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FACULDADE GUARAPUAVA

ENGENHARIA ELÉTRICA
VINICIUS ANDRÉ DE LIMA

ESTUDO DE CASO DE UM SISTEMA DE GERAÇÃO


FOTOVOLTAICA CONECTADA À REDE ELÉTRICA
CONVENCIONAL

Guarapuava – 2020
FACULDADE GUARAPUAVA
ENGENHARIA ELÉTRICA
VINICIUS ANDRÉ DE LIMA

ESTUDO DE CASO DE UM SISTEMA DE GERAÇÃO


FOTOVOLTAICA CONECTADA ÀREDE ELÉTRICA
CONVENCIONAL

Trabalho de conclusão de curso


apresentado a Faculdade Guarapuava,
como parte das exigências do curso de
engenharia elétrica para obtenção do título
de engenheiro eletricista.

Orientador (a): Leomar Panizzi.

Guarapuava – 2020
Dedico este trabalho aos meus pais João Ademir
de Lima (in memoriam) e Arlinda Maria Beraldo
de Lima, aos meus irmãos Cezar Ricardo de
Lima e Michel Lucas de Lima e também a minha
Esposa Lidiane Pontarolo de Lima.
RESUMO

A crise energética com a falta de chuvas e com o nível dos reservatórios


baixos, atrelado a ausência de investimentos juntamente tornou se necessário a
implementação das bandeiras tarifárias nós levam a utilizar-se das energias
renováveis, através de um estudo vamos analisar a energia solar. Este trabalho
apresenta um estudo da energia elétrica fornecida pelo sistema solar convertendo o
calor em energia elétrica através de módulos fotovoltaicos. O estudo tem como
esfera principal a sustentabilidade possibilitando assim um modelo em prol da
sociedade avaliando os índices e o potencial de radiação solar que será comparado
com os dados de material bibliográfico e via software. Dessa forma foi possível a
comparação de um sistema on-grid baseado em uma perspectiva de geração de
energia elétrica através de módulos fotovoltaicos. Para a análise financeira adotou-
se o consumo da UC 4823132 (CMEI SANTANA) a qual possui uma média de 1.000
kWh/mês foram considerados os aspectos técnicos e orçamento. Também foram
considerados os aspectos técnicos e econômicos juntamente com um projeto
arquitetônico e elétrico elaborado para obtermos o melhor índice de geração.

Palavras chave: Energia Elétrica. Sistema Fotovoltaico. Sustentabilidade.


ABSTRAT

The energy crisis with the lack of rain and the level of low reservoirs, coupled with the
lack of investments together made it necessary to implement tariff flags that lead us
to use renewable energies, through a study we will analyze solar energy. This work
presents a study of the electrical energy supplied by the solar system converting heat
into electrical energy through photovoltaic modules. The study has sustainability as
its main sphere, thus enabling a model for the benefit of society, evaluating the
indexes and the potential of solar radiation that will be compared with data from
bibliographic material and via software. In this way, it was possible to compare an on-
grid system based on a perspective of electricity generation through photovoltaic
modules. For the financial analysis, the consumption of UC 4823132 (CMEI
SANTANA) was adopted, which has an average of 1,000 kWh / month the technical
aspects and budget were considered. The technical and economic aspects were also
considered together with an architectural and electrical project designed to obtain the
best generation index.

Keywords: Electricity. Photovoltaic system. Sustainability.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1:Esquema Básico de radiação solar ............................................................. 17


Figura 2:Heliógrafo .................................................................................................... 17
Figura 3:Piranômetro ................................................................................................. 18
Figura 4:Efeito fotovotaico ......................................................................................... 19
Figura 5:Placas de silícios monocristalino, policristalino e amorfo ............................ 20
Figura 6: Conexão de células em série ..................................................................... 23
Figura 7: Conexão de células em paralelo ................................................................ 23
Figura 8:Circuito elétrico básico de controladores de carga em paralelo .................. 24
Figura 9:Circuito elétrico básico de controladores de carga em série. ...................... 24
Figura 10:Células e elementos de uma bateria chumbo-ácido ................................. 27
Figura 11:Sistema fotovoltaico isolado ...................................................................... 28
Figura 12: Estação meteorológica ............................................................................. 39
Figura 13: Análise do sistema solergo ...................................................................... 40
Figura 14: Latitude e longitude com referência do CRESESB e SUN DATA. ........... 41
Figura 15: Comparativo de exposição solar projeto parque do lago.. ....................... 42
Figura 16: Desenho técnico de um módulo TSM – PE15H - 350.. ............................ 45
Figura 17: Inversor string SIW200-M085.. ................................................................. 46
Figura 18: Dimensionamento de componentes do sistema via solergo.. .................. 48
Figura 19: Layout do projeto...................................................................................... 49
Figura 20: Diagrama unifilar.. .................................................................................... 50
Figura 21: Vista frontal do projeto.. ........................................................................... 53
Figura 22: Consumo UC 4823132... .......................................................................... 57
Figura 23: Retorno econômico... ............................................................................... 58
LISTA DE EQUAÇÕES

Equação 1 – Distância de sombreamento [18] .......................................................... 43


Equação 2 – Número de módulos fotovoltaicos[15] .................................................. 44
Equação 3 – Área utilizada [21]................................................................................. 54
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Oferta interna de energia elétrica (OIEE). Adaptado de [2] ..................... 15


Tabela 2 – Inversor WEG string. Adaptado de [20] ................................................... 47
Tabela 3 – A fiação – cabo da série fotovoltaica ....................................................... 51
Tabela 4 – A fiação – série fotovoltaica – Q.inversor ................................................ 52
Tabela 5 – A fiação – Q.inversor – Q. medição ......................................................... 52
Tabela 6 – Preço formação de kit integrador WEG ................................................... 54
Tabela 7 – Histórico de consumo UC 4823132 [00] .................................................. 55
LISTA DE ABRIVIATURAS E SÍMBOLOS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

ANEEL Agência Nacional de Energia Elétrica

CA Corrente Alternada

CC Corrente Continua

CEP Código de Endereçamento Postal

CREA Conselho Regional de Engenharia e Agronomia

EPR Etileno Propileno

IEC Comissão Eletrotécnica Internacional

IGBT Insulated Gate Bipolar Transistor

IOEE Oferta interna de energia elétrica

MPPT Maximum Power Point Tracking

NBR Normas Brasileiras

K Kelvin

LED Light Emitting Diode

ONS Operador Nacional do Sistema

PE Polietileno

PVC Cloreto de Polivinila

SIN Sistema Interligado Nacional

TCO Transparent conductive oxide

TWH Terawatt-hora
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 12
2. OBJETIVOS .......................................................................................................... 13
2.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................... 13
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................ 13
3. SISTEMAS DE GERAÇÃO ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA ....................... 14
3.1 MATRIZ ENERGÉTICA MUNDIAL .................................................................. 14
3.2 MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA ............................................................. 14
3.3 A ENERGIA SOLAR ........................................................................................ 15
3.4 ENERGIA FOTOVOLTAICA BRASILEIRA ...................................................... 18
3.5 EFEITO FOTOVOLTAICO ............................................................................... 18
4. SISTEMAS, MÓDULOS FOTOVOLTAICOS E SEUS COMPONENTES ............. 20
4.1 SISTEMAS FOTOVOLTAICOS........................................................................ 20
4.2 PAINEL SOLAR FOTOVOLTAICO .................................................................. 20
4.3 MÓDULO FOTOVOLTAICO DE SÍLÍCIO CRISTALINO .................................. 20
4.4 MÓDULO FOTOVOLTAICO DE SILÍCIO MONOCRISTALINO ....................... 21
4.5 MÓDULO FOTOVOLTAICO DE SILÍCIO POLICRISTALINO. ......................... 21
4.6 MÓDULOS DE FILMES DE SILÍCIO. .............................................................. 22
4.7 MÓDULOSDE TERULETO DE CÁDMIO (CDTE)............................................ 22
4.8 MÓDULOS FOTOVOLTAICOS CIGS .............................................................. 22
4.9 CONFIGURAÇÃO SÉRIE E PARALELO. ........................................................ 22
4.10 CONTROLADORES DE CARGA. .................................................................. 23
4.11 INVERSORES................................................................................................ 25
4.12 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO. .............................................................. 25
4.13 BATERIAS. .................................................................................................... 25
4.13.1 Baterias de chumbo-ácido. ......................................................................... 26
4.13.2 Baterias de níquel-cádmio. ......................................................................... 27
5. CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS FOTOVOLTAICOS ..................................... 28
5.1 SISTEMA ISOLADO DÓMESTICO OU AUTÔNOMO ..................................... 28
5.2 SISTEMAS ISOLADOS NÃO DOMÉSTICOS .................................................. 28
5.3 SISTEMAS HÍBRIDOS ..................................................................................... 28
5.4 SISTEMAS CENTRALIZADOS À REDE DE DISTRIBUIÇÃO ......................... 29
5.5 SISTEMAS DISTRIBUÍDOS LIGADOS À REDE DE DISTRIBUIÇÃO ............. 29
6. ANEEL, LEI, DECRETO E PRODIST ................................................................... 30
7. SOLERGO - PROJETO DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS CONECTADOS À
REDE OU ISOLADOS. ............................................................................................. 35
7.1 DADOS GERAIS DO SISTEMA ....................................................................... 35
7.2 SISTEMA, GERADOR, COMPONENTES ...................................................... 36
7.3 RESULTADO ECONÔMICO ............................................................................ 36
7.4 ISOLERGO ...................................................................................................... 37
8. MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................... 38
8.1 ANÁLISES DE MAPAS E DADOS DE INSOLAÇÃO NO MUNICÍPIO DE
“GUARAPUAVA”............................................................................................... 39
8.2 COMPARATIVO SISTEMA ON-GRID E OFF-GRID ....................................... 39
8.3 ANÁLISE DO SISTEMA VIA SOFTWARE SOLERGO .................................... 39
8.4 ANÁLISE DE EXPOSIÇÃO SOLAR CRESESB, SUN DATA E SOFTWARE
SOLERGO ........................................................................................................ 41
8.5 ANÁLISE DE GEOMETRIA SOLAR ................................................................ 43
8.6 CÁLCULO DO NÚMERO DE MÓDULOS E DIMENSIONAMENTO DO
INVERSOR. ...................................................................................................... 44
8.7 PROJETO DO SISTEMA. ................................................................................ 49
8.8 DESENHO DO PROJETO. .............................................................................. 53
8.9 CUSTO DO SISTEMA. .................................................................................... 54
9. RESULTADOS OBTIDOS .................................................................................... 55
10. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................ 58
11. REFERÊNCIAS ........................................................................................... 59 e 60
12. ANEXOS ............................................................................................................. 63
12.1 ANEXO 1 ....................................................................................................... 63
12.2 ANEXO 2 ....................................................................................................... 64
12.3 ANEXO 3 ....................................................................................................... 65
12.4 ANEXO 4 ....................................................................................................... 66
12

1. INTRODUÇÃO

O setor energético brasileiro vem enfrentando uma grande crise,


principalmente na geração de energia elétrica, quando cada vez mais usinas
térmicas são acionadas para suprir a demanda do sistema. Essa energia não
renovável e poluente. Alternativas foram criadas como o horário de verão, tendo
como principal finalidade aliviar a sobrecarga do sistema. Foram criadas também as
bandeiras tarifárias.

