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Instituto Industrial de Maputo

Departamento de Áreas Vocacionais

Especialidade: Eletricidade Industrial

Módulo: Elaborar Projecto Integrativo

Tema:

Projecto de Instalação Eléctrica Residencial

Formando: Supervisor:

Quimen Fernando Baptista Hortêncio Anjolo

Turma: EI-CV3.1CD

Maputo, Dezembro de 2019


Índice
1 Introdução ........................................................................................................................... 4

2 Resumo ............................................................................................................................... 5

3 Problematização.................................................................................................................. 6

4 Objectivos ........................................................................................................................... 6

4.1 Geral ............................................................................................................................ 6

4.2 Específicos .................................................................................................................. 6

5 Instalação Eléctrica ............................................................................................................. 7

5.1 Constituição de uma canalização eléctrica .................................................................. 7

6 Classificação das instalações eléctricas .............................................................................. 7

6.1 Instalação em tensão reduzida ou extrabaixa tensão ................................................... 7

6.2 Instalação em baixa tensão (BT) ................................................................................. 7

6.3 Instalação em alta tensão (AT) .................................................................................... 7

7 Rede de distribuição ........................................................................................................... 8

7.1 Instalação coletiva ....................................................................................................... 8

7.2 Instalação de utilização ............................................................................................... 8

8 Aspectos a ter em conta na concepção de uma instalação .................................................. 9

8.1 Características dos locais de instalação ....................................................................... 9

8.2 Segurança das pessoas e equipamentos ....................................................................... 9

8.3 Curto-circuito ............................................................................................................ 10

8.4 Sobrecarga ................................................................................................................. 10

8.5 Sobretensão ............................................................................................................... 10

8.6 Falta de Tensão .......................................................................................................... 11

8.7 Subtensão .................................................................................................................. 11

9 Regras Técnicas, Normalização E Regulamentação ........................................................ 11

9.1 Regras técnicas de instalações elétricas de baixa tensão........................................... 11

9.2 Normalização ............................................................................................................ 11


10 Demanda da Instalação Eléctrica .................................................................................. 13

10.1 Circuitos de Iluminação ......................................................................................... 13

10.2 Circuitos de Tomadas de Uso Geral (TUG) .......................................................... 14

10.3 Circuitos de Tomadas de Uso Específico (TUE) ................................................... 14

10.4 Demanda da Instalação .......................................................................................... 14

10.5 Dimensionamento da Secção dos condutores ........................................................ 16

11 Recomendações............................................................................................................. 17

12 Conclusão...................................................................................................................... 19

13 Referências Bibliográficas ............................................................................................ 20

Índice de Ilustrações
Tabela 1: Potência do Circuitos de Iluminação ........................................................................ 13
Tabela 2: Potência dos Circuitos de Tomadas de Uso Geral .................................................... 14
Tabela 3: Potência dos Circuitos de Tomadas de Uso Específico ............................................ 14
Tabela 4: Demanda da Instalação Eléctrica ............................................................................. 14
Tabela 5 Calibre dos Disjuntores dos circuitos e Secção Trasnversal dos condutores ............ 16

Figura 1: Potências mínimas pre-estabelecidas ....................................................................... 15


I. Contextualização

1 Introdução
Já é sabido e irrefutável que o dimensionamento é uma das principais etapas no processo de
elaboração de um projecto pois este, permite ao projectista conhecer a quantidade de material
necessário para implementar o projecto assim como conhecer alguns parâmetros importantes
do mesmo projecto, podendo assim evitar desperdícios e de certa forma alguns acidentes
dependendo do tipo de projecto.

Tratando de Instalações eléctricas o dimensionamento permite conhecer o nível de corrente que


circulará pelos circuitos, dando assim a possibilidade de escolher condutores e órgãos de
protecção adequados para a instalação em questão, podendo assim, evitar sobrecargas e
possíveis danos que essas anomalias (sobreintensidades, sobretensões, etc) podem causar à
instalação e aos utilizadores da mesma.

