Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
São Mateus
2011
APRESENTAÇÃO
Este roteiro é dirigido aos alunos da disciplina de Química do curso de Ciências
Biológicas. A parte prática da disciplina tem por objetivo familiarizar o aluno com as
técnicas e procedimentos realizados em um laboratório químico bem como despertar
interesse científico motivando o aprendizado através dos experimentos que serão
realizados ao longo do curso.
SISTEMA DE AVALIAÇÃO
MP = R + Q + P /3
O aluno que obtiver média parcial maior ou igual a sete (MP 7) estará aprovado.
Caso contrário, o aluno fará uma prova final ( PF ). A média final ( MF ) é igual a
MP PF
MF . Se a média final for maior ou igual a cinco ( MF 5 ) estará aprovado.
2
Caso contrário estará reprovado.
O aluno que obtiver freqüência inferior a 75% das aulas previstas estará reprovado
por falta, independente de suas avaliações.
2
Instruções para confecção de um relatório
Observações gerais:
- O tempo verbal deve ser padronizado num texto. Redija sempre de forma impessoal,
utilizando-se a voz passiva no tempo passado. Ex. a massa das amostras sólidas foi
determinada utilizando-se uma balança.
- Defina os itens do seu relatório com clareza. Agrupe assuntos semelhantes e separe
assuntos não relacionados. Use subitens para organizar melhor os assuntos;
- Utilize termos técnicos. Devem ser evitados expressões informais ou termos que não
sejam estritamente técnicos (Não utilize em hipótese alguma adjetivo possesivo, como
por exemplo, minha reação, meu banho, meu qualquer coisa). É bastante recomendável,
efetuar uma revisão do relatório para retirar termos redundantes, clarificar pontos obscuros e
retificar erros no original.
- Padronize a formatação: tamanhos e tipos de letras, tanto no texto quanto nos títulos;
procure usar parágrafos alinhados pelas duas margens (esquerda e direita); mantenha
sempre a mesma quantidade de espaços entre parágrafos e títulos, etc;
- Deve conter uma capa com: Nome da Instituição, nome da disciplina, título da prática (ou
práticas), integrantes do grupo e turma.
2. Introdução: Deve conter, de forma clara e resumida, o assunto da aula prática (um
pequeno resumo teórico do tema, baseado em livro ou publicação científica).
Normalmente, as citações bibliográficas são feitas por números entre parênteses e
listadas no final do relatório.
6. Conclusões: Neste item deverá ser feita uma avaliação global do experimento
realizado, são apresentados os fatos extraídos do experimento, comentando-se
sobre as adaptações ou não, apontando-se possíveis explicações e fontes de erro
experimental.
Exemplo:
Russel, J.B. Química Geral. Trad. de G. Vicentini et alli. São Paulo, Mc Graw-Hill,
1982.
4
EXPERIMENTO 1: INTRODUÇÃO AO LABORATÓRIO
1) INTRODUÇÃO
2) OBJETIVOS
5
Identificar com atenção os rótulos de reagentes e soluções;
Evitar o contato de substâncias químicas com a pele ou a roupa;
Não utilizar lentes de contato no laboratório;
Não manipular ou aquecer qualquer substância próxima ao rosto;
Utilizar a capela para manipular substâncias voláteis ou corrosivas;
Não utilizar solvente volátil ou inflamável próximo de chamas;
Observar o procedimento correto para descarte de substâncias;
Em caso de acidentes, de qualquer tipo, independente da gravidade, informar o
professor e seguir as suas instruções.
b) Materiais de Porcelana
c) Materiais Metálicos
6
- Argola: usada como suporte para funil de vidro ou tela de amianto.
- Espátula: usada para transferir substâncias sólidas.
d) Materiais Diversos
5) QUESTIONÁRIO
4. Por que as sobras de reagentes devem ser armazenadas e não jogadas na pia ou no
lixo?
7
EXPERIMENTO 2: TÉCNICAS DE MEDIDAS DE MASSA, VOLUME E TEMPERATURA
1) OBJETIVO
Usar corretamente e ler: Termômetros, balanças, provetas e pipetas; Utilizar
algarismos significativos; Distinguir o significado de “precisão e exatidão”
2) INTRODUÇÃO
Algarismos significativos
8
Exemplos:
Precisão e Exatidão
EXATIDÃO: refere-se à tão próximo uma medida concorda com o valor correto (ou mais
correto)
9
PRECISÃO: relativa á reprodutividade do número medido (ou seja, menor o desvio médio,
maior a precisão).
