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Universidade Estadual da Paraíba - U.E.P.B.

Centro de Ciências, Tecnologia e Saúde - C.C.T.S.


Departamento de Engenharia Civil - D.E.C.
Mecânica dos Solos Experimental I

Professora: Maria das Vitórias do Nascimento

ENSAIO DE DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE REAL DO SOLO

Alunos:
Alanny Larissa da Silva Oliveira Sousa
Júlio Lopes da Silva

Araruna,
maio de 2015
Conteúdo

1 Introdução 1

2 Objetivos 1

3 Procedimento Experimental 1

3.1 Densidade real do solo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

3.2 Aparelhagem utilizada no ensaio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

4 Resultados 2

5 Conclusão 4

6 Referências 5
1 Introdução

A densidade do solo pode ser definida como a relação existente entre a massa de uma
amostra de solo seca e a soma dos volumes ocupados pelas partículas e poros. A densidade
do solo, geralmente, aumenta com a profundidade do perfil, pois as pressões que são exercidas
pelas camadas acima sobre as subjacentes provocam o fenômeno de compactação, diminuindo
a porosidade. A movimentação de material com menor granulometria nos horizontes
superiores para inferiores, por eluviação, também concorre para reduzir os espaços porosos e
aumentar a densidade dessas camadas (RABELO, 2000).

Já a densidade de partículas, também denominada densidade real, será expressa pela


relação entre a massa de material seco e o volume real ocupado por essas partículas, não
incluindo o espaço ocupado por poros. Irá refletir as características do solo em relação
ao seu peso e volume real, utilizando a água como referência. Tratando-se de um fator
imutável, pois fornece informações precisas e fiéis ao tipo de solo em estudo. Considera-se que
partículas minerais apresentam densidade de partícula de 2, 65g/cm−3 e de matéria orgânica,
de 1, 45g/cm−3 (FERMINO, 2003).

2 Objetivos

O experimento teve como objetivo determinar a densidade real do solo através da utilização
do picnômetro conforme norma DNER-ME 093/94.

3 Procedimento Experimental

3.1 Densidade real do solo

Seguindo o procedimento adotado pela norma do DNER-ME 093/94, o ensaio foi realizado
em duplicata. Primeiramente o solo foi destorroado com auxílio da mão de gral e amofariz.
Foi então separado aproximadamente 50 gramas desse material passante da peneira com
abertura de 2mm. Após essa etapa, foi pesado o picnômetro vazio (P1 ), para que depois fosse
adicionado a amostra de solo ao picnômetro e pesar em seguida (P2 ), o próximo passo foi
cobrir a amostra com água destilada e agitar o picnômetro a fim de expulsar o ar presente
entre a água e o solo, para enfim finalizar o enchimento do picnômetro com água destilada
(P3 ). Após essa pesagem, o material foi descartado e então pesou-se o conjunto picnômetro e
água (P4 ). Com a obtenção desses dados, foi possível então calcular a densidade real do solo.

1
3.2 Aparelhagem utilizada no ensaio
• Balança com capacidade de 1000g, sensível a 0, 01g

• Cápsula de cerâmica

• Almofariz com mão de gral

• Estufa a 105°C ± 1;

• Peneira com abertura de 2,00mm

• Picnômetro com capacidade de 500ml

4 Resultados

Ao realizar os procedimentos descritos no item 3.1, foram encontrados os dados


representados na tabela 1.

Tabela 1: Dados para o experimeto

Picnômetro 1 (g) Picnômetro 2 (g)


Picnômetro vazio 129,12 131,54
Picnômetro + amostra de solo 179,12 181,54
Picnômetro + amostra + água destilada 656,50 654,20
Picnômetro + água destilada 627,20 624,70

Picnômetro 1:

A densidade real do solo a 30°C (D30 ) é encontrada aplicando a seguinte equação (1):

P 2 − P1
D30 = (1)
(P4 − P1 ) − (P3 − P2 )

