Você está na página 1de 84

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 02
CAPITULO1: ENERGIA TÉRMICA X ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA 04
1.1 - Energia solar térmica 05
1.2 - Energia solar fotovoltaica 08
CAPITULO 2: EFEITO FOTOVOLTAICO 10
CAPITULO 3: AVALIAÇÃO DO POTENCIAL SOLAR 11
3.1 - Constante solar (Gamo) 12
3.2 - Radiação Eletromagnética 12
3.3 - Radiação solar 13
CAPITULO 4: CÉLULA FOTOVOLTAICA 17
4.1 - Módulos de silício cristalino x módulos de filme fino 20
4.2 - Array de módulos 22
CAPÍTULO 5: APLICAÇÕES DA GERAÇÃO FOTOVOLTAICA 29
5.1 - Geração direta x geração indireta de eletricidade 30
5.2 - Sistemas fotovoltaicos isolados (autônomos) 31
5.3 - Sistemas fotovoltaicos conectados à rede 36
5.4 - Sistemas fotovoltaicos híbridos 40
5.5 - Classificação dos sistemas fotovoltaicos quando a potência 41
CAPITULO 6: RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA 42
6.1 - Normas nacionais 42
6.2 - Manuseio 43
CAPITULO 7: CONEXÃO ON-GRID 45
7.1 - Suporte de fixação de módulos fotovoltaicos 46
7.2 - Tipos de telhados 46
7.3 - Locais de fixação e recomendação de instalação 47
7.4 - Procedimentos de instalação 49
7.5 - Módulos fotovoltaicos 66
7.6 - Condutores elétricos 70
7.7 - Crimpagem conector MC4 71
7.8 - String Box - Conexão de entrada CC 75
7.9 - String BOX - Conexão de Saída CC 76
7.10 - Inversor 77
7.11 - Aterramento 77
7.12 - Procedimentos e testes 80
7.13 - Manutenção 82

BIBLIOGRAFIA 83

1 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


INTRODUÇÃO

A maior fonte primária de energia do planeta terra é indubitavelmente o sol,


sendo este responsável direto pela vida na terra em razão da imensa quantidade de
energia que o mesmo nos fornece de forma gratuita e limpa. A energia solar fornece
principalmente luz e calor a terra, suprindo as necessidades de animais, vegetais e
inúmeros processos orgânicos e reações químicas, como por exemplo a
fotossíntese. Uma vasta gama de processos e comportamentos são influenciados e
guardam estreita relação com o sol, quais sejam:
a) Movimento dos ventos, ocasionado por diferenças de temperatura e
pressão atmosféricas;
b) Movimento das marés;
c) Ciclos da água. Ex.: evaporação, chuvas e degelo;
d) Decomposição de matéria orgânica, dentre inúmeros outros.

Outra aplicação da energia proveniente dos raios solares é o seu


aproveitamento para geração direta e indireta de eletricidade (energia solar
fotovoltaica e energia solar heliotérmica) e para geração de calor (energia solar
térmica) para aquecimento de fluidos, por exemplo.
A energia solar fotovoltaica tem grande potencial em praticamente todo o
território nacional, quer sejam em áreas urbanas quer sejam em áreas rurais, em razão
dos elevados índices de incidência da radiação solar em vários dos estados
brasileiros, deste modo constituindo-se uma excelente fonte de eletricidade limpa e
renovável.
Algumas características e vantagens da energia solar fotovoltaica são listadas
abaixo:
a) Possibilidade de geração de energia no próprio local onde a mesma será
consumida (eletricidade consumida onde é produzida), no caso da micro
geração e da mini geração, aproximando a geração do consumo;
b) Elimina-se a necessidade de linhas de transmissão ou extensas redes de
distribuição, quando instaladas em aplicações residenciais, por exemplo.

2 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


Este aspecto minimiza consideravelmente as perdas com transmissão, bem
como reduz os investimentos em linhas de transmissão e
distribuição;
c) Pode atender pequenos sistemas de eletrificação de localidades remotas
(não eletrificadas) ou suprir a demanda energética de instalações
(empresas, instituições, órgãos governamentais, complexos esportivos,
condomínios, residências, dentre inúmeros outros) localizadas dentro dos
grandes centros urbanos que possuem acesso ao sistema de distribuição
pública;
d) Possibilidade de integração dos módulos com a edificação1,
principalmente nos telhados, ou seja, não é exigida uma área física
dedicada a instalação dos painéis;
e) Pode ser utilizada para suprir parcialmente (fonte complementar – sistema
alternativo de geração) ou totalmente a demanda energética, bem como
para exportar eventuais excedentes da autoprodução;
f) Apesar da alta tecnologia inerente a fabricação dos módulos, a sua
utilização é relativamente simples;
g) Opção limpa e segura (baixo impacto ambiental: não polui o ar ou a água
por não consumir combustíveis) para suprir com eletricidade as
comunidades isoladas e de difícil acesso;
h) Elevada modularidade, permitindo o aumento da potência instalada
através de adição de novos módulos e rapidez de instalação;
i) Fonte energética não poluente, não produz ruídos (totalmente silenciosa)
e de natureza renovável, ou seja, tecnologia que corrobora com os preceitos
da sustentabilidade ambiental;
j) Caracterizada por exigir baixíssimas manutenções e por operar
satisfatoriamente de maneira desassistida.

3 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


CAPÍTULO 1:
ENERGIA SOLAR TÉRMICA X ENERGIA SOLAR FOTOVOLTÁICA

O sol pode ser utilizado como fonte supridora de energia para fins de
aquecimento ou ainda para produção de eletricidade de maneira indireta ou direta.
Na primeira situação estaremos tratando da energia solar térmica. No caso da
geração indireta teremos a energia elétrica sendo gerada a partir do aquecimento de
um fluido até transformá-lo em vapor, que por sua vez acionará a turbina de um
gerador elétrico. Por fim, na geração direta de eletricidade a partir do sol, entraremos
no escopo da energia solar fotovoltaica.
A energia térmica está diretamente correlacionada com a temperatura
absoluta de um sistema, que por sua vez relaciona-se com as energias cinéticas
microscópicas que suas partículas constituintes possuem. Esta energia deriva, por
exemplo, do movimento das partículas (translação, vibração ou rotação).
Em termos de terminologia técnica, na energia solar térmica utilizamos
coletores solares, ao passo que na energia solar fotovoltaica utilizamos módulos
solares.

4 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


1.1 - ENERGIA SOLAR TÉRMICA

A figura abaixo mostra a geração de vapor para acionamento de conjunto de


turbina e gerador a partir de sistema concentrador do tipo torre.

A figura a seguir mostra a geração de vapor para acionamento de conjunto


turbina e gerador através de coletores côncavos.

5 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


Na energia solar térmica, comumente utilizaremos a captação de calor a partir
de dispositivos designados de coletores solares que, de um modo geral, estão
instalados no telhado dos empreendimentos. O objetivo central, neste caso, é aquecer
água diretamente a partir do calor fornecido pelo sol, ou seja, a partir da transferência
de calor.
A vantagem do coletor solar é a possibilidade de gerar aquecimento sem
necessidade de queimar combustíveis fosseis ou derivados de petróleo, contribuindo
para preservação ambiental, bem como poupando outros recursos energéticos.
Nos sistemas de geração indireta têm-se a geração de energia elétrica a partir
do aquecimento de um fluido. Nestas aplicações o calor é captado e concentrado, com
a finalidade de aquecer o referido fluido. As instalações que realizam estas ações
são designadas de usinas solares térmicas. O calor inerente ao fluido aquecido é
canalizado até a central geradora onde será convertido em vapor e acionará uma
turbina integrada com um gerador de energia elétrica.

O coletor solar internamente é constituído por tubos, formando um caminho


a ser percorrido pelo fluido que será aquecido. Interligado aos coletores e com a
finalidade precípua de armazenamento teremos u m reservatório térmico.

6 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


A figura abaixo mostra a representação esquemática do sistema de
aquecimento térmico.

As usinas solares térmicas podem ser classificadas:


a) Quanto ao tipo de sistema de captação utilizado;
b) Quanto ao tipo de sistema de concentração utilizado.

Podemos citar como exemplos de sistemas de concentração solar:


a) Coletores côncavos: espelhos côncavos destinados a refletir os raios solares
em direção a uma tubulação, concentrando o calor na mesma. Faixa de
temperatura: 100 a 400º C;

b) Coletores parabólicos: tratam-se de espelhos parabólicos destinados a


concentrar os raios solares em direção a um ponto central específico
designado de cápsula térmica. Faixa de temperatura: acima de 400° C;

7 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


1.2 - ENERGIA SOLAR FOTOVOLTÁICA

Quanto a energia solar fotovoltaica, por vezes designada de energia solar FV,
teremos a conversão de energia a partir do efeito fotovoltaico, convertendo-se
diretamente a luz captada do sol em energia elétrica. A captação da luz solar é
realizada a partir das placas fotovoltaicas instaladas nas fachadas, telhados ou
coberturas das instalações que farão uso da eletricidade produzida. No caso dos
grandes centros de geração fotovoltaica, o conjunto de placas serão interligadas de
modo a constituir as chamadas usinas fotovoltaicas.

Os sistemas fotovoltaicos são caracterizados por utilizarem dispositivos


controladores (controlador de carga) e conversores (choppers, inversores, etc.),
podendo ainda utilizar baterias ou estar conectados diretamente a rede elétrica.
Destinam-se a eletrificação rural ou de outras localidades não contempladas pelo
sistema de distribuição das concessionárias locais, ou ainda para complementação
energética, quando os consumidores já possuem acesso a rede de distribuição
pública convencional.

8 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


A figura abaixo mostra uma representação esquemática de um sistema
fotovoltaico não conectado à rede.

A figura a baixo mostra um exemplo do sistema fotovoltaico aplicado a uma


residência.

