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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL


CENTRO DE TECNOLOGIA
LABORATÓRIO DE MECÂNICA DOS SOLOS – DEC 2570

MASSA ESPECÍFICA DOS SÓLIDOS

Acadêmicos: R.A: Turma: 04

MARINGÁ, MARÇO DE 2009


Objetivo

O objetivo deste relatório consiste em determinar a massa específica dos grãos


de solo que passam na peneira de 4,8 mm de acordo com a NBR 6508/84.
Fundamentação Teórica

Os solos são sistemas de três fases: ar, água e sólidos. Normalmente torna-se
necessário encontrar relações de um determinado material, separando-os dos demais.
Isso acontece quando achamos o teor de umidade, o índice de vazios e a massa
específica dos grãos, que nos dá informações novas e importantes e que expande nosso
conhecimento de determinado solo. Alguns aparelhos auxiliam na obtenção desses
índices físicos como o picnômetro, a bomba de vácuo e aparelhos de dispersão:
O picnômetro é utilizado para determinar a massa específica de liqudos e
sólidos. É feito de vidro possui baixo coeficiente de dilatação térmica e a água é a
substância padrão nele utlizada.
A bomba de vácuo,como o próprio nome diz, cria um vácuo num determinado
sistema. No ensaio realizado, ela retira o ar presente na amostra para que o ar não
interfira no objetivo de determinar a massa específica dos grãos.
No caso da massa específica dos grãos, definida como (g/ cm³),
podemos obtê-la através de ensaios regidos pelas NBR 6457/1986 e NBR 6508/1984.
Materiais e Métodos

Materiais utilizados:
Solo: amostra deformada e superficial de Cidade Gaúcha-PR:

Equipamentos:
 Estufa capaz de manter a temperatura entre 105 e 110 ºC;
 Aparelho de dispersão, com hélices metálicas substituíveis e copo munido de
chicanas metálicas;
 Picnômetro de 500 cm³, calibrado a 20ºC, com a respectiva curva de calibração;
 Bomba de vácuo com registros, vacuômetro e conexões, capaz de aplicar um
vácuo de 88 kPa, para remoção do ar aderente às partículas do solo;
 Termômetro graduado em 0,1ºC, de 0 a 50ºC;
 Balança que permita pesar nominalmente até 1,5 Kg, com resolução de 0,01 g e
sensibilidade compatível;
 Funil de vidro;
 Conta-gotas.
Métodos de Ensaio

Primeiramente, a amostra foi seca ao ar (secagem prévia) até próximo a umidade


higroscópia, homogeneizada e passada na peneira de 4,8 mm, de acordo com a NBR
6457/86. Em seguida tomou-se 500 g dessa amostra para a realização de dois ensaios.
Foi pesada uma amostra de 60 g (M1) para ser usada no picnômetro de 500 cm³.
Com o restante do material, foi efetuada a determinação da umidade, de acordo com a
NBR 6457.
Em seguida, obedecendo a NBR 6508/84, a amostra foi transferida para o copo
de dispersão, lavando-se a cápsula com água destilada para remoção completa do
material. A água destilada foi acrescentada até metade do volume do copo e dispersada
por 15 minutos.
Após a dispersão, a amostra foi colocada no picnômetro, com auxílio do funil de
vidro, lavando-se o funil e o copo com água destilada para a total remoção do material.
Adicionou-se água destilada até próximo da metade do volume do picnômetro e
aplicou-se a bomba de vácuo por 15 minutos. Foi acrescentada água até 1 cm abaixo da
base do gargalo e aplicou-se a bomba de vácuo por mais 15 minutos.
Deixou-se então o picnômetro em repouso até que a temperatura do mesmo se
equilibrasse com a do ambiente e com o conta-gotas, foi adicionada água destilada até
coincidir com a marca de referência.
Em seguida enxugou-se a parte e externa do picnômetro e o mesmo foi levado
para pesagem junto com a água e solo presentes, sendo esse valor denotado por M2.
Com auxílio do termômetro, determinou-se a temperatura T do conteúdo do
picnômetro para determinar a massa do mesmo cheio de água (M 3) até a marca de
referência utilizando a curva de calibração correspondente.
Resultados

Fichas de Ensaio:
DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA DOS SÓLIDOS
ENSAIO Nº 1 2
PICNÕMETRO Nº/CAPACIDADE (ml) 04/500 03/500
AMOSTRA ÚMIDA (g) M1 60,00 60,00
AMOSTRA SECA (g) 59,44 59,44
PICNÕMETRO + SOLO + ÁGUA (g) M2 695,50 679,00
PICNÕMETRO + ÁGUA (g) M3 658,20 641,77
TEMPERATURA DO ENSAIO (ºC) T 28,5ºC 27,0ºC
MASSA ESPECÍFICA DA ÁGUA (g/ cm³) ρwt 0,9961 0,9965
MASSA ESPECÍFICA DOS SÓLIDOS (g/ cm³) ρs 2,674 2,667
MASSA ESPECÍFICA DOS SÓLIDOS (média) (g/ cm³) ρs (média) 2,671

DETERMINAÇÃO DO TEOR DE UMIDADE


CÁPSULA Nº 03 11 14
AMOSTRA ÚMIDA + CÁPSULA (g) 125,88 122,21 102,32
AMOSTRA SECA + CÁPSULA (g) 124,93 121,29 101,61
MASSA DA CÁPSULA (g) 25,58 25,68 24,84
TEOR DE UMIDADE (%) 0,95 0,96 0,92
TEOR DE UMIDADE MÈDIO (%) 0,94

Fórmulas utilizadas:

Teores de umidade:

Cápsula nº 03

Cápsula nº11

Cápsula nº14
Massa Específica dos sólidos:

Adotando-se as recomendações da NBR 7180/84, os valores aceitáveis dos


teores de umidade não devem diferir mais do 5% em relação ao teor de umidade médio:

De acordo com a NBR 6508/84, os valores de ρs não podem diferir em mais que
0,02 (g/ cm³):

Análise e Discussão de Resultados


Analisando os resultados obtidos, concluiu-se que o método utilizado mostrou
diferenças sensíveis na massa específica dos grãos e também nos teores de umidade.
Entre os fatores que podem causar essas diferenças estão: a variação de umidade do ar,
o tempo reduzido para a realização do ensaio, o erro de manuseio e a tabela de
calibração utilizada.
Mas apesar dos erros envolvidos, a conclusão final em relação aos resultados é
satisfatória, pois tanto a massa específica dos grãos encontrada nos dois ensaios quanto
os teores de umidade, encontram-se na faixa aceitável para o ensaio ser validado e
aceito.

Referências
Vargas, Milton, 1914. Introdução à mecânica dos solos. São Paulo, Mcgraw-Hill do
Brasil, Ed. da Universidade de São Paulo, 1977, pg 33-37.

Ortigão, J.A.R, 1995. Introdução à mecânica dos solos dos estados críticos. Rio de
Janeiro, 2ª edição, Livros técnicos e científicos Editora, pg 9-13.

NBR 6457/1986 – Amostras de solo – Preparação para ensaios de compactação e


ensaios de caracterização.

NBR 6508/1984 – Grãos de solos que passam na peneira de 4,8 mm – Determinação da


massa específica.

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