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Jesuino Belo Raimundo

Fontes de Alimentação AT e ATX


(Licenciatura em Informática)

Universidade Rovuma
Nampula
2019
1

Jesuino Belo Raimundo

Fontes de Alimentação AT e ATX


(Licenciatura em Informática)

Trabalho de carácter avaliativo, cadeira


Sistema de Computação, 1º ano curso de
informática Pôs-laboral.
Docente: Adelino de Lima Gabriel

Universidade Rovuma
Nampula
2019
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Índice
INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 3

AS FONTES DE ALIMENTAÇÃO .......................................................................................... 4

TENSÕES FORNECIDAS PELAS FONTES ........................................................................... 4

O sinal Power Good .................................................................................................................... 5

POTÊNCIA DAS FONTES DE ALIMENTAÇÃO................................................................... 5

CONECTORES AT E ATX ....................................................................................................... 7

Tipos de fonte de Alimentação ................................................................................................... 8

PRINCIPAIS PADRÕES DE FONTES DE ALIMENTAÇÃO ................................................ 9

Fontes de Alimentação AT ......................................................................................................... 9

Outros Padrões de Fontes de Alimentação ............................................................................... 10

VENTILAÇÃO ........................................................................................................................ 12

ESTABILIDADE ..................................................................................................................... 13

POTÊNCIA .............................................................................................................................. 14

EFICIÊNCIA ............................................................................................................................ 16

Conclusão ................................................................................................................................. 17

Bibliografia ............................................................................................................................... 18
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INTRODUÇÃO
Por se tratar de um dispositivo eléctrico, o computador precisa de energia para que todos os
seus componentes funcionem de forma adequada. O dispositivo responsável por prover
energia ao computador é a de fonte de alimentação. De forma bastante sucinta poderíamos
dizer que a principal função da fonte de alimentação é converter em tensão contínua a tensão
alternada fornecida pela rede eléctrica comercial. Em outras palavras, a fonte de alimentação
converte os 110V ou 220V alternados da rede eléctrica convencional para as tensões
contínuas utilizadas pelos componentes electrónicos do computador, que são: +3,3V, +5V,
+12V, -5V e -12V. A fonte de alimentação também participa do processo de refrigeração,
facilitando a circulação de ar dentro do gabinete.

As fontes de alimentação são as responsáveis por distribuir energia elétrica a todos os


componentes do computador. Por isso, uma fonte de qualidade é essencial para manter o bom
funcionamento do equipamento. No intuito de facilitar a escolha de uma fonte, este Trabalho
apresentará as principais características desse dispositivo, desde o padrão AT até o padrão
ATX.
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AS FONTES DE ALIMENTAÇÃO

Essencialmente, as fontes de alimentação são equipamentos responsáveis por fornecer energia


aos dispositivos do computador, convertendo corrente alternada (AC - Alternate Current) -
grossamente falando, a energia recebida através de geradores, como uma hidroelétrica) - em
corrente contínua (DC - Direct Current ou VDC - Voltage Direct Current), uma tensão
apropriada para uso em aparelhos electrónicos.

Nos computadores, usa-se um tipo de fonte conhecido como "Fonte Chaveada". Trata-se de
um padrão que faz uso de capacitores e indutores no processo de conversão de energia. A
vantagem disso é que há menos geração de calor, já que um mecanismo da fonte
simplesmente desactiva o fluxo de energia ao invés de dissipar um possível excesso. Além
disso, há menor consumo, pois a fonte consegue utilizar praticamente toda a energia que
"entra" no dispositivo. Por se tratar de um equipamento que gera campo electromagnético (já
que é capaz de trabalhar com frequências altas), as fontes chaveadas devem ser blindadas para
evitar interferência em outros aparelhos e no próprio computador.