A figura abaixo traz uma representação simplificada de um sistema


fotovoltaico.

9 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


CAPÍTULO 2:
EFEITO FOTOVOLTÁICO

Pode ser definido como o fenômeno resultante da interação entre a luz


(fótons) e os materiais semicondutores utilizados na fabricação das células
fotovoltaicas2. Como consequência do efeito fotovoltaico teremos a transformação
de energia solar em energia elétrica.
O termo fotovoltaico origina-se da fusão entre as palavras foto, que em grego
significa luz, e voltaica derivada da unidade de tensão elétrica designada de Volts.
Historicamente atribui-se ao físico francês Alexandre Edmond Becquerel, no ano de
1839, a primeira observação e descrição do efeito fotovoltaico. A primeira célula
fotovoltaica de silício monocristalino de maior aplicabilidade prática foi desenvolvida
em 1954 nos laboratórios Bell, em pesquisa conduzida pelos pesquisadores
Pearson, Fuller e Chapin.
A incidência de fótons na superfície das células FV’s provoca a absorção destes
por parte das células, excitando os elétrons do material semicondutor. Ao ser
estabelecida uma diferença de potencial entre as camadas de material semicondutor
que constituem a célula FV os elétrons excitados na etapa anterior passam a se
deslocar de maneira ordenada estabelecendo uma corrente elétrica. O número de
elétrons em movimento será proporcional a intensidade da luz incidente e absorvida
pelas células FV.

10 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


CAPÍTULO 3:
AVALIAÇÃO DO POTENCIAL SOLAR

Antes da instalação e operação propriamente ditas, é indispensável uma análise


preliminar da viabilidade técnica e econômica da instalação de conversores
fotovoltaicos, desde aplicações destinadas à micro geração até os grandes complexos
de geração fotovoltaica.
A análise preliminar supracitada destina-se a mensurar, ainda que de maneira
aproximada, a ordem de grandeza do potencial de geração solar disponível naquela
localidade. A premissa básica é o desejo em avaliar a disponibilidade do recurso
energético, congregando aspectos como sua variabilidade espacial e temporal e assim
obter um planejamento energético mais coerente e consistente.
Em razão da inconstância dos aspectos climatológicos (métodos e
ferramentas da meteorologia), o potencial de geração fotovoltaica de um
determinado local deve ser entendido como uma aproximação e não como uma
verdade absoluta. Levantamentos mais precisos podem ser obtidos a partir de
pesquisa a dados climáticos provenientes de fontes de elevada confiabilidade, sendo
esta última associada ao acúmulo de dados provenientes de vários anos3. Os dados
climáticos citados buscam preencher a crescente demanda acerca da influência da
variabilidade climática sobre a disponibilidade do recurso solar.
A previsão de produção das plantas solares leva em consideração aspectos
técnicos diversos como por exemplo:
a) Radiação solar;
b) Temperatura ambiente;
c) Velocidade do vento;
d) Direção dos ventos;
e) Índice pluviométrico;
f) Umidade relativa do ar.

11 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


A inconstância da radiação mencionada anteriormente gera diferentes
comportamentos do potencial de geração solar, mesmo dentro de curtos intervalos
de tempo de análise, ou seja, variações de radiação podem ser observadas de um
mês para outro, de um dia para outro e, a depender do sistema de aquisição de dados
utilizados, de minuto a minuto.

3.1 - CONSTANTE SOLAR (Gamo)

Trata-se da quantidade de energia incidente numa superfície de área unitária,


sendo esta área posicionada de modo perpendicular aos raios solares, por unidade de
tempo. Tal definição considera que a região se situa no topo da atmosfera. A
intensidade da radiação solar incidente na atmosfera terrestre sofre variações em
função da distância da terra ao sol.
A intensidade média da radiação incidente na atmosfera, apesar de receber a
designação de “constante”, poderá sofrer variações em função da distância entre a
terra e o sol. O valor da constante solar (GAM0) corresponde a: 1353 W/m2 com
erro de ± 1,5%.
No caso da parcela de radiação que incide na superfície da terra (GHOR),
seu valor máximo é estipulado como sendo: GHOR= 1000 W/m2.

3.2 - RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA

A radiação proveniente do sol é constituída por um espectro contínuo de


diferentes comprimentos de onda englobando:
a) Parte do espectro infravermelho – 47% da energia total recebida;

12 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


b) Toda região do espectro visível entre o violeta e o vermelho – 46% da
energia total recebida;
c) Parte do espectro ultravioleta – 7% da energia total recebida;

Caso a análise seja referenciada ao topo da atmosfera, a distribuição do


espectro solar aproxima-se a de um corpo negro (emissor ideal de radiação) a uma
temperatura aproximada de 5900 K.
A figura abaixo mostra a representação do espectro eletromagnético.

3.3 - RADIAÇÃO SOLAR

Pode ser definida como uma forma de transferência de energia proveniente


do sol e que se propaga pela terra na forma de ondas eletromagnéticas. Divide-se
em radiação direta, radiação difusa e radiação devido ao albedo.

13 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


A figura abaixo mostra um exemplo de radiação direta e radiação difusa.

3.3.1 - Radiação direta

Parcela da radiação solar que incide sobre a superfície terrestre sem sofrer
interferência de nenhum obstáculo, ou seja, sem sofrer desvios. É a radiação
utilizada em sistemas solares de concentração.

A figura a seguir mostra um exemplo do sistema de geração solar com elemento


concentrador.

14 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


3.3.2 - Radiação difusa

Trata-se da parcela da radiação solar que incide na superfície da terra após


sofrer desvios na atmosfera e nas nuvens. Caracterizada por chegar à superfície
terrestre em diversas direções (direções aleatórias). Os sistemas solares não
concentradores utilizam a radiação direta e a radiação difusa.

3.3.3 - Radiação devido ao Albedo

Considerando-se que a superfície receptora está inclinada, uma parcela da


radiação será refletida no solo e incidirá sobre a face receptora, esta parcela de
radiação recebe a designação de radiação devido ao albedo.

15 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


3.3.4 - Radiação global

Também pode ser designada de radiação total e corresponde a soma das


radiações direta e difusa.

16 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


CAPÍTULO 4:
CÉLULA FOTOVOLTÁICA

A célula fotovoltaica pode ser definida como a menor unidade de um sistema


fotovoltaico ou simplesmente como dispositivo fotovoltaico básico ou ainda a
unidade básica destinada a efetuar a conversão direta de energia solar em energia
elétrica. A fim de aumentar a quantidade de energia disponível, normalmente se
agrupam vários conjuntos de células, uma vez que uma célula individualmente
produz pouca energia elétrica.
Um agrupamento de células fotovoltaicas pode receber as designações de
módulo, placa ou painel fotovoltaico, ou seja, um painel, placa ou módulo
corresponderá a um conjunto empacotado de células FV’s interligadas de modo a
atingir valores desejados de corrente e/ou tensão. Ou ainda um conjunto de células
fotovoltaicas encapsuladas e interligadas eletricamente com a finalidade de produzir
eletricidade. A vida útil de um módulo fotovoltaico é estimada em 24 anos.
A eficiência dos módulos depende, dentre outras características, do tipo e da
qualidade do material semicondutor utilizado, bem como da qualidade de suas
conexões elétricas. No Brasil a eficiência energética dos módulos é controlada a partir
de um sistema de etiquetagem popularmente conhecido como selo Procel4 de
economia de energia. Comercialmente a eficiência dos módulos é de
aproximadamente 15%5, considerando que a energia do sol chega a superfície
terrestre com potência média de 1000 W/m².
Quanto a fabricação dos módulos existe basicamente duas configurações
básicas:
a) Agrupamento de células FV’s constituídas por finíssimas fatias de silício
cristalino, posicionadas entre vidros e emolduradas com alumínio;
b) Aplicação de camada de material semicondutor na forma de plasma sobre
uma superfície rígida (vidro) ou flexível destinada a funcionar como base ou
apoio ao material semicondutor. Posteriormente o conjunto é recoberto com um
vidro ou outro material transparente. Este arranjo recebe a designação de
módulo de filme fino.

17 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


Na primeira técnica existe uma predominância de utilização de silício cristalino
enquanto que na segunda utiliza-se silício na forma não cristalina (silício amorfo) ou
compostos químicos tais quais:
a) Telureto de cádmio (CdTe);
b) Disseleneto de cobre (gálio) e índio (CIS e CIGS).

A figura a seguir, mostra a representação da célula, módulo e painel/arranjo


fotovoltaico.

Num módulo as células são interconectadas eletricamente e dispostas


fisicamente sobre uma superfície rígida. Teoricamente quando são necessárias
maiores correntes de saída as células são conectadas em paralelo e quando a
demanda for por maiores valores de tensão as células são conectadas em série.
Comercialmente os módulos FV’s são fabricados a partir de células FV interligadas
em série, a fim de obter maiores tensões nas saídas dos módulos.

18 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


A associação de módulos FV enfatiza a característica modular da energia
solar FV, permitindo aos projetistas e/ou usuários adequar as instalações as suas
necessidades orçamentarias ou de espaço físico, além de permitir a montagem e
desmontagem dos arranjos de painéis em outras localidades. A figura a seguir
mostra uma vista detalhada do painel solar.

Podemos citar como exemplos de empresas fabricantes de módulos


fotovoltaicos:

19 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


a) Yingli Green Energy Holding Company Limited;
b) Bosch;
c) Hanwha Solar One;
d) Canadian Solar.

Na parte traseira do módulo existe uma caixa de interligações denominada


de caixa de junção. Esta caixa é fonte de aquecimento em caso de conexões
elétricas mal executadas (exemplo: conexão sem conector MC4). Nas rotinas de
manutenção é conveniente realizar a inspeção termográfica da caixa de junção.