O ideal é que as medidas sejam exatas e precisas. Medidas podem ser precisas e
não serem exatas devido a algum erro sistemático que é incrementado a cada medida. A
média de várias determinações é geralmente considerada o valor melhor para uma
mediada do que uma única determinação.
O melhor valor para representar uma medida é a média aritmética dos valores
medidos, por exemplo: 20,46 mL + 20,42 mL + 20,45 mL + 20, 48 mL + 20,48 mL
Média = 20,46 mL
3) MATERIAIS E REAGENTES
MATERIAIS REAGENTES
Termômetro Gelo
Bastão de vidro Sal de cozinha
Béquer de 100 ml
Béquer de 500 ml
Proveta de 25 ml
Pipeta volumétrica de 25 ml
Balança
Conta-gotas
4) PROCEDIMENTO
Anotações:
Temperatura da água
Temperatura da mistura água e gelo (faça uma tabela: tempo (min) e temperatura)
Temperatura da mistura água, gelo e sal.
10
4.2) MEDIDAS DE MASSA
a) Uso da balança
Verifique a capacidade e a precisão da balança;
Verifique se o prato está limpo;
Destrave a balança;
Zere a balança.
b) Pese uma proveta de 25 mL. Adicione 100 gotas de água destilada utilizando um conta-
gotas, pese novamente e leia o volume. Determine a massa e o volume de uma gota e a
massa equivalente a 1 mL de água. Esse procedimento deverá ser feito em triplicata, ou
seja, repita a medida 3 vezes. Verifique a temperatura da água.
5) QUESTIONÁRIO
1. Com que aparelho dentre bureta, proveta e pipeta graduada se pode fazer medidas
mais exatas de volume?
11
a) escolha aquele que não é indicado para medir líquidos com boa exatidão.
c) quais são os adequados para medir 20,00 mL de um líquido?
d) quais podem medir 20 mL de um líquido?
a) 25 mL + 31,2 mL + 5,00 mL =
b) 425 g - 23,3 g =
6) BIBLIOGRAFIA
1) BRADY, J. & HUMISTON, G.E., Química Geral Vol. 1, Capítulo 1, Rio de Janeiro,
Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1986.
2) RUSSEL, J.B., Química Geral., Vol. 1, 2 Ed., São Paulo, Mc Graw-Hill, 1982.
3) VOGEL, A.I, et al., Química Analítica Quantitativa, Editora Kapelusz, 1960.
12
EXPERIMENTO N° 3: SEMELHANÇA E DIFERENÇAS NAS PROPRIEDADES
QUÍMICAS DE ELEMENTOS DE UMA MESMA FAMÍLIA DA TABELA PERIÓDICA
(Relatório)
1) OBJETIVO
2) INTRODUÇÃO
Elementos de mesma família da tabela periódica apresentam propriedades
químicas semelhantes. Isto ocorre porque as estruturas eletrônicas periféricas (última
camada de valência) são iguais, pelo menos entre os elementos representativos. Como as
propriedades químicas dos elementos dependem, em grande parte, da estrutura
eletrônica da camada de valência, compreendem-se as semelhanças entre os elementos
de uma mesma família. Por outro lado, as propriedades são apenas semelhantes e não
iguais, existindo, de modo geral, também diferenças importantes.
Nesta prática, serão estudadas experimentalmente semelhanças e diferenças entre
os elementos, na forma elementar ou iônica, das seguintes famílias:
a) Família dos metais alcalinos terrosos (2A): Be, Mg, Ca, Sr, Ba, Ra.
