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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
ELETROTECNIA MINEIRA
DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA EÓLICO PARA PRODUÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA
Docente
__________________________
José Inácio
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA
ELETROTECNIA MINEIRA
DIMENSIONAMENTO DE UM SISTEMA EÓLICO PARA PRODUÇÃO DE
ENERGIA ELÉTRICA
Discentes
Docente
__________________________
José Inácio
Primeiramente a Deus, por proporcionar o momento desses agradecimentos, pelo dom da vida,
saúde e sabedoria concedida. Aos nossos familiares, em particular aos pais, pelo amor
incondicional e apoio financeiro.
Ao professor José Inácio, pelo tema sugerido, pois nos serviu de base para a obtenção de
conhecimento e uma maior compreensão da cadeira de eletrotecnia mineira.
Agradecemos aos nossos colegas e amigos de classe por terem disponibilizado parte do seu
tempo em diversas vezes para discutir assuntos relacionados a temática deste trabalho.
A realização deste trabalho não seria possível sem a colaboração de diversas pessoas, pelo que é
indispensável um agradecimento a todos os que contribuíram neste projeto direta ou
indiretamente.
Resumo
O trabalho vem acompanhado de uma maquete com a simulação de dados que irão caracterizar o
funcionamento de aerogeradores de eixo horizontal, geradores de energia elétrica, para o
abastecimento em uma comunidade, no município do Tombua, populações que não têm ainda o
acesso direto a energia elétrica por vários fatores.
Estruturação
Para um melhor entendimento, este trabalho encontra-se dividido em 3 capítulos, sendo estes:
1.3. Justificativa................................................................................................................ 6
6. BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................... 21
INTRODUÇÃO
1.2. Hipóteses
Com os dados obtidos, pode haver uma alternativa para esta comunidade. Se o
abastecimento de energia elétrica pelo método convencional é desvantajoso, por situações da
geografia e não só, ao mesmo tempo se torna vantajosa para gerar energia elétrica a partir da
eólica pelo mesmo motivo. Tombua situa-se na zona sudeste de angola onde há considerável
massas de vento. Partindo do pressuposto de que este método tem diversas vantagens sobre o
método convencional, pode se afirmar que este sistema é viável para esta comunidade.
1.3. Justificativa
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2. CAPÍTULO 1 - Histórico e Evolução. Energia eólica
A adaptação dos cata ventos para energia elétrica teve início no final do século XIX. O
responsável por essa adaptação foi Charles F. Bruch, no ano de 1888, tratava-se de uma cata vento
que fornecia 12 kW em corrente contínua para carregamento de baterias, as quais forneciam
energia para 350 lâmpadas incandescentes. A primeira turbina eólica comercial ligada à rede
elétrica foi instalada em 1976, na Dinamarca.
2.1.Energia Eólica.
Também chamada de energia dos ventos, a energia eólica é a energia cinética contida nas
massas de ar( vento), que tem condições de ser aproveitada e utilizada na geração de energia
elétrica, por meio da indução eletromagnética, ou seja, por meio da conversão da energia cinética
de translação em energia cinética de rotação, para trabalhos mecânicos como bombeamento de
água e trituração de grãos. O processo para aproveitamento da energia eólica depende dos
aerogeradores, que são os equipamentos utilizados para, a partir do contato com o vento,
rotacionarem e gerarem outras formas de energia, como a elétrica por exemplo.
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Como foi mencionado anteriormente, a energia renovável tem como fonte primária de
energia recursos que se “restauram” a uma velocidade superior à do seu consumo, e nesta
transformação de energia eólica pra energia elétrica não são gerados gases de efeito estufa, sendo
assim uma fonte de energia limpa, ou seja, são consideradas “amigas do ambiente” ou energias
limpas por reduzirem a emissão de CO2, o grande responsável pelo aparecimento da camada de
efeito estufa.
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arraste)”. Porém a classificação mais usual é em eixo vertical ou horizontal, tanto turbinas de
eixo vertical e horizontal sofrem ações de forças de araste e de sustentação.
