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AS INSTALAÇÕES DE SISTEMAS FOTOVOLTAICOS RESIDENCIAIS E SUA


SUSTENTABILIDADE.

Link: https://youtu.be/NDWPfppZbqY

Rogério C. G. Pereira RA: 3887634 do autor1


Wilian P. Piccolo RA: 3870286 do autor2
José Francisco de Camargo Barros Júnior prof. Mestre orientador 3

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Autor: Rogerio C. G. Pereira, Graduando em Engenharia Elétrica da Universidade Santo Amaro – SP
– rogeriocgp@gmail.com Data de Entrega: 07/12/2022
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Autor: Wilian P. Piccolo, Graduando em Engenharia Elétrica da Universidade Santo Amaro – SP –
ppiccollo@gmail.com Data de Entrega: 07/12/2022
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Orientador: Professor Mesrte orientador José Francisco de Camargo Barros Júnior, Universidade Santo Amaro
– SP – jfbarros@prof.unisa.br.
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RESUMO

Esse artigo tem como objetivo demonstrar o dimensionamento de uma usina


de micro geração fotovoltaica on-grid de 4,02 KW de potência. Onde foi realizada
uma pesquisa bibliográfica abordando os tópicos técnicos do tema. Em um segundo
momento realizamos o estudo e o dimensionamento para a projeção da instalação e
da aquisição dos materiais para a efetivação prática do projeto. Após esta etapa,
fizemos o levantamento da documentação técnica para dar entrada na
concessionária de energia elétrica CEMIG. Com o deferimento da documentação por
parte da concessionária de energia e liberação do acesso, realizamos a instalação
do sistema. Ao finalizarmos a instalação, foi feito um novo pedido via sistema on-line
da concessionária, para a vistoria técnica e troca do medidor unidirecional, para o
medidor bidirecional, inicializando assim, a geração de energia elétrica e a injeção
do excedente de energia na rede de baixa tensão da concessionária. Caracterizando
como um sistema de compensação de energia elétrica previsto na REN nº
482/2012 e 687/2015 da ANEEL. E cumprindo as recomendações das normas direta
e indiretamente relacionadas à geração distribuída vigentes no país.

Palavras-chave: dimensionamento. microgeração. fotovoltaica. sustentabilidade. energia


solar. usinas solares.

1. INTRODUÇÃO

O presente artigo vem tratar, utilizando como base teórica uma pesquisa
bibliográfica, do projeto de uma usina solar fotovoltaica residencial on-grid de
produção de energia. Passando desde o dimensionamento até a estruturação de
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sua instalação, sendo desenvolvidos temas relevantes ao assunto como a estrutura


de um sistema fotovoltaico, o comissionamento na concessionária de energia ,
algumas tecnologias empregadas na fabricação e culminando na sua instalação em
uma residência.
Hoje em dia, com os problemas ambientais que vivenciamos atualmente,
estamos tranzendo com este artigo, uma contribuição para a coscientização e
incentivo ao uso de energias renováveis para a sustentabilidade do planeta através
das usinas fotovoltaicas, que se forem implantadas em larga escala, diminuirão em
muito o uso de outras fontes mais nocivas ao meio ambiente como é o caso das
termoelétricas movidas a queima de carvão ou até mesmo as hidroelétrica, que
apesar de serem ecologicamentes renováveis , geram impactos ambientais na sua
instalação e sociais com o deslocamento de cidades inteiras para a formação dos
reservatórios.
Segundo Giacometi (2008), a sustentabilidade é um objetivo que deve
permear as ações das sociedades contemporâneas, diminuindo o uso insensato dos
recursos renováveis e não renováveis.
Os insentivos dos governates ao uso desta tecnologia, com linhas de créditos
mais atrativas, poderá em um futuro próximo, aumentar o número de instações e
diminuir os impactos que outras fontes degradoras trazem ao nosso planeta ao
produzir energia.
Outro aspecto importante de insentivo ao uso deste sistema e na economia de
energia, visto que , o consumidor ao produzir sua própria energia, acarretará na
diminuição da sua conta, ficando protegido também da inflação energética que
acarreta ano após ano.