TENSÕES FORNECIDAS PELAS FONTES

Os dispositivos que compõem o computador requerem níveis diferentes de tensão para seu
funcionamento. Por isso, as fontes de alimentação fornecem, essencialmente, quatro tipos de
tensão (em Volts - V):

 5 V - utilizada na alimentação de chips, como processadores, chipsets e módulos de


memória;
 5 V - aplicada em dispositivos periféricos, como mouse e teclado;
 12 V - usada em dispositivos que contenham motores, como HDs (cujo motor é
responsável por girar os discos) e drives de CD ou DVD (que possui motores para
abrir a gaveta e para girar o disco);
 12 V - utilizada na alimentação de barramentos de comunicação, como o antigo ISA
(Industry Standard Architecture).

Os valores descritos acima são usados no padrão de fonte conhecido como AT (Advanced
Technology). No entanto, o padrão ATX (Advanced Technology Extended), quando lançado,
apresentou mais uma tensão: a de 3,3 V, que passou a ser usada por chips (principalmente
pelo processador), reduzindo o consumo de energia.
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As fontes ATX também trouxeram um recurso que permite o desligamento do computador


por software. Para isso, as fontes desse tipo contam com um sinal TTL (Transistor-Transistor
Logic) chamado Power Supply On (PS_ON). Quando está ligada e em uso, a placa-mãe
mantém o PS_ON em nível baixo, como se o estive deixando em um estado considerado
"desligado". Se a placa-mãe estiver em desuso, ou seja, não estiver recebendo as tensões,
deixa de gerar o nível baixo e o PS_ON fica em nível alto. Esse sinal pode mudar seu nível
quando receber ordens de activação ou desactivação dos seguintes recursos:

 Soft On/Off - usado para ligar/desligar a fonte por software. É graças a esse recurso
que o Windows ou o Linux consegue desligar o computador sem que o usuário tenha
que apertar um botão do gabinete;
 Wake-on-LAN - permite ligar ou desligar a fonte por placa de rede;
 Wake-on-Modem - possibilitar ligar ou desligar a fonte por modem.

O sinal Power Good

O sinal Power Good é uma protecção para o computador. Sua função é comunicar à máquina
que a fonte está apresentando funcionamento correcto. Se o sinal Power Good não existir ou
for interrompido, geralmente o computador desliga automaticamente. Isso ocorre porque a
interrupção do sinal indica que o dispositivo está operando com voltagens alteradas e isso
pode danificar permanentemente um componente do computador. O Power Good é capaz de
impedir o funcionamento de chips enquanto não houver tensões aceitáveis.

O Power Good é um recurso existente já no padrão AT. No caso do padrão ATX, seu sinal
recebe o nome de Power Good OK (PWR_OK) e sua existência indica a disponibilização das
tensões de 5 V e de 3,3 V.

POTÊNCIA DAS FONTES DE ALIMENTAÇÃO

Se um dia você já teve que comprar ou pesquisar o preço de uma fonte de alimentação para
seu computador, certamente pode ter ficado em dúvida sobre qual potência escolher. No
Brasil, é muito comum encontrar fontes de 300 W (watts), no entanto, dependendo de seu
hardware, uma fonte mais potente pode ser necessária. Para saber quando isso é aplicável,
deve-se saber quanto consome cada item de seu computador. A tabela abaixo mostra um valor
estimado:
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ITEM CONSUMO

Processadores topo de linha (como Pentium 4 HT e Athlon


60 W - 110 W
64)

Processadores económicos (como Celeron e Duron) 30 W - 80 W

Placa-mãe 20 W - 100 W

HDs e drives de CD e DVD 25 W - 35 W

Placa de vídeo sem instruções em 3D 15 W - 25 W

Placa de vídeo com instruções em 3D 35 W - 110 W

Módulos de memória 2W - 10 W

Placas de expansão (placa de rede, placa de som, etc) 5 W - 10 W

Cooler 5 W - 10 W

Teclado e mouse 15 W - 25 W

Por exemplo, se tiver uma máquina com processador Athlon 64 FX, com dois HDs, um drive
de CD, um drive de DVD, placa de vídeo 3D, mouse óptico, entre outros, uma fonte de 300
W não é recomendável. Basta somar as taxas de consumo desses itens para notar:

Athlon 64 FX 100 W (valor estimado)

25 W + 25 W (valor
HD (cada)
estimado)

Drive de CD 25 W (valor estimado)

Drive de DVD 25 W (valor estimado)

Placa de vídeo 3D 80 W (valor estimado)

Mouse óptico 25 W (valor estimado)

Total 305 W *
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É importante considerar ainda que dificilmente uma fonte de alimentação fornece a potência
máxima indicada. Por isso, é bom utilizar uma fonte que forneça certa "folga" nesse aspecto.
Para a configuração citada acima, por exemplo, uma fonte de 500 W seria adequada.

