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Instituto Federal de Alagoas - Campus Maceió

Curso de Engenharia Civil

Elson José Alcantara Filho

Esdras Márcio Araújo Lima

Josernon Silva dos Santos Neto

TEOR DE UMIDADE E PESO ESPECÍFICO TOTAL

Maceió - AL
2022
Elson José Alcantara Filho

Esdras Marcio Araujo Lima

Josernon Silva dos Santos Neto

TEOR DE UMIDADE E PESO ESPECÍFICO TOTAL

Maceió - AL
2022
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO…………………………………………………………………………… 4
2. OBJETIVOS………………………………………………………………………………. 5
3. METODOLOGIA…………………………………………………………………………. 6
3.1 MÉTODO DA ESTUFA……………………………………………………………... 7
3.2 MÉTODO SPEEDY…………………………………………………………………10
3.3 MÉTODO DO ÁLCOOL…………………………………………………………... 11
4. RESULTADOS OBTIDOS………………………………………………………………. 14
4.1 MÉTODO DA ESTUFA…………………………………………………………… 14
4.2 MÉTODO SPEEDY…………………………………………………………………16
4.3 MÉTODO DO ÁLCOOL…………………………………………………………... 16
4.4 RESUMO DOS RESULTADOS…………………………………………………… 17
5. CONCLUSÃO……………………………………………………………………………. 18
6. REFERÊNCIAS………………………………………………………………………….. 19
1. INTRODUÇÃO

Os processos físico-químicos que atuam sobre as rochas, denominado de


intemperismo, é capaz de originar os diferentes tipos de solos existentes, esses dispondo de
diferentes características como granulometria, estrutura mineralógica, porosidade, etc.

Assim como o concreto que possui em sua composição diferentes elementos, e esses
são indispensáveis no estudo desse material, o mesmo vale para o solo que em seu estudo,
consideramos essencialmente em sua constituição os elementos básicos, como água e ar, além
de suas partículas sólidas. Foi considerando essa formação que hoje podemos ter acesso às
relações entre massa e volume do material denominados de índices físicos, que desempenham
um papel de extrema relevância para diferentes áreas do conhecimento, como a Engenharia
Civil por exemplo, que por meio desses dados teve condições de avançar significativamente
em suas análises e estudo do solo, originando assim a possibilidade de “criações estruturais”
cada vez mais robustas e surpreendentes vistas na atualidade.
2. OBJETIVOS

Desenvolver em laboratório o estudo prático do solo por meio de diferentes métodos


cuja finalidade está relacionada a apropriação de conhecimento quanto a composição do
material em termos quantitativos, em específico do seu teor de umidade(quantidade de água) e
de seu peso específico total(quantidade de água mais partículas sólidas), tendo ainda como
consequência o desenvolvimento da capacidade de empregabilidade da melhor solução para o
contexto real, levando em consideração as condicionantes que possam existir em cada
situação.
3. METODOLOGIA

O ensaio para determinação do teor de umidade e peso específico total, foi realizado
no laboratório de Mecânica dos Solos, sendo acompanhados pelo técnico de laboratório
Sheldon, no Campus - Maceió do Instituto Federal de Alagoas

3.1 Material utilizado

Método da Estufa:

● Amostra de solo;
● Molde metálico;
● Cápsulas de pesagem;
● Balança de precisão;
● Estufa com temperatura controlada.
● Dessecador

Método Speedy:

● Amostra de solo;
● Balança de precisão;
● Conjunto speedy(manômetro, esferas metálicas);
● Ampolas de carbureto de cálcio(CaC2) com aproximadamente 6,5g.