2. OBJETIVOS

2.1 Objetivos Gerais


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 Dimensionar e instalar um sistema de produção de energia solar fotovoltaica


on-grid residencial.

2.2 Objetivos Específicos

 Elaborar toda a documentação técnica para a aprovação na concessionária de


energia;
 Implementar uma usina de energia solar fotovoltaica residencial de pequeno
porte.
 Dar entrada na concessionária de energia elétrica para a liberação do acesso
da instalação.

3. METODOLOGIA

A metodologia utilizada no artigo se deu por um estudo prático científico que


se baseou em uma pesquisa bibliográfica que nos deram a base teórica para a
efetivação do projeto. Foram coletados dados regionais para a instalção e sobre o
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consumo da residência para se realizar o correto estudo do dimencionamento do


sistema. Os dados coletados foram inseridos numa planilha de dimensionamento,
que auxiliaram e confirmaram os dados calculados manualmente.

4. DESENVOLVIMENTO

4.1 O Sistema Fotovoltaico

A energia solar, próxima ao que conhecemos hoje, surgiu em 1954 por


Russell Shoemaker Ohl, junto ao anúncio da primeira célula fotovoltaica durante uma
reunião da National Academy of Sciences, após a descoberta do efeito fotovoltaico e
dando início à utilização dos painéis solares em 1958. Russell Ohl foi quem inventou
a primeira placa de silício e também foi o primeiro a patentear o sistema fotovoltaico
moderno, mais ou menos como conhecemos hoje. No entanto, seu êxito só foi
possível graças ao trabalho de Calvin Fuller, Gerald Pearson e Daryl Chapin,
cientistas do laboratório Bell Labs.
Fuller foi o químico que desenvolveu, pela primeira vez, o processo de
dopagem do silício. Pearson, então, estabilizou as placas de silício a partir de
reações químicas produzidas pelo contato de uma junção P-N ou diodo com as
placas mergulhadas em lítio, podendo observar um comportamento fotovoltaico nas
placas analisadas. Nesse mesmo momento, Chapin procurava uma fonte de energia
alternativa para as baterias usadas em redes telefônicas remotas. Fuller e Pearson
entraram em contato com o físico e, em 1955, células de silício foi usado pela
primeira vez como fonte de alimentação de uma rede telefônica na Geórgia, um
estado dos Estados Unidos.
A evolução da energia solar fotovoltaica teve início a partir da pesquisa de um
físico francês, Alexandre Edmond Becquerel, em 1839, que iniciou seus estudos
sobre o efeito fotovoltaico. Além disso, Charles Fritts, um inventor de Nova York,
originou a primeira célula fotovoltaica produzida por selênio revestido de ouro. Este
marco da tecnologia fotovoltaica data o ano de 1883, quando foi possível gerar uma
corrente contínua e constante para a conversão elétrica máxima de 1% , enquanto
atualmente trabalha-se com 20% de eficiência. (Portal solar – 03/11/2021)
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Um sistema solar fotovoltaico realiza a conversão da luz solar em energia


através do efeito fotovoltaico. Há pouco tempo, era uma tecnologia presente em
regiões isoladas apenas. Nos dias de hoje, a tecnologia está voltada para aplicações
residenciais, comerciais e até mesmo de usinas solares fotovoltaicas.
Nos momentos de excesso de geração de energia, situação comum em
residências, o cliente fica com créditos de energia para usar em momentos em que
não há geração.
Para converter a energia do sol em energia elétrica, há dois equipamentos
essenciais, o módulo fotovoltaico, como mostra a figura 1, 3, 4, que é o equipamento
composto por diversas células fotovoltaicas que realizam a conversão da luz do sol
em energia elétrica.

