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PRÁTICA 01 – VERSÃO FÍSICA – GRANULOMETRIA

1.1. Introdução
O ensaio de granulometria é utilizado para determinar as parcelas percentuais em peso
que cada faixa especificada de tamanho de grãos representa na massa seca total utilizada para
o ensaio.
O ensaio de granulometria é dividido em duas partes distintas, são elas: análise
granulométrica por peneiramento e análise granulométrica por sedimentação. Tais partes são
utilizáveis de acordo com as necessidades de cada solo analisado.
Os solos grossos, possuindo pouca ou renta quantidade de finos, podem ter a sua curva
granulométrica inteiramente determinada utilizando-se somente o peneiramento. Em solos
possuindo quantidades de finos significativas, deve-se proceder ao ensaio de granulometria
conjunta, que engloba as fases de peneiramento e sedimentação.
Através dos resultados obtidos desse ensaio, é possível a construção da curva de
distribuição granulométrica, que possui fundamental importância na caracterização geotécnica
do solo, principalmente no caso dos solos grossos.

1.2. Objetivo
O objetivo primordial do ensaio de granulometria é obter a curva granulométrica de um
solo. Através da curva granulométrica pode-se estimar as percentagens, correspondentes a cada
fração granulométrica do solo.

1.3. Equipamentos
Os principais equipamentos e utensílios utilizados são: Balança, Cronometro, Almofariz
e mão de grau, Cápsulas para determinação de umidade, Estufa, Jogo de peneiras, Agitador de
peneiras e dispersor elétrico, Proveta graduada de 1000ml, Densímetro graduado de bulbo
simétrico e Termômetro.

1.4. Preparo da amostra


Após o recebimento da amostra de solo, efetua-se o seguinte procedimento:
1) Seca-se uma determinada quantidade de solo ao ar (uma quantidade maior do que aquela que
será utilizada no ensaio), desmancham-se os torrões e, em seguida, homogeneizasse o material
cuidadosamente.
2) Para que o material ensaiado seja representativo da Jazida, a quantidade de solo a ser utilizada
no ensaio deve ser obtida por quarteamento, obtendo-se assim uma amostra de solo com o peso
necessário para se efetuar os ensaios (a quantidade de solo necessário para a realização do
ensaio de granulometria é função do tipo de solo). Usualmente entre 1000 e 1500g.
3) Pesa-se a amostra de solo seco ao ar e peneira-se o material na #10 (2,00mm). Deve-se tomar
o cuidado de desmanchar os possíveis torrões que ainda possam existir no solo, de modo a
assegurar que fiquem retidos na #10 apenas os grãos maiores que a abertura da malha.
4) O material retido na #10 (2,00mm) é utilizado no peneiramento grosso do solo. Do material
que passa na #10 retiram-se quantidades suficientes de solo para a realização do peneiramento
fino, do ensaio de sedimentação, para a determinação do peso específico dos sólidos e para a
determinação do teor de umidade do solo.

1.5. Procedimento Experimental


O procedimento experimental para o ensaio de granulometria divide-se em quatro partes que
são:
• Humidade Higroscópica
• Peneiramento Grosso
• Peneiramento Fino
• Ensaio de Sedimentação

1.6. Resultados do laboratório

Fator de correção = = 0,979

AMOSTRA TOTAL SECA


Amostra Total Úmida 1615g
Retido N° 10 169,6g
Passando N° 10 Úmida 1445,4g
Água 30,35g
Passando N° 10 Seca 1415,05g
Amostra Total Seca 1584,65g
Quadro 1: Informações da amostra seca (Fonte: Autor, 2023)

UMIDADE HIGROSCÓPICA
Peso da cápsula 17,7g
Peso da cápsula + solo úmido 142,57g
Peso da cápsula + solo seco 140,03g
Água 2,54g
Solo Seco 122,33g
Umidade 2,08%
Quadro 2: Informações da umidade higroscópica (Fonte: Autor, 2023)

RESUMO DE GRANULOMETRIA
Pedregulho 10,7%
Areia Grossa 18,24%
Areia Fina 66,73%
Silte + Argila 11,43%
Total 100%
Quadro 3: Resumo de granulometria (Fonte: Autor, 2023)

