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ELECTRICIDADE INDUSTRIAL (CV5)

Módulo: Projectar Postos de Transformação Particulares (PPTPs)

Tema: Introdução Aos Postos de Transformação

Formador:
MSc.Lino Alfredo de Castro

Maputo : 15.06.22 castro_lac@yahoo.com 1


Rede Elétrica de Energia Inteligente

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Níveis de Potência Em BT Moçambique

Baixa Tensão Média Tensão Alta Tensão


BT≤1kV 1kV <MT≤66kV 66 kV<AT≤220 kV
Monofásica Trifásica
P≤ 13,8 KVA 13,8 KVA< P ≤ 41,4KVA

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Elementos de Um Projeto de Posto de Transformação
De acordo com as definições constantes no Regulamento de Segurança de
Subestações, Postos de Transformação e Seccionamento, considera-se:

1-Postos de Transformação (PT), as instalação de alta tensão cuja função é a


transformação da corrente eléctrica por um ou mais transformadores, sendo a corrente
secundária utilizada directamente pelos receptores

2-Postos de Seccionamento (PS), as instalação de alta tensão cuja função é a


manobra e seccionamento de linhas eléctricas;

3- Postos de Seccionamento e Transformação (PST), as instalações de alta tensão


que asseguram as duas funções.

6/15/2022
Posto de Transformação

O Regulamento de Segurança de Subestações, Postos de Transformação e de


Seccionamento (RSSPTS) no seu artº 6º define Posto de Transformação do seguinte
modo:

“Instalação de alta tensão destinada à transformação da corrente eléctrica por um ou


mais transformadores estáticos, quando a corrente secundária de todos os
transformadores for utilizada directamente nos receptores, podendo incluir
condensadores para compensação do factor de potência”.

De notar que a partir da definição não é necessário que a


tensão secundária caia no domínio da BT, mas sim que
essa corrente alimente directamente os receptores;
pense-se, nomeadamente, em motores de elevada
potência alimentados normalmente a 6 kV

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Classificação dos PTs Quanto ao Modo de Construção:
Em poste; todo o equipamento de média tensão é colocado em postes, são
utilizados nas redes rurais com tensões até 15 kV. Existem dois tipos normalizados pela
DGE – Direcção Geral de Energia, o tipo CA1 para potências até 250 kVA e o tipo CA2
para potências de 400 a 630 kVA.

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Classificação dos PTs Quanto ao Modo de Construção:

Em alvenaria; todo o equipamento de média tensão é colocado no interior, em celas cujas


paredes são construídas em alvenaria e dotadas de portas de rede.

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Classificação dos PTs Quanto ao Modo de Construção:

Em Monobloco

A situação comum é a da transformação média tensão/baixa tensão:


▪ 15/0,4 kV
▪ 10, 30, 6,6, 6 e 5/0,4 kV.

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Elementos de PT

O transformador é equipamento fundamental de


um posto de transformação (PT) ,mas como
instalação envolve elevados níveis de tensão e
energia, necessita naturalmente de um
conjunto adicional de aparelhagem tendente a
realizar as funções obrigatórias de comando,
seccionamento, contagem e protecção quer
de pessoas e animais, quer dos próprios
equipamentos e outros bens.

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Tipos de Transformadores

•Transformador de Distribuição

•Transformador de Corrente

•Transformador de Tensão

•Transformador de Isolamento

•Transformador de Compensação

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Locais de Instalação de PTs

Assim, adequando as instalações às diversas situações encontradas, é possível


classificar os postos de transformação quanto:
› à instalação
› ao modo de alimentação
› ao serviço prestado
› ao modo de exploração

Quanto à instalação, os PTs podem ser:


1. de interior
_ em edifício próprio
_ em edifício para outros usos

2. de exterior, ou à intempérie
Quanto ao modo de alimentação, serão dos tipos:
1. radial
2. em anel aberto
3. com dupla derivação

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Locais de Instalação de PTs

Assim, adequando as instalações às diversas situações encontradas, é possível


classificar os postos de transformação quanto:
› à instalação
› ao modo de alimentação
› ao serviço prestado
› ao modo de exploração

Quanto ao tipo de serviço prestado, dividem-se em:


1. públicos
2. Privados

Quanto ao modo de exploração, poderão ser de condução:


1. manual
2. automática

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Normalização de PTs

1. Postos de exterior, aéreos, montados em postes, PT-A:


a. A
b. AS
c. AI
I. AI1
II. AI2

2. Postos de interior, instalados em cabine alta, PT-CA


a. CA1 e CA1 (variante)
b. CA2

3. Postos de interior, instalados em cabine baixa, PT-CB


a. CBU
b. CBL

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Levantamento de Carga

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Potências Recomendadas e Factor de Simultaneidade
Factor de Simultaneidade Para Diversas Cargas

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Queda de Tensão

As quedas de tensão, desde a origem da instalação, para os circuitos de iluminação e


tomadas não devem ultrapassar os 3% e 5%, respetivamente [DGGE, 2006]

Instalações monofásica:

Instalações trifásica:

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Corrente de Serviço
Corrente destinada a ser transportada por um circuito em serviço normal.

