Ebook Energia Eletrica Sustentavel v1

Energia Elétrica Sustentável
Como produzir sua própria energia elétrica

a partir de fontes renováveis
Prof. Dr. Diego Roberto Sousa Lima
Design e Diagramação
www.1qdk.com.br
oakenergia.com.br/
Vivemos em constante evolução. Buscamos constantemente

aquilo que nos conforta e nos permite viver cada vez mais
tranquilos. Nesse cenário de sobrevivência coletiva, aproveitar
e utilizar as fontes renováveis de energia é um grande passo
para nos tornarmos cada vez mais sustentáveis e vivermos em
harmonia com o meio ambiente.
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Sumário
Sistemas Fotovoltaicos ............................................................................... 8
Biodigestores ............................................................................................... 39
Turbinas Eólicas / Aerogeradores ........................................................ 56
Micro Centrais Hidrelétricas ................................................................... 78
5
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O Sol é o astro central do nosso universo e através do processo

de fusão de alguns elementos químicos como o hidrogênio é
produzida e liberada a energia solar que recebemos todos os
dias. Toda essa energia solar abastece a vida em nosso Planeta e
aquece as relações entre todas as espécies existentes por aqui.
Aproveitar essa energia renovável é um caminho certo e seguro

para garantirmos longos, duradouros e sustentáveis anos de vida.
Além do sol, podemos e devemos utilizar outras fontes renováveis
como os ventos, os cursos hídricos e principalmente os resíduos
que são gerados em nosso dia a dia. Nesse contexto, saber utilizar
essas fontes renováveis ao nosso favor é ser inteligente.
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Com o passar dos anos, diversas tecnologias foram desenvolvidas,

novas possibilidades de conversão dessas energias em energia
elétrica surgiram e tornaram-se atrativas, tanto no aspecto
econômico quanto ambiental. Aproveitar essas fontes a nosso
favor é sapiência e sagacidade, pois assim preservamos os recursos
do nosso planeta. Visando se tornar uma pessoa cada vez mais
sustentável, você sabe como aproveitar essas fontes renováveis
para produzir sua própria energia elétrica?
Venha se tornar ainda mais sustentável

produzindo sua própria energia elétrica
através das principais fontes renováveis que
possuímos. Seja inteligente, seja sustentável!
7
Energia elétrica sustentável
SISTEMAS FOTOVOLTAICOS
aproveiteosol.com.br
8
1. Sistemas Fotovoltaicos
Um sistema fotovoltaico nos permite aproveitar a energia do sol
e produzir nossa própria energia elétrica, disponibilizando essa
energia para o consumo no próprio local ou até mesmo em outro
lugar. Tecnicamente, quando a radiação solar atinge as células
fotovoltaicas ocorre o efeito fotovoltaico e a produção de energia
elétrica como consequência.
9
Resumidamente, o efeito fotovoltaico pode ser entendido como a

interação entre a radiação solar e as células fotovoltaicas que são
constituídas, basicamente, por silício (material semicondutor),
dopado com outros elementos químicos, como o boro e o fósforo.
A radiação solar possui energia suficiente para excitar os elétrons
desse semicondutor, migrando-os da banda de valência para a
banda de condução, e assim, promover a conversão da radiação
solar em energia elétrica, com a produção de corrente contínua.
Nesse cenário, as células fotovoltaicas são as menores unidades e
seu conjunto constitui um módulo fotovoltaico que é responsável
por converter a energia solar em energia elétrica na forma de
corrente contínua.
O efeito fotovoltaico que é o responsável pela conversão da

radiação solar em energia elétrica nos sistemas fotovoltaicos é tão
importante e merece tanta atenção que produzimos um artigo
exclusivo sobre o funcionamento de uma célula fotovoltaica e o
10 efeito fotovoltaico. Confira no link: http://bit.ly/celula-fotovoltaica

11
Sistema fotovoltaico
de solo (ongrid)
Conectando esses módulos fotovoltaicos a um inversor solar

é possível converter a corrente contínua (CC) em corrente
alternada (CA). A corrente alternada é utilizada e consumida nas
tomadas, nos eletrodomésticos, na iluminação e equipamentos
que utilizamos no dia a dia em nossas residências, empresas
ou áreas rurais. Os inversores também são responsáveis por
monitorar toda energia produzida pelo sistema fotovoltaico,
permitindo o acompanhamento dos dados via Wi-fi. Portanto,
os inversores permitem monitorar toda energia produzida de
forma remota.
Já a corrente contínua (CC) é utilizada para

carregamento de baterias e alguns tipos de
lâmpadas e equipamentos específicos.
12
Inversor solar
13
As 10 principais vantagens de possuir um sistema

fotovoltaico personalizado
1. Conquistar sua independência energética;

2. Se tornar um produtor de energia renovável;
3. Economizar até 100% na conta de luz e sair das inflações do mercado
de energia;
4. Produzir energia limpa, sem ruído e sem emissões de resíduos;
5. Valorização da propriedade onde o sistema está instalado;
6. Retorno maior que a renda fixa;
7. Rápido retorno sobre o investimento, payback curto;
8. Produzir energia elétrica para outras unidades consumidoras com
único sistema;
9. Longos anos de garantia e durabilidade dos equipamentos
envolvidos;
10. Contribuir para a diversificação da matriz energética do país.
14
Essas são, com certeza, as principais vantagens e benefícios que

um sistema fotovoltaico personalizado pode proporcionar a
todos nós.
Para alcançar todas essas vantagens, conhecer sobre essas

tecnologias e obter um sistema fotovoltaico personalizado
para atender, exatamente, a sua demanda são as principais chaves
para um excelente investimento nessa solução sustentável.
15
personalizado
Sistema fotovoltaico de solo (ongrid)
16
Tipos de sistemas fotovoltaicos

