Técnico em

Analises Clínicas
Módulo III
ÉTICA E LEGISLAÇÃO
 Ética, moral e direito

Estudo ou reflexão, científica ou filosófica,

Ética até teológica, sobre os costumes ou sobre
as ações humanas (VALSS, 1998).

Estabelece regras que são assumidas pela

Moral pessoa, como uma forma de garantir o seu
bem-viver.

Estabelece o regramento de uma

Direito sociedade delimitada pelas fronteiras do
Estado (Leis).
 Ética profissional

 Se inicia antes da escolha da profissão a ser exercida e

durante todo o processo de construção da formação
profissional;
 Buscar informações sobre mudanças realizadas nas
normas e condutas que regulamentam os aspectos
éticos de Análises Clínicas (GLOCK; GOLDIM, 2003).
 Bioética em saúde e princípios

Reflexão compartilhada, complexa e interdisciplinar sobre a

adequação das ações que envolvem a vida e o viver que
quando aplicada à saúde em relação à medicina e biologia
resulta na bioética (GOLDIM, 2006).

Fonte: http://www.fecomvirtudes.com.br/bioetica-como-encarar-a-inseminacao-artificial-2/
 Conceitos de Bioética em saúde
e princípios

Avaliar atitude profissional e agir de maneira

Beneficência que erros ou riscos sejam minimizados
individualmente e coletivamente

Princípios
Profissional capaz de pensar e delinear algum
Autonomia objetivo e agir em direção deste objetivo

Distribuição coerente e adequada de deveres

e benefícios à sociedade, baseando-se na
Justiça equidade
 Responsabilidade Bioética

 Abordagem prática do agir humano sobre a vida nos

conflitos cotidianos no âmbito profissional;
 Objetivo de resolver os problemas e dilemas éticos;
 Exemplos: cobaias humanas utilizadas em testes e
pesquisas, os comitês de pesquisa, consentimento livre
e esclarecido, e a acessibilidade dos cidadãos ao
sistema público de saúde.
 Comitês de ética em pesquisa

 Brasil: surgimento dos comitês

na década de 80 (resolução de
CONEP CEPs
1988 do Conselho Nacional de
Saúde);
Normas e
 1966: criação do Comitê de diretrizes
Ética em Pesquisa (CEP) e do regulamentadoras Avaliar todas
Conselho Nacional de Ética para pesquisas as etapas dos
em Pesquisa (CONEP); com seres estudos com
humanos seres humanos
 Atualmente: Sistema Nacional
de Informações sobre Ética
em Pesquisa envolvendo Coordena os
Seres Humanos (SISNEP); CEPs

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=3lmKiTUXgNM
 Sigilo profissional

 Fatos que chegam ao conhecimento em razão da profissão e a

revelação pode ocasionar danos ou riscos a saúde ou a imagem de
quem pertence às informações;
 Código Penal Brasileiro (artigo 154): crime de violação do sigilo
profissional quando revelar a alguém, sem justa causa, segredo de que
tem ciência em razão da função, ministério, ofício ou profissão e cuja
revelação possa produzir dano a outrem;
 Código de Processo Penal (artigo 207): são proibidas de depor as
pessoas que em razão da função, ministério, ofício ou profissão, devam
guardar segredo, salvo se desobrigadas pela parte interessada
quiserem dar seu testemunho;
 Código Civil Brasileiro (artigo 229): ninguém pode ser obrigado a depor
sobre fato cujo respeito por estado ou profissão, deva guardar segredo.
Contudo, alguns casos podem sofrer processo penal e o sigilo
profissional ser revelado

Fonte: http://advogadodireitomedico.blogspot.com.br/2013/01/sigilo-profissional-e-o-prontuario.html
 Sigilo profissional

Revelação do sigilo profissional à autoridade competente

Fonte: (PRZENYCZKA; LACERDA; CHAMMA, 2011)
 Sigilo profissional

 Lei das Contravenções Penais (Artigo 66): o crime deve ser

comunicado quando o paciente não é exposto a algum
procedimento criminal;

 Exceções contidas nas Leis permitem a quebra do sigilo e

consequentemente a revelação do segredo:
• Artigo 269 do Código Penal: omissão de notificação de doença
“deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja
notificação é compulsória”;
• Lei 8069/90 – Estatuto da Criança e do Adolescente: exige a
revelação de casos de suspeita ou a confirmação de abusos e
maus-tratos.

A privacidade das informações é um direito dos profissionais

da saúde e a confidencialidade é um dever.
 Os direitos e deveres da profissão

Conselho
Regional de No laboratório estar
Técnico em Farmácia acompanhado de um
profissional de nível
Análises superior (Biomédico,
Clínicas Farmacêutico ou
Conselho Biólogo (com
Regional de especialização)
Biomedicina

Fonte: http://www.unitecparacatu.com.br/Curso/Analise_Clinicas
 Os direitos e deveres da profissão

 Código de Ética de Técnico de Laboratório de Análises Clínicas

(Consulta Pública nº 01, de 13/07/2011):

• O Técnico de Laboratório de Análises Clínicas é um

profissional de saúde de nível médio, cumprindo-lhe executar
todas as atividades inerentes ao âmbito profissional técnico
de laboratório de modo a contribuir para salvaguardar a
saúde pública e, ainda, todas as ações de educação dirigidas à
comunidade na promoção da saúde em apoio ao profissional
farmacêutico ou biomédico. Entendem-se como Técnico de
Laboratório de Análises Clínicas os portadores de certificado
de Técnico em Análises Clínicas e Técnico em Patologia Clínica.
 Legislação profissional, sanitária
e trabalhista
 Profissional:
• Nº 188 – DOU de 29/09/08 – p.137 – seção 1 - Conselho
Federal de Farmácia/ Resolução Nº 485, de 21 de agosto
de 2008 (âmbito profissional de técnico de laboratório de
nível médio em Análises Clínicas;

