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RESUMO

Sergipe tem um enorme potencial de uso de energia solar fotovoltaica,


levando em consideração que todo o seu território apresenta uma boa taxa de
incidência de luz solar. Com a chegada das RN 482/2012 E 687/2015,
ocorreram mudanças que possibilitou o crescimento da utilização da energia
fotovoltaica no país. A finalidade deste trabalho é apresentar uma solução
sobre a ineficiência de compensação entre geração e consumo de energia
elétrica, propondo uma readequação técnica de acordo com as normas e leis
vigentes. O estudo de caso realizado neste trabalho, mostrou que foi
necessário um redimensionamento do sistema instalado e verificado que a
orientação e inclinação do posicionamento dos módulos fotovoltaicos estavam
inadequados, dessa forma, não compensando o consumo de energia elétrica e
gerando custos desnecessários para o cliente.

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS


W = Watts.

KW = 10³ W.

MW = 10⁶ W.

GW = 10⁹ W.

m² = Metro Quadrado.

m = Metro.

% = Porcentagem.

n° = Número.

V = Volts.

A = Ampère.

e = Elétron.

UV. = Radiação Ultravioleta.

PVC = Policloreto de Vinila.

XIX = 19.

EPE = Empresa de Pesquisa Energética.

ANP = Agência Nacional de Petróleo.

BEN = Balanço Energético Nacional.

UOL = Empresa Universo Online.

MDL = Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.

ONU = Organização das Nações Unidas.


ANEEL = Agencia Nacional de Energia Elétrica.

ESO = O Observatório Europeu do Sul.

EIA = Administração de Informação de Energia Norte Americana.

CA = Corrente Alternada.

CC = Corrente Continua.

UC = Unidade Consumidora.

CPF = Cadastro de pessoa física.

CNPJ = Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica.

GD = Geração Distribuída.

GC = Geração Convencional.

DPS = Dispositivos de proteção contra surtos.

IP = Graus de proteção.

Pmax = Potência máxima dificilmente atingida (variação de temperatura,


nuvem).

Vmp ou Vmpp = Tensão máxima de operação.

Imp ou Impp = Corrente máxima de operação.

Voc = Tensão em circuito aberto.

Isc = Corrente de curto circuito.

MPPT = Controle de ponto de potência máxima.

MLPE = Eletrônica de energia a nível de módulo.

ART = Assinatura de Responsabilidade técnica.

CFT = Conselho Federal dos Técnicos Industrias.


CRESESB = Centro de referência de energia solar e eólica Sergio Salvo
de Brito.

DPS = Dispositivo de Proteção contra surtos.

INPE = Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais.

NOCT = Temperatura Nominal de Operação da Célula.

STC = Condição de Teste Padrão.


1. INTRODUÇÃO

A procura por energias renováveis e que preservem o meio ambiente,


tem feito o uso da energia fotovoltaica crescer disparadamente, ademais,
outros fatores contribuem para o crescimento da energia fotovoltaica no Brasil,
a crise hídrica que encareceu o preço da energia, é um dos exemplos, como
também o custeio das placas fotovoltaicas com prazos de pagamentos longos
e juros mais baixos.

A energia fotovoltaica obtém características que não estão disponíveis


em outras energias: pode ser empregue em qualquer lugar, gera sua própria
eletricidade, dessa forma não há necessidade de levar a energia para outro
lugar, por meio de redes de distribuição ou pontos de transmissão. Ademais,
pode ser usada em quase todo o território nacional.

Até 2010 não existia regulamentação sobre o uso da energia


fotovoltaica. A ANEEL em 2012 criou RN 482/2012, criando as modalidades de
mini e microgeração, permitindo que as unidades consumidoras produzam a
energia em sua residência, por meio de pequenos geradores, ademais, foi
criado o sistema de compensação de energia. Com a chegada da RN
687/2015, teve a criação de novas modalidades de Geração Distribuída,
ademais, houve alterações que impactou diretamente na microgeração e
minigeração, aumento do prazo para o uso dos créditos, que passou de 36
meses para 60; a potência permitida para microgeração era de até 100KW,
passando para até 75KW, e para minigeração, era permitido de 100KW até
1MW, passando para de 75KW até 5MW.

No trabalho vamos abordar, a origem da energia solar, onde será


abordado a descoberta do efeito fotovoltaico pelo francês Alexandre em 1839,
em 1883 a criação da primeira célula fotovoltaica por Charles Fritts, o
processamento de dopagem do silício por Calvin Fuller, a criação da célula
moderna dando início a era moderna da energia solar por Russell , as primeiras
utilizações dos painéis solares que foram no espaço em 1958 e a primeira casa
alimentada por painéis solares em 1973, será apresentado as energias
renováveis que é composta por: hidrelétrica, eólica, biomassa e solar, e as não
renováveis, como combustíveis fosseis e nucleares, e suas respectivas
porcentagens na matriz energética brasileira, dando ênfase na energia solar e
suas vantagens e desvantagens. Nas células fotovoltaicas, iremos tratar dos
tipos de silício (semicondutor mais utilizado) e o processo de fabricação dos
módulos fotovoltaicos, como se dá o efeito fotovoltaico, funcionamento da
célula e sua eficiência, dando destaque ao silício monocristalino e policristalino.

Será abordado também sobre os painéis fotovoltaicos a inclinação ideal


para que as placas consigam ter maior eficiência, e a melhor orientação para
os painéis para que não ocorra nenhum empecilho durante a geração, além
mais, será tratado o assunto de segurança, normas e os ricos do trabalho com
eletricidade.

Logo em seguida será feita a descrição do inversor grid-tie e a


comparação com o micro inversor, os seus funcionamentos juntamente com o
sistema de cabeamento da rede (AC) e rede (CC) e conexão dos mesmos, a
citação da string-box responsável pela proteção do sistema fotovoltaico
previsto pela NBR 16690, e para a proteção de sobrecargas externas e
internas do sistema. Existem os modelos de instalação dos tipos de DPS’s que
atuam como fuga de corrente para o sistema de aterramento, para a proteção
do sistema (AC), existe os disjuntores que serão especificados de acordo com
o seu uso, e para a proteção do sistema de alimentação existe o anti-
ilhamento.
A readequação além de mostra todo o dimensionamento sistemático,
traz as falhas do sistema apresentado ao longo do tempo. Relatando o seu
principal problema e como corrigir a deficiência do sistema fotovoltaico. O
grande desafio deste projeto, foi orientação e correção da radiação solar dos
módulos fotovoltaicos em relação a sua localidade, e trazendo junto o mau
dimensionamento dos condutores não seguindo o mínimo previsto segundo a
NBR 1669, por consequência, gerando uma baixa eficiência energética solar
fotovoltaica. Além do acompanhamento do telhado do local, demonstrando uma
péssima otimização em relação da energia injetada pelas placas, seguido pelos
efeitos de maus posicionamentos da inclinação dos módulos, baseando-se
como uma melhor referência o norte geográfico, tendo assim, uma melhor
incidência de raios solares, e sendo necessário também o acompanhamento do
projeto elétrico já que foi necessária a readequação do projeto elétrico para
suportar o dimensionamento da energia solar fotovoltaica.
2. Justificativa

Devido à grande ocorrência de projetos mal dimensionados, diversas


pessoas acabam ficando insegura em relação a implantação de um sistema
fotovoltaico eficiente e seguro. Esta insatisfação levou a motivação para o
desenvolvimento de um estudo de caso, em que abordaremos uma
fundamentação teórica concisa e posteriormente a aplicação dos conceitos
afim de solucionar o problema de compensação de energia elétrica e
consequentemente garantir a satisfação dos clientes.
3. Objetivos

3.1 Objetivo Geral

O objetivo deste trabalho é apresentar uma visão concisa sobre a


energia solar fotovoltaica, suas aplicações, funcionamento, além de propor uma
readequação através de redimensionamento do sistema fotovoltaico de uma
unidade consumidora de categoria B1

3.2 Objetivos Específicos

 Apresentar os princípios de um sistema solar fotovoltaico on grid.


 Analisar a ineficiência de compensação de energia elétrica do
sistema fotovoltaico instalado na residência analisada.
 Redimensionar o sistema fotovoltaico através de projeto elétrico e
relacionar com o sistema instalado na residência.
 Verificar soluções viáveis para correção de compensação de
energia elétrica.
4. METODOLOGIA

5. ORIGEM DA ENERGIA SOLAR

Em 1839, após a descoberta do efeito fotovoltaico pelo físico francês


Alexandre Edmond Becquerel, e depois que Charles Fritts criou a primeira
célula fotovoltaica em 1883, surgiu a energia solar. Após uma série de
acontecimentos (incluindo o prêmio Nobel para Einstein), quando Calvin Fuller
elaborou o processamento de dopagem do silício e Russell Shoemaker Ohl
criou a célula solar moderna, dando início a era moderna da energia solar em
1954. (PORTAL SOLAR, 2021).

Figura 1: Primeira placa solar de silício.

Fonte:https://www.strombrasil.com.br/a-historia-da-energia-solar-fotovoltaica/

Algumas das primeiras utilizações dos painéis solares foram feitas no


espaço, começando em 1958, quando o satélite Vanguard I foi lançado em sua
viagem espacial com um painel minúsculo, de 1 Watt, para alimentar o seu
rádio. Já em 1973, foi construída a primeira casa alimentada por energia solar,
realizado pela Universidade de Delaware, nos EUA, e batizada de “Solar One”
(Primeira Solar). (BLUE SOL, 2019).

Essa produção de energia tem a grande vantagem de ser simples e


confiável. Onde as redes elétricas tradicionais não existem, é uma fonte de
energia atraente. Além disso esses sistemas são isentos de poluição e são
adequados também para integrar no meio urbano, por poderem ser aplicados
de diferentes maneiras.
Figura 2: Matriz Energética Brasileira.

Fonte:https://www.epe.gov.br/pt/abcdenergi
a/matriz-energetica-e-eletrica

6. ENERGIA NÃO RENOVÁVEL

Fontes de energia não renováveis são aquelas fontes de energia que


dependem de processos geológicos em escala de tempo. Isso indica que, caso
sejam esgotadas, levarão muito tempo para se formarem novamente.
(ECYCLE, 2015).

6.1 Combustíveis Fósseis


Figura 3: Extração de Petróleo
Fonte:https://envolverde.com.br/ceara-nao-sera-o-paraiso-dos-combustiveis-fosseis/

São restos orgânicos (animais e plantas) que se amontoaram na crosta


terrestre ao passar dos anos. Entre eles estão: petróleo, carvão, xisto, betume
e gás natural. A queima desse combustível libera uma grande quantidade de
gases danosos, afetando o efeito estufa e o aquecimento global.

6.1.2 Combustíveis Nucleares


Figura 4: Usinas de Energia Nuclear

Fonte: https://fsm2009amazonia.org.br/energia-nuclear-no-brasil/

É originado de materiais radioativos, a obtenção vem dá fissão de


átomos de tório e urânio. O custo de geração de eletricidade é alto e muito
complexo. Além de produzir poluição térmica, existe um alto risco de
contaminação radioativa.

6.2 ENERGIA RENOVÁVEL

Os tipos de energia renovável incluem energia solar, hídrica, biomassa e


eólica. Embora as energias renováveis tenham a vantagem de um
fornecimento ilimitado de longo prazo, geralmente dependem de questões
climáticas. (ORIGO ENERGIA, 2021).

Hidrelétrica - É a fonte mais utilizada no Brasil, obtida da água


armazenada em barragens para geração de energia.

Figura 5: Usina Hidrelétrica de Xingó

Fonte:https://www.poder360.com.br/governo/governo-quer-nova-taxa-a-hidreletricas-para-
revitalizar-rio-sao-francisco/

Eólica - O vento gira as pás da turbina, o movimento giratório do gerador


converte a qualidade do ar em energia elétrica.

Figura 6: Energia Eólica


Fonte:https://theonebrief.com/latam/portugues/post/energia-eolica-expansao-e-riscos-
de-uma-tendencia-natural/

Biomassa - proveniente de materiais orgânicos, como cana-de-açúcar,


resíduos florestais e residenciais. Obtido por meio de um processo de
fermentação em um digestor anaeróbico.

Figura 7: Biomassa

Fonte: https://autossustentavel.com/2017/07/biomassa.html

Energia solar – Proveniente da luz do sol, através de placas


fotovoltaicas, é dada o processo de obtenção de energia, convertendo os raios
em eletricidade.
Figura 8: Placas Fotovoltaicos

Fonte:https://www.enersolar.eng.br/noticias/como-funciona-a-captacao-de-energia-solar/

Figura 9: Crescimento da energia solar


Fonte: https://www.absolar.org.br/mercado/infografico/

Com o passar dos anos, a evolução da Energia Solar é nítida. O Instituto


de Tecnologia de Massachusetts, realizou um estudo e concluiu que até 2050 a
porcentagem de utilização da Energia Solar irá crescer absurdamente, isso se
dá por conta do aumento da acessibilidade e pela queda do valor dos painéis
solares.

6.2.1 VANTAGENS E DESVANTAGENS DA ENERGIA


SOLAR

Vantagens da Energia Solar Desvantagens da Energia


Solar
A energia solar não polui, é Alto custo de aquisição
renovável, limpa e sustentável
Energia alternativa ao Não gera energia à noite
petróleo

A energia solar é silenciosa Falta de Incentivos no Brasil


É uma fonte de energia Sistema Anti-ilhamento
gratuita
A energia solar fotovoltaica
é o sistema de autogeração mais
barato
Necessidade mínima de
manutenção
Fácil de instalar e barata de
manter
Vida útil de mais de 25
anos, pagando-se em até 7 anos
Economia de até 95% da
conta de luz
7. TIPOS DE GERAÇÃO

A microgeração e a minigeração distribuída compreender a produção de


energia elétrica a partir de modestas centrais geradoras que utilizam fontes
renováveis de energia elétrica ou cogeração qualificada, conectadas à rede de
distribuição por meio de instalações de unidades consumidoras. (ANEEL,
2016).

7.1 MICROGERAÇÃO

A Microgeração de Energia Distribuída é caracterizada por uma central


geradora de energia elétrica, com potência instalada menor ou igual a 75 kW e
que utilize fontes de energia renovável. (ANEEL, 2021).

Figura 10: Residência com Microgeração.

Fonte:https://g1.globo.com/sp/ribeirãopretofranca/especialpublicitario/envo/noticia/2019/05/13/e
nergia-solar-residencial-descubra-10-motivos-para-investir.ghtml

7.1.2 MICROGERAÇÃO NO BRASIL


Figura 12: usabilidade entre minigeração e microgeração
Fonte: https://canalsolar.com.br/microgeracao-representa-cerca-de-80-da-gd-solar-no-brasil/

De acordo com a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), cerca


de 4,65 GW dos 5,59 GW da potência instalada de Geração Distribuída
fotovoltaica são de projetos de microgeração. Deste valor de 4,65 GW, cerca
de 2,24 GW são produzidos por residências (48,2%) e 1,54 GW por
estabelecimentos de comercialização (33,1%). O resto (18,7%) é de setores da
indústria, zona rural, poder público, serviço público e iluminação pública. (Canal
Solar, 2021)

Ainda de acordo com os números da ANEEL, a microgeração está em


todo país, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, onde a potência solar
instalada a partir de pequenas propriedades é de 1,68 GW e 1,16 GW,
respectivamente. O Nordeste vem logo atrás, com 0,82 GW, seguido pelas
regiões Centro Oeste (0,72 GW) e Norte (0,26 GW). (Canal Solar, 2021).

