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Problemática

Pode-se compreender que grande parte dos problemas não ocorre com o
equipamento estritamente solar como o gerador fotovoltaico, mas com outros elementos do
sistema de armazenamento e controle. Destes elementos os que têm maior ocorrência de
falha são os equipamentos controle, armazenamento e conversão, uma pequena parcela aos
módulos fotovoltaicos.
Metodologia

A metodologia qualitativa de pesquisa envolve coleta e análise de dados


qualificáveis. O método de pesquisa será de caráter teórico e experimental de umas das
técnicas, visando reunir conhecimentos aplicáveis ao estudo, utilizando para tal: livros,
revistas, artigos, internet, catálogos de fabricantes, dentre outros.
Justificativa

Evitar excessos é um fator de grande importância a ser considerado no


dimensionamento dos sistemas fotovoltaicos, isto é, o uso dos equipamentos elétricos ou
eletrônicos deve ser bem projetado, bem como, apresentar baixo consumo de energia. Pelo
maior custo de construção do sistema estar na aquisição dos módulos fotovoltaicos, esses
devem ser projetados de forma eficiente.
Limitação da pesquisa

Durante a elaboração do trabalho encontramos impasses :

 Parte prática do tema sugerido;


 Deficiência na apreensão de livros, artigos e revistas.

Delimitação do tema
O presente trabalho é conduzido com base nos seguintes tópicos:

 Pesquisa aplicada à energia solar fotovoltaica;


 Integração e simulação de sistemas fotovoltaicos em residências rurais.
OBJECTIVOS

OBJECTIVO GERAL
Sistema fotovoltaico para uma residêncial rural com bomba de água.
OBJECTIVO ESPECÍFICO
 Fazer chegar água a uma residência a partir do sistema proposto;
 Criação de um sistema fotovoltaico para uma residência rural com
bombeamento de água.
INTRODUÇÃO
A energia solar pode ser convertida directamente em electricidade utilizando-
se as tecnologias de células fotovoltaicas. É vista como uma tecnologia do futuro,
visto que se utiliza uma fonte limpa e inesgotável que é o Sol.
No actual estado da arte desta tecnologia, ela só encontra viabilidade
económica em aplicações de pequeno porte em sistemas rurais isolados (Iluminação,
bombeamento de água etc), serviços profissionais (retransmissores de sinais,
aplicações marítimas) e produtos de consumo (relógio, calculadoras).
Porém, sabe-se que o mercado fotovoltaico é ainda uma fracção do que
poderia ser, visto que existe uma parcela significativa da população mundial, cerca de
1 bilhão de habitantes ou aproximadamente 20% da população mundial, localizadas
principalmente nas áreas rurais, que não têm acesso a electricidade.
Pesquisas feitas nos últimos 10 anos, resultando em aumento da eficiência dos
módulos e diminuição considerável nos custos de produção, sinalizam boas
perspectivas futuras, inclusive para aplicações de maior porte. Este futuro depende
também do aumento das pressões mundiais para a utilização de fontes energéticas
renováveis e limpas e a continuidade da linha de pensamento governamental dos
países industrializados que buscam uma diversificação das fontes de suprimento
energético.

Este trabalho está dividido em duas partes, procura apresentar informações


básicas relacionadas ao fundamento da energia solar fotovoltaica incluindo, princípio
de funcionamento, principais aplicações, projecto, custos, bem como um panorama
geral da utilização dos sistemas fotovoltaicos para bombeamento de água no mundo.
Fundamentação teórica

Energia solar
É um termo que se refere à energia proveniente da luz e do calor do Sol. É
utilizada por meio de diferentes tecnologias em constante evolução, como o
aquecimento solar, a energia solar fotovoltaica, a energia heliotérmica, a arquitetura
solar e a fotossíntese artificial. Tecnologias solares são amplamente caracterizadas
como ativas ou passivas, dependendo da forma como capturam, convertem e distribuem
a energia solar. Entre as técnicas solares ativas estão o uso de painéis fotovoltaicos,
concentradores solares térmicos das usinas heliotérmicas e os aquecedores solares.
Entre as técnicas solares passivas estão a orientação de um edifício para o Sol, a seleção
de materiais com massa térmica favorável ou propriedades translúcidas e projetar
espaços que façam o ar circular naturalmente.

