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Clínica
Unidade 1
Hematopoese e as Fases do Hemograma
Diretor Executivo
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Gerente Editorial
CRISTIANE SILVEIRA CESAR DE OLIVEIRA
Projeto Gráfico
TIAGO DA ROCHA
Autoria
ADRIANA DALPICOLLI RODRIGUES
AUTORIA
Adriana Dalpicolli Rodrigues
Sou formada em Biomedicina e tenho mestrado em Biotecnologia.
Tenho experiência profissional na área de análises clínicas por mais de sete
anos. Atuei em laboratórios de pesquisa e análises clínicas em diversos
setores, incluindo Hematologia. Atualmente trabalho como analista
científica no Laboratório Alfa Ltda. e no Centro Universitário UniFtec. Sou
apaixonada pelo que faço e adoro transmitir minha experiência de vida
àqueles que estão iniciando em suas profissões. Por isso fui convidada
pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de autores independentes.
Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase de muito estudo e
trabalho.
Conte comigo!
ICONOGRÁFICOS
Olá. Esses ícones irão aparecer em sua trilha de aprendizagem toda vez
que:
OBJETIVO: DEFINIÇÃO:
para o início do houver necessidade
desenvolvimento de de se apresentar um
uma nova compe- novo conceito;
tência;
NOTA: IMPORTANTE:
quando forem as observações
necessários obser- escritas tiveram que
vações ou comple- ser priorizadas para
mentações para o você;
seu conhecimento;
EXPLICANDO VOCÊ SABIA?
MELHOR: curiosidades e
algo precisa ser indagações lúdicas
melhor explicado ou sobre o tema em
detalhado; estudo, se forem
necessárias;
SAIBA MAIS: REFLITA:
textos, referências se houver a neces-
bibliográficas e links sidade de chamar a
para aprofundamen- atenção sobre algo
to do seu conheci- a ser refletido ou dis-
mento; cutido sobre;
ACESSE: RESUMINDO:
se for preciso aces- quando for preciso
sar um ou mais sites se fazer um resumo
para fazer download, acumulativo das últi-
assistir vídeos, ler mas abordagens;
textos, ouvir podcast;
ATIVIDADES: TESTANDO:
quando alguma quando o desen-
atividade de au- volvimento de uma
toaprendizagem for competência for
aplicada; concluído e questões
forem explicadas;
SUMÁRIO
Hematopoese ............................................................................................... 12
Medula Óssea e Demais Órgãos Hematopoéticos................................................. 13
Células-Tronco................................................................................................................................... 16
Hematopoese..................................................................................................................................... 18
Eritropoiese....................................................................................................................... 19
Leucogênese................................................................................................................... 21
Trombocitopoese.......................................................................................................... 22
Regulação da Hematopoese................................................................................23
Retificação de Laudos........................................................................... 63
Tomada de Decisão.................................................................................................... 68
Hematologia Clínica 9
01
UNIDADE
10 Hematologia Clínica
INTRODUÇÃO
Você sabia que a Hematologia é a área que estuda a Fisiologia
e Patologia do sangue? Os elementos figurados desse tecido (células
e fragmentos celulares) são avaliados no hemograma, principal exame
laboratorial da Hematologia. Para que você possa entender o resultado
desse exame, é importante que comece compreendendo a hematopoese.
A hematopoese é responsável pela produção e renovação dos elementos
celulares do sangue pertencentes às séries: vermelha, branca e plaquetária.
Esse processo inicia no período embrionário com as células-tronco, que
irão se diferenciar em células hematopoiéticas especificas, e segue por
toda vida do indivíduo por meio de diferentes órgãos hematopoiéticos
(principalmente a medula óssea), conforme forem as necessidades do
organismo. Entendeu? O próximo passo é conhecer as fases laboratoriais
do hemograma, que são elas: pré-analítica (preparo do paciente, cadastro,
coleta etc.), analítica (análise propriamente dita do hemograma) e pós-
analítica (liberação do laudo e sua avaliação). A atenção dos profissionais
envolvidos nas três fases é de extrema importância para a garantia de um
diagnóstico e tratamento correto ao paciente. Pronto para começar? Ao
longo desta unidade letiva você vai mergulhar nesse universo!
Hematologia Clínica 11
OBJETIVOS
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade 1 – Hematopoese e as fases
do hemograma. Nosso objetivo é auxiliar você no desenvolvimento
das seguintes competências profissionais até o término desta etapa de
estudos:
Hematopoese
OBJETIVO:
NOTA:
DEFINIÇÃO:
NOTA:
Fonte: Pixabay
VOCÊ SABIA?
