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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

CAMPUS PAMPULHA

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA

ANDERSON DE BRITO ALMEIDA


ARTHUR VINÍCIUS SANTOS AMARAL
GEOVANNI SOUZA RAMOS

Belo Horizonte-MG
Abril\2022
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
CAMPUS PAMPULHA

ANDERSON DE BRITO ALMEIDA


ARTHUR VINÍCIUS SANTOS AMARAL
GEOVANNI SOUZA RAMOS

EXPERIÊNCIA 1: INTRODUÇÃO ÀS TÉCNICAS DE LABORATÓRIO

Relatório de aula prática supervisionada


pela professora Dra. Renata Costa Silva
Araújo. Referente à aula 1 realizada no
dia 26 abril de 2022, Departamento de
Química da Universidade Federal de
Minas Gerais (UFMG) - Campus
Pampulha, como requisito para avaliação
final da disciplina em questão.

Belo Horizonte-MG
Abril\2022
1.INTRODUÇÃO
As análises de laboratório são imprescindíveis para qualquer tipo de pesquisa. Pois, se situam
em ambiente estritamente controlado e adaptado de modo a favorecer a geração de dados mais
confiáveis. E uma importante ferramenta presente no âmbito da química analítica a qual se faz em
laboratório, é a metrologia, que trata do estudo das medidas, sendo utilizada para determinar a precisão e
exatidão das medições observadas nas análises.
A Química Analítica pode ser definida como a aplicação de um processo ou de uma
série de processos para identificar ou quantificar uma substância, ou componentes de uma
solução ou mistura ou, ainda, para determinar a estrutura de compostos químicos. Porém, toda
medida possui alguma incerteza associada a ela, a qual damos o nome de erro experimental.
Portanto, os resultados experimentais podem ser expressos com alto ou baixo grau de
confiança, mas nunca com 100% de certeza.
Os erros experimentais podem ser classificados em sistemáticos e aleatórios, onde o
sistemático diz respeito a um erro que tem um valor definido e uma causa identificável e são
da mesma ordem de grandeza para réplicas de medidas realizadas de maneira semelhante. Já
os erros aleatórios ou indeterminados resultam dos efeitos de variáveis que não estão (e talvez
não possam ser) controladas nas medidas. O erro aleatório faz com que os dados experimentais
se distribuam de forma mais ou menos simétricas em torno do valor médio.
A analise da assertividade dos dados se dá pela exatidão e pela precisão, sendo que a
precisão revela a dispersão entre os resultados obtidos e a exatidão os compara com o valor de
referência. Havendo uma serie de cálculos possíveis para determinação de ambas, sendo os
mais usados, o ponto médio e o desvio padrão. Para expressar a exatidão das medidas, são
usados os algarismos significativos, que tratam de demonstrar o nível de erro, dado que
nenhuma medida é inteiramente exata e a notação científica, que permite transformar números
muito grandes ou muito pequenos em valores mais simples de se utilizar.

2.OBJETIVOS
• Analisar as funções das vidrarias e ferramentas presentes em laboratório;
• Compreender a importância e finalidade da metrologia para química analítica;
• Conhecer as práticas de segurança, bem como os diferentes EPIs e EPCs;
• Entender o processo de obtenção de dados, bem como a maneira de expressá-los
cientificamente;
• Estudar as diferentes fórmulas utilizadas para estimar a exatidão das medidas (cálculo
do desvio padrão);
• Verificar a precisão das vidrarias volumétricas e graduadas.
3.PROCEDIMENTOS
3.1. MEDIDA DA TEMPERATURA DE EBULIÇÃO DA ÁGUA
Adicionar 150 mL de água destilada em um béquer de 250 mL com 3 pérolas de vidro e, em
seguida, colocar o béquer sobre a chapa de aquecimento. Com a chapa ligada, aguardar o ponto de
ebulição da água, verificando a temperatura com o auxílio de um termômetro fixo em uma pinça de
madeira, de modo que o mesmo não encoste no béquer. Anotar os resultados.

3.2. CAPACIDADE E DESVIOS DE APARELHOS


Separar uma bureta, uma pipeta e algumas provetas (com diferentes capacidades), e anotar com
os seus respectivos desvios, a capacidade individual das vidrarias.

3.3. CÁLCULO DE DESVIO PADRÃO DE UMA SERIE DE MEDIDAS


Adicionar água a uma bureta de modo que a altura do líquido atinja o ponto zero. Depois, encher
um tubo de ensaio usando a bureta, realizando a leitura do volume. Esvaziar o tubo, passando etanol a
fim de acelerar sua secagem. Repetir três vezes o processo e, em seguida, calcular o desvio padrão das
medidas e expressar os dados em notação científica.