O sol fornece energia à terra na forma de radiação, que é composta por uma
fracção direita “quando a irradiação incide direitamente sobre a superfície, sem sofrer
qualquer influência” e fracção difusa “ quando a irradiação solar que atinge a superfície
após sofrer espalhamento pela atmosfera terrestre” .

A medição da radiação solar pode ser efetuada com piranómetros, por sensores
fotovoltaicos ou indireitamnete através da análise das imagens de satélite. O
aproveitamento do sol, é hoje uma das alternativas energéticas relativamente à
dependência dos combustíveis fósseis. A quantidade de energia anual proveniente do sol
que atinge a atmosfera terrestre, corresponde a 10.000 vezes o
consumo mundial de energia

No interior do Sol ocorre uma reação de fusão, em que os núcleos de hidrogénio


transformam-se em núcleos de hélio, transformando a maior parte desta massa em
energia, praticamente inesgotável e constante, tratando se de um recurso com elevado
potencial energético.
São dois tipos de tecnologias diferentes que permitem obter energia a partir do Sol, que
são:
 Solar térmico: refere-se a captação de luz solar para aquecer a água de
residencias e prédios por meios de placas e um aquecedor solar.
 Solar fotovoltaica: É um modelo em que os componentes de seu kit funcionam
de forma a realizar a conversão da radiação solar em electridade.
 Solar fotovoltaica
Um sistema fotovoltaica é uma fonte de potência elétrica, na qual as células
fotovoltaicas transformam a Radiação Solar diretamente em energiaelétrica. Os
sistemas fotovoltaicos podem ser implantados em qualquer localidade que tenha
radiação solar suiciente. Sistemas fotovoltaicos não uilizam combusíveis, não possuem
partes móveis, e por serem disposiivos de estado sólido, requerem menor manutenção.
Durante o seu funcionamento não produzem ruído acúsico ou eletromagnéco, e
tão pouco emitem gases tóxicos ou outro tipo de poluição ambiental. A premiabilidade
dos sistemas fotovoltaicos é tão alta, que são uilizados em locais inóspitos como:
espaços, desertos, selvas, regiões remotas, etc.

Classicação dos sistemas fotovoltaicos

Os sistemas fotovoltaicos são classiicados de acordo à forma como é feita a geração


ou entrega da energia elétrica em:
• Sistemas Isolados

• Sistemas conectadosà rede (On-Grid)

Sistema Isolado é aquele que não tem contato com a rede de distribuição de
eletricidade das concessionárias. Os sistemas isolados podem ser classiicados em híbridos ou
Autônomos (Puros). Os sistemas autônomos podem ser com,ou sem armazenamento elétrico.

Sistemas isolados são comumente usados em regiões remotas onde há ausência


de fornecimento de energia elétrica. Aponta que estes são caracterizados por aplicações
de baixas potências, com valores típicos entre centenas de WP

Sistemas autônomos: (Puros) um sistema fotovoltaico puro é aquele que não


possui outra forma de geração de eletricidade.
Devido ao fato de o sistema só gerar eletricidade nas horas de sol, os sistemas
autônomos são dotados de acumuladores que armazenam a energia para os períodos sem
sol, o que acontece todas as noites, e também nos períodos chuvosos ou nublados.
Os acumuladores são dimensionados de acordo à autonomia que o sistema deve
ter, e essa varia de acordo às condições climatológicas da localidade onde será
implantado o sistema fotovoltaico.
Sistema híbrido: é aquele, que quando desconectado da rede elétrica, faz uso
de mais de uma forma de geração de energia, como energia eólica, diesel e energia
fotovoltaica. Tais características levam a apontar que esses sistemas são mais complexos e
necessitam de algum tipo de controle capaz de integrar os vários geradores, de forma a
otimizar a operação para o usuário
Sistema conectado à rede: esse tipo de sistema é aquele que a energia
fotovoltaica se apresenta como uma fonte complementar a geração convencional. Esse
sistema geralmente não utiliza armazenamento, já que toda a potência gerada é entregue a
rede elétrica.
Vantagens e desvantagens
A energia solar possui diversos benefícios, tais como vida útil longa, maior
economia e valorização do imóvel. Entretanto, quando falamos desse tipo de geração, é
necessário apontar vantagens e desvantagens da energia solar. Entre as poucas desvantagens,
pode-se encontrar um alto custo de aquisição e a questão da intermitência na produção de
energia.
As principais vantagens são:
a) É renovável: a energia advinda do sol pode ser considerada inesgotável. As
tecnologias atuais, inclusive, permitem o armazenamento de calor durante certo tempo,
de forma que, quando não há sol, a produção de eletricidade não é prejudicada.