Estes elementos caracterizam-se por apresentar dois elétrons na camada de valência,
que são facilmente doáveis, transformando-se em íons positivos de carga 2+. São
também muito eletropositivos. Exemplo: Mg → Mg2+ + 2e
3) MATERIAIS E REAGENTES
MATERIAIS REAGENTES
2 béqueres de 100 mL 2 pedaços de MgO
1 proveta de 10 mL fenolftaleína
bastão de vidro 4 mL KI 0,1 mol/L
conta-gotas água
espátula 4 mL KBr 0,1 mol/L
3 tubos de ensaio 2 mL de solução de amido 1%
2 mL Cl2(aq) (hipoclorito)
13
4) PROCEDIMENTO
4.1) Experiência I:
a) Adicione a dois béqueres de 100 mL contendo água até 2/3 de suas capacidades, 2
pedaços de óxido de cálcio (CaO) e, 2 pedaços de óxido magnésio (MgO),
respectivamente.
b) A seguir, adicione aos dois béqueres 4 gotas de solução de fenolftaleína e aguarde por
alguns momentos. Que você observa?
c) Pelas observações feitas, qual dos dois elementos é pouco eletronegativo? Por quê?
4.2) Experimento II
a) Tome um tubo de ensaio e transfira para ele, cerca de 2 mL de solução KI 0,1 mol/L.
b) Adicione igual volume de solução de KBr 0,1 mol/L.
c) Que você observa?
d) Adicione também 1 mL de solução de amido.
e) Pelo observado, que se pode concluir?
f) Analisando estes resultados, a que conclusão você chega quanto à eletronegatividade
destes elementos?
g) Qual o mais eletronegativo e qual o menos?
h) Como deve variar a eletronegatividade dentro do grupo ou da família dos halogênios?
5) BIBLIOGRAFIA
1) BRADY, J. & HUMISTON, G. E. Química Geral, Vol. 1, Cap. 6 e 10, Ed. Livros Técnicos
e Científicos, Rio de Janeiro, 1986.
2) MAHAN, B., Química um Curso Universitário, São Paulo, Ed. Edgard Blücher Ltda., 411
edição, 1995, 582p
14
EXPERIMENTO N° 4: SOLUBILIDADE DE SUBSTÂNCIAS POLARES E NÃO
POLARES (Relatório)
1) OBJETIVO
Observar a solubilidade de compostos polares e apolares
2) INTRODUÇÃO
15
3) MATERIAIS E REAGENTES
MATERIAIS REAGENTES
Tubos de ensaio Água destilada
Bastão de vidro Álcool etílico (CH3CH2OH)
Béquer Acetona (CH3COCH3)
Espátula .Hexano (CH3CH2CH2CH2CH2CH3)
Iodo (I2)
Iodeto de potássio (KI)
4) PROCEDIMENTO
5) BIBLIOGRAFIA
1) OBJETIVO
Introduzir o aluno nas técnicas de preparo de soluções a partir de amostras sólidas
e líquidas.
2) INTRODUÇÃO
17
intermoleculares tão pequenas que as moléculas de benzeno formam um meio no qual as
moléculas de parafina podem se dispersar. Se um dos componentes for polar, poderá
haver uma dispersão muito pequena devido à interação do tipo London.
A concentração de uma substância é a maneira de expressar as quantidades
relativas de cada componente da solução. As quantidades podem ser dadas de várias
maneiras (massa, volume, porcentagem de massa, etc.), no entanto, existe uma que é
mais usada, trata-se da quantidade de matéria (número de mols) pelo volume de solução:
Concentração: nº de mols de soluto / volume de solução (mol/L)
O número de mols pode ser determinado usando-as a seguinte equação:
n = m / MM
onde n = nº de mols
m = massa em gramas
MM = massa molar em g/mol
3) MATERIAIS E REAGENTES
MATERIAIS REAGENTES
Becker de 100 mL Solução de ácido clorídrico 1 mol/L
Funil de vidro Cloreto de sódio
Balões volumétricos de 100 mL Água destilada
Espátula
Pipeta Pasteur
Bastão de vidro
Papel de filtro
Pipeta graduada de 10 mL
4) PROCEDIMENTO
Calcular o volume necessário da solução de HCl 1,0 mol/L que deve ser utilizada para
preparar a solução de HCl 0,1 mol/L.
Com o auxílio de uma pipeta apropriada retirar o volume calculado e transferir para um
balão volumétrico de 50 mL.
Completar o volume do balão volumétrico com água destilada até um dedo abaixo da
marca do balão.
Secar a parte do gargalo acima da marca do balão com papel de filtro envolvido em
um bastão de vidro.
Completar com água destilada o balão volumétrico (levar até a marca), com o auxílio
de uma pipeta Pasteur seca por fora (para evitar molhar novamente o gargalo do balão).