Com a popularização da Geração distribuída nos últimos anos, o gráfico


mostra que a microgeração é a predominante com quase 80% de toda a
Geração distribuída do país.
7.1.3 FUNCIONAMENTO DA MICROGERAÇÃO
Figura 13: Sistema de Microgeração Distribuída

Fonte:https://www.portalsolar.com.br/blog-solar/uncategorized/por-que-querem-impedir-o-
crescimento-da-energia-solar-fotovoltaica.html

1. Módulos Fotovoltaicos – Captar e Converter a energia da luz solar


em energia elétrica (corrente contínua).
2. Inversor Fotovoltaico de String – Responsável pela transformação
da energia gerada pelas placas (corrente contínua) em energia
que pode ser utilizada na residência (corrente alternada).
3. Quadro de Distribuição Geral – Responsável pela conexão do
sistema fotovoltaico ao sistema de distribuição de energia.
4. Consumo – Aparelhos elétricos da residência que irá consumir a
energia gerada pelo sistema fotovoltaico.
5. Medidor Bidirecional – Contabilizar o que foi produzido e
consumido.
7.2 MINIGERAÇÃO

A Minigeração de Energia Solar é uma central geradora de energia solar


fotovoltaica, com potência instalada superior a 75 kW e menor ou igual a 5 MW.
(EDP Brasil, 2018).

Figura 11: Usina com Minigeração.

Fonte:https://energiahoje.editorabrasilenergia.com.br/cemig-sim-compra-49-de-participacao-
em-sete-usinas-de-micro-e-minigd/

8. TIPOS DE SISTEMA

A energia solar fotovoltaica é aquela capaz de produzir eletricidade a


partir da luz do sol. Dois tipos de sistemas existem: O conectado à rede (On
Grid) e o não conectado à rede (Off Grid). (STROM BRASIL, 2021).

8.1 ON GRID

É o tipo de sistema que é conectado à rede pública, possuindo um


inversor interativo que converte a energia solar em elétrica e envia o excesso
para a rede elétrica, este envio ocorre quando o sistema fotovoltaico produz
mais do que é consumido pela propriedade, dessa forma gerando créditos que
podem ser utilizados em até 60 meses. (G5 SOLAR, 2020).

Figura 14: Sistema On Grid

Fonte: https://respostas.sebrae.com.br/energia-solar-qual-a-diferenca-entre-sistemas-
on-grid-e-off-grid/

8.2 OFF GRID

São sistemas autônomos, ou seja, não dependem da rede de


distribuição de energia elétrica, se sustentam através de baterias, que são seus
dispositivos de armazenamento. (ECYCLE, 2021).

Figura 16: Sistema Fotovoltaico Off Grid


Fonte: http://gridsolaris.com.br/portal/servicos-2/sistema-off-grid/

8.3 Vantagens do sistema On grid

A sua residência não fica sem energia se o sistema solar apresentar


problemas, já que está conectado à rede.

O cliente ganha créditos que terá compensação na conta de energia,


caso toda energia gerada não seja utilizada.

Caso o proprietário tenha outros endereços que esteja no nome dele, os


créditos podem ser compensados nesses endereços.

Em relação ao sistema off grid, o custo é mais baixo, ademais, não


precisa de baterias, sendo mais sustentável.

8.4 Desvantagens do sistema on grid

A energia captada, não é armazenada.

Em casos de falta de energia elétrica não há funcionamento do sistema


fotovoltaico.

A companhia de energia elétrica cobra um custo de disponibilidade, que


é a taxa mínima paga por disponibilizar a energia no ponto de consumo.
Há um custo de disponibilidade cobrado pela fornecedora de energia
elétrica, que é a taxa mínima por disponibilizar a energia.

8.5 Vantagens do sistema off grid

1. Em locais que a rede elétrica não alcança, o sistema off grid pode
ser instalado.
2. A energia gerada pode ser armazenada, utilizando a noite.

8.6 Desvantagens do sistema off grid

1. Em relação ao sistema on grid, o custo é maior.


2. Apresenta menor eficiência energética.
3. O sistema para funcionar depende de baterias, prejudicando o
meio ambiente.

9. MODALIDADES DA GERAÇÃO DISTRIBUÍDA

9.1 Consumo Próprio

A energia gerada e os créditos excedentes são utilizados apenas no


local de geração. É instalado no mesmo endereço, e no mesmo ponto de
conexão com a rede da distribuidora, que uma Unidade Consumidora (UC)
existente. (SOMA+, 2020).

Figura 17: Residência com Sistema Fotovoltaico para próprio consumo


Fonte:https://www.google.com/amp/
s/multitechecosystems.com.br/5-motivos-para-investir-em-energia-solar-na-sua-casa/

Nessa modalidade, não é possível a transferência de créditos para


outras UC’s, pois o sistema gera a energia que será utilizada para o próprio
consumo da UC.

9.2 Autoconsumo Remoto

O Autoconsumo Remoto se caracteriza por unidades consumidoras que


são de um mesmo CNPJ (podem ser unidades inscritas com CNPJ matriz ou
CNPJ filial), ou estão sob titularidade uma mesma pessoa física (CPF), estando
todas as UCs na mesma área de concessão (UCs na mesma da distribuidora).
(ENERGÊS, 2020).

Figura 18: Autoconsumo Remoto.


Fonte: https://supernovaesolar.com.br/cgi-sys/suspendedpage.cgi

Esta modalidade é aplicada para o consumidor que tenha mais de uma


UC em seu nome, desejando participar de um sistema de Geração Distribuída.

9.3 Empreendimento com múltiplas UC’s

São unidades horizontais e verticais que podem instalar sua geração


distribuída e compartilhar os créditos entre os condôminos. Essa é uma
modalidade também muito conhecida como “GD de Condomínio” e foi
instaurada em 2015. (SOMA+, 2020).

Figura 18: Empreendimento com várias Unidades Consumidoras.

Fonte:https://blog.bluesol.com.br/multiplas-unidades-consumidoras/amp/
Essa modalidade, é aplicada a UC's que possam ter possuintes
diferentes, pertencendo ao mesmo condomínio ou empreendimento.

9.4 Geração Compartilhada

O compartilhamento de energia deve ser feito por um grupo de pessoas


físicas ou jurídicas, por meio de consórcio ou cooperativa e que estejam em
locais atendidos pela mesma rede distribuidora de energia. (ALBA ENERGIA
SOLAR, 2020).

Figura 19: Modalidade de Geração Compartilhada.

Fonte:https://www.dusolengenharia.com.br/post/3-modalidades-de-geracao-de-energia-
compartilhada/

Nesta modalidade, é permitida a transferência de créditos para outras


unidades consumidoras.

10. CÉLULAS FOTOVOLTAICAS


Figura 20: Células Fotovoltaicas de silício.
Fonte: https://www.portal-energia.com/principais-tipos-de-celulas-fotovoltaicas-constituintes-de-

paineis-solares/

A célula fotovoltaica, é responsável por converter a energia da luz solar


diretamente em energia elétrica por meio do efeito fotovoltaico. (PORTAL
SOLAR, 2021).

 O efeito se dá através de semicondutores, sendo que o mais utilizado


no caso de sistemas fotovoltaicos é o silício. Basicamente, existem alguns
materiais que produzem eletricidade quando são expostos à luz.  Isso acontece
quando a luz atinge alguns dos elétrons soltos dos seus átomos hospedeiros.
Quando incluímos material condutor aos lados positivo e negativo do material
para formar um circuito, torna-se possível “canalizar” essa energia elétrica
gerada. (SOLSTÍCIO ENERGIA, 2017).

Figura 21: Funcionamento da Célula Fotovoltaica.


Fonte:https://blog.bluesol.com.br/celula-fotovoltaica-guia-completo/TIPOS

Os fótons atingem a célula, reagindo com os átomos de silício dopado e


fazendo com que os elétrons do lado negativo se soltem, esses elétrons não
passam exatamente para o lado positivo, e vice versa, por conta que existe um
campo elétrico que se cria nessa área de junção. Dessa forma, a única
passagem para eles é por meio da estreita grade que une as camadas e que
cria a corrente elétrica que chamamos de energia solar fotovoltaica.

10.1 TIPOS DE CÉLULAS FOTOVOLTAICAS

10.1.1 Célula Fotovoltaica de Silício Cristalizado


Figura 22: Silício Cristalizado purificado.
Fonte:https://www.luxnova.com.br/principais-tipos-celulas-fotovoltaicas/

Os painéis solares utilizam dois tipos de silício, para criar cargas


positivas e negativas, para criar a positiva, é feita uma combinação do silício
com o fósforo e para criar a negativa, o silício é combinado com o boro. Essa
combinação gera mais elétrons no silício com carga positiva e menos elétrons
no silício com carga negativa. O silício que é carregado positivamente é
“ensanduichado” com o silício que é carregado negativamente, dessa forma
permitindo que a célula de silício reaja com o sol para produzir eletricidade.
(SFERO, 2021).

10.1.2 CÉLULAS MONO-CRISTALINAS

Células monocristalinas são o tipo mais eficaz. Os cantos são cortados


em formas octagonais, porque as folhas de silício são cortadas a partir de
lingotes cilíndricos, e são tradicionalmente cultivadas pelo processo
Czochralski. (PORTAL SOLAR, 2021).

Figura 23: Produção da célula monocristalina.


Fonte:https://www.portalsolar.com.br/celula-fotovoltaica.html/amp

Na imagem acima está o minério de silício purificado, o forno


Czochralski, lingote de silício, o wafer e a célula fotovoltaica monocristalina.

10.1.3 Células Policristalinas

Em comparação com as células mono-cristalinas a eficiência é reduzida,


pois exigem processos de fabricação menos rigorosos, sendo assim mais
econômicas. (PORTAL ENERGIA, 2017).

Figura 24: Produção da célula policristalina.

Fonte:https://www.portalsolar.com.br/celula-fotovoltaica.html/amp
A imagem acima mostra o silício purificado, fundição de bloco de silício,
os “tijolos de silício”, as fatias e as células fotovoltaicas policristalina.

10.1.4 CÉLULA FOTOVOLTAICA DE FILME FINO (thin-film)

Todos os painéis que utilizam a tecnologia de filme fino são produzidos


completamente de uma forma diferente dos tradicionais com células de silício
cristalino. A maioria dos painéis de filme fino possui eficiência de conversão de
2 a 3 pontos percentuais mais baixa do que o silício cristalino. (PORTAL
SOLAR, 2021).

Figura 25: Célula de filme fino.

Fonte: https://www.eet.eng.br/evolucao-da-celula-fotovoltaica/

10.2 EFICIÊNCIA DA CÉLULA FOTOVOLTAICA


Figura 28: Eficiência dos Principais Silícios fotovoltaico
Fonte: https://blog.bluesol.com.br/celula-fotovoltaica-guia-completo/

11. Processo de Fabricação de Painéis Fotovoltaicos

Vários processos individuais ligados e contínuos colocam as células


fotovoltaicas em um painel fotovoltaico. Os painéis fotovoltaicos devem ser
fabricados utilizando-se a melhor tecnologia para que eles possam durar por
décadas conforme foram projetados. (MRK SOLAR, 2017).

Figura 26: Componentes de uma placa solar.

Fonte: http://blog.minhacasasolar.com.br/como-e-feito-um-painel-solar/

11.1 VIDRO FOTOVOLTAICO


Figura 27: Vidro fotovoltaico.
Fonte:https://www.multpainel.com.br
/app/uploads/2018/09/vidro-fotovoltaico-.jpg

O vidro usado na produção de um painel solar não é um vidro comum.


Ele é um vidro especial ultra puro com baixo teor de ferro, produzido de forma
especial para refletir menos e deixar o máximo de luz passar através dele.
Refere-se à um vidro temperado especial de 3.2mm ou 4mm coberto com uma
substância antirreflexiva. Os painéis com vidros de boa qualidade vão resistir
as mais fortes chuvas de granizo. Este vidro especial representa
aproximadamente 10% do valor de fabricação do painel solar. (MRK SOLAR,
2017).

11.2 Filme encapsulante para o painel solar (EVA)

O Filme Encapsulante para Paine Solar, tradicionalmente denominado


de EVA, acetato-vinilo de etileno (que deriva do inglês: Ethylene Vinyl Acetat),
é um material de vedação de cura rápida especificamente projetado para os
painéis fotovoltaicos. Ele protege as células fotovoltaicas contra o
envelhecimento causado por raios UV, temperaturas extremas e umidade,
assegurando que o máximo luz visível atinja as células solares.
(PORTALSOLAR, 2021).

Figura 28: Filme encapsulante.


Fonte: https://pt.aliexpress.com/i/32885550167.html

Trata-se de um material feito de acetato-vinilo de etileno, que fará


com que a proteção de efeitos da natureza (chuvas, temperaturas altíssimas e
raios UV) seja garantida.

11.3 Backsheet (Material plástico branco que vai na parte


de trás do painel solar)

A tradução literal de backsheet do inglês é “parte de trás”. Sua principal


função é agir como isolante térmico e proteger a célula solar. É feito de um
material plástico geralmente na tonalidade de cor branca. No caso de módulos
solares chamados vidro-vidro, esta camada é substituída por uma camada de
vidro especial. (ECOAENERGIAS, 2020).

Figura 29: Backsheet.


Fonte: http://pt.dongkeenergy.com/product/solar-panel-backsheet

A isolação térmica é muito importante nas placas solares, pois quando a


placa aquece, o seu desempenho diminui, então o Backsheet fará o trabalho de
isolar a temperatura e fazer com que tenha um bom desempenho.

11.4 Caixa de Junção (PV - Junction Box)

A Caixa de junção tem a finalidade de fazer proteção do módulo contra a


corrente reversa através de diodos e facilitar a saída dos cabos condutores dos
painéis solares. (ENERGIATOTAL, 2021).

Figura 30: Caixa de Junção.


Fonte:http://portuguese.solar-pvcable.com/sale-11118984-140w-250w-2-diodes-pv-junction-
box-waterproof-for-poly-solar-panel.html

A caixa de junção tem como missão a proteção dos módulos.


Nela possui diodos de Bypass, que atuam quando acontece um sombreamento
em umas das células da placa solar, que faz com que tenha uma condução de
corrente em apenas um sentido, para que não ocorra um sobreaquecimento no
módulo.

11.5 Molduras do Painel Solar de Alumínio Anodizado


(Frame do Painel Solar)

A moldura de alumínio anodizado é especialmente desenvolvida para


garantir robustez e integridade ao painel solar nas mais adversas situações.
Assim, é responsável por garantir uma montagem fácil e segura, evitando que
o módulo “torsa” e suas células sejam prejudicadas. (OPUSSOLAR, 2020).

Figura 31: Molduras do Painel Solar de Alumínio Anodizado.

Fonte:https://www.portalsolar.com.br/passo-a-passo-da-fabricacao-do-painel-solar.html

A moldura é a parte que envolve o painel solar, essa estrutura é feita de


alumínio anodizado que faz com que a estrutura tenha robustez.
11.6 Passo a Passo do Processo de Fabricação de Painéis
Fotovoltaicos
Figura 32: Passo a Passo do Processo de Fabricação de Painéis Fotovoltaicos.

Fonte: https://www.portalsolar.com.br/passo-a-passo-da-fabricacao-do-painel-solar.html

11.6.1 Passo 1 - Limpeza do Vidro

Em uma máquina específica, o vidro é limpo com água em osmose


reversa, após isso, é limpa para que não haja bolhas no painel depois de
pronto. (CONSUMOLIGHT, 2020).

Figura 33: Máquina que faz a limpeza do vidro.


Fonte:https://www.portalsolar.com.br/passo-a-passo-da-fabricacao-do-painel-solar.html

11.6.2 Passo 2 - Interconexão das Células Fotovoltaicas


Figura 34: Momento da interconexão das células.

Fonte: https://www.portalsolar.com.br/passo-a-passo-da-fabricacao-do-painel-solar.html

A interconexão das células, é uma das partes mais críticas da fabricação


do painel solar. As células são interconectadas através de fios condutores
feitos de cobre ou alumínio (ou outros materiais), formando strings (séries de
células interconectadas). (PORTALSOLAR, 2021)
11.6.3 Passo 3 – Sistema de Montagem da Matriz de
Células (Layup)
Figura 35: Mostra a parte da Manipulação, Alinhamento e Posicionamento.