(conectado à rede, autônomo e híbrido)
suas vantagens e desvantagens
Os sistemas fotovoltaicos são classificados em 03 tipos de

configurações:
1. Sistema fotovoltaico conectado à rede elétrica (ongrid);

2. Sistema desconectado da rede elétrica (offgrid ou autônomo);
3. Sistema fotovoltaico híbrido.
17
Sistema fotovoltaico conectado
à rede (ongrid)
18
Sistema fotovoltaico conectado à rede (ongrid)

Os sistemas fotovoltaicos ongrid possuem como principal
característica uma conexão com a rede de distribuição de
energia. Nessa configuração, após a conversão da energia solar
em energia elétrica, toda energia produzida pode ser consumida
no próprio local ou pode ser injetada na rede de distribuição
e ser transformada em créditos de energia ou até mesmo ser
consumida em outros locais.
Para que esse repasse de energia ocorra com sucesso, ambos os

endereços devem, obrigatoriamente, estar conectados na mesma
rede de distribuição e com as respectivas contas de luz em mesmo
nome (ou seja, todos no mesmo CPF ou todas no mesmo CNPJ).
19
A corrente alternada produzida durante o dia é adicionada à rede

elétrica do local onde o sistema está instalado (ex. residência,
empresa ou fazenda) e abastece nossos equipamentos e
eletrodomésticos. Vale destacar que o excedente de energia
produzida durante o dia é adicionado na rede de distribuição e
fica na forma de créditos de energia para um consumo em até
5 anos. Esse crédito de energia será utilizado durante o período
noturno ou pode ser direcionado à outra unidade consumidora
em outro endereço (desde que esteja também dentro da mesma
concessionária de energia).
20
As 10 principais vantagens de utilizar um sistema

fotovoltaico conectado à rede (ongrid)
Listamos para você as 10 principais vantagens de se utilizar um

sistema fotovoltaico conectado à rede de energia (ongrid).
1. Sistema fotovoltaico simples com os menores investimentos;
2. Menor impacto ambiental por não utilizar baterias;
3. Menor valor do custo de produção de energia (R$/kWh);
4. O investimento se paga rapidamente, payback reduzido;
5. Não necessita de controladores de carga e baterias;
6. Permite a construção de grandes fazendas solares, contribuindo com
a diversificação da matriz energética;
7. Possibilidade de realizar compras e vendas de energia elétrica;
8. Possui legislação regulamentadora vigente na ANEEL (REN 482/2012
e REN 687/2015);
9. Tecnologia já consolidada no mercado com uma vasta gama de
opções;
21 10. Possui manutenção simples (basicamente, realização de limpeza de

módulos fotovoltaicos e inspeção dos cabos).
Sistema autônomo offgrid
22
Sistema fotovoltaico desconectado da rede elétrica

(offgrid ou autônomo)
Os sistemas fotovoltaicos autônomos (offgrid) foram os primeiros

sistemas a surgirem e são extremamente utilizados tanto nos
grandes centros urbanos quanto em áreas remotas.
Essa configuração possui como principal característica ser

desconectada da rede de distribuição de energia elétrica. Esses
sistemas fotovoltaicos possuem quatro (04) configurações
técnicas, em função da presença ou não das unidades de
armazenamento (baterias) e em função de produzir ou não
corrente elétrica alternada.
23
Sistema fotovoltaico offgrid móvel
24
Sistema fotovoltaico autônomo, com corrente alternada

e com armazenamento de energia
Nessa configuração, o sistema fotovoltaico é constituído por

um arranjo fotovoltaico, controlador de carga, unidades de
armazenamento de energia (baterias) e inversor solar. Esse sistema
permite a produção de corrente contínua e corrente alternada,
possibilitando o fornecimento de energia, constantemente, sem
depender da rede de distribuição. Esta é a configuração mais
completa de um sistema fotovoltaico autônomo.
25
As aplicações dessa configuração de sistema fotovoltaico são

para proporcionar o fornecimento de energia para equipamentos
elétricos que consomem corrente contínua e/ou alternada,
tanto de dia quanto de noite. Um exemplo desta aplicação é o
fornecimento de energia para residências em locais remotos,
onde não há rede elétrica.
26
autônomo com corrente
alternada e sem aproveiteosol.com.br
armazenamento de energia
27
Sistema fotovoltaico autônomo,

com corrente alternada e sem
Nessa configuração é adicionado um inversor solar após os

módulos fotovoltaicos fornecendo corrente alternada, porém
sem a presença das baterias para armazenamento. Como esses
sistemas não são conectados à rede e não possuem baterias,
sua funcionalidade fica restrita somente durante a produção de
energia, ou seja, somente quando há luz solar.
28
Esse sistema é utilizado para abastecer equipamentos que

necessitam de corrente alternada e possuem funcionamento
somente durante o dia (ou seja, são utilizados enquanto há
produção de energia). Os principais exemplos da utilização dessa
configuração são os equipamentos que consomem corrente
alternada como: bombas d´água, pequenos equipamentos e
pequenos motores. Este tipo de sistema possui uma desvantagem:
oscilação no padrão de energia em função da disponibilidade
solar.
29
com corrente contínua e com
armazenamento de energia aproveiteosol.com.br
30
Sistema fotovoltaico autônomo, com corrente contínua e