Método do Álcool:

● Álcool 70%;
● Amostra de solo;
● Balança de precisão;
● Cápsulas de pesagem;
● Espátula;
● Pinça metálica;
● Fósforo.
3.1 MÉTODO DA ESTUFA

Dentre os métodos existentes para determinação do teor de umidade do solo, o método


da estufa é o procedimento mais ideal para ser executado em termos de precisão quanto ao
resultado final. Assim como uma variedade de procedimentos realizados pela Engenharia
Civil, essa metodologia é regulamentada pela NBR 6457/86, nela estão dispostas todas as
informações necessárias para a execução do ensaio, que em resumo consiste em:

- Coleta amolgada de solo

- Determinação do peso total do solo com auxílio do molde metálico;

- Separação de amostras menores nas cápsulas previamente pesadas;


- Pesagem do material colhido

- Disposição das amostras na estufa a uma temperatura de cerca de 110° graus celsius
por no mínimo 24 horas;

- Retirada, pesagem e determinação do teor de umidade por meio dos dados coletados
nessa última pesagem;
- Utilização do dessecador.
3.2 MÉTODO SPEEDY

Podendo ser o segundo método adotado para determinação da umidade presente no


solo. O método speedy pode ser empregado assim como outros métodos, quando não há
possibilidade de utilização de uma estufa ou mesmo quando o tempo para colheita do dado
necessário é limitada. Diferentemente do método da estufa, esse procedimento é regido pelo
DNER(Departamento Nacional de Estradas e Rodagem) por meio do seu método de
ensino(ME 052/94), o processo de ensaio é executado por meio do conjunto de manômetro,
recipiente hermeticamente fechado e ampolas de carbureto de cálcio.

A forma de determinação da quantidade de água presente na amostra se dá devido a


reação entre o carbureto de cálcio e a água presente no solo, que quando em contato origina
gás acetileno, fazendo com que haja um aumento da pressão no interior do recipiente e é a
partir da estabilização da mesma que conseguiremos determinar o teor de umidade, uma vez
que os valores tabelados de pressão estão correlacionados a esse teor.

- Amostra do solo

- Utilização da ampola de carbureto de cálcio (CaC2)


- Com o conjunto speedy fechado foi feito agitação com as mãos visando a quebra da
ampola e promovendo a mistura

3.3 MÉTODO DO ÁLCOOL


Esse é o terceiro método que pode ser empregado na determinação do teor de umidade
do solo, e assim como o método speedy é regido pelo DNER(Departamento Nacional de
Estradas e Rodagem) por meio do seu método de ensino(ME 088/94). Em termos gerais, esse
tipo de ensaio deve ser empregado quando há necessidade de agilidade na obtenção desse
parâmetro(teor de umidade) em uma situação de campo por exemplo, onde não há
possibilidade de execução de outros procedimentos mais precisos. O ensaio consiste
basicamente em:

- Separação de parte da amostra;


- Pesagem do material úmido;
- Adição de álcool ao solo;

- Combustão do material;

- Obtenção do solo seco.

É necessário repetir o procedimento por três vezes, para obtenção de um resultado


mais confiável.
4. RESULTADOS OBTIDOS

4.1 MÉTODO DA ESTUFA

Legenda:

𝑤 → umidade, em porcentagem;

𝑀𝑐 → massa da cápsula;

𝑀𝑏 → massa bruta úmida;

𝑀𝑏𝑠 → massa bruta seca;

𝑀𝑤 → massa de água;

𝑀𝑠 → massa de amostra seca;

Vt → Volume total

CP 061:

