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CENTRO UNIVERSITÁRIO UniFBV

FERNANDA DE OLIVEIRA ÁVILA

SISTEMAS FOTOVOLTAICOS HÍBRIDOS COM ESTUDO DE CASO NO SISTEMA


ON GRID

RECIFE
2023
FERNANDA DE OLIVEIRA ÁVILA

SISTEMAS FOTOVOLTAICOS HÍBRIDOS COM ESTUDO DE CASO NO SISTEMA


ON GRID

Trabalho de Conclusão de Curso


presentado ao Centro Unversitário UniFBV
como requisito parcial para obtenção do
título de bacharel em Engenharia Elétrica.

Orientador: Lucas Mendes Scarpin

RECIFE
2023
RESUMO

Os sistemas fotovoltaicos híbridos representam uma evolução significativa na geração


de energia solar, combinando painéis fotovoltaicos com outras fontes de energia ou
sistemas de armazenamento. Essa abordagem híbrida permite otimizar a produção
de energia elétrica, melhorar a confiabilidade e a eficiência do sistema e, em muitos
casos, reduzir os custos operacionais a longo prazo. Os sistemas híbridos oferecem
uma série de benefícios. A combinação de várias fontes de energia pode reduzir os
custos operacionais e de combustível, principalmente em locais remotos onde a
entrega de combustível é dispendiosa. Além disso, a presença de fontes de energia
múltiplas torna o sistema mais robusto, reduzindo o risco de falhas no fornecimento
de energia. Sistemas de armazenamento garantem energia durante interrupções na
geração solar. A crescente demanda global por energia elétrica e a preocupação com
as mudanças climáticas tem impulsionado a busca por fontes de energia mais limpas
e sustentáveis. Nesse contexto, os sistemas fotovoltaicos híbridos surgem como uma
solução viável para atender a essa demanda crescente de forma mais eficiente e
ambientalmente responsável. Este estudo tem como objetivo geral analisar as
vantagens do sistema fotovoltáico on grid. Trata-se de um estudo de caso realizado
em uma empresa de instalação de placa solares, no qual a mesma realizou a
instalação em uma residência no Bairro Ilha Joana Bezerra, na cidade de Recife-
Pernambuco.

Palavras-chave: Placas; Solar; Sistema; Eletricidade; Residências.


ABSTRACT

Hybrid photovoltaic systems represent a significant evolution in solar energy


generation, combining photovoltaic panels with other energy sources or storage
systems. This hybrid approach allows for the optimization of electricity production,
enhancing the system's reliability and efficiency, and, in many cases, reducing long-
term operational costs. Hybrid systems offer a range of benefits. The combination of
various energy sources can decrease operational and fuel costs, particularly in remote
locations where fuel delivery is costly. Additionally, the presence of multiple energy
sources makes the system more robust, reducing the risk of power supply failures.
Storage systems ensure energy availability during interruptions in solar generation.
The increasing global demand for electrical energy and concerns about climate change
have driven the search for cleaner and more sustainable energy sources. In this
context, hybrid photovoltaic systems emerge as a viable solution to meet this growing
demand in a more efficient and environmentally responsible manner. This study aims
to analyze the advantages of on-grid photovoltaic systems. It is a case study conducted
by a solar panel installation company, which performed the installation in a residence
in the Ilha Joana Bezerra neighborhood in the city of Recife, Pernambuco.

Keywords: Solar Panels; System; Electricity; Residences.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1- Potência dos sistemas fotovoltaicos mundialmente ................................... 14


Figura 2 - Sistema de Geração fotovoltaica em CC e CA ......................................... 16
Figura 3 - Sistema conectado diretamente na rede................................................... 17
Figura 4 - Modelo de um Sistema Fotovoltaico Híbrido ............................................. 18
Figura 5 - Camadas do módulo fotovoltaico .............................................................. 20
Figura 6 - Tipos de módulos fotovoltaicos ................................................................. 22
Figura 7 - Etapas pertencentes a produção do módulo fotovoltaico.......................... 23
Figura 8 - Estação autônoma de recarga de veículos ............................................... 25
Figura 9 - Dimensionamento voltado para um sistema fotovoltaico on grid .............. 30
Figura 10 - Localização da área do objeto de pesquisa ............................................ 32
Figura 11 - Fluxograma da metodologia aplicada ..................................................... 34
Figura 12 - Preparação para instalação dos módulos ............................................... 35
Figura 13 - Instalação da estrutura de fixação dos painéis fotovoltaicos .................. 37
Figura 14 - Fluxograma das etapas com a concessionária ....................................... 42
Gráfico 1- Custo mensal de janeiro a setembro de 2023 .......................................... 43
Gráfico 3 - Redução do consumo e do valor da fatura .............................................. 44
LISTA DE TABELAS

Tabela 1- Demonstração de um resumo de fluxo de caixa ....................................... 46


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
IBGE Instituto Brasileira de Geografia e Estatística
UFU Universidade Federal de Uberlândia
CC Corrente Contínua
CA Corrente alterada
PRODIST Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico
Nacional
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 12
1.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 12
1.2 OBJETIVOS ........................................................................................................ 12
1.2.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 12
1.2.2 Objetivos Específicos ....................................................................................... 12
2 DESENVOLVIMENTO ........................................................................................... 13
2.1.1 Sistema Fotovoltaico ........................................................................................ 14
2.1.2 Sistemas Fotovoltaicos isolados (off-grid) .................................................. 15
2.1.3 Sistemas Ligados à Rede Elétrica ................................................................ 17
2.1.4 Sistemas Híbridos .......................................................................................... 17
2.1.5 Eficiência......................................................................................................... 18
2.2 COMPONENTES BÁSICOS DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS ....................... 19
2.2.1 Módulos Fotovoltaicos ...................................................................................... 19
2.2.2 Conjunto fotovoltaico .................................................................................... 20
2.2.3 Placas Fotovoltaicas ...................................................................................... 22
2.2.4 Bloco gerador (painéis solares, cabos, estrutura de suporte) .......................... 23
2.2.5 Bloco de condicionamento de potência (inversores; controladores de carga).. 25
2.2.6 Bloco de armazenamento (baterias) ................................................................ 26
2.2.7 Correntes, Tensão e Circuito ........................................................................ 28
2.2.8 Sistema Fotovoltaico on grid ........................................................................ 29
3 METODOLOGIA .................................................................................................... 32
3. 1 OBJETO DE PESQUISA .................................................................................... 34
3. 2 ETAPAS DA CONCESSIONÁRIA ...................................................................... 35
3. 3 ETAPAS DA INSTALAÇÃO ................................................................................ 35
4 ESTUDO DE CASO ............................................................................................... 37
4.1 INSTALAÇÃO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO .................................................. 37
4.2 O PROCEDIMENTO PARA SOLICITAÇÃO E APROVAÇÃO DO SISTEMA
FOTOVOLTAICO ...................................................................................................... 39
4.4 LEVANTAMENTO DO CONSUMO CONVENCIONAL E DA PRODUÇÃO MÉDIA
DE ENERGIA GERADA PELO SISTEMA IMPLANTADO ......................................... 43
4.3 VIABILIDADE ECONÔMICA ............................................................................... 45
REFERÊNCIAS......................................................................................................... 48
12

1 INTRODUÇÃO

Os sistemas fotovoltaicos híbridos representam uma evolução significativa na


geração de energia solar, combinando painéis fotovoltaicos com outras fontes de
energia ou sistemas de armazenamento. Essa abordagem híbrida permite otimizar a
produção de energia elétrica, melhorar a confiabilidade e a eficiência do sistema e,
em muitos casos, reduzir os custos operacionais a longo prazo.
De acordo com Mekhilef, Saidur e Kamalisarvestani (2012), esses sistemas
podem combinar a energia solar gerada por painéis fotovoltaicos com outras fontes
de energia, como geradores a diesel, turbinas eólicas ou sistemas de armazenamento
de energia, como baterias. Essa combinação pode ser adaptada às necessidades
específicas de cada aplicação, permitindo maior flexibilidade no fornecimento de
energia.
Khan et al. (2013) destacam que em áreas remotas ou isoladas, os sistemas
fotovoltaicos híbridos são frequentemente utilizados para fornecer energia elétrica
independente da rede elétrica convencional. Nesses casos, baterias são
frequentemente integradas ao sistema para armazenar energia durante o dia para uso
à noite.
Além disso, Luque e Hegedus (2011) apresentam que em regiões com rede
elétrica, os sistemas híbridos podem ser conectados à grade para aproveitar a energia
solar e reduzir a dependência da eletricidade proveniente de fontes não renováveis.
O excesso de energia gerada pode ser vendido de volta à rede, gerando créditos de
energia.
Empresas e indústrias também adotam sistemas fotovoltaicos híbridos para
reduzir os custos operacionais, garantir a continuidade das operações e cumprir metas
de sustentabilidade. Eles muitas vezes incorporam sistemas de armazenamento de
energia para atender à demanda durante picos de consumo (Khan et al., 2013).
Os sistemas híbridos oferecem uma série de benefícios. A combinação de
várias fontes de energia pode reduzir os custos operacionais e de combustível,
principalmente em locais remotos onde a entrega de combustível é dispendiosa. Além
disso, a presença de fontes de energia múltiplas torna o sistema mais robusto,
reduzindo o risco de falhas no fornecimento de energia. Sistemas de armazenamento
garantem energia durante interrupções na geração solar (YANG; LU, 2014).
13

