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Formador: João Carlos Cumbane -----Conceber circuitos de Comando em Residências

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Instituto médio de informática e gestão


CURSO DE ELECTRICIDADE INDUSTRIAL ZAMBÉZIA-GURÚÈ-2020
Conceber circuitos de comando em residências
UC EPI023017192

Material didático

Formador: João Carlos Cumbane (Autor e revisor desta edição) Jocacumbane@gmail.com +258 845045171

www.tecnicoestudos.blogspot.com

Formando:____________________________________________________________

Turma:_______________________________________________________________

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1.0 Prefácio
A Modulo CICCR é um dos mais importantes módulos leccionadas pelo Departamento. Para a formação
dos futuros técnicos em eletricidade Industrial ele representa possivelmente um dos contactos que terão com
os princípios fundamentais das instalações eléctricas residenciais e suas aplicações e, com o modo de
pensar como instalação uma residência.

Para o estudante de EI, do modulo CICCR deve incentivar e reforçar a vocação, que servirá de alicerce para
toda a estrutura do Curso que será erguida nos anos de profissionalização que se seguem.
Tabela 1 tabela dos resultados de aprendizagem Fonte:[1]

Resultado de Tema de aprendizagem


aprendizagem
RDA1 Desenhar diagramas diferentes de circuitos de comando para instalações domésticas

RDA2 Selecionar equipamento e ferramentas adequadas ao trabalho de instalação de circuitos de comando


em instalações domésticas

RDA3 Elaborar tarefas de medidas de segurança e respectivos testes

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No semana Temática Tipo de aula Meios


 Distinguir entre diferentes esquemas eléctricos e suas
1 respectivas aplicações Teórica e Quadro e
 Desenhar diferentes esquemas de circuitos eléctricos (uso de prática giz
todo tipo de interruptores)

 Descrever os diferentes métodos de cablagem


 Elaborar uma lista com as ferramentas necessárias para uma Quadro e
determinada instalação eléctrica giz
 Elaborar uma lista com o equipamento necessário para uma Teórica e
determinada instalação eléctrica prática
2
 Elaborar uma lista com os materiais necessários
para uma determinada instalação eléctrico
 Elaborar caderno de encargos

 Instalar circuitos básicos de comando em residências, de


acordo com as normas nacionais Teórica e
3  Testar funções de circuitos básicos de comando prática Quadro e
residêncial giz

 Descrever os padrões de saúde e segurança durante a


4 execução de trabalhos práticos Teórica e
 Elaborar documentos de Worksafty prática Quadro e
giz
 Descreve os maiores riscos em instalações eléctricas e as
causas dos choques eléctricos Teórica e
5  Destaca algumas afirmações relevantes sobre padrões e prática Quadro e
regulamentos na cablagens eléctrica giz
 Inspecionar visualmente instalações eléctricas para detecção
de anomalias e falhas de qualidade
 Executar o teste básico de conformidade em
instalações simples

6  Aplicar técnicas comuns de detecção de avarias em


instalações eléctricas Teórica e Quadro e
 Analisar a eficiência de uma instalação prática giz

7 Aulas de reforços se necessário for e fim do módulo


NB: Essas aulas serão leccionadas em língua portuguesa e sem uso do novo acordo ortográfico

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Página reservada

1.0 Conceber e desenhar diferentes diagramas de circuitos de comando para instalações


residenciais (RDA1)
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Equipamento eléctrico – é uma unidade operacional ou funcional de composição única, que exerce uma ou mais
funções eléctricas ligadas ao processo de geração, de transmissão, de distribuição ou da utilização de energia eléctrica.
Classificação dos equipamentos eléctricos quanto a característica:
 Fixos
 Estacionárias
 Portáteis
 Manuais
A classificação dos equipamentos ainda pode ser em função da tarefa a exercer podendo deste ser classificado:
Equipamento de Manobra- destinado a abrir ou fechar circuito de modo a isola-lo de uma outra parte do sistema.
 Seccionadores;
 Interruptores;
 Disjuntores;
 Contactares
Equipamentos de Protecção-destinados a actual em caso de uma anomalia do sistema.
 Fusíveis
 Disjuntores (Em baixa tensão)
 Reles
Equipamento de transformação – são utilizados para fazer variar (aumentar ou diminuir) a tensão.
 Transformador (Em alguns casos podemos classificá-los estáticos e rotativos isto porque existe em processo de
uso de duas maquinas para conseguir o mesmo efeito)
Tabela 2 Alguns modelos de fusíveis [Adaptado, Vários]

Tipo Características Aplicação Imagem


*Categoria de utilização gL/gG Na protecção de
*Correntes nominais de 6 até sobre correntes de
1250A curto-circuito e
Tipo NH sobrecarga em
* Elevada capacidade de
instalações
interrupção de 120kA em até eléctricas industriais
500VCA.

