Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1.1. Introdução
O ensaio de granulometria é utilizado para determinar as parcelas percentuais em peso
que cada faixa especificada de tamanho de grãos representa na massa seca total utilizada para
o ensaio.
O ensaio de granulometria é dividido em duas partes distintas, são elas: análise
granulométrica por peneiramento e análise granulométrica por sedimentação. Tais partes são
utilizáveis de acordo com as necessidades de cada solo analisado.
Os solos grossos, possuindo pouca ou renta quantidade de finos, podem ter a sua curva
granulométrica inteiramente determinada utilizando-se somente o peneiramento. Em solos
possuindo quantidades de finos significativas, deve-se proceder ao ensaio de granulometria
conjunta, que engloba as fases de peneiramento e sedimentação.
Através dos resultados obtidos desse ensaio, é possível a construção da curva de
distribuição granulométrica, que possui fundamental importância na caracterização geotécnica
do solo, principalmente no caso dos solos grossos.
1.2. Objetivo
O objetivo primordial do ensaio de granulometria é obter a curva granulométrica de um
solo. Através da curva granulométrica pode-se estimar as percentagens, correspondentes a cada
fração granulométrica do solo.
1.3. Equipamentos
Os principais equipamentos e utensílios utilizados são: Balança, Cronometro, Almofariz
e mão de grau, Cápsulas para determinação de umidade, Estufa, Jogo de peneiras, Agitador de
peneiras e dispersor elétrico, Proveta graduada de 1000ml, Densímetro graduado de bulbo
simétrico e Termômetro.
UMIDADE HIGROSCÓPICA
Peso da cápsula 17,7g
Peso da cápsula + solo úmido 142,57g
Peso da cápsula + solo seco 140,03g
Água 2,54g
Solo Seco 122,33g
Umidade 2,08%
Quadro 2: Informações da umidade higroscópica (Fonte: Autor, 2023)
RESUMO DE GRANULOMETRIA
Pedregulho 10,7%
Areia Grossa 18,24%
Areia Fina 66,73%
Silte + Argila 11,43%
Total 100%
Quadro 3: Resumo de granulometria (Fonte: Autor, 2023)
ℎ= × 100
Para realizar o cálculo da massa total da amostra seca, para tal, pode-se utilizar a formulação
abaixo:
( )×
Em seguida, se fez capaz a descoberta das porcentagens de material que passa em cada peneira,
tendo possíveis duas formulações: a primeira pra peneiras entre 50 e 2,0mm, e a segunda para
peneiras menores que 2,0mm.
( − ) × 100
=
× 100 − × (100 + ℎ) ×
=
× 100
Através dos cálculos realizados no experimento, torna-se possível o traçado da curva de
distribuição granulométrica, os resultados encontram-se logo após a discussão, esse traçado é
feito com marcações dos valores nos eixos correspondentes, em escala logarítmica para o eixo
horizontal e linear para o vertical.
2.4. Procedimento
1) Pesa-se o Picnômetro vazio, seco e limpo (P1);
2) Coloca-se a amostra obtida em 3b no picnômetro e pesa-se (P2);
3) Coloca-se a seguir água destilada no picnômetro até cobrir com excesso a amostra;
4) Aquece-se o picnômetro, deixando ferver o que nele está contido pelo menos 15
minutos, para expulsar todo o ar existente entre as partículas da amostra, agitando-se
para evitar superaquecimento;
5) Deixa-se a seguir o picnômetro e conteúdo esfriar a temperatura ambiente;
6) Completa-se o volume do picnômetro com água destilada, enxuga-se externamente com
um pano limpo e seco;
7) Pega-se a seguir o picnômetro e conteúdo (P3) e anota-se a temperatura no interior do
picnômetro (t1);
8) Retira-se todo o material de dentro do picnômetro, enche-se totalmente com água
destilada. Enxuga-se externamente o picnômetro com um pano limpo e seco, pesando-
se a seguir (P4) e anota-se a temperatura no interior do picnômetro (t2).
3.2. Objetivos
A determinação dos limites de liquidez e plasticidade de um solo objetiva o
conhecimento da plasticidade dele, que é a propriedade dos solos que consiste na maior ou
menor capacidade de eles serem moldados. Quanto maior seu índice de plasticidade, mais
plástico será o solo em determinadas condições de umidade. As determinações são feitas através
de ensaios analíticos.