Fonte: https://www.portalsolar.com.br/passo-a-passo-da-fabricacao-do-painel-solar.html

O Sistema de Montagem da Matriz de Células também conhecido


“layup” é o processo de coletar as séries de células fotovoltaicas
interconectadas e posicionar elas sobre o vidro e o EVA. Este processo é
delicado e precisa ser feito por uma máquina especial para evitar quebrar as
células e garantir o perfeito alinhamento delas no painel solar. O sistema de
“layup” é sempre conectado às Stringers (máquinas de interconexão das
células) e deve funcionar em perfeita harmonia para garantir qualidade e
velocidade. Na imagem abaixo mostramos o sistema Matrix Assembly System
3.8 BB da Meyer Burger que é capaz de manusear 3800 células fotovoltaicas
por hora! Na foto abaixo: 1 - O sistema de layup é toda a parte superior
esquerda da foto onde se pode ver as células em azul. As duas máquinas no
canto direito inferior são as Stringers.
1 – Manipulação: As strings (séries de células) são transportadas pelo
braço robótico da máquina que utiliza um sistema de ventosas com molas para
garantir que o impacto seja mínimo durante este processo.

2 – Alinhamento: Um sistema ótico analisa o alinhamento das células e


faz as correções necessárias para que elas sejam posicionadas corretamente.

3 – Posicionamento: As strings são perfeitamente posicionadas sobre o


Vidro e o EVA para que a próxima etapa de fabricação de painéis comece.

(PORTALSOLAR, 2021).

11.6.4 Passo 4 – Interconexão Manual


Figura 36: Interconexão Manual.

Fonte: https://www.portalsolar.com.br/passo-a-passo-da-fabricacao-do-painel-solar.html

“Esta etapa certifica que todos os pontos de solda foram efetuados sem
nenhuma falha.” (MINHACASASOLAR, 2021).

11.6.5 Passo 5 - Posicionamento do EVA e Backsheet


Figura 37: Posicionamento do EVA e Backsheet.
Fonte: https://www.portalsolar.com.br/passo-a-passo-da-fabricacao-do-painel-solar.html

É inserida uma segunda folha EVA sobre a matriz da célula, após feito
essa ação, é colocado o BACKSHEET sobre a EVA.

11.6.6 Passo 6 – Laminação do Painel Solar


Figura 38: Máquina que faz a laminação.

Fonte: https://www.portalsolar.com.br/passo-a-passo-da-fabricacao-do-painel-solar.html

Quatro painéis vão para a máquina de laminação. O EVA vai se


fundir e formar uma junção entre as camadas, protegendo as células. As
melhores laminadoras do mundo possuem 3 câmaras de processo:
 Pré-aquecimento e laminação;

 Somente laminação;

 Controle do esfriamento do painel solar;

O esfriamento é a etapa que garante que o painel fique perfeitamente


reto. (PICOSOLAR, 2021).

11.6.7 Passo 7 – Corte da Rebarba


Figura 39: Análise do corte da rebarba.

Fonte: https://www.portalsolar.com.br/passo-a-passo-da-fabricacao-do-painel-solar.html

Neste processo serão cortadas as sobras de Backsheet e EVA


nas laterais do painel. (PORTALSOLAR, 2021).

11.6.8 Passo 8 – Caixa de Junção

É comum optar pelo silicone ou fita dupla-face para fazer a fixação. Se


usar o silicone, é necessário deixar os painéis solares um tempo fora da linha –
após grudar a caixa de junção – para a secagem. Dentro da placa solar,
existem diodos de by-pass que garantem a eficácia do painel solar.
(MINHACASASOLAR, 2021).
Figura 40: Fixação da Caixa de Junção.

Fonte: https://www.portalsolar.com.br/passo-a-passo-da-fabricacao-do-painel-solar.html

11.6.9 Passo 9 – Molduras de Alumínio


Figuras 41: Moldura de Alumínio.

Fonte: https://www.portalsolar.com.br/passo-a-passo-da-fabricacao-do-painel-solar.html

Após a instalação da caixa de junção uma prensa, semiautomática ou


automática, coloca a moldura de alumínio no painel solar. A moldura de
alumínio do painel solar fornece rigidez e proteção para o vidro do painel.
(PORTALSOLAR, 2021).
11.6.10 Passo 10 – Teste e Inspeção 
É feito dois testes antes de ser entregue as placas aos clientes:

1- É utilizado um flash para simular o Sol.


2- Será feito um raio X, para ser analisado se existe microfissuara.

Figura 42: Raio X da placa solar.

Fonte: https://www.portalsolar.com.br/passo-a-passo-da-fabricacao-do-painel-solar.html

11.6.11 Tensão de circuito aberto (Voc)

A tensão de circuito aberto, simbolizada como Voc (OC = Open


Circut) na linguagem técnica internacional de sistemas fotovoltaicos, é o
resultado da tensão elétrica (V), que os módulos produzem em seus terminais
quando desconectados. Quando não existe nenhum consumidor ligado ao
módulo ou quando não existe corrente elétrica circulando pelo modulo, é
inserido um medidor de voltagem (Voltímetro). Essa informação é
importantíssima para o dimensionamento do circuito fotovoltaico.

11.6.12 Corrente do curto-circuito (Isc

A corrente de curto-circuito do módulo fotovoltaico, é simbolizada


como Isc (SC = Short Circuit), isso acontece quando os terminais do módulo
entram em curto-circuito. Ele se torna útil para fase dimensionamento dos
módulos e equipamentos ou acessórios que são ligados a eles, pois indica a
corrente máxima que o módulo poderá aguentar. Exemplo: Quando recebe
1000 W/m² de radiação solar.

11.6.13 Tensão de máxima potência (Vmp)

É quando o valor da tensão dos terminais do módulo fornece sua


potência na condição padronizada pela fase de teste.

11.6.14 Corrente de máxima potência (Imp)

É o valor da corrente nos terminas do módulo quando fornece sua


potência máxima na condição de teste.

11.6.15 Potência de pico ou máxima tensão (Pmp)

É quando a potência de pico é a máxima potência que o modulo


pode fornecer de padronizada de teste estabelecidas pelos fabricantes.

11.6.16 Eficiência do módulo (n)

É simplesmente a porcentagem energia fornecida pela luz do Sol que o


módulo converte para energia elétrica por m². Por exemplo, se um módulo
fotovoltaico possui uma eficiência de 30%, ele transformará em 30% de energia
por m².

11.7 Características elétricas em STC

Umas das partes mais desenvolvidas para fase de teste é a folha de


dados das placas fotovoltaica na planilha de características elétricas em STC.
(Villalva, 2019).

“A sigla STC (Standard Test Conditions) refere-se às condições


padronizadas de teste do módulo. Todos os fabricantes de módulos
fotovoltaicos realizam testes nas mesmas condições que são
padronizadas por organismos internacionais de certificação. Assim é
possível comparar módulos de diversos fabricantes de acordo com os
mesmos critérios.” (Villalva, 2019).

A condicionamento de teste padrão (STC) determina que a irradiância


solar seja de 1000W/m² e operando numa temperatura de 25°C do módulo
fotovoltaico. Com essa condição produzindo nos laboratórios, com um
ambiente totalmente controlado com câmaras climáticas, possuindo um
sistema de controlável e medindo o nível de densidade luminosa com sua
temperatura.

Figura 43: Características elétricas em STC do módulo fotovoltaico Bosch Solar C-SI M
60

Fonte: https://www.unitron.com.br/catalogos/energia-solar/modulo-solar/bosch/bosch-
solar-240w-module-c-si-m-60

11.8 Características elétricas em NOCT

Nos catálogos de dados dos fabricantes de módulos fotovoltaico também


tem a informação de características elétricas na condição de NOCT, que
representa a temperatura normal de operação da célula (NOCT= Normal
Operation Cell Temperature). (Villalva, 2019).
Fonte: https://www.unitron.com.br/catalogos/energia-solar/modulo-solar/bosch/bosch-
solar-240w-module-c-si-m-60

O catálogo mostra as tensões, correntes e potências do painel em na


realidade do seu modo de trabalho, com uma temperatura de 48°C tendo uma
taxa de irradiância solar de 800W/m².

Os resultados reproduzidos dentro da condição NOCT são os mais


próximos da realidade sobre seu funcionamento do painel solar fotovoltaico e
fornecem a quantidade de energia produzida nessa determinada situação.

Figura##: Datasheet de um painel da Talesun:


Fonte: http://www.wasolar.com.br/potencia-maxima-painel-fotovoltaico-para-
microinversor

O NOCT traz um módulo solar fotovoltaico operando em média em torno


de 45 °C. Quando o módulo começa a se aquecer, automaticamente perderá
sua potência, logo seu Wp de produção irá diminuir como o coeficiente de
temperatura de potência máxima é de -0,4%/°C, significa que para cada grau
acima de 25°C ele irá perder 0,4% da sua potência. Portanto, em 45°C ele irá
perder: 45 – 25 = 20°C x 0,4% = 8%. (WASOLAR, 2018).

“Como o painel é de 320W (STC), na realidade a potência máxima dele


é de 294W (isso se operar em 45°C, caso a temperatura dele aumente, ele irá
aumentar a sua perda).” (WASOLAR, 2018).

12. Estrutura De Fixação


Figura 43: painel fotovoltaico inclinado no telhado
Fonte:https://getpowersolar.com.br/blog/estrutura-de-fixacao-painel-fotovoltaico/

As estruturas fixas são tão importantes quanto os próprios módulo


fotovoltaico, e seu fraco desempenho invalidará completamente o investimento
na tecnologia limpa da energia solar. (BLUESOL, 2021).

“Sua função primordial é de unir os módulos fotovoltaicos ao telhado ou


solo, a depender do tipo de instalação”. (GETPOWERSOLAR, 2020).

12.1 Importância do Suporte Para Placa Solar

Os suportes fotovoltaicos são uns dos elementos menos comentados de


um sistema de energia solar, a estrutura de fixação para o painel fotovoltaico
tem um papel fundamental na hora de assegurar a longevidade da vida útil da
usina. (GETPOWERSOLAR, 2020).

“Se a área de instalação possui a mesma durabilidade dos painéis


solares – que possuem duração média de 30 anos”. (OCAENERGIA, 2016).

O suporte de fixação tem o objetivo das correções necessárias para que


o telhado tenha uma melhor otimização de produção de energia, entretanto, a
instalação inadequada se conectará diretamente ao suporte fixo.
(GETPOWERSOLAR, 2020).
Figura 44: Detalhamento do posicionamento dos módulos fotovoltaico

Fonte: https://sunergia.com.br/blog/estrutura-e-suporte-de-fixacao-de-painel-solar/

“O suporte para placa solar é um item tão importante quanto o resto dos
equipamentos, pois uma escolha errada pode acarretar em um grande desvio
na geração ou até perda total dos equipamentos, como veremos adiante”.
(GETPOWERSOLAR, 2020).

12.1.1 Ação do Vento Sobre o Painel Solar


Figura 45: Destruição de Painéis Fotovoltaico por correnteza dos ventos.

Fonte: https://blog.bluesol.com.br/suporte-para-placa-solar/
“As cargas de ventos são um fator muito importante a ser considerado
na hora de instalar o painel fotovoltaico, pois elas projetam sobre as placas
(estruturas planas e sem vazão), e consequentemente sobre a estrutura, um
peso excessivo dependendo de sua força”. (BLUESOL, 2021).

As estruturas de suporte para painel fotovoltaico têm como o principal


objetivo, assegurar o controle dos ventos, por isso precisa ser calculado e
projetado em altas correntes de ar para determinar o quanto ela consegue
suportar em grandes tempestades, onde que seja instalada: telhado ou em
solo.

12.2 Inclinação do Painel Fotovoltaico


Figura 46: Inclinação Painel Solar Fotovoltaico

Fonte:https://www.portal-energia.com/como-saber-inclinacao-painel-solar-fotovoltaico/

Outro papel importante do suporte é prover a inclinação ideal das placas


fotovoltaicas para que elas consigam captar a maior quantidade de luz solar
possível, aumentando a sua eficiência e geração. A correta orientação permite
captar o máximo de energia ao meio dia solar e horas próximas, que são os
momentos de maior concentração da radiação solar, assim como melhora a
captação anual do painel como um todo, compensando a menor irradiância nos
períodos de inverno. A inclinação ideal dos painéis fotovoltaicos varia de
acordo à Latitude da localidade, e também quanto ao tipo de sistema
fotovoltaico. Nos sistemas On-Grid, declives menores geram mais absorção
durante o período que se aproxima do solstício de verão, tendo mais energia
injetada e mais integração de energia. (REVOLUTIONESTRUTURAS, 2020).

12.3 Desvio azimutal

O ângulo entre a linha de visão do Sol projetada no plano horizontal e o


Norte geográfico. Por exemplo, o módulo solar fotovoltaico inclinada cuja face
aponta exatamente na direção do Norte geográfico tem azimute igual a zero. Já
se o painel tiver sua face voltada para o Sul, o azimute (desvio em relação ao
Norte) será de 180 graus. (SOLARVIEW, 2021).

O Azimute varia continuamente ao longo do dia. Um observador no


Hemisfério Sul, olhando para o Norte (direção da Linha do Equador), vai ver o
Sol à sua direita pela manhã, e à sua esquerda de tarde. No meio dia solar, o
ângulo azimutal será zero (0°). (SOLARVIEW, 2021).

O Sol vai estar voltado no equador ao meio-dia, hora na qual a


irradiação está na sua máxima, a melhor maneira de orientar os módulos
solares inserindo em localidades no Hemisfério Sul e na direção do Norte
geográfico. Inversamente, os módulos instalados no Hemisfério Norte devem
ficar orientados na direção do Sul.

12.3.1 Melhor direção do painel solar fotovoltaico


Figura 47: Comparação entre o efeito verão e inverno em relação a inclinação solar
Fonte:https://www.portalsolar.com.br/a-melhor-direcao-do-painel-solar-fotovoltaico.html

A melhor direção do módulo fotovoltaico é a na direção do Norte, no


Brasil. Isso tendo em vista que, no hemisfério Sul, o Sol nasce no Leste, sobe
se inclinando ao Norte e se põe no Oeste. (PORTALSOLAR, 2021).

Então, se você possui um telhado com face voltada ao norte e não há


sombras nesta parte do telhado, deveria instalar o seu painel solar
fotovoltaico nesta face. Desta forma o seu gerador de energia para
residência produzirá mais energia. Para sistemas fotovoltaicos
conectados à rede elétrica, o ângulo de inclinação igual ao da
Latitude é normalmente o melhor ângulo para se instalar um painel
fotovoltaico. (PORTALSOLAR, 2021).

13. Segurança com eletricidade


Figura 50: A segurança em serviços com eletricidade
Fonte:https://revistaadnormas.com.br/2020/04/07/a-seguranca-em-servicos-com-
eletricidade

Dados dos últimos cinco anos, demonstram número recorrentes de


acidentes com eletricidade no Brasil subiu 34%, pois, só no ano passado,
foram registrados 851 acidentes por choque elétrico, com 627 mortes, um
índice de letalidade de quase 74%. (REVISTAADNORMAS, 2020).

“O índice é considerado assustador e alarmante, já que correr riscos


com a energia elétrica pode custar a vida ou causar graves transtornos e
perdas materiais”. (ABRACOPEL, 2018).

Houve um aumento em todos os dados apurados. As mortes por choque


que, em 2018, vitimaram 627 pessoas, em 2019 chegou a 697, um aumento de
12%. Já os incêndios originados em sobrecargas de energia e posterior curto-
circuito subiram ainda mais: em 2018 foram 537 incêndios com 61 mortes;
2019 fechou com 656 incêndios e 74 mortes, neste caso o aumento foi de 23%.
Os acidentes com descargas atmosféricas (raios) aumentaram de 51 para 85
ocorrências e de 38 para 50 mortes, de 2018 para 2019.
(REVISTAADNORMAS, 2020).
13.1 Riscos do trabalho com eletricidade
Figura 51: Risco ao trabalho relacionado com eletricidade

Fonte:https://www.prometalepis.com.br/blog/121-como-evitar-acidente-de-trabalho-
com-rede-eletrica/

Claro, para aqueles que consideram a segurança da eletricidade, o


choque elétrico é o risco mais conhecido. A maioria das pessoas, incluindo
aquelas que nunca foram expostas à eletricidade, sofreu pelo menos um
choque elétrico. No entanto, para quem está envolvido em trabalhos de
instalação elétrica, este está longe de ser o único risco. Devido aos riscos que
listaremos a seguir, a segurança elétrica merece toda a nossa atenção.
(SIENGE, 2017).