Ainda de acordo com os autores acima citados, a integração da energia solar


também reduz a pegada de carbono do sistema, contribuindo para objetivos de
sustentabilidade e responsabilidade ambiental. No entanto, existem desafios a serem
superados. O dimensionamento correto das diferentes fontes de energia e
componentes do sistema é fundamental para garantir a eficiência e a confiabilidade
do sistema. Além disso, os sistemas híbridos podem ser mais complexos de operar e
manter devido à presença de múltiplas fontes de energia. Por fim, embora ofereçam
benefícios a longo prazo, esse tipo de sistema geralmente tem custos iniciais mais
elevados devido à necessidade de variados componentes.
Com isso, os sistemas fotovoltaicos híbridos representam uma solução versátil e
eficiente para a geração de energia elétrica. Sua capacidade de combinar energia
solar com outras fontes de energia ou sistemas de armazenamento os torna
adequados para uma variedade de aplicações, desde áreas remotas até́ instalações
industriais. Apesar dos desafios iniciais, seu potencial para reduzir custos, melhorar a
confiabilidade e contribuir para a sustentabilidade os torna uma escolha cada vez mais
popular no cenário energético moderno.
12

1.1 JUSTIFICATIVA

A crescente demanda global por energia elétrica e a preocupação com as


mudanças climáticas tem impulsionado a busca por fontes de energia mais limpas e
sustentáveis. Nesse contexto, os sistemas fotovoltaicos híbridos surgem como uma
solução viável para atender a essa demanda crescente de forma mais eficiente e
ambientalmente responsável. Além disso, a ampla gama de aplicações dos sistemas
fotovoltaicos hibrido, que abrange desde áreas remotas sem acesso à rede elétrica
até́ instalações industriais complexas, torna este estudo relevante para um público
diversificado, incluindo governos, empresas e consumidores em geral. Compreender
as nuances desses sistemas é essencial para tomar decisões informadas sobre sua
implementação e aproveitar seus benefícios.
Outro ponto relevante é a economia de custos a longo prazo proporcionada por
sistemas fotovoltaicos híbridos. A redução de custos operacionais e a capacidade de
fornecer energia elétrica confiável em regiões com acesso limitado à eletricidade
convencional tornam esses sistemas atrativos tanto do ponto de vista econômico
quanto social. Desse modo, à medida que a tecnologia de energia solar fotovoltaica
avança, é fundamental explorar seu potencial em combinação com outras fontes de
energia, como baterias de armazenamento e sistemas de geradores, para otimizar o
fornecimento de energia. Isso requer um entendimento mais aprofundado dos
sistemas fotovoltaicos híbridos, tornando este estudo um passo importante na
evolução da geração de energia sustentável.
Por fim, a crescente adoção de sistemas fotovoltaicos híbridos em todo o mundo
e sua capacidade de contribuir para a redução das emissões de carbono destacam a
necessidade de pesquisas e análises aprofundadas sobre esse tópico.
Portanto, a justificativa deste estudo reside na importância de compreender e
explorar os sistemas fotovoltaicos híbridos como uma solução eficaz e sustentável
para as crescentes demandas energéticas, questões ambientais e econômicas que
enfrentamos atualmente.
12

1.2 OBJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Este estudo tem como objetivo geral analisar as vantagens do sistema


fotovoltáico on grid.

1.2.2 Objetivos Específicos

 Apresentar o conceito de energia solar fotovoltaica;


 Analisar os sistemas de geração de energia fotovoltaica on grid;
 Identificar os tipos e componentes dos sistemas fotovoltaicos pertencentes ao
sistema on grid;
 Comparar os benefícios sistema fotovoltaicos on grid comparando-o com o
sistema convencional.
13

2 DESENVOLVIMENTO

O sol possui um potencial considerável de energia que, de acordo com estudos,


essa estrela é considerada a maior de todas pois possui cerca de 1,5 x 1018 kWhde
energia, o que poderia ser contabilizado como 10 mil vezes o consumo mundial nesse
mesmo período de tempo. Com isso, pode-se observar e constatar que é uma fonte
inesgotável e renovável podendo ser utilizada e convertida em outros tipos de energia
como a elétrica (GRUPO E TRABALHO DE ENERGIA SOLAR - GTES, 2014).
Existem duas formas de como a energia penetrar a Terra: de forma térmica e a
luminosa. Quando penetra no planeta, a energia se manifesta como luz composta de
raios infravermelhos e ultravioletas. Com isso, é possível captar essa energia
luminosa através de painéis fotovoltaicos e convertê-la em energia elétrica para o
consumo (ANEEL, 2008).
Apresentando-se um breve histórico da criação do sistema fotovoltáico, pode-
se citar que Edmond Becquerel aduziu em 1839 que, quando uma ordenação
semicondutora é exibida à luz, ergue-se uma dessemelhança de potencial em seus
extremos. Por volta de 1876 foi engendrado o primeiro aparato fotovoltaico por meio
de pesquisas e estudos das sustentações de estado sólido, contudo em 1956
começou-se a criação industrial escoltando a evolução da microeletrônica. Na
atualidade os sistemas fotovoltaicos estão sendo empregados em instalações remotas
em várias utilidades. Os benefícios de um sistema fotovoltaico como modularidade,
redução de custos com manutenção e uma vida extensa, faz com que sejam de
grande relevância para instalações em lugares de acesso de alto grau de dificuldade.
(GRUPO E TRABALHO DE ENERGIA SOLAR – GTES, 2014).
Dessa maneira, em 1973, com a crise que envolvia o petróleo nessa época,
foram renovadas as aplicações terrestres para a energia solar fotovoltaica. Contudo,
para se que torne algo economicamente viável para converter a energia, precisa-se
naquele momento, minimizar o custo de produção de células fotovoltaicas cerca de
cem vezes o custo de produção das células fotovoltaicas relativamente ao custo das
células usadas em aplicações espaciais. Algumas empresas pertencentes ao Estados
Unidos escolheram variar nos seus investimentos, inserindo na sua produção de
energia a partir da radiação solar empregada nas suas áreas de negócio (GTES,
2006).
Mesmo que seja um tipo de energia transbordante, ainda é pouco utilizada
14

para a produção de energia elétrica. Entretanto, nos países desenvolvidos existem


diversos incentivos que foram concedidos para o uso dessa tecnologia e para a sua
implantação de maneira nacional. Assim, nos estudos levantados pelo GTES (2014),
no ano de 2011, indica que toda a população do planeta, voltado para as células
fotovoltaicas alcançou a marca de 36,2 GWp, utilizando dentre os materiais o silício.
Aquecendo assim, esse mercado, em 54,2%, como é demonstrado na Figura 1.

Figura 1- Potência dos sistemas fotovoltaicos mundialmente

Fonte: GTES (2014).

Como pode-se observar na figura acima, no ano de 2011 houve um aumento


considerável, em esfera mundial, isso evidencia que em outros países, por ter um
estudo mais aprofundado sobre a importância da energia renovável para o planeta,
houve um certo aumento do uso de equipamentos que possam acumular a energia
solar e com isso, mais tecnologias e incentivos para que o uso de um sistema
fotovoltaico sendo, a partir desse período uma tendência. Entende-se que investir em
energia renovável é um meio de fazer com que a sociedade não obtenha prejuízos
pelo consumo escalável da energia elétrica, mantendo os recursos naturais que todos
dependem.

2.1.1 Sistema Fotovoltaico

O uso de sistemas fotovoltaicos em áreas urbanas está se tornando um


15

fenômeno, devido a percepção adotada pela sociedade nos benefícios que tal
tecnologia pode proporcionar para muitas pessoas. Essa alterativa pode atender
diversas necessidades, assim como ressalta Wu et al., (2016) que o uso de um
Sistema Fotovoltaico oferece todo um potencial que pode abastecer uma quantidade
significativa de prédios, sendo colocado de maneira integrada ou montado de forma
que fique inserido na construção.
Esses painéis desempenham um papel crucial na regulação do calor interno,
visto que efetivamente transferem o calor do ambiente interno para o ambiente
externo. Essa capacidade de controle térmico tem um impacto notável na redução dos
gastos relacionados à produção de eletricidade. Com a sua integração de painéis
solares nas janelas, os edifícios conseguem gerenciar e melhorar o ambiente interno,
mantendo temperaturas confortáveis, mesmo em climas quentes. Isso significa que a
necessidade de sistemas de climatização, como o uso de ar condicionado, pode ser
reduzida, levando a um menor consumo de eletricidade e, consequentemente,
economia nos custos energéticos (PAL et al.,2016).
Nesse contexto, Rüther e Zilles (2012) alegam que esses painéis conectados à
uma rede compartilhada em uma área urbana se torna uma alternativa atraente pelo
consumo zero de energia elétrica e pela contribuição da sustentabilidade voltada para
o ambiente, geralmente realizado em países que estão em desenvolvimento, como
meio de auxiliar a consumir menos energia elétrica que de certa forma também reduz
o custo com a água.