NOTA:
Células-Tronco
As células-tronco podem ser classificadas em totipotentes,
pluripotentes e multipotentes. As células-tronco totipotentes podem
gerar qualquer tipo celular do organismo (inclusive as células do sistema
nervoso), ou seja, um organismo completo e funcional, e correspondem às
células do embrião recém-formado. As pluripotentes são células capazes
de gerar qualquer tipo de tecido, mas não um organismo completo como
as totipotentes. As pluripotentes não geram a placenta e outros tecidos
de apoio ao feto, mas produzem a massa celular interna do blastocisto
depois dos quatro dias de vida e participam da formação dos tecidos do
organismo. As multipotentes estão presentes no indivíduo adulto. São
ainda mais diferenciadas que as pluripotentes, com capacidade limitada
de produção de tecidos. São designadas de acordo com o órgão de que
derivam e podem originar apenas células daquele órgão (regeneração
tecidual).
Hematologia Clínica 17
IMPORTANTE:
SAIBA MAIS:
Hematopoese
DEFINIÇÃO:
Eritropoiese
DEFINIÇÃO:
Figura 3 – Eritropoiese
REFLITA:
SAIBA MAIS:
Leucogênese
DEFINIÇÃO:
Trombocitopoese
DEFINIÇÃO:
VOCÊ SABIA?
Regulação da Hematopoese
As fases da hematopoese são: autorrenovação, proliferação,
diferenciação e homing (volta à medula óssea). Essas fases são reguladas
por mecanismos que envolvem o microambiente da medula óssea e
pelas células hematopoéticas. Esse microambiente da medula óssea é
provido pelas células do estroma que secretam a matriz extracelular e
fatores de crescimento, constituindo em um ambiente adequado para
as células progenitoras diferenciadas. As células presentes no estroma
(mesenquimais, adipócitos, fibroblastos, osteoblastos, endoteliais e
macrófagos) secretam moléculas extracelulares, como: colágeno,
glicoproteínas, glicosaminoglicanos, para formar uma matriz extracelular.
Além disso, secretam vários fatores de crescimento necessários à
sobrevivência da célula-tronco, sendo uma das principais fontes desses
fatores. Perdem apenas para o rim, local de maior produção do fator
de crescimento eritropoietina (hormônio glicoproteico regulador da
eritropoese) especialmente em condições de baixa concentração de
oxigênio no organismo e para o fígado, que sintetiza a trombopoetina
(hormônio glicoproteico regulador da trombopoese) em maior
concentração.
24 Hematologia Clínica
EXPLICANDO MELHOR:
NOTA:
VOCÊ SABIA?
RESUMINDO:
Problemas na produção de hormônios, devido a alguma
patologia de base, também interferem na renovação das
células sanguíneas. Indivíduos com problemas renais
podem ter comprometimento na produção de eritropoietina
e, consequentemente, poderão apresentar anemia devido
à redução no número de eritrócitos. Doenças hepáticas
costumam provocar redução no número de plaquetas
circulantes, visto que o fígado é o principal local de síntese
de trombopoetina.
Fonte: Freepik
EXEMPLO:
SAIBA MAIS:
Fonte: Freepik
32 Hematologia Clínica
REFLITA:
EXPLICANDO MELHOR:
Fonte: Pixabay
34 Hematologia Clínica
EXEMPLO:
EXPLICANDO MELHOR:
IMPORTANTE:
EXPLICANDO MELHOR:
NOTA:
Fonte: Freepik
Hematologia Clínica 39
DEFINIÇÃO:
EXEMPLO
SAIBA MAIS:
EXEMPLO
EXEMPLO
SAIBA MAIS:
EXEMPLO
ACESSE:
RESUMINDO:
NOTA:
A escolha do tipo de análise não automatizada ou
automatizada por um laboratório está relacionada à
quantidade de hemogramas que ela realiza por dia.
que você conheça como esse exame pode ser realizado com o mínimo
de equipamentos, ou seja, não automatizado, ou metodologia manual,
como também é conhecido.
IMPORTANTE:
Fonte: Pixabay
46 Hematologia Clínica
A seguir, você vai conhecer como são realizadas cada uma dessas
determinações.
REFLITA:
A desvantagem da metodologia não automatizada é que
apresenta alto grau de variação (aproximadamente 16%)
quando comparada aos resultados de equipamentos
automatizados.