com armazenamento de energia
Esses sistemas fotovoltaicos são adequados para abastecer

equipamentos elétricos que são operados com corrente contínua.
Como nessa configuração as baterias estão presentes, esse
sistema permite o fornecimento de energia elétrica com ou sem
produção simultânea. Nessa configuração as baterias também
estão presentes, permitindo armazenar a energia produzida e
consumi-la em outros momentos (como por exemplo durante
a noite, quando o sistema fotovoltaico não está produzindo
energia).
31
Essas configurações de sistemas autônomos também são

extremamente úteis e aplicados, por exemplo, em áreas rurais,
para fornecer energia elétrica para consumo diário e noturno.
Diversos equipamentos podem ser abastecidos com energia
elétrica utilizando essa configuração, como por exemplo: bombas
d´água, torres e repetidores de internet, sistemas de iluminação
isolados e outros.
32
Sistema fotovoltaico autônomo
com corrente contínua e sem
Os principais exemplos de equipamentos

que funcionam com essa configuração
são: bomba d’água, iluminação interna,
sinalizações e outros.
33

com corrente contínua e
sem armazenamento de energia
Essa configuração é a mais simples dentre todos os sistemas

fotovoltaicos existentes. Neste tipo de sistema, a energia elétrica
produzida pelos módulos fotovoltaicos (corrente contínua)
é utilizada no mesmo momento de sua produção, pois não há
baterias e nem conexão com a rede de distribuição de energia.
Esses sistemas fotovoltaicos são extremamente úteis para
abastecer equipamentos que funcionam por meio de corrente
contínua e que operam, exclusivamente, durante o dia.
34
As 10 principais vantagens de utilizar um sistema

fotovoltaico desconectado da rede elétrica
(offgrid ou autônomo)
1. Conquistar 100% de sua independência energética;

2. Não possuir contas de luz;
3. Não possuir custos com a iluminação pública;
4. Isento das tarifas da distribuidora de energia;
5. Possibilidade de instalação em regiões remotas (onde não existe rede
de distribuição de energia);
6. Possui sistema próprio de armazenamento de energia;
7. Não há necessidade de realizar adequações no padrão e verificar
disponibilidade de rede;
8. Com o avanço das tecnologias de armazenamento de energia
(baterias), os valores desse tipo de sistema estão reduzindo;
9. Fonte de corrente contínua e alternada 100% independente das redes
de distribuição e transmissão de energia;
10. Possibilidade de armazenamento de energia mesmo sem utilizar as
35 redes de distribuição.
Sistema fotovoltaico offgrid
personalizado
Para conseguir aproveitar todas

essas vantagens e tornar esse tipo de
investimento atrativo, seu sistema
fotovoltaico offgrid também deve
ser personalizado.
36
Sistema fotovoltaico híbrido
Nessa configuração híbrida o local de instalação do sistema

fotovoltaico é conectado a uma rede de distribuição de energia e
a um banco de baterias. A principal vantagem dessa configuração
é que, se houver alguma falha na rede de distribuição de energia
durante o dia (exemplo alguma manutenção ou suspensão do
abastecimento), o sistema fotovoltaico continua a realizar o
fornecimento de energia elétrica e manter o abastecimento sem
interrupções. Caso esta interrupção no fornecimento aconteça
durante a noite, o circuito será alimentado pela energia das
baterias.
37
38
BIODIGESTORES aproveiteosol.com.br
39
2. O que é um biodigestor
Um biodigestor ou biorreator é, comumente, um sistema fechado
onde ocorre a degradação da matéria orgânica, sob controle dos
parâmetros significativos, com objetivos claros de tratamento e
aproveitamento de distintos “resíduos”.
O material orgânico utilizado e aproveitado em um biodigestor

pode ser de fonte vegetal (ex. folhas, palhas, cascas, restos de
culturas, bagaço e outros), animal (ex. esterco bovino, suíno,
cama de frango e outros), humana (ex. esgoto sanitário, resíduos
orgânicos domésticos e urbano, chorume e outros) e de diversos
efluentes industriais que contêm matéria orgânica biodegradável.
40
aproveiteosresiduos.com.br
Como funciona um biodigestor
Os biodigestores ou biorreator anaeróbios (sem oxigênio) são

constituídos, essencialmente, pela etapa de recebimento e
pré-tratamento do resíduo (matéria orgânica), pelo biorreator
anaeróbio (unidade onde ocorre a degradação da matéria orgânica
e produção do biogás) e por um tanque de armazenamento da
matéria orgânica estabilizada.
41
A etapa de pré-tratamento tem como objetivo preparar o

substrato, tornando-o mais biodegradável e assim facilitar seu
aproveitamento no biodigestor. Essa etapa de pré-tratamento
serve para maximizar a aceleração da biodigestão, ao proporcionar
melhores condições para a atuação das bactérias e assim reduzir
o tempo que o resíduo permanece dentro do biodigestor.
Exemplos de pré-tratamento são etapas de: trituração, moagem,

solubilização, filtração, prensa, reações químicas e outras.
42
Após essa etapa de pré-tratamento, a matéria orgânica é