2.1.2 Sistemas Fotovoltaicos isolados (off-grid)

Esses sistemas também são denominados como sistemas fotovoltaicos


autônomos, e geralmente são colocados em áreas que não possuem energia elétrica,
sua funcionalidade pode ser atribuída a fornecer energia para casas de campo, zonas
rurais, ilhas, chácaras, fazendas distantes e no interior onde não possua corrente
elétrica. Segundo Villalva (2015, p. 97) esses tipos de sistemas podem ser
encontrados “na iluminação pública, na sinalização de estrada, na alimentação de
sistemas de telecomunicações e no carregamento das baterias de veículos elétricos”.
Podendo também, conforme o autor, ser encontrado em veículos elétricos, fornecendo
assim a energia que os mesmos precisam para suas aplicações, bem como aparelhos
portáteis.
16

Esses sistemas possuem módulos fotovoltaicos, bateria, controlador de carga,


inversor de carga para situações em que tanto a eletricidade quanto a corrente mínima
(CC) possa ser convertida em tensão corrente alterada (CA). Tais itens propiciam que
seja feita uma alteração na eletricidade caso necessário no momento de implantar as
devidas inovações.
O módulo fotovoltaico pode ser discriminado como painel ou placa fotovoltaica
onde possui um agrupamento de células unidas em uma estrutura resistente e
conectada na eletricidade. Como ressalta Carvalho (2017, p. 22), “o controlador de
carga, utilizado para prolongar a vida útil da bateria, regula a carga advinda da placa
fotovoltaica, protegendo a bateria de sobrecargas ou descargas excessivas”. Nessa
sequência compreende-se que a bateria pode ser responsável por desenvolver a
quantidade de energia nas suas maiores ou menores concentrações de insolação. A
configuração básica de um sistema fotovoltaico isolado pode ser exemplificada na
imagem da Figura 2.

Figura 2 - Sistema de Geração fotovoltaica em CC e CA

Fonte: Carvalho (2013).

Como pode-se observar, no sistema fotovoltaico acima, as correntes elétricas


CC e CA são responsáveis em transmitir correntes para diversos equipamentos. No
entanto, nesse sistema ocorre uma conversão da energia elétrica contínua para a
corrente alternada através do inversor solar.
17

2.1.3 Sistemas Ligados à Rede Elétrica

Esse tipo de sistema utiliza-se de uma quantidade grande de painéis


fotovoltaicos e não possuem armazenamento de energia pois tudo que é gerado é
distribuído diretamente na rede. Pode inclusive ser utilizado como auxiliar para a
corrente elétrica de grande porte, onde os componentes são conectados com
inversores de energia e em seguida direcionados na corrente elétrica, mas para não
afetar negativamente todos os usuários dessa rede é preciso que sejam levadas todas
as considerações voltadas para a qualidade e a segurança (CRESESB, 2008). A
imagem da figura 3 exemplifica um sistema conectado à rede elétrica.

Figura 3 - Sistema conectado diretamente na rede

Fonte: CRESESB (2008).

A figura 3 representa a ligação através da energia elétrica de maneira direta,


do módulo, onde o mesmo é conectado com um inversor que por sua converte a
energia solar em energia elétrica, diretamente, podendo inclusive ser utilizada para
meios comerciais e domiciliares.

2.1.4 Sistemas Híbridos

Os Sistemas Híbridos de energia solar fotovoltaica, ou sistemas mistos, são


sistemas onde ocorre a união de um sistema isolado com um sistema conectado à
rede elétrica, o que pode-se compreender que é um sistema isolado ou autônomo que
possui bateria para armazenar a energia, geralmente possuem custos elevados que
fazem com seu preço final sejam também mais elevado, por possuir um banco de
18

baterias que precisam de procedimentos de segurança que resulta em um preço mais


elevado (SOLAR, 2017).
Contudo esses sistemas são mais complexos por precisar de um total
entendimento e controle capaz de unir diversas formas de gerar a energia no mesmo
circuito. Dessa maneira, o processo de geração pode acontecer em coletividade com
os geradores eólios ou diesel, podendo ser dependente de uma única fonte de
geração por poderem inclusive serem conectados à rede elétrica (AMÉRICA DO SOL.
2012). A imagem apresentada na figura 4 exemplifica um sistema fotovoltaico do tipo
híbrido.

Figura 4 - Modelo de um Sistema Fotovoltaico Híbrido

Fonte: UNIA (2014).

De acordo com a figura acima, o sistema fotovoltaico híbrido envolve a corrente


contínua, corrente alternada, gerador e bateria. A corrente elétrica é conectada
também à rede elétrica (on-grid) e integrada ao sistema que envolve armazenagem
de energia (off-grid). Dessa forma pode-se afirmar que um sistema como o da figura
acima, demonstra ouso tanto da corrente elétrica fornecida pela concessionária
quanto energia solar.

2.1.5 Eficiência
19

A eficiência de uma célula fotovoltaica está relacionada com a eficiência pelo


qual a energia solar atinge o painel, sendo no qual transformada em energia elétrica,
representada pela equação:

(1)

Na equação 1, pode-se observar a demonstração da eficiência calculada.

Onde:

 Pmp – Potência máxima produzida pelo sistema (kWh);


 Rc – Radiação solar (kWh/m2);
 A – Área útil do módulo (m2).

O resultado da eficiência significa que, quanto maior a eficiência fotovoltaico,


mais Watts por m2 o sistema gera, menor se torna o painel de energia. De maneira
que, considerando-se 1000W que se atinja por hora, um painel fotovoltaico com
eficiência de 14,5% vai produzir 145 Wh/m2. Contudo, para que de fato isso seja
funcional, outros detalhes precisam ser levados em consideração como temperatura,
direção do painel com relação a outras grandezas.

2.2 COMPONENTES BÁSICOS DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS

Um sistema fotovoltaico é composto por conjuntos, nos quais podem ser


destacados: bloco gerador, bloco de condicionamento e bloco de armazenamento.
Assim o Bloco gerador possui módulos que podem conter diferentes associações, e
diferentes cabeamentos elétricos que podem conectá-lo à estrutura. O bloco de
condicionamento por sua vez, contém inversores, controladores de carga (para caso
precisar armazenar a energia) e por último o bloco de armazenamento que como o
nome informa, possui baterias de armazenagem (BESSO, 2017).

2.2.1 Módulos Fotovoltaicos

De acordo com a NBR 10899 (ABNT, 2013) o módulo fotovoltaico fica definido
como uma unidade básica de um sistema fotovoltaico completo, onde o mesmo é
20

resultado da união de várias células fotovoltaicas, eletricamente ligadas e dentro uma


das outras com o propósito de gerar energia elétrica. Assim, esse módulo é formado
de diversas camadas como mostra na Figura 5:

Figura 5 - Camadas do módulo fotovoltaico

Fonte: EPE (2016).

Com isso, para se obter uma forte captação de energia soltar é preciso
direcionar o módulo para uma orientação ou inclinação. Com isso, o ângulo onde as
placas possam estar inclinadas variam conforme a mudança relacionada na altura
solar na latitude no decorrer do período. Contudo, é recomendado utilizar uma
inclinação que se equivale à latitude local selecionada, porém evitando usar uma
inclinação menor que 15º, de forma que possa facilitar a manutenção ou limpeza dos
módulos (BESSO, 2017).
Com isso, um módulo fotovoltáico é identificado pela sua potência elétrico de
pico (Wp), sendo, portanto, um composto de arranjo das células fotovoltaicas. Essas
células podem estar encapsuladas em uma película plástica, cobertas por vidro e por
último o módulo que possui a película de alumínio. Assim, estes cabos possuem
conectores que são padronizados (GAZOLI; VILLALVA; GUERRA, 2012).

2.2.2 Conjunto fotovoltaico

Pode-se considerar que os conjugados dos painéis fotovoltaicos são formados


por placas, módulos, painéis fotovoltaicos, tendo como sua unidade o watt-pico (Wp).
21

Por isso, para se ter conhecimento sobre a carga necessária de uma residência,
precisa que seja conhecido a carga instalada e também ter conhecimento das
alterações futuras. Assim, o dimensionamento pertencente a um conjunto fotovoltaico
conta com:

 Definir a carga que é necessária para a instalação;


 Verificar o tamanho da área que é necessária para que seja possível
realizar a instalação;
 A quantidade de painéis que será necessário para suprir a carga
necessária;
 Verificar o tipo de ligação.

Conhecendo-se o que é necessário para se obter a carga do local de instalação,


faz-se necessário saber quantos Wp irão ser precisos para suportar a instalação
calculada. Visto que esse valor vai depender da:

 Potência nominal do painel fotovoltaico utilizado (Wp);


 Potência média consumida diariamente (kWh/dia);
 Radiação solar diária no local da instalação (kWh/m2)

De acordo com Pinho e Galdino (2014), afirma que a potência de um


microgerador pode ser calculada de acordo com a equação (1.2-2), abaixo:

(2)

Onde pode-se citar que:

 HSP – Horas de Sol Pleno;


 TD – Taxa de Desempenho;

Desse modo, horas de sol pleno é uma grandeza que está voltada para o
número de horas que a radiação possui sua permanência constante igual a 1 kW/m2,
sendo assim uma energia que é resultante e equivalente a energia disponibilizada.
22

2.2.3 Placas Fotovoltaicas

Diversas tecnologias são aplicadas na fabricação de uma célula fotovoltaica, o


que corresponde à unidade do módulo, a placa ou painel fotovoltaico. Contudo, as
mais comuns são a do silício monocristalino, silício policristalino e do filme fino de
silício, utilizadas como meios inovadores de criação de placas que podem gerar mais
energia renovável (CARVALHO, 2017).
Compreende-se, então que o silício, que se encontra presente na célula
fotovoltaica, é extraído de um mineral denominado quartzo que sofre uma
transformação através de um procedimento de purificação para depois ocorrer a
fabricação de células. Nesse contexto, o Brasil segue em liderança na produção
mundial de silício metalúrgico, mesmo que ainda não exista no país a purificação de
silício até no nível solar (ABINEE, 2012).