b) É gratuita. A energia advinda do sol não possui custos, haja vista que é um recurso
oferecido pela natureza. A correta localização das usinas solares permite o máximo
aproveitamento.

c) Ocupa pouco espaço. Ao contrário, por exemplo, das hidrelétricas, a produção de


energia solar não demanda a ocupação de grandes áreas, com processos de desocupação
de regiões naturais.

d) Não emite poluentes. Ao contrário de outras fontes produtoras de energia, como as


termoelétricas, as usinas solares não emitem poluentes na atmosfera.

e) Baixa necessidade de manutenção. Apesar de ser uma tecnologia cara, os painéis ou


placas utilizados na produção de energia são resistentes e praticamente não oferecem
custos de manutençã
As principais desvantagens são:
a) Custo elevado. Atualmente, a tecnologia de produção de energia solar é muito cara.
As placas residenciais, por exemplo, são exclusividades da população economicamente
mais rica, exceto nos casos em que o governo custeia ou financia o equipamento para
lares mais humildes. No entanto, a tendência é que esse equipamento fique mais barato
nos próximos tempos.

b) Dependência climática. As variações climáticas interferem rapidamente sobre a


produção de eletricidade. Nas usinas solares, por exemplo, a produção interrompe-se quando
o sol fica encoberto por mais de 23 horas seguidas, que é o tempo máximo de
armazenamento de energia nessas unidades, não pode ser aproveitada durante a noite.
c) Baixa capacidade de armazenamento. Apesar de a energia produzida ter o seu
armazenamento viável e possível, ele não acontece em grandes quantidades em
comparação a outras fontes de energia.

Componentes de um sistema fotovoltaico autônomo


Um sistema fotovoltaico residencial autônomo, geralmente, possui os seguintes
componentes:

 Módulos solares / painéis PV;


 Baterias (em sistemas isolados);
 Conversores;
 Reguladores de carga (em sistemas isolados);
 Dispositivos de proteção.

Figura 1: Processo de produção de energia solar.

A captação da radiação solar é feita através dos painéis FV, que por sua vez
produz uma determinada tensão aos seus terminais. A corrente produzida pelos painéis FV é
contínua, mas varia de intensidade dependendo da radiação solar incidente. Existem
principalmente dois tipos de reguladores de carga cuja função é proteger e regular o nível
energético das baterias. No caso de existirem equipamentos que funcionem com corrente
alterna (AC), e pelo facto dos painéis FV produzirem corrente contínua (DC), então é
Associação de módulos fotovoltaicos
Difcilmente um único módulo fotovoltaico será sufciente para consituir o painel
fotovoltaico de um sistema fotovoltaico. Um painel fotovoltaico é um conjunto de módulos
fotovoltaicos eletricamente ligados entre si, que fornecem determinado potencial, e
geralmente estarão ligados a um disposiivo de condicionamento de potência e/ou controle.
Dispositivos fotovoltaicos podem ser associado em série e/ou em paralelo, de
forma a se obter os níveis de corrente e tensão desejados. Tais dispositivos podem células,
módulos ou arranjos fotovoltaicos.
Associação em série
A associação de módulos em série ocorre quando queremos aumentar o valor de
tensão do sistema. Os valores de tensão somam-se, e o valor de corrente permanece o
mesmo. Como condição desta ligação, os módulos a colocar devem ter a mesma potência,
para minimizar as perdas no istema, ou seja:

VT = V1 + V2+... VN Equação (1)


IT = I1 = I2=... IN Equação (2)

Figura 2: A associação de de em série.


Associação em paralelo
A associação de módulos em paralelo ocorre quando queremos obter
intensidades de corrente mais elevadas. Os valores de corrente somam-se, e o valor de
tensão mantém-se. Não se devem dispor em paralelo módulos de tensão diferentes, ou seja:

IT = I1 + I2+... IN Equação (3)


VT = V1 = ....VN Equação (4)

Figura 3: A associação de módulos em paralelo.