CONECTORES AT E ATX

Os conectores das fontes AT e ATX são mostrados a seguir. Repare que o único que muda
entre um padrão e outro é o conector que alimenta a placa-mãe. No caso do padrão AT, esse
conector possui 12 fios. No padrão ATX, esse conector possui 20 vias (ver foto abaixo).

Além disso, o encaixe do conector ATX é diferente, pois seus orifícios possuem formatos
distintos para impedir sua conexão de forma invertida. No padrão AT, é comum haver erros,
pois o conector é dividido em duas partes e pode-se colocá-los em ordem errada. A seqüência
correta é encaixar os conectores deixando os fios pretos voltados ao centro.

Figura 1.
Fonte:
https://www.google.com/search?q=fonte+de+alimentação+at+e+atx&prmd=ivn&source=lnm
s&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiE9djT8tTiAhVSDOwKHULAA_YQ_AUoAXoECA0Q
AQ&biw=360&bih=560&dpr=1.5#imgrc=Xpwfn8L_Pla8qM

Abaixo segue uma ilustração que mostra os sinais e tensões de cada pino dos conectores para
placas-mãe de fontes AT e ATX:
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Figura: 2
Fonte: https://images.app.goo.gl/4fNzCzpQ66ehMPXw6

Tipos de fonte de Alimentação


Existem dois tipos básicos de fonte de alimentação: linear e chaveada.
As fontes de alimentação lineares pegam os 127 V ou 220 V da rede eléctrica e, com ajuda de
um transformador, reduzem esta tensão para, por exemplo, 12 V. Esta tensão reduzida, que
ainda é alternada, passa então por um circuito de rectificação que é feito por uma série de
diodos, transformando esta tensão alternada em tensão pulsante. O próximo passo é a
filtragem, que é feito por um capacitor electrolítico que transforma esta tensão pulsante em
quase contínua. Como a tensão contínua obtida após o capacitor oscila um pouco (esta
oscilação é chamada ripple), um estágio de regulação de tensão é necessário, feito por um
diodo zener ou por um circuito integrado regulador de tensão. Após este estágio a saída é
realmente contínua.

Embora fontes de alimentação lineares trabalhem muito bem para aplicações que exigem
pouca potência, telefones sem fio e consoles de vídeo games são duas aplicações que
podemos citar, quando uma alta potência é requerida, fontes de alimentação lineares podem
ser literalmente muito grandes para a tarefa.
O tamanho do transformador e a capacitância (e o tamanho) do capacitor electrolítico são
inversamente proporcionais à frequência de entrada da tensão alternada: quanto menor a
frequência da tensão alternada maior o tamanho dos componentes e vice-versa. Como fontes
de alimentação lineares ainda usam os 60 Hz (ou 50 Hz, dependendo do país) da frequência
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da rede eléctrica que é uma frequência muito baixa , o transformador e o capacitor são muito
grandes.
Em fontes de alimentação chaveadas em alta frequência a tensão de entrada tem sua
frequência aumentada antes de ir para o transformador (10 a 20 KHz são valores típicos).
Com a frequência da tensão de entrada aumentada, o transformador e o capacitor electrolítico
podem ser bem menores. Este é o tipo de fonte de alimentação usada nos computadores e em
muitos outros equipamentos electrónicos, como videocassetes. Tenha em mente que
“chaveada” é uma forma reduzida para “chaveada em alta frequência”, não tendo nada a ver
se a fonte tem ou não uma chave liga/desliga.