conduzida para os reatores biológicos. Os biodigestores têm
como principal característica converter a matéria orgânica em
biogás e em matéria orgânica estabilizada (matéria orgânica mais
simples), permitindo a separação e aproveitamento das 3 fases
(gás, líquido e sólido).
Através de um sistema de separação de fases, é possível

aproveitar o biogás (rico em metano), a fração líquida e o sólido
que juntos podem ser aproveitados como biofertilizante. Devido
aos controles de processo estabelecidos pela engenharia é
possível operar um biodigestor com grande eficiência, ou seja,
elevado consumo de matéria orgânica e elevada produção
de biogás com altas concentrações de metano.
43
44
Um sistema de biodigestor anaeróbio permite um contato

direto entre a matéria orgânica e os micro-organismos,
favorecendo a decomposição dessa matéria orgânica (na
ausência de oxigênio), através das atividades desse consórcio
anaeróbio. De forma geral, a depender das características e
complexidade de cada substrato, esse material permanece no
interior do biodigestor de 30 a 90 dias.
Esse tempo é denominado tempo de detenção hidráulico

(TDH) e é ao longo desses dias que ocorrem as quatro fases
da digestão anaeróbia (hidrólise, acidogênese, acetogênese
e metanogênese) e são obtidos os produtos de alto valor
agregado: biogás (metano) e matéria orgânica simples
estabilizada.
45
Para manter um biodigestor em bom funcionamento e

maximizar a produção de biometano, além da presença de uma
etapa de pré-tratamento, alguns parâmetros operacionais de
engenharia devem ser controlados.
Como já mencionado, o TDH é um desses parâmetros, mais

outros como: vazão, carga orgânica aplicada, pH, relação
carbono e nitrogênio, relação DBO (Demanda Biológica
de Oxigênio) e DQO (Demanda Química de Oxigênio) são
influentes na eficiência do processo e por isso também devem
ser monitorados, atenciosamente. Além desses, a presença de
alguns micronutrientes também deve ser monitorada e caso
não estejam presentes, devem ser adicionados.
46
Biodigestor
47
O que é biogás e biofertilizante
O biogás é um principal produto da degradação da matéria

orgânica realizada pelos micro-organismos anaeróbios, na
ausência de oxigênio. O principal constituinte do biogás é o gás
metano (CH4(g)) que possui alto poder calorífico (34,5 MJ/Nm3) e
por isso pode ser aproveitado.
A concentração de metano no biogás está diretamente ligada

a uma boa operação do sistema. Ou seja, para atingir elevadas
concentrações de metano no biogás (~70%), deve-se operar o
biorreator controlando-se as variáveis significativas dentro das
condições ideais citadas na literatura desse setor.
48
Esse biometano produzido a partir da degradação da matéria-

prima (comumente chamado de resíduo) é queimado em
motores adaptados para esse tipo de biocombustível e
produz energia térmica e elétrica, tornando esse processo
extremamente sustentável. Para o correto aproveitamento,
esse biocombustível é previamente purificado, para remoção
da umidade (H2O), do dióxido de carbono (CO2) e de outros
gases como o sulfídrico (H2S). Após a etapa de purificação o
biometano está pronto para ser utilizado.
49
Tecnicamente, o motor é abastecido com o combustível

biometano, que ao sofrer combustão em suas câmaras, produz
energia elétrica em um gerador conectado a este motor.
Dessa maneira, o biodigestor tem a capacidade de converter a
matéria orgânica em biometano, que pode ser convertido em
energia elétrica, enquadrando essa energia como renovável
e sustentável. Vale destacar que a produção de biogás é um
processo contínuo (24 horas por dia e 365 dias por ano) e por
isso essa solução tecnológica proporciona um abastecimento de
energia elétrica constante.
50
Além do biogás, a matéria orgânica estabilizada (outro subproduto

da digestão anaeróbia) é uma matéria orgânica simples e
enriquecida em compostos nitrogenados. Esse material comumente
denominado por biofertilizante pode ser aplicado no setor agrícola
(ex. em solos e plantações) para correção e melhorias na qualidade.
Contudo, para a correta utilização, estudos de caracterização são
necessários, visando conhecer a real composição do resíduo bruto
e do biofertilizante gerado.
51
Vantagens e benefícios de um biodigestor
Os biodigestores podem ser empregados no tratamento e na

destinação final de distintos resíduos orgânicos provenientes
de propriedades rurais, do esgoto sanitário, resíduos urbanos,
chorume de aterro sanitário e efluentes industriais. A utilização
de um biorreator pode contribuir, significativamente, na redução
dos gastos com a conta de luz, já que é possível produzir energia
elétrica através dessa tecnologia.
52
Biodigestor
53
Exemplos da aplicação de um biodigestor podem ser vistos

em áreas rurais, nas quais a implementação desse sistema
permite que o produtor rural comece a produzir sua própria
energia elétrica e realizar melhorias em sua rede de energia.
Um exemplo dessa aplicação é o produtor rural utilizar um
motor gerador trifásico e possuir uma rede trifásica própria,
independente da rede de distribuição.
Portanto, a geração de energia utilizando-se um biodigestor é

um processo sustentável (aproveitamento de resíduos), com
a produção de um biocombustível (biometano) e redução da
emissão de gases do efeito estufa (GEE).
54
Outro benefício de utilizar um biorreator é ajudar a diminuir os