Associação série-paralelo
Associação série-paralelo: Existe igualmente, a possibilidade de efetuar uma
associação mista (série e paralelo) de módulos. Este tipo de associação é comum nos
sistemas interligados à rede pública, onde é necessário para a aplicação que se deseja, obter
superiores valores de tensão e corrente.

Figura 4: associação de módulos série-paralelo.


CONTROLADORES
Os controladores de carga são componentes indispensáveis para o sistema
fotovoltaico, pois permitem o controle do limite de carga que os módulos de baterias podem
receber evitando desta forma a sua queima por sobrecarga e conseqüente aumento do ciclo
de vida destes módulos.

Figura 5: Controlador de carga.


São compostos por um circuito de controle e outro de comutação. O circuito de
controle monitora as grandezas do sistema, como tensão, corrente e temperatura na bateria,
processando essas informações e gerando sinais de controle que são utilizados para
comandar o circuito de comutação. O circuito de comutação é formado por chaves
semicondutoras que controlam a tensão e/ou a corrente de carga ou de descarga das baterias.
Os controladores podem ser do tipo parelelo ou série, dependendo da forma como
desconectam os módulos fotovoltaicos das baterias quando estas antigem a posição de plena
carga.
As principais funções atribuídas aos controladores de carga das baterias são:
Providenciar o carregamento da bateria
 Evitar sobrecarga na bateria
 Bloquear corrente reversa entre a bateria e o painel
 Prevenir descargas profundas (no caso de baterias chumbo-ácido)
Na hora de escolher o regulador/controlador para um sistema fotovoltaico,
levamos em consideração:

Tensão Nominal do Sistema PV: o controlador deve ter tensão nominal igual à
tensão do banco de baterias, que é a tensão nominal do sistema fotovoltaico, que é quem
determina o modo deassociação dos módulos fotovoltaicos e das baterias.

Corrente de Curto Circuito do Arranjo Fotovoltaico: os controladores devem ser


capazes de receber a totalidade de corrente enviada pelo arranjo fotovoltaico, que é a
corrente de curto-circuito. A corrente de curto-circuito do arranjo é a soma das correntes dos
módulos ligados em paralelo. Deve-se considerar um fator de segurança entre 10% e 25%, e
a ligação de fusíveis entre o arranjo PV e o controlador de carga.

Corrente de Saída: no caso de cargas CC ligadas ao controlador, deve-se


considerar um fator de segurança entre 10% e 25% para a corrente que vai das baterias para
essas cargas. Para calcular a corrente de saída, somam-se as correntes de partida de todas as
cargas que funcionarão simultaneamente.
Bateria
Quando, em um sistema fotovoltaico, a energia é requerida em momentos em
que não ocorre simultaneamente a geração, torna-se necessária a utilização de bateria .
Também chamadas de acumuladores eletroquímicos, as baterias são uma importante forma
de armazenamento de energia que pode ser utilizada, pois são capazes de transformar
diretamente energia elétrica em energia potencial química e posteriormente converter,
diretamente, a energia potencial química em elétrica. Cada bateria é composta por um
conjunto de células eletroquímicas ligadas em série obtendo-se a tensão elétrica desejada.

Figura 6: Acumulador solar.