*Categoria de utilização gL/gG Na protecção de


* Limitadores de corrente são curto-circuito em
Fusíveis Neozed aplicados para até 50kA em instalações típicas
400VCA. residenciais,
* Possui anéis de ajuste que comerciais e
evitam alteração dos fusíveis industriais
*A fixação pode ser rápida por
engate sobre trilho ou por
parafusos.

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*Categoria de utilização gL/gG Proteger circuitos


Cartucho *Correntes nominais de 2 até eléctricos em geral,
63A tais como: os
condutores, os
* Capacidade de interrupção de
aparelhos eléctricos,
100kA em até 380VCA.
os
consumidores/instal
ações residenciais

Figura 2 Curvas dos fusíveis Neozed Fonte: [Carvalho,14 edição]

Figura 3 Curvas dos Fusíveis NH Fonte: [Carvalho ,14 edição]

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Disjuntor – é um equipamento destinado a interromper as correntes de serviço e de curto-circuito e de extinguir o


respectivo arco eléctrico.
Quando se fala em disjuntor, para o público em geral atribui-se a ideia do pequeno disjuntor termomagnético utilizado
nos circuitos eléctricos de residências, edifícios e indústrias, em vez de fusíveis. Porem existem disjuntor de maiores
tamanhos aplicados em media e alta tensão, esses tem sua constituição um circuito responsável pelo seu disparo.

Figura 4 Classificações dos disjuntores Fonte: [Autor]

Curvas características de disparo:

• Curva B: É a curva da protecção de circuitos cuja, as cargas têm comportamento resistivo.


 Lâmpadas incandescentes
 Chuveiros,
 Torneiras e aquecedores eléctricos

• Curva C: Aplicada na protecção de circuitos de cargas com natureza indutiva


 Microondas,
 Ar condicionado,
 Motores
• Curva D: Aplicada na protecção de circuitos com cargas altamente indutivas
 Grandes motores,
 Transformadores

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Figura 5 Curvas dos disjuntores
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Normalização – é o conjunto de critérios, com base nos quais devem ser construídos, projectados, inspeccionados os
sistemas, os aparelhos, os equipamentos a fim de assegurar a eficiência técnica.

Em 1975 foi criada o Instituto Internacional de Pesos e Medidas de 45 Países do mundo em Paris-Franca.

A normalização tem 3 Objectivos principais:


 Simplificação- Estabelece características que permitem fácil substituição.
 Unificação- Facilita os processos de produção.
 Especificação- Conhecidas possibilitam os ensaios, estabelecendo código de entrega e recepção.
Regulamento – é um conjunto de normas cuja aplicação é de carácter obrigatório.
As normas aplicadas nas instalações eléctricas em vigor em Moçambique são:

 Regulamento de segurança de instalações de utilização de energia eléctrica-RSIUEE


