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Universidade do Estado da Bahia

Departamento de Ciências da Vida/Campus I


Curso: Bacharelado em Nutrição
Componente curricular: Química Analítica (NU0006)
Professores: Lidio Pereira e Vitor Hugo Migues

NOÇÕES DE ESTATÍSTICA

1 INTRODUÇÃO

A busca por respostas para questionamentos que intrigam o ser humano está na
essência da pesquisa científica e, para tal, se faz necessária a realização de
experimentos bem planejados. Nas ciências exatas (tais como, a Química e a Física),
o trabalho experimental implica na medição de grandezas e/ou parâmetros que podem
gerar uma quantidade significativa de dados numéricos – o que pode se tornar um
obstáculo para a apresentação concisa e sistematizada dos resultados (Cunha et al.,
2013; Varjão, 201-).
Para contornar esses e outros problemas, inerentes à análise de dados
experimentais, os pesquisadores podem contar com um poderoso conjunto de
ferramentas estatísticas que possibilitam, por exemplo, o tratamento dos dados
gerados nos experimentos e a interpretação de resultados complexos. Todavia, a
obtenção de dados experimentais confiáveis constitui-se numa etapa crucial da
pesquisa científica e, portanto, deve perpassar pela execução de métodos bem
definidos e contemplar as especificidades experimentais de cada estudo, estando
alinhada com a finalidade pretendida (De Barros Neto; Scarminio; Bruns, 2010).
Desta maneira, fica evidente que o trabalho do cientista também deve incluir a
busca por alternativas mais viáveis e a escolha das melhores estratégias para
solucionar os problemas encontrados. Sendo assim, embora pareça plausível (apenas
idealmente) que a análise de todos os elementos possíveis de um grupo ou coleção
(população) seja estratégia mais correta para que se obtenha informações acerca
desse grupo, isso nem sempre é possível por diversas questões – e, na maioria das
vezes, é inviável. Logo, é comum que se recorra a análise de apenas alguns desses
elementos (amostra) para que se obtenha informações a respeito do todo.
Ante ao exposto, nesta aula prática, será realizado um experimento relativamente
simples de medida de massa, com a finalidade de aperfeiçoar a manipulação de
vidrarias e equipamentos do laboratório e entender os desafios da amostragem.
Adicionalmente, uma vez que, qualquer medida física está sujeita a um certo grau de
incerteza, detalhes sobre o tratamento dos dados experimentais e a extensão da
influência das principais fontes de erros sobre um resultado analítico também serão
discutidos.

2 PARTE EXPERIMENTAL

2.1 VIDRARIAS

 Béquer de 50 mL;
 Vidro de relógio;
 Placa de Petri.

2.2 MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

 Amostra (produto alimentício);


 Balanças analítica e semianalítica;
 Espátula;
 Luva de látex;
 Papel de filtro;
 Pinça metálica;
 Saco plástico transparente.

2.3 PROCEDIMENTO

 Confira se o ambiente do laboratório está adequado para realizar as


pesagens (temperatura, umidade e ausência de correntes de ar), verifique o
nível da balança e certifique-se que a câmara de pesagem está limpa1;
 Com a balança ligada2, aguarde a estabilização do sinal e realize o ajuste
do zero (tara);
 Abra a embalagem original do produto alimentício e transfira todo o seu
conteúdo para o saco plástico transparente;
 Com o auxílio da espátula ou da pinça metálica (a escolha é sua!), retire um
dos itens (elementos) do saco plástico (a escolha deverá ser aleatória) e
transfira-o para o centro do prato da balança para obter sua massa
individual;
1
Um pincel de cerdas macias deve ser empregado para a remoção de sólidos ou gotículas
retidas no interior da câmara de pesagem. Esse procedimento evita contaminações e danos à
balança.
2
Caso a balança analítica esteja desligada, será necessário esperar por 30 minutos, após a
balança ser ligada, para iniciar as pesagens.
Observação: A escolha do modo de pesagem é com vocês.
 Anote o valor obtido (em seu caderno de prática) e proceda a medida da
massa dos demais elementos;
Observação: O número de elementos da amostra a ser medido, será
sugerido pelo professor. Lembre-se de seguir o princípio da amostragem
aleatória, e anotar os dados obtidos.
 Ao final, execute, em seu caderno, o cálculo da massa média ( m ), do
desvio padrão (s) e do desvio padrão relativo (DPR%).

3 DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS QUÍMICOS GERADOS

Os resíduos sólidos gerados devem ser descartados no lixo comum.

REFERÊNCIAS

CUNHA, M. P.; SOARES, V. R. B.; DOS SANTOS, W. P. C.; LIMA, A. S. Manual de


laboratório – química analítica. Salvador: IFBA, 2013.

DE BARROS NETO, B.; SCARMINIO, I. S.; BRUNS, R. E. Como fazer experimentos.


4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2010. ISBN 978-85-7780-652-2.

VARJÃO, T. A.; COSTA, V. L. C. Roteiro de aulas práticas. Salvador: Uneb, [201-].

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