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CAMPINAS, 2020
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CAMPINAS, 2020
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE FIGURAS....................................................................................................III
LISTAS DE GRÁFICOS..............................................................................................IV
LISTA DE TABELAS....................................................................................................V
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................... 7
1.1 OBJETVOS ........................................................................................... 7
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA...................................................................... 8
2.1 TIPOS DE SISTEMAS FOTOVOLTÁICOS .......................................... 8
2.1.1 SISTEMA ISOLADO ......................................................................... 8
2.1.2 SISTEMA HÍBRIDO .......................................................................... 9
2.1.3 SISTEMA CONECTADO A REDE .................................................. 10
2.2 PROJETO DE SISTEMAS FOTOVOLTÁICOS .................................. 11
2.2.1 LEVANTAMENTO ADEQUADO DO RECURSO SOLAR
DISPONÍVEL NO LOCAL DA APLICAÇÃO .. Erro! Indicador não definido.
2.2.2 DEFINIÇÃO DA LOCALIZAÇÃO E CONFIGURAÇÃO DO
SISTEMA; .................................................................................................... 13
2.2.3 LEVANTAMENTO DA DEMANDA E DO CONSUMO DE ENERGIA
ELÉTRICA ................................................................................................... 14
2.2.4 DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA FOTOVOLTAICO .............. 19
2.2.4.1 Dimensionamento da Energia Ativa necessária............................... 19
2.2.4.2 Dimensionamento do Inversor ....................................................... 21
3. ESTUDO DE CASO ................................................................................... 24
3.1 ETAPAS DO PROJETO ...................................................................... 24
3.1.1 LEVANTAMENTO ADEQUADO DO RECURSO SOLAR
DISPONÍVEL NO LOCAL DA APLICAÇÃO ............................................... 24
3.1.2 LEVANTAMENTO DA DEMANDA E DO CONSUMO DE ENERGIA
ELÉTRICA ................................................................................................... 26
1. INTRODUÇÃO
O Brasil possui uma matriz de energia elétrica com 83% originários de fonte
renováveis sendo que a participação é liderada pela hidrelétrica (63,8%), seguida de
eólica (9,3%), biomassa e biogás (8,9%) e solar centralizada (1,4%). (1)
A energia solar segue como a fonte renovável que mais cresce no mundo, com
uma expansão da capacidade instalada de 20%, um incremento de 98 GW. Junto com a
eólica, que cresceu 10%, responde por 90% dos incrementos à rede em 2019.a expansão
da capacidade das hidrelétricas foi de apenas 1%, com um incremento de 12 GW. (2)
Tendo em vista este cenário atual, neste trabalho iremos abordar os conceitos de
energia fotovoltaica aplicados para residências, fazendo um estudo de caso para uma
residência para 05 (cinco) pessoas.
1.1 OBJETVOS
Sistemas híbridos de geração de energia elétrica são sistemas formados por duas
ou mais fontes de produção de energia, operando em conjunto para atender a demanda de
um consumidor comum, conforme apresentado na Figura 2. As fontes de energia mais
comumente utilizadas neste tipo de sistema são: a solar e a eólica [6]. A utilização de
várias formas de geração de energia elétrica torna-se complexa na necessidade de
otimização do uso das energias, logo, é necessário um controle de todas as fontes para
que haja máxima eficiência na entrega da energia para o consumidor.
Figura 2- Sistema híbrido (4).
Para iniciar o projeto é preciso quantificar a radiação solar global incidente sobre
o painel fotovoltaico. Nem sempre os dados estão disponíveis na forma em que se precisa
para utilizá-los no dimensionamento do sistema. Por isso, muitas vezes é necessário
utilizar métodos de tratamento de dados que permitam estimar as grandezas de interesse.