Figura 6 - Tipos de módulos fotovoltaicos

Fonte: ABINEE (2012).

Sobre as células de silício monocristalino, geralmente apresentam cores como


azul escuro e preto. Possuem estruturas rígidas e também frágeis quanto a
resistência, são consideradas as mais eficazes a nível de comercialização, entretanto
possui um custo de produção mais elevado do que os outros tipos de células
pertencentes a esse tipo de sistema (VILLALVA; GAZOLI, 2015).
23

No tocante do Silício Policristalino, quando contrapostas com as células de


silício monocristalino, estas células não possuem a mesma eficiência comercial
quanto a citada anteriormente, apesar de possuir um custo significativamente menor
devido ao preparo ser menos rigoroso quanto as demais. Com isso, são células
resultantes de uma formação cristalina, possuindo com isso falhas. Quanto a sua
criação, são geradas através da técnica de Bridgman onde no qual são extraídas da
cristalização do lingote de silício. Esse material é considerado a base da indústria
fotovoltaica atual (ABINEE, 2012).
Quanto aos Filmes Finos, pertence a uma tecnologia atual, wafers de silício
cristalino, esses tipos de material evidenciam uma alternativa menos onerosa, mesmo
que sejam menos eficazes quanto a conversão. Para que consiga gerar uma
quantidade de energia semelhante à de tecnologias cristalinas é preciso uma área
maior de módulos (CARVALHO, 2017).

Figura 7 - Etapas pertencentes a produção do módulo fotovoltaico

Fonte: IBINEE (2012).

Assim conforme demonstra a Figura 7, a produção do módulo fotovoltaico


respeita a sequência de etapas que compõem a sua geração, composta pelo silício
em grau solar, onde são gerados os lingotes, logo em seguida os Wafers, que por sua
vez gera uma célula fotovoltaica, e por último, várias células geram as células
fotovoltaicas que em conjunto dão origem ao módulo por completo.

2.2.4 Bloco gerador (painéis solares, cabos, estrutura de suporte)


24

Um sistema fotovoltaico independente consiste em vários elementos essenciais


que desempenham funções relacionadas à captação e aproveitamento da energia
solar. Esses elementos incluem as placas fotovoltaicas, também chamadas de
módulos fotovoltaicos, que têm a função de converter a luz solar em eletricidade, um
processo fundamental para a geração de energia solar. Além disso, o sistema
compreende um regulador de carga, encarregado de controlar o fluxo de energia dos
painéis solares para uma bateria. A bateria, por sua vez, desempenha um papel crucial
no armazenamento da eletricidade gerada pelos painéis, garantindo que a energia
esteja disponível quando necessário, mesmo em momentos de baixa exposição solar
(PINHO; GALDINO, 2014).
Outro componente fundamental é o inversor de tensão, cuja função é converter
a corrente contínua (CC) produzida pelos painéis solares e armazenada na bateria em
corrente alternada (CA), que é uma forma de eletricidade usada na maioria dos
aparelhos e dispositivos elétricos. A conversão é de suma importância para adaptar a
eletricidade e torná-la compatível com as necessidades de consumo. Entende-se com
isso que os painéis solares são compostos com a junção de módulos fotovoltaicos ou
placas solares, nome no qual é conhecido popularmente, sendo um dos sistemas que
são chave de um sistema solar fotovoltaico, sendo responsável em converter a luz do
sol em energia elétrica (ECYCLE, 2017).
Dessa mesma forma, para que possa existir segurança no módulo fotovoltaico
precisa ter outros elementos, esses por sua vez podem ser os disjuntores, conectores
e outros cabeamentos elétricos que podem ser utilizados. Pode-se compreender que
os cabos são específicos para as instalações fotovoltaicas, estes interligam os
módulos, dentro de uma série fotovoltaicas, conectando todas as células, precisando
estarem dentro das normas ABNT NBR 16612. Como no caso o cabo condutor, que
precisa ser de cobre estanhado, têmpera mole, dentro da norma ABNT NBR NM 280,
precisando ser 5 de encordoamento; outro é o separador, que é aplicado para ser
facilitador da isolação, precisando estar de acordo com a ABNT NBR 6251; Isolação,
que é um cabo que precisa ter uma ou mais camadas extrudadastermofixo; separador,
aderência à cobertura, não é obrigatório na construção do cabo e precisa estar de
acordo com a NBR 6251 (MORENO, 2019).
Além disso, existe a estrutura de suporte que é composta por aço inoxidável ou
de alumínio, materiais extremamente resistentes ao tempo e que precisa possuir uma
qualidade para resistir ao calor e à chuva. Por isso, na hora da instalação de um painel
25

fotovoltaico precisava de suporte. Assim, a estrutura de suporte é onde a placa fica


fixa, seja sobre um telhado ou no solo e muitas ficam suspensas, de maneira que
possa suportar o peso do painel. Um modelo comum é o de estrutura metálica com
inclinação fixa, e com ângulo reclinável. (ECYCLE, 2017). A imagem da figura 8
exemplifica a aplicação dos painéis fotovoltaicos, funcionando como cobertura para
um estacionamento.

Figura 8 - Estação autônoma de recarga de veículos

Fonte: Villalva (2015)

Nessa figura acima, pode-se observar que o sistema fotovoltaico pode ser
aplicado em diversos pontos públicos, principalmente para recarregar carros elétricos,
que, considerando ser uma tecnologia sustentável e que pode colaborar com a
preservação de vários recursos no planeta, se for utilizada energia solar para esta
recarga elétrica. No caso acima, pode-se compreender que há estacionamentos que
podem utilizar essas tecnologias e com isso ao mesmo tempo que abriga os veículos
ao mesmo tempo pode ser recarregado com a energia solar e repassada essa energia.

2.2.5 Bloco de condicionamento de potência (inversores; controladores de


carga)

Os inversores são componentes que convertem a corrente contínua (CC) em


uma corrente alternada (CA). Isso porque os elétrons se movem de forma uniforme.
Porém, em outra corrente, na alternada, os elétrons trocam de sentido diversas vezes
por segundo. Isso porque os inversores são elaborados com auxílio de vários
dispositivos semicondutores de potência, o que gera chaves eletrônica que são
26

facilmente controláveis. Assim, uma chave conveniente impede elevadas tensões,


direcionada altas correntes, com uma menor constância de queda, e muda em
instantes o estado de impedimento ou vice-versa, isso porque precisa somente de
uma baixa potência para o sinal de controle (BESSO,2017)
Dessa forma, são classificados em três tipos de inversores: centrais, fileira
(string) e microinversores. Os centrais são potentes possuem centenas de kW até
MW, onde são utilizados em Usinas Fotovoltaicas (UFVs). Por outro lado, os tipos
fileiras são mais indicados para instalações em residências e comércios em telhados
ou fachadas, onde cada fileira está disponível para diferentes formas de
sombreamento e radiação solar (BESSO, 2017).
Contudo, nos sistemas isolados são usualmente utilizados conversores multi-
estágio, que são compostos também por diferentes conversores que são conectados,
sendo assim, um para o painel, outro para as baterias e outro para a saída. Existe
também a possibilidade de utilizar um conversor Three-Port, que é utilizado para que
possa obter uma tensão compatível com a rede de distribuição de energia elétrica.
Além disso, comporta todo o sistema de armazenamento (ZHANG, SUTANTO;
MUTTAQI, 2016). Com relação a vantagem do uso dos conversores para sistema
isolados é o rendimento, densidade de potência e o fato de que são mais compactos
do que os outros (ZHU et al., 2015).

2.2.6 Bloco de armazenamento (baterias)

O uso de baterias se faz necessário quando no dia há pouca carga de energia


para os sistemas fotovoltaicos, com isso durante um dia chuvoso, de nublado ou com
pouca radiação as baterias, que já estão carregadas do dia anterior, podem fornecer
energia para o uso em dia corrente. No caso de sistemas isolados, as baterias se
fazem essenciais para o uso da energia durante o período da noite, quando não há
radiação solar. Dessa maneira, a bateria acaba sendo um componente importante
para o funcionamento do bloco de armazenagem do sistema fotovoltaico, com isso
pode ser considerado por muitos autores como o pulmão do sistema, devido eles
entrarem em ação quando não tem energia solar, sendo, portanto, como uma fonte
alternativa de energia (ECYCLE, 2017).
Nessa vertente, ressalta Copetti e Macagnan (2017) que:
27

Diferentes formas construtivas desta bateria estão disponíveis no mercado


para suprir a demanda das aplicações convencionais: arranque
(automotivas), tração (veículos elétricos) e estacionárias (auxiliar dos
sistemas de alimentação initerrupta). Independente das características
construtivas específicas, esta bateria envolve os materiais ativos chumbo
(Pb) e óxido de chumbo (PbO2) nas placas e ácido sulfúrico (H2SO4) como
eletrólito. Na descarga forma sulfato de chumbo (PBSO4), e a carga os
materiais ativos são revertidos, ou seja, Pb + PbO2 + 2H2SO4 → 2PbSO4 +
2H2.