PENEIRAMENTO DA AMOSTRA TOTAL


PENEIRA MATERIAL RETIDO % QUE PASSA
Polegadas Peso % da amostra % acumulada DA AMOSTRA
1” 0 0 0 100%
¾” 0 0 0 100%
½” 46,6 2,94% 2,94% 97,06%
3/8” 49,4 3,12% 6,06% 93,94%
N° 4 58,0 3,66% 9,72% 90,28%
N° 10 15,6 0,98% 10,70% 89,30%
Quadro 4: Resumo do peneiramento da amostra (Fonte: Autor, 2023)

PENEIRAMENTO DA AMOSTRA PARCIAL


Amostra parcial úmida: 123g Amostra parcial seca: 120,42g
PENEIRA Material Retido % que passa da % que passa da
amostra parcial amostra total
Polegadas Peso % Parcial % Acumulada
N° 40 24,6g 20,43% 20,43% 79,57% 71,05%
N° 50 7,5g 6,23% 26,66% 73,34% 65,49%
N° 100 31,8g 26,41% 53,07% 46,93% 41,90%
N° 200 41,1g 34,13% 87,20% 12,80% 11,43%
Quadro 5: Resumo do peneiramento da amostra parcial (Fonte: Autor, 2023)
1.7. Discussão de Resultados
Para a obtenção da curva granulométrica, calculou-se os pesos dos materiais úmidos,
secos, com e sem o peso da cápsula. O material pesado, em conjunto com a bandeja, apresentou
um total de 3370g, retirando-se a parte da bandeja, obtém-se um total de 1615g.
Calculando-se a quantidade de água e subtraindo-se o peso da cápsula com solo seco do
peso da cápsula com solo úmido, o solo seco é obtido retirando-se do peso da cápsula com solo
seco o peso da cápsula isolada. Assim, podemos realizar o cálculo da umidade do solo.

ℎ= × 100

Para realizar o cálculo da massa total da amostra seca, para tal, pode-se utilizar a formulação
abaixo:
( )×

Em seguida, se fez capaz a descoberta das porcentagens de material que passa em cada peneira,
tendo possíveis duas formulações: a primeira pra peneiras entre 50 e 2,0mm, e a segunda para
peneiras menores que 2,0mm.
( − ) × 100
=

× 100 − × (100 + ℎ) ×
=
× 100
Através dos cálculos realizados no experimento, torna-se possível o traçado da curva de
distribuição granulométrica, os resultados encontram-se logo após a discussão, esse traçado é
feito com marcações dos valores nos eixos correspondentes, em escala logarítmica para o eixo
horizontal e linear para o vertical.

PRÁTICA 02 – VERSÃO FÍSICA – PICNÔMETRO (DENSIDADE REAL DOS


SOLOS)
2.1. Objetivo
Este método fixa o modo pelo qual se determina a densidade real do solo com o uso do
picnômetro. A Densidade Real de solos é a relação entre o peso específico das partículas sólidas
(g), e o peso específico de igual volume de água pura a 4°C (ɑ). Também é chamada de
densidade relativa das partículas que constitui o solo.

2.2. Equipamentos utilizados


. Repartidor de amostra de 1,3cm de abertura;
. Peneira de 2,00mm, de acordo com a especificação “Peneiras de Malhas Quadradas para
Análise Granulométrica de Solo”;
. Balança om capacidade de 2kg, sensível 0,1g;
. Estufa capaz de manter a temperatura entre 105° a 110°
. Picnômetro com capacidade 50 ou 100ml;
. Termômetro graduado em 0,5°, de 0° a 60°;
. Aquecedor Elétrico;
. Cápsula de porcelana com capacidade de 500ml;
. Dessecador.

2.3. Cuidados iniciais com a amostra


1) Separa-se por quarteamento ou pelo repartidor de amostra uma porção representativa do
solo, com cerca de 500g. Peneira-se nas peneiras de 2,00mm. Toma-se cerca de 10 a
50g do material que passa na peneira de 2,0mm como amostra do ensaio;
2) Seca-se a amostra até o peso constante em estufa a 105° - 110° e esfria-se no dessecador.