3.4. DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DE UM LÍQUIDO


Numerar dois béqueres de 50 mL e anotar suas massas. Depois, adicionar 10 mL de um líquido
desconhecido (X) ao béquer 1, utilizando a pipeta graduada. Pesar o béquer com a amostra para
determinar seu peso a partir da diferença entre a massa inicial e final constatada. Medir 10 mL do
líquido (X) no próprio béquer 2 e realizar a pesagem obtendo a massa da amostra. Posteriormente,
realizar a determinação do líquido (X) medido com a pipeta e com o béquer. Identificar o líquido (X) e
determinar o erro da densidade referente à medida de volume realizada com a pipeta.

4.RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. MEDIDA DA TEMPERATURA DE EBULIÇÃO DA ÁGUA
Foi observado que a água entrou em ebulição à 90ºC. O instrumento utilizado foi o termômetro
químico, que determina a temperatura a partir da expansão do líquido presente dentro do tubo graduado
(geralmente o mercúrio).

4.2. CAPACIDADE E DESVIOS DE APARELHOS


Neste procedimento foram utilizados a bureta de 50 mL, que apresenta desvio de 0,1 mL, a
pipeta de 10 mL com desvio de 0,03 mL e uma proveta de 250 mL com desvio de 2 mL. Os desvios
especificam a precisão de medida presente na vidraria.

4.3. CÁLCULO DE DESVIO PADRÃO DE UMA SERIE DE MEDIDAS


Os resultados encontrados foram: (medida 1: 21,5 mL), (medida 2: 21,4 mL) e (medida 3: 21,5
mL). Calculando a média: (21,5 + 21,5 + 21,4) ÷ 3 = 21,46 … , considerando os algarismos
significativos temos 21,5. Ao calcular o Desvio Padrão obtivemos:

√(((21,5 − 21,5)2 + (21,5 − 21,5)2 + (21,4 = 21,5)2 ) ÷ 2)

√0,005=0,0707= 7,07 × 10−2


O valor encontrado demonstra uma alta precisão nas medições, visto que quanto menor o
resultado, maior a precisão.

4.4. DETERMINAÇÃO DA DENSIDADE DE UM LÍQUIDO


Após as pesagens foram obtidos os seguintes dados: (Béquer 1 total: 45,14 g, amostra: 38,19 g,
peso do béquer: 6,95 g), (Béquer 2 total: 43,90 g, amostra: 35,60 g, peso do béquer: 8,30 g), o desvio da
pipeta utilizada era de 0,01 mL, mesmo valor do desvio apresentado pela balança. A partir dos dados
constou-se que o líquido (X) se tratava de etanol.

5.CONCLUSÃO
As medidas e processamentos de dados possuem papel fundamental na rotina profissional de um
químico, mas como se sabe, toda medida possui um erro. E para prevê-los, foram desenvolvidos cálculos
como o desvio padrão, que definem o grau de dispersão dos resultados obtidos, o que avalia a
assertividade dos experimentos, definindo como precisão uma baixa dispersão e exatidão quando este
valor se encontra próximo ao referencial.
A expressão dos dados é um outro importante fator, pois mante-los de forma simples e objetiva
facilita a sua manipulação, como na utilização dos algarismos relevantes e notação científica. A química
analítica, área da ciência incumbida de estudar a metrologia envolvida nas análises laboratoriais tem
papel imprescindível por padronizar a maneira com que se procederam os processamentos de resultados,
orientando a uma padronização experimental.
Portanto, compreende-se que a confiabilidade dos dados irão depender de inúmeros fatores que
poderão ser classificados de acordo com a sua exatidão e precisão, além disso, outro ponto essencial
refere-se a forma com que estes resultados serão expressos, devendo ser por convenção, apresentados da
maneira mais simples possível nas normas da notação científica, facilitando assim a compreensão e
utilização dos dados de uma análise laboratorial.

6.REFERÊNCIAS
Atkins, P., Jones, L. Princípios de Química, Questionando a Vida Moderna e o Meio Ambiente. 5ª
Edição, Bookman, Editora S.A., Porto Alegre (2012). Acesso em: 3 mai. 2022.

Ferreira, Rafael de Queiroz. Química analítica. Vitória: UFES, Núcleo de Educação Aberta e a
Distância, 2011. Acesso em: 3 mai. 2022.

Escolas Estaduais de Educação Profissional– EEEP. Metrologia e Instrumentação Industrial. Ceará,


2016. Acesso em: 3 mai. 2022.

CARLOS DE ANDRADE, João; RIBEIRO ALVIM, Terezinha. Química Analítica Básica: O papel
da química analítica clássica na formação do químico. Universidade Estadual de Campinas, 2009.
Disponível em: Acesso em: 3 mai. 2022.

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