O presente trabalho, aborda o processo de dimensionamento de uma instalação eléctrica


residencial do tipo 3, situada na cidade de Maputo, distrito de Kamubukwana, bairro
Bagamoyo, Q01, Cs33. Adiante serão apresentados os fundamentos teóricos que sustentam o
trabalho, o processo de dimensionamento (memória de cálculos), bem como o projecto de
Instalação (desenhos dos circuitos de iluminação e tomadas).

4
2 Resumo
O presente projecto visa dimensionar uma instalação eléctrica para uma residência T1, com 1
sala comum, 1 sala de refeições, 1 quarto, 1 WC comum, 1 dispensa, 1 WC externa, área de
serviço e uma cozinha, com 5 divisões principais. Pretende-se então para a mesma residência
apresentar uma proposta segura, eficiente, económica e fiável de projecto de instalação
eléctrica garantindo assim que o mesmo projecto possa então responder ao seu propósito de
criação.

A residência localiza-se no bairro de Bagamoyo, cidade de Maputo, uma zona onde a qualidade
da energia é precária, contribuindo por vezes na danificação de alguns aparelhos de utilização
nas residências na qual chega essa energia eléctrica. Em anexo ao projecto serão apresentados
os desenhos dos circuitos.

5
3 Problematização
Face a diversas anomalias ocorrendo em instalações eléctricas por conta de mau
dimensionamento, com o projecto pretende-se então, apresentar a importância de se fazer um
bom dimensionamento e como o mesmo pode evitar danos materiais e humanos. Demonstrar
formas de através do mesmo poupar ou reduzir o consumo de energia adoptando solução mais
Sustentáveis e económicas.

4 Objectivos
4.1 Geral
❖ Dimensionar uma Instalação Eléctrica Residencial

4.2 Específicos
✓ Determinar a Potência Necessária para alimentar a Instalação;
✓ Dimensionar os condutores e os aparelhos de Protecção a utilizar;
✓ Elaborar os Projectos de Instalação Eléctrica (desenhos dos circuitos de iluminação e
tomadas);

6
II. Fundamentos Teóricos

5 Instalação Eléctrica
Em engenharia eléctrica, uma instalação eléctrica é um equipamento que permite a
transferência da energia elétrica proveniente de uma fonte geradora, que pode ser a rede de
distribuição de energia elétrica da concessionária ou geradores particulares, até os pontos de
utilização (pontos de luz, tomadas, motores).

5.1 Constituição de uma canalização eléctrica


Segundo o RSIUEE (regulamento de segurança de instalações de utilização de energia elétrica),
define-se canalização elétrica ao conjunto constituído por um ou mais condutores elétricos,
pelos elementos que asseguram o seu isolamento elétrico, as suas proteções mecânicas,
químicas, elétricas e a sua fixação devidamente agrupados e com aparelhos de ligação comuns.

6 Classificação das instalações eléctricas


As instalações elétricas quanto ao nível de tensão podem ser:

6.1 Instalação em tensão reduzida ou extrabaixa tensão


Instalação de tensão reduzida é a instalação que opera com tensão elétrica nominal menor ou
igual à 75V em corrente contínua, ou menor ou igual à 50V em corrente alternada.

6.2 Instalação em baixa tensão (BT)


Instalação de baixa tensão é a instalação que opera com tensão elétrica nominal superior à 75V
e menor ou igual à 1500V em corrente contínua, superior à 50V e menor ou igual à 1000V em
corrente alternada.

6.3 Instalação em alta tensão (AT)


Instalação de alta tensão, é a instalação cuja tensão excede os valores definidos para baixa
tensão, podendo atingir várias centenas de kV. Na prática costuma chamar-se média tensão
aos valores entre 1500 V e 10.000V a 20.000 V em corrente alternada (AC).

Podemos ter ainda instalações:

✓ Em corrente contínua;
✓ Em corrente alternada monofásica (uma fase e neutro);

7
✓ Em corrente alternada trifásica (três fases e neutro).

