Você está na página 1de 9

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS

Campus Sorocaba
Departamento de Física, Química e Matemática

Relatório do Laboratório de Física Moderna

RAIOS CATÓDICOS E TUBO DE GEISSLER

Nome: Thais Pereira Rosinha de Oliveira R.A.: 600229

Prof. Dr. Johnny Vilcarromero Lopez

Sorocaba
11/07/2017
SUMÁRIO

1. Resumo 03
2. Introdução 03
2.1. Objetivo 03
2.2. Teoria 03

3. Descrição Experimental 04
3.1. Arranjo Experimental 04
3.2. Procedimento Experimental 05

4. Resultados e Discussão 06
4.1. A Emissão Luminosa Provocada pela Alte Tensão Elétrica 06
4.2. A Interação de Campos Magnéticos com a Descarga Elétrica 06
4.3. A Cor da Luz Emitida no Interior do Tubo de Geissler 07

5. Conclusão 08

6. Referências 08

2
1. RESUMO

Utilizando um tubo de Geissler foi possível observar os raios catódicos e seu


comportamento em três distintas situações, sendo a primeira no ar rarefeito (o qual
foi possível ser estudado utilizando uma bomba de vácuo), a segunda na presença
de imãs formando um campo magnético, no qual pode se observar o desvio do feixe
em direção ao imã, e a terceira situação onde havia presença de outro gás, o
metano, onde pode se observar a mudança na coloração do feixe, o qual passou a
ser mais leitosa em comparação a primeira situação.

2. INTRODUÇÃO

2.1. OBJETIVO
O experimento tem como objetivo o estudo de gases rarefeitos e seus
fenômenos associados, como às descargas elétricas e os efeitos luminosos, além da
influência da pressão nos gases e a natureza do gás na cor da radiação.

2.2. TEORIA
O tubo de Geissler é utilizado para o estudo das descargas elétricas nos
gases rarefeitos. Ele foi inventando em 1854 por Heinrich Geissler. O tubo é
composto por um vidro de aproximadamente 40cm, no qual contém dois eletrodos,
conforme a figura 1.

Figura 1: Tubo de Geissler


Heinrich observou que ao aplicar uma diferença de potencial bem elevada,
como a pressão dentro do tubo é baixa, há passagem de corrente pelo gás. Essa

3
passagem de corrente causa uma luz entre os eletrodos, onde a cor depende da
natureza do gás.
Esse efeito de luminescência recebeu o nome de raios catódicos, pois quando
foi descoberto, foi observado que a luz sempre saia do lado oposto ao catodo, em
frente a ele, independente de mudar a posição do catodo e do anodo. Inicialmente
foi dito que a luminescência era produzida por algo que saia do catodo, mas sua
natureza não era conhecida. Além disso, o feixe tinha uma característica particular,
ele se propagava quase sempre em linha reta, exceto na presença de um campo
magnético, onde o feixe apresentava uma ligeira curvatura em direção ao imã.
Após diversos estudos, pode-se observar que o que compõe os raios
catódicos era algo que apresentava carga elétrica e massa muito pequena, e que
elas eram todas iguais, independente do metal do catodo ou do anodo; com isso
concluiu-se que as partículas que eram emitidas no catodo estavam presentes na
continuição de todos os corpos, e essas partículas levaram o nome de elétrons.
Então a natureza da emissão de luz consiste no fato de que os elétrons que
constituem os raios catódicos possuem uma grande energia cinética, ao se chocar
com o vidro, eles perdem essa energia, e assim os elétrons do vidro são acelerados.
Como a carga elétrica quando acelerada emite onde eletromagnética, os elétrons do
vidro emitem onda, cujo seu comprimento encontra no espectro visível, podendo
assim observar o efeito de luminescência.

3. DESCRIÇÃO EXPERIMENTAL

3.1. ARRANJO EXPERIMENTAL


 01 Tubo de Geissler
 01 Mangueira de Silicone
 02 Cabos Flexíveis para Alta Tensão (um com pinos vermelhos e outro com
pretos) Fonte de Alta Tensão
 Sensor de sinal com comando manual com cabo, plugue miniDIN e chave de
disparo
 Cabo de força norma plugue macho NEMA 5/15 NBR 6147 e plugue fêmea
norma IEC

4
 01 Bomba a Óleo
 06 Imãs em Barra
 Amostra de gás

3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Primeiramente checou-se a quantidade de óleo na bomba de óleo, com a


quantidade de óleo ajustadas ligou-se as mangueiras de silicone conectando a
bomba de óleo e o tubo de Geisser, conforme a figura 2.

Figura 2: Montagem Experimental do Tubo de Geissler

Abriram-se as válvulas de entrada do tubo e ligou-se a bomba de óleo.


