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tubo consiste em um cilindro de vidro a tensão entre o catodo e o anodo fica bem
selado e parcialmente evacuado de várias elevada surge um feixe luminoso que sai do
formas com um eletrodo de metal em cada catodo e atravessa o tubo. São os ”raios
extremidade, contendo gases rarefeitos catódicos". Esses experimentos fizeram
como neon, argônio ou ar; vapor de Thomson concluir que os raios eram na
mercúrio ou outros fluidos condutores; ou verdade um feixe de partículas carregadas
minerais ou metais ionizáveis, como o negativamente e que possuíam massa. É
sódio. Quando uma alta tensão é aplicada importante dizer que também se teve na
entre os eletrodos, uma corrente elétrica flui época o tubo de Perrin, na qual mostrava
através do tubo. A corrente dissocia os melhor a característica de partícula, pois no
elétrons das moléculas de gás, criando tubo só passava uma fatia horizontal do
´ıons, e quando os elétrons se recombinam feixe, o que o tornava mais colimado e
com os ´ıons, o g´as emite luz por definido. Quando colocado perto do tubo
fluorescˆencia. A cor da luz emitida é um campo magnético, o raio sofria uma
característica do material dentro do tubo, deflexão na qual se mostra bem visível
sendo que muitas cores e efeitos de nesse tubo. Abaixo, ilustrações dos tubos:
iluminação diferentes podem ser
alcançados. Como foram as primeiras
lˆampadas de descarga de gás, os tubos
Geissler eram novidade e eram feitos em
muitas formas e cores artísticas para
demonstrar a nova ciˆencia da eletricidade.
No início do século XX, a tecnologia foi
comercializada e evoluiu para a iluminação
neon. Logo depois, inventado pelo físico
inglês William Crookes e outros por volta
de 1869-1875, através do qual os raios
catódicos foram descobertos tivemos o tubo
de Crookes. Em uma ampola, William
Crookes submeteu um gás a uma pressão
menor que a pressão atmosférica e a uma
alta tensão. Quando os elétrons saem do O tubo de Geissler também se
catodo, colidem com moléculas do gás e apresenta em diversas cores. Na imagem
ocorre a ionização do gás e liberação de luz consta uma das cores.
que ilumina toda a ampola. A partir desses
experimentos , J. J. Thomson observou que
esse fenˆomeno é independente do gás e do
metal utilizado no eletrodo (até porque ele
utilizou diferentes tipos). A partir dessa
conclusão, Thomson pôde, posteriormente,
descobrir a existência do elétron. A ampola
de Crookes é feita de vidro ou quartzo e
dentro dela se faz o vácuo. Ela contém duas
placas metálicas ligadas a uma fonte de
tensão elétrica. A placa ligada ao pólo
negativo é chamada de catodo e a outra,
ligada ao pólo positivo, é o anodo. Quando
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gota de óleo de Millikan”. Abaixo, o seu
experimento:
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3 - Análise
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citados acima de 3, 4 e 5 cm, cujo esses sendo 𝑉𝑎𝑝 o potencial aplicado (ou tensão
valores se referem ao raio do rastro do aplicada), e ( 𝑚𝑒 ) a massa do elétron.
elétron. Cada medida dessa nos deu valores
Sabendo disso, isolamos a velocidade na
de corrente e tensão, sem falar que
equação da relação da força centrípeta e o
consideramos também nos cálculos o raio
produto da carga elementar, velocidade e
da bobina que é de 0,2m e o número de
campo magnético e substituímos essa
espiras com o valor de 154. Após isso,
velocidade na equação de energia cinética,
temos as relações matemáticas que nos dará
surge o termo 𝑒/𝑚 ao qual queremos:
os valores de e/m de B (campo magnético
em Tesla): Partimos então de que o elétron 𝑒 2𝑉𝑎𝑝
𝑚𝑒
= 2 2
entra em um campo magn´etico e sofre uma 𝐵𝑅
força de Lorentz:
Após isso, precisamos saber como
𝐹 = 𝑒𝑣 × 𝐵 calculamos o B (campo magnético).
Todavia, o manual do experimento nos diz
sendo (F) a força centrípeta, (𝑒) a carga
que B é dado por:
elementar do elétron e (B) o campo
magnético. Escrevendo F como força µ0𝑁𝐼
𝐵 = 0, 716 𝑟
centrípeta e o produto vetorial através da
definição de produto vetorial, fica: sendo N o número de espiras, I a corrente
2 dada pelo nosso multímetro em A
𝑣
𝑚 𝑅
= 𝑒𝑣𝐵𝑠𝑒𝑛θ (Ampére), r o raio da bobina (ao qual não
varia) e µ0 a constante de permeabilidade
porém há uma condição de ortogonalidade
entre a velocidade e o campo magnético, magnética do vácuo. Substituindo B na
𝑜 equação de e/me, obtemos:
então seu sen90 dá 1, ficando:
2
𝑣
𝑚 𝑅
= 𝑒𝑣𝐵
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4 - análise deduzimos as equações necessárias para
encontrarmos essa razão carga massa e o
A partir dos dados obtidos através do
campo magnético, sendo importante
experimento, cálculos, tem-se as seguintes
ressaltar que primeiro achou-se o campo
tabelas
magnético para assim obtermos a razão
carga massa. As equações de B e de e/m
foram colocadas no excel (como mostra as
figuras de 6 a 8) obtendo assim o resultado
e o erro. O valor real obtido por J.J
Thomson e que consta na literatura é de:
Figura 6: tabela de 𝑒/𝑚 com 𝑅 = 0, 03m
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𝑒/𝑚 = 1, 759 × 10 𝐶/𝑘𝑔
6 - conclusão
Figura 7: tabela de 𝑒/𝑚 com 𝑅 = 0, 04m A visualização dos tubos de raios catódicos
é muito interessante, e sem dúvidas foi mais
interessante ainda na época em que foram
descobertos, sendo um marco inicial para o
então cálculo da razão carga-massa que
possibilitou a descoberta do elétron. Com
um erro relativo baixo para os raios a qual
Figura 8: tabela de 𝑒/𝑚 com 𝑅 = 0, 05m
foram feitas as medidas, pode-se dizer que
o experimento foi concluído com sucesso.
5 - discussão
7 - referências
Nesse experimento vimos os tubos de raios
catódicos que muito contribuíram para a [1] EISBERG, R.M. Fundamentos de Física
ciência. Após isso, realizamos o Moderna.. Editora campus
experimento de J.J Thomson cujo principal
[5] Quımica T. Brown, Química: a ciência
objetivo foi determinar a razão da carga
central, 9a ed. (Prentice-Hall, 2005), p. 1.
massa e/m do elétron. Fizemos então as
medidas para os raios 0,03 m, 0,04 m e [2] TIPLER, P. A . Fısica Moderna. Rio de
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