7 Rede de distribuição
As instalações em baixa tensão, podem ser subdivididas em:

✓ Instalação coletiva de edifícios, que é a instalação comum para todas a divisórias de


um edifício.
✓ Instalação de utilização de energia elétrica, que é a instalação individual, de cada
consumidor do edifício.

A energia chega à cada edifício através da rede de distribuição.

7.1 Instalação coletiva


A instalação coletiva, é a instalação estabelecida em regra no interior de um edifício, com a
finalidade de servir instalações de utilização exploradas por entidades diferentes, constituída
por quadro de colunas, colunas, caixas de colunas, que tem início numa ou mais portinholas ou
no próprio quadro de colunas.

✓ Quadro de colunas, é o quadro onde se encontram os aparelhos de proteção contra


sobreintensidades, alimentado por um ramal, uma chegada ou uma portinhola.
✓ Coluna principal, ou simplesmente coluna, também chamado de montante, é a
canalização elétrica coletiva, que tem início num quadro de colunas.
✓ Coluna derivada, é a canalização elétrica coletiva, que tem início numa caixa de
coluna.
✓ Caixa de colunas é o quadro existente numa coluna principal ou derivada, para ligação
de entradas ou colunas derivadas, contendo ou não respectivos aparelhos de proteção
contra sobreintensidades.
✓ Entrada, é a canalização elétrica de baixa tensão, geralmente compreendida entre uma
caixa de coluna ou um quadro de coluna, dando origem à instalação de utilização.
✓ Origem, é o ponto pelo qual uma instalação de utilização recebe a energia elétrica.

7.2 Instalação de utilização


A instalação de utilização de energia elétrica, é a instalação destinada a permitir aos seus
utilizadores a aplicação de energia elétrica pela sua transformação noutras formas de energia.
A instalação de utilização tem início no quadro de entrada do andar respectivo, e termina em
cada um dos pontos de utilização dos receptores.

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Esta instalação é constituída por:

✓ Contador de energia, também chamado de medidor de energia elétrica;


✓ Órgãos de proteção (disjuntores e fusíveis);
✓ Canalização (condutores e tubos);
✓ Caixas de derivação;
✓ Interruptores;
✓ Tomadas.

Os órgãos de proteção e o contador, ficam instalados no quadro de entrada, o qual fica


localizado normalmente junto à entrada do andar que serve. Fazem parte da instalação de
utilização, não só a instalação de baixa tensão, mas também a tensão reduzida, onde fazem
parte o sistema de sinalização e telefones.

8 Aspectos a ter em conta na concepção de uma instalação


Quando se concebe uma determinada instalação elétrica, deve-se ter sempre presente alguns
aspectos que irão condicionar o tipo de instalação a montar. Em seguida, estão os principais
fatores condicionantes de uma instalação:

✓ Características dos locais de instalação;


✓ Segurança das pessoas e equipamentos;
✓ Eficiência da instalação;
✓ Custos dos materiais;
✓ Estética da instalação.

8.1 Características dos locais de instalação


As instalações elétricas, destinam-se à fins diferentes. Assim, poderá destinar-se à uma
residência (local seco), num armazém (local húmido e molhado), ou num laboratório de
manipulação de produtos químicos (ambiente corrosivo).

Estes fatores, impõem uma escolha criteriosa do material e tipos de canalização para evitar a
deterioração na instalação.

8.2 Segurança das pessoas e equipamentos


Neste contexto, existem duas definições importantes: parte ativa de um material ou aparelho
e massas. A primeira é constituída pelos condutores ativos e peças condutoras de um material
ou aparelho sob tensão em serviço normal. A segunda é constituída por qualquer elemento

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metálico susceptível de ser tocado, em regra isolado das partes ativas, mas podendo ficar
acidentalmente sob tensão.