 Regulamento de Segurança de Instalações Colectivas de Edifícios e Entradas-RSICEE
 Regulamento de segurança de subestações, postos de transformação e seccionamento RSSPTS
 Regulamento de Segurança de Redes de Distribuição de Energia Eléctrica em Baixa Tensão – RSRSEEBT
 Regulamento de Segurança de Linhas Eléctricas de Alta Tensão – RSLEAT
Em Moçambique a entidade responsável pela confecção da norma é a INNOQ e encontramos algumas dessas normas:
 NM 10: 2011 – Sinalização de segurança. Símbolo de tensão eléctrica perigosa 2ª Edição. ICS 29020
 NM 11: 2011 – Sinalização de segurança. Sinais de tensão eléctrica perigosa 2ª Edição. ICS 29020
 NM 12: 2011 – Quadros para instalações eléctricas. Portinholas para ramais e chegadas de redes de
distribuição. Características de ensaios. 2ª Edição. ICS 29 120
 NM 13: 2011 – Quadros para instalações eléctricas. Quadros de colunas para instalações colectivas de
edifícios. Características e ensaios. 2ª Edição. ICS 29 120
 NM 14: 2011 – Quadros para instalações eléctricas. Caixas de coluna para instalações colectivas de edifícios.
Características e ensaios. 2ª Edição. ICS 29 120
 NM 38: 2007 – Símbolos gráficos para esquemas eléctricos. Centrais geradoras, subestações e linhas de
transporte e de distribuição. ICS 01 080
 NM 39: 2007 – Símbolos gráficos para esquemas eléctricos. Símbolos para esquemas arquitecturais. ICS 01
080
 NM 40: 2007 – Símbolos gráficos para esquemas eléctricos. Máquinas rotativas, transformadores, pilhas e
acumuladores, transdutores e amplificadores magnéticos e indutâncias. ICS 01 080
 NM 60 - 1: 2008 - Instalações eléctricas de Baixa Tensão. Parte 1: Definições. ICS 91 140
 NM61-2: 2008 - Instalações eléctricas de Baixa Tensão. Parte 2: Características dos materiais. ICS 91 140
 NM 62-1: 2008 – Instalações telefónicas. Parte 1: Símbolos e designações simbólicas dos tubos e condutas.
ICS 33 040
 NM 63-2: 2008 – Instalações telefónicas. Parte 2: Características gerais e ensaios. ICS 33 040
 NM 64-3: 2008 – Instalações telefónicas. Parte 3: Características e ensaios de tubos rígidos, isolantes de
parede interior lisa e não propagadores de chama. ICS 33 040
 NM 65: 2008 – Sistema de designação dos cabos eléctricos isolados. ICS 29 080
 NM IEC 81: 2011 - Lâmpadas fluorescentes tubulares para iluminação geral. ICS 29 140

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 NM 121: 2009 – Condutores eléctricos – Terminologia. ICS 29 120


Simbologia

Na execução de instalações eléctricas, recorre-se a utilização de símbolos que representem os aparelhos a usar bem
como das canalizações a instalar. A simbologia tem um objectivo de tornar possível que qualquer técnico da área seja
capaz de interpretar e executar o projecto.

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O Eletricista Industrial é o profissional capacitado para solucionar os mais


diversos problemas elétricos ocorridos em uma empresa, desde a instalação
de um novo equipamento (Eletricista Montador), até as manutenções
preditivas, preventivas e corretivas em uma máquina ou equipamento
(Eletricista de Manutenção)

1.4 NORMAS E REGULAMENTOS

As instalações eléctricas residenciais e prediais de baixa tensão objecto deste artigo, bem como as características dos
equipamentos que as constituem devem obedecer aos regulamentos (caso existam) e às normas vigentes no país
onde aquelas instalações são construídas (em alguns países de língua inglesa os regulamentos são designados por
“Wiring Regulations”).Assim, no Brasil devem ser seguidas as Normas Regulamentadoras (NR) e as Normas
Brasileiras (NBR) emitidas pela ABNT, e ainda as Normas IEC (International Electrotechnical Commission) e ISO
(International Organization for Standardization), enquanto em Portugal assim como Moçambique é obrigatório
respeitar o regulamento RTIEBT (Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão, publicado pela
Portaria nº 949-A/2006 de 11 de Setembro, alterado pela Portaria n.º 252/2015, de 19 de Agosto) e as Normas NP
(Nomas Portuguesas), EN (Normas Europeias), NP EN (Normas Portuguesas harmonizadas com as Normas
Europeias), IEC e ISO, e ainda as prescrições do concessionário de distribuição de energia eléctrica MT e BT (EDP
Distribuição em Portugal, EDM distribuição em Moçambique ) , da DGEG (Direcção Geral de Geologia e
Energia em Portugal ) e em Moçambique a que respeitar as prescrições do Conselho Municipal, Ministério da
Energia e Recursos Minerais , INNOQ-Instituto Nacional de Normalização e Qualidade , etc.) sem esquecer
o estatuto do CNELEC (Comissão Nacional de Electricidade ).

