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UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA

CENTRO DAS CIENCIAS EXATAS E DAS TECNOLOGIAS


QUIMICA EXPERIMENTAL

JIAN CARLOS NOGUEIRA DOS SANTOS

PRÁTICA N° 1 – MANUSEIO DE VIDRARIAS E BALANÇAS

Barreiras
2017

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PRÁTICA N° 1 – MANUSEIO DE VIDRARIAS E BALANÇAS

1. INTRODUÇÃO

É de grande importância aferir e pesar de maneira correta as soluções e substancias


medidas e pesadas no laboratório. Uma medida errada pode colocar todo o trabalho
a perder. Não se pode valer apenas de habilidade no momento do manuseio das
vidrarias e equipamentos, é preciso conhecer cada vidraria e equipamento de modo a
otimizar o uso destes. Extraindo de cada um o máximo que podem ofertar, sem que
erros sistemáticos, grosseiros ou aleatórios afetem o resultado final.

2. OBJETIVO

Ter um primeiro contato com as vidrarias e equipamentos disponíveis no laboratório e


aprender a melhor forma de manuseá-las, levanto em consideração todos os fatores
envolvidos no momento da medição. Conhecer e utilizar as balanças analíticas e semi-
analiticas. Verificar a precisão dos equipamentos utilizados.

3. MATERIAL E METODOS

3.1. MATERIAIS

Foram realizados três experimentos, para estes foi necessário o uso dos materiais
abaixo:

 Pipeta de Pasteur de 3mL;


 Agua destilada;
 Pipeta graduada de 5 mL;
 Pipeta volumétrica;
 Balança analítica (Marca: AAEKER);
 Balança semi-analítica (Marca: Marte / Modelo: M2K)
 Béquer 5 mL;
 Béquer 50 mL;
 Termômetro;
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 Pêra de sucção;
 Cronômetro digital (celular);
 Rocha (brita);
 Pisseta;
 Relógio de vidro.

3.2. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Os experimentos abaixo descritos foram realizados no laboratório 109 da UFOB


(Universidade Federal do Oeste da Bahia), em uma quinta feira 19/01/2017 entre as
13:50 e as 15:30 horas no horário local. A temperatura ambiente era artificial.

1º EXPERIMENTO: Comparação de pipetas

Para a realização deste experimento, foi colocado um béquer de 5 mL em uma


balança analítica e medido a sua massa.Com a massa medida e anotada a balança
foi tarada. Foi utilizado um béquer de 50 mL para armazenar uma quantidade maior
de agua destilada, de forma a permitir a transferência da mesma para a pipeta de
Pasteur com mais agilidade e precisão. Foi medido 5 mL de agua destilada através
da pipeta de Pasteur e transferido para o béquer de 5 mL que já estava acomodado
na balança. Como só havia disponível a pipeta de 3 mL, foi transferido 3 mL e depois
mais 2 mL, após isso a massa da agua foi medida e anotada. O procedimento foi
repetido com a pipeta graduada de 5 mL, com o auxílio de uma pêra de sucção.

Dados Obtidos – pipeta de Pasteur

Tara do béquer de 5 mL: 4,7038 g

Massa da agua destilada: 9,5491 g

Dados Obtidos – Pipeta graduada

Tara do béquer de 5 mL: 4,7328 g

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Massa da agua destilada: 9,2273 g

2º EXPERIMENTO: Calibração de pipeta volumétrica e balão volumétrico

Para a realização deste experimento inicialmente foi colocado um béquer de 50 mL


sobre a balança, a massa do mesmo foi anotada. A agua destilada foi transferida do
recipiente onde estava armazenada para a pipeta volumétrica de 5 mL com o auxílio
de uma pêra de sucção. Cuidadosamente foi aferido os 5 mL de agua destilada na
pipeta volumétrica, e após aferição o liquido foi depositado no béquer de 50 mL que
estava sobre a balança. Com o auxílio de um cronometro digital, disponível no celular
foi contabilizado o tempo transcorrido de 1 minuto para que a temperatura da agua se
estabilizasse. Após 1 minuto a massa da agua destilada foi anotada, e o béquer foi
retirado da balança. Foi introduzido um termômetro na agua destilada presente no
béquer, a fim de medir a temperatura da mesma. A temperatura foi anotada.

Dados Obtidos:

Massa do béquer de 50 mL: 34,5109 g

Massa do béquer + Massa da agua destilada: 39,2221 g

Temperatura da agua destilada: 27° C

3º EXPERIMENTO: Precisão de balanças analíticas e semi-analíticas

Para a realização deste experimento, o relógio de vidro foi colocado sobre a balança
analítica e anotado sua massa. Após transcorrida esta fase a balança foi tarada e foi
colocado sobre o relógio uma rocha (brita), e foi anotado sua massa. O procedimento
foi repetido utilizando desta vez a balança semi-analítica.

Dados Obtidos – Balança analítica:

Tara do relógio: 8,7407 g


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Massa da rocha: 6,6552 g

Dados Obtidos – Balança semi-analítica:

Tara do relógio: 8,64 g

Massa da rocha: 6,59 g

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Através da formula v=m/d onde:

v: Volume

m: Massa

d: Densidade

E com o auxílio da tabela de densidades, utilizando a temperatura da agua destilada


de 27° C foi possível calcular o volume da agua destilada gerada a partir da pipeta de
Pasteur em 4,8621 mL. Com o auxílio da mesmo método se calculou o volume da
agua gerada a partir da pipeta graduada em 4,5101 mL.