Quando houve a formação de fumaça na bomba, fechou-se a válvula de entrada de
gás e aguardaram-se aproximadamente 2 minutos para formação de gás rarefeito.
Em seguida ligou-se a fonte e observou-se o efeito ocorrido. Desligou-se a bomba.
O experimento foi repetido mais duas vezes, sendo que na segunda
aproximou-se um imã do tubo para observar o que ocorria com o feixe de luz
formado e na terceira vez, após fechar a válvula de entrada de gás ambiente,
conectou-se uma mangueira a qual saia gás metano deixando um pouco do mesmo
entrar. Em seguida fechou-se a válvula e observou o ocorrido.

5
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

O experimento foi divido em três partes.


4.1. A Emissão Luminosa Provocada pela Alta Tensão Elétrica
Ao ligar a fonte, pode se observar uma luminosidade azul-arroxeada conforme
a figura 3:

Figura 3: Raios Catódicos em Ar Rarefeito

Pode-se observar que o feixe encontra-se mais intenso em uma extremidade


do que na outra, o que era esperado, pois os raios catódicos são formados no
catodo (canto direito da imagem), e o feixe encontra-se menos intenso no anodo.
A luz é formada devido à presença de partículas do gás rarefeito, pois ao
aplicar uma diferença de potencial bem alta, essas partículas são ionizadas e são
atraídas pelo catodo (polo negativo) em direção ao anodo (polo positivo). Caso
houvesse vácuo dentro do tubo de Geissler, não haveriam partículas para serem
ionizadas, sendo assim, não haveria feixe de luz. Caso fosse utilizado vácuo, só se
poderia visualizar com um equipamento chamado tubo de Crookes.

4.2. A Interação de Campos magnéticos com a Descarga Elétrica


Ao aproximar o imã, esperava-se observar uma pequena curva no feixe em
direção ao imã, o que pode ser observado conforme a figura 4.

6
Figura 4: Raios Catódicos na Presença de Campo Magnético

A curvatura em direção ao imã ocorre devido ao spin, que é o momento


angular intrínseco dos elétrons. A somatória de todos os spins têm uma
característica próxima a de dipolos magnéticos, assim quando o tubo encontra-se
sob um efeito de campo magnético, o feixe de luz se aproxima em direção ao imã
que causou o campo. Quanto mais intenso o campo do imã, maior a curvatura
formada. Como o imã utilizado era mais fraco, observou-se apenas uma pequena
curvatura.

4.3. A Cor da Luz Emitida no Interior do Tubo de Geissler


Nesta terceira situação, colocou-se um pouco de gás metano dentro do tudo
de Geissler, como se fosse uma pequena contaminação, de forma que o ar ainda
fosse rarefeito dentro do tubo.
Como dito, a cor de cada feixe depende do gás utilizado no experimento. O
que pode se observar, foi que na presença de metano, o feixe passou a ter uma
coloração mais azulada e uma aparência mais leitosa, menos intensa, como pode
ser observado na figura 5.

Figura 5: Feixe de Luz na Presença de Gás Metano

7
Caso não soubesse que o gás utilizado era o metano, através de um
processo de espectroscopia, poderia-se identificar o gás, pois a interação entre o
campo elétrico e os elétrons ainda é a mesma, porém como cada elemento emite
fótons com suas próprias características, o metano absorve a energia e emite os
fótons com uma tonalidade mais leitosa e azulada do que apenas o ar rarefeito
(como na figura 3).

5. CONCLUSÃO

Através do experimento pode-se observar de forma qualitativa o


comportamento dos raios catódicos na presença de ar rarefeito, sob o efeito de um
campo magnético e na presença de outro gás. Os resultados esperados foram
observados, pois quando aplicada uma grande diferença de potencial, o feixe de luz
foi formado no cátodo e foi até o anodo, como a teoria diz; na presença de um
campo magnético, o feixe fez uma curvatura em direção ao imã devido ao spin dos
elétrons; e na presença do gás metano, o feixe teve sua coloração alterada, pois a
cor emitida é característica de cada material.
Assim temos que o experimento foi realizado com satisfação para poder
observar e discutir sobre os elétrons e as suas características intrínsecas, pois se
deve lembrar que esse experimento foi a base para o “descobrimento” dos elétrons.

6. REFERÊNCIAS

[1] A DESCOBERTA DO TUBO DE GEISSLER. Disponível em


https://www.estudopratico.com.br/descoberta-do-eletron/. Acesso em 08 de
Setembro de 2017.

[2] O TUBO DE GEISSLER. Disponível em http://efisica.if.usp.br/moderna/conducao-


gas/cap1_05/. Acesso em 08 de Setembro de 2017.

8
[3] RAIOS CATÓDICOS. Disponível em http://efisica.if.usp.br/moderna/conducao-
gas/cap1_08/. Acesso em 08 de Setembro de 2017.

Você também pode gostar