Nesta etapa do processo, cuidado com o erro de Paralaxe!!!
Homogeneizar firmando a tampa do balão contra a palma da mão ou entre dois dedos
e inverter o balão, agitando com movimentos circulares. Desvirar o balão e repetir esta
operação por no mínimo três vezes (para garantir que a solução esteja homogênea).
BALÕES VOLUMÉTRICOS
Os balões volumétricos são balões de fundo chato, gargalo comprido e calibrado para
conter determinados volumes líquidos. O gargalo deve ser estreito para que uma pequena
variação de volume provoque uma sensível diferença na posição do menisco. Os balões
volumétricos são usados na preparação de soluções de concentração conhecida. Antes
do uso, o balão volumétrico deve estar limpo.
ATENÇÃO: Todos os materiais volumétricos NUNCA devem ser secos em estufas, pois a
variação de temperatura faz com que o volume medido por estes materiais seja alterado.
5) QUESTIONÁRIO
1) Se você quisesse preparar 100 mL de uma solução 0,1 mol/L de HCl a partir do ácido
comercial, que volume você precisaria medir do ácido concentrado? (Apresente os
cálculos)
2) Qual procedimento para preparar a solução de HCl 0,1 mol/L gera o menor erro, aquele
realizado neste prática (diluição da solução 1,0 mol/L) ou o procedimento da questão 1?
5) Por que no preparo de soluções ácidas e básicas devemos sempre adicionar o ácido ou
base na água e nunca o contrário?
19
6) BIBLIOGRAFIA
20
EXPERIMENTO N° 6: REAÇÕES EM SOLUÇÃO AQUOSA
1) OBJETIVO
Explorar os tipos mais comuns de reações que podem ocorrer em solução aquosa.
2) INTRODUÇÃO
Uma solução é uma mistura homogênea de duas ou mais substâncias. Sempre que
preparamos uma solução estamos dissolvendo uma espécie chamada de soluto em outra
chamada de solvente. O solvente, em geral, é a substância presente em maior
quantidade na solução. Quando dissolvemos açúcar na água, estamos preparando uma
solução onde o açúcar é o soluto e a água o solvente. Chamamos de solução aquosa
todas as soluções em que a água é o solvente da mistura.
Reações em solução aquosa são importantes não apenas porque fornecem um
meio de obter produtos úteis, mas também porque esses tipos de reações ocorrem na
terra, nas plantas e nos animais. Portanto, é útil procurarmos por padrões comuns de
reação para ver quais poderiam ser as suas “forças motrizes”.
As reações, em que dois componentes reagem mediante a “troca” de seus
respectivos cátions e ânions, são coletivamente denominadas de reações de dupla
troca. Tais reações são de grande importância em química inorgânica, por permitirem a
síntese de diversos compostos, os quais são, geralmente, pouco solúveis em água,
motivo pelo qual precipitam, podendo assim serem separados por filtração. Muitas dessas
reações são de importância também em química analítica, porque são utilizadas para a
determinação qualitativa ou qualitativa e quantitativa, de diversos cátions e ânions.
21
3) MATERIAIS E REAGENTES
MATERIAIS REAGENTES
Tubos de ensaio Solução 1% de AgNO3
Bastão de vidro Solução 1% de NaCl
Pipeta graduada Solução CuSO4 (1 mol/L)
Espátula Solução de HCl (1 mol/L)
Pipeta Pasteur Solução de NaOH (1 mol/L)
HCl Concentrado
Solução de fenolftaleína
Bicarbonato de sódio
Amônia 1 mol/L
4) PROCEDIMENTO
22
5) PROTOCOLO DE REAGENTES
6) QUESTIONÁRIO
23
3) Explique porque nos experimentos 2 e 5 as soluções dos tubos de número 2 mudaram
de coloração após a adição de fenolftaleína.
5) O que deve ser feito com as soluções dos demais experimentos? Porque estas não
são descartadas na pia como as soluções dos experimentos 2 e 4?