Muitas vezes, na hora de comprar um computador, só levamos em consideração o clock do


processador, o modelo da placa-mãe, a quantidade de memória instalada, a capacidade de
armazenamento do disco rígido, e esquecemos da fonte de alimentação, que na verdade é
quem fornece o “combustível” para que as peças de um computador funcionem
correctamente. Uma fonte de alimentação de boa qualidade e com capacidade suficiente pode
aumentar a vida útil do seu equipamento. Para se ter uma ideia, uma fonte de alimentação de
qualidade custa menos de 5% do valor total de um micro. Já uma fonte de alimentação de
baixa qualidade pode causar uma série de problemas intermitentes, que na maioria das vezes
são de difícil resolução. Uma fonte de alimentação defeituosa ou mal dimensionada pode
fazer com que o computador trave, pode resultar no aparecimento de bad blocks no disco
rígido, pode resultar no aparecimento de erros de GPF e resets aleatórios, além de vários
outros problemas.

PRINCIPAIS PADRÕES DE FONTES DE ALIMENTAÇÃO

Existem vários tipos diferentes de padrões de fontes de alimentação para computadores. Esses
padrões diferem no tamanho, tipo de conector e tensões que podem fornecer.

Fontes de Alimentação AT

São instaladas em gabinetes e em placas-mãe AT. Esta fonte de alimentação fornece quatro
tensões, +5 V, +12 V, -5 V e -12 V, e usa um conector de 12 pinos, geralmente dividido em
dois conectores de seis pinos. O problema é que esses dois conectores de seis pinos podem ser
inseridos em qualquer um dos lados do conector de 12 pinos encontrado na placa-mãe. De
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modo a evitar erros você deve instalar esses conectores de forma que os fios pretos fiquem ao
centro do conector, como mostrado na Figura 3.

Figura 3: Conexão de uma fonte de alimentação AT em uma placa-mãe AT.


Fonte: https://images.app.goo.gl/4fNzCzpQ66ehMPXw6

Fontes de Alimentação ATX

Fontes de alimentação ATX são instaladas em gabinetes e em placas-mãe ATX. Existem


várias variações do padrão ATX. Existem três principais diferenças entre fontes de
alimentação AT e ATX. Primeiro, uma nova linha de tensão está disponível nas fontes de
alimentação ATX, de +3,3 V. Segundo, fontes de alimentação ATX utilizam um único
conector de 20 pinos (ver Figura 2). E terceiro, a fonte de alimentação ATX tem um fio
chamado power-on, permitindo que a fonte de alimentação seja desligada por software.
Fontes de alimentação ATX medem 150 mm x 86 mm x 140 mm (L x A x P).

Outros Padrões de Fontes de Alimentação

Padrão EPS12V

Este padrão de fonte de alimentação foi especificado pela SSI (Server System Infrastructure)
para ser usado em servidores de baixo custo. Este tipo de fonte de alimentação usa o mesmo
plugue da placa-mãe que as fontes ATX12V v2.x e um novo conector de alimentação auxiliar
de oito pinos de +12 V, visto na Figura 9. Esta fonte tem ainda o mesmo tamanho físico que o
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padrão ATX original. Ela é usada por placas-mãe EPS12V. Já que ela vem com apenas um
novo conector, muitos fabricantes de fontes de alimentação oferecem modelos que são
ATX12V v2.x e EPS12V ao mesmo tempo.

Figura 4: Conector EPS12V.


Fonte: https://images.app.goo.gl/vjavBs9px3Jrcx5n6

Padrão LFX12V

LFX significa Padrão de Perfil Baixo (Low Profile Form Factor). Esta fonte usa os mesmos
conectores das fontes ATX12V v2.x, mas tem um tamanho físico diferente: 62 mm x 72 mm
x 210 mm (L x A x P).

Figura 3: Fonte de alimentação LFX12V.