As bandeiras tarifárias que possuem três cores, a bandeira verde onde as


condições estão favoráveis e a geração ocorre normalmente e sem nenhum
acréscimo no valor, a bandeira amarela opera com as condições de geração menos
favoráveis e a tarifa sofre acréscimo de R$ 0,01343 para cada quilowatt-hora (kWh)
consumidos por fim a bandeira vermelha que possui dois patamares:
Bandeira vermelha - Patamar 1: condições mais custosas de geração. A tarifa sofre
acréscimo de R$ 0,04169 para cada quilowatt-hora kWh consumido e Bandeira
vermelha - Patamar 2: condições ainda mais custosas de geração. A tarifa sofre
acréscimo de R$ 0,06243 para cada quilowatt-hora kWh consumido.

A energia renovável ganha força para minimizar a queima de combustíveis


fósseis, onde a sua energia é liberada em forma de calor por meio da combustão
quando geralmente o petróleo, o gás natural e o carvão são queimados.

Os quando uma usina térmica é acionada os riscos ao meio ambiente são


inevitáveis assim como: o aquecimento global decorrente do efeito estufa e da chuva
ácida, além de ser poluente.

Este trabalho de conclusão de curso dedica-se a um estudo de caso tendo


como o principal objetivo demonstrar a implantação de um empreendimento de um
sistema de geração solar fotovoltaico em uma área de lazer do município,
transformando a energia solar em eletricidade, buscando novos meios que não
afetem o meio ambiente. Gerando energia limpa e sustentável, esse modelo de
geração tem como finalidade minimizar os gastos e incentivar a sustentabilidade.
13

2. OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL


O objetivo principal deste trabalho é demonstrar a aplicação de painéis
fotovoltaicos através de estudo a um sistema conectado à rede elétrica convencional
de distribuição, utilizando um local pertencente ao município de Guarapuava - PR.

A escolha do local foi justamente pensando em sustentabilidade onde a idéia


principal seria instalar o sistema na usina do conhecimento, porém o telhado não
permite uma boa geração, pois a sua face norte não possui telhado e foi identificado
alguns pontos de sombreamentos como árvores.

Sendo assim optou se por um local utilizado para eventos com uma edificação
a qual possa receber os módulos fotovoltaicos e continuando a fazer o uso do
espaço.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


1. Verificar o estado de tecnologia dos sistemas fotovoltaicos disponíveis
comercialmente através de pesquisa de material bibliográfico e com auxilio de
software;

2. Estudar a viabilidade da interligação da energia gerada com o sistema elétrico


de potência ou a rede de energia elétrica do município de Guarapuava/PR;

3. Efetuar o levantamento dos materiais que serão utilizados no desenvolvimento


do estudo de caso;

4. Buscar uma parceria com a concessionária de energia elétrica do município


(ENERGISA), com a prefeitura de Guarapuava e com empresas do setor
público/privado. Buscando também o envolvimento junto ao meio acadêmico e
cargos técnicos para agregar experiência no projeto, tanto esse apoio técnico quanto
o orçamentário são de suma importância da execução do sistema.
14

3. SISTEMAS DE GERAÇÃO DE ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA

3.1 MATRIZ ENERGÉTICA MUNDIAL


O modelo mundial atual é formado com base em combustíveis fósseis como:
petróleo, gás natural e o carvão mineral. Seu impacto é nocivo ao meio ambiente
levando a buscas constantes por meio alternativos e sustentáveis usufruindo de
recursos naturais. Os problemas como o efeito estufa e os acúmulos de gases
poluentes na atmosfera como causadores do aquecimento global [1].

3.2 MATRIZ ENERGÉTICA BRASILEIRA


A importância dos incentivos para o setor renovável em 2019 deixa claro o
avança na matriz energética brasileira. A oferta de 651,3 TWh, montante de 2,3%
superior ao ano de 2018. Nesse contexto o destaque de aumentos de 15,5% na
oferta eólica, 10,7% no gás natural e de 2,3% na hidráulica nacional. A participação
da geração solar teve um aumento de 92,2% mas ainda com uma baixa
representação. Em 2019, as fontes renováveis ficaram com 83% da participação na
matriz da OIEE. A geração hidráulica continua com a sua supremacia mesma com
uma pequena redução no ano de 2019, em razão do lado paraguaio ter recuado,
conforme podemos verificar na tabela 1 [2].
15

Tabela 1: Oferta interna de energia elétrica (OIEE). Adaptado de [2]


___GWh__ ___Estrutura (%)___
ESPECIFICAÇÃO 19/18%
2018 2019 2018 2019
HIDRÁULICA 388.971 397.877 2,3 61,1 61,1
BAGAÇO DE CANA 35.435 36.827 3,9 5,6 5,7
EÓLICA 48,475 55.986 15,5 7,6 8,6
SOLAR 3.461 6.655 92,2 0,54 1,02
OUTRAS RENOVÁVEIS ( a ) 18.947 18.094 -4,5 3,0 2,8
ÓLEO 9.293 6.962 -25,5 1,5 1,1
GÁS NATURAL 54.622 60.448 10,7 8,6 9,3
CARVÃO 14.204 15.327 7,9 2,2 2,4
NUCELAR 15.674 16.219 2,9 2,5 2,5
OUTRAS NÃO RENOVÁVEIS ( b ) 12.314 12.060 -2,1 1,9 1,9
IMPORTAÇÃO 34.979 24.957 -28,7 5,5 3,8
TOTAL ( c ) 636.375 651.285 2,3 100,0 100,0
Dos quais renováveis 530.269 540.395 1,9 83,3 83,0
( a ) Lixívia, biogás, casca de arroz, capim elefante, resíduos de madeira e gás de c.
vegetal; (b) Gás de alto forno, gás de aciaria, gás de coqueira, gás de refinaria, gás de
enxofre e alcatrão; ( c ) inclui autoprodutor cativo, que não usa a rede básica

O sistema interligado nacional (SIN), responsável por atender 98% do


mercado brasileiro de energia elétrica, possui predominância em usinas hidrelétricas
(UHE) com múltiplos proprietários [1].

O (SIN) é formado por empresas das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste,


Nordeste e parte da região Norte do Brasil. Segundo o operador nacional do sistema
(ONS), somente 3,4% da geração elétrica brasileira não está integrada ao (SIN).
Pequenos sistemas isolados com localização nas regiões Centro-Oeste e Norte e
principalmente na região Amazônica são abastecidos por termelétricas movidas a
base de óleo diesel [1].

3.3 A ENERGIA SOLAR


O sol é denominado uma grande estrela e constituiu uma massa gasosa, sua
temperatura de 15 milhões de Kelvin produz a energia proveniente do processo de
fusão nuclear decorrentes da grande temperatura do seu núcleo. [3]
16

Ao atravessar a atmosfera, a radiação é atenuada devido a processos físicos


de espalhamento e absorção com os constituintes atmosféricos e a superfície do
planeta, somente parte da radiação solar atinge a terra, devido e reflexão e absorção
dos raios pela atmosfera [4]

A incidência total da radiação solar sobre um corpo ao solo é a soma dos


componentes direto, difuso e refletido [5].

A reflexão é um fenômeno óptico, ocorre quando a luz incide sobre uma


superfície e retorna ao seu ponto de origem. A reflexão possui dois tipos a difusa e a
regular: a difusa ocorre quando a luz incide sobre uma superfície irregular, já a
regular os raios são refletidos ficando paralelamente uns aos outros [4].

A dispersão é basicamente a luz branca, formada por numerosas radiações


coloridas, elas podem ser separadas com auxilio de um prisma, formando uma
imagem conhecida como espectro. O espectro é formando por um número infinito de
cores [4].

A estimativa é que a energia solar incidente sobre a terra seja dez mil vezes o
consumo energético mundial. As nuvens, os gases, as partículas atmosféricas e a
superfície da terra refletem cerca de 30% da radiação incidente no topo da
atmosfera. Os outros 70% restantes são absorvidos, o qual produz o aquecimento
do sistema chegando a evaporação da água ou convecção (calor sensível) [4].

Radiação direta é aquela com origem no disco solar sem sofrer mudança na
direção [5].

Radiação difusa é aquela recebida por um corpo, com a mudança da direção


dos raios solares com reflexão e espelhamento [5].

Radiação refletida varia com a característica do solo e da inclinação de


equipamentos. Os níveis de radiação variam de acordo com a região, com as
diferentes latitudes, condições do tempo (meteorológica) e altitude em um plano
horizontal de superfície e também com as variações das estações do ano, conforme
mostrado na Figura 1 [5].
17

Figura 1 - Esquema básico de radiação solar


Fonte: Adaptado de
https://aulasdegeografiaodivelas.wordpress.com/2015/06/12/nocoes-
radiacao-solar/ - em 20/10/2020.