Como se pode observar, o vento ao embater nas pás transfere a energia cinética do vento
para as pás, transformando-a em energia mecânica de rotação do rotor. Esta energia mecânica é
convertida em eletricidade utilizando o gerador. Para que a energia cinética do vento seja extraída
e transformada em energia elétrica são necessárias várias etapas. Essas etapas são realizadas por
alguns componentes como caixa multiplicadora, gerador síncrono ou assíncrono, dentre outros.
• Torre – é o principal componente que suporta a cabine e o rotor, esta pode ter mais de
cem metros de altura e é normalmente fabricada de aço ou betão. O propósito da torre ser
alta surge na necessidade de se aproveitar os ventos menos turbulentos e de maior
velocidade, aumentando assim o rendimento de conversão.
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• Cabine ou Nacelle – é onde estão alojados os principais componentes para a produção
de energia e segurança do aerogerador, tais como o gerador, travão, caixa de velocidades
(quando existe), mecanismos de orientação (sistema de Yaw), anemómetros, entre outros;
• Rotor – este é o elemento de fixação das pás que transmite a rotação para a caixa de
velocidades ou no caso de esta não existir para o rotor do gerador. As pás no rotor podem
ter um sistema de controlo do ângulo tipo Pitch onde variam o ângulo de ataque da pá para
melhor aproveitar a energia do vento;
• Pás (blades) - são o elemento responsável pela conversão da energia do vento em energia
mecânica (rotação);
• Sistema de controlo do ângulo das pás (pitch system) é o sistema responsável por
controlar o ângulo de ataque das pás;
• Caixa de velocidades (gearbox) transforma a baixa rotação no eixo primário para uma
rotação mais elevada no eixo secundário;
Além de estes componentes, existem outros como: sistemas de controlo, essenciais para a
operação do aerogerador; o transformador que converte a baixa tensão produzida pelo gerador
numa tensão idêntica à rede da elétrica e outros.
3.2.Turbulências no Fluxo do Ar
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3.3. Influência do Efeito de esteira
A geração de energia eólica deve considerar fatores como o efeito de esteira, que gera uma
queda na velocidade do vento, além do aumento de turbulência. Esse efeito é gerado pela passagem
do ar pela turbina, dessa forma, as turbinas a jusante do fluxo de vento são afetadas. A esteira não
apenas gera esforços adicionais na estrutura, como também provoca uma redução na eficiência na
produção de energia. Assim esse projeto busca estudar o efeito de esteira para um conjunto de
modelos de turbinas, analisando o efeito do layout do arranjo de turbinas nos esforços sofridos
pelo modelo, bem como a potência gerada
A quantidade de eletricidade que pode ser gerada pelo vento depende de quatro fatores: da
quantidade de vento que passa pela hélice, do diâmetro da hélice, da dimensão do gerador e do
rendimento de todo o sistema. A quantidade de energia disponível no vento varia de acordo com
as estações e os horários.
A energia eólica utilizada para geração de energia elétrica ´e a energia cinética E do vento
que se desloca com certa velocidade v que ´e dada pela Equação.
1
𝐸 = . 𝜌. 𝐴. 𝑣 3 . 𝑡
2
onde p é a massa específica do vento, A, a área das pás v a velocidade e t o tempo.
12 | P á g i n a
4.1.1. Velocidade do Vento
𝒉 𝒏
𝒗 = 𝒗𝒐 ( )
𝒉𝒐
h – Altura desejada
n – Fator de rugosidade do vento, que varia de 0,1 (terrenos lisos) a 0,3 (zonas urbanas)
Substituindo a equação de v´ na
equação da Potência, demonstra-se
a origem da seguinte equação,
13 | P á g i n a
A expressão dentro de chavetas representa, o (Cp) Coeficiente de potência. O limite de
Betz indica que, mesmo para os melhores aproveitamentos eólicos (turbinas de 2 ou 3 pás de eixo
horizontal), recupera-se apenas um máximo de 59% da energia do vento, o que significa que Cp
máximo (teórico) é, aproximadamente, 0,59. Portanto, a fórmula da do vento é dada:
𝑑𝐸 1
𝑃= = 𝜌. 𝐴. 𝑣 3 . 𝐶𝑝
𝑑𝑡 2
Onde:
P - Potência (elétrica) do vento [W];
Cp - Coeficiente de potência ou coeficiente de betz;
➢ Limite de Betz :cp-59% ou seja 0 a 0,59
ρ - Massa específica (densidade do ar) do ar: 1,23 [kg/m3];
A - Área seção transversal [m2];
v - Velocidade do vento [m/s].