Um dos aspectos a ter conta ao conceber uma instalação, é a segurança das pessoas e
equipamentos. A segurança dos equipamentos é essencialmente com fusíveis e disjuntores,
protegendo a instalação dos seguintes defeitos: curto-circuito, sobrecarga, sobretensão,
subtensão e falta de tensão.

8.3 Curto-circuito
É definido como ocorrência de um defeito na instalação, em que por qualquer motivo houve
um contacto entre condutor positivo e condutor negativo (em CC), ou entre condutores fase e
neutro, ou ainda entre duas ou mais fases diferentes (em CA).

A corrente de curto-circuito atinge instantaneamente valores muito elevado. Os defeitos desta


ocorrência são altamente destruidores, se não existir na instalação um elemento que corte esta
corrente rapidamente.

8.4 Sobrecarga
Define-se a sobrecarga, como o aumento da corrente, não muito elevado em relação ao valor
nominal da instalação ou do receptor.

Se por qualquer defeito numa instalação ou num receptor, a intensidade ultrapassar o valor
nominal durante um período de tempo excessivo, deve haver um aparelho de proteção que corte
esta corrente, de forma a evitar a destruição da instalação. Esta tarefa, é normalmente
desempenhada por disjuntores termomagnéticos, que atuam por dilatação de lâminas
bimetálicas.

8.5 Sobretensão
É definida como aumento da tensão acima do valor nominal. Quando a sobretensão é forte e
prolongada, devem ser acionados os mecanismos que cortem a alimentação da instalação, para
evitar inconvenientes provocados por esta ocorrência.

A sobretensão pode ter duas causas: externa ou interna. A de origem externa tem a provocada
pela queda de raios nas linhas. As sobretensões de origem interna são provocadas por cortes
bruscos de grande número de consumidores, por defeito ou em período de paragem da
elaboração por defeito de isolamento com uma instalação de tensão mais elevada, ou ainda por
manobras erradas nas subestações, ou pelas chamadas ressonância nas linhas.

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Estas ocorrências transmitem-se até ao consumidor. dentro da instalação encontramos também:
instalação a vista instalação oculta instalação amovível.

8.6 Falta de Tensão


A falta de tensão nas instalações pode também originar várias consequências. Esta ação é feita
automaticamente através de relés de mínima tensão ou de falta de tensão.

8.7 Subtensão
A subtensão é o abaixamento mais ou menos acentuado do valor da tensão elétrica. De forma
a evitar os danos causados pela flutuação da tensão, o governo impõe ao distribuidor que a
tensão fornecida ao consumidor não oscile para além de mais ou menos 5%.

9 Regras Técnicas, Normalização E Regulamentação


9.1 Regras técnicas de instalações elétricas de baixa tensão
As RTIEBT foram criadas com o intuito de atualizar a regulamentação de acordo com as
evoluções técnicas ocorridas, mas também para se adaptarem à realidade de Portugal como
membro da União Europeia, e assim permitir a livre circulação de equipamentos elétricos de
Baixa Tensão (BT), como também para proporcionar consensos europeus a nível de regras
de instalação que facilitem a circulação de técnicos.

As RTIEBT são compostas por oito partes e destinam-se a definir as regras de instalação e de
segurança das Instalações Elétricas de energia elétrica por forma a garantir, satisfatoriamente,
o seu funcionamento e a segurança tendo em conta a utilização prevista, sendo aplicáveis à
generalidade de edifícios e recintos providos de Instalações Elétricas com tensão nominal não
superior a 1000 V Comissão Eletrotécnica Internacional (CEI).

9.2 Normalização
As RTIEBT são responsáveis por garantir uma base legislativa em relação às regras de
instalação e de segurança das Instalações Elétricas, no entanto as mesmas não definem boa
parte dos métodos de cálculo a serem aplicados pelos projetistas.

Deste modo entramos num vazio legal, pois parece ser deixado ao critério do projetista os
métodos de cálculo e respetivas simplificações técnicas. É necessário então considerar fatores
de segurança e de simplificação, considerando os casos mais desfavoráveis dentro dos limites
razoáveis.