➢ 𝑀𝑏 = 𝑀𝑐 + 𝑀𝑤 + 𝑀𝑏𝑠 ⇒ 𝑀𝑏 = 7, 7𝑔 + 2, 72𝑔 + 10, 84𝑔 ⇒ 𝑀𝑏 = 21, 26𝑔

➢ 𝑀𝑤 = 𝑀𝑏 − 𝑀𝑏𝑠 ⇒ 𝑀𝑤 = 21, 26𝑔 − 18, 54𝑔 ⇒ 𝑀𝑤 = 7, 7𝑔

➢ 𝑀𝑠 = 𝑀𝑏𝑠 − 𝑀𝑐 ⇒ 𝑀𝑠 = 18, 54𝑔 − 7, 7𝑔 ⇒ 𝑀𝑠 = 10, 84𝑔

➢ 𝑤 = (𝑀𝑤 / 𝑀𝑠) . 100 ⇒ 𝑤 = (2, 72𝑔 / 10, 84𝑔) . 100 ⇒ 𝑤 ≃ 25, 09 %

Adotando a umidade média 𝑤 = 24, 77%, 𝐺𝑠 = 2, 65 e 𝑃𝑤 = 1𝑔/𝑐𝑚³


Onde:
𝑉𝑡 → volume total

𝑉𝑠 → 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑜 𝑠𝑒𝑐𝑜

𝑃𝑑 → massa específica seca

𝑆𝑒 → grau de saturação

𝑛 → porosidade
𝑃𝑤 → massa específica da água

𝑒 → índices de vazios

𝑃𝑠 → massa específica dos grãos

𝑃𝑛 = 𝑃𝑡 → massa específica total ou natural

𝐺𝑠 → densidade relativa dos grãos

2 2
➢ 𝑉𝑡 = [π. (𝑑) . ℎ ] / 4 ⇒ 𝑉𝑡 = [π. (4, 9𝑐𝑚) . 2, 7𝑐𝑚 ] / 4 ⇒ 𝑉𝑡 = 16, 20 𝑐𝑚³

➢ 𝑃𝑡 = 𝑀𝑡/𝑉𝑡 ⇒ 𝑃𝑡 = 13, 56𝑔 / 16, 20𝑐𝑚³ ⇒ 𝑃𝑡 ≃ 0, 84 𝑔/𝑐𝑚³

➢ 𝑃𝑑 = 𝑀𝑠 / 𝑉𝑡 ⇒ 𝑃𝑑 = 10, 84𝑔 / 16, 20 𝑐𝑚³ ⇒ 𝑃𝑑 ≃ 0, 67 𝑔/𝑐𝑚³

➢ 𝑃𝑠 = 𝑀𝑠 / 𝑉𝑠 ⇒ 2, 65𝑔/𝑐𝑚³ = 10, 84𝑔 / 𝑉𝑠 ⇒ 𝑉𝑠 ≃ 4, 09 𝑐𝑚³

➢ 𝐺𝑠 = 𝑃𝑠 / 𝑃𝑤 ⇒ 2, 65 = (𝑃𝑠) / (1𝑔/𝑐𝑚³) ⇒ 𝑃𝑠 = 2, 65 𝑔/𝑐𝑚³

➢ 𝑃𝑠 = 𝑀𝑠 / 𝑉𝑠 ⇒ 2, 65𝑔/𝑐𝑚³ = 10, 84𝑔 / 𝑉𝑠 ⇒ 𝑉𝑠 ≃ 0, 69 𝑐𝑚³

➢ 𝑆𝑒 = 𝐺𝑠. 𝑤 ⇒ 𝑆𝑒 = 2, 65. 0, 2477 ⇒ 𝑆𝑒 ≃ 0, 656

➢ 𝑃𝑡 = (1 + 𝑤) . 𝐺𝑠 . 𝑃𝑤 ⇒ 0, 84 = (1, 31) / 1 + 𝑒
0, 84 + 0, 84𝑒 = 1, 31 ⇒ 𝑒 ≃ 0, 56

➢ 𝑒 = 𝑉𝑣 / 𝑉𝑠 ⇒ 0, 5 = 𝑉𝑣 / 0, 69 𝑐𝑚³ ⇒ 𝑉𝑣 ≃ 0, 345 𝑐𝑚³

➢ 𝑛 = 𝑉𝑣 / 𝑉𝑡 ⇒ 𝑛 ≃ 0, 345/16, 20 ⇒ 𝑛 ≃ 0, 021
Tabela 1 - Determinação da umidade (método da estufa)