As baterias são classificadas em primárias e secundárias. As baterias primárias
são aquelas que não podem ser reutilizadas, uma vez que sua energia já tenha sido esgotada.
Já as secundárias são aquelas que podem ser recarregadas por meio da aplicação de uma
corrente elétrica em seus terminais. Para sistemas fotovoltaicos, são utilizadas as
secundárias, e, em relação ao tipo de bateria utilizada, opta-se pelas baterias estacionárias
(ou baterias de ciclo profundo). Ao contrário das baterias automotivas, as baterias
estacionárias podem operar com ciclos diários de carga e descarga profundos sem que se
prejudique sua vida útil. Entre as mais utilizadas em sistemas fotovoltaicos, estão as baterias
de chumbo-ácido e as de níquel-cádmio.
Baterias de chumbo-ácido: As baterias de chumbo-ácido têm esta denominação
pois são constituídas por placas de chumbo imersas num eletrólito ácido, tipicamente ácido-
sulfúrico. São o tipo de baterias frequentemente utilizadas em sistemas fotovoltaicos
autónomos devido ao seu baixo custo, nível de desempenho e grande disponibilidade no
mercado. Comummente, as baterias de chumbo-ácido devem ser carregadas em tempo de
carga elevado (a correntes de cargas baixas e de forma a acautelar a ocorrência de
sobrecargas). Não devem ser descarregadas completamente, pois pode incapacitar a recarga,
ou pelo menos, diminuir a capacidade de carga. As baterias de chumbo-ácido são suscetíveis
a mudanças de temperatura, sendo que a baixas temperaturas diminuem a capacidade, e a
altas temperaturas aumentam a capacidade mas, diminuem o tempo de vida útil.
Baterias de níquel-cádmio: Este tipo de baterias são basicamente constituídas
por um hidróxido de níquel para as placas positivas (ânodo), um óxido de cádmio para as
placas negativas (cátodo) e um eletrólito alcalino, tipicamente hidróxido de potássio. As
baterias de níquel-cádmio têm um preço mais elevado que a anterior, mas são mais
resistentes a variações de temperatura, são menos afetadas por sobrecargas, não são sujeitas
a sulfatação (as reações efetuam-se apenas entre os elétrodos) e apresentam um menor
tempo de carga (correntes de cargas superiores). A desvantagem destas baterias é a
necessidade de descarregar completamente a bateria, pois sofrem de efeito transitório de
perda de capacidade comummente conhecido como “efeito de memória” (se forem
descarregadas e recarregadas para o mesmo estado de carga, centenas de vezes, viciam), de
modo a prevenir a sua viciação. Há também o problema da toxicidade do cádmio.
Parâmetros característicos de baterias
Para o dimensionamento de um sistema fotovoltaico autónomo utilizando
baterias secundárias, é essencial deter informações sobre as suas características no sentido
de selecionar, qual a(s) bateria(s) apropriadas às condições de funcionamento do sistema.
Em seguida, são mostradas as principais características fornecidas pelos fabricantes, nas
folhas de características das baterias .
Tensão: indicação da tensão de trabalho. O valor corresponde ao produto da
tensão definida pelo sistema eletroquímico pelo número de elementos associados em série
(normalmente, o valor do elemento de chumbo-ácido é de 2,0V, logo em caso de bateria de
6 elementos o valor é de 12,0V). Geralmente, o valor de tensão nominal está impresso na
carcaça da bateria;
Capacidade: Parâmetro que indica a quantia de carga que se pode extrair de
uma bateria, ao longo de um determinado período de tempo (número de horas), em
condições de temperatura de 25 ⁰C. A capacidade é expressa em ampere-hora (Ah);
Capacidade de energia – número total de Wh que pode ser retirado de uma
célula ou bateria totalmente carregada.
Tempo de descarga: Corresponde à duração típica do processo de descarga da
bateria;
Ciclos de vida útil: Indicação dada pelo fabricante da quantidade de vezes que
uma bateria pode ser carregada e descarregada; O número de ciclos de vida útil depende do
tempo de descarga, a temperatura de funcionamento e com a profundidade de descarga em
que trabalha a bateria no sistema. Em baterias de chumbo-ácido considera-se que a bateria
atingiu o termo de vida útil, quando a capacidade é reduzida a 80% da capacidade nominal;
Taxa de descarga: Quantidade de carga perdida pela bateria, quando esta se
encontra inativa. Representa-se normalmente, em percentagem por mês;
Densidade de energia: Quantidade de energia que uma bateria é capaz de
fornecer por unidade de volume ou de peso, para uma taxa de descarga. É normalmente
expressa em watt-hora por quilograma (Wh/kg);
Profundidade de descarga (DOD – depth of discharge): Parâmetro empregue
à quantidade de carga retirada da bateria num ciclo típico de funcionamento. Em expresso
em percentagem (%) da capacidade nominal da bateria.
Associação de acumuladores
A associação de baterias de acumuladores é realizada quando se pretende:
- Maior capacidade global de armazenamento;
- Tensões e correntes necessárias
O critério de associação é o mesmo que o dos módulos solar fotovoltaicos: em
série soma-se a tensão e mantém-se a corrente, e em paralelo soma-se a corrente e
mantém-se a tensão. Na associação das baterias em série, deve-se ter em conta, que estas
devem ser todas iguais, ou seja, com as mesmas características.
Características ideias das baterias para um sistema fotovoltaico
As caracteristicas requeridas para um desempenho satisfatorio de baterias
associadas a sistemas fotofoltaico são:
 Boa confiabilidade;
 Alta eficiência de carregamento;
 Baixa taxa de auto de descarga;
 Elevada vida ciclíca para descargas profundas;
 Necessidade de pouca ou nenhuma manunteção;
 Minima mudança de desempenho quando tabalhando fora da faixa de
temperatura de operação recomendada.
Conversores
Para o acionamento dos equipamentos utilizando módulos fotovoltaicos,
geralmente é necessária a instalação de um equipamento condicionador de potência.
Geralmente esses equipamentos são os Conversores C.C/C.C e C.C/C.A.
Conversores (C.C/C.C )
Esse modelo se faz necessário quando a fonte de energia é em corrente contínua
e a carga exige uma corrente contínua em um valor de tensão diferente. O uso deste tipo de
conversor é favorável, já que este pequeno dispositivo eletrônico absorve a potência do
arranjo fotovoltaico a uma tensão fixa e se comporta como um gerador de corrente.
Conversores C.C/C.A
Um conversor ou inversor é um dispositivo electrónico que fornece a energia em
corrente alternada (C.A ) a partir de uma fonte de energia eléctrica em corrente ( C.C ). A
energia ( C.C ) pode serproveniente, por exemplo, de baterias,células a combustível ou
módulos fotovoltaicos. Para gerar esta corrente C.A existe um dispositivo no inversor que
se chama comutador e cujo papel é o de quebrar a corrente continua em pulsos. Estas
deformações, que são provacados na onda devido as comutações dos interruptores do
inversor, podem produzir pertubações mais ou mais ou menos importantes nas células
fotovoltaica. Existem vários tipos de comutadores enter os quais retificadores controlados de
silício, transistores, mosfet´s , IGBT´s, etc.
Os inversores podem ser divididos em três categorias que são:
Onda quadrada: uso não recomendado.
Onda sinoidal modificada: aceitável para a maioria das aplicacões pode suprir
de forma satisfatória a maioria dos equipamentos e eletrodomésticos de uma residência.
Onda sinoidal pura: para aplicações especias com distorção de 5%, é projetado
para fornecer energia de qualidade igual ou superior à fornecida pela concessionária.