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A Normalização pode ser definida como a atividade destinada a estabelecer, face a problemas
reais ou potenciais, disposições para a utilização comum e repetida, tendo em vista a obtenção
do grau ótimo de ordem, num determinado contexto. Consiste, de um modo particular, na
formulação, edição e implementação de normas.

Podendo uma norma ser definida como um documento, estabelecido por consenso e aprovado
por um organismo reconhecido, que define regras, linhas de orientação ou características para
atividades ou seus resultados, destinadas a utilização comum e repetida, visando atingir um
grau ótimo de ordem, num dado contexto.

A linguagem falada e, mais tarde, a escrita, que se desenvolveram para possibilitar a


comunicação entre os homens, podem ser consideradas como formas primeiras de
normalização.

As normas deverão responder ao objetivo visado, terem um nível elevado de aceitabilidade


resultante da participação plena de todas as partes interessadas no processo de normalização,
serem coerentes entre elas, e permitirem simultaneamente a inovação tecnológica e a
concorrência.

Assim, as normas deverão fundamentar-se na pesquisa científica de qualidade, serem


atualizadas e visarem, tanto quanto possível, a eficácia. A necessidade da adoção de normas
internacionais foi amplificada no decorrer das atividades de cooperação técnica militar da
Segunda Guerra Mundial.

No seguimento de fazer face a estas necessidades surgiram vários organismos que desenvolvem
ações em prol da Atividade Normativa. No campo da Engenharia Eletrotécnica merecem
destaque:

❖ A VDE (Associação dos Eletrotécnicos Alemães), primeiro organismo de normalização


para o estabelecimento de normas para a construção e instalação de aparelhos elétricos,
em 1893;
❖ A criação da IEC – Comissão Eletrotécnica Internacional (ou CEI), para o
desenvolvimento da atividade normativa internacional no domínio eletrotécnico, em
Londres, em 1906;
❖ A criação do DIN – Instituto Alemão de Normalização, em 1917;

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❖ A criação da ISO – “International Organization for Standardization”, com sede em
Genebra, para facilitar a coordenação e a unificação internacionais das normas
industriais, em 1947;
❖ A criação do CENELEC – Comité Europeu de Normalização Eletrotécnica, em 1973.

Estas instituições têm sido responsáveis por criar um vasto conjunto de normalizações
relacionadas com as Instalações Elétricas e equipamentos aplicáveis a um largo número de
países, permitindo assim a existência de comércio livre e o intercâmbio de técnicos.

Como já foi referido, as RTIEBT deixam espaço para um vazio regulamentar no que diz
respeito aos métodos de cálculo de várias grandezas elétricas, pelo que se considera necessário
recorrer a normas guias e a recomendações internacionais reconhecidas pela CENELEC.

III. Dimensionamento da Instalação Eléctrica

10 Demanda da Instalação Eléctrica


10.1 Circuitos de Iluminação
Cômodos Área (m2) Potência Estipulada (VA) Potência Total (VA)
Garagem Dupla 37,77 25 944,25
Área de Serviço 4,85 25 121,25
WC de Serviço 5,9 25 147,5
Quarto A 14,31 25 357,75
Hall de Entrada 7,37 25 184,25
WC Geral 5 25 125
Cozinha 20,67 25 516,75
Varanda de Chegada 7,78 25 194,5
Circulação Interna 11,25 25 281,25
Sala de Estar 21 25 525
Sala de Refeições 20,67 25 516,75
Quarto Exterior 7,5 25 187,5
WC Exterior 2,5 25 62,5
Piscina 25 100
Quintal 25 2000
Muro (Passeio) 30 25 750
Total 7014,25
Tabela 1: Potência do Circuitos de Iluminação