7) BIBLIOGRAFIA
24
EXPERIMENTO N° 7: TERMOQUÍMICA – LEI DE HESS
(Relatório)
1) OBJETIVO
Verificar a Lei de Hess através de reações exotérmicas
2) INTRODUÇÃO
H = Qp = Hproduto - Hreagente
Assim, a diferença de entalpia durante uma reação química é a diferença de
entalpia entre produtos e reagentes por unidade de reação num sistema a pressão
constante e é avaliada pela quantidade de calor liberada ou absorvida pelo sistema.
A entalpia é uma função de estado do sistema. Sua magnitude depende apenas do
estado da substância e não da sua história.
O calor de reação é medido em função da variação da temperatura que ocorre
durante a reação dentro de um calorímetro, usando a relação:
Q = m . c . T
Onde: Q = quantidade de calor expressa em calorias
m = massa em gramas
c = calor específico, em cal/g.ºC
T = variação de temperatura
No caso desta experiência, o calorímetro é um Erlenmeyer. Assim, será medido o
calor Q1, que é a quantidade de calor liberada pela reação e absorvida pela solução, e o
calor Q2, que é a quantidade de calor liberada pela reação e absorvida pelo material de
que é feito o Erlenmeyer, não sendo considerado o calor liberado pela reação e absorvido
pelo meio ambiente. A soma dos calores absorvidos pelo calorímetro (solução +
Erlenmeyer), Q1 + Q2, é o calor liberado pela reação, e este deve ser dividido pelo número
25
de mols de NaOH, a fim de que o resultado da entalpia seja obtido em cal/mol, tal como é
tabelado.
QT = (Q1 + Q2) / nº mols NaOH
Nesta experiência, você vai verificar a validade da Lei de Hess. Ela estabelece que
“a variação de entalpia para qualquer reação depende somente da natureza dos
reagentes e dos produtos, e não depende do número de etapas ou do caminho que
conduz dos reagentes aos produtos”. Isto é, se uma reação pode ser a soma de duas ou
mais reações, H para a reação global é a soma das variações de entalpia de cada uma
destas reações.
Este experimento envolve a determinação do calor de reação das seguintes reações:
1) NaOH(s) NaOH(aq) H1
2) NaOH(s) + HCl(aq) NaCl(aq) + H2O(l) H2
3) NaOH(aq) + HCl(aq) NaCl(aq) + H2O(l) H3
A validade da Lei de Hess será determinada medindo o calor envolvido nas reações (1),
(2) e (3) e relacionando-os da seguinte forma:
H2 = H1 + H3
3) MATERIAIS E REAGENTES
MATERIAIS REAGENTES
01 Erlenmeyer de 250 mL Ácido clorídrico 1 mol/L
01 Proveta graduada de 50 mL Hidróxido de sódio sólido
01 Becker de 250 mL
01 Termômetro
01 Espátula
01 Vidro de relógio
4) PROCEDIMENTO
26
Parte C: Reação do HCl(aq) com NaOH(aq)
Pese um Erlenmeyer de 250 mL. Anote o valor. Coloque no Erlenmeyer 50 mL de
NaOH 1,0 mol/L (utilize à solução de NaOH da etapa A). Meça a temperatura de equilíbrio
com o ambiente e anote-a. Na proveta de 50 mL, coloque 50 mL de HCl 1,0 mol/L e, no
momento que estiver em equilíbrio com o ambiente, adicione-o ao Erlenmeyer com NaOH.
Agite cuidadosamente com o termômetro e anote a temperatura máxima.
5) BIBLIOGRAFIA
27
EXPERIMENTO N° 8: EQUILÍBRIO QUÍMICO – PRINCÍPIO DE LE CHATELIER
1) OBJETIVO
Verificar a influência da concentração e da temperatura no deslocamento do
equilíbrio de reações reversíveis.
2) INTRODUÇÃO
Uma reação química está em equilíbrio quando duas reações opostas ocorrem com
a mesma velocidade. Um sistema do tipo REAGENTES ↔ PRODUTOS está em
equilíbrio quando a velocidade de formação dos produtos é igual à velocidade de
formação dos reagentes.
Em alguns casos, naquelas em que a reação é quase completa, se obtém o
equilíbrio quando o material reagiu quase por completo. Em outros casos de reações
reversíveis, se alcança o equilíbrio antes que a reação se tenha completado.