4.1 - MÓDULOS DE SILÍCIO CRISTALINO X MÓDULOS DE FILME FINO

Quanto ao aspecto visual os módulos de silício cristalino podem ser


diferenciados dos módulos de filme fino, em razão destes últimos serem formados
por uma única célula de grande área, ou seja, o módulo de filme fino será constituído
por uma única célula cujas dimensões coincidem com dimensões do módulo. Em
razão desta característica as células de filme fino são menos sensíveis as perdas de
eficiência associadas ao sombreamento parcial dos módulos melhorando o
aproveitamento do recurso solar, em situações de baixa radiação direta e para
incidência de radiação difusa.
Ainda no que se refere a aparência, os módulos de silício cristalino possuem
uma tonalidade azulada. Esta cor é utilizada por proporcionar uma melhor eficiência
de conversão. Durante o processo de fabricação das células comerciais, as fatias de
silício (chamadas de wafers) tem tonalidade cinza fosco (cor natural do silício) e nas
últimas etapas do processo produtivo recebem uma camada antireflexiva ultrafina
(nitrato de silício), sendo esta última responsável pela tonalidade azulada da célula
comercial.
As figuras a seguir, mostram as células de silício, monocristalino,
policristalino e filme fino.

20 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


Outra especificidade inerente aos módulos de filme fino é fato dos mesmos
apresentarem um aspecto visual mais uniforme, ao passo que nos módulos de silício
cristalino teremos um conjunto de células individuais. A tecnologia de filme fino é
mais fácil de ser integrada as edificações urbanas, em razão da possibilidade de poder
ser montada sobre uma base flexível.
Diante do exposto pode-se considerar os módulos de filme fino como sendo
flexíveis, praticamente inquebráveis, leves, semitransparentes e com superfícies
curvas, aspectos que agregam bastante versatilidade e maior gama de aplicações
quando comparadas as tecnologias de silício cristalino convencionais.
Abaixo listamos algumas das características elétricas das placas de silício
cristalino:
a) Podem gerar, a depender do modelo, potências entre 50 e 250 W;
b) Disponibilizam tensões máximas de saída próximas de 37 volts;
c) Suas correntes podem chegar a 8 A.

21 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


Algumas especificações dos módulos fotovoltaicos de filme fino são:
a) Potências de geração situadas entre 50 e 100 W;
b) As tensões de saída podem chegar a 70 V;
c) Quanto as correntes, os módulos de filme fino possuem como
peculiaridade o fato de disponibilizar baixos valores de corrente em suas
saídas.

A característica expressa pela alínea ‘c’ corresponde a uma grande


desvantagem da tecnologia de filme fino, uma vez que para obter valores
expressivos de corrente seriam necessários vários conjuntos de placas de filme fino
interligadas em paralelo.
As células policristalinas são caracterizadas por se aquecerem mais que as
células de filme fino. As células de filme fino possuem taxa de depreciação aproximada
de 0,5% a 1,0% ao ano.
O processo produtivo inerente as etapas de fabricação dos módulos de filme
fino, quando comparada a produção de módulos de silício cristalino, consome menos
energia, requer pequena quantidade de matéria prima e menores temperaturas,
minimizando as perdas associadas ao corte dos wafers de silício.
Quando comparadas sob o prisma da eficiência por área de módulo, a
tecnologia de filme fino necessita de uma maior área de módulo para produzir a
mesma energia de um módulo cristalino, tendo, portanto, uma menor eficiência por
área de módulo.

4.2 - ARRAY DE MÓDULOS

A depender das especificidades do projeto e/ou das características das


cargas a serem alimentadas, a instalação fotovoltaica vai ser montada a partir da
interligação de conjuntos de módulos fotovoltaicos. A fim de obter uma especificação
de corrente e/ou tensão elétrica mais adequada, poderemos optar por realizar:
a) Conexão de módulos em série;
b) Conexão de módulos em paralelo;
c) Conexão mista de módulos.

22 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


A interligação de módulos fotovoltaicos de modo a obter um agrupamento
recebe a designação de arranjo ou conjunto fotovoltaico. Muitas publicações,
principalmente internacionais, utilizam também a nomenclatura de Array como sendo
associada a um arranjo ou conjunto.

4.2.1 - Conexão Série de Módulos

Em aplicações nas quais pretende-se integração com a rede elétrica de


distribuição, caracterizadas por operar com tensões mais elevadas, de um modo geral,
utilizam-se conjuntos com mais de dez módulos interligados em série. A ligação
em série proporciona maiores valores de tensão associados com baixas correntes de
operação.
Quando a associação envolver a interligação de módulos em série utiliza-se a
designação de strings. Tal terminologia tem uso bastante difundido nos estudos
correlacionados a aplicações fotovoltaicas conectadas a rede.
As principais características da ligação série são:
a) A tensão de saída da associação vai corresponder ao somatório da tensão
individual de cada módulo que integra a associação, ou seja, em série as
tensões se somam;
b) A corrente de saída da associação corresponderá a mesma corrente que
circula por todo conjunto, ou seja, em série a corrente permanece sempre
a mesma;
c) O gráfico 𝐼-𝑉 (tensão – corrente) tem formato semelhante ao gráfico de um
módulo individual;
d) Caso se interliguem dois módulos em série, as respectivas tensões de
circuito aberto individuais se somam: ����������𝐴𝐿= ������1+ ������2;
e) Novamente para uma associação de dois módulos, a corrente de curto
circuito do conjunto será equivalente a corrente de curto de cada modulo
individualmente: 𝐼�������𝐴𝐿= 𝐼���1= 𝐼���2. A figura a seguir mostra

um
exemplo de conexão de painéis FV em série.

23 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


A figura abaixo mostra um exemplo de conexão série entre dois painéis com
as mesmas especificações elétricas.

24 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


A figura abaixo mostra um exemplo de instalação FV utilizando painéis
conectados em série.

4.2.2 - Conexão Paralela de Módulos

No que se refere aos agrupamentos de módulos em paralelo, os mesmos


comumente estão associados a sistemas fotovoltaicos autônomos, uma vez que estas
aplicações operam com baixos valores de tensão. A conexão paralela de módulos
proporciona maiores valores de corrente associado como tensões reduzidas,
por conseguinte, teremos maiores valores de perdas por efeito Joule.
As principais características da ligação paralela são:
a) A corrente de saída da associação vai corresponder ao somatório das
correntes individuais de cada módulo que integra a associação, ou seja, em
paralelo as correntes se somam;
b) A tensão de saída da associação corresponderá a mesma tensão fornecida
individualmente por cada módulo, ou seja, em paralelo a tensão permanece
sempre a mesma;
c) O gráfico 𝐼-𝑉 (tensão – corrente) tem formato semelhante ao gráfico de um
módulo individual;
d) Caso se interliguem dois módulos em paralelo, as respectivas correntes de
curto circuito individuais se somam: �����������𝐿= 𝐼���1+ 𝐼���2.

25 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


e) Novamente para uma associação de dois módulos, a tensão de circuito aberto
do conjunto será equivalente a tensão de circuito aberto de cada modulo
individualmente: ������������𝐿= ������1= ������2. A figura a seguir

mostra um
exemplo de conexão paralela de painéis com as mesmas especificações
elétricas.

A figura a seguir, mostra um exemplo de conexão paralela entre painéis com


especificações elétricas distintas.

26 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


A figura abaixo mostra um exemplo de instalação FV utilizando painéis
conectados em paralelo.

A figura a seguir, traz um comparativo entre a conexão de painéis em série ou


em paralelo.

27 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


4.2.3 - Conexão Mista de Módulos

Desejando atingir maiores valores de potência elétrica poderemos optar por


uma ligação mista entre os módulos, por exemplo, interligando em paralelo,
conjuntos de módulos previamente interligados em série .
Tipicamente numa associação de módulos em série, seguida de uma
associação paralela dos conjuntos série, teremos um exemplo de conexão mista.
Neste caso tensão de saída e corrente oriundas de cada agrupamento serão somadas.

28 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


CAPÍTULO 5:
APLICAÇÕES DA GERAÇÃO FOTOVOLTÁICA

A energia solar pode ser utilizada para inúmeras aplicações, em função dos
níveis de potência requeridos pela carga (no caso da energia solar fotovoltaica) e
principalmente das especificidades do local onde serão instalados os coletores solares
(energia solar térmica) ou os módulos fotovoltaicos (energia solar fotovoltaica).
Algumas destas aplicações são:
a) Geração de calor;
b) Geração de eletricidade nas formas direta e indireta;
c) Sistemas fotovoltaicos conectados (interligados) a rede elétrica;
d) Sistemas fotovoltaicos autônomos (isolados);
e) Sistemas de geração híbrida.

No caso da geração de calor teremos basicamente o aquecimento de fluidos


diversos, a partir das ondas de radiação infravermelha (principalmente)
concentradas através de coletores solares térmicos (coletores termosolares). Esta
aplicação está relacionada tipicamente com a energia solar térmica. No contexto das
aplicações mais utilizadas no Brasil pode-se afirmar que em geral não são exigidas
elevadas temperaturas, raramente ultrapassando 100 °C. A figura abaixo mostra um
exemplo de sistema de aquecimento via energia solar térmica.

29 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


Algumas das principais áreas de aplicação da tecnologia solar em termos de
Brasil são:
a) Edificações (residências e condomínios horizontais e verticais) conectadas
a rede;
b) Cogeração em sistemas comerciais e/ou industriais;
c) Aplicações industriais diversas;
d) Processos de secagem de frutas, grãos e análogos;
e) Dessalização de água;
f) Aquecimento de água para atividades domésticas (chuveiro elétrico,
torneira elétrica, aquecimento de ambientes, dentre outras);
g) Aquecimento de água para piscinas, banheiras, ofuro e análogos;
h) Aplicações agropecuárias;
i) Eletrificação de áreas isoladas (energia solar é a única fonte de
eletricidade).