impasses ambientais causados pelo descarte incorreto dos resíduos.
Ao invés de descartar esses resíduos, todos os orgânicos podem ser
convertidos em energia elétrica e biofertilizante. Práticas como essas
já são realidades no Brasil e exemplos da aplicação dessa tecnologia
são algumas frotas de veículos (ex. carro, caminhão, ônibus e
maquinários rurais) que já são movidas com o aproveitamento do
biometano produzido nos biodigestores.
Por aqui existem criadores de suínos, bovinos e aves que já são

abastecidos, energeticamente, através da energia elétrica gerada
pelo aproveitamento de seus dejetos. Com isso, a implementação
dos biodigestores é capaz de diversificar a matriz energética
brasileira, preservando o meio ambiente e transformando um
impasse ambiental em dinheiro, além de colaborar para desacelerar
o aquecimento global.
55
Turbinas eólicas / Aerogeradores
56
aproveiteovento.com.br
3 Turbinas Eólicas / Aerogeradores
Utilizando a força dos ventos nos famosos e modernos

aerogeradores é possível produzir toda sua demanda de energia
elétrica, de forma sustentável. Essa tecnologia já é implementada
para produção de energia elétrica, de forma simples, em
residências, prédios, empresas, estradas, condomínios e área
rurais.
57
Como funciona uma turbina eólica (aerogerador)
Turbinas eólicas, aerogeradores, geradores eólicos e máquinas

eólicas são as distintas denominações utilizadas para essa
tecnologia, que converte a energia cinética dos ventos em
energia elétrica. Tecnicamente, a energia contida nas forças do
vento movimenta as hélices da turbina eólica.
Essa movimentação faz girar o rotor que está acoplado ao gerador

eletromagnético, produzindo energia elétrica a partir dos ventos
e nos permitindo desfrutar desta energia em nosso dia a dia. No
início dos anos 2000, foram introduzidas as turbinas eólicas de
produção de 1MW e 1,5MW, iniciando a geração de máquinas
eólicas de grande porte.
58
Para o sucesso da implantação desta tecnologia é necessário

conhecer as principais características dos ventos no real
local da instalação como: velocidade, direção e duração. O
monitoramento das características do vento é realizado utilizando
equipamentos denominados anemógrafos.
59
Vale lembrar que a velocidade do vento varia com a localização

geográfica e a altitude, podendo existir alterações instantâneas,
diárias, sazonais e anuais. Além disso, construções como
edifícios, pontes ou quaisquer outros monumentos de grande
porte podem afetar o fluxo dos ventos e comprometer a
eficiência da produção de energia elétrica ao longo do ano.
Para produzir energia elétrica a partir das forças dos ventos,

são necessárias velocidade e constância suficiente para atingir
as condições de start da produção de cada tipo e modelo das
tecnologias existentes no mercado. Sendo assim, há sempre a
necessidade de estudos prévios para implementação de uma
turbina eólica.
60
O Centro de Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio Brito

(CRESESB) em parceria com o Centro de Pesquisas de Energia
Elétrica (CEPEL) criaram o Atlas do Potencial Eólico Brasileiro. Esse
atlas tem como objetivo fornecer informações, de todo território
nacional, para capacitar os empreendedores e investidores na
identificação de áreas adequadas para o aproveitamento das
forças dos ventos e, claro, conhecer as melhores áreas brasileiras
para produção de energia elétrica de forma sustentável, atraindo
os melhores investimentos possíveis. Portanto, para saber as
principais características dos ventos de sua região, basta você
colocar as coordenadas geográficas de sua localização e irá
verificar as principais informações dos ventos por aí.
Conteúdo complementar:
61 http://bit.ly/3juVI2d
Vantagens e benefícios de uma

turbina eólica (aerogerador)
Listamos para você as principais vantagens para aproveitar as

forças dos ventos e produzir sua própria energia elétrica através
dos aerogeradores.
1. Independência energética;
2. Fonte de energia renovável;
3. Produção de energia sustentável;
4. Baixo impacto ambiental;
5. Baixa emissão de ruídos;
6. Não gera resíduos;
7. Contribuição para diversificação da matriz energética brasileira;
8. Possibilidade de instalação em regiões remotas.
62
Tipos de aerogeradores
(turbinas eólicas de eixo vertical e horizontal)
Atualmente existe uma diversidade de turbinas eólicas no

mercado, com distintas capacidades de produção energética,
para atender diferentes condições climáticas e demandas de
energia elétrica. A ANEEL classifica os aerogeradores em função
da capacidade de produção de energia (ou seja, em função da
potência nominal), sendo: pequena (potência nominal inferior
a 500kW); média (potência nominal entre 500kW e 1.000kW) e
grande cuja potência nominal é superior a 1MW.
Além disso, os aerogeradores são classificados em função da

posição do eixo de rotação da turbina, podendo ser: turbina
eólica de eixo horizontal e turbina eólica de eixo vertical.
63
Já no que diz a respeito à instalação, as turbinas eólicas são

classificadas como geração distribuída, podendo ser conectadas à
rede elétrica (sistema ongrid), ou desconectadas da rede (sistema
offgrid) destinadas ao abastecimento de energia elétrica onde
não existe rede de distribuição de energia.
A seguir são apresentadas as principais características das turbinas

eólicas de eixo vertical e de eixo horizontal.
64
Turbina eólica de eixo vertical (TEEV)
Nesse tipo de turbina, o vento atinge perpendicularmente o eixo