13.1.1 Choque elétrico


Figura 52: Tipo de acidente envolvendo eletricidade
Fonte:https://www.margirius.com.br/choques-eletricos-o-maior-risco-esta-dentro-de-casa/

O organismo humano tem a capacidade de conduzir eletricidade por


todo seu corpo. Quando entrado em contato com a corrente elétrica, passa a
conduzir eletricidade, a corrente conduzida pelo corpo será o “caminho mais
fácil” para ela. Pelo fato, de que ela sempre está buscando materiais mais
atrativo para si, virando aterramento para a “fuga de corrente”. Isso é o choque
elétrico, que causa perturbações no meio ao qual ela passa pela matéria viva.

As consequências do contato com a corrente elétrica dependem da


intensidade da corrente e do tempo de exposição. De qualquer maneira, podem
variar desde queimaduras até paradas cardíacas. Tal desorganização do
arranjo fisiológico dos elementos químicos das células provocada pelo choque
elétrico pode levar à morte. (SIENGE, 2017).

13.1.2 Queimaduras
Figura 53: Queimaduras com eletricidade
É, uma das mais piores sequelas causadas no corpo humano
decorrentes de problemas com segurança em eletricidade. (SIENGE, 2017).

A corrente elétrica que atravessa o corpo gera calor, que queima e


destrói os tecidos. As queimaduras podem afetar tanto os tecidos internos
como a pele. Uma descarga elétrica pode provocar um curto-circuito nos
sistemas elétricos próprios do organismo e interromper a transmissão de
impulsos por parte dos nervos ou fazer com que estes os transmitam de forma
errada. (MANUAL MSD, 2020).

Figura 54: Gráfico de todos acidentes envolvendo eletricidade


Fonte:https://revistaadnormas.com.br/2020/04/07/a-seguranca-em-servicos-com-eletricidade

Figura 55: Acidentes com algum tipo de eletricidade até o ano de 2019

Fonte: https://revistaadnormas.com.br/2020/04/07/a-seguranca-em-servicos-com-eletricidade
A respeito das instalações envolvendo eletricidade, existe uma realidade
verificada há 15 anos e ainda evidente nas antigas instalações elétricas: a
ausência dos principais componentes de segurança, incluindo o dispositivo
diferencial residual (DR), que foi obrigatório em 1997 pela NBR 5410-09 / 2004.
(REVISTAADNORMAS, 2020).

14. Normas técnicas para instalação de energia solar


fotovoltaica

“As Normas Regulamentadoras podem ser tratadas como um conjunto


de disposições e procedimentos técnicos com o foco na segurança e saúde do
profissional atuante em determinada atividade ou função”. (TAGOUT, 2017).

14.1 Os principais objetivos das NR são:

- Instruir os empregados e empregadores a respeito das devidas


precauções que devem ser tomadas a fim de evitar acidentes de trabalho ou
doenças ocupacionais

- Preservar e promover a integridade física dos trabalhadores;

- Estabelecer a regulamentação pertinente à segurança e saúde do


trabalho;

- Promover a política de segurança e saúde do trabalho dentro das


empresas. (TAGOUT, 2017).

Embora o uso de energia solar para a produção de energia elétrica em


escala comercial seja relativamente novo no Brasil, já existem diversas normas
técnicas que podem ser usadas para serviços com sistemas
fotovoltaicos, abordando a instalação e também normas mais recentes que
estabelecem critérios de projeto. (PROJETOFOTOLT, 2021).
14.1.1 1 – Norma ABNT NBR 5410:2004 – Instalações
elétricas de baixa tensão. (em vigor, em revisão).

A norma 5410 é sem dúvida a mais conhecida por profissionais da área


de instalações elétricas e estabelece os critérios para instalações em baixa
tensão. Além disso, a 5410 contém boa parte das instruções que são utilizadas
em projetos e instalações fotovoltaicas, porém ela foi elaborada em 2004 e a
tecnologia de energia solar no país era usada somente para pesquisas ou em
sistemas off-grid, por isso ela não é suficiente para instruir totalmente e as
instalações de energia solar fotovoltaica. Agora em 2018, foi lançada a norma
a ABNT NBR 16690 como texto complementar à 5410 estabelecendo os
requisitos de projeto. (PROJETOFOTOLT, 2021).

14.1.2 2 – Norma ABNT NBR 16690:2019 – Instalações


elétricas de arranjos fotovoltaicos – Requisitos de projeto.

Esta norma, na minha opinião é a principal a ser estudada quando o


assunto é energia solar fotovoltaica. Ela trata traz a os requisitos de projetos.
Conforme descrito no site da ABNT, “o escopo desta norma inclui todas as
partes do arranjo fotovoltaico até, mas não incluindo, os dispositivos de
armazenamento de energia, as unidades de condicionamento de potência ou
as cargas.” (PROJETOFOTOLT, 2021).

14.1.3 3 – Norma ABNT NBR 16274:2014 – Sistemas


fotovoltaicos conectados à rede — Requisitos mínimos para
documentação, ensaios de comissionamento, inspeção e
avaliação de desempenho. (em vigor, em revisão).

Esta Norma estabelece as informações e a documentação mínimas que


devem ser compiladas após a instalação de um sistema fotovoltaico conectado
à rede. Também descreve a documentação, os ensaios de comissionamento e
os critérios de inspeção necessários para avaliar a segurança da instalação e a
correta operação do sistema. (ABNTCATÁLOGO, 2014).

14.1.4 4 – ABNT NBR 5419-1:2015 – Proteção contra


descargas atmosféricas – Todas as Partes (em vigor)

Instalações fotovoltaicas são consideradas instalações elétricas,


portanto precisam de conter elementos que visam a proteção contra surtos de
tensão na rede. Também são instaladas a céu aberto e em alguns casos
vulneráveis à descargas atmosféricas. Portanto, a ABNT NBR 5419 servirá de
instrução para tratar das questões entre o sistema fotovoltaico e o SPDA.
(PROJETOFOTOLT, 2021).

14.1.5 5 – NR 10 – Segurança em instalações e serviços


em eletricidade. (em vigor).

A NR 10, Norma Regulamentadora que dispõe sobre “Segurança em


Instalações e Serviços em Eletricidade” estabelece os requisitos e condições
mínimas, objetivando a implementação de medidas de controle e sistemas
preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que,
direta ou indiretamente, interajam em instalações elétricas e serviços com
eletricidade. (SIENGE, 2020).

A NR 10 tem a função da garantia da segurança dos serviços que


convenha de alguma forma acabe envolvendo eletricidade. Esta
Regulamentação é responsável por garantir a saúde, segurança e a integridade
física dos técnicos ou engenheiros ou indiretamente envolvidos na prestação
dessas atividades análogas.
“Desde a década de 60 a discussão sobre os sérios riscos que envolvem
trabalhadores das áreas de instalação elétrica e prestação de serviço tornou-se
tópico no Brasil”. (SIENGE, 2020).

14.1.6 6 – NR-35 Trabalho em Altura. (em vigor)

A NR 35 aborda sobre o trabalho em altura. Todos nós sabemos que


trabalhar em locais altos, sem equipamentos de segurança que mantenham o
trabalhador preso em caso de queda, ou sem um treinamento que evidencie a
conduta adequada, viola os princípios de segurança no trabalho. Sendo assim,
a NR 35 traz todos os procedimentos, equipamentos e observações
necessários para o trabalho em altura. (DELTAPLUSBRASIL, 2021).

Ela garante a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta


ou indiretamente com trabalhos em altura. Toda atividade executada acima de
2 m do nível inferior, onde existe o risco de queda, é considerada trabalho em
altura. (SIENGE, 2020).

15. Kit de energia solar fotovoltaica On-Grid


Figura 56: Acessórios para o sistema fotovoltaico On-Grid

Fonte:https://www.portalsolar.com.br/kit-de-energia-solar-tudo-o-que-voce-precisa-saber.html
Os kits solares fotovoltaicos são um conjunto de painéis solares, inversor
solar, cabos (fotovoltaico), estruturas de fixação, string box, conectores
especiais e todos os equipamentos e materiais necessários para a instalação
de um sistema fotovoltaico. O kit de energia solar fotovoltaica on grid é capaz
de transformar a energia captada através da luz do sol em energia elétrica,
sendo composto por equipamentos, como painéis solares, inversor solar,
cabeamento e controlador de carga. Os kits de energia solar on grid geram
energia durante o dia e em outros períodos, recebendo a energia gerada da
distribuidora, ou seja, os sistemas on grid não utilizam armazenamento de
energia, já que em momentos em que não há geração, utiliza-se da rede da
concessionária. O inversor solar é a peça-chave do sistema, sendo instalado
entre o sistema gerador fotovoltaico e o ponto de fornecimento à rede,
recebendo a energia gerada como corrente contínua e realizando a conversão
para corrente alternada para estar pronta para o uso. (PORTALSOLAR, 2021).

Figura 57: Módulos Fotovoltaicos instalado sobe o telhado de forma inclinada

Fonte:https://www.portalsolar.com.br/kit-de-energia-solar-tudo-o-que-voce-precisa-saber.html
O kit de energia solar residencial on grid tem todos os equipamentos
necessários para montagem de um sistema gerador de energia solar
conectado à rede elétrica da concessionária. O kit solar residencial
normalmente vem com estrutura de fixação para telhados com telhas de barro
(podendo ser alterado). (PORTALSOLAR, 2021).

15.1 Os componentes do kit de energia solar residencial


são:

1. painéis fotovoltaicos (painéis solares);


2. inversor solar;
3. estrutura de fixação;
4. cabeamento especial para corrente contínua;
5. conectores especiais.

15.1.1 Inversor
Figura 58: Foto de vários inversores tipo Grid-tie

Fonte:http://blog.minhacasasolar.com.br/inversor-solar-tudo-o-que-voce-precisa-saber-esta-
aqui/
O inversor é um dos equipamentos que faz parte do sistema de energia
solar. Tem a função de converter a energia gerada pelos painéis fotovoltaicos
de corrente contínua (CC) para corrente alternada (CA). (ALDO, 2021).

Considerando que a corrente alternada é o tipo de corrente elétrica


utilizada nas residências e empresas, o inversor solar exerce um papel
essencial para que o sistema de energia solar seja efetivo. Além disso, o
inversor fotovoltaico também mede a energia gerada pelos painéis solares e
garante a segurança do sistema. (ALDO, 2021).

Figura 59: Figura Esquema de aplicação do inversor em uma residência abastecida por energia
solar fotovoltaica.

Fonte: Solar Energy, modificado pelo Blog Minha Casa Solar

15.1.2 Eficiência

“Para inverter a corrente contínua em alternada, o inversor fotovoltaico


precisa ter a capacidade de economizar energia. O mínimo aceitável é de
94%”. (MINHACASASOLAR, 2019).
15.1.3 Padrão de proteção

O aparelho precisa atender às recomendações NBR IEC 60529. Nessa


norma são estabelecidos os graus de proteção para revestimentos de
equipamentos elétricos, os chamados códigos IP. O mínimo recomendável,
para locais abertos, é o IP 55, que protege contra poeira e jatos d’água.
(MINHACASASOLAR, 2019).

 15.1.4 Instalação

“O inversor solar se adapta em diferentes locais, considerando as


finalidades. Em uma residência, por exemplo, ele pode ser instalado perto do
quadro de luz, próximo aos módulos fotovoltaicos ou em qualquer outro local”.
(MINHACASASOLAR, 2019).

“Esse local deve considerar as necessidades do contratante: Pode ser


fixado dentro de casa para acompanhamento de geração frequente ou colocar
mais distante devido ao ruído emitido pelo inversor solar, ainda que se trate de
um som baixo”. (MINHACASASOLAR, 2019).

15.1.5 Vida útil

“Os inversores tradicionais possuem uma vida útil que vai de


aproximadamente dez anos a 15 anos, enquanto os micros inversores têm uma
vida útil maior - podem resistir até 25 anos”. (ECYCLE, 2021).

15.1.6 Micro inversor

O micro inversor tem o mesmo funcionamento de um inversor


fotovoltaico grid tie compacto, com dimensionamento para atendimento de
painéis solares com um par ou até quarteto de módulos individualmente.
Os micros inversores são inversores em que cada entrada de corrente
contínua corresponde a uma MPPT. Para os não familiarizados com o termo,
MPPT é uma tecnologia empregada em inversores fotovoltaicos que permite a
conversão otimizada da energia em corrente contínua dos módulos, operando
em eficiências superiores a 99%. Na linha da Soprano há microinversores para
dois e quatro módulos, sendo a potência de saída 700W e 1200W.
(SOPRANO, 2021).

Figura 60 – Micro inversores MI-1200 e MI-700

Fonte:https://www.soprano.com.br/blog/por-que-utilizar-microinversores-no-seu-sistema-
fotovoltaico

15.1.7 Funcionamento do Micro Inversor


Figura 61: Micro Inversor Tipo YC1000-C
Fonte: https://emea.apsystems.com/portfolio-item/apsystems-yc1000/

A sua função é a mesma do inversor tradicional, converter a energia


produzida pelas placas solares fotovoltaicas de Corrente Contínua (CC) para
Corrente Alternada (CA), idêntica àquela que usamos em casa. (NEOSOLAR,
2021).

Outro ponto forte do sistema, é que um inversor tradicional tem uma vida
útil de aproximadamente de 15 há 20 anos, já o micro inversor foi projetado
para durar por toda a vida útil do sistema, vida esta que pode chegar há 40
anos. Isso garante um custo de manutenção muito menor que o sistema
tradicional, pois o inversor é a peça mais cara do sistema. (BIOENERGY
SOLUTIONS, 2019).

15.1.8 Instalação do micro inversor solar

Uma diferença importante dos micros inversores fica na instalação:


enquanto o inversor solar string requer um local específico para ficar alocado e
se conecta às placas solares por cabos, os micros inversores são muito
menores e podem ser alojados atrás dos próprios painéis. Esse tipo de
estrutura simples e que liga diretamente cada painel fotovoltaico ao micro
inversor, faz com que os eles dispensem a instalação de uma String-Box CC —
um quadro de proteção que protege o sistema de produção de energia
fotovoltaica para impedir acidentes elétricos, como curtos-circuitos, surtos
elétricos e até mesmo choques ou incêndios. No caso dos inversores string, a
String-Box é um item obrigatório para a segurança, já que o sistema necessita
de cabos que transportam a corrente tensão elevada (até 1500V). Com o micro
inversor, por outro lado, a energia já sai como Corrente Alternada próxima da
própria placa solar, com níveis de tensão baixos e seguros. Essa especificação
acaba gerando mais economia (dispensando o projetista de comprar uma
string-box CC) e tendo uma maior segurança (evita os riscos de acidentes
quando se trabalha com tensões CC mais elevadas). (NEOSOLAR, 2021).

Figura 62: Esquema simplificado de ligação de um Micro inversor Solar

Fonte: https://www.neosolar.com.br/aprenda/saiba-mais/microinversor

15.1.9 MPPTs individuais

Os microinversores dedicam um MPPT para cada um ou dois módulos,


enquanto o inversor string pode ter um mesmo MPPT atuando para otimizar a
energia de até 20 módulos fotovoltaicos. Naturalmente, quanto mais placas
precisarem ser atendidas por um mesmo MPPT, menor será sua eficácia. Uma
consequência disso é que, no caso dos micros inversores, a eventual falha de
um painel não interfere no funcionamento dos outros (afinal, todos são
“independentes” com seus próprios MPPTs). Já nos sistemas de inversores
string a lógica é diferente: se uma placa estiver comprometida, todo o sistema
terá o desempenho prejudicado. (NEOSOLAR, 2021).