Onde:
P1 = Picnômetro vazio;
P2 = Picnômetro + amostra de solo;
P3 = Picnômetro + amostra + água destilada
P4 = Picnômetro + água destilada

Substituindo os vaores da tabela 1 temos o seguinte:

2
179, 12 − 129, 12
D30 =
(627, 20 − 129, 12) − (656, 50 − 179, 12)
D30 = 2, 4155

De acordo com a norma DNER-ME 093/94 o valor da densidade real encontrado deve ser
referido à água, à temperatura de 20°C, calculado do valor referido a água à temperatura T ,
neste caso T = 30°C, como mostra a equação 2 a seguir:

D20C = K20C × DT (2)

Na tabela 2, tem-se a razão entre a densidade relativa da água à temperatura (T) e a


densidade relativa da água a 20°C, segundo a norma do DNER-ME 093/94.

Tabela 2: Fatores de correção devido a temperatura

Temperatura Densidade Fator de Temperatura Densidade Fator de


t (°C) relativa correção t (°C) relativa correção
da água k20 da água k20
4 1,0000 1,0018 19 0,9984 1,0002
5 1,0000 1,0018 20 0,9982 1,0000
6 1,0000 1,0017 21 0,9980 0,9998
7 0,9999 1,0017 22 0,9978 0,9996
8 0,9999 1,0017 23 0,9976 0,9993
9 0,9998 1,0016 24 0,9973 0,9991
10 0,9997 1,0015 25 0,9971 0,9989
11 0,9996 1,0014 26 0,9968 0,9986
12 0,9995 1,0013 27 0,9965 0,9983
13 0,9994 1,0012 28 0,9963 0,9980
14 0,9993 1,0011 29 0,9960 0,9977
15 0,9991 1,0009 30 0,9957 0,9974
16 0,9990 1,0008 31 0,9954 0,9972
17 0,9988 1,0006 32 0,9951 0,9969
18 0,9986 1,0004 33 0,9957 0,9965

Substituindo os valores na equação (2), tem-se:

D20C = 0, 9974 × 2, 4155


D20 = 2, 409

3
Picnômetro 2:

Calculou-se a densidade real do solo (D30 ) agora para o picnômetro 2 através da equação
1 e substituindo os valores da tabela 1.

181, 54 − 131, 54
D30 =
(624, 70 − 131, 54) − (654, 20 − 181, 54)
D30 = 2, 4390

Fazendo a média dos valores encontrados, tem-se que a densidade real do solo a 30°C, será:

2, 4155 + 2, 4390
D30 =
2
D30 = 2, 4273 ± 0, 0166%

O valor da densidade real encontrado deve ser referido à água a temperatura de 20°C.
Calculado o valor referido a água à temperatura T, neste caso T = 30°C, e usando a razão
entre a densidade relativa da água à temperatura (T) e a densidade relativa da água a 20°C,
tem-se:

D20 = 0, 9974 × 2, 4390


D20 = 2, 433

Desse modo, a média da densidade real do solo a 20°C é de D20 = 2, 421.

5 Conclusão

Com a realização do experimento foi possível determinar a densidade real do solo em estudo
e realizar as devidas correções em relação a norma seguida. Os erros que podem ter ocorrido
devem-se a imprecisões nas pesagens dos picnômetros e seus conteúdos, a temperatura em seu
conteúdo não ser uniforme entre outros, porém a realização do ensaio foi útil para ampliar
nossos conhecimentos quanto às propriedades dos solos.

4
6 Referências

[1] FERMINO, M.H. O uso da análise física na avaliação da qualidade de componentes e


substratos. In: FURLANI, A.M.C., et al. (Coord.). Caracterização, manejo e qualidade de
substratos para produção de plantas. 1.ed. Campinas: Instituto Agronômico, 2002. p. 79.

[2] RABELO, N. A. Método de Análise, Goiânia: Ed. UCG, 2000. 88p.: (Cadernos
Didáticos; 12).

[3] DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. Norma DNER


093/1994 - ME: Determinação da densidade real. Rio de Janeiro, 1994;

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