Dica ao formando :Procure ter a copia do RTIEBT

A alimentação das instalações em baixa tensão é feita em Moçambique, em corrente alternada 50Hz à tensão
de 220/380V (Zonas urbanas) ,230/400 (Zonas rurais).
E necessário que fique bem claro ao formando que essa falsa ilusão de que o sistema mundial de distribuição
de energia tem mesmas caraterísticas e nada mais que apenas uma ilusão como vejamos na tabela abaixo.
Tabela 3 Outros valores das tensões das instalações eléctricas BT Fonte [3]

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Tabela 4 Procedimento de ligação de nova baixada na EDM Fonte: [Adaptado, Página Web da EDM]

Descrição Documentos
1.Inspecção O requerente efectua o pedido da nova Formulário da EDM (cloqui de
ligação de acordo com as normas localização, ficha de inspecção e modelo
vigentes de contracto)

Identificação (BI, passaporte, NUIT,


Cartão de recenseamento Militar, DIRE,
Cédula pessoal)
2.Vistoria Os técnicos da EDM-EP electuam
uma visita ao local para verificarem as ------------------------------------------------
condições técnicas e vistoria
/inspecção a instalação
3.Pagamento e O requerente efectua o pagamento de
assinatura do contrato um único valor e assina o contracto. ------------------------------------------------
4.Ligacao Os técnicos da EDM-EP efectuam a
ligação do cliente a rede -----------------------------------------------
3.Cadastro da O cliente é registado nos sistemas de
documentação da rede facturação e cobrança e nos Registro ----------------------------------------------
de documentos da rede

Esquemas eléctricos de comando residencial e guias de práticas


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A) Interrupção simples
É empregue sempre que se deseja comandar de um só lugar um único circuito, com uma ou mais lâmpadas.

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B) Interrupção simples com lâmpada fluorescente


Ao contrário das lâmpadas de incandescência, as lâmpadas fluorescentes necessitam de um balastro
eletromagnético e arrancador ou de um balastro eletrónico para arrancarem.

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C) Comutação de lustre
É empregue sempre que se deseja comandar de um só lugar dois circuitos, com uma ou mais lâmpadas.

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D) Comutação de escada ou de quarto


Montagem que tem por objectivo o comando de um só circuito eléctrico de dois sítios
diferentes.
As escadas, quartos, certos corredores e salas com duas entradas são exemplos de locais onde,
por funcionalidade e comodidade, as lâmpadas devem ser comandadas de dois locais diferentes. Acende-se
na “entrada”, apaga-se na “saída” e vice – versa.

E) Comutação de escada com inversor


Montagem que tem por objectivo o comando de um só circuito eléctrico de mais de dois sítios diferentes.
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Utilizamos um inversor por cada ponto de comando que queremos mais. Por exemplo, se pretender comandar
o mesmo circuito elétrico de 5 sítios diferentes terei que utilizar dois comutadores de escada e três inversores.
É utilizada em corredores compridos, corredores em ângulo, salas com vários acessos, etc.

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AVALIACAO
RDA1

SELECIONAR EQUIPAMENTO E FERRAMENTAS ADEQUADAS AO TRABALHO DE INSTALAÇÃO


DE CIRCUITOS DE COMANDO EM INSTALAÇÕES DOMÉSTICAS (RDA2)

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2.1 Ferramentas de trabalho em electricidade


Um técnico na área de Electricidade necessita de um conjunto de ferramentas, que torne suas tarefas mais simples
possíveis. A questão de adequação das ferramentas ao trabalho, é crucial para um bom trabalho. Quando um técnico
tem um conjunto de ferramentas adequadas ao trabalho e um forte conhecimento tem já 60% de tarefa feita com
sucesso, cabendo os restantes 40 % ao cuidado ou rigor na execução da mesma.
O conjunto de ferramentas pode serem classificado em duas:
 Ferramentas de Montagem ou de adaptação
 Ferramentas de Medição ou verificação
2.2 Ferramentas de Montagem ou de adaptação
É um conjunto de ferramentas que auxiliam o técnico na execução da sua tarefa, em que a tarefa exija um esforço
físico.
Exemplo: Furar uma parede, Apertar um parafuso