Fonte: https://images.app.goo.gl/vjavBs9px3Jrcx5n6

Padrão CFX12V

CFX significa Padrão Compacto (Compact Form Factor). Esta fonte usa o mesmo conector
das fontes ATX12V v2.x e tem um formato de “L” baseada no tamanho do padrão ATX, com
150 mm de largura na sua parte superior e 101,6 mm de largura na sua parte inferior.
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 TFX12V: TFX significa Padrão Fino (Thin Form Factor). Esta fonte usa o mesmo
conector da fonte ATX12V v2.x, mas tem um tamanho físico diferente: 65 mm x 85
mm x 175 mm (L x A x P).
 SFX12V: SFX significa Padrão Pequeno (Small Form Factor): Esta fonte usa o
mesmo conector das fontes ATX12V v2.x e pode ser encontrada em diferentes
tamanhos físicos e diferentes configurações de ventoinhas:
 100 mm x 50 mm x 125 mm (L x A x P) (também conhecido como “40mm Fan
Profile”, “Padrão com Ventoinha de 40 mm”).
 100 mm x 63,5 mm x 125 mm (L x A x P) (também conhecido como “Top Mount Fan
Profile”, “Padrão com Ventoinha Montada em Cima”).
 125 mm x 63,5 mm x 100 mm (L x A x P) (também conhecido como “Reduced Depth
Top Mount Fan Profile”, “Padrão com Ventoinha Montada em Cima e Com
Profundidade Reduzida”).
 100 mm x 63,5 mm x 125 mm (L x A x P) (também conhecida como “60mm Fan
Profile”, “Padrão com Ventoinha de 60mm”).
 138 mm x 86 mm x 101,4 mm (L x A x P) (também conhecida como “PS3 Profile”,
“Padrão Playstation 3”).

VENTILAÇÃO

Como comentamos anteriormente, a fonte de alimentação desempenha um papel


importantíssimo no processo de remoção de calor do interior do gabinete. Sua função é
justamente remover o ar quente existente dentro do gabinete do micro e joga-lo para fora. O
fluxo de ar dentro do micro funciona da seguinte forma: o ar frio entra através de ranhuras
existentes na parte frontal do gabinete. Esse ar é aquecido devido a trocas de calor com outros
dispositivos, como o processador, placas de vídeo, chipset, etc. Como o ar quente é menos
denso do que o ar frio, a sua tendência natural é subir. Com isso, o ar quente fica retido na
parte superior do gabinete. A ventoinha existente na fonte de alimentação funciona como um
exaustor, puxando o ar quente desta região e soprando-o para fora do micro. As fontes de
alimentação mais robustas possuem duas ou três ventoinhas. Alguns gabinetes têm espaço
apropriado para a instalação de uma nova ventoinha na parte traseira do gabinete, o que
melhora ainda mais a circulação de ar dentro do gabinete do micro.
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Figura 4: Fluxo de ar dentro do gabinete do micro.


Fonte: https://www.google.com/search?q=conetor+EPS12Y&bih=560&biw=360&hl=pt-
BR&tbm=isch&prmd=ivn&source=lnms&sa=X&ved=0ahUKEwi4zIuS_NTiAhXoWxUIHV
q_ADcQ_AUIECgB

O problema da ventoinha da fonte e/ou as ventoinhas extras é o ruído produzido por elas. Em
alguns casos o barulho é tão irritante que o simples fato de trabalhar com o computador torna-
se algo stressante.

Para resolver o problema do ruído alguns fabricantes introduziram em suas fontes um recurso
em que a velocidade de rotação da ventoinha é automaticamente ajustada de acordo com a
temperatura da fonte. Quando a fonte não é muito exigida pelo micro, a velocidade de rotação
da sua ventoinha é automaticamente reduzida, diminuindo, portanto, a produção de ruído.
Existem modelos de fonte em que o controle da velocidade da ventoinha não feito de forma
automática, e sim através de uma chave selectora existente na parte traseira da fonte.