2.4. Procedimento
1) Pesa-se o Picnômetro vazio, seco e limpo (P1);
2) Coloca-se a amostra obtida em 3b no picnômetro e pesa-se (P2);
3) Coloca-se a seguir água destilada no picnômetro até cobrir com excesso a amostra;
4) Aquece-se o picnômetro, deixando ferver o que nele está contido pelo menos 15
minutos, para expulsar todo o ar existente entre as partículas da amostra, agitando-se
para evitar superaquecimento;
5) Deixa-se a seguir o picnômetro e conteúdo esfriar a temperatura ambiente;
6) Completa-se o volume do picnômetro com água destilada, enxuga-se externamente com
um pano limpo e seco;
7) Pega-se a seguir o picnômetro e conteúdo (P3) e anota-se a temperatura no interior do
picnômetro (t1);
8) Retira-se todo o material de dentro do picnômetro, enche-se totalmente com água
destilada. Enxuga-se externamente o picnômetro com um pano limpo e seco, pesando-
se a seguir (P4) e anota-se a temperatura no interior do picnômetro (t2).

2.5. Formulação de cálculo


A densidade real do solo é dada pela seguinte fórmula:
(!2 − !1)
=
(!4 − !1) − (!3 − !2)
O resultado é expresso em número ADIMENSIONAL e com aproximação de centésimo, e só
será considerado quando obtido pela média de duas determinações, no mínimo, e quando não
diferirem de 0,009.

2.6. Listagem de resultados prévios de laboratórios


Picnômetro n° 4 12
(P1) Peso do Picnômetro(g) 23,12 29,93
(P2) Peso do Picnômetro + Solo(g) 39,53 48,8
(P3) Peso do Picnômetro + Solo + 84,25 92,23
Água(g)
(P4) Peso do Picnômetro + Água(g) 74,19 80,59
Peso do Solo(g) 16,41 18,87
Volume do Solo(cm³) 6,35 7,23
Correção devido à temperatura (24°C) 0,9991 0,9991
Quadro 6: Resumo do experimento (Fonte: Autor, 2023)

2.7. Análise de resultados e conclusão final


. Picnômetro de n°4
(!2 − !1)
=
(!4 − !1) − (!3 − !2)
(39,53 − 23,12)
=
(74,19 − 23,12) − (84,25 − 39,53)
1 = 2,584
. Picnômetro de n°12
(!2 − !1)
=
(!4 − !1) − (!3 − !2)
(48,8 − 29,93)
=
(80,59 − 29,93) − (92,23 − 48,8)
2 = 2,61
Já que as duas densidades não possuem diferença maior que 0,009, a densidade real média em
g/cm³ é dada pela média das densidades reais do agregado encontradas pela equação do
picnômetro. Tal valor, multiplicado do coeficiente de correção de temperatura, dará o valor da
densidade dos grãos:
2,584 + 2,61
=
2
= 2,597
= 2,597 ∗ 0,9991
, = -, ./.

PRÁTICA 03 – VERSÃO FÍSICA – ENSAIOS DE CONSISTÊNCIA – LIMITES DE


LIQUIDEZ E PLASTICIDADE
3.1. Introdução
A influência das furações finas de um solo não fica definida apenas pelo conhecimento
de sua granulometria, e assim, com apenas esse ensaio não se pode ter noção exata do
comportamento do conjunto de partículas. o cientista sueco Atterberg definiu os limites de
consistência, e assim pode estudar os diferentes estados o solo em presença da água.
O cientista definiu os seguintes limites: limite de liquidez, limite de plasticidade ele
mete contração. como a diferença entre os limites e liquidez e plasticidade, temos o índice de
plasticidade de um solo. Também podemos definir outros índices, como o índice de
consistência.

3.2. Objetivos
A determinação dos limites de liquidez e plasticidade de um solo objetiva o
conhecimento da plasticidade dele, que é a propriedade dos solos que consiste na maior ou
menor capacidade de eles serem moldados. Quanto maior seu índice de plasticidade, mais
plástico será o solo em determinadas condições de umidade. As determinações são feitas através
de ensaios analíticos.