O heliógrafo é usado para medir a duração da insolação, com um


funcionamento simples, sendo focalizar a radiação solar sobre uma faixa de papel
que serve como base para calcular incidência das horas de insolação, seu
movimento faz com que ocorra o registro em um papel localizado sobre um tambor.
A Figura 2 [6] exemplifica este equipamento.

Figura 2 - Heliógrafo
Fonte: https://meteoropole.com.br/2012/03/bola-de-cristal/
20/10/2020.

A medição do solar pode ser feita pelo piranômetro possui um sensor que
recebe a radiação por várias direções, utilizado para medir a radiação solar global,
conforme Figura 3 [6].
18

Figura 3 – Piranômetro.
Fonte: https://www.agriexpo.online/pt/prod/delta-t-devices/product-
176237-64173.htmlem 20/10/2020.

3.4 ENERGIA FOTOVOLTAICA BRASILEIRA


O Brasil possui um grande potencial de energia solar, apresentando um
grande potencial de aproveitamento energético. A utilização de energia solar traz
grandes benefícios [4].

Em países tropicais, como o Brasil, a utilização da energia solar é viável em


praticamente todo o território. A energia solar não polui durante seu uso e os painéis
são cada vez mais potentes [4].

O Brasil possui um excelente índice de incidência solar e a região com mais


intensidade é a região nordeste, a região do semiárido encontra se como a que
possui os melhores índices variando de 200 a 250 kW/m 2 de potência contínua que
equivale a 1.752 kW/m2 a 2.190 kW/m2 por ano de radiação incidente, isso coloca a
região entre as localidades com maior potencial de geração do mundo [5].

3.5 EFEITO FOTOVOLTAICO


A junção do silício pn fica exposta aos fótons, para obter a potência elétrica, a
existência de um campo elétrico é diferente de zero. Com isso ocorre a aceleração
das cargas gerando uma corrente através de uma junção, obtida com a inserção de
impurezas o semicondutor, conhecido como efeito fotovoltaico, conforme a Figura 4
[5].
19

Figura 4: Efeito fotovoltaico


Fonte:Adaptado de
http://image.slidesharecdn.com/asenergiassolareelicacasasolar2013-150909225446-
lva1-app6892/95/as-energias-solar-e-elica-casasolar-2013-44-638.jpg?cb=1441839881
– em 20/10/2020.

O efeito fotovoltaico é o processo físico no qual a célula fotovoltaica converte


a luz solar em eletricidade. A luz solar compostas por partículas de energia, ou
fótons, contém grande quantidade de energia. Quando ocorre a colisão dos fótons
com uma célula fotovoltaica, uma parte é absorvida gerando a eletricidade [5].

A energia dos fótons de luz é transferida por elétrons, os mesmos ganham a


capacidade de se movimentar, esse movimento faz com que gere a corrente elétrica
[5].

O efeito fotovoltaico é decorrente da presença da banda de valência, ou seja,


com a presença de elétrons e a banda de condução fica vazia sem a presença de
elétrons. O condutor mais usado é o silício que se liga formando uma rede cristalina
[9].
20

4. SISTEMAS, MÓDULOS FOTOVOLTAICOS E SEUS COMPONENTES

4.1 SISTEMAS FOTOVOLTAICOS


O sistema fotovoltaico possui uma composição de um ou mais módulos
fotovoltaicos e também uma série de equipamentos para formar a sua
complementação, como baterias, controladores de carga, inversores e
equipamentos de proteção [7].

4.2 PAINEL SOLAR FOTOVOLTAICO


Os materiais utilizados na fabricação das células solares fotovoltaicas são
classificados em células monocristalinas, policristalinas e amorfas. Já em fase de
desenvolvimento e comercialização, a célula de película fina é o que há de mais
novo no mercado, conforme a Figura 5 [8].

Figura 5 – Placas de silícios monocristalino, policristalino e amorfo [Fonte: Autor]

O Si no estado sólido é relativamente pouco reativo, no estado líquido sua reação


torna se fácil, formando ligas ou silicatos de metais [10].

4.3 MÓDULO FOTOVOLTAICO DE SILÍCIO CRISTALINO


Esses módulos lideram as vendas no mercado mundial comparando com as
outras tecnologias. Para facilitar até mesmo em projetos arquitetônicos os módulos
estão disponíveis em algumas cores para facilitar a adequação em qualquer tipo de
ambiente [4].
21

O silício em grau eletrônico de possuir um nível de pureza alto, ele também


possui a presença fósforo suficiente para a redução da resistência do silício em seu
grau eletrônico. Seu processo comercial utilizado atualmente foi desenvolvido pela
siemens em 1953 e tornou se um processo interessante para fins sintéticos como
exemplo na exploração da reversibilidade [4].

A estimativa que seu tempo de uso tenha um rendimento de no mínimo 25


anos, sendo assim esse módulo possui duas garantias um por tempo de vida útil e
outra por defeito de fabricação com variação de 3 a 5 anos [4].

4.4 MÓDULO FOTOVOLTAICO DE SILÍCIO MONOCRISTALINO


O silício monocristalino, historicamente, é o mais utilizado e também por
possuir uma matéria prima em abundância [5].

A principal característica pertence a sua construção, a qual utiliza o silício


com forma de um único cristal, o qual pode ser obtido em dois processos. O método
Czocharalski (Si-CZ) e com a técnica de fusão zonal flutuante (Si-FZ). Esses
processos passam por um processo de aquecimento em fornos até a formação do
cristal, com o corte do cristal em laminas pode-se obter a fabricação das células [15].

4.5 MÓDULO FOTOVOLTAICO DE SILÍCIO POLICRISTALINO


Silício policristalino ou silício multicristalino, exige um processo muito
menos rigoroso do que a do silício monocristalino, seu custo é o mais viável, porém
a sua eficiência é inferior ao do silício monocristalino. Sua eficiência teórica no
processo máximo de conversão de luz solar para energia elétrica é de 27% e em
alguns painéis são encontrados uma faixa de 15 a 18% [7].

Sua forma principal é composta por pequenos cristais ordenados em


centímetros, que juntos formam um bloco. Possui um aspecto visível onde nota-se
manchas devida a diferença dos cristais, seu processo de produção é barato, porém
sua eficiência é menor em virtude das interfaces no cristal [15].
22

4.6 MÓDULOS DE FILMES FINOS DE SILÍCIO


A célula de silício apresenta um grau elevado na estruturação dos átomos e
por esse motivo ela torna-se diferente das outras. O silício amorfo tendo o seu uso
em fotocélulas vem mostrando grandes avanços [7].

Esses módulos possuem células de filmes finos, são fabricados com


elementos que possuem alta absorção óptica com camadas de semicondutores finos
poucos micrometros, sua superfície pode ser rígida ou flexível [15]

O processo da célula de silício amorfo possui uma junção tripla, a-Si:h, a-


SiGe:h e (TCO – transparent conductive oxide), o mesmo processo de deposição de
camadas pode ser realizado substituindo o silício amorfo por silício microcristalino
(µ-Si) ou nanocristalino (n-Si). A eficiência dessas células está em torno de 7,9 %,
[15].

4.7 MÓDULOS DE TERULETO DE CÁDMIO (CDTE).


As células desse módulo são de filmes finos. Região composta uma camada
de sulfeto de cádmio (CdS) e outra do tipo p formada com telureto de cádmio
(CdTe). Sua fabricação passa por um processo de recozimento com temperatura de
aproximadamente 400ºC, a eficiência é aproximada de 14,4%. A toxidade na sua
fabricação é o grande obstáculo, podendo contaminar o meio ambiente tanto no seu
processo quanto em seu descarte [15].

4.8 MÓDULOS FOTOVOLTAICOS CIGS.


Atualmente o Japão possui a maior produção desses módulos, cerca de
60% da produção mundial. A região p formada por cobre, índio, gálio e selênio
(CuInxGa(1-x)Se2) possuindo cerca 2000 nm. A região n formada por sulfeto de
cádmio (CdS) e tem cerca de 50 nm [15].

4.9 CONFIGURAÇÕES SÉRIE E PARALELO


A célula fotovoltaica possui baixa tensão e também baixa corrente de saída.
Para a obtenção de tensões e correntes de saídas adequadas é necessário fazer um
agrupamento de células formando um modulo fotovoltaico. Depende do número de
células e do tipo do arranjo sendo ele série ou paralelo, também dependerá da
tensão e da corrente desejada [7].
23

Na associação em série representada na Figura 6, cada terminal positivo de


um módulo é ligado ao negativo de outro módulo. [7].

Figura 6 – Conexão de células em série [Fonte: Autor]

Na associação em paralelo como na Figura 7, os terminais são ligados


sempre a pontos comuns, os terminais positivos são ligados aos positivos e os
negativos são ligados aos negativos. [7].

Figura 7 – Conexão de células em paralelo [Fonte: Autor]

Outra informação muito necessária para entendimento de configuração é que


a serie obtém se o aumento de tensão (V) e a paralelo o aumento de correte (A). [7]

4.10 CONTROLADORES DE CARGA


Ao ligar o equipamento juntamente à bateria, a quantidade de energia elétrica
diminui com o passar do tempo. É necessária a instalação de um controlador de
carga para evitar que a bateria descarregue por completo em períodos sem a
insolação e que o consumo aumenta. Sua função é monitorar a carga da bateria,
aumentando assim a sua vida útil. Porém em períodos com grande insolação e
pequeno consumo de energia, a bateria possui a função de carregamento em
excesso, aumento sua tensão e reduzindo sua vida útil, então o controlador de carga
entra em ação evitando o excesso e desconecta o módulo automaticamente [7].
24

O controlador paralelo apresenta um circuito elétrico básico conforme a


Figura 8. Quando a bateria atinge a carga máxima, o controlador atua curto
circuitando a saída do módulo fotovoltaico, fazendo a sua tensão cair próxima a
zero, não há mais carregamento, pois a tensão de bateria fica maior do que a do
módulo, é muito utilizado para sistemas com baixa corrente aproximadamente até 10
A. Sendo assim é necessário a instalação de um diodo em série para o bloqueio da
corrente reversa da bateria ao curto-circuito, também é muito importante para evitar
a corrente reversa durante a noite. Como o diodo está em série, provocando uma
queda de tensão e uma perda de energia do sistema, alguns controladores já são
projetados para uma tensão menor ou igual a 12 V, eliminando assim o diodo de
bloqueio, pois sua perda é maior que a eventual perda na corrente reversa [7].