15.1.10 Sombreamento

O sombreamento faz parte de alguns problemas mais comuns. Tendo


em vista a seguinte situação: Um conjunto de módulos de um sistema ligado a
um inversor string venha ter alguma “interferência” que acaba impedindo a
incidência de raios luminosos solares (como galhos da árvore, antenas de tv a
cabo, Chaminés). É uma situação destruidora do trabalho do operacional como
um todo e o MPPT não conseguirá garantir a melhor utilização de cada módulo
solar.

Figura 63: Comparação de sombreamento entre inversor convencional e o Micro inversor

Fonte: https://www.neosolar.com.br/aprenda/saiba-mais/microinversor

No microinversor, entretanto, em cada uns dos módulos receberá um


tratamento diferente para otimizar sua energia e o sombreamento de um deles
terá um impacto restrito e muito menor na geração de energia do sistema.Todo
microinversor utiliza o conceito de MLPE (do inglês “Module-Level Power
Electronics”), ou seja, possui funções para otimizar potência de painéis
fotovoltaicos, aumentando o rendimento de energia (aplicando os benefícios do
MPPT em cada módulo e não em todo o conjunto). (NEOSOLAR, 2021).

16. Elétrico para Sistemas Fotovoltaicos: 


Figura 64: Tipos de cabos elétricos de potência em baixa tensão

Fonte: site IPCE

16.1 O 0cabeamento elétrico é classificado em três tipos:

1. Condutor Isolado: possui condutor e isolação.


2. Cabo Unipolar: Possui uma cobertura adicional. Aplicada sobre a
isolação.
3. Cabo Multipolar: vários condutores isolados com uma cobertura
ou capa única.
4. É importante lembrar que a cobertura usada nos cabos unipolar e
multipolar, serve para proteger a isolação do condutor de ações
externas e danos mecânicos. (NBR 5410, 2004)
16.2 Temperatura operacional dos cabos

Entretanto, é mencionável ressaltar que os cabos elétricos, possui


funções de fabricação que talvez não tenham a atenção merecida por parte dos
profissionais. (OCAENERGIA, 2021).

“Em contrapartida, quando um condutor é percorrido por uma corrente


elétrica ele irá aquecer por causa do efeito Joule”. (OCAENERGIA, 2021).

Todavia, a condutividade da capacidade de condução da corrente de um


cabo está precisamente ligada a temperatura que esse cabo pode suporta, sem
prejudicar seu material isolante. (OCAENERGIA, 2021).

16.2.1 Nos diversos materiais isolantes existentes para


cabos elétricos, temos os três mais comuns:

1. PVC
2. EPR
3. XLPE

16.2.2 A tabela a seguir mostra a temperatura de trabalho


de cada um
Figura 65: Tipos de materiais de isolação e sua classificação de temperatura operativa

Fonte:https://www.ocaenergia.com/blog/energia-solar/cabeamento-eletrico-para-sistemas-
fotovoltaicos/
Figura 66: figura a seguir mostra um corte transversal de um cabo, onde se tem um material
isolante que envolve o condutor:

Fonte:https://www.ocaenergia.com/blog/energia-solar/cabeamento-eletrico-para-
sistemas-fotovoltaicos/

T1 sendo o primeiro ponto no contato do isolante com o condutor.


Lembrando que a temperatura máxima, que irá constar na ficha técnica do
item, deve ser preservada. T2 é a temperatura externa do ambiente que o cabo
está instalado. Entretanto, se a temperatura for maior do que a escrita na ficha
técnica do fabricante, a vida útil do cabo diminuirá de forma rápida.
(OCAENERGIA, 2021).

“Temperatura máxima em regime permanente: é a temperatura máxima


que pode ser aplicada durante toda vida útil do cabo”. (OCAENERGIA, 2021).

“Temperatura máxima em regime de sobrecarga: os cabos que uma vez


submetidos a esse fator, possuem vida útil reduzida. Em média 100 horas de
uso contínuo ou 500 horas durante a vida do cabo”. (OCAENERGIA, 2021).

Temperatura máxima em regime de curto-circuito: É a temperatura


operativa máxima na qual o cabo suporta em uma situação de curto-circuito.
Tendo um padrão de 5 segundos após os efeitos elétricos.
17. O cabo solar fotovoltaico

Para explicar de maneira simples, a fiação do sistema é o que interliga


seus componentes, promovendo o fluxo de energia entre eles. Só assim, é
possível que se utilize a Energia Solar em forma de energia elétrica.
(OCAENERGIA, 2021).

Acima de tudo, estes cabos devem atender a ABNT NBR 16612:2020


que cancela e substitui a ABNT NBR 16612:2017. Essa norma trata, de
maneira específica, de cabos de potência para sistemas fotovoltaicos.
(OCAENERGIA, 2021).

Figura 67: Cabos de potência específicos para sistemas fotovoltaicos

Fonte:https://www.ocaenergia.com/blog/energia-solar/cabeamento-eletrico-para-sistemas-
fotovoltaicos/

A energia elétrica de um sistema solar, tem sua origem em corrente


contínua. Dessa forma, deve-se utilizar cabos adequados para tal situação.
Normalmente, a tensão de isolação dos cabos solares é com tensão contínua
máxima de 1,8 kV CC. Entre condutores e condutor/terra. (OCAENERGIA,
2021).
“Em síntese, o material deste item apresenta as seguintes
características: É livre de substâncias que causam danos e silicone. Portanto,
não emite gases tóxicos se submetido ao fogo”. (OCAENERGIA, 2021).

“Fios de cobre do cabo solar devem ser esmaltados. Diferente da CA, a


CC exige muito mais do cabo”. (OCAENERGIA, 2021).

Tem muita força aos efeitos da radiação solar e qualquer outra condição
climática. Pois, quase sempre na instalação, ficam expostos ao tempo. Possui
camada dupla polimérica. Ou seja, permite uma transição segura, já que em
caso de interrupção brusca de isolamentos, o campo elétrico pode provocar
danos às conexões. (OCAENERGIA, 2021).

Figura 68: Cabeamentos para instalação dos sistemas fotovoltaicos

Fonte:https://www.ocaenergia.com/blog/energia-solar/cabeamento-eletrico-para-
sistemas-fotovoltaicos/

“Alguns fabricantes de cabeamento para Sistemas Fotovoltaicos,


garantem uma vida útil de no mínimo 25 anos sob radiação solar direta. Mesmo
tempo que um módulo fotovoltaico”. (OCAENERGIA, 2021).
“Além disso, possuem uma temperatura de trabalho de 90°C podendo
operar em 120°C em alguns períodos. Normalmente nos catálogos dos
fabricantes esse período é de 20.000 h”. (OCAENERGIA, 2021).

“Por fim, é sempre bom lembrar que: deve-se dimensionar o


cabeamento de forma adequada, evitando riscos e danos à instalação”.
(OCAENERGIA, 2021).

18. Conectores Especiais (fotovoltaico)


Figura 69: Conectores de segurança para na utilização do sistema

Fonte:https://www.damiasolar.com/apresentar/blog/articulos-sobre-la-energia-solar-y-
sus-componentes/conectores-para-paineis-solares-e-bateria_1

Por dentro do conector, por mais que ele pareça uma peça simples, sua
função é muito importante. Ele garante a segurança das conexões ao evitar
que um componente seja conectado a outro de maneira incorreta.
(AMPHENOL, 2021).

“Por esse motivo, eles são considerados uma das peças finais de um
quebra-cabeça solar e são tão importantes quanto os próprios painéis. Esses
pequenos componentes não devem ser ignorados, uma vez que são essenciais
para um projeto bem-sucedido”. (AMPHENOL, 2021).

“Para entrarem em operação, os painéis fotovoltaicos precisam ser


conectados uns aos outros e a inversores. O papel do conector é unir os
componentes solares para produzir um fluxo de eletricidade bem-sucedido”.
(AMPHENOL, 2021).

“Eles são projetados com um mecanismo de travamento especial que os


torna altamente adequados para o ambiente externo e só podem ser separados
por uma ferramenta especial de desconexão ou destravamento”. (AMPHENOL,
2021).

Quando o projeto é baseado em CC (corrente contínua), os painéis


devem ser conectados em cadeia, e, nesse caso, os conectores podem ser
instalados nos painéis na própria fábrica, embora não seja descartada a
instalação em campo, quando os painéis das extremidades são conectados a
uma caixa de inversor ou combinador. (AMPHENOL, 2021).

“Nos projetos baseados em AC (corrente alternada), é feita uma


conexão entre o painel e o microinversor. Eles são geralmente pré-instalados
no cabo, principalmente se os módulos solares integrados forem no
formato plug-and-play”. (AMPHENOL, 2021).
Fonte 70: Instalação dos conectores especiais nas placas fotovoltaica

Fonte:https://amphenol.com.br/qual-o-papel-do-conector-em-um-sistema-solar-fotovoltaico/

18.1 Garantia de uma instalação de conectores solares


bem-sucedida

Para que funcione perfeitamente e cumpra sua função prevista pelo


fabricante, os conectores fotovoltaicos têm que atender as características de
voltagem e corrente conforme o projetado.

Outro ponto que não pode ser negligenciado: É não usar conectores de
fabricantes diversos na mesma projeção elétrica. Tendo em vista, há aumento
do perigo de incompatibilidade, diminuindo a durabilidade de conexão
(sistemas de energia solar têm garantia de 25 anos), além de
superaquecimento e geração de queimaduras nas conexões, falhas de arco e
incêndio estrutural. (AMPHENOL, 2021).

“Um conector de qualidade também deve ser bastante robusto, suportar


as altas temperaturas e ciclos térmicos e resistir a eventos mecânicos”.
(AMPHENOL, 2021).
19. String Box

A norma brasileira de instalações elétricas de baixa tensão – NBR 5410


– e a norma brasileira sobre sistemas fotovoltaicos – NBR 16690 – preveem
que as instalações devem ter como características básicas a proteção
contrachoque elétrico do usuário, proteção contra efeitos térmicos e incêndios,
proteção contra sobre corrente, proteção contra sobre tensão e capacidade de
seccionamento. Os sistemas fotovoltaicos estão inclusos na cobertura das
normas, portanto devem seguir os mesmos princípios básicos. (Mateus
Vinturini, 2019).

Esse equipamento isola o sistema de produção de energia


fotovoltaica, com o propósito de impedir o risco de propagação de
acidentes elétricos, como os curtos-circuitos e os surtos
elétricos. Dessa forma, a String Box sacrifica seus componentes e
abre o circuito elétrico em que ela está instalada. Analogamente, ela
funciona como os disjuntores de energia dentro do seu quadro de
distribuição de circuitos (QDC). (SOLARVOLT, 2021).

“O sistema inteligente projetado em uma string box é vital para garantir a


segurança de seus usuários, pelo fato de garantir um gerador de energia
dentro de uma residência, e não uma fonte distante de distribuição”.
(CANALSOLAR, 2019).

19.1 Elementos da String Box

O invólucro, componente, é responsável por acomodar o dispositivo de


proteção ou manipulação do equipamento. Em outras palavras, ele "retém"
todos os outros componentes da string box. (MAYAENERGY, 2021).

O disjuntor CC funciona como uma etapa de proteção. Ele atua


protegendo os cabos do sistema contra sobrecargas e curtos-circuitos
e, assim, evitando que um sinistro se alastre por todo o equipamento.
Dessa forma, ele cuida da segurança tanto da própria usina quanto
dos usuários do equipamento. Por sua vez, a chave seccionadora é
um dispositivo de manobra. Ela permite que ocorra o seccionamento
do circuito com carga e que ele seja interrompido quando for
necessário. (MAYAENERGY, 2021).

“O DPS CC, dispositivo de Proteção contra Surto que tem como objetivo
proteger a instalação contra surtos de tensão ou correntes causadas por
descargas atmosféricas.” (SOLARVOLT, 2021).

Figura 71: estrutura de uma String box

Fonte:https: //canalsolar.com.br/entenda-as-especificacoes-basicas-string-box/

Figura 1: Exemplo de string box para sistemas grandes (20 circuitos de entrada, 1
circuito de saída e sistema de monitoramento de corrente) e sistemas pequenos (1 circuito de
entrada, 1 circuito de saída).

19.1.1 Invólucro

Invólucro no qual sub arranjos fotovoltaicos, séries fotovoltaicas ou


módulos fotovoltaicos são conectados em paralelo, e que pode alojar
dispositivos de proteção e/ou de manobra (ENGEHALL, 2021).
19.1.2 Esquema de determinação do grau de proteção IP
do invólucro

Os invólucros ainda podem ser classificados como próprios para


ambiente interno (proteção mínima IP2X) ou ambiente externo (proteção
mínima IP55). A ABNT NBR IEC 60529 é a norma que caracteriza os
invólucros próprios para circuitos elétricos. (MECATRONSOLAR, 2021).

Figura 72: Tabela comparativa do grau de proteção dos invólucros dos materiais conforme a
norma IEC60 529 e NBR IEC 60529

Fonte:https://canalsolar.com.br/entenda-as-especificacoes-basicas-string-box/

A norma de instalações 5410 também prevê que não se deve misturar


circuitos CA e CC no mesmo invólucro. Recomenda-se que a taxa
máxima de ocupação do invólucro em volume seja de até 50%. Essa
taxa limita o efeito de sobreaquecimento ao se concentrar os
dispositivos em um ambiente fechado. (Canal Solar, 2021).

No grau de proteção IP 69 o primeiro numeral “6” indica


proteção total contra o ingresso de poeira ao interior do invólucro. O
segundo numeral “9” indica proteção contra fortes jatos de água à
curta distância e a alta temperatura (80 °C). No grau de proteção IP
69 da IEC 60529, IP 6X refere-se à capacidade de o invólucro do
equipamento resistir ao ingresso de poeira. O grau de proteção IP X9
refere-se à capacidade de o invólucro do equipamento resistir ao
ingresso de água proveniente de jatos dirigidos, a curta distância,
com a alta pressão e alta temperatura (o setor elétrico, 2021).

19.1.3 Característica técnica da chave seccionadora

A chave seccionadora é um dispositivo que pode manter a


segurança e a simplicidade da instalação elétrica. Chaves isolantes são
geralmente usadas quando há uma carga no circuito de alimentação de
transformadores de média e baixa tensão. (Siemens, 2021).

Em condições normais e com seus contatos fechados, elas devem


manter a condução de sua corrente nominal, inclusive de curto-
circuito até a abertura do disjuntor, sem sobreaquecimento. A
seccionadora é uma extensão do condutor que, se desloca quando
acionado, abrindo e fechando através dos contatos fixo e móvel.
Normalmente em média tensão seu controle é manual através de
alavanca. (Marcelo Bonfim, 2016).

Figura 73: chaves seccionadoras


Fonte:https://canalsolar.com.br/entenda-as-especificacoes-basicas-string-box/

Proteção contra contatos dos dedos nas partes energizadas, evitando


o “choque elétrico” Todos os contatos são duplos auto limpantes,
garantindo acionamentos mais seguros. Possibilidade de montagem
em trilho DIN, fácil instalação. Diferentes opções de montagens,
atendendo às mais diversas aplicações. Compactas – necessitam de
pouco espaço para instalação. Possibilidade de adicionar contatos
auxiliares em ambos os lados da chave – ideias para sistemas mais
complexos. (WEBLOPER, 2021).

Dessa forma notamos que a string box e o sistema ideal para ser
utilizado em instalações fotovoltaica, devido a sua grande proteção e
segurança eficaz para todos os erros operacionais conhecidos.