Figura 2.2 Brocas

Figura 2.1 Berbequins

Figura 2.3 Martelos

Figura 2.4 Chave de venda e chave estrela

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Figura 2.5 Dobrador

Figura 2.8 Guia

Figura 2.6 Cortador

Figura 7.7 Nível

Figura 2.9 Serra de madeira

Figura 2.9.1. Escarnador

Figura 2.9.2 Chave de fenda e estrela


Figura 2.9.3 Guia

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Figura 2.9.4 Tirefor


Figura 2.9.5 Pull Lift

Figura 2.9.6 Jogo de chaves de roquete Figura 2.9.7 Torna

Figura 2.9.8 Prensa de cravar

Figura 2.9.9 Chave dinamométrica

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Figura 2.9.9.1 Kit para soldaduras aluminotérmicas

Figura 2.9.9.2 Kit para ligações de fibras ópticas


Ferramentas de Medição ou verificado
É um conjunto de ferramentas que auxiliam o técnico na execução da sua tarefa, em que a mesma tem por finalidade
obter informações técnicas de avaliação de uma instalação.
Exemplo: Avaliar a continuidade de uma instalação.

Figura 7. Multímetro digital ,Parquímetro ou Peclisse

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Figura 2.3 Micrómetro

Figura 2.5 Multímetro digital

Figure 2.4 Multímetro analógico

Figura 2.6 Hi-pot Figura 2.7 Megger

Figura 2.9 Vibrometro

Figura 2.8 Analisador de Espectro

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AVALIACAO
RDA2

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Cuidados a ter com a electricidade


A Eletricidade que temos nas instalações elétricas das nossas casas ou nos locais de trabalho é um bem que, hoje, já
não conseguimos dispensar, pela enorme quantidade de serviços e de conforto que nos proporciona no nosso dia-a-dia.
É o computador, é a impressora, é o telemóvel, é a máquina de lavar, é a televisão, é a máquina de fazer sumos ou de
centrifugar, etc., etc.. Ninguém pensa, hoje, prescindir dela!

Sendo de facto um produto de inegável utilidade, comporta, contudo, alguns riscos que convém evitar, de forma a
preservarmos a nossa saúde e bemestar. Com efeito, se tocarmos directamente na fase de uma instalação elétrica de
baixa tensão (230V / 50 Hz), uma de várias coisas nos pode acontecer: um pequeno ou médio choque eléctrico, sem
consequências de maior, para além do susto: formigueiro perceptível na língua; formigueiro perceptível nos dedos;
sensação de insensibilidade na mão; aumento da tensão arterial; tetanização da mão e antebraço (a mão fica agarrada
ao condutor); aumento do ritmo cardíaco, tornando-se irregular; o coração deixa de bater; tetanização dos músculos
pulmonares e paragem da respiração; fibrilação ventricular (descoordenação do músculo cardíaco) que pode levar à
morte se a reanimação não resultar.

Outras situações de choque elétrico ocorrem quando existe um contacto indireto, como é o caso de se tocar na carcaça
(invólucro) de um dado eletrodoméstico que tem uma avaria interna.

Na verdade, não é apenas o contacto elétrico com o condutor ou com a carcaça do receptor que causa os estragos, mas
estes dependem também das circunstâncias em que se efetuam esses contactos, nomeadamente: a resistência elétrica
do corpo humano (que varia de pessoa para pessoa; há pessoas que têm uma resistência elétrica de tal forma elevada
que conseguem tocar na fase despreocupadamente, sentindo apenas um ligeiro formigueiro); o trajeto da corrente
elétrica pelo corpo humano (o trajeto mais usual é entrar por um braço e sair pelas pernas que estão em contacto
com o chão, mas pode entrar pelo braço direito ou pelo braço esquerdo e pode sair por uma perna só, direita ou
esquerda, apanhando ou não o coração ou outro órgão mais sensível, etc.); o tipo de calçado usado pela vítima (se o
calçado for bastante isolador, a vítima pode não sentir nada); o corpo estar seco ou molhado (quanto mais húmido,
pior); etc..