As concentrações das substâncias em equilíbrio guardam entre si uma relação
definida que é expressa pela equação genérica da CONSTANTE DE EQUILÍBRIO:
[C]c . [D]d
aA(aq) + bB(aq) ↔ cC(aq) + dD(aq) K=
[A]a . [B]b
O ponto de equilíbrio é deslocado quando há mudanças nos fatores que
influenciam na velocidade das reações opostas. O princípio geral que rege os
deslocamentos dos estados de equilíbrio é o chamado PRINCÍPIO DE LE CHATELIER,
que diz: “Quando um fator externo age sobre um sistema em equilíbrio, ele se desloca
procurando minimizar a ação do fator aplicado e atingir um novo estado de equilíbrio”.
O Princípio de Le Chatelier estabelece que a posição do equilíbrio sempre se
desloque na direção que contrabalancei ou minimize a ação de uma força externa
aplicada ao sistema. Isto significa que se houver aumento da temperatura de um sistema
reacional, provoca-se a reação química que contribui para resfriar o sistema (consumindo
energia térmica). Ou ainda, se houver o aumento proposital de um dado reagente ou
produto, o equilíbrio favorecerá a reação de consumo desta substância em excesso até
que seja retomado um novo estado de equilíbrio. Entretanto, ressalta-se que o excesso de
reagente ou produto adicionado ao sistema, nunca é completamente consumido, para que
a constante de equilíbrio (K) permaneça constante, desde que a temperatura não mude.
Da mesma forma, quando um componente é removido do sistema em equilíbrio, ocorrerá
um deslocamento para repor este componente, sendo que esta reposição nunca é total
para que K permaneça constante.
Neste experimento você fará um estudo dos estados de equilíbrio e de fatores que
modificam estes equilíbrios para os sistemas abaixo, observando as alterações de cor que
ocorrerão e relacionando-as com as concentrações de reagentes e produtos formados.
28
As espécies Co+2 e CoCl4-2 apresentam cores contrastantes, logo a intensidade das
cores rosa e azul em solução são proporcionais à concentração molar de Co+2 e CoCl4-2.
Então, quando o sistema for submetido a uma ação externa será possível observar o
deslocamento deste equilíbrio para uma nova posição, através da modificação da
coloração da solução.
A amônia (NH3) é uma base fraca, que em contato com a água ocorre o seguinte
equilíbrio químico:
NH3(aq) + H2O(l) NH4+(aq) + OH-(aq)
3) MATERIAIS E REAGENTES
MATERIAIS REAGENTES
Tubos de ensaio HCl 0,1 mol/L
Pipetas graduadas de 10 mL Cloreto de amônio
Becker de 250 mL Solução de amônia
Espátula Cloreto de cobalto (0,25 mol/L)
Bastão de vidro Nitrato de prata (0,1 mol/L)
Pipeta Pasteur Cloreto de potássio
Chapa de aquecimento Fenolftaleína
Banho de gelo Água destilada
Becker de 50 mL HCl concentrado
4) PROCEDIMENTO
29
Mantenha a terceira porção à temperatura ambiente e utilize esta porção como padrão
de comparação.
Observe a alteração de cor nas soluções durante o aquecimento e o resfriamento e
anote. Faça uma relação entre a coloração observada e a concentração do reagente e
produto presentes no novo equilíbrio.
Misture as porções da parte A.1, agite com um bastão de vidro e espere que a
temperatura da solução chegue à temperatura ambiente.
Divida a solução em três partes aproximadamente iguais, transferindo as soluções para
outros três tubos de ensaio limpos e numerados de 1 a 3.
Adicione cristais de KCl ao tubo de nº 1, agitando com bastão de vidro até dissolver.
Adicione gotas da solução de AgNO3 ao tubo de nº 2, agitando.
Mantenha o tubo de nº 3 como padrão de comparação de cor.
5) PROTOCOLO DE REAGENTES
A solução de amônia, também conhecida como hidróxido de amônio, é um líquido
sem coloração que produz vapores irritantes para o nariz e a garganta. Por isso, evite
inalar o vapor e trabalhe em local ventilado.
O cloreto de amônio, também chamado de sal amoníaco ou amônio muriático, é um
sólido branco, sem odor e que se mistura lentamente com a água. O contato com o sólido
pode causar irritações na pele e nos olhos. Aconselha-se o uso de luvas e óculos de
proteção ao manipular o produto. Caso ocorra contato com o material, a zona afetada
deve ser lavada com água em abundância por no mínimo 15 minutos. Se esse contato
envolver o olho, atenção médica deve ser procurada enquanto o enxágüe está sendo
feito.
