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Universidade Estadual da Paraíba - U.E.P.B.

Centro de Ciências, Tecnologia e Saúde - C.C.T.S.


Departamento de Engenharia Civil - D.E.C.
Mecânica dos Solos Experimental I

Professora: Maria das Vitórias do Nascimento

Ensaio de Determinação da Granulometria do Solo pelo


Método do Peneiramento

Alunos:
Alanny Larissa da Silva Oliveira Sousa
Júlio Lopes da Silva

Araruna,
abril de 2015

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Conteúdo

1 Introdução 1

2 Objetivo 1

3 Procedimento Experimental 1

3.1 Análise granulométrica por Peneiramento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1

3.1.1 Aparelhagem utilizada no ensaio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2

4 Resultados 2

5 Conclusão 4

6 Referências 5

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1 Introdução

Dentro do campo da Engenharia Civil, é de extrema importância conhecer e classificar


o solo onde se pretende trabalhar, para que possa estimar um provável comportamento do
solo. Os ensaios de granulometria são executados de modo a obter informações direcionadas
à classificação do solo bem como sua respectiva aplicação na Engenharia.

O ensaio de granulometria é utilizado para determinar a distribuição granulométrica do


solo, que também pode ser explicada como a percentagem em peso que cada faixa especificada
de tamanho de grãos representa na massa seca total utilizada para o ensaio. Que pode ser
obtido pelo método do peneiramento ou aliado caso necessário ao ensaio de sedimentação,
dependendo do tipo de solo e as finalidades do ensaio.

Os solos grossos (com partícula de diâmetro maior que 0,075mm), possuindo pouca
ou nenhuma quantidade de finos, podem ter a sua curva granulométrica inteiramente
determinada utilizando-se somente o método de peneiramento. Em solos que possuem
quantidades de finos significativas (quando possuir partículas do solos com diâmetro inferior
a 0,075mm), se deve proceder com o ensaio de granulometria conjunta, que inclui as fases de
peneiramento e sedimentação.

Através dos resultados obtidos desse ensaio, é possível construir da curva de distribuição
granulométrica, que possui fundamental importância na caracterização geotécnica do solo,
principalmente no caso dos solos grossos.

2 Objetivo

O objetivo deste relatório consiste em determinar a curva granulométrica do solo analisado


através do método de peneiramento.

3 Procedimento Experimental

3.1 Análise granulométrica por Peneiramento

Seguindo os prodecimentos adotados pela norma do DNER-ME 080/94, foi utilizada uma
amostra de aproximadamente 1000g obtida através do processo de quarteamento, proveniente
do campo que estava em temperatura ambiente. Em seguida, desagregam-se completamente
os torrões no almofariz com a mão de gral, de maneira a evitar reduzir o tamanho natural
das partículas individuais do solo, o que poderia descaracterizar a amostra. Em seguida o
material proveniente passou pela sequência de peneiras determinadas inicialmente, de modo
que a massa retida em cada peneira fosse coletada numa cápsula para que se pesasse e em

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seguida fossem anotados os valores.

3.1.1 Aparelhagem utilizada no ensaio

• Balança com capacidade de 1000g, sensível a 0, 01g

• Almofariz de cerâmica com mão de gral

• Pincel

• Cápsulas de porcelana

• Tabuleiro de chapa de ferro galvanizado

• Conjunto de peneiras com fundo (12,700mm, 4,750mm, 2,000mm, 0,425mm, 0,250mm,


0,180mm e 0,075mm)

4 Resultados

Uma amostra de 50, 00 g de solo foi retirada antes do peneiramento para o cálculo do teor
de umidade do solo. Foi escolhido o método da estufa para o cálculo do teor de umidade, pois
os resultados nele encontrado são de maior precisão.

O cálculo do teor de umidade é dado pela seguinte equação:

Ph − P s
%h = × 100
Ps

4, 51 − 39, 11
%h = × 100 = 6, 10%
39, 11

Onde:
h = Teor de umidade (%)
Ph = Massa da amostra úmida
Ps = Massa da amostra seca

Calculado o valor do teor de umidade, encontra-se o fator de correção que será utilizado
para o restante da amostra. Através do peneiramento e com base na massa retida, obteve-se
a tabela 1.

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Tabela 1: Dados obtidos com o peneiramento do solo

Peneiras Peneiras Massa do Amostra Massa Material


(n°) (mm) solo (g) total (%) Acumulada (%) passante (%)
1/2 pol 12,7 11,72 1,24 1,24 98,76
4 4,8 3,42 0,36 1,60 98,40
10 2,0 14,23 1,51 3,11 96,89
40 0,42 21,93 23,33 26,44 73,56
80 0,18 19,61 20,86 47,30 52,70
200 0,075 12,03 12,80 60,10 39,90

Com os dados encontrados na tabela 1, obteve-se a Curva de Distribuição Granulométrica,


conforme é mostrado na figura 1.

Figura 1: Curva de Distribuição Granulométrica

Dessa forma, pode-se evidenciar as porcentagens de cada tipo de grão do solo, de acordo
com a AASHTO, como visto na tabela 2.

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Tabela 2: Distribuição dos grãos de acordo com classificação AASHTO

Tipo de grão Tamanho do grão (mm) Porcentagem (%)


Pedregulho 76,200 - 2,000 3,11
Areia 2,000 - 0,075 56,99
Silte + Argila < 0,075 39,90

Utilizando a amostra total seca foi calculada a percentagem total retida da amostra. Com
o resto da amostra, utilizou-se o fator de correção e pode-se chegar aos resultados da tabeça
3.

Tabela 3: Dados obtidos com o peneiramento do solo

Amostra total seca Umidade Resumo da granulometria


Amostra total 1000g Cápsula n° 16 Manual do DNIT
úmida
Retida n° 10 29,37g Peso bruto 54,70g Pedregulho 1,60%
úmido (>2,0mm)
Passando n°10 970,63g Peso bruto 52,30g Areia grossa 24,84%
(úmida) seco (2,0mm - 0,42mm)
Água 58,23g Tara da 13,19g Areia fina 56,99%
cápsula (0,42mm - 0,075mm)
Passando n°10 912,39g Peso 2,40g Silte e argila 16,59%
(seco) da água (<0,075mm)
Amostra total 941,76g Umidade 6,10%
seca higroscópica (h)
Fator de correção 0,94 Total 100%
(100/100+h)

5 Conclusão

Na análise aos resultados obtidos nos métodos de ensaios utilizados, pode-se concluir que
o solo pode ser classificado de acordo com o DNER. A curva de distribuição granulométrica
mostra que 56,99% da amostra ensaiada está na faixa de diâmetros entre 0,42mm e 0,075mm,
sendo assim classificada como Areia Fina. O solo também pode ser classificado como silto-
argiloso segundo a AASHTO, conforme analisado na tabela 2, mostrando que 39,90% é
material passante na peneira de 0,075mm.

A partir da analise, percebe-se a importância do estudo da distribuição granulométrica


para a classificação, tendo que avaliar com cautela, pois, o comportamento do solo nem sempre
é condicionado pela fração predominante, apesar dessa restrição, a análise granulométrica é
universalmente utilizada.

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6 Referências

[1] DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM. Norma DNER


080/1994 - ME: Solos - Análise granulométrica por peneiramento - Método de Ensaio. Rio
de Janeiro, 1994;

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