3.3. Aparelhagem Utilizada


a) Almofariz
b) Repartidor de amostra
c) Peneira n°40
d) Cápsula de porcelana
e) Pipeta
f) Espátula de aço
g) Aparelho de Casagrande
h) Cinzel
i) Balança de precisão
j) Estufa
k) Placa de vidro com superfície lisa
l) Cilindro de comparação
m) Cápsula de alumínio

3.4. Resumo dos resultados obtidos


Cápsula 2 3 4 5 7
Golpes 53 32 30 23 16
Peso Bruto Úmido 15,16 13,59 19,01 16,40 19,01
Peso Bruto Seco 13,36 12,32 16,91 14,43 16,53
Peso da Cápsula 5,71 6,43 6,84 5,62 6,35
Peso da Água 1,8 1,27 2,1 1,97 2,48
Peso do Solo Seco 7,65 5,89 10,07 8,81 10,18
Umidade 23,53% 21,56% 20,85% 22,36% 24,36%
Quadro 6: Resumo dos resultados do L.L. (Fonte: Autor, 2023)

Cápsula 5 9 12 13 21
Peso Bruto Úmido 7,60 16,50 9,98 8,13 8,60
Peso Bruto Seco 7,25 10,14 9,52 7,95 8,23
Peso da Cápsula 6,02 8,24 7,07 6,78 6,10
Peso da Água 0,25 0,36 0,46 0,22 0,37
Peso do Solo Seco 1,33 1,90 2,45 1,22 2,13
Umidade 18,8 18,95 18,77 18,03 17,37
Quadro 7: Resumo dos resultados do L.P. (Fonte: Autor, 2023)

3.5. Discussão
Com base nos resultados obtidos acima, temos possível a obtenção das curvas que
permitirão a determinação dos valores de L.L. e L.P., que permitirão a determinação, por fim,
do valor do índice de plasticidade. Através da análise de variados solos, é possível a comparação
entre suas condições de consistência, de acordo com seus índices, e suas aplicações de acordo
com as necessidades que sejam consideradas.

PRÁTICA 04 – VERSÃO FÍSICA – DETERMINAÇÃO DE UMIDADE DO SOLO


4.1. Objetivo
Define-se a umidade (h) de um solo como a razão entre a massa da água (Ma) contida
num certo volume de solo e a massa da parte sólida (Ms) existente nesse mesmo volume
(CAPUTO, 2017). Portanto, as análises práticas de umidade natural dos solos consistem na
determinação de tal valor através da comparação entre as massas de tais elementos quando em
estado úmido e seco.
O cálculo do teor de umidade é efetuado dividindo-se a massa da água contida na
amostra de solo pela massa seca das partículas sólidas do solo, sendo expresso em porcentagem.

4.2. Materiais necessários


. Amostra de solo representativa, coletada de acordo com a norma técnica
pertinente;
. Balança semi-analítica;
. Estufa;
. Bacias para amostra de solo.

4.3. Procedimentos
1) Utilizando a balança, determine a massa do recipiente vazio. Anote o valor como M3.
2) Determine a massa da amostra úmida. Anote o valor como M1.
3) Coloque a amostra na estufa. Deixe a amostra com a estufa ligada por 24 h, à temperatura de
105°C, para que a amostra fique seca.
4) Após as 24 h, retire a amostra da estufa e pese-a novamente, anotando o valor da massa como
M2.

4.4) Resultados obtidos


Cápsula Peso cápsula Peso Peso Peso água Peso solo Porcentagem
+ solo úmido cápsula + cápsula seco de água
solo seco
1 126,42 121,12 13,10 5,30 108,02 4,9%
2 123,88 117,24 14,10 6,64 103,14 6,4%
3 136,92 126,45 14,90 9,97 112,05 8,9%
4 132,19 118,75 13,75 11,44 105,00 10,9%
5 133,91 119,80 13,20 14,11 107,79 13,1%
Quadro 8: Resumo dos resultados da umidade. (Fonte: Autor, 2023)

4.5. Discussão de resultados


Com base nos resultados obtidos no quadro acima é possível observar que é o solo cinco
é o que possui maior teor de umidade entre os analisados, enquanto o solo um possui o menor
teor. Tal fato pode impactar diretamente no trabalho de engenharia no que tange a geotecnia.
por exemplo, na escolha de áreas para empreendimentos de grande circulação, certos tipos de
solos serão mais convenientes.
A expressão que permite a obtenção de tais valores está descrita abaixo:
− 1
0= × 100
1− 2