de rotação (que está fixado verticalmente com relação ao solo),
promovendo a transformação da energia cinética dos ventos em
energia mecânica e, consequentemente, em energia elétrica.
As TEEV atuais são tão elegantes e graciosas que são usadas,
literalmente, como obras de arte em hotéis, shopping centers e
pontos turísticos em centros urbanos.
65
Listamos para você as principais vantagens de se utilizar uma

turbina eólicas de eixo vertical para produção de sua energia
elétrica:
1. Projetos simples;
2. Menores investimentos;
3. Equipamentos tecnológicos de pequeno porte (potência nominal
inferior a 50kW);
4. Necessitam de ventos com menores velocidades;
5. Maior segurança operacional, uma vez que os principais
equipamentos e componentes estão na base dos aerogeradores -
próximo ao solo;
6. Manutenção simples e baixos custos;
7. Não necessitam de mecanismos de acompanhamento e orientação
para variações de direção e velocidade dos ventos;
8. Design artístico;
9. Bom desempenho sob alta turbulência, acarretando maior tempo de
operação.
66

as TEEV podem proporcionar e por isso são consideradas um
investimento seguro e com bons retornos para produção de
energia elétrica. Para alcançar todas essas vantagens, conhecer
sobre essas tecnologias e obter uma turbina eólica de eixo vertical
personalizada são as principais chaves para se fazer um excelente
investimento nessa solução sustentável.
67
A principal desvantagem das TEEV é sua menor eficiência de

produção de energia elétrica quando comparada com as eólicas
de eixo horizontal. Porém, a soma de todas suas vantagens
proporciona um aumento, significativo, nas vendas dessas
turbinas de eixo vertical para instalações em centros urbanos, em
estradas, rodovias e em regiões remotas.
Para serem instaladas nos centros urbanos, as TEEV devem ser de

pequeno porte e esse menor porte dessas turbinas proporciona
maior compatibilidade com os projetos tradicionais e modernos,
além de serem esteticamente preferidas por arquitetos e usuários
conservadores. A integração das turbinas eólicas verticais na
sociedade é tão aceitável quanto as horizontais.
68
Classificações e tipos de turbinas

eólica de eixo vertical (TEEV)
Os principais tipos de turbinas eólicas de eixo vertical de pequeno

e médio porte, encontrados no mercado com custos-benefícios
atrativos para instalação são:
1. Savonius
2. Darrieus
69
Turbina Savonious
70
Turbina do tipo Savonius
Esse tipo de rotor atua, predominantemente, sob as força de

arrasto e, em minoria, existe uma contribuição das forças de
sustentação, as quais juntas proporcionam a rotação da turbina. É
por causa desta combinação (forças de arrasto e sustentação) que
uma turbina do tipo Savonius é capaz de desenvolver alto torque
de partida mesmo sob baixas velocidades de vento, acarretando
baixo custo de projetos e reduzidos impactos ambientais. Essas
turbinas funcionam com ventos de qualquer direção e possuem
diversos modelos disponíveis no mercado, os quais visam
maximizar a eficiência de produção.
71
Turbina Darrieus
72
Turbina do tipo Darrieus
A principal força motriz dessas turbinas é a força de sustentação.

As turbinas do tipo Darrieus possuem rendimentos superiores às
Savonius. Basicamente, possuem duas ou três hélices de lâminas
de perfil aerodinâmico que geralmente são curvas, retas ou
helicoidais. Essas hélices são conectadas pelas extremidades e
pelo eixo vertical, criando sustentação para se movimentarem
e produzirem energia elétrica. Esses rotores podem atingir alta
velocidade, com torque de partida menor que das turbinas
Savonius, uma vez que se movimentam através das forças de
sustentação.
73
Turbina Eólica de Eixo Horizontal
74
Turbina eólica de eixo horizontal - TEEH
As grandiosas TEEH possuem o eixo de rotação horizontal e em

paralelo ao solo. Essas turbinas estão instaladas em diversos
locais em todo o mundo e são extremamente eficientes para
produção de energia elétrica de forma sustentável. No Brasil os
parques eólicos cobrem, principalmente, as áreas estratégicas
nas regiões Nordeste e Sul. Esse tipo de turbina eólica possui
torre de sustentação de distintos tamanhos, variando de dezenas
até mais de cem metros de altura (equivalente a prédios de 30 a
40 andares).
75
Suas hélices variam de poucos metros a mais de cem metros,

os quais juntos (torre + hélice) podem alcançar até duzentos e
poucos metros. Além de sua grandiosidade, um único aerogerador
pode possuir potência de até 8MW, suficiente para fornecer
energia elétrica para milhares de famílias. Para iniciar a produção
de energia elétrica dessas TEEH são necessários ventos com
velocidade mínima e em casos de ventos fortes e turbulentos,
o próprio sistema de frenagem desliga automaticamente as
turbinas, evitando acidentes.
Atualmente a maior turbina eólica de eixo horizontal denominada

Haliade-X12MW está sendo construída na Holanda pela empresa
GE Renewable Energy® com inauguração agendada para 2021,
com capacidade de produção de 67 GWh por ano.
76
Além desse sistema rigoroso de segurança, as TEEH necessitam de

um sistema de ajuste de alinhamento com a direção dos ventos
e por isso possuem outros itens como: motores elétricos, freios,
caixas de engrenagens e diversos controladores eletrônicos, os
quais juntos maximizam a produção de energia elétrica.
As TEEH são classificadas em função dda posição do rotor e das

hélices (pás) em relação ao fluxo do vento, podendo ser: upwind
e downwind. As turbinas upwind possuem o rotor eólico
posicionado pouco à frente da torre, conduzindo a passagem do
vento, diretamente, pelas pás. Já as turbinas do tipo downwind
possuem uma inclinação no posicionamento de suas pás,
permitindo que os ventos passem primeiro por trás da turbina
eólica e depois através de suas hélices.
77