Daquilo que acabámos de referir e do que é sugerido, resulta um conjunto de cuidados que é necessário ter com as
instalações elétricas:

 Se possível, não manipular aparelhos elétricos quando estiver descalço(a). Quanto mais isolador for o calçado,
melhor (a borracha é um excelente isolador).
 Se substituir fichas, tomadas, interruptores, desligue previamente o disjuntor respetivo.
 Nunca toque em pontos da instalação elétrica ou dos eletrodomésticos ligados, com as mãos húmidas ou molhadas.
 Se tem crianças em casa, verifique se as tomadas são „tomadas de obturador‟, isto é, com os alvéolos fechados, só
abrindo quando se introduzem os dois pernes (contactos) da ficha respetiva. Se não forem, substitua-as

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Curto-circuito

Um curto-circuito é uma avaria ou defeito na instalação elétrica e que consiste em, acidentalmente, o condutor de fase
tocar no condutor neutro.
Quando esse defeito ocorre, a corrente elétrica aumenta bruscamente para valores elevadíssimos (da ordem das
centenas ou milhares de ampères), provocando um enorme estrondo no local onde se deu o curto-circuito.
Se o circuito respetivo, onde se deu o curto-circuito, estiver convenientemente protegido (por um disjuntor ou por um
fusível), esse aparelho de proteção atuará rapidamente, cortando a corrente elétrica, num curto intervalo de tempo,
evitando assim males maiores para a instalação elétrica

Será possível evitar um curto-circuito?

Nem sempre é possível evitar os curtos-circuitos, mas podem ser criadas as condições para reduzir o número de
ocorrências. Algumas das ocorrências são devidas a descuidos do utilizador quando efetua uma reparação sem os
devidos cuidados, nomeadamente o de não desligar os aparelhos de proteção respetivos. A maioria das ocorrências é,
no entanto, provocada pelo envelhecimento do isolamento dos condutores elétricos, ao perderem as suas propriedades
isoladoras ou, então, devido ao envelhecimento dos equipamentos elétricos, provocando um contacto entre os
condutores. Nessa situação, se o condutor de fase estiver em contacto com o condutor neutro, ou muito próximo dele,
começam a formar-se pequenos arcos elétricos entre os dois condutores, os quais vão aumentando progressivamente
de intensidade, com o tempo, até provocarem um curto-circuito forte.

O que fazer então para evitar que estas situações ocorram?


Só há uma coisa a fazer que consiste em efetuar uma vistoria geral à instalação elétrica e substituir aquilo que houver a
substituir. Uma instalação elétrica normal dura muitos anos sem necessidade de substituição de qualquer componente
– pelo menos trinta anos, podendo mesmo durar outro tanto se não for mal utilizada, se não estiver em locais de risco
(humidade forte, temperaturas altas, existência de produtos químicos, etc.). O meu conselho será, portanto, no caso de
a instalação elétrica ter mais de trinta anos, o de contratar um eletricista para efetuar primeiro uma vistoria
geral e depois substituir aquilo que tiver de ser substituído (tomadas, pontos de luz, interruptores, comutadores,
condutores, disjuntores, quadro elétrico, etc.).
Feita a vistoria e eventual substituição de equipamentos, ficará o leitor e utilizador mais tranquilo durante vários anos!

Costuma dizer-se que ‘O seguro morreu de velho!’. Portanto, proteja-se e sugiro-lhe:


Boas Práticas Elétricas!