PRÁTICA 05 – VERSÃO FÍSICA – COMPACTAÇÃO DO SOLO


5.1. Objetivo
O objetivo desse experimento é realizar o ensaio de compactação do solo através do
Proctor. Ao final deste experimento, devem ser obtidos: a umidade ótima do solo; esboço a
curva de compactação do solo; a massa específica seca do solo. Tais conceitos serão utilizados
para qualquer obra de construção civil que tenha como necessidade realizar uma investigação
geotécnica. É um procedimento importante utilizado para controle de solos compactados,
podendo obter parâmetros como massa específica seca do solo e a umidade ótima.
O ensaio consiste, basicamente, em compactar, em camadas, uma amostra de solo em
um cilindro com volume previamente conhecido e variar a umidade. Dessa forma, obtém-se o
ponto de compactação máxima no qual encontra-se a umidade ótima de compactação. O ensaio
pode ser realizado em três níveis de energia de compactação (normal, intermediária e
modificada) e em dois tamanhos de cilindro (pequeno – Proctor ou grande – CBR). Nesse ensaio
será realizado a compactação a partir do Proctor com energia normal.

5.2. Materiais necessários


• Papel filtro;
• Medidor de amostra;
• Bacia com amostra de solo;
• Soquete;
• Espátula;
• Régua biselada;
• Balança;
• Extrator;
• Bacia vazia;
• Cápsulas;
• Peneiras;
• Proveta com água destilada.

5.3. Procedimentos
1) Insira o papel filtro no cilindro de proctor e mova-o para o chão.
2) Utilize o medidor de amostra para adicionar duas vezes a amostra de solo no cilindro. Mova
o soquete para o cilindro e aplique 26 golpes para compactar a amostra contida no cilindro.
3) Repita duas vezes o passo 2 e mova o cilindro para a bacia.
4) Utilize a espátula para escarificar a superfície interna do cilindro. Remova o colarinho do
cilindro e utilize uma régua biselada para remover o excesso de solo compactado do cilindro.
5) Ligue a balança e mova o molde cilíndrico para ela. Verifique a massa da amostra úmida
compactada com o molde.
6) Remova a tampa do extrator. Então mova o molde cilíndrico para o extrator e coloque a
tampa do equipamento. Utilize a avalancha para extrair o corpo de prova do molde. Mova o
corpo de prova para a bacia vazia e quebre a amostra em pedaços.
7) Mova a cápsula 1 para a balança e verifique a massa desta cápsula. Utilize a cápsula 1 para
coletar uma amostra do solo compactado. Mova a cápsula para a balança e determine a massa
da amostra úmida com a cápsula. Por fim, abra a porta da estufa e mova a cápsula 1 para seu
interior.
8) Remova a tampa do extrator e mova o molde cilíndrico de volta para a base que se encontra
na bacia. Utilize a alavanca para retornar ao extrator para sua posição inicial.
9) Conecte o colarinho de volta no molde cilíndrico e mova o conjunto de volta para a mesa.
Utilize as peneiras para destorroar o solo compactado. Adicione água destilada na amostra de
solo.
10) Repita os passos anteriores quatro vezes seguidas para que sejam obtidos os dados
necessários. Com as cinco cápsulas no interior da estufa, feche a porta, ligue o equipamento e
aguarde a secagem das amostras.
11) Desligue a estufa e abra sua porta. Remova as cinco cápsulas do seu interior e determine a
massa de solo seco em cada uma delas.

5.4. Resultados e discussão


Cápsula Peso cápsula Peso Peso Peso água Peso solo Porcentagem
+ solo úmido cápsula + cápsula seco de água
solo seco
1 126,42 121,12 13,10 5,30 108,02 4,9%
2 123,88 117,24 14,10 6,64 103,14 6,4%
3 136,92 126,45 14,90 9,97 112,05 8,9%
4 132,19 118,75 13,75 11,44 105,00 10,9%
5 133,91 119,80 13,20 14,11 107,79 13,1%
Cápsula Peso da amostra Peso da amostra Densidade Densidade
compactada + cilindro compactada do solo do solo seco
úmido
1 8678g 3688 1799 1715
2 8895g 3905 1905 1790
3 9240g 4250 2073 1904
4 9209g 4219 2058 1856
5 9069g 4079 1990 1780
Quadro 9: Resumo dos resultados da compactação. (Fonte: Autor, 2023)