Independentemente das características construtivas específicas, o ponto


central dessas baterias é composto por materiais ativos de chumbo (Pb) e óxido de
chumbo (PbO2) nas placas, juntamente com ácido sulfúrico (H2SO4) como eletrólito.
Essa combinação de materiais é a base para o funcionamento dessas baterias e a
conversão de energia. Com isso, há vantagem de obter a bateria para um sistema
fotovoltaico que se utilizada da bateria estacionária, pois dura um tempo de
aproximadamente dez anos, dependendo do ciclo de carga, menor é o uso da bateria.
Um outro item influência na vida útil de bateria é a temperatura, pois os mesmos
podem reduzir a capacidade da bateria, deve-se manter em uma temperatura de 25
graus Celsius (SOLARVOLT, 2017).
Dentro desse contexto, pode-se destacar as baterias OPZS e OPZV que por
sua vez, aquela traz consigo confiabilidade e robustez, e esta são baterias VRLA,
sendo livres de manutenção, sendo usados bastante em sistemas de
telecomunicações. Além disso, as baterias do tipo OPzV, pertencentes à categoria de
baterias VRLA (válvula regulada de chumbo-ácido) e também de manutenção
reduzida, são comuns em sistemas de telecomunicações como fontes de energia de
backup. Sua capacidade de fornecer energia confiável em momentos críticos as torna
uma escolha popular nesse contexto (CHAGAS, 2017).
De acordo com Olivieri et al., (2015) os sistemas fotovoltaicos oferecem uma
solução versátil e eficiente para a geração de energia sustentável, adequada tanto
para aplicações individuais como para sistemas de maior porte. A escolha da bateria
desempenha um papel essencial na operação desses sistemas e depende das
necessidades específicas de cada aplicação. Quando se trata de sistemas
fotovoltaicos individuais, é comum utilizar baterias estacionárias, amplamente
reconhecidas por sua confiabilidade e facilidade de manutenção.
Essas baterias, frequentemente referidas como "baterias comuns," são
conhecidas por sua manutenção reduzida, tornando-as uma opção atraente para
aplicações residenciais e de pequena escala. Elas desempenham um papel vital no
28

armazenamento da energia solar gerada pelos painéis fotovoltaicos, possibilitando


seu uso posterior, especialmente em momentos de menor exposição solar. Por outro
lado, em sistemas fotovoltaicos coletivos, como aqueles destinados a comunidades
ou instalações de maior porte, as baterias do tipo OPzS são amplamente preferidas
devido à sua superior confiabilidade e robustez. Essas baterias são projetadas para
garantir um desempenho consistente em ambientes com alto consumo de energia,
onde a estabilidade do sistema é fundamental (OLIVIERI et al.,2015)
Dessa forma, as designações "OPzS" e "OPzV," baseadas na norma DIN,
referem-se a baterias estacionárias com placas positivas tubulares, um design
conhecido em alemão como "Panzerplatten," que significa placas reforçadas. Ambas
as categorias compreendem baterias de chumbo-ácido, sendo que a primeira utiliza
eletrólito líquido e ventilação, enquanto a segunda é regulada por válvula e utiliza
eletrólito imobilizado em gel.

2.2.7 Correntes, Tensão e Circuito

Para que seja realizada a instalação das placas fotovoltaicas, o sistema elétrico
interno da casa precisa, pelo menos obter um ponto de tomada, levando-se em
consideração a área se tiver uma área igual ou inferior a 2,25 m2. A carga voltada para
uma instalação residencial é composta por dois tipos de potências, no tocante da
potência ativa (P) e a potência aparente (S), sendo que a equação que representa a
carga é:

S=V*1 (3)

Assim, entende-se que a potência ativa (P) é transformada em potência


mecânica, como acontece com os ventiladores ou pequenos motores; potência
térmica, que são os chuveiros e outros equipamentos residenciais; potência luminosa,
iluminação e televisores. Sendo sua unidade de medida o watt (W). Por outro lado, a
potência reativa (Q) é a parcela que é transformada em campo magnético, sendo
totalmente necessária no funcionamento de grandes motores, transformadores e etc.
sendo a sua unidade de medida o volt-ampère reativo (Var). No entanto para projetos
de instalações elétrica residenciais os cálculos envolvidos estão relacionados com a
potência aparente e potência ativa, relacionadas com a equação:
29

P = S *f (4)

Sendo que o f é o fator de potência que para iluminação de resistências vale 1


e para tomadas de uso geral os específicos, quando os equipamentos não são
resistivos, este vale 0,8. Sendo que, quando o fator de potência é o valor unitário,
significa que toda potência aparente é transformada em potência ativa.

2.2.8 Sistema Fotovoltaico on grid

O Sistema Fotovoltaico Conectado à Rede, também conhecido como sistema


"on-grid," teve sua origem nos anos 90, na Alemanha, e se caracteriza por sua
conexão direta com a rede elétrica da concessionária local. Nesse tipo de sistema, a
eletricidade gerada a partir de painéis solares é utilizada imediatamente pelo
consumidor, seja em residências, empresas ou instalações comerciais. A principal
vantagem desse sistema é a capacidade de equilibrar a geração e o consumo de
energia, permitindo que o excedente de eletricidade seja devolvido à concessionária,
muitas vezes gerando créditos de energia. Além dos benefícios financeiros, os
sistemas fotovoltaicos on-grid desempenham um papel fundamental na promoção da
sustentabilidade energética, ao reduzirem a dependência de fontes não renováveis e
contribuírem para a redução das emissões de carbono (BARROS; DINIZ; BARROS,
2020).
No sistema on-grid, o uso de baterias é dispensado, uma vez que toda a
potência gerada pelo sistema fotovoltaico é consumida pelas cargas elétricas ou é
diretamente injetada na rede pública de distribuição de energia do município. Esse
sistema é composto por painéis com módulos que têm a função de converter a energia
solar em eletricidade em corrente contínua (CC) e utiliza inversores para transformar
essa corrente em corrente alternada (CA) com a frequência e a tensão necessárias
para a rede elétrica, garantindo uma perfeita integração com a infraestrutura elétrica
local (SILVA; BRUNO; FLORIAN, 2022).
Diante disso, pode-se afirmar que esses sistemas fotovoltaicos ligados à rede,
oferecem uma solução mais simplificada e acessível, particularmente em ambientes
urbanos. Eles podem ser facilmente integrados a edifícios convencionais,
frequentemente substituindo componentes arquitetônicos tradicionais, como telhados
30

e fachadas. Essa integração perfeita proporciona a vantagem de gerar eletricidade


diretamente no local de consumo em contextos urbanos, o que contribui
significativamente para a sustentabilidade nos aspectos social, econômico e ambiental
(MARIANO; JUNIOR, 2022).
Com isso, pode-se compreender que trata-se de um sistema que constitui uma
forma eficiente de gerar eletricidade a partir da energia solar. Nesses sistemas, a
potência produzida pelos painéis solares é direcionada diretamente para a empresa
de distribuição de eletricidade por meio da infraestrutura elétrica já existente. Eles
operam de forma simultânea com a rede de distribuição convencional, suprindo, total
ou parcialmente, as necessidades de energia da unidade consumidora. Assim, uma
das vantagens primordiais desses sistemas está na simplificação e redução
significativa dos custos de instalação, em comparação com os sistemas off-grid, que
requerem armazenamento de energia em baterias. Com a conexão direta à rede
elétrica, os proprietários de sistemas fotovoltaicos on-grid podem aproveitar a
infraestrutura já estabelecida, eliminando a necessidade de investir em baterias
dispendiosas e complexas. Isso torna a implementação de sistemas fotovoltaicos mais
acessível e eficiente, o que tem contribuído para sua crescente popularidade como
fonte de energia limpa e sustentável (SANTIAGO JÚNIOR et al., 2016).
Assim, pode-se observar a metodologia para o dimensionamento para um
sistema fotovoltaico on grid, visto que este se utiliza de rede elétrica como uma forma
armazenador dos excedentes, com base nisso torna-se possível suprir a demanda
tanto total quanto parcial em qualquer tipo de unidade consumidora. Conforme pode-
se observar na figura 9, abaixo:

Figura 9 - Dimensionamento voltado para um sistema fotovoltaico on grid

Fonte: Jiménez, 2017.