Figura 1 - Célula e Módulo Fotovoltaico

Fonte: Manual Técnico PHB solar – 2018

O inversor solar é um componente primordial para qualquer sistema de


energia solar, como mostra a figura 2 e 2A, sejam os que funcionem conectados a
rede elétrica ou não. Os projetos de energia solar são cada vez mais aplicados nas
instalações elétricas residenciais, por conta de seu custo-benefício cada vez maior.
Assim, o inversor solar torna-se um item muito procurado e utilizado em todos os
projetos de energia solar. Dessa forma, o objetivo desse artigo é mostrar o que é o
inversor solar, como ele funciona e quais os tipos de inversor solar no mercado. As
células solares ou fotovoltaicas, quando há incidência de luz sobre elas, geram em
seus terminais uma tensão continua.
Dessa forma, as células são ligadas entre si em associações em série e
paralelo formando os módulos fotovoltaicos, e posteriormente os painéis
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fotovoltaicos, que geram uma determinada tensão continua com uma boa potência.
Entretanto, em instalações elétricas, utiliza-se a corrente alternada em uma
frequência especifica para ligar os aparelhos eletroeletrônicos ligados na rede
elétrica.
Portanto, torna-se necessário um equipamento capaz de converter a tensão
continua em tensão alternada, assim como ajustar sua frequência. Esse aparelho é o
inversor solar, capaz de converter a tensão continua proveniente dos painéis solares
em uma tensão alternada adequada para a rede elétrica. Entretanto, essa não é a
única função do inversor solar.
O aparelho é utilizado também para direcionar para onde vai à energia gerada
pelos painéis solares. Assim, em casos de sistemas ligados a rede elétrica, o
inversor solar tem como função fazer as trocas de energia elétrica com a rede
elétrica, garantindo que a instalação elétrica receba energia constantemente. Já para
sistemas ligados em baterias, a função do inversor solar é redirecionar a energia
elétrica em excesso para as baterias. Dessa forma, o componente garante que essa
energia esteja disponível para ser utilizada mais tarde, em momentos de menor
incidência solar.
Normalmente, os inversores solares são instalados perto do quadro de luz.
Assim, já que terão que se comunicar com os painéis solares e com a rede elétrica
simultaneamente, esse acaba sendo um lugar muito conveniente para o inversor nas
residências. (Athoselectronics – 2021)

Figura 2 – Inversor de Energia Solar Bel

Figura 2A – Inversor de Energia Solar PHB


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Fonte: Manual Técnico PHB/Bel solar – 2018

O processo de produção de energia ocorre primeiramente na captação dos


raios solares pelos módulos, que convertem a energia luminosa em energia elétrica.
Essa energia é modificada pelo inversor de frequência para poder conectar com a
rede elétrica da concessionária de energia. Que através de um medidor bidirecional,
que realizará a leitura tanto da energia que é produzida e vai para a concessionária,
com a energia que entra, proveniente da operadora no horário onde não há a
produção de energia pelos módulos fotovoltaicos.
Em caso de falhas no sistema, ou alguma sobrecarga, entram em ação os
componentes de proteção que estão localizados dentro da string box (disjuntores e
DPs). E no caso de falta de energia da concessionária, o sistema é desligado
automaticamente através de uma função do inversor chamada de anti-ilhamento, que
protege os colaboradores da concessionária da energia injetada na rede no caso de
manutenção.