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10.2 Circuitos de Tomadas de Uso Geral (TUG)
Cômodos Área (m2) Potência Estipulada (VA) Potência Total (VA)
Garagem Dupla 37,77 25 944,25
Área de Serviço 4,85 25 121,25
WC de Serviço 5,9 25 147,5
Quarto A 14,31 25 357,75
Hall de Entrada 7,37 25 184,25
WC Geral 5 25 125
Varanda de Chegada 7,78 25 194,5
Circulação Interna 11,25 25 281,25
Sala de Estar 21 25 525
Sala de Refeições 20,67 25 516,75
Quarto Exterior 7,5 25 187,5
WC Exterior 2,5 25 62,5
Total 3647,5
Tabela 2: Potência dos Circuitos de Tomadas de Uso Geral

10.3 Circuitos de Tomadas de Uso Específico (TUE)


Potência Potência Total IS IN
Equipamentos Qtd (VA) (VA) (A) (A) Secção (mm2)
Climatização 9000BTU 1 1200 1200 5,5 16A 4
Cozinha Elétrica 1 8000 8000 14,0 16A 4
Climatização (18000BTU) 3 2400 7200 10,9 16A 4
Área de Serviço 1 4000 4000 18,2 20A 6
Portões 2 1000 2000 4,5 16A 4
Fogão Eléctrico 1 4000 4000 18,2 20A 6
Total 26400
Tabela 3: Potência dos Circuitos de Tomadas de Uso Específico

10.4 Demanda da Instalação


Demanda
Circuitos Potência (VA) Potência (W) P corrigida (W)
Iluminação 7014,25 5611,4 3310,726
TUG 3647,5 2918 1925,88
TUE 26400 21120 12038,4
Demanda 17275,0
Potência (VA) 21 593,8
Carga (A) 32,81
IN (A) 40
IZ (A) 58
Secção (mm2) 16
Tabela 4: Demanda da Instalação Eléctrica

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Com base nos valores de potencias mínimas a considerar (apresentados na imagem), foi
possível estimar a demanda da residência, permitindo assim, a determinação da potencia a ser
contratada que deve ser S ≥ 21KVA, assim como a corrente nominal (IN) do aparelho de corte
de entrada que nesse caso é um disjuntor termomagnético com calibre 32A, bem como, a secção
do cabo de alimentação (baixada), que deverá ter uma secção mínima de 10mm2.

Figura 1: Potências mínimas pre-estabelecidas

Além desses valores, exitem também os coeficientes de simultaneidade-KS que foram


considerados uma vez que é pouco provável que todos aparelhos estejam ligados ao mesmo
tempo. Tais valores (0,84 para TUG, 1 para Iluminação e 0,57 para TUE) foram escolhidos
com base nas tabelas que se seguem, e multiplicados com a potência activa dos circuitos, foi
possível obter então a Potência Corrigida.

𝑃𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎 = 𝐾𝑆 × 𝑃𝑎𝑐𝑡𝑖𝑣𝑎 eq.1

Outras equações e relações foram utilizadas para obter os parâmetros como corrente de
Serviço-Is, Corrente Máxima Admissível na canalização-Iz, Potência Activa-P, Potência
Aparente-S e Secção Transversal dos condutores-s (que são selecionados em função das
correntes máximas admissíveis em cada circuito):

𝑆
𝐼𝑠 = 𝑈 eq.2

𝐼𝑠 ≤ 𝐼𝑛 ≤ 𝐼𝑧 eq.3

𝐼𝑧 = 1,45 × 𝐼𝑁 eq.4

𝑃 = 𝑆 × 0,8 eq.5

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O disjuntor diferencial residual, será utilizado juntamente com o sistema de aterramento TT
(massas ligadas à terra), terá uma sensibilidade de 30mA e um calibre de 16A, que será utilizado
para proteger os circuitos de TUG dos locais húmidos (WC e cozinha).