ESTABILIDADE

Uma boa fonte de alimentação tem de garantir voltagens estáveis em suas saídas
independentes de imperfeições ou sobrecargas oriundas da rede eléctrica ou das variações de
consumo do próprio computador. Para que um computador funcione correctamente e de forma
segura é necessário que as tensões de saída da fonte de alimentação estejam estáveis mesmo
que haja uma sobre tensão na rede eléctrica comercial. Alguns dispositivos do micro, em
especial o processador, são extremamente sensíveis a variações de tensão. Variações bruscas
nas tensões da fonte podem fazer com que o computador trave ou podem até mesmo resultar
na queima de algum periférico do micro. O computador pode tolerar certa variação de tensão
sem que haja problemas a seus componentes. A tabela abaixo mostra as tensões de saída da
fonte, bem como os valores máximos e mínimos tolerados pelo micro.
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Tensão de Saída Tolerância Mínimo Máximo

+5VDC ±5% +4,75V +5,25V

+12VDC ±5% +11,40V +12,60V

-5VDC ±10% -4,5V -5,5V

-12VDC ±10% -10,8V -13,2V

+3,3VDC ±5% +3,14V +3,47V

+5V SB ±5% +4,75V +5,25V

POTÊNCIA

Fontes de alimentação são classificadas e comercializadas com base na potência máxima que
podem ter em suas saídas, medida em watts. Potência é a capacidade de transformação da
energia eléctrica em outro tipo de energia, normalmente energia térmica, energia mecânica,
energia química, etc. Em geral, quanto maior for a potência de uma fonte de alimentação,
mais placas e periféricos podem ser instalados no computador.

Como comentamos anteriormente, as fontes de alimentação são comercializadas de acordo


com a potência máxima produzida por suas voltagens. Uma fonte de alimentação de 300W
significa que a fonte pode fornecer ao micro uma potência máxima, também chamada de
potência nominal, de 300W. A potência máxima de uma fonte de alimentação pode ser
facilmente calculada multiplicando a tensão pela corrente de cada uma das suas saídas e
somando os resultados. Por exemplo, na tabela abaixo calculamos a potência máxima
produzida por uma fonte de alimentação AT de 300W. Note que a potência produzida por
uma tensão negativa é somada ao total, e não subtraída.
O cálculo da potência máxima de uma fonte de alimentação ATX é um pouco diferente
devido ao conceito de potência combinada. As fontes de alimentação ATX combinam as
tensões de +3,3V e +5V e fornecem um novo valor de potência que é a potência combinada.
Isso significa que o valor a ser considerado na hora de calcular a potência máxima de uma
fonte de alimentação é o valor da potência máxima combinada e não os valores das potências
individuais fornecidas por essas duas voltagens.

Na tabela abaixo compilamos os valores das tensões, e suas respectivas potências, de uma
fonte de alimentação ATX 300W. Como podemos observar na tabela abaixo, o valor da
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potência combinada é de 150W (+3,3/+5V). Para calcular a potência máxima de uma fonte de
alimentação ATX somamos o valor da potência de +12V, a potência combinada (+3,3V/5V),
a potência de -5V, a potência de -12V, e a potência de +5V Standby. O resultado será a
quantidade de potência máxima que a fonte consegue fornecer ao micro.

Tensão de Saída Corrente Elétrica Potência Máxima


+12V 12A 12 * 12 = 144W
+5V 30A 5 * 30 = 150W
-5V 0,3A 5 * 0,3 = 1,5W
-12V 1A 12 * 1 = 12W
Potência Total da Fonte 144 + 150 + 1,5 + 12 = 307,5W

Utilizamos em nossos cálculos é na verdade uma fonte de 262W e não de 300W, como está
sendo anunciada. Infelizmente esse é tipo de prática comum entre alguns fabricantes de fontes
que informam erroneamente o valor da potência máxima fornecida. A maneira mais confiável
de descobrir a verdadeira potência máxima fornecida pela fonte é fazendo os cálculos.

Importante notar que esses cálculos são para calcular a verdadeira potência nominal da fonte.
Se ela conseguirá ou não entregar a potência que calculamos é uma outra história, isto só é
possível saber realizando testes em laboratório.