5.1 - GERAÇÃO DIRETA X GERAÇÃO INDIRETA DE ELETRICIDADE

A geração indireta é caracterizada principalmente pelo fato de que na mesma


ocorrerá uma concentração de calor objetivando a geração de vapor, como
consequência do aquecimento de um fluido.
Uma vez gerado o vapor, o mesmo será pressurizado e canalizado a fim de
ser utilizado para acionar (provocar o movimento) de uma turbina, sendo esta última
acoplada mecanicamente a um gerador elétrico.
No caso da geração direta a conversão será basicamente associada a extração
de energia proveniente da luz solar, mais especificamente dos fótons que a
constituem. O processo pode ser resumido como: a luz incide sobre o módulo
fotovoltaico e através do efeito fotovoltaico a mesma é convertida em eletricidade. O
dispositivo central da geração de eletricidade é o painel fotovoltaico.
No caso da geração direta de eletricidade estaremos dentro do escopo dos
sistemas fotovoltaicos, ou seja, sistemas cuja finalidade precípua é produzir
eletricidade diretamente a partir da energia proveniente do sol.

30 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


5.2 - SISTEMAS FOTOVOLTAICOS ISOLADOS (AUTÔNOMOS)

Destinados a aplicações nas quais a localidade não é suprida por sistema de


distribuição via concessionária de serviços elétricos ou ainda em instalações e/ou
aplicações para finalidades específicas. Tipicamente está presente em situações nas
quais:
a) Geração em localidades nas quais a rede de distribuição não está
disponível (locais sem energia convencional);
b) Geração onde o custo é elevado para a extensão da rede de distribuição;
c) Locais com funcionamento isolado e independente.

Normalmente está associada ao uso de elementos destinados a armazenar a


energia elétrica produzida, ou seja, em geral utilizam baterias. Sistemas fotovoltaicos
isolados vem sendo utilizados em aplicações diversas tais quais serviços de
comunicação, eletrificação, sinalização e bombeamento de água, dentre inúmeros
outros.
Sistemas isolados típicos são aqueles nos quais o sistema FV é a única fonte
de eletricidade disponível, sendo necessário o uso de banco de baterias para
armazená-la. Podem ser utilizados para suprir uma única residência ou em
topologias que formam mini redes destinadas a atender pequenas comunidades. A
figura abaixo mostra um diagrama básico de um sistema fotovoltaico isolado.

São considerados elementos básicos do sistema fotovoltaico isolado:


a) Módulos fotovoltaicos;
b) Controlador de carga e descarga;
c) Banco de baterias;

31 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


d) Inversor off grid;
e) Suportes, cabeamento e proteções;
f) Cargas.

A energia proveniente dos módulos é do tipo CC e é direcionada para o


controlador de carga. A finalidade deste último é garantir a estabilidade do fluxo de
potência necessário ao carregamento do banco de baterias. Do banco de baterias o
fluxo de potência, ainda na forma CC, segue para o inversor, cuja finalidade
precípua é converter a tensão e a corrente elétrica da forma CC para forma CA,
compatível com as especificidades de tensão, corrente e frequência das cargas a
serem ligadas (aparelhos elétricos, eletrônicos e eletrodomésticos).
O ciclo de carga e descarga da bateria depende da radiação sendo que a
corrente de carga das baterias será menor em dia nublado ou dias chuvosos, sem
necessariamente cessar totalmente a geração fotovoltaica. Nos momentos nos quais
a radiação solar inexiste, como por exemplo a noite, o conjunto de baterias passa a
suprir as cargas por um período que depende do tempo de autonomia das baterias e
da potência das cargas que estão sendo alimentadas. A figura a seguir mostra um
exemplo de sistema fotovoltaico autônomo.

A figura a seguir representa um esquema do fluxo de energia em um sistema


fotovoltaico autônoma.

32 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


A figura abaixo mostra um sistema FV isolado alimentando cargas CC e AC.

A figura abaixo mostra a aplicação FV isolada com consumidores


alimentados em corrente continua e em corrente alternada.

33 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


A figura abaixo representa possíveis configurações para um sistema
fotovoltaico offgrid.

A figura abaixo mostra o sistema FV autônomo alimentando circuito de


iluminação e bomba de água em CC.

34 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


A figura abaixo mostra o controlador de carga com display digital.

A figura abaixo mostra a representa ação de arranjo FV autônomo de 3KW.

35 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


A figura a seguir mostra o exemplo das ligações em um controlador de carga
destinado a sistemas fotovoltaicos autônomos.

5.3 - SISTEMAS FOTOVOLTAICOS CONECTADOS À REDE

Tratam-se de sistemas de geração distribuída, também designados de sistemas


de geração descentralizada. Conforme o seu nome sugere, tratam-se de sistemas nos
quais a planta fotovoltaica esta interligada eletricamente ao sistema de distribuição da
concessionária de serviços elétricos local, de modo que a energia elétrica produzida
pelo arranjo FV é injetada na rede elétrica da distribuidora. Comumente estão
associados a:
a) Projetos de geração distribuída, a fim de minimizar ou eliminar custos com
infraestrutura, transmissão e distribuição;
b) Projetos focados em sustentabilidade.

Como o sistema está interligado a rede de distribuição o excedente de


energia gerada é injetada diretamente na rede de distribuição da concessionaria de
serviços elétricos local. Também recebem a designação de sistemas Grid-Tie.

36 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


Como exemplo de empreendimentos fotovoltaicos conectados à rede
podemos citar a planta de 400 Wp instalada no estádio Pituaçu (Salvador – BA) e a
central fotovoltaica de 1 MWp localizada em Tauá – CE. A figura abaixo mostra uma
configuração básica de um sistema FV conectado à rede elétrica de distribuição da
concessionaria.

A figura abaixo mostra um exemplo de sistema FV interligado a rede.

A figura abaixo mostra o fluxo de corrente CC e AC em um sistema FV


integrado a rede.

37 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


A figura a seguir mostra o sistema FV interligado a rede utilizando 2
medidores (venda e consumo).

38 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


A figura abaixo mostra um exemplo de sistema FV interligado a rede
utilizando medidor bidirecional.

A figura abaixo mostra o medidor bidirecional aplicado em sistema FV Ongrid.

Existem ainda, porém em escala muito reduzida quando comparada com os


sistemas grid tie convencionais, os sistemas grid tie com baterias. Diferenciando-se
dos convencionais por funcionar como sistema elétrico de backup nos momentos
nos quais faltar energia elétrica da concessionária, comportando-se como uma
espécie de nobreak que alimenta os principais equipamentos da instalação por um
tempo determinado definido pela autonomia do banco de baterias. Permite também

39 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


vender o excedente de autoprodução para concessionária ao qual estiver conectado.
Esta topologia de geração (conectada à rede com baterias) ainda não está
totalmente regulamentada no Brasil.

5.4 - SISTEMAS FOTOVOLTAICOS HÍBRIDOS

Caracterizados pela integração de pelo menos duas fontes distintas de geração


de energia. Comumente são encontrados sistemas híbridos nos quais a geração
fotovoltaica funciona em conjunto com associações de microaerogeradores e
geradores eletromecânicos movidos a diesel.
Dependendo da quantidade e do tipo de geradores em funcionamento
simultâneo (integrado) na planta de geração serão necessários maiores requisitos
técnicos de automação aumentando a complexidade do sistema do sistema.
Os sistemas híbridos podem ser isolados, conectados à rede ou simplesmente
funcionarem como apoio a rede. A figura abaixo mostra um exemplo de sistema FV
hibrido constituído por painéis FV fixos, painéis FV com rastreador solar e aero
geradores.

40 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


A figura abaixo mostra a sistema de geração hibrida com 2 inversores.

5.5 - CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS FOTOVOLTAICOS QUANTO A POTÊNCIA

a) Micro geração: sistemas de pequena potência (WP ou KWP): potência menor


ou igual a 75 KWP;
b) Mini geração: sistemas de média potência (KWP ou MWP): potência entre 75
KWP e 5 MWP;
c) Usinas: sistemas de elevada potência (dezenas MWP): potência superior a 5
MWP. Podem também ser chamadas de centrais fotovoltaicas.

As usinas fotovoltaicas estão conectadas a rede e em razão de sua elevada


capacidade de geração normalmente estão próximas a locais nos quais a
infraestrutura de transmissão e distribuição das concessionárias as comporte.
Podem ainda ser instaladas nas proximidades de grandes consumidores de energia
como, por exemplo, alimentando grandes complexos industriais.

41 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


CAPÍTULO 6:
RECOMENDAÇÕES DE SEGURANÇA

Antes de manusear, instalar ou fazer qualquer tipo de manutenção no sistema


ler atentamente as orientações e alertas constantes nos manuais dos equipamentos.
A não observância dessas instruções poderá causar riscos e danos graves para
a propriedade e para as pessoas (choques elétricos, queimaduras e risco de morte).
Os responsáveis (profissionais habilitados) pela instalação do sistema
fotovoltaico de geração de energia elétrica deverão orientar os consumidores finais
para que evitem o mau uso, riscos e perigos resultantes da não observância dessas
orientações.
O sistema deverá ser instalado por profissionais habilitados e em completa
observância das normas brasileiras, e quando insuficientes as internacionais,
pertinentes ao assunto.

6.1 - NORMAS NACIONAIS

a) NBR 5410:2004 (corrigida: 2008) – Instalações elétricas de baixa


tensão;
b) NBR 5419:2005 – Proteção de estruturas contra descargas
atmosféricas;
c) NBR 5419-1:2015 - Proteção contra descargas atmosféricas. Parte 1:
Princípios gerais;
d) NBR 5419-2:2015 Versão Corrigida:2018 - Proteção contra descargas
atmosféricas.
e) ABNT NBR 5419-3:2015 Versão Corrigida:2018 - Proteção contra
descargas atmosféricas. Parte 3: Danos físicos a estruturas e perigos à
vida;

42 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


f) ABNT NBR 5419-4:2015 Versão Corrigida:2018 - Proteção contra
descargas atmosféricas. Parte 4: Sistemas elétricos e eletrônicos
internos na estrutura;
g) NBR 16149:2013 – Sistemas fotovoltaicos (FV) – Características da
interface de conexão com a rede elétrica de distribuição.
h) NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade;
i) NR 35 – Trabalho em altura.