4.2 Os benefícios do uso da Energia Solar Fotovoltaica.

O apelo sustentável pela produção de uma energia limpa e sem impactos


ambientais vem crescendo ano após ano devido à preocupação com as mudanças
climáticas que estão ocorrendo atualmente com a produção de toneladas de CO2
por ano que são jogadas na atmosfera através da queima de combustíveis fósseis
usadas em termoelétricas, que queimam o carvão ou o gás natural para a geração
da energia, causando um forte impacto ambiental. Já nas usinas nucleares, exigem
combustíveis altamente tóxicos e de difícil descarte no meio ambiente.
E mesmo nas usinas hidroelétricas, estão cada vez mais distantes dos centros
de consumo e degradando a biodiversidade e o ambiente com a extensão de seus
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lagos, na etapa de transmissão e os problemas sociais causados com o


deslocamento de comunidades inteiras para a construção dos reservatórios.
Os sistemas fotovoltaicos geram energia limpa por pelo menos 25 anos e
estão nos centros de consumo. Durante sua vida útil, os módulos fotovoltaicos geram
30 vezes mais energia do que a utilizada para fabricá-los. E sua adesão contribui
para a redução da construção de grandes usinas.
Hoje já existe uma certificação para casas e edifícios verdes. O Green
Building Council vem incentivando projetos que apresentam tecnologias para reduzir
o consumo de energia e o impacto ambiental.

4.3 As tecnologias empregadas na fabricação das células fotovoltaicas.

As principais tecnologias empregadas são as de silício mono e policristalino,


que tem pouca diferença entre elas. Os módulos fotovoltaicos das duas são
compostos de associações de células fotovoltaicas e são revestidas com vidro e
montadas em uma moldura de alumínio, formando o módulo fotovoltaico. Contudo, o
processo de fabricação do módulo monocristalino o torna mais caro. E além disso,
eles possuem uma eficiência maior do que os policristalinos, mas geram menos
energia com o aumento da temperatura. Sendo assim, os módulos policristalinos são
os mais difundidos em climas mais quentes. Eles podem ser instalados sobre telhado
plano ou metálico.
No caso de telhado plano, é mais fácil de obter uma inclinação ótima, visto
que a inclinação é um dos fatores de rendimento da produção, já com o uso de
telhas, costuma-se usar a inclinação do telhado. Já os módulos de filme fino podem
ser produzidos com materiais deferentes como o silício amorfo ou telureto de códmio
por exemplo, mas apresentam características semelhantes. A eficiência dos módulos
está entre 7% e 10%, e em geral, eles apresentam uma melhor aparência, existindo
até modelos que não dispõe da moldura de alumínio ao redor.
Outra vantagem é a possibilidade de ser flexível, ampliando o leque de
aplicações, mas possuem a desvantagem de ter baixa eficiência, sendo necessária
uma área muito maior para compensar. E o Building Integrated Photovoltaics (BIPV),
que é uma tecnologia que possui uma ótima integração com a edificação,
especialmente se for um prédio. O BIPV é um conceito que integra as células
fotovoltaicas à edificação, logo, tem um papel arquitetônico. Os módulos substituem
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os vidros da edificação e podem ser de diferentes níveis de transparência e de


diferentes cores. Outro benefício é a redução significativa do consumo do ar-
condicionado, reduzindo o consumo de energia. (nhs solar – 2018).
Uma das formas de se obter o cristal único de silício, é através do método
Czochralski. Durante esse processo, uma semente de cristal de silício é inserida
numa caldeira com silício policristalino e, enquanto o conjunto gira lentamente, essa
semente é erguida. A semente de silício orienta os átomos do mosto que se cristaliza
em uma única formação cristalina, por isso o nome: monocristal. Após o corte do
cristal em pastilhas, é depositado o fósforo, através de difusão de vapor a
temperaturas entre 800-1200°C, e criada à rede de contatos frontais e traseiras que
recolherão os elétrons liberados pelo efeito fotovoltaico. Também é feito um
tratamento antirreflexo na parte posterior. (SOUZA, Ronilson, 2018, p.32).

