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RELATÓRIO
1. INTRODUÇÃO:
As vidrarias volumétricas quando manuseadas de forma incorreta, podem ter suas exatidão
e precisão alteradas, assim deve-se informar alguns pontos importantes para o bom manuseio
dessas vidrarias:
Não as insira na estufa;
Cuidado com o erro da paralaxe ao efetuar a visualização do menisco;
Sempre limpe a vidraria antes de usar;
Evite choques térmicos e mecânicos.
Para que os resultados obtidos sejam fiéis, é preciso considerar alguns possíveis erros
durante a realização do experimento:
Erros instrumentais – causados pelo comportamento não ideal de um instrumento, por
calibrações falhas ou pelo uso de condições inadequadas.
Erros de método – surgem do comportamento químico ou físico não ideal de sistemas
analíticos.
Erros pessoais – resultam da falta de cuidado, falta de atenção ou limitações pessoais
do analista. (SKOOG,2006,p.88)
A calibração consiste em uma comparação entre os valores de um equipamento de medição
de algum material de referência e os valores estabelecidos por padrões. Os instrumentos
utilizados em laboratório chegam calibrados das próprias fábricas, e através do uso corriqueiro
e equivocados, a ferramenta pode sofrer alterações em sua medida, visto que sua exatidão e
precisão são reduzidas. Faz-se, então a busca por procedimentos que auxiliem o profissional
na hora da calibração:
Avaliar o tempo de escoamento do instrumento (pipeta):
a. Com um tempo de escoamento mais rápido, quando comparado ao valor
padrão, deve-se levar o instrumento a um vidreiro para que ele possa diminuir o
diâmetro da abertura;
b. Com um tempo de escoamento lento, quando comparado ao valor padrão, deve-
se lixar a abertura, para que o diâmetro diminua;
Em ambos os casos, para determinar a situação de calibração na qual a vidraria se encontra,
é preciso utilizar a fórmula descrita na Norma Técnica ISO 4787.
1 𝜌𝐴
𝑉20 = (𝐼𝐿 + 𝐼𝐸 ) × ( ) × (1 − ) × [1 − 𝛾(𝑡 − 20)]
𝜌𝑊 − 𝜌𝐴 𝜌𝐵
Para descobrir se a pipeta está calibrada ou não, devem-se subtrair os resultados de V20. Se
caso, a subtração resultar em um valor menor ou igual a 0,02 mL a pipeta está calibrada.
Com base, nos resultados das diferenças descritas na tabela 3, concluiu-se que a pipeta não
estava calibrada.
Calibração do balão volumétrico
A princípio, para que os processos de calibração fossem efetuados, foi necessário lavar o
balão volumétrico para que os restos de resíduos, não possam alterar os resultados de
calibração. Por conseguinte, pesou-se a massa do balão volumétrico vazio. Depois de anotar a
massa, com o auxílio da pipeta de Pasteur aferiu-se o menisco do balão com água, equilibrada
termicamente com o ambiente, e pesou-se sua massa, novamente. Com os valores obtidos,
efetuou-se uma subtração para obter a massa de água contida no balão, e em seguida com os
resultados obtidos, lançou-os na fórmula de calibração da ISSO 4787. Obtendo os seguintes
resultados:
Tabela 4: Valores usados para o cálculo de calibração e resultado
IL - IE ρW ρA ρB γ t V20
Dessa forma, tem-se que o balão volumétrico estava descalibrado, logo seu volume exato
não é 100 mL, e, sim 99,55 ml.
6. CONCLUSÃO:
Com base nos procedimentos realizados, conclui-se que a pipeta graduada estava com um
tempo de escoamento reduzido, logo é necessário mandá-la para um vidreiro, e, esse fazer um
ajuste em seu bico de abertura, no intuito de diminuir o diâmetro. Ademais, por meio dos
cálculos feitos, foi possível concluir que as vidrarias estavam descalibradas, ou seja, não
estavam medindo o seu volume exato. No entanto, devem-se levar em consideração possíveis
erros que levaram a não calibração das vidrarias, como: não calibração da balança analítica e
erros de paralaxe. Assim, o grupo estando mais informado sobre as calibrações das vidrarias,
permitirá experimentos com maiores margens de acertos.
7. REFERÊNCIAS
Disponível em http://www.accpr.com.br/o-que-e-calibracao-e-sua-importancia-no-processo-e-
na-qualidade/ Acessado em 25/05/2019
BRAZ, Danilo Cavalcante; FONTELES, Carlos Alberto Lopes; BRANDIM, Ayrton de Sá;
Calibração de vidraria volumétricas com suas respectivas incertezas expandidas
calculadas; II CONNEPI. João Pessoa – PB, 2007;
SKOOG, D.A. et al. Princípios da Química Analítica, 1ª Ed., Thomson, São Paulo, 2006;