6.2 - MANUSEIO

a) Remover quaisquer joias ou adereces do pescoço, mãos e pulsos


antes de realizar o trabalho;
b) Vestir roupas e usar equipamentos de proteção adequados ao trabalho
em bom estado de conservação (camisa, calça, cinto de segurança,
capacete, mascara, luvas, calçados, entre outros);
c) Remover quaisquer joias ou adereces do pescoço, mãos e pulsos
antes de realizar o trabalho;
d) Vestir roupas e usar equipamentos de proteção adequados ao trabalho
em bom estado de conservação (camisa, calça, cinto de segurança,
capacete, mascara, luvas, calçados, entre outros);
e) Sempre usar ferramentas adequadas, secas e com cabos isolados
para montar o gerador fotovoltaico;
f) Utilizar equipamentos de teste e medição de grandezas elétricas, para
conferência da montagem;
g) Não trabalhar sozinho, tendo sempre alguém por perto que possa
auxiliar na atividade e principalmente em caso se acidentes;
h) Durante a realização das conexões elétricas, impedir que a irradiação
solar incida sobre o módulo fotovoltaico. Para isso recomenda-se cobrir
os módulos com uma manta ou cobertura opaca;
i) Descarregar a eletricidade estática do corpo, tocando um condutor
aterrado antes de tocar nos terminais dos módulos, especialmente em
locais e dias de clima seco;

43 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


j) Fazer conexões elétricas respeitando sempre a polaridade e instruções
do manual;
k) Antes de conectar o desconectar o sistema certifique-se e a carga está
desconectada do sistema, evitando arco elétrico (arco voltaico);
l) Desembale os painéis com cuidado evitando danos nas molduras,
vidro, proteção posterior e condutores elétricos. Os painéis devem ser
desembalados e manuseados por duas pessoas. Usar as duas mãos
para o manuseio;
m) Não manusear ou levantar os painéis através dos cabos ou caixa de
junção (parte posterior) sob risco de danificar o mesmo. Use sempre a
moldura externa de alumínio para o manuseio fazendo isso sempre em
2 pessoas. Para os módulos sem moldura de alumínio (double glass),
deve-se realizar o manuseio dos módulos sempre na posição vertical;
n) Não colocar peso sobre os painéis sob risco de danificá-lo;
o) Não gire (rode) as molduras em contato com o solo;
p) Não pise, pule ou permaneça (em pé ou sentado) sobre os painéis sob
qualquer circunstância. Cargas localizadas (pressão) exageradas podem
causar micro danos nas células comprometendo o rendimento e
durabilidade do painel;
q) Não transporte os painéis sobre sua cabeça;
r) Não coloque instrumentos ou objetos pontiagudos sobre os painéis.
Cuidado especial com o revestimento posterior (Black Sheet) que ao
ser perfurado pode comprometer a segurança do painel;
s) Não deixe os painéis em situação de desiquilíbrio ou de insegurança
em especial sobre telhados;
t) Não mude as conexões internas da caixa de junção ou cabeamento
dos diodos de “by-pass”. Mantenha sempre os contatos e caixa de
junção secos e livre de resíduos ou poeira.

44 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


CAPÍTULO 7:
CONEXÃO ON-GRID

Os sistemas fotovoltaicos de conexão à rede são caracterizados por estarem


integrados à rede elétrica de distribuição da concessionária.
Diferente dos sistemas isolados que atendem a um propósito específico e local,
estes sistemas também são capazes de abastecer a rede elétrica com energia que
pode ser utilizada por qualquer consumidor da rede.
Os sistemas conectados têm uma grande vantagem com relação aos
sistemas isolados por não utilizarem baterias e controladores de carga. Isso os torna
cerca de 30% mais eficientes e também garante que toda a energia seja utilizada, ou
localmente ou em outro ponto da rede.
Sistemas de conexão à rede podem ser utilizados tanto para abastecer uma
residência, comercio ou indústria, ou então simplesmente produzir e injetar a energia
na rede elétrica, assim como uma usina hidroelétrica ou térmica.
Para residências e empresas estes sistemas também são chamados de
sistemas fotovoltaicos de autoconsumo. Se o proprietário do sistema produzir mais
energia do que consome, a energia produzida fará com que o medidor de energia
bidirecional contabilize a diferença entre a energia utilizada da rede de distribuição
com a gerada pelo sistema.
Do ponto de vista dos componentes, um sistema fotovoltaico conectado à
rede é composto por:
a) Módulos fotovoltaicos: produzem energia elétrica através da irradiação
solar;
b) String box: sistema de proteção CC;
c) Inversor: transforma a tensão continua em alternada compatível com a
rede elétrica;
d) Quadro de distribuição: sistema de proteção CA;
e) Medidor de energia bidirecional: realiza a medição da energia
consumida ou gerada;

45 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


f) Rede de distribuição secundária: energia fornecida pela concessionaria
de energia;

7.1 - SUPORTE DE FIXAÇÃO DE MÓULOS FOTOVOLTAICOS

a) Selecione o modelo adequado para a aplicação desejada;


b) Determine a largura da zona de borda;
c) Identifique o espaçamento de fixação máximo e calcule o número total
das fixações necessárias.

7.2 - TIPOS DE TELHADOS

Irão determinar as dimensões, quantidade e formato dos componentes


necessários para a instalação: local de instalação, material do telhado, ângulo do
telhado, o tamanho e quantidade de painéis solares e o número de módulos.
Ao projetar o sistema a ser instalado, dois pontos principais precisam ser
considerados:
a) Garantir o número suficiente de fixadores para sustentar o sistema de
energia fotovoltaica no telhado;
b) Garantir que o telhado seja íntegro e que não será sobrecarregado com
o sistema fotovoltaico e as cargas de vento.
Cinco projetos foram disponibilizados neste manual de instalação, para
diferentes tipos de telhados. Selecione o projeto apropriado para o local de
instalação e siga atentamente as instruções contidas nestes documentos.

46 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


Atenção aos seguintes detalhes:

a) Os produtos foram desenvolvidos para atender a maioria dos tipos de


cobertura existentes no mercado, podendo sofrer variação de
instalação de acordo com o projeto;
b) Garanta que a estrutura seja instalada de acordo com as instruções
contidas neste manual;
c) Os ganchos de fixação entre painéis e trilhos precisam ser instalados
em determinada região, sendo posicionados a um recuo de no mínimo
à 50 cm da borda do telhado.

7.3 - LOCAIS DE FIXAÇÃO E RECOMENDAÇÃO DE INSTALAÇÃO

Cada estrutura foi desenvolvida para atender seu respectivo modelo de


cobertura, desde que sejam seguidas as orientações contidas neste material.
Recomenda-se instalar a estrutura no centro da cobertura, a uma distância
mínima de 0,5m entre à extremidade do telhado e o início dos painéis solares,
respeitando a região dos cantos conforme ilustrado ao lado.
Caso não seja possível respeitar essa distância mínima, recomenda-se diminuir
a distância entre suportes da estrutura de fixação do painel solar, conforme exemplo
a seguir:

47 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


✓ Recomenda-se uma distância mínima de recuo entre a borda do telhado e o
início da instalação de 0,5 m.
✓ Evitar as regiões de canto do telhado, utilizando uma distância mínima de
recuo de 1,5 m.
✓ Considerado uma inclinação de até 35°, altura de 18 m e instalação em área
urbana.

Cálculos realizados de acordo com a norma brasileira NBR-6123 e norma


ASCE-7-05.

48 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


7.4 - PROCEDIMENTOS DE INSTALAÇÃO

7.4.1 - Telhados de cerâmica e/ou cimento

1 - Aperte o parafuso de regulagem de altura

2 - O parafuso está a 15º em relação ao plano da base, para maior facilidade na


fixação

3. Para instalar o trilho, posicione-o inclinado sobre o suporte, inserindo em seguida


a presilha de fixação para dar aperto segurando o trilho contra o suporte.

49 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


4. Após a instalação, a estrutura para fixação fotovoltaica deve estar conforme
imagem abaixo. Lembre-se de verificar o aperto de todos os parafusos.

7.4.2 - Instalação do suporte

A instalação do suporte gancho ajustável não precisa de ferramentas especiais,


apenas uma chave combinada e/ou soquete 8 mm e uma chave Philips, ou caso
preferir, uma parafusadeira e broca.

1. Exponha os caibros onde os suportes do painel serão instalados, removendo as


telhas localizadas nos pontos de fixação.

2. Posicione a base do suporte tipo gancho sobre o caibro de madeira, fazendo uma
pré-regulagem, de modo que sua parte superior (onde o trilho será fixado) saia
alinhado ao centro da calha da telha, sem que haja contato direto entre o gancho e a
telha.

50 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


3. Utilizando uma furadeira com broca 4mm, faça 3 furos no caibro conforme as
posições pré-determinadas na base do gancho. Isso irá evitar que o caibro seja
danificado ou que ele rache com o aperto dos parafusos.
4. Posicione o primeiro dos três parafusos e fixe-o utilizando uma chave Philips ou
uma parafusadeira, repetindo a operação para os demais parafusos. Tome o
cuidado de montar o gancho alinhado e na posição que permita ser regulado
posteriormente.
5. Após fixado o gancho no caibro, ajuste e fixe a peça que sai da base, através da
porca ali localizada, de modo que o suporte não encoste na telha que está por baixo
e que fique centrado à calha. Certifique se o gancho está bem fixado apertando os
parafusos.