Figura 7: Inversor CC/AC


APLICAÇÕES DA ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA
Qualquer tipo de aparelho que é acionado por eletricidade é passível ser
alimentado por via de energia solar fotovoltaica, basta o sistema ser corretamente
projetado. As aplicações mais comuns são apresentadas abaixo:
 Irrigação;
 Alimentação de equipamentos de telecomunicação em locais remotos;
 Sistemas de emergência.
 Sinalização de estradas e portos;
 Cerca elétrica.
 Bombeamento de agua.
 Equipamentos de uso marítimo

Moto bombas

A bomba é a principal distribuidora de água no sistema de irrigação, tem a função de


sugar a agua de uma fonte de origem e enviá-la sob pressão para o interior de tubulações
apropriadas, onde a mesma será conduzida até os emissores, que no caso do sistema de
irrigação por aspersão podem ser os aspersores, os difusos ou canhão hidráulico. Ela
abriga um motor (que pode ser elétrico ou a combustível) que gira um sistema que
aumenta a velocidade da água para manter uma pressão constante para todas as cabeças
de aspersão. De uma forma mais simples e objetivo a moto bomba é um equipamento
usado para transferir água ou outros produtos em estado líquido de um lugar para outro.

As bombas são divididas em alguns tipos, cada um com sua funcionalidade,


essencialmente, para levar água de um lugar ao outro, o aparelho é conectado a canos
que viabilizam esse processo de passagem e pressurização da água.
Tipos de Moto bombas

Bomba submersível
Como o próprio nome diz, a bomba submersível é instalada embaixo da água. É ideal
para quem utiliza irrigação através de poços, mas também pode ser adaptada para o uso
em lagos ou correntes.

Figura 8: Bomba submersível

Bomba centrífuga
Esse tipo de bomba funciona com a chamada força centrífuga, que é responsável por
mover água através da bomba. Na prática, a bomba usa um impulsor que gira a água
rapidamente dentro de uma câmara ou caixa.