Micro Central Hidroelétrica (MCH)
78
aproveiteaagua.com.br
4. Micro Centrais Hidroelétricas (MCH)
Os recursos hídricos são extremamente importantes para

nossa sobrevivência, por isso saber utilizá-los e preservá-los
é extremamente importante para nós e para nossas futuras
gerações.
Produzir nossa própria energia elétrica de forma descentralizada,

sem causar impactos no meio ambiente e principalmente nos
recursos hídricos já é nossa realidade e podemos fazer isso,
simplesmente, aproveitando os recursos hídricos de forma
sustentável através das Micro Centrais Hidroelétricas (MCH).
79
Como funciona uma Central Hidroelétrica (MCH)
Micro central hidroelétrica (MCH) é uma alternativa tecnológica

aplicada para produzir energia elétrica de forma sustentável,
aproveitando a vazão e os desníveis (queda) dos pequenos cursos
d’água. O princípio de funcionamento da MCH, basicamente,
correlaciona a vazão d’água (energia cinética) com o desnível
hídrico (energia potencial), permitindo prever o potencial teórico
de produção máxima de energia elétrica do curso d’água. Para
essa tecnologia não há necessidade de alagamento de grandes
áreas, simplificando sua aplicação e a tornando uma ótima
solução tecnológica sustentável.
80
81 Micro Central Hidrelétrica

De acordo com a classificação da ANEEL, uma Pequena Central

Hidroelétrica (PCH) tem a potência instalada igual ou superior
a 5MW. Em termos de potência instalada, abaixo das PCH estão
as MCH, porém essas MCH não aparecem na classificação da
ANEEL. Contudo, tecnicamente as MCH são unidades geradoras
de energia elétrica a partir dos pequenos cursos d’água cuja
potência instalada é inferior a 5MW.
Na prática, a MCH é instalada próxima ao curso hídrico, e uma

vazão conhecida da água é conduzida pelo equipamento,
realizando a movimentação das pás de uma bomba turbina e
produzindo energia elétrica. Essa corrente elétrica contínua pode
ser transformada em corrente alternada, através de um inversor,
permitindo a produção de energia durante todo o ano.
82
Esse tipo de tecnologia é considerável sustentável e renovável,

além da produção de energia elétrica por uma MCH não emitir
nenhum tipo de poluente no curso hídrico e muito menos no ar.
Para exemplificar a aplicação de uma MCH, um pequeno curso
hídrico cujas características são: vazão d’água de 5L/s e um
desnível de 15m, é possível produzir, aproximadamente, 1 kWh/h.
Ou seja, aproveitando o potencial de um curso hídrico com essas
características é possível produzir até 720kWh/mês de pura
energia elétrica sustentável.
83
Além dessas duas principais características, outras como a

tubulação e as peças utilizadas no percurso da água canalizada
influenciam, diretamente, na produção de energia elétrica. Por
fim, porém não menos importante, conhecer o histórico da
vazão do curso d’água tanto nos meses chuvosos, quanto na
época de estiagem é extremamente importante para atingir os
melhores resultados com uma MCH.
84
Micro Central Hidrelétrica
85
Em regiões remotas e isoladas (como algumas áreas rurais aqui

no Brasil), as dificuldades de abastecimento de energia elétrica
estão intimamente relacionadas às grandes distâncias entre as
unidades produtoras de energia (as grandes hidroelétricas) e os
pontos de consumo. Promover o abastecimento de energia a
partir de fontes renováveis e com geração distribuída nas próprias
áreas rurais é uma alternativa atrativa e inteligente.
86
Nos últimos anos, as micro centrais hidroelétricas se tornaram uma

alternativa atrativa, uma vez que utilizam “bombas funcionando
como turbinas”. Neste sentido, as bombas substituem as turbinas
que são mais onerosas, simplificando os projetos das MCH.
Devido ao enorme mercado de bombas, esses equipamentos
apresentam-se como uma alternativa facilmente encontrada,
barata e confiável, contribuindo também para a popularização
das MCH.
O desenvolvimento tecnológico tem contribuído para

aproveitarmos os potenciais energéticos dos pequenos cursos
hídricos e produzirmos nossa própria energia elétrica com os
menores impactos possíveis.
87
Vantagens de uma Micro Central

Hidroelétrica (MCH)
A utilização dessas MCH para produção de energia tem chamado

atenção devidas as vantagens que apresentam em relação às
grandes hidrelétricas e às outras tecnologias alternativas. As MCH
são facilmente instaladas, possuem operação simples e prática
para produção de energia elétrica. Além dessas vantagens, não
há necessidade de alagar grandes áreas e, dessa forma, causam
menores impactos nos recursos hídricos. A maior vantagem de
uma MCH é o fato de se utilizar uma fonte renovável e produzir
energia elétrica sustentável continuamente, ou seja, durante 24h
por dia e 365 dias do ano. Detalhe, sem emissão de poluentes e
causando os menores impactos nos recursos naturais possíveis.
88
Sabemos que em todo o território brasileiro existem diversas

bacias hidrográficas e uma enorme quantidade de nascentes,
portanto possuímos um grande potencial de produção de
energia. Somado a isso, a simplicidade de instalação e operação
das MCH colaboram para estarem cada vez mais presentes no
mercado nacional.
89
Listamos para você as 10 principais vantagens de se utilizar uma