(9)
Os dados de radiação solar podem estar especificados em termos de valores
instantâneos do fluxo de potência ou valores de energia por unidade de área (com diversos
períodos de integração), conhecidos como irradiância e irradiação, respectivamente. A
forma mais comum de apresentação dos dados de radiação é através de valores médios
mensais para a energia acumulada ao longo de um dia. (9)
Um gerador fotovoltaico tem suas características elétricas dependentes
basicamente da irradiância e da temperatura nos módulos. A influência da irradiância
solar é muito mais significativa do que a da temperatura. A irradiância pode variar
significativamente em curtos intervalos de tempo (da ordem de segundos), especialmente
em dias com nuvens, mas a variação da temperatura é amortecida pela capacidade térmica
dos módulos. (9)
Nas estimativas de produção de energia elétrica, é útil ignorar os efeitos de
variação da irradiância a cada instante e considerar a totalidade da energia elétrica
convertida em intervalos horários. Como há uma forte linearidade entre a produção de
energia e a irradiação horária, este conceito pode ser estendido, gerando uma forma
bastante conveniente de se expressar o valor acumulado de energia solar ao longo de um
dia: o número de Horas de Sol Pleno (HSP). (9)
Esta grandeza reflete o número de horas em que a irradiância solar deve
permanecer constante e igual a 1 kW/m2 (1.000 W/m2), de forma que a energia resultante
seja equivalente à energia disponibilizada pelo Sol no local em questão, acumulada ao
longo de um dado dia. Mostra-se, a seguir, um exemplo de cálculo do número de HSP
para um caso em que a irradiação é de 6 kWh/m2. (9)
Mesmo dentro de uma região com recurso solar uniforme, a escolha do local em
que os painéis FV serão efetivamente instalados pode ser determinante de seu
desempenho. A integração com elementos arquitetônicos e a presença de elementos de
sombreamento ou superfícies reflexivas próximas podem afetar a eficiência de um
sistema fotovoltaico. Também a capacidade de trocar calor com o meio, impacta a
eficiência do painel. Em regiões isoladas é mais provável que se encontrem superfícies
livres, sem sombreamento e com fácil circulação de ar. No entanto, nas instalações
urbanas tipo rooftop (de telhado), por exemplo, o projetista tem menos liberdade no
posicionamento dos painéis. (9)
Para ter uma boa estimativa da radiação incidente no plano do painel, o projetista
deve obter informações sobre os atuais e potenciais elementos de sombreamento e
superfícies reflexivas próximas, inclusive o chão. A refletividade do chão ou outros
elementos próximos (albedo) também pode contribuir para a radiação global incidente
sobre o painel. Aspectos estéticos, a resistência mecânica do telhado e do prédio e o
efeito dos ventos também são elementos importantes na escolha do local de instalação do
painel fotovoltaico. (9)
A escolha da configuração para o sistema baseia-se nas características da carga e
na disponibilidade de recursos energéticos. (9)
𝑃𝑒 ∗𝑁𝑑 ∗𝐷𝑚
𝐶𝑚 = Eq.(2.1)
1000
onde:
Cm (kWh/mês) – consumo médio mensal;
Pe (W) – potência nominal do equipamento (dado de placa ou do manual do
fabricante);
Nd (h/dia) – número médio de horas diárias de utilização do equipamento;
Dm (dias/mês) – número médio de dias de utilização do equipamento, por mês.
Consumo
Dias
Média Médio
Estimados
Aparelhos Elétricos Mensal
Para calcular a energia ativa necessária diariamente (L) leva-se em conta o tipo de
carga do sistema em corrente alternada e em corrente contínua se houver, e a eficiência
dos elementos que participam do processo de armazenamento e condicionamento de
potência, conforme a equação 2.2 abaixo:
𝐿𝑐𝑐 𝐿𝑐𝑎
𝐿= + Eq.(2.2)
η 𝑏𝑎𝑡 η𝑏𝑎𝑡 ∗η𝑖𝑛𝑣
Onde:
Lcc (Wh/dia) - quantidade de energia consumida diariamente em corrente
contínua em determinado mês,
Lca (Wh/dia) - quantidade de energia consumida diariamente em corrente
alternada no mesmo mês;
ηbat (%) - eficiência global da bateria;
ηinv (%) - eficiência do inversor.
Onde:
Pm (Wp) - potência total dos painéis fotovoltaico;
Li (Wh/dia) - quantidade de energia consumida diariamente por mês (obtida
através do cálculo de demanda para cada caso);
HSPi(h/dia) – horas de sol pleno no plano do painel fotovoltaico por mês;
Red1 (%) - fator de redução (derating) da potência dos módulos fotovoltaicos, em
relação ao seu valor nominal, englobando os efeitos de: i) um eventual acúmulo de sujeira
na superfície ao longo do tempo de uso; ii) degradação física permanente ao longo do
tempo; iii) tolerância de fabricação para menos, em relação ao valor nominal; iv) perdas
devido à temperatura. A este fator Red1 atribuí-se por default o valor de 0,75, para
módulos fotovoltaicos de c-Si;
Red2 (%) - fator de derating da potência devido a perdas no sistema, incluindo
fiação, controlador, diodos etc. A este valor recomenda-se como default o valor de 0,9.
2.2.4.2 Dimensionamento do Inversor
𝑃𝑚
𝑁𝑝 = Eq.(2.4)
𝑃𝑝
Para o caso do estudo a ser elaborado neste trabalho, será utilizada uma casa para
uma família de cinco pessoas conforme demonstrado na Figura 3 abaixo.