6. Posicione as telhas sobre o gancho e repita os passos anteriores nos demais


suportes, seguindo as orientações da tabela anterior. Uma dica para facilitar o
processo de instalação é instalar o primeiro e o último gancho, e traçar uma linha
utilizando um fio de nylon, isso irá facilitar o alinhamento dos demais ganchos, visto
que alguns telhados podem sofrer variações.

51 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


7. Após alinhar e fixar os ganchos, inicie a instalação dos trilhos. Encaixe o trilho sobre
o suporte do gancho através do parafuso de fixação, repetindo a mesma operação nos
demais. Em seguida, faça o aperto das porcas pela parte inferior utilizando uma chave
de boca 13mm, mantendo o alinhamento do trilho com a ajuda de um nível de bolha.
Mantenha o trilho o mais próximo possível da cobertura, sem que haja contato direto.
Aperte o parafuso da regulagem do gancho e certifique-se de que todos os
parafusos estão devidamente fixados. A emenda do trilho deverá ser usada caso
você necessite unir duas peças, fazendo o encaixe por baixo, no interior do perfil e
apertando os 2 parafusos com a chave 13mm. do gancho e certifique-se de que todos
os parafusos estão devidamente fixados. A emenda do trilho deverá ser usada caso
você necessite unir duas peças, fazendo o encaixe por baixo, no interior do perfil e
apertando os 2 parafusos com a chave 13mm.

8. Com os trilhos devidamente instalados, inicie o posicionamento do primeiro


módulo sobre eles. Faça o alinhamento com a estrutura e fixe-o utilizando os dois
clamps finais, apertando os parafusos com uma chave de boca 13mm ou uma
parafusadeira.

52 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


09. Posicione os dois clamps intermediários e em seguida o módulo seguinte, faça o
alinhamento e fixe-os. Faça este processo para os demais módulos, sempre se
certificando do correto posicionamento e fixação dos clamps.

10. Posicione os dois clamps intermediários e em seguida o módulo seguinte, faça o


alinhamento e fixe-os. Faça este processo para os demais módulos, sempre se
certificando do correto posicionamento e fixação dos clamps.
11. Os clamps possuem sistema que facilita o aterramento dos módulos. Realize o
teste de passagem de corrente entre os furos, o módulo e a estrutura utilizando um
multímetro, para se certificar do perfeito aterramento. Caso haja necessidade, utilizar
furos de aterramento do próprio módulo.

53 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


7.4.3 - Telhados de fibrocimento

1. Localize a posição dos caibros de madeira sob a cobertura de fibrocimento,


facilmente localizado através da posição dos parafusos ou pregos utilizados em sua
fixação, na parte superior da telha.
2.Utilizando uma furadeira com broca de 10 mm, faça um furo na parte superior da
telha para ter acesso ao caibro. Em seguida, com uma broca de 8mm, faça um furo no
caibro que servirá de guia para o suporte, evitando com que o caibro seja
danificado.

3. Posicione o parafuso de suporte no caibro através da furação da telha e com o


auxílio de uma chave de boca 7 mm ou uma parafusadeira, faça a fixação do
mesmo, movimentando-o até que a vedação fique próxima da telha.
4. Certifique-se de que o parafuso de suporte esteja bem fixado no caibro.
Movimente o anel de vedação para cima e aplique vedação PU no furo da telha, ao
redor do parafuso. Em seguida, posicione o anel de vedação contra a telha,
comprimindo o PU aplicado, apertando a porca utilizando uma chave de boca 15
mm. Certifique-se de que a vedação esteja totalmente em contato com a telha,
assegurado pelo PU aplicado. Isso irá evitar que ocorra vazamentos para o interior
da cobertura.

54 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


5. Siga a mesma orientação para os demais parafusos de suporte, seguindo a
orientação da tabela do trilho. Dica: Para facilitar o processo é instalar o primeiro e o
último suporte, traçando uma linha utilizando fio de nylon, o que facilitará o
alinhamento dos demais suportes, visto que alguns telhados podem sofrer variações.
A distância entre a fileira inferior e superior dos suportes será determinada de acordo
com a dimensão do módulo e posição de instalação.
6. Após todos os suportes alinhados e devidamente fixados, siga para a instalação
dos trilhos. Posicione os trilhos sobre os suportes dos parafusos, fixando com os
respectivos parafusos. Utilize um nível para garantir o nivelamento do trilho,
ajustando a sua altura através das duas porcas que fixam o suporte “Z” no parafuso
de suporte, movimentando-os para cima ou para baixo, mantendo-o mais próximo da
cobertura, sem que haja o contato com a mesma. Aperte as porcas de regulagem do
suporte uma contra a outra com 2 chaves de boca de 15 mm. Certifique-se de que
todos os parafusos estão devidamente apertados.
7. Encaixe o trilho sobre o suporte do gancho através do parafuso de fixação, repetindo
a mesma operação nos demais. Em seguida, faça o aperto das porcas pela parte
inferior utilizando uma chave de boca 13 mm, mantendo o alinhamento do trilho com
a ajuda de um nível de bolha. Mantenha o trilho o mais próximo o possível do teto,
mas sem que haja contato direto. Aperte o parafuso da regulagem do gancho e
certifique se de que todos os parafusos estão devidamente fixados. Caso você
necessite unir duas peças, fazendo o encaixe por baixo, no interior do perfil, apertando
os 2 parafusos com a chave 13 mm.

55 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


8. Com os trilhos devidamente instalados, inicie o posicionamento do primeiro
módulo sobre eles. Faça o alinhamento com a estrutura e fixe-o utilizando os dois
clamps finais, apertando os parafusos com uma chave de boca 13 mm ou uma
parafusadeira.

9. Posicione os dois clamps intermediários e posteriormente o módulo seguinte, faça


o alinhamento e fixe-os. Faça este processo para os demais módulos, sempre se
certificando do correto posicionamento e fixação dos clamps.
10. Os clamps possuem sistema que facilita o aterramento dos módulos. Realize o
teste de passagem de corrente entre os furos, o módulo e a estrutura utilizando um
multímetro, para se certificar do perfeito aterramento. Caso haja necessidade, utilizar
furos de aterramento do próprio módulo.

7.4.4 - Cobertura metálica tipo trapezoidal

Para um telhado de metal com fixadores expostos:


1. Determine o local mais apropriado para a instalação, de acordo com a cobertura e
o tipo de módulo a ser instalado.
2. Com o auxílio de uma trena, faça a marcação dos locais onde serão fixados os
suportes, sempre na parte superior da telha você pode utilizar também um fio de nylon
para facilitar o alinhamento dos suportes.

56 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


3. Cole a manta de vedação sob os 2 furos do suporte, posicione-o sobre o local
previamente marcado na cobertura, faça o furo da telha usando uma furadeira com
broca 5,5 mm, através dos furos do próprio suporte, tomando cuidado para não
aumentar o diâmetro dos furos existentes.

4. Após furar a telha, retire o suporte, faça a limpeza do local e reposicione-o para
ser feita a sua fixação. Aplique o vedante PU nos furos antes de inserir os fixadores.

57 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


5. Faça a fixação do suporte sobre a telha utilizando os rebites especiais fornecidos
juntamente com ele e através do uso de uma rebitadeira, siga os passos abaixo:
a) Fixe o primeiro rebite;
b) Posicione o clamp;
c) Fixe o segundo rebite;
d) Siga esta orientação para os demais suportes.

6. Verifique se os suportes estão devidamente fixados e posicione o módulo sobre ele,


movimentando os clamps (final ou intermediário) para o perfeito alinhamento. Fixe os
dois primeiros clamps finais do módulo utilizando uma chave de boca 13 ou
parafusadeira (torque recomendado de 17 N/m) e siga com a fixação dos demais
suportes.

7. Sempre se certificar do perfeito aperto dos componentes da estrutura a fim de


manter a integridade da instalação e a garantia do produto.

58 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


8. Este tipo de cobertura também permite o uso do nosso suporte com maior
comprimento, sendo fixado entre 2 ondas da telha (sempre na parte superior), sendo
possível inverter o sentido de fixação dos módulos

7.4.5 - Telhados metal Tipo ZIP

1. Determine o local mais apropriado para a instalação, de acordo com a cobertura e


o tipo de módulo a ser instalado.
2. Uma dica para facilitar o processo de instalação é instalar o primeiro e o último
suporte, traçar uma linha utilizando um fio de nylon, isto irá facilitar o alinhamento
dos demais ganchos. Com o auxílio de uma trena, faça a marcação de onde serão
fixados os suportes, de acordo com o tipo de módulo que será utilizado. Os suportes
deverão ser posicionados sobre a costura da telha, de modo que fique encaixado e
permita sua fixação.

Evite as bordas de 0,5m das coberturas e os cantos

59 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


3. Fixe o suporte através dos 2 parafusos que o compõe, utilizando chave ou
parafusadeira de 13mm. Repita esta operação para todos os demais suportes que
serão utilizados na instalação, mantendo o nivelamento entre eles.

4. Após todos os suportes alinhados e devidamente fixados, inicie a montagem dos


módulos solares, posicionando e alinhando o primeiro da fileira sobre o suporte.
Insira os dois clamps finais e faça a sua fixação utilizando uma chave ou parafusadeira
13mm.
5. Em seguida, insira os dois clamps intermediários no outro lado do módulo,
ajustando-o para poder receber o próximo módulo. Faça a fixação dos clamps
utilizando chave 13mm. Faça este processo para os demais módulos, sempre se
certificando do correto posicionamento e fixação dos clamps.

6. Os clamps possuem sistema que facilita o aterramento dos módulos. Realize o teste
de passagem de corrente entre os furos, o módulo e a estrutura utilizando um

60 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


multímetro, para se certificar do perfeito aterramento. Caso haja necessidade, utilizar
furos de aterramento do próprio módulo.