20. Medidor bidirecional

Um medidor bidirecional é o componente básico de um sistema solar


fotovoltaico conectado à rede. Ao contrário dos medidores de eletricidade
tradicionais, os medidores de eletricidade bidirecionais podem medir não
apenas a energia consumida pelo dispositivo, mas também a energia injetada
na rede. Para casas com energia solar, o medidor bidirecional medirá toda a
energia que é injetada na rede pela usina fotovoltaica instalada na propriedade,
e a energia consumida, ou seja, é vendida por o negociante. (Solis Energia,
2019).

Figura ##: Exemplo de Medidor bidirecional

Fonte:https://docplayer.com.br/53045175-Manual-de-instrucoes-vector-p-a-vector-p-
ar.html

A pessoa tenha um gerador solar on-grid instalado em sua casa. Esse


equipamento funcionará de formas diferentes, de acordo com o
horário ou a época do ano, já que o sol é mais incidente em
determinados momentos. Entre o anoitecer e o amanhecer, período
em que o sol não fornece radiação, a energia será direcionada da
rede elétrica para essa casa. (ALDO, 2021).

Seu princípio de funcionamento é registrar a energia consumida pela


concessionária e registrar a energia injetada na rede elétrica. Desta forma, o
crédito em sua conta é compensado. (ENETC, 2019).

A ANEEL recomenda substituir o medidor tradicional de eletricidade por


um medidor bidirecional, lendo tanto a energia produzida quanto a energia
consumida. (ENETC, 2019).
21. Dispositivo de proteção contra sobretensão – DPS

O DPS é um dispositivo de proteção contra sobretensão essencial para


proteger equipamentos elétricos e eletrônicos contra incêndios. (Mundo da
elétrica, 2021).

21.1 Tipo 1

É recomendado para ser usado em situações específicas em edifícios


industriais ou residenciais com sistemas de proteção contra raios ou proteção
de gaiola de rede. (Citisystems, 2021).

Figura 74: situação de descarga direta no sistema de abastecimento com atuação do


DPS

Fonte: https://www.embrastec.com.br/oqueedps

Os dispositivos de proteção contra surtos de tensão do tipo 1 devem


cumprir os mais elevados requisitos relativos à amplitude e à energia específica
de picos de corrente, uma vez que devem também realizar a proteção contra
os efeitos de quedas de raios diretos. (Citisystems, 2021).
21.2 Tipo 2

São os dispositivos adequados para a proteção contra os efeitos das


descargas indiretas, então a sua instalação normalmente é feita no quadro de
distribuição. (Mundo Da Eletrica, 2021).

Figura 75: diagrama de instalação de DPS em um quadro de distribuição

Fonte: https://confortege.com.br/a-funcao-do-dispositivo-de-protecao-contra-surto-dps/

Os dispositivos de proteção contra surtos de tensão do tipo 2 são


habitualmente instalados em subdistribuições ou quadros de
comando de máquinas. Estes dispositivos têm o poder desviar
sobretensões induzidas de quedas de raios ou operações de
comutação, mas não descargas atmosféricas diretas. (Citisystems,
2021).

21.3 Tipo 3

São os dispositivos instalados para uma proteção complementar. São


utilizados em níveis internos de proteção, sendo instalados próximo aos
equipamentos para garantir uma maior proteção. Para este modelo de DPS
deve-se observar na sua seleção Up, Uoc (Catalogo Siemens, 2021).
Up: Nível de tensão de proteção. É a tensão máxima entre os
terminais do DPS no instante em que ele está ativo e conduzindo
corrente de descarga igual a In ou Iimp. Ou seja, é a tensão máxima
que os circuitos à jusante (ou seja, que estão depois) do DPS
recebem;

Uoc: Máxima tensão de operação contínua. Caracteriza a máxima


tensão de operação que o DPS suporta sem que haja atuação da sua
proteção de sobretensão;(Canal Solar,2021)

Figura 76: DPS

fonte: https://www.lojaclamper.com.br/dps-clamper-solar-600/p

21.3.1 DPS típico para sistemas fotovoltaicos


Figura 77: diagrama de instalação de DPS em um sistema foto voltaico
Fonte:https://osetoreletrico.com.br/protecao-contra-descargas-atmosfericas-em-
sistema-de-geracao-fotovoltaico/

O uso do DPS nos sistemas fotovoltaicos, desempenham a mesma


função que eles executam nos demais sistemas elétricos. Seu objetivo é evitar
que descargas atmosféricas direta ou indireta, causem danos nos
equipamentos que formam o sistema fotovoltaico. (Insol Energia, 2021).

Em sistemas fotovoltaicos é usual a instalação de DPS de corrente


contínua nas chamadas string box, que são as caixas de junção das
strings dos módulos. Esses DPS irão proteger os módulos e também
a entrada em corrente contínua do inversor. Já os DPS de corrente
alternada, são instalados em quadros de distribuição em que o
sistema é conectado, ou também em quadros de proteção CA
próprios dos inversores. Alguns inversores já contam com DPS
interno para ambas as proteções. Nesses casos é fundamental
verificar a especificação desses dispositivos para assegurar que o
sistema esteja protegido de forma adequada. (SHARE ENERGY,
2021).

21.4 Aterramento do DPS

21.4.1 Aterramento TT

“O aterramento TT (ou esquema TT) é aquele em que os equipamentos


são aterrados com uma haste própria, diferente da haste usada para aterrar o
neutro, ou seja, neste esquema os pontos não estão equipotencializados.
(ENGEHALL, 2021).

21.4.2 Aterramento do sistema de micro geração

Os aterramentos são caracterizados em; aterramento para proteção e o


aterramento funcional.
21.4.3 Aterramento Funcional

O aterramento funcional tem por objetivo garantir o correto


funcionamento do sistema. É mais difícil de ser encontrado em arranjos
fotovoltaicos, porém podem ser exemplificados por aqueles que incluem
ligação à terra de um condutor por meio de uma impedância, ou aterrar
temporariamente o arranjo fotovoltaico por razões funcionais ou de
desempenho. (Solari nove ,2021).

Figura 78: diagrama de um sistema de aterramento para residência de baixa tensão

Fonte: https://revistapotencia.com.br/eletricista-consciente/artigos-
tecnicos/aterramento-residencial/

21.4.4 Aterramento para a proteção

O Aterramento para proteção, alvo deste texto, é a ligação a terra de um


ponto a um equipamento ou um sistema, por razões relacionadas à segurança.
O principal objetivo deste aterramento é proteger as pessoas e o patrimônio de
falhas (curtos-circuitos ou fuga de corrente) na instalação. (Peruzzo, 2021).

Figura 79: sistema de proteção com atuação do DPS


Fonte: http://www.g20brasil.com.br/o-que-e-aterramento-eletrico/

O DPS e um dos componentes que nos garante a proteção contra a


funga de corrente ou a descarga de corrente (raios elétricos provenientes de
tempestades) juntamente com o com o condutor terra para fazer o
direcionamento da corrente, fazendo com que assim não ocorra dano as
pessoas e nem aos os aninais tendo em vista que o risco associado a contato
acidental com parte viva perigosa, seja a falhas que possam colocar uma
massa acidentalmente sob tensão como fala a NBR 5410.

25. Disjuntor

Dispositivo de manobra (mecânico) e de proteção capaz de estabelecer,


conduzir e interromper correntes em condições normais do circuito, assim
como estabelecer, conduzir por tempo especificado e interromper correntes em
condições anormais especificadas do circuito, tais como as de curto-circuito.
(Elétrica e suas dúvidas, 2021).
25.1 Sobrecarga

Uma sobrecarga num elétrico quando a intensidade de corrente


ultrapassa o valor da intensidade nominal do disjuntor desse circuito. (JOSE
MATIAS, 2021).

“As sobrecargas nos circuitos são evitadas pela proteção térmica, que
funciona por meio de um bimetal que desliga os contatos do disjuntor quando a
corrente elétrica se mantém em nível acima do ideal por longo período de
tempo”. (AEC Web,2021)

Figura 80: especificação da chapa bimetálica do disjunto responsável pela atuação do


disjuntor por parte da sobre carga

Fonte: https://www.mundodaeletrica.com.br/disjuntor-termomagnetico-como-funciona/

25.2 Curto-circuito

Uma corrente elétrica que percorre um condutor elétrico gera um campo


magnético essa lei do eletromagnetismo nos permite dimensionar uma bobina
que quando atingida por uma forte corrente elétrica desloca um contato
seccionando assim um circuito, esse é o princípio de funcionamento do
disjuntor magnético, esse efeito é instantâneo o que garante uma incrível
precisão a este disjuntor. (Margirius, 2021).

A proteção magnética visa evitar curtos-circuitos, ela desarma o


dispositivo quando a corrente, em um espaço curto de tempo, atinge nível
muito acima daquele especificado. (Antonio Souza, 2021).

Figura 81: especificação da bobina de atuação com relação ao curto circuito

Fonte: https://www.mundodaeletrica.com.br/disjuntor-termomagnetico-como-funciona/

25.3 Tipos de disjuntores

O disjuntor comercial mais comum é o disjuntor termomagnético,


fabricado de acordo com as normas técnicas NEMA ou DIN, sendo o modelo
NEMA mais antigo e cada vez menos utilizado devido ao seu baixo rendimento.
DIN fornece alta eficiência de proteção e tamanho compacto. (Henrique
Mattede, 2021).

Figura 82: tipos de disjuntores


Fonte: https://www.mundodaeletrica.com.br/diferenca-entre-disjuntores-din-e-nema/

Figurar 83: disjuntor para corrente continua

https://renovigi.com.br/produto/acessorios/disjuntor-cc-4p-1200vcc-16a

O dispositivo de proteção deve “construir” uma tensão contrária para


abrir um circuito. A energia armazenada na linha (indutâncias distribuídas) deve
ser absorvida pelo dispositivo antes de abrir. Abrir uma corrente em CC
aumenta-se a distância do arco. Melhoram-se as condições para extinção do
arco (Heldwein, 2021).
25.4 Aplicação dos disjuntores

Os disjuntores somente atuaram corretamente se estiver de acordo com


o sistema instalado e planejado de forma correta.

25.4.1 Curva de atuação

25.4.2 Curva B

“Usados para equipamentos elétricos que trabalham com resistências,


como aquecedores e chuveiros” (Instituto Da Construção, 2021).

25.4.3 Curva C

“Além de circuitos de exportação gerais e especiais, também são


adequados para cargas e motores indutivos. Portanto, eles são adequados
para aparelhos de ar condicionado, máquinas de lavar”. (Margirius, 2021).

25.4.4 Curva D

“São usados onde se espera um curto circuito de intensidade alta e onde


a corrente de partida é muito acentuada, sendo muito utilizados em grandes
motores e grandes transformadores”. (Henrique Mattede, 2021).

25.5 A relação entre disjuntor proteção contra


sobrecorrente e corrente reversa

O módulo fotovoltaico pode se aproximar por uma fonte de corrente


proporcionalmente à irradiação solar. As condições de testes STC determinam
a corrente de curto-circuito e a tensão em aberto do módulo assumindo uma
irradiação de 1000 W/m2 e temperatura de célula de 25°C. Na vida real nos
sabemos que a situação não é assim que ocorrer, geralmente a células
fotovoltaicas que estão localizadas na cidade de Aracaju trabalham na faixa de
45°C. Quando os módulos operam na faixa de 45°C, eles trabalham na
condição mais usual que é a NOCT na Cidade de Aracaju/Sergipe. o aumento
de ISC em relação as condições STC é de 2,5. Nas instalações reais a
temperatura ambiente máxima tem seu limite, a corrente Isc nunca ultrapassará
valores significativos além dos valores determinados em STC + 2%.” (Canal
Solar, 2021).

Então entendesse que não é necessária proteção para sobrecarga que


possa ser gerada pelos módulos:

Ele é responsável por fazer a ligação entre a caixa de junção do gerador


com o inversor. O uso é recomendado para situações onde a caixa de junção
está instalada em ambientes internos. O motivo se deve ao fato de esses
cabos serem sensíveis à radiação ultravioleta. Se não for o caso, será preciso
proteger os cabos em tubos para evitar danos. (ITC, 2021).

“O cabo deve conter dupla isolação, ser resistente à radiação UV, ser


capaz de suportar as tensões CC do sistema fotovoltaico (tipicamente 600 a
1500 V) e deve ter condutor de cobre estanhado caso esteja em áreas sujeitas
à maresia”. (Canal Solar, 2021)

“Acima de tudo, estes cabos devem atender a ABNT NBR 16612:2020


que cancela e substitui a ABNT NBR 16612:2017. Essa norma trata, de
maneira específica, de cabos de potência para sistemas fotovoltaicos”. (OCA
Energia, 2021).

Figura 84: modelo de capo utilizado nas instalações


Fonte:https://www.leroymerlin.com.br/cabo-solar-atoxsil-1,8kv-c-c--6mm2-preto-
sil_89939353

26. Anti-lhamento

O Ilhamento em um Sistema Fotovoltaico Conectado à Rede (SFCR)


ocorre quando um sistema fotovoltaico em uma unidade consumidora continua
operando apesar de ter ocorrido interrupção de energia, seja por falha ou por
desligamento da rede elétrica.  Parte de uma rede que contém carga e geração
fica isolada do resto do sistema, que continua operando. (Gaarcia, 2020).

Figura 86: imagem que representa o anti-ilhamento


Fonte: http://primariaenergia.com/blog/Antiilhamento/

A função anti-ilhamento, quando a tensão da rede pública cai, o inverso


desliga automaticamente para garantir a segurança das pessoas que possam
estar em contato com o sistema fotovoltaico, bem como a segurança do
equipamento e do sistema como todo (Leite, 2017).

26.1 Razões de um anti-ilhamento


Segurança: Ocorrendo a interrupção da energia elétrica, operários de manutenção da
rede elétrica correriam sérios riscos de vida, pois sem a função “anti-ilhamento” o
sistema fotovoltaico permaneceria energizado, formando uma espécie de “ilha”,
ameaçando a segurança dos operadores. (Solaredge, 2021).

“Qualidade de energia: Em uma carga na ilha não se há controle nas


grandezas de tensão e frequência, podendo assim gerar danos aos
equipamentos elétricos/eletrônicos presentes nessa ilha.” (Solaredge, 2021).

“Confiabilidade: O religamento da energia elétrica que fosse causada por


um fechamento fora da fase poderia causar diversos danos aos equipamentos
elétricos/eletrônicos”. (Solaredge, 2021).

26.2 Métodos de detecção Anti-Ilhamento

Estessão divididos, basicamente, em métodos passivos e ativos


residentes no inversor, ativo residente na rede e baseados em comunicação
entre a rede e o inversor. (L. Severo, p. 681, 2012).

Métodos Ativos: Todos os Sistemas Fotovoltaicos Conectados à Rede


injetam pequenos sinais na linha e tentam detectar falhas na rede, por
exemplo, injeção de corrente de sequência negativa (função aplicada
aos inversores da SolarEdge), medição de impedância, também em
uma frequência específica. Quando existe a desconexão da rede,
existe um cenário possível em que a carga (modelada como circuito
RLC paralelo) ressoa na frequência da rede, para que o inversor não
tenha a capacidade de saber que a rede caiu. (solar edge, 2021).

Métodos Passivos: Há um monitoramento de parâmetros, pois


quando há mudanças transitórias na rede (ou seja, sobretensão, sub
tensão, sobrecorrente, taxa de variação de frequência (função
aplicada aos inversores da SolarEdge), detecção de aumento de
tensão de fase e detecção harmônica, detectam o ilhamento e o
inversor interrompe a sua geração. (solaredge, 2021).

O anti-ilhamento e um dos mais importantes com relação a proteção do


técnico que venha a fazer alguma manutenção ou correção no sistema de
abastecimentos de baixa tenção pois ele e responsável pela segurança do
técnico e também é responsável pela segurança dos aparelhos do cliente.