NOTA:
PASSO A PASSO
SAIBA MAIS:
EXEMPLO:
O valor obtido deve ser multiplicado pela diluição que foi 20. Então,
520 x 20 = 10.400 leucócitos/mm3. Esse é o valor final.
DEFINIÇÃO:
O Hematócrito é a proporção de elementos figurados, no
caso os eritrócitos, em relação ao conteúdo de líquido do
sangue (plasma), sendo uma representação das alterações
de eritrócitos e hemoglobina.
PASSO A PASSO:
EXEMPLO:
Fonte: Pixabay
DEFINIÇÃO:
DEFINIÇÃO:
FÓRMULA:
FÓRMULA:
FÓRMULA:
O Hemograma Automatizado
O hemograma automatizado ou semiautomatizado é realizado por
meio de equipamentos hematológicos que avaliam todos ou quase todos
os parâmetros referentes ao eritrograma (número total de eritrócitos,
concentração de hemoglobina, hematócrito, VCM, HCM, CHCM, RDW),
leucograma (número total e diferencial) e plaquetograma (número total).
Além disso, a maioria emite alertas/observações (“flags”) quando há
algum tipo de alteração, como presença de células imaturas, agregação
plaquetária, alteração no tamanho ou coloração das células etc.
EXEMPLO:
IMPORTANTE:
Ao escolher o analisador hematológico, é importante que
seja considerado o público-alvo a ser atendido, tanto em
número quanto em características (população hospitalar ou
ambulatorial).
extensora (pode ser de acrílico e deve possuir uma região bem lisa, sem
ranhuras e ter largura de preferência um pouco mais estreita que a lâmina
de vidro a ser preparada ou com bordas um pouco mais arredondadas).
Um bom esfregaço é composto por três partes, sendo elas: uma região
espessa (chamada de cabeça do esfregaço), uma medial (chamada de
corpo do esfregaço) e uma fina (chamada de cauda do esfregaço). Observe
a seguir o passo a passo para a realização do esfregaço sanguíneo.
PASSO A PASSO:
EXEMPLO:
RESUMINDO:
EXPLICANDO MELHOR:
Devem ser determinadas a inexatidão e a imprecisão do
equipamento com testes de interensaio, especificidade,
linearidade, estabilidade, interferentes, correlação com
avaliação microscópica etc. Se for cometido algum tipo
de erro nessas avaliações correspondentes à validação, o
resultado do exame do paciente não será fiel a situação
clínica vivida.
Os erros aqui citados e outros que podem ocorrer nessa fase podem
ser minimizados com profissionais treinados ou que recebam treinamento
de aperfeiçoamento continuamente, uso de sistema de interfaceamento
de boa qualidade, análise de indicadores de todas as fases laboratoriais,
valores de referência bem estabelecidos, plano de contingência para ser
colocado em ação caso ocorra algum intercorrente, entre outros.
Hematologia Clínica 61
EXPLICANDO MELHOR:
IMPORTANTE:
NOTA:
Retificação de Laudos
DEFINIÇÃO:
SAIBA MAIS:
IMPORTANTE:
REFLITA:
•• HCM – 26-34 pg
•• VCM – 80-99 fL
•• RDW – 12,0-14,9
NOTA:
EXEMPLO:
REFLITA:
•• Linfócitos – 900-2900/µL
•• Monócitos – 300-900/µL
•• Eosinófilos – 50-500/µL
•• Basófilos – 0-100/µL
EXEMPLO:
REFLITA:
EXEMPLO:
Tomada de Decisão
Quando o paciente procura um médico ou outro profissional da
saúde com algum desconforto, dor, queixas em geral, nem sempre o
profissional consegue definir o diagnóstico munido apenas de informações
e do exame clínico.
EXPLICANDO MELHOR:
Há muitas patologias que apresentam os mesmos tipos de
sinais e sintomas, como: febre, mal-estar, cansaço, dor de
cabeça etc. Desse modo, constantemente há a necessidade
de solicitar um exame laboratorial para confirmação de
alguma suspeita ou descarte de algum diagnóstico. O
hemograma é um dos exames mais solicitados pela
abrangência no conteúdo de informações que pode revelar
sobre a saúde do paciente.
EXEMPLO:
EXEMPLO:
RESUMINDO:
REFERÊNCIAS
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução
RDC Nº 302, de 13 de outubro de 2005. Dispõe sobre Regulamento
Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos. Brasília, DF, 2005.
Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2718376/
RDC_302_2005_COMP.pdf/7038e853-afae-4729-948b-ef6eb3931b19.
Acesso em: 18 nov. 2018.