Protecção das Pessoas contra Contactos Indirectos

As RTIEBT (Regras Técnicas de Instalações Eléctricas de Baixa Tensão), de que falámos no artigo anterior,
definem os requisitos para este tipo de protecção, dos quais abordaremos a ligação à terra e a utilização de aparelhos
diferenciais.
Todas as massas metálicas das instalações (frigoríficos, máquinas de lavar, micro-ondas, etc.), bem como os
pólos de terra das tomadas (onde são ligados aparelhos com partes metálicas susceptíveis de serem empunhadas, como
por exemplo os secadores de cabelo), devem ser ligadas a um eléctrodo de terra, que deve ser executado de acordo
com o estabelecido nas normas e regulamentos aplicáveis e que referimos no artigo anterior.
É obrigatório que todas as novas construções sejam dotadas de um eléctrodo de terra, mas em instalações antigas
(anteriores a 1974) ou em instalações realizadas sem projecto e sem obedecerem aos actuais requisitos legais, esse
eléctrodo de terra não existe.
Para obviar a esta situação era vulgar ligar à terra os equipamentos localizados na cozinha através de um fio metálico
que era ligado a uma torneira, com o objectivo de utilizar o sistema de canalizações públicas de distribuição de água
(nos locais onde existiam) como eléctrodo de terra.
Esta prática não só não cumpre os preceitos legais, mas também, actualmente, é ineficaz, porque hoje em dia as
canalizações públicas de distribuição de água já
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não metálicas, mas em materiais plásticos, designadamente o PVC, que não são condutores.
A ligação à terra dos diversos circuitos é realizada através de um condutor específico para esse fim, e apenas para tal
utilização, incluído nos cabos
de alimentação dos circuitos. Esse condutor é designado por “PE” e é, obrigatoriamente, de cor verde/amarelo.
A primeira questão que se coloca é: como é que a ligação à terra protege as pessoas contra contactos
indirectos?
A ideia é que ao haver um contacto com uma peça metálica normalmente sem tensão a corrente eléctrica que circula
entre a fase e a terra provoque
o disparo dos aparelhos de protecção instalados nos quadros eléctricos (disjuntores e/ou fusíveis). Este tipo de defeito
designa-se por “curtocircuito fase-terra”.
Acontece que quando, no tipo de instalações que são consideradas neste artigo, há um curto-circuito fase-terra, o valor
da corrente eléctrica que se
estabelece é habitualmente muito baixo, da ordem das décimas ou centésimas de ampère (unidade de intensidade de
corrente – símbolo “A”), não
fazendo actuar as protecções anteriormente referidas.
Então, como complemento da ligação à terra para a protecção das pessoas contra contactos indirectos, utilizam-se
aparelhos de protecção sensíveis
àquela corrente (designada por “corrente diferencial residual”), que são os interruptores e disjuntores diferenciais.
A característica dos aparelhos de protecção diferencial que interessa para a protecção das pessoas contra contactos
indirectos é a sua
sensibilidade, isto é, o valor da corrente de curto-circuito fase-terra que é capaz de o fazer actuar e desligar o circuito
onde existe o defeito.
As RTIEBT determinam que a sensibilidade máxima dos aparelhos diferenciais deve ser 0,3 A (ou 300 mA, onde
“mA” significa “miliampère”) em
todas as situações, com excepção dos cilindros de aquecimento de água (termoacumuladores), onde a sensibilidade
máxima deve ser 0,03 A (30 mA).
Recomenda-se que a mesma sensibilidade seja utilizada nas tomadas e secadores de toalhas localizados nas casas de
banho.
É importante ter presente que o disjuntor de entrada da instalação, instalado pela EDP em Portugal, EDM em
Moçambique, quando existe, pode ser diferencial (o facto de ser diferencial ou não depende da potência contratada),
mas como, nesses casos, a sua sensibilidade é 0,5 A (500 mA), não pode ser utilizado como método complementar de
protecção das pessoas contra contactos indirectos. Por essa razão não é dispensável a instalação no quadro eléctrico de
disjuntores e/ou interruptores diferenciais, com as sensibilidades definidas nas RTIEBT.
Refiro por fim as tomadas nos locais onde estejam crianças ou o público em geral tenha acesso. Para evitar que seja
introduzida num dos pólos das tomadas uma peça metálica e provocar um curto-circuito fase-terra, aquelas tomadas
devem ter “alvéolos protegidos”. Neste tipo de tomadas o contacto com as partes da instalação com tensão só é
estabelecido se ambos os pólos da tomada forem, simultaneamente, pressionados.

Resumindo:
- Verifique se a sua instalação tem eléctrodo de terra e se os circuitos têm condutor PE. Se não tiverem, instale-os.
- Verifique se no quadro eléctrico existem aparelhos diferenciais com as sensibilidades atrás definidas. Se não tiverem,
instale-os.
- Se na sua habitação ou local comercial permanecerem crianças, ou existir a possibilidade de haver público em geral,
troque as suas tomadas por
tomadas com “alvéolos protegidos”.

IMIG 2020
Formador: João Carlos Cumbane -----Conceber circuitos de Comando em Residências
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AVALIACAO
RDA3

IMIG 2020

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