7.4.6 - Telhados de metal tipo ZIP com trilho

1. Determine o local mais apropriado para a instalação, de acordo com a cobertura e


o tipo de módulo a ser instalado.
2. Com o auxílio de uma trena, faça a marcação de onde serão fixados os suportes,
de acordo com o tipo de módulo e o tipo de trilho que serão utilizados. Os suportes
deverão ser posicionados sobre a costura da telha, de modo que fique encaixado e
permita sua fixação. Uma dica para facilitar o processo de instalação é instalar o
primeiro e o último suporte, traçar uma linha utilizando um fio de nylon, isso irá facilitar
o alinhamento dos demais ganchos.

Evite as bordas de 0,5m das coberturas e os cantos

3. Lembre-se: Utilize a distância dos suportes de acordo com o trilho, utilizando a


tabela anterior.
4. Após todos os suportes alinhados e devidamente fixados, inicie a montagem dos
trilhos. Os trilhos serão fixados perpendicularmente sobre os suportes, encaixando- os
nos parafusos de fixação dos trilhos, repetindo a operação nos demais.
5. Em seguida faça o aperto das porcas pela parte inferior, utilizando uma chave de
boca 13 mm, mantendo o alinhamento do trilho. Repita esta operação para todos os
suportes. Certifique-se de que todos os parafusos estejam devidamente fixados.

61 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


6. A distância entre a fileira inferior e superior de trilhos será determinada de acordo
com o manual do fabricante do módulo utilizado.
6. A distância entre a fileira inferior e superior de trilhos será determinada de acordo
com o manual do fabricante do módulo utilizado.
7. Com os trilhos devidamente instalados, inicie o posicionamento do primeiro
módulo sobre eles. Faça o alinhamento com a estrutura e fixe-o utilizando os dois
clamps finais, apertando os parafusos com uma chave de boca 13mm ou uma
parafusadeira.
8. Posicione os dois clamps intermediários e em seguida o módulo seguinte, faça o
alinhamento e fixe-os. Faça este processo para os demais módulos, sempre se
certificando do correto posicionamento e fixação dos clamps.
9. Os clamps possuem sistema que facilita o aterramento dos módulos. Realize o teste
de passagem de corrente entre os furos, o módulo e a estrutura utilizando um
multímetro, para se certificar do perfeito aterramento. Caso haja necessidade, utilizar
furos de aterramento do próprio módulo.

62 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


7.4.7 - Lajes ou superfícies cimenticias

1. Localize a melhor posição sobre a laje para a instalação da estrutura, evitando


sempre as bordas e cantos dos edifícios. Manter um recuo de no mínimo 1,5m dos
contornos do terraço.

2. Inicie a montagem da estrutura em forma de triângulo, definindo qual o ângulo de


inclinação que será utilizado nos módulos, cortando e furando no local previamente
demarcado, utilizando uma serra e uma furadeira. O sistema está dimensionado
para atender ângulos de inclinação entre 5° e 25°.

3. Após o corte e furação, inicie a montagem apertando os 4 parafusos da estrutura


utilizando duas chaves 13mm. Certifique-se de que todos os parafusos estejam
devidamente fixados. Repita esta operação para o outro suporte.

63 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


4. Utilizando a tabela anterior posicione as estruturas seguindo as distâncias
recomendadas para o trilho que será fixado sobre o suporte, nunca excedendo os
valores da tabela.

5. Faça uma marcação na laje através dos furos na base da estrutura, em seguida
fure com uma broca para alvenaria onde os fixadores serão instalados. Recomenda-
se o uso de fixadores (chumbadores) de inox, com diâmetro de 10mm, no modelo de
sua preferência.
6. Instale os fixadores na laje, em seguida posicione a estrutura sobre eles e realiza
fixação por porcas com arruelas de inox. Certifique-se de que a estrutura esteja
devidamente fixada na laje. Siga o mesmo procedimento para os demais triângulos
respeitando a tabela anterior.

64 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


8. Instale os fixadores na laje, em seguida posicione a estrutura sobre eles e realiza
fixação por porcas com arruelas de inox. Certifique-se de que a estrutura esteja
devidamente fixada na laje. Siga o mesmo procedimento para os demais triângulos
respeitando a tabela anterior.
9. Posicione os dois clamps intermediários e em seguida o módulo seguinte, faça o
alinhamento e fixe-os. Sempre se certificando do correto posicionamento e fixação dos
clamps.
10. Os clamps possuem sistema que facilita o aterramento dos módulos. Realize o
teste de passagem de corrente entre os furos, o módulo e a estrutura utilizando um
multímetro, para se certificar do perfeito aterramento. Caso haja necessidade, utilizar
furos de aterramento do próprio módulo.

65 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


7.5 - MÓDULOS FOTOVOITAICOS

7.5.1 - Características

As características elétricas dos módulos FV são medidas nas condições padrão


para ensaio (STC-Standard Test Conditions).
a) Temperatura de junção da célula 25 °C;
b) Irradiância total: 1000 W/m2, normal à superfície de ensaio;
c) Espectro solar para a massa de ar igual a 1,5 (AM = 1,5)

As principais características elétricas (medidas nas STC) das células e módulos


fotovoltaicos:

Tensão de circuito aberto (Voc)

Tensão gerada por um conversor fotovoltaico, na condição de saída aberta


(oc – open circuit), sem carga, para valores preestabelecidos de temperatura e de
irradiância total.

66 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


Corrente de curto-circuito (icc)

Corrente de saída de um conversor fotovoltaico, na condição de curto-


circuito (sc – short circuit), para valores preestabelecidos de temperatura e
irradiância total.

Curva característica I X V

Representação dos valores da corrente de saída de um conversor fotovoltaico


(célula ou módulo) em função da tensão, para condições preestabelecida das de
temperatura e irradiância total.

67 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


Potência nominal de um módulo FV (Pnom)

O valor de potência especificado na etiqueta, que o módulo fornece nas


condições padrão de ensaio (STC). A Potência nominal corresponde ao ponto de
potência máxima PMP e é especificada em watt-pico.

Pnom = Pmp = Imp x Vmp (STC) > Watt-pico

7.5.2 - Associações de módulos fotovoltaicos

Os módulos fotovoltaicos devem ser interligados a fim de aumentar a potência


máxima do sistema.
Existem duas possibilidades de se realizar a associação de módulos
fotovoltaicos: a interligação de módulos em série ou em paralelo.

Ligação em série de módulos fotovoltaicos

Os módulos fotovoltaicos ligados em série constituem aquilo que


normalmente se designa por fileiras. É importante realçar que na associação de

68 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


módulos fotovoltaicos devem ser utilizados módulos do mesmo tipo, de forma a
minimizar as perdas de potência no sistema.
Com efeito, a associação em série de módulos fotovoltaicos permite obter
tensões mais elevadas, mantendo a corrente estipulada do módulo.
a) Tensão total = V1+V2+V3+...+Vn
b) Corrente total = I1=I2=I3=...= In

Para realizar a ligação em série, deve-se interligar o conector positivo de um


módulo com o conector negativo de outro módulo. O procedimento deverá ser repetido
até que todos os módulos estejam conectados.
Após término da associação, sobrará um conector positivo e outro conector
negativo que deverá interligado com condutores solares até o string box.

Ligação em paralelo de módulos fotovoltaicos

A ligação em paralelo entre módulos é efetuada quando se pretende obter


correntes mais elevadas e manter o nível de tensão estipulada do módulo.
a) Tensão total = V1=V2=V3=...=Vn
b) Corrente total = I1+I2+I3+...+In

69 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


Para realizar a ligação em paralelo, deve-se interligar o conector positivo de um
módulo com o conector positivo de outro módulo e interligar o conector negativo de
um módulo com o conector negativo de outro módulo O procedimento deverá ser
repetido até que todos os módulos estejam conectados.
Após término da associação, sobrará um conector positivo e outro conector
negativo que deverá interligado com condutores solares até o string box.

7.6 - CONDUTORES ELÉTRICOS

Os condutores elétricos devem ser instalados conforme norma NBR 5410.

7.6.1 - Lado CC

a) Devem ser dimensionados considerando uma queda de tensão máxima


de 2%;
b) Para minimizar a queda de tensão CC recomenda-se minimizar a
distância entre os módulos e o inversor;
c) Utilizar secção mínima de 4,00mm²;
d) Utilizar cabos solares com isolação de no mínimo 1kV;
e) Os condutores expostos a radiação solar devem ser instalados dentro
de eletrodutos;
f) Deve ser utilizado condutores na cor vermelha para a polaridade
positiva e condutores na cor preta para a polaridade negativa.

70 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


7.6.2 - Lado CA

a) Devem ser dimensionados considerando uma queda de tensão máxima


de 4%;
b) Utilizar secção mínima de 2,50mm²;
c) Utilizar condutores com isolação de no mínimo 750V;
d) Devem ser utilizados condutores na cor azul para o neutro;
e) Devem ser utilizados condutores nas cores verde ou verde/amarelo
para o aterramento;
f) Devem ser utilizados condutores nas cores preta, vermelho ou branco
para as fases.