Figura 8 – Circuito elétrico básico de controladores de carga em


paralelo [Fonte: Autor]

O controlador do tipo série é utilizado normalmente em sistemas com corrente


mais elevada e a sua característica é desconectar os módulos de baterias conforme
mostrado na Figura 9 [7].

Figura 9 – Circuito elétrico básico de controladores de carga em série


[Fonte: Autor]
25

O mercado possui grande variação de função e preços em vários tipos de


controladores de carga, cabe ao projetista definir qual é melhor para as
características do sistema que será utilizado.com vida útil de aproximadamente 10
anos [7].

4.11 INVERSORES
Os inversores são utilizados para alimentar uma carga isolada ou para
interligar um gerador fotovoltaico à rede. A principal função de um inversor em um
sistema fotovoltaico é transformar corrente contínua em corrente alternada. O
inversor possui um dispositivo conhecido como comutador, o mesmo tem o papel de
quebrar a corrente continua em pulsos, podendo produzir perturbações devido à
comutação do interruptor do inversor.Os inversores podem ser dividir em três
categorias: onda quadrada a qual não é recomendado, onda senoidal modificada
aceitável na grande maioria das aplicações e de onda senoidal pura aplicado em
distorções harmônicas menores que 5% [7].

4.12 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO


Os sistemas fotovoltaicos possuem outros elementos necessários para o seu
desempenho e funcionamento tais como: chaves, fusíveis e disjuntores. São os
responsáveis atuando na proteção dos equipamentos [7].

As chaves são utilizadas em casos de emergência com a função de interromper o


fluxo da corrente em caso de manutenção dos equipamentos [7].

Os fusíveis e os disjuntores possuem a função de operar na proteção dos


equipamentos e condutores contra curto-circuito, alto consumo ou falha na malha de
aterramento [7].

4.13 BATERIAS
A principal função das baterias ou também acumuladores eletroquímicos
como podem ser chamados, é acumular a energia produzida durante o dia para ser
consumida a noite ou durante os períodos onde não acorra um elevado índice de
luminosidade. Mais uma função da bateria é estabilizar a corrente e a tensão com a
finalidade de alimentar as cargas elétricas [7].
26

As reações eletroquímicas só ocorrem de forma completa com o modo


positivo proveniente do processo de corrosão que consiste na deterioração dos
materiais por meio de uma reação química. O exemplo mais simplificado é uma
bateria com uma célula ou por uma série de células chegando enfim na geração de
corrente elétrica [11].

A composição de uma bateria consiste de uma célula galvânica que oferece o


trabalho elétrico para a utilização de uma produtividade, suas classificações são as
baterias primárias e secundárias [11].

A célula primária tem formato típico de uma pilha alcalina quando os


reagentes são convertidos em produtos e sua reação chega ao fim [11].

A célula secundária pode ser carregada, aumentando o seu ciclo de vida. A


fabricação de uma pilha recarregável passa pelo processo de oxi-redução, ou seja,
conversão de produtos em reagentes [11].

4.13.1 BATERIAS DE CHUMBO-ÁCIDO


As baterias banhadas por eletrólito e constituídas por duas placas de
polaridades opostas também são isoladas entre si, o eletrólito é uma solução aquosa
de ácido sulfúrico. Seus elementos são interligados no interior da bateria tendo a
forma de definir a sua tensão com a capacidade nominal. Em sistemas de geração
fotovoltaicos são muito aplicadas, são muito utilizadas devido a sua grande
variedade de tamanho, baixo custo e a grande disponibilidade de mercado,outro
ponto importante na escolha da bateria de chumbo-ácido é o seu tempo de vida [7]
Figura 10.

As baterias de baixa profundidade de descarga são muito utilizadas em


automóveis e a alta profundidade de descarga é recomendada para os sistemas
fotovoltaicos de geração elétrica [7].
27

Figura 10 – Células e elementos de uma bateria chumbo-ácido


Fonte: Adaptado de https://www.moura.com.br/produtos/ em 20/10/2020.

4.13.2 BATERIAS DE NÍQUEL-CÁDMIO


As baterias de níquel-cádmio apresentam uma estrutura muito parecida com a das
baterias de chumbo-ácido, também empregada nos sistemas de geração de energia
elétrica fotovoltaicos. Constituído por hidróxido de níquel para as placas positivas
(Ni(OH)2) e para as placas negativas é usado o óxido de cádmio (Cd(OH) 2) e o
eletrólito é o hidróxido de potássio [7].
28

5 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS FOTOVOLTAICOS


Os sistemas fotovoltaicos aplicados são divididos em: sistemas autônomos
isolados, sistemas híbridos e sistemas conectados à rede [5].

5.1 SISTEMAS ISOLADOS DOMÉSTICOS OU AUTÔNOMOS


Fornece energia elétrica aos consumidores que não estão conectados à rede
de distribuição energia elétrica da concessionária local [12].

Sistemas isolados domésticos fornecem energia elétrica para iluminação,


refrigeração e também para outras pequenas cargas [13].

5.2 SISTEMAS ISOLADOS NÃO DOMÉSTICOS


Fornece energia elétrica para serviços de telecomunicações, bombeamento
de água, estações meteorológicas, navegação marítima entre outras [13].

Os sistemas isolados (Domésticos e não domésticos) possuem os seguintes


equipamentos: painel fotovoltaico, controlador de carga, inversor e baterias,
conforme mostrado na Figura 11 [12].

Figura 11: Sistema fotovoltaico isolado [Fonte: Autor]

5.3 SISTEMAS HÍBRIDOS


Apresenta fontes de geração de energia elétricas renováveis exemplo:
turbinas, aero geradores e modelos fotovoltaicos [12].

Os sistemas híbridos são empregados de médio e grande porte, tendo a


função de atender um número maior de usuários. Como esse sistema trabalha em
CC, ele também apresenta um inversor, como é complexo o seu estudo torna-se
29

particular para cada caso. Consiste de suas fontes acopladas a uma unidade de
controle e condicionamento de potência, um armazenamento e enfim chegando até
o usuário [7].

Esse sistema por ficar isolado da rede possui mais de uma forma de geração,
por exemplo, gerador a diesel, turbinas eólicas e células fotovoltaicas. Porém o
sistema necessita de um controle capaz de integrar os geradores, otimizando a
operação do usuário [5].

5.4 SISTEMAS CENTRALIZADOS À REDE DE DISTRIBUIÇÃO


Esse sistema desempenha a função de uma estação centralizada de energia,
ou seja, fornece energia elétrica à rede de distribuição local, muito semelhante a
uma usina geradora convencional. Sua planta necessita de um ponto de consumo e
também de uma linha de transmissão para levar a energia gerada à rede elétrica
[12].

5.5 SISTEMAS DISTRIBUÍDOS LIGADOS À REDE DE DISTRIBUIÇÃO


Fornece energia elétrica para edifícios, comércio, indústria entre outros
consumidores que estão conectados a rede de distribuição [13].

Esse sistema possui geração de energia descentralizada, ou seja,


incorporado ao ponto de consumo. Energia essa proveniente da concessionária local
para o complemento da energia demandada de sua edificação em caso de aumento
de consumo, podendo vender a energia produzida excedente [12].

Tanto o sistema centralizado, quanto o distribuído não necessitam de banco


de bateria, são constituídos por um painel fotovoltaico, de um inversor, além dos
componentes de proteção como chaves, fusíveis e disjuntores [12].

A concessionária de energia elétrica pode receber um alívio na distribuição


em seu sistema com essas instalações de painéis fotovoltaicos integrados a prédios
comerciais e também à rede pública, conseqüentemente pode se obter uma
economia significativa de energia, o aumento da vida útil dos transformadores e de
outros componentes que fazem parte de uma rede elétrica de distribuição, além da
redução do risco de blackouts [12].
30

6. ANEEL, LEI, DECRETO E PRODIST


A agência nacional de energia elétrica (ANEEL) atua com vínculos em regime
especial com o ministério de minas e energia, foi criada para regular o setor elétrico
brasileiro, por meio da lei nº 9.427/1996 com o decreto nº 2.335/1997 [17].

Art. 1º É instituída a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL,


autarquia sob regime especial, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, com
sede e foro no Distrito Federal e prazo de duração indeterminado.

Art. 2º A Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL tem por finalidade


regular e finalizar a produção, transmissão, distribuição e comercialização de
energia elétrica, em conformidade com as políticas e diretrizes do governo federal.

Art. 3º Além das incumbências prescritas nos artigos 29 e 30 da lei nº 8.987,


de fevereiro de 1995, aplicáveis aos serviços de energia elétrica.

A ANEEL iniciou suas atividades em dezembro de 1997, tendo como


principais atribuições: regular, fiscalizar, implementar políticas e diretrizes do
governo federal, estabelecer tarifas, responsável por manter o equilíbrio entre os
agentes e consumidores e por fim promove atividades de outorgas de concessão,
permissão e autorização de empreendimentos e serviços de energia elétrica [17].

O PRODIST (Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica Sistema


Elétrico Nacional) em seu módulo 5 onde mostra o seu objetivo que é estabelecer
requisitos para medição das grandezas elétricas para o sistema de faturamento,
qualidade de energia e o planejamento da expansão do sistema operacional de
distribuição [16].

Tem a função de apresentar requisitos mínimos para especificação de


materiais, equipamentos, projeto, montagem, inspeção e manutenção dos sistemas
de medição. Estabelecer procedimentos para os sistemas de medição de energia
elétrica da câmara de comercialização de energia elétrica (CEEE) responsável pela
contabilização das distribuidoras [16].
31

Tudo deve estar de acordo com as exigências do INMETRO, as normas


técnicas da ABNT, com o procedimento de regras dos procedimentos de
comercialização para sistemas de medição e faturamento de energia elétrica [16].