 Sanitária:
• Portaria CVS-13, de 04/11/2005 (condições de
funcionamento dos Laboratórios de Análises e Pesquisas
Clínicas);
• Resolução - RDC Nº 20, de 10 de abril de 2014
(transporte de material biológico humano);
• RDC Nº. 302, de 13 de outubro de 2005 (Regulamento
Técnico para funcionamento de Laboratórios Clínicos);
 Legislação profissional, sanitária
e trabalhista
 Trabalhista:
• Lei Nº 605, de 5 de janeiro de 1949 (Repouso semanal
remunerado e o pagamento de salário nos dias feriados civis
e religiosos);
• Lei Nº 3.030, de 19 de dezembro de 1956 (Determina que
não poderão exceder a 25% do Salário Mínimo os Descontos
por Fornecimento de Alimentação, quando preparada pelo
próprio Empregador);
• Lei Nº 4.090, de 13 de julho de 1962 (Gratificação de Natal);
• Lei Nº 4.749, de 12 de agosto de 1965 (13º Salário);
• Lei Nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974 (Trabalho Temporário);
• Lei Nº 11.788, de 25 de setembro de 2008 (Estágio);
• Lei Nº 7.418, de 16 de dezembro de 1985 (Vale-Transporte);
• Lei Nº 8.036 de 11 de maio de 1990 (FGTS);
 Código de defesa do consumidor

 Artigo 14, parágrafo 4: a responsabilidade pessoal dos

profissionais liberais será apurada mediante a verificação de
culpa;

 Obriga o oferecedor do serviço a provar que não cometeu erros,

riscos ou danos à saúde do consumidor

Omissão, descuido ou
Negligência abandono

Culpa Imprudência
Não tomar as devidas
precauções
Desconhecimento das
Imperícia técnicas
 Insalubridade e Periculosidade

Insalubridade Periculosidade

Atividades ou operações perigosas,

Atividades que por sua natureza,
aquelas que, por sua natureza ou
condições ou métodos de
métodos de trabalho, impliquem risco
trabalho, exponham os
acentuado em virtude de exposição
empregados a agentes nocivos à
permanente do trabalhador a:
saúde, acima dos limites de
inflamáveis, explosivos, radiações
tolerância fixados em razão da
ionizantes ou energia elétrica; roubos
natureza e da intensidade do
ou outras espécies de violência física
agente e do tempo de exposição
nas atividades profissionais de
aos seus efeitos
segurança pessoal ou patrimonial
 Fundamentos históricos dos
direitos humanos
 O comportamento moral e ético consiste em reconhecer o
outro como sujeito de direitos iguais e, dessa forma, as
obrigações que temos em relação ao outro correspondem,
por sua vez, a direitos;

 Organização da Nações Unidas:

• liberdades individuais (direito civil);
• direitos sociais;
• direitos coletivos da humanidade.

 Direitos Humanos são universais

e naturais;

Fonte: http://www.ucsal.br/institucional/noticias/iii-seminario-internacional-direitos-humanos
 Fundamentos históricos dos
direitos humanos
Cidadania Democracia

Conjunto de direitos e deveres Arranque institucional para se chegar a

praticados necessariamente no decisões políticas que realiza o bem
cotidiano social. comum fazendo o próprio povo decidir
as questões através da eleição de
indivíduos que devem reunir-se para
realizar a vontade desse povo
(Schumpeter, 1984)

Fonte:http://pt.slideshare.net/AlbertoRocha3/democracia-cidadania
 Fundamentos históricos dos
direitos humanos
 Ideal comum a ser alcançado por todos os povos e todas as
nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da
sociedade se esforcem, através do ensino e da educação, por
promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela
adoção de medidas progressivas de caráter nacional e
internacional, por assegurar o seu reconhecimento e sua
observância universal e efetiva.

Fonte: http://www.portalmbote.org/biblioteca-virtual/
 Direitos humanos no Brasil

 1996: Governo Federal criou o Programa Nacional de Direitos

Humanos (PNDH);
 Função PNDH: identificar os principais obstáculos à promoção e
proteção dos direitos humanos no Brasil, eleger prioridades e
apresentar propostas concretas de caráter administrativo,
legislativo e político-cultural que busquem equacionar os mais
graves problemas que hoje impossibilitam ou dificultam a sua
plena realização
 Legislação: Direitos Humanos na Constituição do Brasil - 1988
 Cidadania x Ética

Ordem jurídico-política de um país, de um Estado, no

qual uma Constituição define e garante quem é
cidadão, que direitos e deveres ele terá em função
Cidadania de uma série de variáveis tais como a idade, o estado
civil, a condição de sanidade física e mental, o fato
de estar ou não em dívida com a justiça penal etc.

A efetivação da cidadania exige não só um estado

de direito, como também um convívio social
Ética regido pelos princípios democráticos. Para isso, é
necessário que, além dos governantes, cada
cidadão adotar princípios e oriente sua atuação
social e seu comportamento pessoal por eles.
 Cidadania x Ética

Em nenhuma hipótese, direitos ou deveres do

cidadão podem ser invocados para justificar
violação de direitos humanos fundamentais.
Fonte: http://unespaberta.ead.unesp.br/index.php/humanas-2/item/43-ec