27. Dimensionamento do Sistema Fotovoltaico On Grid


com uma análise de readequação fotovoltaica de uma
microgeração

No dimensionamento para um sistema fotovoltaico On Grid é necessário


obter um suporte de ferramentas na conjuntura de alguns dados confiáveis da
irradiação solar no local predeterminado para sua instalação. Entretanto,
dependendo da situação, seja questão de instalação, robustez do sistema, ou
dificuldade local, como usina solar, é mais prudente realizar medidas na própria
localidade do cliente.

Na maioria das vezes, para o dimensionamento em microgeração de até


75Kw, sendo considerado sistemas fotovoltaicos de pequeno porte, já se tornar
viável confiar em dados existentes na base solarimétricas. Hoje em dia, pode-
se encontrados bases acessadas gratuitamente pela internet.
27.1 Análise preliminar

Primeiramente, precisamos em mãos uma conta de energia do cliente.


Para temos a seguintes informações respectivas:

1. Categoria do atendimento
2. Consumo
3. Histórico
4. Consumo mensal pela média anual em KWh

Visto em nosso estudo de caso, o cliente possui uma categoria de


atendimento na rede BT Trifásica, com um consumo médio de 761,5KWh por
mês.

Figura 87: Conta de Luz do cliente em estudo

Fonte: Autoral

Figura 88: Gráfico Mensal da potência consumida durante os meses


Potência Consumida Mensal
(KWh)
879 879 879
900 719 722 726 719 722 726 719 722 726 761.5
600
300
1 1 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 8 8 9 9 1010 1111 1212 1313
0
1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 )
n/2 v/2 r/2 r/2 i/2 n/2 l/2 o/2 t/2 t/2 v/2 z/2 Wh
ja fe m a b
a m a ju u
j ag s e ou no de L ( K
SA
EN
M
IA
ÉD
M

Fonte: Autoral

27.2 MEMORIAL DESCRITIVO

27.2.1 Endereço

Trata-se de uma consumidora localizada na rua Rua Mangabeiras, n°02,


Areia Branca, Aracaju/SE, esquina com a rua Vinte e Nove (também
denominada rua Dionízio).

27.2.2 Identificação e Caracterização da região

Trata-se de região de Zona de Expansão da Capital do estado de


Sergipe, município Aracaju; de forma que a malha urbana tem se estendido
gradativamente até a região. Oferece infraestrutura urbana precária,
apresentando ruas com pavimentação bastante desgastada ou sem nenhum
tipo de pavimentação e iluminação pública e saneamento básico deficientes.
27.2.3 Características e confrontações, localização, área
do logradouro, número e sua designação cadastral

No terreno em questão, n° 02, foram identificadas as seguintes


benfeitorias: casa com dois pavimentos totalizando 257,30m², área de reunião
com churrasqueira coberta totalizando 94,18 m², garagem coberta totalizando
38,46m², depósitos totalizando 30,14m², área de horta totalizando 49,67m² e
galinheiro totalizando 17,83m². Com uma latitude de -11.067930, e longitude
-37.136794.

Figura 89: Foto da parte de cima da casa da localização da residência

Fonte: Autoral

Figura 90: Foto com coordenadas geográficas do estudo de caso


Fonte: Autoral

27.3 CRESESB - Centro de Referência para Energia Solar


e Eólica

Segundo esse site, existe um programa que é baseado em um banco de


dados com valores de irradiação solar com medições por estações
solarimétricas, tendo mais 72 mil pontos de captação de incidência solar só no
Brasil e de alguns países vizinhos.

Primeiramente, o cliente precisa ter conhecimento das coordenadas


geográficas (latitude e longitude) da sua região, ou local desejado para
instalação dos módulos fotovoltaicos. A figura 87 mostrará a tela inical de
dados do CRESESB, onde é necessário inserir as coordenadas tendo dois
formatos distintos: No primeiro formato, formato decimal ou formato em graus,
minutos e segundos.

Figura 91: Tela inicial de coordenadas geográficas do CRESESB


Fonte: http://www.cresesb.cepel.br/index.php#data

Mas antes do CRESESB, temos que conhecer as coordenadas


geográficas da localização. Podendo ser encontrada na ferramenta do Google
Maps (maps.google.com.br), conforme ilustrava a Figura 90 com os dados do
nosso estudo de caso. Pesquisa-se o endereço a ser analisado clica com botão
esquerdo na região da superior da residência. Copia os dados das
coordenadas geográficas disponibilizadas e vai no site do CRESESB para
definir a melhor estação de radiação solar na sua localidade.

Figura 92: Médias mensais das irradiações solares diárias (KWh/m².dia) nas estações
próximas fornecidas pelo CRESESB.
Fonte:http://www.cresesb.cepel.br/index.php#data

Após isso, usa a estação de medição mais próxima da sua localidade.


Usando de referência as médias de irradiação solar. Observa-se que, A
estação mais próxima do terreno é a estação de Aracaju com uma distância de
3,9km da localização. Tendo em vista também, que o melhor ângulo de
inclinação para o posicionamento do telhado é a configuração de 7°N.

Figura 93: Médias mensais da estação irradiação de Aracaju

8
Fonte: http://www.cresesb.cepel.br/index.php#data

27.3.1 Corrigindo a orientação e a inclinação do módulo


fotovoltaico

A maioria da parte dos sistemas solares fotovoltaicos possui ângulo fixo


de inclinação, então deve ser escolhido um ângulo por algum critério. A escolha
incorreta da inclinação e orientação dos módulos podem reduz a captação dos
raios solares. Consequentemente, prejudicando a produção de energia elétrica
pelo painel fotovoltaico.

Agora, precisa saber o quanto a residência em estudo está desnivelada


em relação ao Norte, para saber o quanto de perda haverá por causa da
direção da UC em questão. A instalação adequada de um módulo deve ter em
conta o movimento diário do Sol. Ou seja, um painel instalado com sua face
posicionada para o Leste, somente terá um aproveitamento da radiação no
período da manhã. Já pela tarde, depois das 12 horas, os raios irão deixar
incidir sobre a face do módulo e sua energia não será aproveitada. Da mesma
forma, funciona voltado para o Oeste.

Então, a melhor maneira de instalar um módulo solar fixado, sem


nenhum aparelho de rastreio de captação solar, o que ainda é inviável no
Brasil, é trazer a orientação dos painéis com sua face voltada para o norte
geográfico. Essa orientação melhora o aproveitamento da luz solar ao longo do
dia, pois durante o todo o tempo o módulo terá raios solares incidindo na sua
superfície, obtendo uma melhor incidência ao meio-dia, o melhor horário de
HSP (Horário Pico ou Pleno) do Sol.

Figura 94: Visão Geral da Residência


Fonte: Autoral

Figura 95: Determinação da inclinação com o ângulo de desnivelamento do telhado da


garagem em relação ao Norte Geográfico

Fonte: Autoral

Após a correção de inclinação e orientação do telhado da garagem em


relação ao Norte geográfico, usando o Autocad para saber o ângulo de
desnivelamento da parte superior da garagem. Observa-se que, que pela
disposição do telhado escolhido para estabelecimento dos módulos
fotovoltaicos está desnivelado -69° Oeste, sabendo que a melhor posição de
inclinação dos módulos em relação ao CRESESB é de 7°N (sendo identificado
na figura 93) podendo ser alterado facilmente na estrutura de fixação dos
módulos, após a instalação.

27.3.2 Coletar dados do INMET

Dentro do site do INMET, (Instituto Nacional de Meteorologia), é


necessário fazer uma coleta de gráficos em relação ao Estado da localização
onde está sendo dimensionado o sistema fotovoltaico. No caso pré-
estabelecido, a região sendo trabalhada é em Sergipe/Aracaju, para ter
conhecimento dentro das seguintes informações:
1. Umidade relativa
2. Temperatura média
3. Temperatura mínima
4. Temperatura máxima

Figura 96: Site do INMET

Fonte: https://clima.inmet.gov.br/

27.3.3 Correção da Irradiação pelo software Radiasol 2

Após todas as coletas de dados estabelecidas anteriormente, precisa-se


achar os valores de irradiância corrigidos através de um programa usado para
a modelagem e a simulação de sistemas fotovoltaicos. O programa nos permite
obter as informações de irradiação solar de qualquer lugar do mundo.

Figura 98: Tela inicial do RadiaSol 2


Fonte: Autoral

O programa pode é escolha muito viável para empresas e profissionais


que trabalham com projetos de sistemas solares fotovoltaicos, pela realização
da modelagem sobre a correção, seja ele um sistema de microgeração ou até
uma minigeração solar. A partir dos dados oferecidos pelo cliente, é possível
estabelecer o melhor valor corrigido de irradiação solar para o
dimensionamento do seu sistema fotovoltaico.

Primeiramente, definir o desvio azimutal que foi de -69° Oeste, ou seja,


saber o quanto o telhado está desnivelado em orientação do Norte. E a
inclinação ideal estabelecida pelo CRESESB que é a de 7°N. O albedo (Luz
que bate no solo e reflete no módulo fotovoltaico) é de Aracaju é 20%.

Figura 99: Programa de correção de irradiação solar RadiaSol 2


Fonte: Autoral

Figura 100: Correção dos dados da irradiação Solar pelo RadiaSol2 da UC em estudo

Fonte: Autoral
Figura 101: Irradiação solar da UC em estudo corrigida pelo Radiasol 2

Irradiação Média (kWh/m² dia)


Mês Global Direta Difusa Inclinada
1 6,2 3,37 2,77 6,14
2 6,22 7,28 2,65 6,18
3 6,18 10,37 2,41 6,2
4 5,32 13,86 2,27 5,41
5 4,68 16,22 2 4,79
6 4,42 19,23 2,01 4,49
7 4,53 21,28 1,97 4,64
8 5,04 24,18 2,23 5,14
9 5,75 28,54 2,27 5,8
10 5,96 30,92 2,67 5,97
11 6,15 35,3 2,76 6,11
12 6,32 37,87 2,52 6,24 Fonte: Autoral

27.4 Escolha do módulo fotovoltaico

Sabendo qual é o modelo do painel fotovoltaico que vai ser utilizado, é


possível determinar a quantidade de energia produzida pelo módulo na onde
ele vai ser instalado.

A determinação pode ser realizada de acordo pelo catalogo do


fabricante. Tendo em vista, as principais informações incluídas no
DATASHEET.

O módulo fotovoltaico tratado por parte da explicação é o Talesun


TP660P de 240Wp.

Figura 102: Catalogo de módulo fotovoltaico Talesun TP660P


Fonte: Catalogo do fabricante

27.4.1 Correção de valores do DATASHEET pelo


coeficiente de temperatura

Os fabricantes de painéis solares fotovoltaicos fornecem folhas de dados


com suas respectivas características elétricas e outros dados informacionais
dizente ao módulo.

A potência informada em Wp do fabricante para os leitores, trazem numa


condição “irreal”. Ou seja, na condição STC, já explicado nos capítulos
anteriores. Mas enfim, A potência gerada pelo um módulo não será de 240Wp.
Porque haverá perdas pelo coeficiente de temperatura e a cada 1°C, o módulo
tem uma perda na eficiência de -0,45%. Trazendo essa condição para NOCT,
45-25 = 20°C x 0,45% = 9%. No geral, isso significa que a produção por Wp
será de 218,4Wp dentro da realidade de Aracaju/Sergipe.
Figura 103: DATASHEET do módulo Fotovoltaico Talesun TP 660P

1 Módulo fotovoltaico
Fabricante Talesun
Modelo TP 660P
tipo Policristalino
Potência 240Wp
Eficiência 14,80%
Máx. Corr. Fusível
15A
(série)
N° de células Sem informações
Imp 7,95A
Vmp 30,3V
Isc/Icc 8,80A
Voc/Vca 37,4V
Peso 20kg
Área (m²) 1,64m²
Dimensões (mm) 1640×990×40mm
Coef. Temperatura/ °C -0,45%
Fonte: Autoral

27.5 Cálculo de compensação mensal e diária

Com os dados da latitude e longitude em mãos e a irradiação solar


informada pelo CRESESB e tendo o consumo médio mensal da Unidade
consumidora que é 761,5KWh com categoria de atendimento trifásica. Agora,
daremos ao início no cálculo de compensação mensal:

ECM= CMM – CD

ECM – Energia de compensação mensal

CMM – Consumo médio mensal

CD – Custo de disponibilidade (Será de 100KWh por causa da taxa de


disponibilidade da categoria trifásica).

LOGO: ECM = 761KWh – 100


ECM = 661,5KWh

Agora iremos calcular a energia de compensação diária:

ECM
ECD =
30

ECD – Energia de compensação diária

ECM – Energia de compensação média

30 dias no mês

661,5
𝐸𝐶𝐷 = = 22,05 KWh
30

25.5.1 Cálculo de potência do sistema fotovoltaico e da


potência disponível na UC

Para calcular a potência do sistema utilizando essa próxima equação


abaixo:

ECD
Psistema =
(1−FPx HSP)

22,05 KWh
Psistema =
( 1−0,25 ) x 5,54

22,05 KWh
Psistema =
0,75 x 5,54

Psistema = 5,307 KWp

Psistema – Potência do sistema em KWp

FP – Fator de perda

HSP – Horas de sol pico ou pleno


Já no cálculo da potência disponibilizada do sistema, funcionará da
seguinte maneira, precisamos recorrer aos dados da fatura do cliente em
estudo.

Pdisp. = Disjuntor (Geral) * VL * 0,92 * √ 3 (trifásico)

Pdisp. = Disjuntor (Geral) * VL * 0,92

Disjuntor Geral – Corrente nominal

VL – Tensão entre fases (Tensão de linha)

Na UC em estudo de caso tem uma potência disponibilizada de 17508W.

Disjuntor (Geral) – 50A

VL – 220V

Classe consumidora de atendimento – Trifásica

Pdisp. = 50*220*0,92*√ 3

Pdisp. = 17508W

25.5.2 Cálculo de geração de um módulo

Após a escolha do módulo, agora é preciso analisar as características do


painel fotovoltaico necessárias para realizar o cálculo da produção energética
feita com base nos atributos regionais onde se coloca este módulo, as suas
dimensões físicas para maior ou menor captação de radiação solar e a sua
eficiência para melhor aproveitamento da geração.

Assim conseguimos descobrir o cálculo da energia gerada diária do


módulo através da seguinte fórmula:

𝐸𝐷 = 𝐸𝑆 𝑥 𝐴𝑃 𝑥 𝑛𝑃 𝑥 𝑇

ED= Energia produzida pelo painel diariamente (Wh)


ES= Energia diária média recebida pelo Sol (Wh/m².dia)

AP= Área da superfície do módulo (m²)

nP= Eficiência do módulo

T= Taxa de Disponibilidade (Fator de perda)

Exemplo:

ES: Energia produzida no mês de janeiro: 6,14

AP: Área do módulo Talesun TP 660P, segundo o DATASHEET: 1,64m²

nP: Eficiência do módulo, segundo o DATASHEET: 14,8%

T: Fator de perda no geral até 25% da produção fotovoltaica.

ED: 6,14x1,64x0,148x0,75= 1,12KWh.dia

Para saber a compensação mensal, basta multiplicar por N° de dias do


determinado mês produzido.

ED (mensal): 1,12x31= 34,65KWh.mês

Figura 104: Tabela diária de compensação por um módulo

MÊS Inclinada Energia Elétrica Produzida por um Módulo (KWh/ dia)


jan/21 6,14 1,12
fev/21 6,18 1,13
mar/21 6,2 1,13
abr/21 5,41 0,98
mai/21 4,79 0,87
jun/21 4,49 0,82
jul/21 4,64 0,84
ago/21 5,14 0,94
set/21 5,8 1,06
out/21 5,97 1,09
nov/21 6,11 1,11
dez/21 6,24 1,14
Média 1,02
Total 12,22
Fonte: Autoral

Figura 105: Tabela mensal de compensação por um módulo

MÊS Inclinada Energia Elétrica Produzida por um Módulo (KWh/ mês)


jan/21 6,14 34,65
fev/21 6,18 31,50
mar/21 6,2 34,99
abr/21 5,41 29,55
mai/21 4,79 27,03
jun/21 4,49 24,52
jul/21 4,64 26,18
ago/21 5,14 29,01
set/21 5,8 31,67
out/21 5,97 33,69
nov/21 6,11 33,37
dez/21 6,24 35,21
Média 30,95
Total 371,37
Fonte: Autoral

25.5.3 Módulos necessários para o sistema fotovoltaico e


a sua capacidade geração

Sabendo a energia produzida por um módulo, determinamos a geração


média mensal com o consumo médio mensal da residência da conta de
energia, para saber quantos módulos do mesmo é necessário para compensar
a geração consumida.