Nas disposições gerais, a distribuidora deve por obrigatoriedade autorizar a


atuação de profissionais capacitados com o sistema de medição, quando solicitado a
distribuidora os cursos desses profissionais, a mesma deve apresentar a
documentação que comprove a habilitação, capacitação, qualificação e a
autorização desses profissionais com procedimentos de medição das grandezas
elétricas. Esses profissionais também devem passar por procedimentos e normas
técnicas de segurança para atividades de medição [16].

A aplicabilidade identifica os agentes com os módulos e suas aplicações,


quanto a sua abrangência e responsabilidade [16].

Deve ser coletados dados referentes ao faturamento, a QEE, às cargas do


sistema de distribuição, estudos de previsão de demanda e às curvas de carga [16].

O atendimento dos requisitos devem ser medidos e coletados. A demanda em


kW para faturamento de encargos no uso do sistema para acessantes de MT e AT
parâmetros pré-definidos dos indicadores de QEE, o armazenamento de memória de
massa deve conter kWh e Kvarh, para, para levantamento de curvas e Vrms para
conformidade de tensão [16].

Nas unidades consumidoras deve ser medido e coletado, kVArh de forma


opcional para o grupo “B” e kVArh com reativo para o grupo “A” [16].

A responsabilidade dos demais acessantes são tanto financeiramente quanto


tecnicamente pela implementação ou qualquer adequação do sistema de medição
para o faturamento de suas conexões ao sistema de distribuição. Qualquer
manutenção deve ser acompanhada e aprovada pela distribuidora [16].

As especificações dos sistemas de medição e os requisitos técnicos mínimos


para os sistemas de medição devem ser cumpridos assim como os projetos dos
sistemas de medição elaborados de modo que permita a fácil manutenção,
calibração e substituição dos componentes de medição. Se necessária a chave de
32

aferição a mesma deve ser instalada no sistema de medição de tal forma que
possibilite a realização de curto-circuito nos secundários dos transformadores de
correntes, abrindo assim a corrente e a tensão dos medidores sem a necessidade
do desligamento dos circuitos. Os painéis, caixas ou cubículos de medição devem
ser aterrados diretamente no sistema de aterramento das instalações. Os sistemas
de medição devem garantir a inviolabilidade, por meio da colocação de lacres, de
modo a permitir a visualização de qualquer indicio de violação [16].

Os medidores eletrônicos utilizados para avaliação de indicadores de


qualidade de energia elétricas – QEE deverão respeitar os parâmetros e
metodologias de medição estabelecidos. As unidades consumidoras devem manter
o livre e fácil acesso seja ela BT, MT e AT [16].

Importante respeitar os requisitos técnicos mínimos para equipamentos de


medição, na medição de faturamento os equipamentos devem ser aprovados
INMETRO com as normas da ABNT [16].

Para os acessantes do grupo A os medidores devem seguir os atributos para


leitura, respeitando o mostrador digital com pelo menos 6dígitos, indicando de forma
cíclica através de pulsos proporcionais ou grandezas programadas a serem
medidas. Sua interface deve ser serial, porta óptica de comunicação ou dispositivo
de função equivalente, para aquisição da leitura local dos valores medidos ou da
memória de massa [16].

A distribuidora é a responsável técnica, inclusive pela coleta dos valores


medidos e, envio dos mesmos à CCEE, devendo os procedimentos ser
estabelecidos por meio do acordo operativo [16].

Os custos com a leitura, envio de dados, implantação, operação e


manutenção do sistema de medição destes agentes devem ser cobrados via
encargos de conexão, observada a alternativa de menor custo global [16].

A implantação dos sistemas de medição é de responsabilidade das


distribuidoras para com todos os consumidores da sua área de concessão. Efetivado
o pedido de fornecimento, a distribuidora cientificará quanto à obrigatoriedade de
instalação pelo interessado, em locais apropriados de livre e fácil acesso, de caixas,
33

quadros, painéis ou cubículos destinados à instalação de medidores,


transformadores de medição e outros aparelhos da distribuidora, necessários à
instalação do sistema de medição de energia e proteção destas instalações [16].

O consumidor tem como responsabilidade implantar o equipamento em lugar


com livre acesso, com iluminação, ventilação e condições de segurança, conforme
normas técnicas da distribuidora. O consumidor deve arcar com as despesas de
adaptação de suas instalações elétricas, ficar atento se houver mudança de grupo
tarifário ou opção de faturamento, também deverá arcar com as despesas de
adaptação de rede e o tipo da ligação em que serão atendidos [16].

A distribuidora deverá ligar a unidade consumidora depois que o processo


passar por inspeções necessárias, instalando assim o medidor e lacrando a caixa de
medição, é de direito consumidor acompanhar a vistoria e a ligação dos medidores.
Caso ocorra a reprovação do nas instalações do padrão de entrada na unidade
consumidora, a distribuidora não efetuará a ligação dos medidores, devendo
informar ao consumidor no ato, por escrito, o respectivo motivo e as providências
corretivas necessárias [16].

Para os casos de medição indireta, quando exigido o consumidor deve


apresentar à distribuidora o projeto do sistema de medição, elaborado por um
profissional habilitado e com a anotação de responsabilidade técnica – ART do
conselho regional de engenharia e agronomia CREA [16].

Os dados dos equipamentos, necessários ao cadastro são:

a) Natureza do equipamento;
b) Nome ou marca do fabricante;
c) Número de série;
d) Ano de fabricação;
e) Modelo;
f) Frequência, tensão e corrente nominais, relações de transformação disponíveis e
ligadas;
g) Constante do medidor (Kh);
h) Corrente máxima, fator térmico e corrente térmica;
34

i) Classe de exatidão;
j) Portaria de aprovação do modelo do INMETRO, quando houver, observando as
permissões existentes nos RTM.

Inspeção Programada ou solicitada em sistemas de medição

A responsabilidade é da distribuidora com todos os consumidores,


diretamente ou por prepostos. As atividades de inspeção nos sistemas de medição.
Nas inspeções solicitadas pelo consumidor, a distribuidora deverá informar com
antecedência mínima de três dias úteis com a data fixada para a realização da
inspeção, de modo a possibilitar ao consumidor o acompanhamento [16].

Responsabilidade de todos os consumidores, acordar com a distribuidora a


data das inspeções solicitadas, no sistema de medição. Permitir o livre acesso das
instalações dos sistemas de medição das unidades consumidoras [16].

Ao termino da inspeção a distribuidora deverá substituir os medidores quando


os mesmos apresentarem desempenho inadequado, lacrar os pontos do sistema de
medição e também elaborar a ocorrência e os relatórios de inspeção dos pontos de
medição após o término da inspeção [16].
35

7. SOLERGO - PROJETO DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS CONECTADOS À


REDE OU ISOLADOS.
O solergo é o primeiro software fotovoltaico em português inteiramente
dedicado a realidade normativa e fiscal brasileira. O software permite realizar o
dimensionamento completo de sistemas fotovoltaicos conectados à rede de
distribuição (grid connected), Off-grid ou a ilha (stand alone) e híbridos. O sistema
possui uma sequência guiada, simples e flexível tendo como as principais funções
[22]:

 Gerenciamento de todos os tipos de sistemas;


 Relatório técnico do projeto;
 Relatório econômico com a avaliação de rentabilidade;
 Ficha técnica final do sistema;
 Layout topográfico do sistema;
 Diagramas elétricos a serem enviados à concessionária.

7.1 DADOS GERAIS DO SISTEMA


Quando o programa é iniciado obtemos a gestão de ordem de trabalho a qual
tem funcionalidade organizacional do compartilhamento do projeto. Essa ferramenta
gerencia o perfil do usuário para acessar os arquivos, define e cria um banco de
dados de clientes e responsáveis técnicos. Dentro dos dados climáticos podemos os
dados de irradiação de 5.500 localidades do território brasileiro com a especificação
de radiação solar direta e difusa. Podendo definir o sistema e sua localização
através de uma interface com o GOOGLE MAPS, possibilitando salvar as imagens
do satélite [22].

A função permite o usuário preencher todas as informações do cliente que


são necessárias para o projeto como nome completo, endereço, número da unidade
consumidora e sua distribuidora de energia elétrica. O sistema também possibilita o
projetista ou responsável pela parte de gestão do software colocar os dados do
responsável técnico o qual ficará arquivado no projeto juntamente com os dados
pessoais e registro no órgão competente [22].
36

Na aba consumo é possível cadastrar todas as informações da conta do


cliente especificando se ele é do grupo A ou B. O sistema também permite que o
operador adicione dados como o valor da tarifa, consumo cíclico de um ano e quais
unidades poderão ser beneficiadas com o recebimento de créditos em excedente. A
análise de sombreamento executada via software com obstáculos como por exemplo
chaminés ou árvores tendo representado o percurso da sombra para verificar ou
estimar o posicionamento correto dos módulos [22].

7.2 SISTEMA, GERADOR E COMPONENTES


Através de um banco de dados interno o software possui aproximadamente
100.000 mil produtos sendo eles nacionais e internacionais. É possível editar e
incluir módulos, inversores, cabos, proteções, transformadores, baterias e
controladores de carga [22].

A escolha dos equipamentos segue um critério técnico definido pelo software


ou pode ser escolhido pelo projetista do sistema conforme a empresa que o mesmo
já representa. Uma ferramenta muito interessante é que o programa possibilita a
importação da planta baixa nos formatos DWG,DXF, imagens (JPEG, PNG, etc) ou
até mesmo via satélite [22].

O software permite que o usuário faça a gestão de secções auxiliando no


dimensionamento dos cabos que serão utilizados e proporciona duas opções de
diagrama o unifilar e multifilar. Outra informação importante vem das emissões de
gases o qual deixa claro que o sistema é renovável e sustentável [22].