Figura 3 – Módulo Monocristalino Fotovoltaico

Fonte: Manual Técnico PHB solar – 2018

Um dos processos de criação de silício policristalino mais utilizado é o de


fundição de lingotes, onde o silício em estado bruto é aquecido no vácuo até uma
temperatura de 1.500°C e depois resfriado até uma temperatura de 800°C.
Pode-se aproveitar o processo de purificação do silício, e já adicionar o Boro.
Nesse processo é utilizado menos energia. Serão criados blocos de silício de 40x40
cm² com altura de 30 cm. O processo segue como o do silício monocristalino, com o
corte, tratamento antirreflexo e criação dos contatos frontais. (SOUZA, Ronilson,
2018, p.32).
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O desenvolvimento das células fotovoltaicas de película ina vem desde a


década de 90. O material semicondutor é aplicado em um substrato, geralmente
vidro, através de deposição por vaporização, deposição catódica ou banho
eletrolítico. Os semicondutores mais utilizados são o silício amorfo (a-Si), o
disseleneto de cobre e índio (gálio) (CIS-CIGS) e o telureto de cádmio (CdTe).
Devido à alta absorção luminosa, camadas de menor espessura (0,001 mm) são, em
teoria, suficientes para converter a luz solar em eletricidade. Além disso, esses
materiais são mais facilmente dopados e requerem menores temperaturas (entre
200°C e 500°C) para sua fabricação, o que, combinado com a capacidade de
automação para produção em larga escala, pode baratear o preço final dos módulos.
A célula de película inam não tem o tamanho e o formato restrito, como as
células de silício cristalizado. (SOUZA, Ronilson, 2018, p.33).

5. RESULTADOS E DISCUSSÕES:

5.1 Cálculos para o Dimensionamento do Sistema

No dimensionamento do sistema, iniciamos primeiramente calculando a média


do consumo mensal em um ano. Com esse resultado em mãos, achamos a média do
consumo por dia dividindo esse resultado por 30. Em posse do consumo diário,
dividimos esse valor pelo índice de insolação na região da instalação pesquisado no
site do CRESESB para se achar o tamanho do sistema a ser instalado sem as
perdas.
Com esse novo dado em mãos, acrescentamos as perdas que costuma ser
em torno de 17% a 20%, achando assim o tamanho do sistema final. Agora,
calculamos o número de módulos multiplicando o tamanho d sistema final por mil
para converter de KW para W, e dividimos pela potência do módulo fotovoltaico a ser
instalado.

Tabela 1 - Cálculos do sistema


Média em kWh/ano = ∑do consumo em kWh / 12.
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Média em kWh/ano = 5202Kwh / 12 = 433,50 kWh/ano.


Média em kWh/dia = Média em kWh/ano / 30.
Média em kWh/dia = 433,50 / 30 = 14,45 kWh/dia.
Tamanho do Sistema em KWp com Perdas = Média em kWh/dia / HSP.
Tamanho do Sistema em KWp com Perdas = 14,45 / 5,43 = 2,66 KWp.
Tamanho Sistema KWp Final = Tamanho do Sistema em KWp com Perdas + 17%
de Perdas.
Tamanho Sistema KWp Final = 2,66 + 17% = 3,11 KWp..
Nº de Módulos = Tamanho do Sistema em KWp x 1000 / Potência do Módulo.
Nº de Módulos = 3,11 x 1000 = 3112,39 / 335 = 9,29 =~ 9 Módulos.
Fonte: Autor, 2022

5.2 Descrições Gerais da Geração Distribuída

O sistema fotovoltaico para geração de energia elétrica é formado pelos


seguintes elementos:
• Módulos fotovoltaicos;
• Estrutura metálica de suporte dos módulos fotovoltaicos;
• Inversor Corrente Contínua (CC) / Corrente Alternada (CA);
• Cabos de conexão;
• Dispositivos de proteção de Corrente Contínua (CC) e Corrente Alternada (CA).
O sistema de geração fotovoltaica é composto por diversos alinhamentos de
séries de módulos, onde cada série é composta por diversos módulos fotovoltaicos,
que por sua vez são compostos de diversas células fotovoltaicas (as células
fotovoltaicas captam a luz do sol, fonte primária de energia, transformando a energia
luminosa em energia elétrica).
Os módulos fotovoltaicos são montados sobre a estrutura metálica que por
sua vez são fixados sobre o telhado, laje ou solo, de forma adequada.