Consumo médio mensal do cliente


Quantidade =
Médiade geração mensal de 1 módulo

761,5 KWh /MÊS


Quantidade =
30,95 kWh/ MÊS
Quantidade = 24,6 módulos fotovoltaicos

Serão adotados 24 módulos fotovoltaicos para abastecimento da UC em


estudo de caso.

Logo a potência total será de: Ptotal 22 x 218,4Wp = 5,241KWp

Agora é preciso determinar a capacidade de geração mensal. Para


temos ideia de tudo aquilo que foi consumido pela rede será compensado pela
potência injetada do sistema fotovoltaico.

Capacidade de geração mensal = Energia média mensal x Quantidade


de módulos

Capacidade de geração mensal = 34,65 (janeiro) x 24 módulos

Capacidade de geração mensal = 831,59 KWh

Figura 106: Tabela de preenchimento de potência consumida pela rede e potência


injetada pela geração dos módulos

Figura 107: Compensação de Crédito gerado pelo sistema

cONSUMIDA X INJETADA
Consumo (KWh) Geração (KWh)

845.13
839.71
831.59

808.56

800.83
879

879

879
760.20
756.00

709.08

696.15
648.75

628.43
726

726

726
722

722

722
719

719

719
588.50

1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
-2 -2 -2 r-
2 -2 -2 l-
2
g-
2 -2 -2 v-
2 -2
an eb ar p ay n
Ju u ep ct o ec
J F M A M Ju A S O N D

Fonte: Autoral

Figura 108: Geração de Créditos pelo sistema


Geração de Créditos
1000
900
800
700
600
500
400
300
200
100
0
21 -21 r-21 r-21 -21 -21 l-21 21 -21 t-21 -21 -21
n- b y n u g- p v c
J a F e M
a Ap
M
a J u J Au Se Oc No De

Fonte: Autoral

De acordo com o gráfico acima é perceptível os meses que irão gerar


créditos consecutivos para compensar nos meses mais fracos.

25.6 Arranjo e Micro inversores

Nessa etapa, o arranjo fotovoltaico foi organizado seguindo a ABNT


NBR 16690, portanto, o arranjo ficou com 24 módulos fotovoltaicos, associados
em série por cada módulo ligado individualmente pelas MPPTs do Micro
inversor com a tensão máxima de 1 módulo de 30,3V e são 4 módulos
associados em série por cada micro inversor, sendo 6 micros inversores, a
corrente dos módulos é de 7,95A, e a corrente do sistema será 2,36Ax6 =
14,16A, por ser um sistema ligado em paralelo entre os micros inversores.
Consequentemente foi usada apenas 6 strings e 4 MPPTs, visto que o Micro
inversor escolhido tem compatibilidade com essa organização. Por fim, o peso
total do sistema (502,8 kg) foi calculado pela soma do peso dos módulos (20
kg) e a soma dos micros inversores (3,8kg) e para saber se a estrutura da UC
suporta esse valor, é necessário que um engenheiro civil faça uma análise da
estrutural da residência.
Figura 109: Dados do arranjo fotovoltaico

Dados primários

Dados dos módulos


Potência do Sistema FV 5,241KWp
Tensão total (em série) 30,3Vx4
Corrente na string 7,95Ax4
Fonte: Próprio Autor

Agora veremos as características do micro inversor selecionado para o


sistema fotovoltaico.

Figura 110: Dados do Micro Inversor YC1000-3-220

Dados do Micro Inversor

AP
Marca/Modelo systems/YC1000-
3-220

Tensão máxima de
60Vcc
entrada

Tensão de entrada 22Vcc

Corrente máxima de
14,8Ax4
entrada

tensão de saída 127x3

Frequência de saída 60Hz


Corrente máxima de
2,36Ax3
saída

Potência nominal 900W

Eficiência de saída 95%

Peso 3,8kg

Fonte: Autoral

A determinação do micro inversor e a sua melhor configuração de


utilização.

Na escolha do micro inversor, os valores de tensão e corrente são


realizados de maneira individual por MPPT. Levando em conta os valores da
figura 111, a tensão máxima gerada pelo sistema é de 127V e a corrente
máxima gerada é de 14,16 A. Além disso, a tensão de saída do Micro inversor
deve ser compatível com o nível da rede 127/220V e a frequência nominal de
saída deve ser igual a 60 Hz. Por conta disso, a conexão de saída escolhida do
Micro inversor é trifásica, já que este é o tipo de fornecimento recebido pela
UC.

Figura 110: Arranjo do Micro Inversor

Escolha do Micro Inversor

Características Limites Adotados


Faixa de potência (KW) 900 900
Tensão entrada CC 60 30,3Vx4
MPPT 1 4 4
Entradas por MPPT 1 1
Corrente de entrada (Isc) 14,8Ax4 7,95Ax4
Ligação Trifásica Trifásica
Fonte: Autoral

A partir desse momento finalizaremos a configuração de arranjo de acordo com


as entradas das MPPT do micro inversor.

Figura 111: Arranjo Final

Arranjo Final

Arranjo Fotovoltaico

n° de string String por MPPT N° de módulos por String Vmax (V) Imax (A)

1 1 4 30,3V 7,95

Fonte: Autoral

25.7 Dimensionamento de condutores da parte CC


(Corrente Contínua)

Os condutores elétricos conectados em corrente contínua devem ser


específicos na instalação fotovoltaicas, como aqueles apresentados no capitulo
12.1.

Os conectores da parte CC, segue a norma da NBR 16690, conforme


isso, eles devem seguir as definições abaixo:

Figura 112: Dimensionamento dos condutores CC, segundo a NBR 16690

Tensão do cabo 1KV


Proteção do cabo Raios UV. Dupla isolação
temperatura máxima 90°C
Queda de tensão da Vmax do arranjo -3%
Fonte: NBR 16690 (ADAPTADO)

Conectores com isolação tradicional podem ser empregados em


instalações abrigadas em calhas ou eletrodutos. Em instalações com
condutores aparente devem ser empregados cabos com proteção contra a
radiação ultravioleta e fabricados para suportar temperaturas extremas.
(Villalva, 2019).

Dentro das principais características temos a formula de queda de


tensão para determinação da seção transversal dos conectores, é necessário a
utilização da queda de tensão para temos o valor especifico do condutor, com
essa fórmula, levando em conta também a resistividade do tipo do material
condutivo, a tensão de arranjo já determinada antes (30,3V), a distância entre
os módulos e o Micro inversores fotovoltaico (2m), a corrente do arranjo
(7,95A) e o valor de queda de tensão considerada (-0,5%), após a realização
desse método de dimensionamento foi encontrado um condutor de 3,1 mm²,
considerando-se assim, um condutor padronizado de 6 mm², segundo a NBR
16690. E o condutor de aterramento de 6 mm².

A respectiva fórmula de cálculo de queda de tensão do condutor da


parte CC:

Sc=¿ρ x L x In) / (𝜟𝜠% x Vf) (Monofásico)

Sc=¿ρ x L x In) / (𝜟𝜠% x Vf) (Trifásico)

 Sc = Seção transversal do cabo, pelo método de queda de tensão


(mm²);
 ρ = Resistividade do condutor de cobre (0,017 Ωmm²/m);
 L = Comprimento entre os trechos analisados (m);
 ¿ = Corrente nominal (A);
 𝜟𝜠% = Queda de tensão considerada (%);
 -Vf = Tensão de fase (V).

Figura 113: Datasheet Cobre da parte CC

Fonte: Catálogo Cabo Solar Condutec

25.7.1 Dimensionamento de condutores da parte CA


(Corrente Alternada)

Os procedimentos e as exigência técnicas da norma ABNT NBR


5410:2004 – “Instalações Elétricas em Baixa Tensão” (BT) – devem ser ligados
na conexão dos sistemas fotovoltaicos à rede, como fosse em qualquer
aplicação elétrica tradicionalmente.

O cabeamento deve ser dimensionado de acordo com os critérios de


capacidade de corrente, a queda da ddp – “Diferença de potencial” (tensão
elétrica), e o método de aplicação utilizado. Os equipamentos de segurança,
como disjuntores termomagnéticos e o DR diferencial residual, presentes
obrigatoriamente nas instalações elétricas em baixa tensão, são especificados
e já dimensionados de acordo com os padrões técnicos já conhecido.

Figura 114: Métodos de instalação pela norma ABNT NBR 5410:2004


Fonte: Autoral

Figura 115: Capacidade de condução dos cabos convencionais de baixa tensão


Fonte: Autoral

Figura 116: Dimensionamento de Eletrodutos

Fonte: https://docplayer.com.br/84208663-Instalacoes-eletricas.html

Figura 117: Tabela de dimensionamento

Fonte: https://www.foxlux.com.br/blog/dicas/como-dimensionar-eletrodutos/
Considerando uma queda de tensão de 0,5%, iremos calcular a seção
transversal do cabeamento CA, levando em conta uma distância 30m, a tensão
de saída do micro inversor de 220v, sendo uma corrente de 7,08A, com o
método de instalação A1. Fazendo os cálculos, utilizando a equação usada
anteriormente (trifásica), foi encontrado um conduto de seção transversal de
5,69 mm². Portanto, foi utilizado um condutor de 6mm², visto o valor mínimo
considerado pela NDU 001 para o ramal de entrada. Ademais, a seção do
eletroduto embutido foi dimensionada segundo a bitola CA, ficando um
eletroduto de ½’’ utilizando uma área útil de (40% da área total do eletroduto),
sendo três condutores de 6mm² e um condutor de aterramento de 6mm², obtendo um
diâmetro nominal (mm) de 20mm com até 4 condutores usando a tabela D da figura
117.

25.7.2 Dimensionamento de condutor de aterramento

O condutor de aterramento, já dimensionado seguindo a tabela da NBR-


5410:2004 apresenta a mesma seção transversal dos condutores trifásicos de
(6 mm²), além disto, tendo em vista que o cabeamento projetado para o
aterramento das partes metálicas do arranjo fotovoltaico deve garantir uma
seção mínima de 6 mm², segundo a NDU 001.

Figura 118 - Dimensionamento do cabeamento de proteção.


Fonte: ABNT NBR 5410 (2004).

25.8.1 Dimensionamento da proteção da parte CC

Os micros inversores não possuem string box CC, pois todas as


proteções se encontram internamente.

25.8.2 Dimensionamento da proteção da parte CA

No dimensionamento da proteção CA, foram realizados os cálculos de


dimensionamento de DPS e de disjuntores. Primeiramente, calculou-se a
corrente de curto-circuito pela norma francesa. Usando as seguintes
informações já estabelecidas anteriormente: Tensão do arranjo (30,3V), a
distância (35 m), a seção transversal do condutor (6 mm²), a resistividade dos
condutores (Cobre, 0,017 Ωmm²/m), fator R (1) e o fator de potência da
instalação (1). Após a realização do cálculo foi encontrado um valor de
0,179KA para a corrente de curto-circuito. Além disso, foi analisado a corrente
de curto-circuito dos módulos, no datasheet do fabricante, o valor encontrado
de 8,80 A. Previsto pela NBR 5410 e a 5410 fizemos uma consideração de um
valor mínimo de 20KA, observando a determinação dessas normas que em
circuitos fotovoltaicos urbanos, a corrente de descarga do DPS deve está na
faixa de 20KA a 40KA. A única alteração no DPS foi na D.D.P, tendo em vista
que a saída do micro inversor libera uma tensão de 220 V, então a tensão do
DPS foi de 275V. Finalizando, após a escolha do DPS, analisou-se o seu
respectivo datasheet, escolhida uma corrente máxima de descarga de 20KA.

Seguido pela norma IEC 60364, recomenda-se o uso de DPS Classe II


nos sistemas fotovoltaicos. Os métodos de aplicação e os dispositivos
adequados dependem de projeto específico e da consulta ao catálogo do
fabricante. (Villalva, 2019).

cosØ x Vf x Sc
Ik =
Rt x ρ x 2 x L

 - Ik = Corrente de curto circuito (A);


 - cosØ = Fator potência da instalação;
 -Vf = Tensão do arranjo fotovoltaico (V);
 - Sc = Seção Transversal;
 - Rt= Fator R;
 - ρ = Resistividade do condutor de cobre (0,017 Ωmm²/m);
 -L = comprimento (m).

Figura 119 – Características do DPS já projetado na UC.

Protetor Surto Anti Raio Dps Clamper Vcl 275v 15KA


Classe II
Categoria 3
Tensão Mínima Operacional (V) 127 - 220
Corrente Máxima de Descarga – Urbano (KA) 20 - 40
Tensão do DPS (V) 275
Corrente de Descarga nominal (KA) 15
Corrente de Descarga máxima (KA) 20
Fonte: Autoral.

Figura 120: DPS da residência


Fonte: Autoral.

No dimensionamento do disjuntor, será dimensionado uma corrente 20%


superior da qual utilizada na corrente de saída total do micro inversor (7,08A).
O disjuntor será tripolar de corrente alternada e de curva C, o qual terá uma
corrente de curto-circuito 5 KA, a qual se encaixa ao mínimo aceito pela NDU
001.

23. Conclusão

Através da imagem a seguir podemos perceber o mal direcionamento


das placas 3.1; 3.2; 3.3;3.4 ;4.1; 4.2; 4.3; 4.4 que estavam apontadas para a
parte sudeste do mapa geográfico onde a uma menor incidência de raios solar,
assim resultando em uma baixa produtividade das placas fotovoltaicas
portando não suprindo a necessidade da residência.

Figura ###:
Conforme mostrado na figura ### observa-se que através do
demonstrativo de compensação a energia injetada na rede torna-se insuficiente
na compensação da energia consumida pela rede elétrica.

Figura ###: Demonstrativo de compensação da energia injetada na UC


23.1 PROJETO FOTOVOLTAICO NO AUTOCAD E EM
FORMATO 3D

Inicialmente, o projeto realizado na unidade consumidora tinha previsto


um sistema fotovoltaico com 16 módulos, só que ao longo do tempo a energia
injetadas dos 16 já não era o suficiente para alimentar a rede. Com isso, foram
adicionados mais 8 módulos de forma não homologada, sem readequação do
projeto, após a sua instalação. Entretanto, a forma de orientação dessas 8
placas fotovoltaicas sendo instaladas inadequadamente pela correlação do
Norte geográfico. Portanto, a aplicação desses painéis não se tornou suficiente,
por causa do péssimo aproveitamento da forma pela qual os módulos foram
orientados na sua ocupação.

Figura ###: Projeto original da UC


Comprovado pela análise de dimensionamento tratado no capítulo
anterior, tinha-se que a quantidade de painéis solares fotovoltaicos eram
suficientemente no abastecimento da rede elétrica. Tornando assim, que
readequação das placas foram más otimizadas em relação a sua orientação.

Baseando-se nos estudos realizados na instituição e em campo, foram


feitas correções no sistema de projeto elétrico baseados na NBR 16690 na
parte CC, NBR 5410 parte CA e a norma francesa NF C 15100 no
dimensionamento de proteção dos condutores. Junto a isso, a melhora da
orientação e localização dos painéis fotovoltaicos assim possibilitando uma
melhor produtividade e suprindo a necessidade da UC. Para temos uma melhor
produtividade foi escolhido um novo local de instalação das placas na
orientação noroeste.
Figura ###: Orientação adequada na residência

Figura ###: Projeto readequado na unidade consumidora

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