O nitrato de prata, também conhecido como cáustico lunar, é um sal inorgânico,
sólido à temperatura ambiente, de coloração preto acinzentado e bastante solúvel em
água, formando soluções incolores. É venenoso e forte agente oxidante, a ponto de
causar queimaduras por contato direto, e irritação por inalação ou contato com a pele,
mucosas ou olhos. Aconselha-se o uso de luvas ao manipular o produto ou suas soluções,
pois o contato com a pele causa manchas escuras. Caso ocorra contato com o material, a
zona afetada deve ser lavada com bastante água e sabão.
30
6) QUESTIONÁRIO
2) Com base nos resultados obtidos após o resfriamento e o aquecimento (Parte A1),
demonstre o que acontece com Kc:
a) Durante o resfriamento:
b) Durante o aquecimento:
3) Com base nos resultados obtidos na Parte A1, você conclui que a reação estudada é
exotérmica ou endotérmica? Justifique.
4) Diga em que sentido se deslocou o equilíbrio na Parte A2, em cada um dos tubos.
Justifique sua resposta. Use o verso da folha para responder esta questão.
5) Sabendo que Cl- e Ag+ reagem segundo a reação: Ag+(aq) + Cl-(aq) AgCl(s)
Justifique a alteração de equilíbrio que ocorre no tubo de nº 2 da Parte A2.
6) Por que os conteúdos dos tubos de ensaio não devem ser descartados na pia?
7) Descreva e explique o que ocorreu em cada tubo com o equilíbrio químico da amônia.
Relacione com a equação química dada no item de nº 2.
TUBO 1:
TUBO 2:
6) BIBLIOGRAFIA
31
EXPERIMENTO N° 9: VELOCIDADE DE REAÇÃO
(Relatório)
1) OBJETIVO
2) INTRODUÇÃO
O íon permanganato (MnO4-) apresenta a cor violeta e ao reagir com o íon oxalato
(C2O42), em meio ácido, forma MnO (Mn2+) que é incolor.
A velocidade desta reação pode ser medida através do tempo necessário para
descorar a solução após a adição do permanganato.
Observação: Se a reação for realizada em meio básico, forma-se o MnO2 de cor turva
escura (marrom). A formação do MnO2 também é causada pela ação da luz.
3) MATERIAIS E REAGENTES
MATERIAIS REAGENTES
Béquer de (50 e 250 mL) Água destilada;
Proveta (10 e 100 mL) Solução de ácido clorídrico 5 mol L-1;
Pipeta graduada (5 ou 10 mL) Solução de ácido oxálico 0,5 mol L-1;
Bastão de vidro Solução de KMnO4 0,04 mol L-1.
Manta de aquecimento
Termômetro
Cronômetro
32
4) PROCEDIMENTO
33
3. Ao béquer 1 adicionar à temperatura ambiente, 4 mL de solução de KMnO4, acionando
simultaneamente o cronômetro; Agitar a mistura (suavemente) e anotar na tabela o tempo
exato de descoramento e a temperatura (na qual ocorreu o descoramento).
4. Elevar a temperatura do béquer 2 até aproximadamente 35 oC (usando a manta de
aquecimento). Repetir os procedimentos do item 3;
o
5. Elevar a temperatura do béquer 3 até aproximadamente 45 C. Repetir os
procedimentos do item 3;
6. Elevar a temperatura béquer 4 até aproximadamente 55 oC. Repetir os procedimentos
do item 3;
5) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
34
EXPERIMENTO N° 10: ESTUDO DO CARÁTER OXIDANTE-REDUTOR DE
SUBSTÂNCIAS METÁLICAS – ESCALA DE NOBREZA (Relatório)
1) OBJETIVO
Verificar experimentalmente a tendência relativa de metais em perderem elétrons.
Organizar uma escala de nobreza.