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4.2. Sistema de conversão de velocidade variável limitada
Das 18 províncias Angolanas, destaca-se a província do Cuanza Sul não só com cerca de
300 MW de potenciais projectos, mas também por ser a província na qual se identificou o projeto
com o mais baixo custo de geração – Projeto Eólico da Quitobia 100 MW - a confirmar através
de medições no terreno. Para os 604 MW de projectos prioritários, foi calculado o custo nivelado
de energia. Este cálculo teve por base o projeto preliminar de cada um dos 13 projectos, tendo-se
determinado a capacidade anual de geração de energia (MWh/Ano), o custo médio de
investimento (CAPEX), tendo como referência consulta de preços ao mercado para o
fornecimento de turbinas, linhas elétricas, subestações e acessos e, por último, o custo médio de
operação e manutenção dos parques eólicos por 20 anos (OPEX).
Com estes resultados, foram gerados 3 cenários de custo médio de capital que dependerá
das garantias que vierem a ser dadas aos investidores e das fontes de financiamento (5%, 11% e
15% de custo médio ponderado de capital). No cenário intermédio (11%), existem mais de 300
MW de projectos abaixo dos 150 USD/MWh, maioritariamente na província do Cuanza Sul. De
referir também, que no cenário mais agressivo a potência com custo inferior a 150 sobe para 584
MW.
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No cenário intermédio (11%),
existem mais de 300 MW de
projectos abaixo dos 150
USD/MWh, maioritariamente na
província do Cuanza Sul. De referir
também, que no cenário mais
agressivo a potência com custo
inferior a 150 sobe para 584 MW.
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CAPÍTULO 3: PROJECTO – Modelo real X Modelo reduzido
A aplicação deste sistema de geração de energia através de meio eólico se dará á um nível
residencial com consumo médio de 500 kWh/Mês, com isso será necessário adquirir equipamentos
para que se possa suprir a maior parte possível deste consumo, sendo que o consumo por parte da
população do município do Tombua em que se pretende implantar este projeto não é muito alto.
Para se ter uma ideia, Tombua é habitado por xxx mil habitantes e maior parte deste número
corresponde a pescadores. Zona desértica e árida
4.5.Escolha do aerogerador
Primeiramente foram avaliados os aerogeradores existentes, chegando-se a conclusão de que será
utilizado o aerogerador Air Breeze Land;
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4.6.Escolha da Bateria para o armazenamento
Para este tipo de sistema adaptou-se a bateria Moura Clean pela sua viabilidade e durabilidade,
com 12 v 105Ah, e vida útil de 5,47 anos á um nível de descarga de 20%. Segue também, conforme
tabela 4 as especificações técnicas das baterias.
4.7.Escolha do inversor
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
- A pouca utilização do sistema eólico a nível de Angola se deve a dois fatores principais,
primeiramente pela a fraca potência proveniente dos ventos, um fator importantíssimo para o bom
funcionamento do sistema. A segunda é a política governamental, que atualmente não incentiva a
geração de energia subsidiando as tarifas sobre estas fontes de energia.
- A instalação deste sistema em locais de difícil acesso tem vantagem comparada ao sistema de
redes de energia elétrica convencional, onde requer maior investimento na construção da rede
elétrica, com a análise correta das características do local e o mesmo sendo favorável a instalação
de aerogerador, é possível a redução do prazo de retorno do investimento.
5. BIBLIOGRAFIA
[1] - El Chaar, L., Lamont, L. A., Elzein, N. (2011) “Wind Energy Technology – Industrial
Update”, IEEE;
[8]- Picolo, A., Bühler, A., Rampinelli, G, (2014) “Uma abordagem sobre a energia eólica como
alternativa de ensino de tópicos de física clássica”, Revista Brasileira de Ensino de Física, Vol.36;
[12] https://angolaenergia2025.gestoenergy.com/pt-pt/conteudo/energia-eolica
[13] file:///C:/Users/hp/Downloads/265533%20(1).pdf
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