Figura 9: Bomba centrífuga

Bomba periférica
Dentro os tipos de bombas de água é o mais comum em residéncias. A periférica tem
baixo custo e consegue levar água( com eficiêcia) para reservatórios suspensos, esse
modelo de bomba é o que apresenta melhor desempenho com baixo volume de água e
tem alta pressão.
Figura 10: Bomba periférica

SISTEMAS DE BOMBEAMENTO DE ÁGUA


Bombeamento de água para uso residencial
É de fundamental importância para o desnvolvimento social de áreas isoladas, o
bombeamento de água através de sistemas fotovoltaicos surge como umas das mais
promissoras aplicações da energia solar. O abasticimento residêncial é um dos usos mais
difundidos e viaveis, sistema pode ser dimensionado para atender uma residência
individualmente ou uma pequena comunidade.
Um sistema de bombeamento tradicional é constituído basicamente por conjunto
motobomba e reservatório. Em sistemas de bombeamento fotovoltaico (Figura 10) são
acrescidos os geradores fotovoltaicos e o dispositivo de condicionamento de potência.
Nesses sistemas, segundo , de forma geral, a água é elevada até reservatórios, que são
dimensionados em função da autonomia necessária (semelhante às baterias). Eles possuem
diversas aplicações, tais como irrigação, abastecimento residencial, esgotamento e na
pecuária em bebedouros para animais.

Figura 9: Configuração de sistema de bombeamento sem armazenamento de


energia.
Nos sistemas de bombeamento fotovoltaicos isolados encontram-se quatro principais
formas de aplicação, variando-se pelo acionamento em CC ou CA, e se existirá alguma
forma de armazenamento ou não. A figura 11 mostra as principais formas de aplicação dos
sistemas de bombeamento, sendo que as topologias mais utilizadas nos sistemas de
bombeamento reforçadas em linha azul escura.

Tipos motores eléctricos


Motores elétricos são máquinas destinadas à conversão de energia elétrica em
energia mecânica.

Figura 10: Representação de um motor eléctrico CA .


São divididos em dois tipos:
Motores C.C têm eficiência elevada e são compatíveis com a natureza da
eletricidade contínua gerada pelos módulos fotovoltaicos. Entretanto, seu custo inicial é
relativamente elevado. São mais usados em aplicações de menor potência, abaixo de 7.500
W. Existem motores de corrente contínua com escovas, que exigem uma manutenção mais
freqüente, e os sem escovas.
Motores C.A são mais indicados para potências maiores, mas têm sido usados
para todas as faixas de potência. São motores mais simples e baratos, mas exigem
ainstalação de um inversor, de custo elevado, que transforme a corrente contínua gerada
pelos módulos em corrente alternada de frequência variável. O uso destes inversores permite
uma eficiência maior da bomba ao controlar a frequência da corrente alternada e, portanto, a
rotação da bomba e a vazão de água bombeada, de acordo com as condições de insolação.
Potência necessária para o conjunto motobomba
A potência que o motor elétrico deverá ter na prática, é a potência consumida pelo
conjunto motobomba é dada:
γ ∙Q ∙ H
Pcons=
75∙ η
Equação: 5
Onde:
Pcons: potência consumida [CV];
γ: peso específico do fluido [kgf/m³];
Q: vazão [m³/s]
H: altura total ou carga [m];
η: rendimento da bomba em %
DIMENSIONAMENTO TÉCNICO

O correto dimensionamento de uma instalação fotovoltaica irá ser fundamental, tanto


para perfeito funcionamento da mesma, como para o prolongamento da sua vida útil.
Como tal, os elementos que fazem parte desta instalação (em particular o campo gerador
fotovoltaico e o banco de baterias) devem guardar entre si um espaço justo e
equilibrado, evitando ocupar mais ou menos espaço do que o recomendado.
Quanto maior potência de painéis e maior capacidade do banco de baterias se instalar,
para satisfazer as necessidades de consumo, menores serão as possibilidades de falha no
sistema, mas o seu custo económico será maior. O dimensionamento de um sistema
fotovoltaico complexo requer conhecimentos técnicos específicos, necessitando, assim
de pessoas qualificadas. Para isso é necessário primeiramente o conhecimento básico de
alguns valores e grandezas como: tensão nominal do sistema, potência exigida pela
carga, horas utilização das cargas, autonomia e a localização geográfica.

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