31

Por outro lado, o sistema fotovoltaico off-grid representa uma abordagem de


geração de energia que é totalmente autônoma e independente, operando de forma
isolada e desconectada da rede elétrica convencional. Este sistema utiliza unicamente
a eletricidade gerada pelos painéis fotovoltaicos para atender às demandas
energéticas de um local. Como resultado, é mais adequado para áreas que carecem
de acesso a redes de distribuição elétrica, sendo especialmente recomendado para
regiões rurais distantes dos centros urbanos. Com base nisso, pode-se citar uma
característica proeminente do seu sistema que é sua capacidade de armazenar
qualquer excesso de energia gerada em baterias estacionárias.
Essas baterias desempenham um papel crucial, garantindo o funcionamento
contínuo do sistema, mesmo durante os períodos em que a exposição à luz solar seja
exposta. Essa capacidade de armazenamento é essencial para manter uma
eletricidade constante e confiável, independentemente das variações climáticas e da
disponibilidade de luz solar. Contudo, em lugares isolados como áreas rurais esse tipo
de sistema se mostra útil para estações isoladas como no caso de chalés que ficam
em montanhas, embarcações, veículos que são para uso recreativos, ou até mesmo
para locais que não há uma infraestrutura elétrica (BORTOLOTO et al., 2017).
32

3 METODOLOGIA

Trata-se de um estudo de caso realizado na empresa Sollar Energy, localizada


na cidade de Ipojuca – Pernambuco. A mesma oferece atualmente os serviços de
manutenção preventiva de placas fotovoltaicas, seguro de equipamentos,
homologação de usinas, bem como a instalação de placas solares. Estas por sua vez
seguem projetos que podem ser: residencial, comercial, condominal, rural e industrial.
Para a pesquisa, foi realizada a investigação em campo, no qual a empresa
teria que atender um cliente pessoa física que solicitou a instalação de 6 módulos
fotovoltáicos para reduzir os custos com energia convencional que a residência
obtinha no decorrer dos meses. Desse modo, a empresa realizou a instalação em uma
residência localizada no Bairro Ilha Joana Bezerra, Recife – Pernambuco.

Figura 10 - Localização da área do objeto de pesquisa

Fonte: Autora, 2023.


33

Na pesquisa realizada, o principal propósito de conhecer o sistema fotovoltaico


é fornecer energia resultando em economia nas despesas com eletricidade. Para
conduzir essa pesquisa, foram analisadas as especificações que compreendem todo
o seu funcionamento. Além disso, avaliou-se a sua viabilidade econômica, levando
em consideração os custos iniciais de instalação e os ganhos com a redução da conta
de energia elétrica.
A empresa realizou a instalação de seis módulos em uma residência localizada
no Bairro Ilha Joana Bezerra, na cidade de Recife- Pernambuco. O motivo da busca
por um sistema fotovoltaico é a redução da despesa com energia elétrica, visto que o
cliente apresentou um crescimento nas contas nos últimos anos. Assim, a pesquisa
realizada visou demonstrar os benefícios para as residências e o meio ambiente, como
a redução de custos e a contribuição para a diminuição das emissões de gases
poluentes. Para conduzir essa pesquisa, foi desenvolvido um fluxograma que detalha
as etapas do estudo, facilitando o entendimento das atividades realizadas.
Nesse contexto, o sistema fotovoltaico on-grid estudado, mais precisamente o
modelo IX INVERSOR SOLAR SUNGROW SG3.0RS-S RS 3KW IMPPT
MONOFÁSICO 220V, em direcionado à residência, exemplifica como a energia solar
pode beneficiar a sociedade e promover a sustentabilidade. A realização do estudo
de caso em questão começou com a aplicação de critérios específicos. Inicialmente,
foi conduzida a coleta de dados na fatura de energia elétrica na residência para uma
posterior análise e comparação dos efeitos e resultados da instalação dos módulos.
Esses dados foram essenciais para uma melhor compreensão do desempenho do
sistema, permitindo com que fosse realizada uma avaliação de sua viabilidade
econômica e, por último, a confirmação das vantagens proporcionadas ao
empreendimento compensado.
Ao iniciar com o levantamento de dados, o estudo buscou estabelecer uma
base sólida de informações para fundamentar a análise subsequente. A compreensão
do processo de instalação do Sistema Fotovoltaico on-grid foi fundamental para
avaliar seu desempenho, abrangendo aspectos técnicos, econômicos e ambientais.
Analisar as possibilidades, levando em consideração os custos com a aquisição em
contrastes com o custo mensal com energia elétrica desempenhou um papel central,
proporcionando insights sobre o retorno financeiro e a sustentabilidade do projeto.
A metodologia empregada não apenas permitiu uma análise aprofundada, mas
também buscou confirmar as vantagens oferecidas ao empreendimento compensado,
34

destacando os benefícios econômicos, sociais e ambientais associados à adoção de


sistemas fotovoltaicos on-grid. Desse modo, a condução do estudo de caso foi guiada
por critérios sólidos baseados em motivações práticas e reais das necessidades da
sociedade, resultando em um processo estruturado e bem delineado. O fluxograma
apresentado é uma representação visual valiosa, esclarecendo o percurso
metodológico adotado durante a pesquisa e contribuindo para uma compreensão mais
abrangente do estudo de caso.

Figura 11 - Fluxograma da metodologia aplicada

Estudo de caso

Levantamento de dados

Acompanhamento das
estapas com a
concessionária

Acompanhamento da
preparação e instalacao da
área

Levatamento do consumo e
produção média de energia

Análise de viabilidade
econômica

Fonte: Autora, 2023.

3. 1 OBJETO DE PESQUISA

Antes da introdução do sistema fotovoltaico on-grid, foi realizada uma etapa


crucial de planejamento, que envolveu a preparação do local destinado à instalação
dos painéis solares. Durante esse processo, houve um acompanhamento cuidadoso
35

das alterações realizadas, com o propósito de ajustar a área às características do


sistema implantado, buscando, assim, maximizar sua eficiência e garantir um
rendimento mais otimizado. Essa fase de planejamento e adaptação do ambiente
desempenha um papel essencial na asseguração do sucesso e desempenho eficaz
do sistema fotovoltaico on-grid. Como pode-se observar na Figura 12, abaixo:

Figura 12 - Preparação para instalação dos módulos

Fonte: Sollar Energy, 2023.

3. 2 ETAPAS DA CONCESSIONÁRIA

A concessionária Neoenergia estabelece os critérios para permitir o acesso de


geradores de energia elétrica conectados por meio de unidades consumidoras que
optam pelo Sistema de Compensação de Energia Elétrica (micro e minigeradores),
conforme definido pela Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012. Essa
regulamentação especifica as etapas necessárias para a adesão ao sistema
fotovoltaico, oferecendo orientações e procedimentos para a integração eficaz de
micro e minigeradores à rede elétrica.

3. 3 ETAPAS DA INSTALAÇÃO

Realizou-se um monitoramento por meio de visitas ao local da instalação dos


painéis fotovoltaicos nos meses de outubro e novembro, registrando o procedimento
36

por meio de fotografias. Para analisar e descrever o consumo de energia elétrica do


empreendimento, utilizaram-se documentos fornecidos pela concessionária de
energia do município. Esses documentos apresentavam o consumo mensal de
energia elétrica ao longo de um ano antes da instalação do sistema fotovoltaico on-
grid, sendo disponibilizados pelo empreendedor. Em seguida, calculou-se a média de
energia gerada pelo sistema fotovoltaico e introduzida diretamente na rede elétrica.
Esse procedimento possibilitou uma avaliação detalhada do impacto do sistema
fotovoltaico no consumo total de energia do empreendimento.
37

4 ESTUDO DE CASO
4.1 INSTALAÇÃO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO

O sistema fotovoltaico on-grid em questão é um exemplo notável de geração


de energia solar em uma área de estudo abrangendo 1300 metros quadrados. Foram
instalados 06 módulos fotovoltaicos solares direcionados ao Norte com um ângulo de
inclinação de 23 graus. Essas placas pertencem à categoria de silício monocristalino,
escolhidas por conta de seu alto rendimento, potência superior e eficiência notável,
atingindo 18,8%. Além disso, a uniformidade de cor das placas é um indicativo de
silício de alta pureza, com cantos arredondados característicos. O processo tem início
com a fixação das estruturas de suporte das placas solares no solo, um passo crucial
para garantir a eficiência do sistema, assegurando a segurança durante o processo e
otimizando o retorno do investimento.
Contudo, alguns fatores precisam ser levados em consideração antes de ser
realizada a instalação das placas. A empresa realiza análise prévia sobre a
localização, tipo de telhado da residência, potencial solar da região, ângulo de
incidência solar voltado para a orientação ou inclinação dos painéis, bem como estudo
do sombreamento. Depois que estes estudos são realizados é elaborado o contrato
com o cliente para que sejam instaladas as placas, bem como elaborada o projeto e
início da obra.

Figura 13 - Instalação da estrutura de fixação dos painéis fotovoltaicos

Fonte: Autora, 2023.