Foi adotada a localização da casa na cidade de São Paulo, Rua Blumenau na Vila
Leopoldina – Zona Oeste. As coordenada geográficas são 23°32’12”S e 46°43’40”W.
O sistema adotado será o Sistema Híbrido, onde o sistema fotovoltaico está
conectado a rede de distribuição, e, portanto, não há baterias para armazenagem da
energia e o sistema pode devolver energia a rede.
Como é comum a utilização de gás natural para aquecimento da água na cidade
de São Paulo, neste estudo não será contemplada a utilização de chuveiros e torneiras
elétricas.
Os dados de irradiação solar média diária média mensal foram obtidos através do
programa “Potencial Solar – SunData v 3.0” do Centro de Referência para Energia Solar
e Eólica Sérgio de S. Brito e são demonstrados nas tabelas 4 e 5 e gráficos 1 e 2.
Gráfico 1 - Irradiação solar diária média [kWh/m2.dia] para o caso estudado para
localidades próximas
Plano
0° N 5,3 5,52 4,73 4,2 3,4 3,2 3,3 4,2 4,2 4,74 5,22 5,76 4,48 2,59
Horizontal
Ângulo
igual a 24° N 4,8 5,26 4,86 4,8 4,3 4,1 4,1 5 4,5 4,63 4,77 5,11 4,68 1,13
latitude
Maior
média 21° N 4,9 5,33 4,88 4,7 4,2 4 4,1 4,93 4,5 4,67 4,86 5,22 4,68 1,29
anual
Maior
mínimo 35° N 4,4 4,93 4,72 4,8 4,4 4,4 4,4 5,14 4,4 4,39 4,4 4,63 4,58 0,78
mensal
Tabela 2 - Irradiação solar diária média [kWh/m2.dia] para localidade do Estudo
estimado para este estudo de caso é de 523,87 kWh mensalmente, este cálculo
Onde:
Lcc (Wh/dia) – neste caso não está sendo considerada energia em Corrente
Contínua
Lca (Wh/dia) – 523,87 / 30 = 17,46 kWh/dia
ηbat (%) – 0,86
ηinv (%) – 0,85
O cálculo foi realizado no programa Matlab e a programação está mostrado no
Anexo 1 e o resultado mostrado abaixo:
𝐿 = 23,8883 kWh/dia
Na sequência será calculada a potência necessária para os painéis fotovoltaicos,
seguindo a equação 2.3
12 𝐿𝑖
𝑃𝑚 = 𝑚𝑎𝑥𝑖=1 ( ) Eq.(2.3)
HSPi∗𝑅𝑒𝑑1 Red2
Onde:
Pm (Wp) - potência total dos painéis fotovoltaico;
Li (Wh/dia) – foi adotado neste caso que o consumo será constnate e igual a
23,8883 kWh/dia
HSPi(h/dia) – horas de sol pleno no plano do painel fotovoltaico por mês
conforme demonstrado na Tabela 2;
Red1 (%) – 0,75
Red2 (%) – 0,9
𝑃𝑚
𝑁𝑝 = Eq.(2.4)
𝑃𝑝
Np = 32 painéis
Bibliografia
Lca=523.87/30
nbat= 0.86
ninv= 0.85
L=Lca/(nbat*ninv)
HSPjan=5.3
HSPfev=5.52
HSPmar=4.73
HSPabr=4.2
HSPmai=3.4
HSPjun=3.2
HSPjul=3.3
HSPago=4.2
HSPset=4.2
HSPout=4.74
HSPnov=5.22
HSPdez=5.76
Red1=0.75
Red2=0.9
Pmjan=(L/(HSPjan*Red1*Red2))
Pmjfev=(L/(HSPfev*Red1*Red2))
Pmmar=(L/(HSPmar*Red1*Red2))
Pmabr=(L/(HSPabr*Red1*Red2))
Pmmai=(L/(HSPmai*Red1*Red2))
Pmjun=(L/(HSPjun*Red1*Red2))
Pmjul=(L/(HSPjul*Red1*Red2))
Pmago=(L/(HSPago*Red1*Red2))
Pmset=(L/(HSPset*Red1*Red2))
Pmout=(L/(HSPout*Red1*Red2))
Pmjnov=(L/(HSPnov*Red1*Red2))
Pmdez=(L/(HSPdez*Red1*Red2))
P=[ Pmjan; Pmjfev; Pmmar; Pmmai; Pmjun; Pmjul; Pmago; Pmset; Pmout;
Pmjnov; Pmdez ]
Pmax=max(P)
Pp=0.345
Np=round(Pmax/Pp)