Figura 4 – Módulo Policristalino Fotovoltaico


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Fonte: Manual Técnico PHB solar – 2018

Os cabos provenientes dos diversos conjuntos de séries se conectam entre si


por intermédio de uma caixa de junção ou diretamente ao inversor, caso este
apresente as proteções necessárias para dispensar o uso de caixa de junção.
Os inversores têm como função, de uma forma geral, transformar a corrente
contínua (CC) em corrente alternada (CA) e supervisionar a tensão e a frequência da
rede, entrando em operação somente quando os valores estão dentro da faixa de
regime normal de operação. O conjunto de proteções de conexão dos inversores não
permite que funcione de forma ilhada, ou seja, em caso de falha da rede elétrica a
planta deixaria de funcionar.
A energia elétrica produzida é consumida pelo local da instalação ou injetada
na rede elétrica por meio do ponto de entrega de energia da distribuidora, caso a
demanda seja inferior à energia produzida.
A quantidade de energia gerada em um dia por um sistema fotovoltaico, é
proporcional à irradiação disponível no plano dos módulos fotovoltaicos. A energia
gerada pelos módulos fotovoltaicos, em corrente contínua, é fornecida a carga local
ou injetada na rede de forma sincronizada através dos inversores, que por sua vez, é
transformada em corrente alternada. Durante a noite o inversor deixa de operar e se
mantém em estado de “stand by”, com o objetivo de minimizar o consumo do
sistema.
O sistema a ser instalado nessa unidade consumidora é composto,
basicamente, de 12 (doze) módulos fotovoltaicos (instalados sobre um telhado de
fibrocimento), 02 (dois) inversores centrais, 02 (dois) dispositivos de proteção de
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corrente contínua e 02 (dois) dispositivos de proteção de corrente alternada, cabos e


conexões e um sistema de aterramento.

5.3 Previsões da Produção de Energia

No dimensionamento do sistema foram considerados os seguintes parâmetros


para o cálculo da previsão de geração de energia elétrica:

Tabela 2 - Parâmetros para o cálculo da energia gerada 4


HSP* (horas de sol pleno) [kWh/m2. dia] 5,43
Nº de Módulos Fotovoltaicos [unidade] 12
Performance Ratio (Eficiência Global) 0,75
[adimensional]
Potência do Módulo Fotovoltaico (kW) 0,335
Fonte: http://www.cresesb.cepel.br/index.php?section=sundata&.

A partir dos parâmetros listados acima a previsão de uma média mensal de


geração de energia de 491 kWh/mês e uma previsão anual de 5893 kWh. E essa
produção, provavelmente, gerará créditos mensais e que em momento propício será
destinado pelo titular para outra unidade consumidora de mesma titularidade.

4
Valor HSP obtido a partir da coordenada geográfica, utilizando o banco de dados da CRESCESB
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Figura 5 – Gráfico de precisão de geração de energia

Fonte: Software de dimensionamento (Excel)

6. CONCLUSÃO:

Através da metodologia apresentrada no artigo, utilizando como fonte de


consulta, uma pesquisa bibliográfica, foi possível chegar aos objetivos propostos
neste trabalho, bem como mostrar do início ao fim o precesso de instação de uma
usina de produção fotovoltaico residencial desde o projeto até a aprovação na
concessionária de energia.
No Brasil, a principal fonte de geração de energia elétrica ainda são usinas
hidrelétricas, entretanto, esse recurso é muito instável e apesar de serem
sustentáveis, também geram impactos ambientais e sociais, além de sofrer com
grandes secas e variações bruscas no clima do país que dificultam em determinadas
épocas do ano a produção de energia. Necessitando a ativação de
usinas térmicas e nucleares, gerando aumentos significantes no valor final na conta
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de energia e impactos ambientais como a queima de combustíveis fósseis. Desta