DETERMINAÇÃO DA UMIDADE

MASSA
MASSA MASSA MASSA
MASSA DO UMIDADE
CÁPSULA BRUTA DA DA UMIDADE
BRUTA SOLO MÉDIA
Nº ÚMIDA CÁPSULA ÁGUA (%)
SECA (g) SECO (%)
(g) (g) (g)
(g)

CP 061 21,26 18,54 7,7 2,72 10,84 25,09

CP 045 18,04 15,77 6,6 2,27 9,17 24,75 24,77

CP 010 22,16 19,54 8,84 2,62 10,7 24,48

4.2 MÉTODO SPEEDY

Fórmula utilizada para determinar umidade 𝑤 :

➢ 𝑤 = [ ℎ1 / (100% − ℎ1)] . 100

onde:

𝑤 → teor de umidade em relação ao peso do solo seco, em porcentagem;

ℎ1 → Umidade dada no aparelho “Speedy” em relação à amostra total úmida, em


porcentagem.

ℎ1 = 19%

𝑤 = [ 19% / (100% − 19%)] . 100 ⇒ 𝑤 ≃ 23, 457%


4.3 MÉTODO DO ÁLCOOL

Legenda:

𝑤 → umidade, em porcentagem;

𝑀𝑐 → massa da cápsula;

𝑀ℎ → massa da amostra úmida;

𝑀𝑠 → massa da amostra seca;

𝑀𝑤 → massa da água.

Dados:

𝑀𝑐 = 44, 02𝑔 \ 𝑀ℎ = 50, 00𝑔

➢ 𝑀𝑐 + 𝑀𝑠 = 86, 19𝑔 ⇒ 𝑀𝑠 = 42, 57𝑔

➢ 𝑀𝑤 = 𝑀ℎ − 𝑀𝑠 ⇒ 𝑀𝑤 = 50, 00𝑔 − 42, 57𝑔 ⇒ 𝑀𝑤 = 7, 43𝑔

➢ 𝑤 = (𝑀𝑤 / 𝑀𝑠) . 100 ⇒ 𝑤 = (7, 43𝑔 / 42, 57𝑔) . 100 ⇒ 𝑤 ≃ 17, 45%

Tabela 2 - Determinação da umidade (método do Álcool)

DETERMINAÇÃO DA UMIDADE

MASSA MASSA
MASSA DA MASSA DA
DA DA UMIDADE
AMOSTRA AMOSTRA
CÁPSULA
ÁGUA (%)
ÚMIDA (g) SECA (g)
(g) (g)

44,02 50,00 42,57 7,43 17,45


4.4 RESUMO DOS RESULTADOS

Método utilizado Umidade encontrada

Em estufa 24,77

Com Speedy 23,457%

Com Álcool 17,45%


5. CONCLUSÃO

Durante a execução dos ensaios pode-se verificar a apresentação de diferentes


resultados para cada metodologia aplicada. De forma geral observou-se que cada método visto
pode ser empregado com base em cada situação e com a necessidade específica para cada
momento, sendo a instrumentação disponível para execução um fator de grande peso, além
disso, notou-se que em ordem decrescente de precisão quanto ao resultado final, temos o
método da estufa, o método speedy e o do álcool.

Em uma visão contextual e prática podemos afirmar que os métodos que tendem a
uma melhor utilização em campo é o do speedy e do álcool, uma vez que dispõem de maior
praticidade na sua execução, contudo avalia-se o segundo como mais impreciso, visto que,
havendo presença de matéria orgânica na amostra de solo, ao final da execução do
procedimento pode-se obter um valor acima do real para o teor de umidade daquela amostra,
o que acaba condicionando a obtenção de um resultado “errôneo” desse parâmetro.
6. REFERÊNCIAS

CAPUTO, Homero Pinto. Mecânica dos Solos e suas Aplicações. 6 ed. Rio de Janeiro: Livros

Técnicos e Científicos Editora, 2000. 234 p.

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