Para o cálculo da corrente de serviço (IB), em circuitos monofásicos recore-se


à expressão:

Para o cálculo da corrente de serviço (IB), em circuitos trifásicos recorre-se à expressão

Onde:
IB– corrente de serviço[A];
P – potência total activa [W];
US – tensão simples/ fase [V];
cos φ – fator potência

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Correntes admissíveis

Condutores isolados a PVC, para:


dois condutores carregados de cobre
temperatura da alma condutora: 70°C
Quadros 52-C1
temperatura ambiente: 30°C

Para canalizações não


enterradas

Métodos
A- canalização Embebida
B- Canalização à Vista

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Correntes admissíveis
Condutores isolados a PVC, para:
três condutores carregados de cobre
temperatura da alma condutora: 70°C Quadros 52-C3
temperatura ambiente: 30°C

Para canalizações não


enterradas

Métodos
A- canalização Embebida
B- Canalização à Vista

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Correntes Admissíveis
Para canalizações enterradas, são indicados, no quadro 52-C30, os valores das
correntes admissíveis (método de referência D, indicado no quadro 52H)

Quadro 52-C30
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Proteções Contra Sobreintensidades
Escolha do valor de Iz

O valor de Iz é escolhido para que os materiais, condutores e isolamentos, sejam capazes de


aguentar o tempo necessário de funcionamento, em regime nominal, sem que seja
ultrapassada a temperaturamáxima de funcionamento.
Este tem de ser superior ao valor da corrente de serviço, condição de aquecimento: Is ≤ Iz.

Onde:
IB – corrente de serviço do circuito [A]
In – corrente estipulada do dispositivo de
proteção[A]
IZ – corrente admissível da canalização [A]
I2 – corrente convencional de funcionamento
do dispositivo de proteção [A]

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Alimentação de Motores

A potência dos motores é normalmente referida pela potência


útil (Pu) expressa em [kW], deste modo é necessário o cálculo
prévio da potência absorvida (Pab) à instalação eléctrica tendo o
conhecimento do valor do rendimento do motor (η)

Instalações em corrente contínua:

Instalações em corrente alternada monofásica:

Instalações em corrente alternada trifásica:

Para cargas cujo funcionamento está sujeito a sucessivos


arranques e paragens, como é o caso dos quadros das casas ▪ Ieq - é a intensidade de corrente equivalente em regime de
das máquinas dos elevadores. arranques sucessivos,para efeitos de dimensionamento das
canalizações;
▪ Ieqt - é a intensidade de corrente equivalente para um quadro que
alimente várias máquinas;
▪ Im - é a intensidade de corrente nominal do motor;
▪ Ia - é a intensidade de corrente de arranque do motor;
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Proteção Contra Curto-Circuitos (RTIBT 434.3.2)

O tempo de corte da corrente resultante de um curto-circuito que se produza em


qualquer ponto do circuito não deve ser superior ao tempo necessário para elevar a
temperatura dos condutores até ao seu limite admissível.

Para os curtos-circuitos de duração não superior a 5 s, o tempo necessário para que


uma corrente decurto-circuito eleve a temperatura dos condutores da temperatura
máxima admissível em serviço normal até ao valor limite pode ser calculado, numa
primeira aproximação.

A corrente estipulada do dispositivo de protecção contra os curtos-circuitos pode


ser superior à corrente admissível nos condutores do circuito.

t é o tempo, em segundos;
S é a secção dos condutores (𝑚𝑚2 );
Icc é a corrente de curto-circuito efectiva (valor eficaz)
K- constante,para condutores de alumínio e cobre com isolamento
PVC k=76 e k=115 respectivamente

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Proteção Contra Curto-Circuitos (RTIBT 543.1.1)

Valores de k para condutores de protecção constituintes de um cabo multicondutor

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Quedas de Tensão Máximas Admissíveis

As quedas de tensão máximas admissíveis nas canalizações desde a origem da


instalação até ao aparelho de utilização electricamente mais afastado, supostos
ligados todos os aparelhos de utilização que possam funcionar simultaneamente, em
conformidade com o Art.º 425 do RSIUEE, não deverá ser superior a:

▪ Colunas montantes: 1,0 %;


▪ Entradas: 0,5 %;
▪ Circuitos de alimentação de quadros: 2 %;
▪ Circuitos de iluminação: 3 %;
▪ Circuitos de tomadas e de equipamentos: 5 %.
▪ Circuitos de motores eléctricos no arranque: 10 %.

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Factor de Correção
Tabela para fator de correção(γ)

Tabela para fator de correção(β)

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Anexo

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Resistência da Terra

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Referências Bibliográficas

https://www.tecnel.co.mz/transformadores
https://www.voltimum.pt/artigos/licoes-de-electricidade/eletrotecnia-0

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