38

Esse sistema fotovoltaico on-grid é uma demonstração prática de como a


energia solar pode ser capturada e convertida em eletricidade. A escolha das placas
de silício monocristalino, reconhecidas por sua alta eficiência, reflete o objetivo de
maximizar a geração de energia. A instalação em uma área rural, como Piquirivaí -
PR, é uma estratégia inteligente para aproveitar o espaço disponível e contribuir para
a produção sustentável de energia, com o cálculo cuidadoso da inclinação e direção
das placas para otimizar a captura de luz solar.
Os sistemas fotovoltaicos on-grid desempenham um papel essencial na busca
por fontes mais eficientes e ecologicamente responsáveis para a geração de energia
elétrica. Conforme mencionado por Santos et al. (2017), a energia solar, proveniente
do sol, destaca-se como uma alternativa altamente promissora, uma vez que é uma
fonte inesgotável e amplamente disponível, cuja instalação não acarreta impactos
ambientais negativos, ao contrário das hidrelétricas.
De acordo com as observações de Câmara (2011), os sistemas fotovoltaicos
on-grid oferecem uma série de vantagens que englobam as esferas econômicas,
sociais e ambientais. Do ponto de vista ambiental, destacam-se como uma fonte de
energia virtualmente inesgotável, presente em todo o mundo, gerando eletricidade
limpa, silenciosa e renovável. Esses sistemas não emitem gases prejudiciais ao efeito
estufa, não produzem ruídos e podem ser instalados em áreas já ocupadas, reduzindo
problemas relacionados ao desmatamento.
Além disso, podem ser implantados em regiões desérticas, onde poucas outras
atividades são possíveis. É importante enfatizar que sua operação não depende
exclusivamente de condições climáticas ideais, já que mesmo em dias nublados ou
com baixa incidência solar, os sistemas fotovoltaicos continuam a gerar eletricidade
de maneira consistente. Sua durabilidade, com uma vida útil de cerca de 25 anos,
também representa uma vantagem significativa.
No entanto, é fundamental abordar a questão do descarte responsável das
placas fotovoltaicas após o término de sua vida útil, como mencionado. O descarte
inadequado pode resultar em impactos ambientais adversos, incluindo a lixiviação de
metais pesados, como chumbo e cádmio. Felizmente, já existem várias tecnologias
disponíveis, como processos mecânicos, químicos, térmicos e o uso de lasers, que
permitem a reciclagem eficiente desses materiais, minimizando o impacto ambiental
negativo.
39

Entende-se que os sistemas fotovoltaicos on-grid representam uma solução


crucial para a geração de energia limpa e renovável, proporcionando uma série de
benefícios ambientais, econômicos e sociais. No entanto, é igualmente importante
considerar práticas responsáveis de reciclagem no final da vida útil das placas solares
para garantir que continuemos a colher os benefícios da energia solar de forma
sustentável.

4.2 O PROCEDIMENTO PARA SOLICITAÇÃO E APROVAÇÃO DO SISTEMA


FOTOVOLTAICO

A instalação de um sistema fotovoltaico on-grid por parte do consumidor requer


que este seja classificado como microgerador ou minigerador, conforme determinado
na Resolução Normativa nº 687 de 2015. Adicionalmente, é fundamental que o
interessado siga as diretrizes estipuladas pela Agência Nacional de Energia Elétrica
(ANEEL), detalhadas no módulo 3, seção 3.7 dos Procedimentos de Distribuição de
Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional (PRODIST).
Esse processo envolve etapas cruciais para tornar o acesso viável e definir as
responsabilidades tanto do consumidor quanto da concessionária de energia. O
cliente que deseja aderir ao sistema de compensação de energia elétrica deve
oficializar sua intenção junto à Neoenergia, a concessionária local. Esse procedimento
se dá por meio de uma Solicitação de Acesso, que consiste em um requerimento
elaborado pelo solicitante. Uma vez entregue à Neoenergia, esse pedido implica na
obtenção da prioridade de atendimento, seguindo a ordem cronológica de protocolo
estabelecida.
Portanto, o consumidor interessado em instalar um sistema fotovoltaico on-grid
precisa cumprir essas etapas e protocolos a fim de garantir o acesso ao sistema de
compensação de energia elétrica, assegurando que todos os requisitos e
regulamentações sejam devidamente atendidos. Este processo visa facilitar a
integração dos sistemas de geração solar na rede elétrica, incentivando a adoção de
fontes de energia limpa e renovável.
A instalação de um sistema fotovoltaico on-grid passa por um conjunto de fases
cruciais para garantir o desempenho eficaz e seguro da central geradora. Em primeiro
40

lugar, é essencial fazer a seleção do inversor, uma decisão que é tomada por um
especialista encarregado do projeto e instalação da central geradora. Internamente, o
inversor precisa ser equipado com funcionalidades de proteção, estar em
conformidade com as regulamentações em vigor e, consequentemente, apenas
modelos certificados por laboratórios credenciados, verificados pela Neonergia, ou
modelos etiquetados pelo INMETRO, conforme apropriado, serão aceitos. Essa
medida de conformidade garante que o sistema opere com segurança e eficiência.
O próximo passo no processo, consiste na obtenção do Parecer de Acesso, um
documento elaborado pela Neonergia em resposta à Solicitação de Acesso. Esse
parecer estabelece as condições para conectar as instalações de micro ou
minigeração à rede elétrica e especifica os requisitos técnicos necessários. O prazo
para a emissão do Parecer de Acesso pela Neonergia é de 15 dias para microgeração
e 30 dias para minigeração, a partir do momento em que a Solicitação de Acesso com
toda a documentação exigida, de acordo com as normas aplicáveis, é recebida.
Assim, a implementação de um sistema fotovoltaico on-grid requer a seleção
cuidadosa do inversor, a garantia de aderência às normas e a obtenção do Parecer
de Acesso da Neoenergia. Essas etapas têm como objetivo principal garantir que a
integração do sistema com a rede elétrica seja segura, eficiente e esteja em total
conformidade com as regulamentações vigentes. Isso, por sua vez, contribui para uma
transição bem-sucedida para a geração de energia solar e para a promoção do uso
de fontes de energia limpa e renovável.
A implementação de um sistema fotovoltaico on-grid envolve diversas etapas
cruciais para garantir tanto a conformidade ambiental quanto a eficácia do projeto.
Após a seleção do inversor e a obtenção das aprovações necessárias, é necessário
abordar as questões relacionadas às licenças ambientais.
Para empreendimentos com capacidade de até 1 MW, a boa notícia é que eles
estão dispensados de estudos e licenciamento ambiental, simplificando o processo.
No entanto, em casos de empreendimentos com capacidade entre 1 MW e 5 MW, é
necessária a apresentação de um memorial descritivo para obter a autorização
ambiental ou a dispensa de licenciamento ambiental. Esse procedimento visa garantir
a conformidade com regulamentações ambientais e salvaguardar o ambiente.
Para empreendimentos de potência entre 5 MW e 10 MW, o processo torna-se
mais detalhado, com a exigência de um relatório ambiental simplificado para a
emissão de licenças prévias, de instalação e de operação, dependendo da fase da
41

obra. A partir do momento em que a capacidade excede 10 MW, um estudo de impacto


ambiental e um relatório de impacto ambiental (EIA/RIMA) se tornam obrigatórios para
a obtenção das licenças correspondentes.
Uma vez que todas as licenças ambientais estão devidamente em ordem, a
execução das obras para a instalação do projeto de sistema fotovoltaico on-grid pode
ser iniciada. Esse passo marca o início do efetivo desenvolvimento do sistema, que
contribuirá para a geração de energia limpa e sustentável.
Esse processo detalhado de licenciamento e conformidade ambiental é
fundamental para garantir que a implementação de sistemas fotovoltaicos on-grid
ocorra de maneira responsável e dentro dos limites ambientais estabelecidos,
promovendo o uso de energia solar de forma sustentável. Desse modo a instalação
de um sistema fotovoltaico on-grid envolve diversas etapas essenciais. Após a
finalização das obras necessárias, o proprietário deve solicitar uma vistoria à
Concessionária, o que deve ocorrer no prazo de até 120 dias a partir da emissão do
parecer de acesso. A Concessionária, por sua vez, realizará a vistoria em até 7 dias
contados a partir do momento em que a solicitação formal for feita.
Uma vez que a vistoria seja aprovada, ocorrerá a substituição do medidor
convencional por um novo dispositivo capaz de medir tanto a energia consumida como
a energia injetada na rede. Isso significa que a conexão da microgeração ou
minigeração distribuída estará totalmente finalizada. Como resultado, o consumidor
estará apto a usufruir dos benefícios do regime de compensação de energia elétrica,
onde a energia gerada por seu sistema fotovoltaico é creditada e pode ser utilizada
para compensar o consumo elétrico subsequente.
Entende-se que a forma de crédito de energia acontece quando a produção
solar excede o consumo, o excedente é introduzido na rede, e o proprietário do
sistema recebe créditos correspondentes. Esses créditos podem ser resgatados
posteriormente para compensar o consumo da rede elétrica em momentos nos quais
o sistema solar não está gerando eletricidade suficiente, como durante a noite.
É crucial observar que as políticas e regulamentações relativas ao crédito de
energia podem variar, influenciando a forma como os créditos são acumulados e
utilizados. Além dos benefícios financeiros, a geração de energia solar contribui para
a diminuição das emissões de gases de efeito estufa, alinhando-se com metas de
sustentabilidade ambiental
O fluxograma apresentado na Figura 20 fornece uma representação visual dos
42

passos necessários para a solicitação e aprovação do processo junto à


concessionária de energia, para a instalação de um sistema fotovoltaico de
compensação. Esse processo visa a facilitar e orientar os proprietários de sistemas
fotovoltaicos na transição para fontes de energia limpa e renovável, promovendo a
adoção de tecnologias mais sustentáveis.

Figura 14 - Fluxograma das etapas com a concessionária


Processo de
solicitação e aprovação
pela concessionária

Solicitação de acesso

Escolha do inversor
atendendo as normas
vigentes

Parecer de acesso

Solicitação de licencas
ambientais

Após a aprovação das


solicitações se iniciam
as obras

Solicitação da vistoria
pela concessionária

Fonte: Autoria própria (2019).

Como pode-se observar, primeiramente o processo de solicitação precisa ser


aprovado pela concessionária de energia elétrica. Logo em seguida, são iniciados os
outros procedimentos que dão origem a criação de um projeto desenvolvido pela
própria empresa para instalar os módulos nas residências. Além disso, a empresa
precisa apresentar as respectivas licenças evidenciando-se que não há poluição ou
algum prejuízo para o meio ambiente. Depois de aprovado, a empresa inicia a sua
obra na residência ou em uma organização, bem como terrenos. No caso do estudo
43

apresentado, foi no telhado de uma residência familiar.