10.5 Dimensionamento da Secção dos condutores


Como referenciado acima, com base nas fórmulas e relações apresentadas, foi possível
determinar o seguinte:

Potência Potência Total Secção


Equipamentos Qtd (VA) (VA) IS (A) IN (A) (mm2)
Climatização 9000BTU 1 1200 1200 5,5 16 4
Cozinha Elétrica 1 8000 8000 14,0 16 4
Climatização (18000BTU) 3 2400 7200 10,9 16 4
Área de Serviço 1 4000 4000 18,2 20 6
Portões 2 1000 2000 4,5 16 4
Fogão Eléctrico 1 4000 4000 18,2 20 6
Iluminação 5 ― 7014 ― 10 1,5
TUG 3 ― 3648 ― 16 2,5
Tabela 5 Calibre dos Disjuntores dos circuitos e Secção Trasnversal dos condutores

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IV. Conclusão e Recomendações

11 Recomendações
❖ Cabos elétricos
➢ Para fazer a colocação ou substituição de cabos elétricos danificados, é importante
nunca deixar esses cabos embaixo de tapetes ou carpetes. Além disso, as extensões
elétricas devem ser usadas apenas temporariamente.
➢ Nunca desconecte algo puxando pelo cabo, apenas puxando o plugue (ficha). Lembre-
se de que tomadas com muitos plugues podem causar incêndio. Se você tem crianças
pequenas em sua casa, cubra todas as tomadas com tampas de plástico especiais.
➢ Verifique e corrija também tomadas soltas, fios expostos e tampas quebradas pela casa.
❖ Eletricidade e água
➢ Nunca toque em um aparelho que tenha caído na água, principalmente na hora da
instalação. O ideal nesses momentos é desligar a eletricidade principal de sua casa antes
de remover o aparelho da água.
➢ Ao realizar a instalação de qualquer aparelho, verifique se suas mãos estão secas antes
de tocar em uma fonte de luz. E após ser instalado, sempre desconecte os aparelhos
após o uso, especialmente aqueles próximos à máquina de lavar roupa.
❖ Manutenção
➢ Logo, não toque em um aparelho se o cheiro estiver de queimado ou se estiver
produzindo ruídos. Assim, desligue o circuito elétrico em que este aparelho está
conectado antes de fazer a troca do mesmo.
➢ No caso das instalações de lâmpadas, siga as instruções do fabricante para saber qual
tensão (voltagem) usar nas lâmpadas ou outro aparelho elétrico.
❖ Não deixe aparelhos elétricos ao alcance de crianças.
❖ As tomadas não utilizadas mantêm-nas cobertas com protetores.
❖ Evite eletrodomésticos, cabos soltos, plugues etc.
❖ Não use aparelhos elétricos perto da banheira ou do chuveiro.
❖ Nunca use aparelhos elétricos com as mãos molhadas.
❖ Não use aparelhos elétricos sem calçar os sapatos.
❖ Não use objetos de metal para extrair alimentos de equipamentos elétricos.
❖ Na cozinha, não use aparelhos perto da torneira ou em áreas com umidade.

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❖ Desligue os aparelhos antes de sair de casa.
❖ Desconecte os aparelhos antes de limpá-los.
❖ Não insira objetos de metal nos aparelhos elétricos em uso.

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12 Conclusão
Concluindo, entende-se então que com o dimensionamento pode-se então selecionar os
aparelhos de protecção adequados para suprir a demanda de uma instalação por um longo
período de vida útil sem esta apresentar certas anomalias, funcionando com eficácia.

Como forma de padronizar as instalações eléctricas existem leis internacionais (IEC) que
vigoram essas instalações além das nacionais como por exemplo (NBR, NM, NP) que vigoram
a nível nacional. Existem algumas diferenças, ou seja, existem peculiaridades de pais para pais,
mas não se deve ou não se afastam daquilo que internacionalmente se recomenda, podendo
assim permitir que os materiais eléctricos, etc, produzidos num estado/país/continente, possam
funcionar num outro. Mesmo assim, algumas questões são deixadas ao critério do projectista.

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13 Referências Bibliográficas
❖ pt.m.wikipedia.org/instalaçãoeletrica

❖ Regras Técnicas de Instalações Eléctricas de Baixa Tensão (RTIEBT)

❖ Norma Brasileira: NBR 5410

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