Com base na análise dos dados obtidos, é possível a realização do traçado da curva de
compactação para o solo analisado, baseado em suas cinco amostras estudadas. Parte do cálculo
utilizado para determinação dos dados de compactação também pode ser utilizado para
determinação da quantidade de água presente no solo, como é possível observar na primeira
metade do quadro acima. A seguir, está apresentada a curva de compactação para o solo
trabalhado no laboratório.
Figura 1: Curva de compactação das amostras analisadas (Fonte: Autor, 2023)

PRÁTICA 06 - VIRTUAL - COMPACTAÇÃO DOS SOLOS


6.1. Objetivo
O objetivo desse experimento é realizar o ensaio de compactação do solo através do
Proctor. Ao final deste experimento, devem ser obtidos: a umidade ótima do solo; esboço a
curva de compactação do solo; a massa específica seca do solo. Tais conceitos serão utilizados
para qualquer obra de construção civil que tenha como necessidade realizar uma investigação
geotécnica. É um procedimento importante utilizado para controle de solos compactados,
podendo obter parâmetros como massa específica seca do solo e a umidade ótima.

6.2. Conceitos gerais do experimento


Neste experimento, se realizam os procedimentos para obter a massa específica seca do
solo. A partir ensaio de compactação é possível correlacionar o teor de umidade e a massa
especifica seca de um solo compactador a partir de uma determinada energia. O ensaio é
padronizado a partir da NBR 7182 - Solo - Ensaio de compactação (ABNT, 2020).
O ensaio consiste, basicamente, em compactar, em camadas, uma amostra de solo em
um cilindro com volume previamente conhecido e variar a umidade. Dessa forma, obtém-se o
ponto de compactação máxima no qual encontra-se a umidade ótima de compactação. O ensaio
pode ser realizado em três níveis de energia de compactação (normal, intermediária e
modificada) e em dois tamanhos de cilindro (pequeno – Proctor ou grande – CBR). Nesse ensaio
será realizado a compactação a partir do Proctor com energia normal.
O uso de equipamentos de proteção individual em laboratórios do curso de engenharia
varia de ambiente para ambiente, de acordo com as caraterísticas e os riscos inerentes a cada
atividade, levando-se em conta os materiais e equipamentos utilizados. Nesta prática é
recomendada a utilização de jaleco, máscara, luvas e óculos.

6.3. Materiais necessários


• Papel filtro;
• Medidor de amostra;
• Bacia com amostra de solo;
• Soquete;
• Espátula;
• Régua biselada;
• Balança;
• Extrator;
• Bacia vazia;
• Cápsulas;
• Peneiras;
• Proveta com água destilada.

6.4. Procedimentos
1) Insira o papel filtro no cilindro de proctor e mova-o para o chão.
2) Utilize o medidor de amostra para adicionar duas vezes a amostra de solo no cilindro. Mova
o soquete para o cilindro e aplique 26 golpes para compactar a amostra contida no cilindro.
3) Repita duas vezes o passo 2 e mova o cilindro para a bacia.
4) Utilize a espátula para escarificar a superfície interna do cilindro. Remova o colarinho do
cilindro e utilize uma régua biselada para remover o excesso de solo compactado do cilindro.
5) Ligue a balança e mova o molde cilíndrico para ela. Verifique a massa da amostra úmida
compactada com o molde.
6) Remova a tampa do extrator. Então mova o molde cilíndrico para o extrator e coloque a
tampa do equipamento. Utilize a avalancha para extrair o corpo de prova do molde. Mova o
corpo de prova para a bacia vazia e quebre a amostra em pedaços.
7) Mova a cápsula 1 para a balança e verifique a massa desta cápsula. Utilize a cápsula 1 para
coletar uma amostra do solo compactado. Mova a cápsula para a balança e determine a massa
da amostra úmida com a cápsula. Por fim, abra a porta da estufa e mova a cápsula 1 para seu
interior.
8) Remova a tampa do extrator e mova o molde cilíndrico de volta para a base que se encontra
na bacia. Utilize a alavanca para retornar ao extrator para sua posição inicial.
9) Conecte o colarinho de volta no molde cilíndrico e mova o conjunto de volta para a mesa.
Utilize as peneiras para destorroar o solo compactado. Adicione água destilada na amostra de
solo.
10) Repita os passos anteriores quatro vezes seguidas para que sejam obtidos os dados
necessários. Com as cinco cápsulas no interior da estufa, feche a porta, ligue o equipamento e
aguarde a secagem das amostras.
11) Desligue a estufa e abra sua porta. Remova as cinco cápsulas do seu interior e determine a
massa de solo seco em cada uma delas.