7.3 RESULTADO ECONÔMICO

Na avaliação econômica o software consegue deixar claros os custos de


manutenção ou fatores extraordinários, é possível atribuir taxas como inflação, taxa
de reajuste tarifário para a utilização de cenários futuros e até mesmo para um
estudo do payback do cliente, a qual está atrelada a aba financiamento no qual o
projetista consegue inserir dados de taxas bancarias que o cliente vai buscar no
mercado. Por fim gerando uma proposta comercial com todos os relatórios, custos e
receitas, detalhando assim através de gráficos e planilhas [22].
37

7.4 ISOLERGO

O isolergo é um projeto para usuários que utilizam de smartphone ou tablet, o


aplicativo é gratuito e permite desenvolver um projeto do sistema fotovoltaico, com
analises energéticas, configuração dos módulos e inversores. É possível realizar
uma uma análise econômica completa com a rentabilidade do sistema e também do
fluxo de caixa. Os dados podem ser salvos em formato padrão solergo e podem ser
enviados via email para o computador do usuário projetista ou responsável técnico.
O software encontra se disponível nas plataformas appstore e google play [22].
38

8. MATERIAIS E MÉTODOS

Foi realizado um levantamento bibliográfico a fim de conhecer e estudar os


princípios da geração solar fotovoltaica, esse estudo também possui o auxilio de um
software solergo. Sendo necessário organização e planejamento, pois um sistema
fotovoltaico possui vários arranjos e componentes.

Torna-se necessário estudar a média anual para a cidade ou local que o


sistema venha a ser instalado. Acessando o site do CRESESB (Centro de
Referência para as Energias Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito), seguindo os
passos clicando na aba “potencial energético” em seguida, “potencial solar” e fim em
“buscar por coordenadas” inserindo dados fornecidos pelo site do “Google earth”,
onde obtemos que a latitude é de 25.39ºS (sul) com a longitude de 51.46º W (oeste),
podendo concluir assim que a média anual para cidade de Guarapuava é de 21ºN
(norte).

Para a definição da potência do sistema utilizaremos o software solergo,


tendo como estimativa uma geração de 1.000kWh/mês. Obtendo assim a definição
da marca e das dimensões dos módulos fotovoltaicos tais como a do inversor de
freqüência e seus componentes da estrutura. Outro fator importante é a distância
correta entre os módulos para evitar as sombras e garantir assim a eficiência do
sistema. Com as informações financeiras desse estudo pode-se apresentar
detalhadamente a viabilidade econômica, assim possibilitando a negociação do
projeto. Esse estudo tem como objetivo principal a garantia de sustentabilidade e
que toda a captação de geração seja transformada em créditos para abatimento em
uma unidade consumidora a qual pertence a prefeitura municipal de Guarapuava e a
UC (unidade consumidora) a ser contemplada com a sobra da energia é a CMEI
Santana - Centros Municipais de Educação Infantil (Escola Pública Municipal), com o
Endereço: Rua Rosa Lustosa de Siqueira, 725 - Santana, Guarapuava – PR.
39

8.1 ANÁLISES DE MAPAS E DADOS DE INSOLAÇÃO NO MUNICÍPIO DE


“GUARAPUAVA”.

Na Figura 12, podemos observar o mapa da região próxima à cidade de


Guarapuava, onde em Inácio Martins está situada uma estação meteorológica,
entende assim que os dados podem ser usados pelo município de onde parte o
estudo por se levar em consideração a proximidades entre essas cidades.

Figura 12: Estação meteorológica [Fonte: Autor]

Toda captação da irradiação solar depende da região e varia quanto a sua


latitude. Nesse contexto quanto menor for à latitude maior será a capacidade de
geração [15].

8.2 COMPARATIVO SISTEMA ON-GRID E OFF-GRID.

On grid esse sistema é conectado a rede de distribuição, conhecido também


como sistema fotovoltaico conectado a rede SFCR. Esse sistema geralmente não
possui armazenamento de energia, ou seja, não possuem baterias e por isso são
mais eficientes e mais baratos dos que os sistemas autônomos.

Off grid esse sistema torna-se inviável pois primeiramente levamos em


consideração o gasto elevado com as baterias, manutenções preventivas e os riscos
de falhas técnicas do sistema em geral.
40

O principal passo para evoluir em cálculos de geração e o dimensionamento do


sistema tem como finalidade a geração em um determinado ponto nesse caso um
estudo de projeto para o parque do lago, onde toda energia gerada deverá ser
transferida 100% para a UC:4823132. Essa unidade consumidora hoje possui uma
média de 1.000kWh/mês, com os créditos recebidos o CMEI SANTANA deverá
pagar apenas o custo da disponibilidade de uma unidade trifásica e a taxa de
iluminação pública.

Segundo as informações da ANEEL devemos considerar o custo de


disponibilidade das unidades consumidoras:

 Unidade monofásica = 30 kWh/Mês

 Unidade bifásica = 50 kWh/Mês

 Unidade trifásica = 100 kWh/Mês

8.3 ANÁLISE DO SISTEMA VIA SOFTWARE SOLERGO.

Através do solergo e preenchendo alguns dados necessários para o avanço


do estudo, conforme Figura 13. Nesta aba dos dados gerais do sistema o usuário
projetista ou responsável técnico deve preencher os seguintes dados: denominação,
descrição, selecionar o país de origem do estudo com estado e região, cidade
contendo CEP, endereço e o bairro. Essas informações são de suma importância
para o andamento do processo seja ele orçamentário ou projeto. Nas principais
características devemos selecionar qual é modelo de operação com a data de
entrada do serviço.
41

Figura 13: Análise do sistema solergo [Fonte: Autor]

O sistema fotovoltaico é composto por 24 módulos fotovoltaicos e 1


inversores. A potência de pico é de 8,4 kWp para uma produção de 11.938,7 kWh
por ano, distribuídos em uma área de 48,72 m². Modalidade de conexão à rede de
alimentação média tensão em trifásico com tensão fornecimento 13.800 V.

8.4 ANÁLISE DE EXPOSIÇÃO SOLAR DO CRESESB, SUN DATA E SOFTWARE


SOLERGO.

Utilizando dados do centro de referência para energia solar e eólica Sérgio


Brito (CRESESB), com a plataforma sun data. O programa Sun Data destina-se ao
cálculo da irradiação solar diária média mensal em qualquer ponto do território
nacional e constitui-se em uma tentativa do CRESESB de oferecer uma ferramenta
de apoio ao dimensionamento de sistemas fotovoltaicos.
42

Sendo assim adotamos a latitude 25,399000º e a longitude 51,472203º, onde


o seu valor em plano horizontal 0º é de 4,47 horas/dias, conforme a Figura 14.
Também podemos verificar o comparativo de duas cidades com características
semelhantes.

Figura 14: Latitude e longitude com a referência do CRESESB e SUN DATA [Fonte:
Autor]

Na Figura 15, podemos verificar informações extraídas de um software que é


considerado no mercado fotovoltaico como um dos mais eficientes. A exposição
com uma orientação de 180,00° (azimute) em relação ao sul, e terá uma inclinação
horizontal de 21°. A produção de energia da exposição é condicionada por alguns
fatores que determinam uma redução de radiação solar de sombreamento para o
valor de 0 %.
43

Figura 15: Comparativo de exposição solar projeto parque do lago [Fonte: Autor]

8.5 ANÁLISE DE GEOMETRIA SOLAR.

Para obter sucesso na instalação é importante selecionar a melhor


localização possível para os módulos fotovoltaicos. A localização deve reunir duas
condições importantes [18]:

1 – Estar o mais próximo possível das baterias a fim de minimizar a secção do cabo.

2 – Ter condições ótimas para a recepção da radiação solar. Os módulos deverão


estar suficientemente afastados de qualquer objeto que projete sombra sobre eles
no período de melhor radiação habitualmente das 9 horas às 17 horas no dia mais
curto do ano [18].

Para calcular a distância correta do módulo utiliza-se a seguinte Equação 1:[18].

𝐷𝑖𝑠𝑡â𝑛𝑐𝑖𝑎 = 𝐹𝑒 x (𝐻𝑜 – 𝐻𝑚)


Equação 1 – Distância de sombreamento [18]

Fe = Fator de espaçamento.
Ho = Altura do objeto.
Hm = Altura em relação ao nível do solo em que se encontram instalados os
módulos.
44

Os módulos deverão ficar posicionados com a sua parte frontal para o norte
geográfico ou sul quando estiver no hemisfério norte. Importante fazer o uso de uma
bússola e observar o norte magnético que é diferente do norte geográfico pela ação
da declinação magnética, para efeito de instalação pode-se adotar o norte
geográfico sem muito erro [18].

8.6 CÁLCULO DO NÚMERO DE MÓDULOS E DIMENSIONAMENTO DO


INVERSOR.

O gerador é composto de 24 módulos fotovoltaicos de Silício policristalino


com uma vida útil estimada de mais de 25 anos e degradação da produção devido
ao envelhecimento de 0,8 % ao ano. Os módulos serão montados em suportes de
aço galvanizado, com um ângulo de 21°, terão todos a mesma exposição. Os
sistemas de fixação da estrutura deverão resistir a rajadas de vento, com velocidade
de até 120 km / h.

Considerando o número de horas de sol diário em Guarapuava, pode-se


determinar a geração do módulo fotovoltaico observando as características de
eficiência e área em m2. Para tanto será utilizado o modelo chinês trina solar modelo
TRINA TSM-PE 15H-350, silício policristalino de 144 células (6 x 24) conforme a
Figura 16. O número de módulos para o sistema é de 24 unidades, os quais serão
divididos em três sequências de 8 módulos.

8,4 𝑘𝑊𝑝
𝑁𝑚𝑜𝑑 = → 𝑁𝑚𝑜𝑑 0,024 ≅ 24 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠
350
Equação 2 – Cálculo número de módulos [18]
45

Figura 16: Desenho técnico de um módulo fotovoltaico TSM-PE 15H-350


[Fonte: Autor]

Como se trata de um sistema conectado a rede, o inversor é o principal


componente na conexão com o sistema elétrico de potência. A sua finalidade é a de
injetar a potencia CC produzida pelos módulos convertendo-as em CA, os inversores
também devem possui um sistema para seguimento do máximo ponto de potência
(SPPM) [15].
46

Figura 17: Inversor String SIW200 - M085.