forma, o investimento em fontes de produção de energia solar fotovoltaica mostra-se
muito interessante o seu insentivo, que além de gerar economia, gera também
grandes benefícios ao meio ambiente e geração de novos empregos.
Para o desenvolvimento deste artigo, foram vistos a estrutura de um sistema
fotovoltaico residencial, os cálculos para o correto dimencionamento do sistema, os
benefícios para o insentivo do seu uso, os equipamentos utilizados e as tecnologias
empregadas na fabricação das células fotovoltaicas.
Concluiu-se que a tecnologia fotovoltaica é relativamente simples sua
implantação e o processo de comissionamento na concessionéria de energia é um
ouco burocrático mas vem sendo melhorado para agilizar a sua implementação por
parte dos projetistas. E que o desenvolvimento e crescimento do setor é uma
realidade, que precisa ser cada vez mais incentivada para se diminuir os impactos
ambientais gerados por outras fontes não sustentáveis.

REFERÊNCIAS:

ABNT NBR 5410, Instalações elétricas de baixa potência, Segunda edição – 2004.
Apostila Curso de eletricista residencial e predial, Telredes treinamentos; 1ª edição,
São Paulo – SP, 2011.

ALAXANDRE, F; ÂNGELO, M. - Curso Técnico Instalador de energia solar


fotovoltaica, Ed. Arvato, Porto – Portugal, 2. Ed. 2015.

Alonso, M.C., García, F.S. e Silva, J.P. - Energia solar fotovoltaica – ONUDI, Bahia -
2013.
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APARECIDA, E – Energia Solar Fotovoltaica: Fundamentos, conversão e viabilidade


técnico-econômica, Gepea Poli USP, São Paulo – SP – 2014.

NBR5410 – Instalações Elétricas de baixa tensão – Segunda edição – 30/09/2005.

Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012 -


<<https://www.aneel.gov.br/geracaodistribuida?
ppid=101&pplifecycle=0&ppstate=maximized&101struts_action=%2Fassetpublisher
%2Fview_content&101assetEntryId=14461914&101type=content&101groupId=6568
27&101urlTitle=geracao-distribuida-introduc-1&inheritRedirect=true> - 28/09/2015.

Sem autor: Potencial energético. Potencial solar. Disponível em: <


http://cresesb.cepel.br/index. php?section=sundata>. Acesso em: 05/11/2021.

Sem autor- PHB Solar: //www.plataformaphbsolar.com.br/ ?gclid= Cj0KCQiA47


GNBhDrARIsAKfZ2rBU3Bmj7kmG6anLLdeq9NE6Au1A9kGRd94B5WO9JHN2WHXc
lmm1eQaAoJHEALw_wcB> , Acesso em 01/10/2021.

Sem autor - <athoseletronics.com/inversor-solar-o-que-e/>, 15/11/2021.

SOUZA, Ronilson – Os Sistemas de Energia Solar Fotovoltaica - Blue Sol Energia


Solar - Ribeirão Preto - SP – Brasil, Ed. 2018.

TAVARES, J; ANTÔNIO M. - Manual de Engenharia para Sistemas Fotovoltaicos,


CEPEL – DTE – CRESESB, Rio de Janeiro – Março – 2014.
O vídeo precisa ser uma apresentação (falada) explicando todo o trabalho, exemplo:
1- introdução (cada aluno se apresenta, conta como tiveram a ideia do tema do trabalho, o conceito,
os fundamentos, etc.)
2- Objetivo: a proposta do projeto.
3- Métodos: ai vocês mostram os diagramas, os estudos, a parte técnica.
4- Resultado: qual foi a expectativa, o que vocês concluem com esse estudo, etc.
5- Conclusão: vocês vao explicar a conclusão do trabalho..

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