Cápsula 5 9 12 13 21
Peso Bruto Úmido 7,60 16,50 9,98 8,13 8,60
Peso Bruto Seco 7,25 10,14 9,52 7,95 8,23
Peso da Cápsula 6,02 8,24 7,07 6,78 6,10
Peso da Água 0,25 0,36 0,46 0,22 0,37
Peso do Solo Seco 1,33 1,90 2,45 1,22 2,13
Umidade 18,8 18,95 18,77 18,03 17,37
Quadro 7: Resumo dos resultados do L.P. (Fonte: Autor, 2023)
3.5. Discussão
Com base nos resultados obtidos acima, temos possível a obtenção das curvas que
permitirão a determinação dos valores de L.L. e L.P., que permitirão a determinação, por fim,
do valor do índice de plasticidade. Através da análise de variados solos, é possível a comparação
entre suas condições de consistência, de acordo com seus índices, e suas aplicações de acordo
com as necessidades que sejam consideradas.
4.3. Procedimentos
1) Utilizando a balança, determine a massa do recipiente vazio. Anote o valor como M3.
2) Determine a massa da amostra úmida. Anote o valor como M1.
3) Coloque a amostra na estufa. Deixe a amostra com a estufa ligada por 24 h, à temperatura de
105°C, para que a amostra fique seca.
4) Após as 24 h, retire a amostra da estufa e pese-a novamente, anotando o valor da massa como
M2.
5.3. Procedimentos
1) Insira o papel filtro no cilindro de proctor e mova-o para o chão.
2) Utilize o medidor de amostra para adicionar duas vezes a amostra de solo no cilindro. Mova
o soquete para o cilindro e aplique 26 golpes para compactar a amostra contida no cilindro.
3) Repita duas vezes o passo 2 e mova o cilindro para a bacia.
4) Utilize a espátula para escarificar a superfície interna do cilindro. Remova o colarinho do
cilindro e utilize uma régua biselada para remover o excesso de solo compactado do cilindro.
5) Ligue a balança e mova o molde cilíndrico para ela. Verifique a massa da amostra úmida
compactada com o molde.
6) Remova a tampa do extrator. Então mova o molde cilíndrico para o extrator e coloque a
tampa do equipamento. Utilize a avalancha para extrair o corpo de prova do molde. Mova o
corpo de prova para a bacia vazia e quebre a amostra em pedaços.
7) Mova a cápsula 1 para a balança e verifique a massa desta cápsula. Utilize a cápsula 1 para
coletar uma amostra do solo compactado. Mova a cápsula para a balança e determine a massa
da amostra úmida com a cápsula. Por fim, abra a porta da estufa e mova a cápsula 1 para seu
interior.
8) Remova a tampa do extrator e mova o molde cilíndrico de volta para a base que se encontra
na bacia. Utilize a alavanca para retornar ao extrator para sua posição inicial.
9) Conecte o colarinho de volta no molde cilíndrico e mova o conjunto de volta para a mesa.
Utilize as peneiras para destorroar o solo compactado. Adicione água destilada na amostra de
solo.
10) Repita os passos anteriores quatro vezes seguidas para que sejam obtidos os dados
necessários. Com as cinco cápsulas no interior da estufa, feche a porta, ligue o equipamento e
aguarde a secagem das amostras.
11) Desligue a estufa e abra sua porta. Remova as cinco cápsulas do seu interior e determine a
massa de solo seco em cada uma delas.
Com base na análise dos dados obtidos, é possível a realização do traçado da curva de
compactação para o solo analisado, baseado em suas cinco amostras estudadas. Parte do cálculo
utilizado para determinação dos dados de compactação também pode ser utilizado para
determinação da quantidade de água presente no solo, como é possível observar na primeira
metade do quadro acima. A seguir, está apresentada a curva de compactação para o solo
trabalhado no laboratório.
Figura 1: Curva de compactação das amostras analisadas (Fonte: Autor, 2023)
6.4. Procedimentos
1) Insira o papel filtro no cilindro de proctor e mova-o para o chão.
2) Utilize o medidor de amostra para adicionar duas vezes a amostra de solo no cilindro. Mova
o soquete para o cilindro e aplique 26 golpes para compactar a amostra contida no cilindro.
3) Repita duas vezes o passo 2 e mova o cilindro para a bacia.
4) Utilize a espátula para escarificar a superfície interna do cilindro. Remova o colarinho do
cilindro e utilize uma régua biselada para remover o excesso de solo compactado do cilindro.
5) Ligue a balança e mova o molde cilíndrico para ela. Verifique a massa da amostra úmida
compactada com o molde.
6) Remova a tampa do extrator. Então mova o molde cilíndrico para o extrator e coloque a
tampa do equipamento. Utilize a avalancha para extrair o corpo de prova do molde. Mova o
corpo de prova para a bacia vazia e quebre a amostra em pedaços.