Fonte: Adaptado de
https://static.weg.net/medias/downloadcenter/ha4/h35/WEG-
inversores-string-SIW500H-SIW300H-50076575-pt.pdf
em 20/10/2020.

Para tanto será utilizado o modelo Inversor String SIW200 - M085, Figura 17.
Esse modelo possui as características essências para atender o sistema e outro
fator importante é que por ser um modelo monofásico é o de possuir 3 mppt´s.

MPPT - (do inglês Maximum Power Point Tracking, ou Rastreamento do


Ponto de Máxima Potência em português)
47

Tabela 2: Inversores weg string [20]


Especificações técnicas SIW200 - M085
EFICIÊNCIA
Eficiência máxima 97,7%
Eficiência europeia 97,3%
ENTRADA
Tensão de entrada máxima 600 V
Faixa de tensão de operação 80 V ~ 550 V
Tensão de partida 80 V
Tensão de entrada nominal 360 V
Corrente de entrada máxima por MPPT 12,5 A
Corrente de curto-circuito máxima 15 A
Número de MPPTs 300,0%
Número máximo de entradas por MPPT 1
SAÍDA
Conexão à rede Monofásica
Potência nominal de saída 8.500 W
Potência aparente máxima 9.350 VA
Tensão de saída nominal 220 V / 230 V
Frequência de rede CA nominal 50 Hz / 60 Hz
Corrente de saída máxima 42,5 A
Fator de potência ajustável 0,8 adiantado ... 0,8 atrasado
Distorção harmônica total máxima ≤3%
PROTEÇÃO
Proteção anti-ilhamento Sim
Proteção contra polaridade CC invertida Sim
Monitoramento da isolação Sim
Proteção contra raios CC Sim
Proteção contra raios CA Sim
Monitoramento de correntes residuais Sim
Proteção contra sobrecorrente CA Sim
Proteção contra curto-circuito CA Sim
Proteção contra sobretensão CA Sim
Proteção contra sobretemperatura Sim
DADOS GERAIS
Faixa de temperatura de operação (-25 a +60 °C (redução acima de 45 °C à potência nominal de saída)
Umidade relativa de operação 0% RH ~ 100% RH
Altitude de operação 0 - 4.000 m (redução acima de 4.000 m)
Resfriamento Convecção natura
Display Indicadores LCD & LED
Comunicação RS485, Wi-Fi , WLAN
Peso (incluindo suporte de montagem) 22,5 kg
Dimensão (incluindo suporte de montagem) 511 × 415 × 175 mm
Grau de proteção IP65
CONFORMIDADE COM NORMAS
Segurança IEC 62109-1, IEC 62109-2
Normas de conexão à rede AS 4777.2, IEEE1547, UL 1741, ABNT NBR 16149:2013
Regulamentação EMC EN 61000
48

Com a definição do inversor de freqüência utilizaremos o software para


analisar se as verificações elétricas estão corretas, tais como: tensão, corrente e
potência conforme Figura 18.

Figura 18: Dimensionamento de componentes do sistema via solergo [Fonte: Autor]


49

8.7 PROJETO DO SISTEMA.

A configuração que o espaço da estrutura física vai permitir um bom índice de


geração, tendo em vista que vamos aproveitar o distanciamento entre as sequências
de módulos e o ajuste entre as mppts.

Levando em consideração que as fileiras estão todas com o mesmo número


placas todas sequências pares todas as três de oito em oito módulos, conforme
Figura 19.

 FILEIRA AZUL – 1.01, 1.02, 1.03, 1.04, 1.05, 1.06, 1.07 E 1.08.
 FILEIRA VERDE - 2.01, 2.02, 2.03, 2.04, 2.05, 2.06, 2.07 E 2.08.
 FILEIRA VERMELHA - 3.01, 3.02, 3.03, 3.04, 3.05, 3.06, 3.07 E 3.08.

Figura 19 – Layout do projeto [Fonte: Autor]


50

Com todo estudo finalizado e tendo todas as informações necessárias para


avançar no projeto abaixo podemos verificar como fica o diagrama unifilar o que
deve ser encaminhado junto à concessionária de energia do município, conforme
Figura 20.

Figura 20 – Layout do projeto [Fonte: Autor]


51

O cabeamento elétrico será feito por meio de cabos condutores isolados,


conforme a descrição abaixo:

 Seção do condutor de cobre calculado de acordo com a norma IEC / NBR

Os cabos também estarão de acordo com as normas IEC, com código e cores
conforme a norma IEC / NBR. Para não comprometer a segurança dos
trabalhadores durante a instalação, verificação ou manutenção, os condutores
seguirão a tabela de cores conforme abaixo:

 Cabos de proteção: Amarelo-Verde (Obrigatório)


 Cabos de neutro: Azul claro (Obrigatório)
 Cabos de fase: Cinza/Marrom/Preto
 Cabos de circuito c.c.: Com indicação especifica de (+) para positivo e (-) para
negativo.

Tabela 3: A fiação - cabo da série fotovoltaica. [Fonte autor]


Descrição Valor
Comprimento total 0m
Comprimento de
dimensionamento 0m
Circuitos nas proximidades 1
Temperatura ambiente 30°
Tabela ABNT NBR 5410 (PVC/EPR)
17(F) - Cabos unipolares suspensos por cabo de suporte,
Instalação
incorporado ou não
Em feixe: ao ar livre ou sobre superfície; embutidos; em conduto
Instalações
fechado
Tipo de cabo Unipolar
Material Cobre
Designação FG10M1 0.6/1 kV
Tipo de isolação EPR
Formação 2x(1x6)
N° condutores positivos/fase: 1
Seção positivo / fase 6 mm²
N° condutores negativo/neutro 1
Seção negativo/neutro: 6 mm²
Tensão nominal: 301,6 V
Corrente de funcionamento: 9,2 A
Corrente de curto-circuito
9,6 A
módulo
52

Tabela 4: A fiação: Série fotovoltaica - Q. Inversor. [Fonte autor]


Descrição Valor
Circuitos nas proximidades 1
Temperatura ambiente 30°
Tabela ABNT NBR 5410 (PVC/EPR)
3(B1) - Condutores isolados ou cabos unipolares em
Instalação
eletroduto aparente de seção circular sobre parede
Em feixe: ao ar livre ou sobre superfície; embutidos; em
Instalações
conduto fechado
Tipo de cabo Unipolar
Material Cobre
Designação FG10M1 0.6/1 kV
Tipo de isolação EPR
Formação 2x(1x6)
N° condutores positivos/fase 1
Seção positivo / fase 6 mm²
N° condutores negativo/neutro 1
Seção negativo/neutro 6 mm²
Tensão nominal 301,6 V
Corrente de funcionamento 9,2 A
Corrente de curto-circuito módulo 9,6 A

Tabela 5: A fiação: Q. Inversor - Q. Medição. [Fonte autor]


Descrição Valor
Circuitos nas proximidades 1
Temperatura ambiente 30°
Tabela ABNT NBR 5410 (PVC/EPR)
3(B1) - Condutores isolados ou cabos unipolares em eletroduto
Instalação
aparente de seção circular sobre parede
Em feixe: ao ar livre ou sobre superfície; embutidos; em conduto
Instalações
fechado
Tipo de cabo Unipolar
Material Cobre
Designação FG10M1 0.6/1 kV
Tipo de isolação EPR
Formação 3x(1x10)+1G6
N° condutores positivos/fase 1
Seção positivo / fase 10 mm²
N° condutores negativo/neutro 1
Seção negativo/neutro 10 mm²
N° condutores PE 1
Seção PE 6 mm²
Tensão nominal 220 V
Corrente de funcionamento 37,3 A
53

8.8 DESENHO INICIAL DO PROJETO

O desenho do projeto foi pensado e elaborado para que o espaço ainda


possa continuar recebendo pessoas e eventos, o piso permanece com o material de
madeira como hoje é constituído, porém a área do estudo seria composta por
material de alvenaria sem que perca a vista do lago e também que proporcione mais
conforto para as pessoas, um espaço coberto e com uma excelente estrutura para
eventos.

Os módulos fotovoltaicos tendem a ficar na posição norte, fixados com um


sistema de correção de ângulo o qual garante geração de energia e segurança,
conforme a Figura 21.

Figura 21: Vista frontal do projeto. [Fonte: Autor]

Sendo assim podemos determinar conforme a Equação 3:

𝐷𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠õ𝑒𝑠 𝑑𝑎𝑠 𝑃𝑙𝑎𝑐𝑎𝑠 = 2,024𝑚 x 1,004𝑚

𝐷𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠õ𝑒𝑠 𝑑𝑎𝑠 𝑃𝑙𝑎𝑐𝑎𝑠 = 2,032 𝑚2


54

Equação 3 – Área utilizada [21]

Como o sistema necessita de 24 módulos podemos deduzir que a área necessária é


de:

𝑇𝑎𝑚𝑎𝑛ℎ𝑜 𝑑𝑎 á𝑟𝑒𝑎 = 24 𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎𝑠 x 2,032 𝑚2

𝑇𝑎𝑚𝑎𝑛ℎ𝑜 𝑑𝑎 á𝑟𝑒𝑎 = 48,76 𝑚2 = 50𝑚2

8.9 CUSTO DO SISTEMA.

A WEG conta com uma planilha a qual os seus integradores conseguem optar
pela melhor configuração do sistema pretendido possibilitando a apresentação
orçamentária ou a para proposta de projeto. Sendo assim, o valor bruto do kit ficou
em R$: 56.474,00, conforme tabela 6. Porém a idéia principal é buscar viabilidade e
partimos de um fator de desconto 0,51 - 5%.

Levando em consideração que não teremos custo com instalação do sistema


fotovoltaico e nem com o projeto podendo apresentar uma proposta para o meio
acadêmico e técnicos capacitados, o valor para aquisição com preço de custo fica
em R$:27.361,65.