Tensão de Saída Corrente Elétrica Potência Máxima


+12V 8ª 12 * 8 = 96W
+5V 30ª 5 * 30 = 150W
+3,3V 14ª 3,3 * 14 = 46,2W
+3,3V/+5V 150W
-5V 0,5ª 5 * 0,5 = 2,5W
-12V 0,5ª 12 * 0,5 = 6W
Standby 1,5ª 5 * 1,5 = 7,5W
Potência Total da Fonte 96 + 150 + 2,5 + 6 + 7,5 = 262W
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EFICIÊNCIA

A eficiência de uma fonte de alimentação diz o percentual da tensão alternada da rede que ela
está efectivamente conseguindo converter em tensão contínua. Trata-se da diferença entre o
consumo que está sendo fornecido em suas saídas e o quanto ela está efectivamente
consumindo da rede eléctrica.

Por exemplo, suponha uma fonte de alimentação que esteja fornecendo em um determinado
momento em suas saídas 150 W, mas que esteja, neste mesmo instante de tempo, consumindo
200 W da rede eléctrica. Temos que esta fonte tem uma eficiência de 75%. A diferença, os 50
W deste exemplo, é dissipada em forma de calor.

Isso significa que fontes com um índice de eficiência maior irão gerar menos calor no interior
do gabinete do que fontes com um índice de eficiência inferior.

Como você pode ver, a fonte de alimentação pode ser um dos grandes causadores do aumento
do calor interno no gabinete do micro. Fontes mais caras – isto é, com um maior índice de
eficiência – tendem a gerar menos calor do que fontes mais baratas. Nestes tempos onde uma
das maiores preocupações na hora de montar um micro é o super aquecimento, este dado deve
ser levado em conta.
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Conclusão

Essencialmente, as fontes de alimentação são equipamentos responsáveis por fornecer energia


aos dispositivos do computador, convertendo corrente alternada (AC - Alternate Current) -
grossamente falando, a energia recebida através de geradores, como uma hidroeléctrica) - em
corrente contínua (DC - Direct Current ou VDC - Voltage Direct Current), uma tensão
apropriada para uso em aparelhos electrónicos.
AT ( Advanced Technology ) e ATX (Advanced Tecnologia Extended) são dois padrões de
alimentação incompatíveis. Embora ambas as fontes de alimentação de compartilhar alguns
dos mesmos conectores, a tecnologia por trás de ambos são bastante diferentes, exigindo
diferentes placas-mãe e gabinetes de computador. O estilo AT foi usado de aproximadamente
1980-1997, enquanto o padrão ATX é actual. Conector de alimentação principal
O conector de alimentação principal no AT e fontes de alimentação ATX são muito
diferentes, e requerem diferentes placas-mãe por causa disso. Em uma fonte de alimentação
AT são na verdade dois conectores de seis pinos separados que se conectam a placa-mãe lado
a lado em uma única linha. O conector de alimentação principal ATX é um único conector de
20 ou 24 pinos, que coloca os pinos em duas linhas.

Nos computadores, usa-se um tipo de fonte conhecido como "Fonte Chaveada". Trata-se de
um padrão que faz uso de capacitores e indutores no processo de conversão de energia. A
vantagem disso é que há menos geração de calor, já que um mecanismo da fonte
simplesmente desactiva o fluxo de energia ao invés de dissipar um possível excesso.
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Bibliografia
https://www.google.com/search?q=conetor+EPS12Y&bih=560&biw=360&hl=pt-
BR&tbm=isch&prmd=ivn&source=lnms&sa=X&ved=0ahUKEwi4zIuS_NTiAhXoWxUIHV
q_ADcQ_AUIECgB (Acessado no dia 27 de Maio de 2019 as 16h)

https://images.app.goo.gl/vjavBs9px3Jrcx5n6 (Acessado no dia 27 de Maio de 2019 as


16h)

https://www.google.com/search?q=fonte+de+alimentação+at+e+atx&prmd=ivn&source=lnm
s&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiE9djT8tTiAhVSDOwKHULAA_YQ_AUoAXoECA0Q
AQ&biw=360&bih=560&dpr=1.5#imgrc=Xpwfn8L_Pla8qM (Acessado no dia 27 de Maio
de 2019 as 16h)

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