6.5. Resultados do laboratório virtual

01 02 03 04 05

Solo Úmido + Cápsula (g) 74,7 78,2 76,4 79 73,7

Solo Seco + Cápsula (g) 61,8 64,6 67,2 67,4 64,2

Cápsula (g) 15,1 15,1 15,1 15,1 15,1

Água (g) 12,9 13,6 9,2 11,6 9,5

Solo Seco (g) 46,7 49,5 52,1 52,3 49,1

Umidade (%) 27,62 27,47 17,66 22,18 19,35

Massa Específica Aparente Seca (g/cm³) 1,88 1,87 1,8 1,92 1,86
Quadro 10: Resumo dos dados obtidos no laboratório virtual de compactação (Fonte: Autor,
2023)

6.6. Conclusões
Com base no determinado via laboratório virtual, temos possível a determinação do
percentual de umidade ótima para o solo trabalhado, assim como de suas densidades específicas
aparentes e reais.
PRÁTICA 07 - VIRTUAL – UMIDADE NATURAL DOS SOLOS

7.1. Objetivos
Define-se a umidade (h) de um solo como a razão entre a massa da água (Ma) contida
num certo volume de solo e a massa da parte sólida (Ms) existente nesse mesmo volume
(CAPUTO, 2017). Portanto, as análises práticas de umidade natural dos solos consistem na
determinação de tal valor através da comparação entre as massas de tais elementos quando em
estado úmido e seco.

7.2. Materiais necessários


. Amostra de solo representativa, coletada de acordo com a norma técnica
pertinente;
. Balança semi-analítica;
. Estufa;
. Bacias para amostra de solo.

7.3. Procedimentos
1) Utilizando a balança, determine a massa do recipiente vazio. Anote o valor como M3.
2) Determine a massa da amostra úmida. Anote o valor como M1.
3) Coloque a amostra na estufa. Deixe a amostra com a estufa ligada por 24 h, à temperatura de
105°C, para que a amostra fique seca.
4) Após as 24 h, retire a amostra da estufa e pese-a novamente, anotando o valor da massa como
M2.

7.4. Formulação de cálculo


Calcule a umidade natural da amostra, utilizando a expressão abaixo:
− 1
0= × 100
1− 2

7.5. Resumo dos dados obtidos no experimento e conclusões


Coeficiente Valor
M1 587,3g
M2 545,9g
M3 85,8g

Após a determinação de tais dados, é possível calcular a umidade de tal solo. O presente cálculo
pode, inclusive, ser utilizado para comparar as condições de um mesmo solo em diversos pontos
de sua extensão, o que pode ser relevante a muitos estudos.
− 1
0= × 100
1− 2
587,3 − 545,9
0= × 100
545,9 − 85,8
3 = 4, //4%

PRÁTICA 08 - VIRTUAL – GRANULOMETRIA DOS SOLOS

8.1. Introdução e Objetivos


A granulometria do solo é um conceito associado ao tamanho das partículas de natureza
inorgânica ou mineral que compõem o solo. A análise granulométrica, portanto, é o estudo da
distribuição, em porcentagem, dos diversos tamanhos de grão, com base nas dimensões das
partículas do solo e de suas respectivas porcentagens de ocorrência. No Brasil, o procedimento
de análise granulométrica é detalhado pela norma técnica ABNT NBR 7181:2016. Ao final da
análise, é possível se construir a curva de distribuição granulométrica da amostra.
Segundo esta norma, a distribuição granulométrica do solo pode ser feita por
peneiramento ou por uma combinação de peneiramento e sedimentação. Este último
procedimento é recomendado para solos finos, siltes e argilas que possuem partículas com
diâmetros menores que 0.075 mm.
Nesta prática, a ênfase será na análise por peneiramento. Este método prevê que as
amostras de solo devem ser peneiradas em um conjunto de peneiras com diferentes tamanhos
de malha definidas na norma. Duas fases podem ser necessárias: o peneiramento fino e o
peneiramento grosso. Inicialmente, uma amostra de material selecionada de acordo com a
ABNT NBR 6457:2016 (Amostras de solo — Preparação para ensaios de compactação e
ensaios de caracterização), é peneirada na peneira de 2 mm.
No peneiramento fino, pega-se o material passado na peneira de 2 mm e toma-se uma
amostra de aproximadamente 120 g. Esta amostra é pesada e, em seguida, lavada na peneira de
0.075 mm, vertendo-se água a baixa pressão. O material retido nesta peneira é seco em estufa
e peneirado nas peneiras de 1.2 mm, 0.6 mm, 0.42 mm, 0.25 mm, 0.15 mm e 0.075 mm. As
massas retidas em cada peneira são anotadas e utilizadas na determinação das frações
granulométricas da amostra. Já no peneiramento grosso, o material retido na peneira de 2 mm
é lavado, seco e peneirado nas peneiras de 50 mm, 38 mm, 25 mm, 19 mm, 9.5 mm e 4.8 mm.
Em seguida, as massas retidas em cada peneira são anotadas para, em seguida, realizar os
diversos cálculos de massa total e das porcentagens de materiais que passam nas peneiras
grossas e finas. O resultado da análise se dá, em geral, de modo gráfico, através da curva
granulométrica.