Os dados estão dispostos na tabela abaixo:

Massa de
Massa do agua Temperatura Densidade da Volume Erro
Vidraria béquer (g) destilada (g) (°C) agua (gmL -¹) (mL) %
Pipeta de Pasteur 4,7038 4,8453 27 0,99654 4,8621 2,75
Pipeta graduada 4,7328 4,4945 27 0,99654 4,5101 9,76

O fato da pipeta graduada ter apresentado um erro maior foi considerado


surpreendente, porem pode ser explicado pelo fato de termos utilizado a pipeta de
Pasteur duas vezes o que propiciou um erro menor, que não deveria ter ocorrido.
Houveram erros no momento da retirada da medida do volume de agua, que não
ocorreria se o mesmo experimento tivesse sido realizado por profissionais com

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experiência em laboratório. Fatores como intempéries, ambiente, e erros na
fabricação também afetaram o resultado final.

Utilizamos a mesma formula v=m/d, e, se valendo da mesma metodologia algébrica,


foi possível calcular o volume da pipeta volumétrica em 4,7275 mL. Quando durante
a coleta de dados aferimos 5 mL. Isso propiciou um erro de 5,45% em relação ao valor
medido durante a realização do experimento. Os fatores que acarretaram neste erro
foram: a falta de experiência no manuseio das vidrarias, fatores ambientais como
temperatura e umidade, e erros na fabricação das vidrarias.

No experimento com as balanças mediu-se a massa da rocha em 6,6552 g utilizando


a balança analítica e 6,59 g utilizando a balança semi-analitica. Através deste
experimento foi possível averiguar um erro de 0,99% entre a balança semi-analitica
quando comparada com a balança analítica. Neste caso o erro grosseiro foi reduzido,
e o motivo principal da diferença entre os valores obtidos está no erro instrumental.
Uma vez que estamos lidando com equipamentos de capacidade de medição
diferentes, que não compartilham da mesma precisão. Fato que fica evidenciado pela
balança analítica contar com precisão de 0,0001 g enquanto a balança semi-analitica
conta com precisão de 0,01 g. Mesmo assim fatores como temperatura, e erros
grosseiros também podem ter influenciado no resultado, devido a sensibilidade das
balanças.

5. CONCLUSÃO

Após realização dos três experimentos, foi possível verificar valores de volume e
massa dos objetos e soluções bem diferentes dos mostrados nos meniscos e escalas
graduadas dos equipamentos. O erro grosseiro foi fator determinante para que as
divergências ficassem tão evidenciadas. Para reduzir este tipo de erro é necessário a
realização do mesmo experimento várias vezes afim de se reduzir o erro, e aumentar
a precisão na medida. O tratamento estatístico daria a segurança necessária para
diminuir drasticamente o erro grosseiro.

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Os erros instrumentais também colaboraram para os valores radiantes. Equipamentos
de baixa qualidade e com muito tempo de uso tendem a apresentar descalibração.
Uso excessivo em condições inadequadas para a finalidade e ambiente que foram
projetados e dimensionados, e, falhas na fabricação são os principais causadores
dessa descalibração.

Para se reduzir os erros nas realizações dos experimentos em laboratório é


necessário qualificação dos operadores, o uso de equipamentos de alta qualidade e
que só serão utilizados nas condições especificadas pelo fabricante, além de locais
adequados para armazenamento dos equipamentos e vidrarias. Os erros relatados e
cometidos durante a realização deste experimento tendem a tomar dimensões
maiores quando se lida com compostos e substancias com maior valor e
periculosidade, onde erros de aferição podem trazer maiores prejuízos financeiros e
a vida.

É necessária a realização de mais experimentos para determinar com mais exatidão


as causas e efeitos de aferições inadequadas.

Diante do exposto acima não iremos considerar como verdadeiros os valores


encontrados neste experimento. Apesar de muito uteis para a didática pois nos
ensinaram como calcular volumes a partir da densidade, massa e temperatura.

6. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

1. ATKINS, P. W.; JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida


moderna e o meio ambiente. 5.ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. 924 p.
2. http://www2.fis.ufba.br/dftma/TeoriaDeErros2013v3.pdf - Acessado em
25/01/2017
3. https://pt.scribd.com/doc/44664670/RELATORIO-DE-FISICO-QUIMICA-
EXPERIMENTAL-I-DENSIDADE-DE-SOLIDOS-E-LIQUIDOS-E-VARIACAO-
DA-DENSIDADE-DE-LIQUIDOS-EM-FUNCAO-DA-TEMPERATURA -
Acessado em 26/01/2017

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LISTA DE ANEXO

1. Tabela de densidade da agua

2. Imagens dos equipamentos e vidrarias utilizados

2.1. Pipeta de Pasteur de 3mL;

2.2. Agua destilada;

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2.3. Pipeta graduada de 5 mL;

2.4. Pipeta volumétrica;

2.5. Balança semi-analítica (Marca: Marte / Modelo: M2K)

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2.6. Balança analítica (Marca: AAEKER);

2.7. Béquer 5 mL;

2.8. Béquer 50 mL;

2.9. Termômetro;

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2.10. Pêra de sucção;

2.11. Pisseta;

2.12. Relógio de vidro.

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