Tabela 6: Preço formação de kit integrador WEG. [Fonte autor]


Gerador Fotovoltaico de 8,4 kWp
Quantidade Material Unitário Total
Módulo
24 350 Wp - TRINA R$ 1.336,71 R$ 32.081,02
Policristalino
Inversor
1 Monofásico SIW200 M085 R$ 14.457,78 R$ 14.457,78
220 V
Protetor surto
4 SPW02-275-20 R$ 167,53 R$ 670,10
CA
4 Conector MC4 6 mm² R$ 17,46 R$ 69,85
Unipolar flexível NH
75 Cabo CC R$ 7,89 R$ 592,11
6 mm² Preto
Unipolar flexível NH
75 Cabo CC R$ 7,90 R$ 592,20
6 mm² Vermelho
1 Disjuntor CA MDWH-C80-2 R$ 379,45 R$ 379,45
Estrutura para Laje 4 módulos em
6 R$ 1.272,02 R$ 7.632,09
laje retrato
TOTAL R$ 56.474,60
55

Outra situação a implantação de um padrão de energia bifásico no local de 50


A. Essa solução vem de encontro pensando no sistema e também que o custo do
cabeamento até a conexão mais próxima é de 165 metros. Sendo assim também
foram solicitados dois orçamentos de padrão de energia para as respectivas
empresas de material elétrico do município de Guarapuava, conforme consta nos
ANEXOS 1 e 2.
56

9. RESULTADOS OBTIDOS

Analisando a média da unidade consumidora 4823132 do cliente CMEI


SANTANA, qual o resultado é de 930 kWh/mês conforme tabela 7, a qual os dados
foram autorizados pela prefeitura municipal e fornecidos junto a ENERGISA
concessionária local. Sendo assim foi solicitado documentadamente para a
prefeitura de Guarapuava o acesso dos dados do cliente junto a ENERGISA,
conforme constam nos ANEXOS 3 e 4.

Tabela 7: Histórico de consumo UC 4823132 [Fonte autor]


HISTÓRICO DE CONSUMO
MÊS CONSUMO EM (kWh) VALOR
Jan/20 118
Fev/20 946
Mar/20 950
Abr/19 1079
Mai/19 1029
Jun/19 868
Jul/19 1070
Ago/19 1069
Set/19 1059
Out/19 1116
Nov/19 1034
Dez/19 788

Sabendo que o gasto anual da UC é de R$:00.000,00, podemos concluir que


o sistema é viável, pois além de gerar economia ao município sua divulgação
pensando em sustentabilidade pode ser uma iniciativa para mais investimentos na
cidade de Guarapuava. Podemos concluir que o investimento irá se pagar em até 4
anos.

Tendo em vista que o sistema tem como objetivo suprir todo o consumo do da
UC 4823132, ficando apenas com uma parcela mensal do custo da disponibilidade a
qual é cobrada dos clientes GD, onde sua geração foi desenvolvida para gerar 1.000
kWh/mês. Observando os dados contidos no gráfico fornecido pelo software solergo,
conforme Figura 22, o item energia produzida representado pela cor laranja em
meses de boa geração conseguimos chegar em nosso objetivo teórico.
57

Figura 22: Consumo UC 4823132. [Fonte: Autor]

O retorno do valor é notável tendo em vista que o sistema possui garantia do


sistema de 05 anos para o inversor de freqüência e 10 anos para os módulos
fotovoltaicos garantidos pelo fabricante, o sistema também possui uma estimativa de
25 anos de vida útil, onde a sua produção deve baixar precisando substituir somente
as placas fotovoltaicas. Será necessária a avaliação junto à prefeitura de
Guarapuava para que o local passe por um estudo até o desenvolvimento do projeto
estrutural e também quanto ao padrão de energia, pois o que se encontra mais
próximo está com uma distância aproximada de 200 metros, sendo assim torna se
inviável a conexão em longa distância por conta do valor de cabos e fica para
análise a construção de um padrão novo somente para o SFV.
58

Figura 23: Retorno econômico. [Fonte: Autor]


59

10.CONSIDERAÇÕES FINAIS.

Com o desenvolvimento do estudo espera-se demonstrar a viabilidade da


implantação de um sistema de geração fotovoltaica, tornando fácil o entendimento e
funcionamento.
Com o resultado de estudos necessários que possibilite demonstrar a
viabilidade no abatimento de gastos ao poder público ou prefeitura municipal de
Guarapuava, e integrando ao sistema mais um modelo renovável de energia,
demonstrando através de um projeto que conta com a revitalização do local onde
futuramente temos um deck de madeira.

Pensando sempre em inovação, tecnologia e lazer a área ficaria com um


espaço propicio a eventos e shows aberto ao público, contando com uma energia
limpa e sustentável.
60

11. REFERÊNCIAS
[1] JARDIM, C.D.S., A inserção da geração solar fotovoltaica em alimentadores
urbanos enfocando a redução do pico de demanda diurno, Tese de doutorado
em engenharia civil (Doutorado em engenharia civil) – Universidade federal de Santa
Catarina – Núcleo de pesquisa em construção civil, 2007. 166p.

[2] Resenha energética Brasileira. Oferta e demanda de energia instalações


energéticas – Energia no mundo. Ano base 2019 (edição de 30 de maio de 2020)
Disponível em:
http://www.mme.gov.br/documents/36208/948169/Resenha+Energ%C3%A9tica+Bra
sileira+-+edi%C3%A7%C3%A3o+2020/ab9143cc-b702-3700-d83a-65e76dc87a9e.
Acesso em 24/10/2020.

[3] MOREIRA, M.A., Fundamentos do sensoriamento remoto e metodologias de


aplicação / Maurício Alves Moreira – 2ª Edição. Viçosa: Ed. UFV, 2003.306p.

[4] PINTO, M.D.O., Energia elétrica (geração, transmissão e sistemas


interligados) –1ª Edição. Rio de Janeiro, RJ: Ed. LTC, 2014.136p.

[5] REIS, L.B., Geração de energia elétrica/Lineu Belico dos Reis.2ª edição.
Barueri, SP: Manole, 2011. 447p.

[6] NETO, M.R.B.;CARVALHO, P.C.M., Geração de energia elétrica –


fundamentos.1ª edição.São Paulo, SP: Ed. Érica, 2012.158p.

[7] BRAGA, R.P., Energia solar fotovoltaica: Fundamentos e aplicações,


Trabalho de conclusão de curso (Graduação em engenharia elétrica) – Universidade
federal do Rio de Janeiro escola politécnica – Departamento de engenharia elétrica,
2008. 80p.

[8] FREITAS, S.S.A.,Dimensionamento de sistemas fotovoltaicos, Dissertação


(Mestrado em engenharia industrial, ramo de engenharia eletrotécnica) – Institui
politécnico de Bragança, escola superior de tecnologia e gestão, 2008.104p.

[9] TOMA, H.E. Estrutura atômica, ligações e esterquímica / Henrique Eisi Toma
– São Paulo: Ed. Blucher, 2013. Coleção de Química conceitual, v.1
61

[10] TOMA, H.E. Elementos químicos e seus compostos / Henrique Eisi Toma –
São Paulo: Ed. Blucher, 2012. Coleção de Química conceitual, v.3

[11] BROWN, L.S.;HOLME, T.A., Química geral aplicada à engenharia / Lawrence


S. Brown, Thomas A. Holme; Tradução Técnica Robson Mendes Matos – 3ª Edição.
São Paulo, SP: Ed. Cengagelearninrg, 2014.628p.

[12] TORRES, R.C., Energia fotovoltaica como fonte alternativa de geração de


energia elétrica edificações residenciais, Dissertação (Mestrado em engenharia
mecânica) – Universidade de São Paulo, escola de engenharia de São Carlos, 2012,
164p.

[13] MEDEIROS, N.A.C., Sistema de observação e analise para parques


fotovoltaicos, Dissertação (Mestrado em engenharia eletrotécnica e de
computadores) – Faculdade de engenharia elétrica do porto, 2008, 84p.

[14] GOLDEMBERG, J.;PALETTA,F.C., Energias renováveis.2ª edição. São Paulo,


SP: Ed. Edgard Blucher.2014.109p

[15] NOGATZ, H, Análise de viabilidade técnica e econômica para implantação de


uma usina solar no município de Guarapuava, Trabalho de conclusão de curso
(Graduação em engenharia elétrica) – Faculdades Guarapuava, 2015.75p.

[16] BRASIL. Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. PRODIST – Módulo 5


Disponível em: http://www.aneel.gov.br/modulo-5 Acesso em 15 maio 2016.

[17] BRASIL. Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. Institucional.


Disponível em: http://www.aneel.gov.br/a-aneel Acesso em 20 março 2016.

[18] SOLAR TERRA – SOLUÇÕES EM ENERGIA ELÉTRICA.,Energia solar


fotovoltaica – guia prático. Produzido por panorama energético e traduzido por
solar terra energias alternativas.35p

[19] BRASIL. Neosolar Energia. Loja Online. Disponível em:


http://www.neosolar.com.br/loja/gerador-solar-fotovoltaico-475-kwh.htmlAcesso em
15 Maio 2016.
62

[20] WEG. WEG INVERSORES STRING. Disponível em:


https://static.weg.net/medias/downloadcenter/ha4/h35/WEG-inversores-string-
SIW500H-SIW300H-50076575-pt.pdf Acesso em 24/10/2020.

[21] BASTOS, W.D.S, Estudo de Caso de um Projeto Fotovoltaico Integrado à


Edificação, Trabalho de conclusão de curso (Graduação em engenharia elétrica) –
Universidade Federal da Paraíba, 2018.74p.

[22] ELETROGRAFICS. SOFTWARES PARA PROJETOS ELÉTRICOS E


FOTOVOLTAICOS. Disponível em:
https://www.electrographics.com.br/produtos/solergo Acesso em 13/11/2020.
63

12. ANEXOS
12.1 – ANEXO 1
64

12.2 – ANEXO 2
65

12.3 – ANEXO 3
66

12.4 – ANEXO 4

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