8.2. Materiais utilizados


. Água;
• Amostra de solo representativa;
• Balança;
• Cápsulas resistentes à estufa;
• Estufa;
• Haste de adensamento;
• Misturador Elétrico;
• Recipiente para amostra.

8.3. Procedimento
1) Utilize a balança para encontrar as massas das amostras do solo 1 disponíveis para o
experimento.
2) Posicione as peneiras para o peneiramento grosso no agitador de forma que, na base se
encontre o recipiente de fundo para peneiras e, em seguida, adicione em ordem crescente de
abertura, as peneiras com diâmetro maior ou igual a 2 mm.
3) Adicione a amostra de solo 1 que foi preparada para o peneiramento grosso no jogo de
peneiras e acione o agitador. Aguarde 15 minutos para que o processo seja concluído.
4) Retire cada peneira e, após remover seu material passante, pese na balança o material retido
na peneira e no fundo da peneira. Deposite o material que foi pesado em uma segunda bandeja.
Descarte o conteúdo da bandeja.
5) Repita o passo 2, 3 e 4 utilizando as peneiras indicadas para realizar o procedimento de
peneiramento fino.

8.4. Tabelas de resultados


Percentual
Tipo de Peneiras Abertur Material Percentual Retido Percentual Passante
Peneiramento (No.) a (mm) Retido (g) Retido (%) Acumulado (%) Acumulado (%)

10 2 0 0% 0% 0%

16 1,2 3,55 3,54% 3,54% 96,46%

30 0,6 7,37 7,36% 10,90% 89,10%

40 0,42 4,31 4,30% 15,20% 84,80%

Fino 50 0,3 6,12 6,11% 21,31% 78,69%

100 0,15 11,09 11,09% 32,40% 67,60%

200 0,075 8,82 8,82% 41,22% 58,78%

Fundo - 58,70 58,78% 100% 0%

Massa da 99,96 99,96


amostra (g) Total

Percentual
Tipo de Peneiras Abertur Material Percentual Retido Percentual Passante
Peneiramento (No.) a (mm) Retido (g) Retido (%) Acumulado (%) Acumulado (%)

1 ½" 38,1 0 0% 0% 100%

1" 25,4 0 0% 0% 100%

¾" 19,1 0 0% 0% 100%

3/8" 9,52 0 0% 0% 100%

Grosso 4 4,8 4,29 0,22% 0,22% 99,78%

8 2,4 38,25 1,96% 2,18% 97,82%

10 2 24,76 1,27% 3,45% 95,55%

Fundo - 1880,31 100% 100% 0%

Massa da 1947,61 1947,61g


amostra (g) g Total

8.5. Conclusões
Com base nos dados obtidos, é possível determinar o traçado da curva granulométrica
da porção de solo estudada. Tais valores podem auxiliar nas análises de utilidade de cada tipo
de solo no âmbito da engenharia.
CONCLUSÕES FINAIS
Baseado no exposto, é possível observar a multiplicidade de possibilidades em
experimentos e investigações geotécnicas, que podem ser realizados desde a graduação.
Os presentes experimentos físicos foram realizados no Laboratório de Solos do Centro
de Tecnologia da UFPI, enquanto os experimentos virtuais foram realizados em laboratórios
virtuais disponibilizados na turma virtual.

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