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FIGURA 3.

8: Perdas por sujidade e incidência não perpendicular integradas ao longo de um ano em


Madrid, para um grau médio de sujidade e para diferentes ângulos de inclinação e orientação. 3.6.
Aplicação prática: cálculo para sistemas estáticos Uma das aplicações mais comuns da energia solar
fotovoltaica é a produção de energia elétrica para sua injeção na rede elétrica convencional. Esses
sistemas, chamados de sistemas fotovoltaicos conectados à rede (capítulo 6), podem utilizar sistemas de
monitoramento para maximizar a produção ou optar por estruturas estáticas para reduzir custos e
ocupação do solo. Analisaremos a radiação incidente em sistemas estáticos durante um período anual.
3.6.1. Inclinação ótima Nesses casos, uma das perguntas a ser respondida é: Assumindo uma orientação
para o equador, qual inclinação é a correta para obter a maior produção elétrica? Para solucionar este
problema, é importante destacar que o objetivo desses sistemas é obter a maior produção anual. Será
necessário realizar os cálculos correspondentes de irradiação global incidente com várias inclinações. A
partir da análise das curvas correspondentes, é possível obter uma relação que relaciona a latitude com
o ângulo de inclinação que maximiza a produção anual de um sistema fotovoltaico. Em [Lor06] é
proposta a seguinte relação entre ângulo de inclinação e latitude (ambos em graus): Bopt = 3,7 + 0,69-
101 (3,33) Devido à baixa sensibilidade que os módulos planos têm para apontar, as perdas de energia
que iremos obter se não escolhermos exatamente o ângulo que resulta da equação 3.33 será muito
baixo. Na Figura 3.9 vemos que é necessário mover quase 10° do ângulo ótimo para obter perdas de
1%. Com esta mesma análise é possível relacionar a irradiação anual para o ângulo ótimo de inclinação,
popt, com a irradiação anual no plano horizontal, onde popt está em graus [Caa98; Lor06]: 1-4,46 10
opt-1,19 10 pt RADIAÇÃO SOLAR 3.6.2. Irradiação anual efetiva Seguindo esse mesmo caminho, é
possível ajustar as curvas que relacionam a irradiação anual global efetiva com a irradiação anual global
incidente para sistemas estáticos por meio de regressões. Dito de outra forma, podemos obter
regressões que quantificam perdas e perdas angulares por ( P - 1 ) 001 2,5 10 1,5 G₂ ( 0 ) Ga ( Bopt ) 1,0
0,5 -10 -5 Latitude 33 37,5 43,75 0 B - B 5 ( 3,34) 10 FIGURA 3.9: Perdas globais anuais de irradiação ao
escolher um ângulo de inclinação diferente do ideal para três latitudes diferentes no Hemisfério Norte.
sujeira em termos anuais para sistemas estáticos. Por exemplo, nas referências [Caa98; Lor02] as
seguintes equações são propostas: 37

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