7.7 - CRIMPAGEM CONECTOR MC4

7.7.1 - Instruções de segurança

a) Os produtos só devem ser montados e instalados por um profissional


habilitado;
b) Utilize apenas os componentes e ferramentas apropriadas para a
correta crimpagem do conector MC4;
c) Respeite os procedimentos de preparação e montagem aqui descritos,
caso contrário a segurança e a observância dos dados técnicos não
estarão asseguradas. Não altere o produto de nenhuma forma;
d) Os procedimentos descritos a seguir não devem ser realizados com as
peças ligadas à corrente eléctrica ou sob tensão;
e) Os conectores não devem ser separados sob carga (com o circuito CC
acionado), evitando arco elétrico. O encaixe e separação sob tensão são
permitidos;
f) Os conectores de encaixe são impermeáveis de acordo com a classe
de proteção IP. No entanto, não são indicados para uma utilização
permanente em baixo de água. Não coloque os conectores de encaixe
diretamente em cima da cobertura do telhado;

71 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


g) Os conectores que não podem ser encaixados devem estar protegidos
da umidade;
h) A conexão de encaixe nunca deve ser exposta a uma carga de tração
mecânica permanente;
i) Utilizar cabos solares para tensão mínima de 1kV;
j) Utilizar cabos solares com bitola de 4,00mm² ou 6,00mm².

7.7.2 - Procedimento de crimpagem

1. Cortar a ponta do cabo utilizando a alicate de corte


2. Desencapar a ponta do cabo com o auxílio da ferramenta apropriada.
Recomenda-se remover de 6 a 7,5mm do isolamento da ponta do cabo.

72 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


3. Destravar o alicate crimpador

4. Ajuste a alavanca de retenção do alicate crimpador

5. Posicione o pino no orifício correspondente

6. Pressione levemente o alicate para travar o pino

73 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


7. Insira a extremidade do cabo descascado até o isolamento encostar no pino.

8. Feche totalmente o alicate para realizar a crimpagem

74 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


9. Inserir o contato crimpado no conector MC4 e puxe suavemente para verificar a
fixação (procedimento a ser realizado para os conectores macho ou fêmea).

10. Realizar o aperto do prensa cabo utilizando a chave apropriada (procedimento a


ser realizado para os conectores macho ou fêmea).

Após interligação dos módulos (serie ou paralelo) o sistema deverá ser


conectado ao string box afim de realizar a proteção do sistema CC.
O string box foi projetado para facilitar a conexão elétrica.
A fixação do string box e local de instalação deverá ser feita conforme projeto.

7.8 - STRING BOX - CONEXÃO DE ENTRADA CC

Os condutores elétricos negativos deverão ser conectados ao borne de entrada


negativo.
Os condutores elétricos positivos deverão ser conectados ao borne de entrada
positivo.

75 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


A ligação elétrica deverá ser realizada conforme diagrama elétrico do string box
correspondente.

7.9 - STRING BOX - CONEXÃO DE SAÍDA CC

Os condutores elétricos negativos deverão ser conectados ao borne de saída


negativo.
Os condutores elétricos positivos deverão ser conectados ao borne de saída
positivo.
A ligação elétrica deverá ser realizada conforme diagrama elétrico do string box
correspondente.

76 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


7.10 - INVERSOR

Os condutores de saída da string box deverão ser conectados as entradas CC


do inversor.
A fixação do inversor e local de instalação deverá ser feita conforme projeto e
orientação do manual do inversor utilizada.

7.10.1 - Conexão de entrada CC

Os condutores elétricos negativos deverão ser conectados ao conector de


entrada negativo.
Os condutores elétricos positivos deverão ser conectados ao conector de
entrada positivo.

7.10.2 - Conexão de saída CA

A ligação elétrica deverá ser realizada conforme diagrama elétrico do inversor


correspondente.

7.11 - ATERRAMENTO

Para garantir o funcionamento e segurança do gerador de energia fotovoltaico


deve-se realizar o aterramento dos componentes listados a seguir, respeitando as
normas vigentes.

a) Módulos;
b) Estruturas de fixação;
c) String Box (DPS);
d) Inversor;
e) Quadro de distribuição (DPS / Barramento de aterramento);
f) Quadro de medição (Aterramento da entrada padrão.

77 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


7.11.1 - Módulos

Os módulos possuem uma espera para conexão do condutor de aterramento,


conforme mostra a figura abaixo.

7.11.2 - Estrutura de fixação

Toda a estrutura metálica deverá estar conectada ao condutor de


aterramento.

78 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


7.11.3 - String box (DPS)

O DPS dos string box deverá ser conectado ao condutor de aterramento,


respeitando o diagrama elétrico.

7.11.4 - Inversor

Deve-se conectar o condutor de aterramento no inversor CC/CA conforme


orientação do manual do produto.

7.11.5 - Quadro de distribuição

O quadro de distribuição elétrica deverá ter sistema de aterramento conforme


norma NBR 5410.

7.11.6 - Quadro de medição

O quadro de medição deverá ter o sistema de aterramento com conformidade


com o padrão da concessionaria de energia elétrica.

79 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


7.12 - PROCEDIMENTOS E TESTES

Antes de acionar o sistema o responsável técnico deverá realizar testes para


analisar se o sistema se encontra apto para ser conectado ao inversor e a rede elétrica.

7.12.1 - Teste de continuidade

Teste realizado para avaliar o sistema de aterramento dos módulos e estrutura


metálica.

7.12.2 - Teste de isolamento

Teste de segurança elétrica cujo objetivo é determinar se o módulo tem


isolamento suficiente em eletricidade entre a parte interna e externa (quadro de
alumínio).

7.12.3 - Medição de tensão em aberto

Com os módulos conectados entre si (associação série ou paralelo), dever


realizar a medição da tensão gerada pelo sistema. A tensão deverá estar compatível
com os dados técnicos do módulo fotovoltaico e o tipo de associação realizada.
Em uma ligação em série a tensão medida deverá ser o somatório das
tensões em aberto de cada módulo.
E uma ligação em paralelo a tensão medida deverá ser a tensão em aberto de
um módulo.

7.12.4 - Medição de corrente de curto circuito

A medição deverá ser realizada com o auxílio de analisador de energia


apropriado para sistemas fotovoltaicos.

80 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


Com este equipamento é possível realizar a medição da corrente de curto
circuito do sistema e compará-la com os dados do módulo fotovoltaico.
Em uma ligação em paralelo a corrente medida deverá ser o somatório das
correntes de curto circuito de cada módulo.
E uma ligação em série a corrente medida deverá ser a corrente de curto circuito
de um módulo.

7.12.5 - Análise de performance CC

A medição deverá ser realizada com o auxílio de analisador de energia


apropriado para sistemas fotovoltaicos, juntamente com equipamentos que realizam
a medição simultânea da irradiação global e a temperatura do módulo.
Esta medição permite analisar a eficiência gerada pelo sistema.

7.12.6 - Determinação da curva I-V

A medição deverá ser realizada com o auxílio de analisador de energia


apropriado para sistemas fotovoltaicos, juntamente com equipamentos que realizam
a medição simultânea da irradiação global e a temperatura do módulo.
Esta medição permite analisar a curva característica dos módulos (curva I-V).
Com esta analise o técnico poderá identificar se todos os módulos estão
operando corretamente.
Caso o técnico identifique uma curva incompatível com a curva I-V
característica, o mesmo deverá realizar a analise individual de cada módulo afim de
identificar o módulo com problema.

7.12.7 - Análise de eficiência CC/CA

A medição deverá ser realizada com o auxílio de analisador de energia


apropriado para sistemas fotovoltaicos com medições CC e CA simultâneos.
Esta medição permite analisar a eficiência do inversor e potência elétrica
gerada pelo sistema.

81 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


7.13 - MANUTENÇÃO

Limpeza regular é necessária para manter a superfície do painel livre de


resíduos como folhas, poeira, poluição, manchas, galhos ou folhas de árvores, fezes
de pássaros, etc.
Painéis com inclinação suficiente (acima de 15 graus) geralmente não requerem
limpeza frequente pois são limpos com a ação das chuvas. Entretanto se a superfície
começar a acumular crosta de resíduos, limpar com uma esponja macia e
água.
Não usar produtos abrasivos e limpar durante as horas de sol mais ameno do
dia.
Não pressionar muito a superfície para não causar micro rachaduras nas
células.
O Sistema deve ser inspecionado periodicamente quanto a integridade
mecânica e elétrica (cabos e suportes) por pessoas habilitadas.
Não faça modificações nos componentes do painel (diodos, caixa de junção
ou conectores).

82 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


Bibliografia

BORGES NETO, Manuel Rangel; CARVALHO, Paulo Cesar Marques de. Geração
de Energia Elétrica: Fundamentos. São Paulo: Érica, 2012. 158 p.

VILLALVA, Marcelo Gradella; GAZOLI, Jonas Rafael. Energia Solar Fotovoltaica:


Conceitos e Aplicações - Sistemas Isolados e Conectados à Rede. São Paulo: Érica,
2012. 224 p.

Manual do usuário KOMECCO Kit Gerador Solar - Disponível em:


http://www.komeco.com.br/modulosfotovoltaicos/wp-
content/uploads/2019/03/MANUAL-FOTOVOLTAICO.pdf

Sugestões de Web Sites:

✓ ABENS – Associação Brasileira de Energia Solar: www.abens.org.br


✓ INCT – EREEA - Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Energias
Renováveis e Eficiência Energética da Amazônia: http://www.ufpa.br/inct-ereea/
✓ Animação Sistema Fotovoltaico Autônomo:
http://www.gedae.ufpa.br/SistemaFV.swf
✓ Instituto de Energia e Ambiente – IEE USP – Laboratório de Sistemas
Fotovoltaicos: http://lsf.iee.usp.br/?q=pt-br
✓ Fotovoltaica UFSC: http://fotovoltaica.ufsc.br/sistemas/fotov/
✓ Laboratório de Energia Solar – LABSOL – UFRGS: http://www.solar.ufrgs.br/
✓ América do Sol: http://americadosol.org/
✓ Guia de Micro geradores fotovoltaicos: http://www.americadosol.org/guiaFV/
✓ RBS Magazine – Revista Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica:
http://www.revistabrasilsolar.com/index.html#
✓ Solar Brasil: http://www.solarbrasil.com.br/

83 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR


84 INSTALADOR E INTEGRADOR DE ENERGIA SOLAR

Você também pode gostar