MCH personalizada para a produção de sua própria energia
elétrica, de forma sustentável:
1. Não há necessidade de alagamento de grandes áreas verdes;

2. Produção contínua de energia elétrica;
3. Projeto simplificado;
4. Instalação, operação e manutenção simples;
5. Não emite nenhum tipo de poluente (nem no ar, nem na água e nem
no solo);
6. Independência do fornecimento de energia das concessionárias;
7. Possibilidade de produção de corrente elétrica contínua e alternada;
8. Possibilidade de produção de energia em áreas remotas;
9. Ótimos investimentos financeiros com excelentes custos de produção
de energia (R$/kWh);
10. Ótimos retornos econômicos (1 a 4%).
90

as MCH podem nos proporcionar. Por isso são consideradas um
investimento seguro e com bons retornos, já que permitem
uma produção de energia elétrica continuamente, a partir do
aproveitamento dos pequenos cursos d’água.
Vale destacar que para aproveitar todas essas vantagens e tornar

esse tipo de investimento atrativo com os melhores retornos
financeiros do mercado, é preciso conhecer as características do
seu curso d’água e obter uma MCH personalizada.
91
Viabilidade técnica de uma

Micro Central Hidroelétrica (MCH)
Para produzir sua própria energia a partir de pequenos cursos

d’água, você deverá começar fazendo as seguintes avaliações:
1. Qual é a vazão média do curso d’água?
2. Qual é o desnível existente entre o local de captação da água e o local
de instalação da MCH?
Outros critérios não menos importantes como o trajeto do

curso hídrico e o tipo da tubulação utilizada também deverão
ser analisados com a devida atenção que merecem. Através
dessas avaliações prévias será possível estimar os principais
investimentos para instalar e colocar em prática sua MCH.
92
Tomando como base alguns critérios técnicos de segurança,

eficiência e produtividade, os principais investimentos para
instalar uma MCH estão correlacionados com os seguintes itens:
adequações hidráulicas, adequações elétricas e aquisição dos
equipamentos.
As adequações hidráulicas são realizadas no local de

instalação da MCH. Correspondem às obras para captação
e adução da água, custando aproximadamente 15% dos
investimentos;
93
As adequações elétricas são referentes ao projeto,

homologação da solução e materiais elétricos necessários para
fazer a instalação da MCH. Essas adequações correspondem,
aproximadamente, a 10% dos investimentos;
Já a aquisição da Micro Central Hidroelétrica equivale,

aproximadamente, a 75% de todo o investimento.
Conhecendo as características do curso d’água e os reais gastos

para realizar a implantação de uma MCH, é possível produzir
sua energia elétrica de forma estável e com excelentes retornos
econômicos.
94
Essa estabilidade de produção de energia elétrica das MCH

minimiza e pode até eliminar as perdas e prejuízos ocorridos
com cortes no fornecimento de energia e “apagões repentinos”.
Já os bons retornos econômicos, obtidos pela produção de
energia elétrica, fazem dessa tecnologia um investimento
atrativo e seguro, se espalhando por todo território brasileiro.
95
Micro Central Hidrelétrica
96
oakenergia.com.br/
Todas essas tecnologias são sustentáveis, produzem energia

elétrica e utilizam fontes de energias renováveis, causando os
menores impactos possíveis no meio ambiente. Evoluir de forma
sustentável é essencial para nossa sobrevivência. Nesse cenário
de evolução, evoluir de forma sustentável é essencial para nossa
sobrevivência. A utilização dessas tecnologias sustentáveis é
imprescindível para diminuição do consumo de energias não
renováveis e os custos com a conta de energia elétrica.
O correto aproveitamento do potencial energético do sol, dos

pequenos cursos hídricos, assim como dos ventos, e claro, de todos
nossos resíduos é uma opção que atende toda nossa demanda
energética, contribui com a preservação do meio ambiente, é
uma alternativa inteligente e sustentável para produção da sua
própria energia elétrica a partir de uma solução sustentável
personalizada.
97
oakenergia.com.br/
Sobre o autor
O Prof. Dr. Diego Roberto Sousa Lima é mestre e doutor em
engenharia ambiental, atuando nas áreas de produção de energia
e produtos de valor agregado de forma sustentável. Publicou
diversos artigos em revistas científicas nacionais e internacionais.
Escreveu um capítulo no livro “Fundamentos de Qualidade e
Tratamento de Água” do renomado professor Marcelo Libânio
da Universidade Federal de Minas Gerais. Próximo de completar
uma década de experiência em sala de aula como professor
universitário já orientou mais de 50 trabalhos de conclusão de
curso, combinando o conhecimento teórico com a aplicação
prática de forma sustentável.
98
oakenergia.com.br/
Conheça mais sobre os trabalhos da Oak Energia através do nosso

site ou das nossas redes sociais.
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Sede Oak Energia
oakenergia.com.br/
100
Energia Elétrica Sustentável
Como produzir sua própria energia elétrica
a partir de fontes renováveis
ISBN nº 978-65-993867-0-1

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Energia Elétrica Sustentável

Como produzir sua própria energia elétrica

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