4.4 LEVANTAMENTO DO CONSUMO CONVENCIONAL E DA PRODUÇÃO MÉDIA


DE ENERGIA GERADA PELO SISTEMA IMPLANTADO

Utilizando as faturas de pagamento de energia elétrica disponibilizadas pelo


proprietário do empreendimento, provenientes da Companhia Neoenergia de
Pernambuco, foi verificado o consumo mensal de energia elétrica ao longo do ano que
precedeu a implementação do sistema fotovoltaico on-grid. Essas informações estão
representadas no Gráfico 2:

Gráfico 1- Custo mensal de janeiro a setembro de 2023

Custo Mensal
400
354,66
350 325 331,37 325,58
320 310,85 317,22
305,11
300 278,9

250

200

150

100

50

0
janeiro fevereiro março abril maio junho julho agosto setembro

custo mensal

Fonte: Autora, 2023.

O consumo elevado de energia elétrica é resultado da utilização de uso de ar


condicionado, e outros eletrônicos no dia a dia, como computador. Com isso, pode-
se observar que a média de consumo dos moradores da residência era de R$318,74.
A tarifa cobrada pela concessionária é de 0,83 centavos por kWh. Analisando-se o
consumo do proprietário, este consome aproximadamente 384 kWh mensal.
44

Segundo o fabricante (Q CELLS, Engineered em Germany), o sistema possui


uma capacidade de geração de 273,78 kWh, com cada placa contribuindo com uma
média mensal de produção de 45,63 kWh/mês e uma potência em condições padrão
de 365 W. Assim, é possível estimar a geração total de energia por mês ao longo de
um ano, levando em consideração os maiores mínimos de irradiação solar útil diária
média mensal e a eficiência do sistema (com uma perda de 20% devido ao
aquecimento e sujeira).
Conforme analisado, a média de produção mensal calculada foi de 273,78 kWh,
confirmando a compensação total do consumo de energia necessário para a empresa,
mesmo nos meses de menor geração pelo sistema fotovoltaico. Dessa forma, se a
média de consumo na fatura elétrica é de 300 kWh e a energia solar produz 273,78
kWh, logo o consumo dessa residência pela concessionária será de aproximadamente
26,22 kWh a R$ 0,83 centavos que resulta em uma fatura de mais ou menos R$ 21.76,
o que evidencia uma redução de 93,14% durante os primeiros quatro meses. Como
pode-se observar o gráfico 3, abaixo:

Gráfico 2 - Redução do consumo e do valor da fatura

350
300
250
200 93,14%
150
100
50
0
abr/23 mai/23 jun/23 jul/23

Série 1

Fonte: Autora, 2023.

A instalação de um sistema fotovoltaico on grid oferece uma vantagem notável


ao reduzir significativamente os custos com energia elétrica, evidenciada pela
expressiva diminuição de 93,14% na fatura em apenas quatro meses. Essa redução
não apenas ressalta a eficácia do sistema, mas também destaca os benefícios
45

financeiros imediatos que os usuários podem desfrutar ao adotar essa inovadora


tecnologia.
Ao se conectar à rede elétrica convencional, os sistemas fotovoltaicos on grid
possibilitam a geração de eletricidade a partir da luz solar, permitindo que os usuários
atendam suas necessidades energéticas de maneira autossuficiente. Nos primeiros
quatro meses de operação, a notável redução de 93,14% na fatura de energia elétrica
demonstra o impacto substancial desse sistema na mitigação dos custos associados
ao consumo de eletricidade. Essa expressiva economia é possível devido à
capacidade do sistema fotovoltaico de gerar eletricidade suficiente para atender às
demandas diárias, enquanto o excedente é integrado à rede elétrica, gerando créditos
que podem ser utilizados para compensar o consumo em períodos nos quais a
geração solar é inferior ao consumo. Essa abordagem estratégica não apenas reduz
os gastos imediatos, mas também estabelece uma base sólida para a sustentabilidade
financeira ao longo do tempo.
A rapidez com que essa considerável diminuição na fatura de energia elétrica
foi alcançada destaca a eficiência do sistema fotovoltaico on grid, apresentando-se
como uma solução viável para usuários que buscam não apenas diminuir os custos,
mas também adotar práticas mais sustentáveis e ecologicamente responsáveis. O
impacto ambiental positivo, aliado à expressiva economia financeira, coloca os
sistemas fotovoltaicos on grid como uma escolha estratégica e benéfica para o usuário
consciente em relação à energia.
Dessa maneira, pode-se observar que o sistema atende plenamente à
demanda da residência e redireciona o excedente de energia gerada de volta à
concessionária, gerando créditos em KWh. De acordo com as disposições da
Resolução Normativa 687 de 2015, é possível utilizar esses créditos ao longo de um
período de 60 meses.

4.3 VIABILIDADE ECONÔMICA

Os seis módulos totalizaram em um custo de aquisição de R$ 15.000,00


(quinze mil reais), levando-se em consideração que o sistema fotovoltáico instalado
gera 273,78 kWh mensal. Pode-se considerar que em torno de 12 meses haveria uma
geração de energia equivalente a 3.285,36 kWh. Ao transformar isso retornos
financeiros, considerando que a concessionária atual cobra 0,83 centavos por cada
46

kWh, seria equivalente a uma economia de R$ 2.726,84 no período de um ano. Em


um período de 6 anos, todo o custo inicial realizado retornou como crédito de energia
para a conta do morador/cliente.
Diante a isto, cabe realizar uma demonstração do que seria o fluxo de caixa
das entradas e saídas relacionadas ao investimento no sistema fotovoltáico.
Considerando-se como custo inicial líquido o valor discriminado anteriormente. Pode-
se considerar então o custo inicial no período 0, como sendo R$ 15.000,00. As receitas
que são obtivas no ano 1 ao 20 pode gerar créditos que são usados no mês
subsequente. Com relação à manutenção do sistema, a empresa cobra um valor anual
de R$ 200,00. Pode-se com isso, construir um resumo do fluxo de caixa, considerando
uma taxa de desconto de 5% ao ano para trazer valores futuros a valor presente.
Como pode-se observar na tabela 1, abaixo:

Tabela 1- Demonstração de um resumo de fluxo de caixa

Ano Entradas ($) Saídas ($) Fluxo de Caixa Líquido ($)


0 -$15.000 -$15.000
1 $1.200 -$200 $1.000
2 $1.200 -$200 $1.000
... ... ... ...
20 $1.200 -$200 $1.000

Fonte: Autora, 2023.

Com base nisso, pode-se constatar que o sistema implantado na residência do


respectivo cliente, irá trazer retornos financeiros para a família nos próximos anos, por
isso pode ser considerada também como um investimento, pois todo valor de crédito
de energia que será gerado com as placas solares serão valores que deixarão de ser
cobrados na fatura de energia.
47

5 CONCLUSÕES

A energia solar fotovoltaica é uma inovadora tecnologia que converte a luz do


sol em eletricidade, sendo reconhecida por sua abordagem limpa e sustentável para
a geração de energia. O crescente interesse nessa fonte de energia é impulsionado
pelos avanços tecnológicos e pela crescente preocupação global com fontes de
energia renovável.
Entende-se que os sistemas de geração de energia fotovoltaica "on grid"
representam uma modalidade em que os sistemas solares estão conectados à rede
elétrica convencional. Nesse modelo, a eletricidade gerada pelos painéis solares é
usada localmente, e o excedente é integrado à rede elétrica, gerando créditos que
podem ser usados quando o sistema solar não está gerando eletricidade suficiente.
Essa abordagem otimiza o uso da infraestrutura elétrica existente.
Dentro da categoria de sistemas fotovoltaicos on grid, identificam-se dois tipos
principais: sistemas conectados à rede monofásica, comumente encontrados em
residências e pequenos negócios, e sistemas conectados à rede trifásica,
frequentemente adotados em instalações comerciais e industriais, assegurando uma
distribuição equilibrada de energia ao longo de três fases.
Compreende-se que os painéis convertem a luz solar em eletricidade, os
inversores transformam a corrente contínua em corrente alternada utilizável, e os
medidores bidirecionais registram o consumo e a geração de eletricidade, facilitando
a compensação de créditos. Ao comparar os benefícios dos sistemas fotovoltaicos on
grid com os sistemas convencionais, evidenciam-se diversas vantagens. A
significativa redução nas contas de luz é um destaque, já que o sistema fotovoltaico
reduz a dependência da eletricidade adquirida da rede. Adicionalmente, a capacidade
de devolver o excedente de eletricidade à rede elétrica oferece uma maneira eficaz
de otimizar a infraestrutura já existente.
A sustentabilidade ambiental é outro ponto crucial. Os sistemas fotovoltaicos
on grid contribuem para a diminuição das emissões de gases de efeito estufa,
alinhando-se aos objetivos globais de combate às mudanças climáticas. O uso de
energia solar é uma resposta eficiente à crescente demanda por fontes de energia
limpa e renovável. Sugere-se para estudos futuros a investigação aprofundada sobre
o uso do sistema fotovoltaico on grid para a indústria, como uma alternativa de
sustentabilidade para o uso de energia elétrica em maior escala.
48

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