7) Mova a cápsula 1 para a balança e verifique a massa desta cápsula. Utilize a cápsula 1 para
coletar uma amostra do solo compactado. Mova a cápsula para a balança e determine a massa
da amostra úmida com a cápsula. Por fim, abra a porta da estufa e mova a cápsula 1 para seu
interior.
8) Remova a tampa do extrator e mova o molde cilíndrico de volta para a base que se encontra
na bacia. Utilize a alavanca para retornar ao extrator para sua posição inicial.
9) Conecte o colarinho de volta no molde cilíndrico e mova o conjunto de volta para a mesa.
Utilize as peneiras para destorroar o solo compactado. Adicione água destilada na amostra de
solo.
10) Repita os passos anteriores quatro vezes seguidas para que sejam obtidos os dados
necessários. Com as cinco cápsulas no interior da estufa, feche a porta, ligue o equipamento e
aguarde a secagem das amostras.
11) Desligue a estufa e abra sua porta. Remova as cinco cápsulas do seu interior e determine a
massa de solo seco em cada uma delas.
01 02 03 04 05
Massa Específica Aparente Seca (g/cm³) 1,88 1,87 1,8 1,92 1,86
Quadro 10: Resumo dos dados obtidos no laboratório virtual de compactação (Fonte: Autor,
2023)
6.6. Conclusões
Com base no determinado via laboratório virtual, temos possível a determinação do
percentual de umidade ótima para o solo trabalhado, assim como de suas densidades específicas
aparentes e reais.
PRÁTICA 07 - VIRTUAL – UMIDADE NATURAL DOS SOLOS
7.1. Objetivos
Define-se a umidade (h) de um solo como a razão entre a massa da água (Ma) contida
num certo volume de solo e a massa da parte sólida (Ms) existente nesse mesmo volume
(CAPUTO, 2017). Portanto, as análises práticas de umidade natural dos solos consistem na
determinação de tal valor através da comparação entre as massas de tais elementos quando em
estado úmido e seco.
7.3. Procedimentos
1) Utilizando a balança, determine a massa do recipiente vazio. Anote o valor como M3.
2) Determine a massa da amostra úmida. Anote o valor como M1.
3) Coloque a amostra na estufa. Deixe a amostra com a estufa ligada por 24 h, à temperatura de
105°C, para que a amostra fique seca.
4) Após as 24 h, retire a amostra da estufa e pese-a novamente, anotando o valor da massa como
M2.
Após a determinação de tais dados, é possível calcular a umidade de tal solo. O presente cálculo
pode, inclusive, ser utilizado para comparar as condições de um mesmo solo em diversos pontos
de sua extensão, o que pode ser relevante a muitos estudos.
− 1
0= × 100
1− 2
587,3 − 545,9
0= × 100
545,9 − 85,8
3 = 4, //4%
8.3. Procedimento
1) Utilize a balança para encontrar as massas das amostras do solo 1 disponíveis para o
experimento.
2) Posicione as peneiras para o peneiramento grosso no agitador de forma que, na base se
encontre o recipiente de fundo para peneiras e, em seguida, adicione em ordem crescente de
abertura, as peneiras com diâmetro maior ou igual a 2 mm.
3) Adicione a amostra de solo 1 que foi preparada para o peneiramento grosso no jogo de
peneiras e acione o agitador. Aguarde 15 minutos para que o processo seja concluído.
4) Retire cada peneira e, após remover seu material passante, pese na balança o material retido
na peneira e no fundo da peneira. Deposite o material que foi pesado em uma segunda bandeja.
Descarte o conteúdo da bandeja.
5) Repita o passo 2, 3 e 4 utilizando as peneiras indicadas para realizar o procedimento de
peneiramento fino.
10 2 0 0% 0% 0%
Percentual
Tipo de Peneiras Abertur Material Percentual Retido Percentual Passante
Peneiramento (No.) a (mm) Retido (g) Retido (%) Acumulado (%) Acumulado (%)
8.5. Conclusões
Com base nos dados obtidos, é possível determinar o traçado da curva granulométrica
da porção de solo estudada. Tais valores podem auxiliar nas análises de utilidade de cada tipo
de solo no âmbito da engenharia.
CONCLUSÕES FINAIS
Baseado no exposto, é possível observar a multiplicidade de possibilidades em
experimentos e investigações geotécnicas, que podem ser realizados desde a graduação.
Os presentes experimentos físicos foram realizados no Laboratório de Solos do Centro
de Tecnologia da UFPI, enquanto os experimentos virtuais foram realizados em laboratórios
virtuais disponibilizados na turma virtual.