimir no display a
mensagem de status ok, será visto mais adiante.
Seguindo a sequência do programa, é visto a condição de acionamento do led
vermelho, o corte da energia através do relé e a mensagem de alarme no display, conforme
pode ser visto na Figura 24.

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Figura 24 - Condição de acionamento do led vermelho, corte da energia e mensagem de alerta
no display

Caso seja detectado o gás, o led verde apaga, acende o led vermelho, a mensagem de
alerta é impressa no display e a energia do local é cortada.
Finalizando a sequência do programa é mostrado a lógica caso não seja detectado
vazamento de gás pelo sensor conforme Figura 25.

47
Figura 25 - Lógica se não for detectado vazamento de gás

A lógica da Figura 25 é a sequência da lógica da Figura 24 com as funções if (se) e


else (se não). Na Figura 25 a lógica está dentro da função else (se não), ou seja, se não ocorrer
a detecção de gás e se o “contador2” for igual 1, a mensagem “STATUS OK NÃO HÁ GAS
NO AMBIENTE” é impressa no display, o led verde acende, o led vermelho apaga e o relé
libera a energia do local monitorado. Nesta mesma lógica é escrito na variável “contador” o
valor 1 (condição necessária para o envio do SMS se houver detecção do gás) e na variável
“contador2” é escrito o valor 2, mantendo “travada” a mensagem no display.

48
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS E TRABALHOS FUTUROS

Neste último capítulo serão apresentados os testes realizados, as dificuldades


encontradas no desenvolvimento do sistema, o custo total para o protótipo, a conclusão e
possíveis melhorias para futuros trabalhos com este sistema de monitoramento.

5.1. TESTES REALIZADOS

Para a realização dos testes foi usado um isqueiro a fim de simular o vazamento e
concentração do gás LP no ambiente, liberando o gás próximo ao sensor. O sensor de gás
MQ-6 possui um ajuste de sensibilidade (trimpot) para sua saída digital, ao liberar o gás do
isqueiro próximo ao sensor, o sistema funcionou conforme o fluxograma da Figura 17,
desligando o relé (circuito elétrico do ambiente) e enviando um SMS para o número
cadastrado no programa do Arduino. Vale lembrar que em um ambiente fechado o gás irá se
concentrar de forma mais rápida pela falta de circulação de ar, fazendo com que o sistema
atue também de maneira mais rápida.
O GLP é mais denso que o ar, conforme já informado neste trabalho, com isso o gás se
acumula ao nível do solo, expulsando o oxigênio gradativamente do ambiente. Mediante essa
informação, o sensor deve ser instalado pouco acima do piso, garantindo melhor eficácia.

5.2. DIFICULDADES ENCONTRADAS

A principal dificuldade encontrada foi a realização da função SMS do sistema,


primeiro pelo fato do shield GSM não detectar a rede de telefonia móvel, algo que
impossibilitava saber se o código realizado para esta função no Arduino estava correto. Foram
testados três chips de operadoras diferentes sem sucesso, então foi comprado outro shield
GSM do mesmo fornecedor e obtive a mesma dificuldade, sem detecção de rede GSM. Foi
comprado mais um módulo, mudando de fornecedor e nesse momento obtive sucesso na
detecção da rede GSM pelo shield, provavelmente um defeito de lote.
Com essa etapa resolvida foi possível realizar os testes de envio de SMS, que foi mais
uma dificuldade encontrada. O módulo possuía sinal de rede, mas o programa não conseguia
startar o envio da mensagem de texto e após algumas pesquisas em literaturas e internet,
foram realizadas modificações na lógica e comandos, obtendo êxito. Com a função SMS
funcionando, foi observado que no momento em que o sensor entrava em operação, a cada
49
varredura, uma mensagem de texto era enviada, algo que se tornou um inconveniente tanto
economicamente quanto para a pessoa que estaria recebendo tais mensagens. Foi
implementado na lógica uma variável chamada “contador”, fazendo com que seja enviado
apenas um SMS por atuação do sensor (parâmetro que fica a critério do usuário, podendo ser
quantas mensagens quiser).

5.3. CUSTO DO SISTEMA

A Tabela 11 traz os componentes utilizados, seus valores e o total gasto para


montagem do protótipo.

Tabela 11 – Custo do sistema

ORÇAMENTO
Item Valor unitário (R$) Quantidade Valor total (R$)
Arduino UNO 46,90 1 46,90
Módulo relé 2 canais 20,00 1 20,00
Display LCD 20x4 com serial I2C 40,00 1 40,00
Módulo sensor de gás MQ-6 24,90 1 24,90
Módulo GSM SIM800L Quad Band 39,00 1 39,00
Fonte de alimentação 9V 1A 18,90 2 37,80
Kit de cabo jumper para Arduino 21,50 1 21,50
Protoboard Hikari 830 pontos 60,00 1 60,00
Resistor 220 Ohms 0,60 2 1,20
Led vermelho 0,80 1 0,80
Led verde 0,80 1 0,80
Regulador de tensão LM 2596 7,50 1 7,50
TOTAL - - 300,4

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5.4. CONCLUSÃO

O sistema desenvolvido neste trabalho foi capaz de realizar as funções propostas,


captando gás LP no ambiente mantendo o seguro contra explosões, desligando a energia local,
alertando através de um aviso em display e SMS. Este tipo de sistema oferece grande
segurança às residências e comércios possibilitando que nenhum vazamento de gás passe
despercebido e que medidas corretivas e preventivas sejam tomadas evitando assim
vazamentos futuros.
O sensor MQ-6 funcionou conforme o esperado, detectando somente gás LP no
ambiente, apresentando excelente estabilidade. O Arduino cumpriu efetivamente sua função
no sistema, sendo a unidade lógica de controle. O módulo GSM cumpriu bem sua função,
enviando mensagens de texto e totalmente estável.
Reforço que este trabalho visou apenas a montagem de um protótipo de um sistema de
monitoramento de vazamento de gás, o objetivo foi devidamente alcançado, porém ficam
espaços para melhorias do projeto.

5.5. SUGESTÕES PARA FUTUROS TRABALHOS

O objetivo principal no desenvolvimento deste trabalho foi mostrar que um sistema de


monitoramento de vazamento de gás com o corte do circuito elétrico e alarme via SMS é
possível de ser criado e provar sua importância em aplicações residenciais e comerciais,
porém, melhorias e aprimoramentos podem ser feitos para um funcionamento ainda melhor do
sistema.
Uma sugestão é a utilização da saída analógica do sensor de gás afim de verificar o
nível de gás no ambiente, atuando o sistema após um percentual de gás detectado. Outra
possível melhoria é a montagem do sistema em caixa, com a devida fixação dos componentes.
Se todos os componentes forem instalados no próprio local de monitoramento, deverá ser
utilizado uma caixa ou painel ante explosão, para que o próprio sistema não venha a causar
um acidente. O ideal é a montagem do painel em local diferente do que se está sendo
monitorado, ficando no ambiente somente o sensor. Pode também ser utilizados mais de um
sensor de monitoramento, espalhados no ambiente, garantindo uma detecção mais rápida.
Outra forma de melhoria do sistema seria implementar um dispositivo que corte o
fornecimento de gás, como por exemplo, uma válvula. O que deve ser observado é o local de
instalação, que se for dentro do próprio ambiente deverá ser uma válvula ante explosão.
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