2) INTRODUÇÃO
MATERIAL REAGENTES
Tubos de ensaio Chapas metálicas de Cu, Zn e Fe
Vidro de relógio Solução de HCl 0,1 mol/L
Pipeta graduada de 10 mL Solução de Cu+2
Bastão de vidro Solução de Fe+2
Solução de Ag+
4) PROCEDIMENTO
Numere nove tubos de ensaio de 1 a 9. Acrescente aos tubos as seguintes soluções e
metais, conforme a tabela abaixo:
Tubo Solução Pedaço de metal
1 CuSO4 Cu
2 CuSO4 Zn
3 CuSO4 Fe
4 FeSO4 Cu
5 FeSO4 Zn
6 FeSO4 Fe
7 HCl Cu
8 HCl Zn
9 HCl Fe
10 AgNO3 Cu
11 AgNO3 Zn
12 AgNO3 Fe
5) BIBLIOGRAFIA
36
1) P. W. Atkins e L. Jones; Princípios de Química: Questionando a vida moderna e o meio
ambiente.
2) J. C. Kotz, P. M. ttreichel, G. C. Weaver; Química Geral e Reações Químicas.
3) L. S. Brown e T. A. Holme; Química Geral Aplicada à Engenharia.
ANEXOS
37
H2O2 + H+ + e- HO- + H2O + 0,72
O2 + 2H+ + 2e- H2O2 + 0,682
MnO4- + 2H2O + 3e- MnO2 + 4HO- + 0,595
MnO4- + e- MnO42- + 0,564
I2 + 2e- 2I- + 0,536
Cu1+ + e- Cu + 0,521
H2SO3 + 4H+ + 4e- S + 3H2O + 0,45
O2 + 2H2O + 4e- 4HO- + 0,401
Cu2+ + 2e- Cu + 0,337
SO42+ + 4H+ + 2e- H2SO3 + H2O + 0,20
Sn4+ + 2e- Sn2+ + 0,151
S + 2H+ + 2e- H2S + 0,141
S4O62- 2e- 2S2O 32- + 0,08
P + 3H+ + 3e- PH3 + 0,06
2H+ + 2e- H2 0,0000
Fe3+ + 3e- Fe - 0,037
Pb2+ + 2e- Pb - 0,126
Sn2+ + 2e- Sn - 0,137
O2 + 2H2O + 2e- H2O 2 + 2HO- - 0,146
Ni2+ + 2e- Ni - 0,250
V3+ + e- V2+ - 0,255
H3PO4 + 2H+ + 2e- H3PO3 + H2O - 0,276
Tl+ + e- Tl - 0,336
PbSO4 + 2e- Pb + SO42- - 0,350
Cd2+ + 2e- Cd - 0,403
Cr3+ + e- Cr2+ - 0,407
Fe2+ + 2e- Fe - 0,447
S + 2e- S2- - 0,476
2CO2 + 2H+ + 2e- H2C2O4 - 0,49
H3PO3 + 2H+ + 2e- H3PO2 + H2O - 0,50
H3PO2 + H+ + e- P + H2O - 0,51
Fe(OH)3 + e- Fe(OH)2 + HO- - 0,56
U4+ + e- U3+ - 0,607
Ni(OH)2 + 2e- Ni + 2HO- - 0,72
Cr3+ + 3e- Cr - 0,744
Zn2+ + 2e- Zn - 0,763
Te + 2e- Te2- - 0,793
Cd(OH)2 + 2e- Cd + 2HO- - 0,809
2H2O + 2e- H2 + 2HO- - 0.828
H3PO4 + H+ + e- H2O + H2PO3 - 0,90
HSnO2- + H2O + 2e- Sn + 3HO- - 0,909
Se + 2e- Se2- - 0,924
38
2SO32- + 2H2O + 2e- S2O 42- + 4HO- - 1,12
Mn2+ + 2e- Mn - 1,165
V2+ + 2e- V - 1,175
ZnO22- + 2H2O + 2e- Zn + 4HO- - 1,21
SiF62- + 4e- Si + 6F- - 1,24
Ti2+ + 2e- Ti - 1,630
Al3+ + 3e- Al - 1,662
Mg2+ + 2e- Mg - 2,372
Ce3+ + 3e- Ce - 2,483
Li+ + e- Li - 2,55
Na+ + e- Na - 2,714
Ca2+ + 2e- Ca - 2,868
Sr2+ + 2e- Sr - 2,89
Ba2+ + 2e- Ba - 2,90
K+ + e- K - 3,040
39
40